Bula do Noprosil produzido pelo laboratorio Isofarma Industrial Farmacêutica Ltda
para o Paciente com todas as informações sobre este medicamento
BU 021/03
Noprosil
cloridrato de metoclopramida
Isofarma Industrial Farmacêutica Ltda.
Solução Injetável
5 mg/mL
Solução injetável, estéril e apirogênica de Noprosil – cloridrato de metoclopramida 10 mg/2 mL
Apresentação
A solução de Noprosil – cloridrato de metoclopramida 10 mg/2 mL é apresentada da seguinte forma:
Ampola de polietileno, transparente, 2 mL * …............................................ caixa com 200 unidades
Ampola de polietileno, transparente, 2 mL * …............................................ caixa com 240 unidades
*Produto resistente a luz na sua embalagem original
USO INTRAVENOSO OU INTRAMUSCULAR
USO ADULTO
Composição
cloridrato de metoclopramida …................................... 5 mg
água para injeção q.s.p ….............................................. 1 mL
II - INFORMAÇÕES AO PACIENTE
Este medicamento é destinado ao tratamento de alterações da movimentação do sistema digestivo como em enjoos e
vômitos de origem cirúrgica, doenças metabólicas e infecciosas, secundárias a medicamentos.
Noprosil é utilizado também para facilitar os procedimentos radiológicos (que utilizam o raio-x) no trato gastrintestinal.
A metoclopramida, substância ativa de Noprosil é um medicamento que age no sistema digestório (grupo de órgãos do
corpo, como por exemplo, estômago, intestino, entre outros, responsável pela digestão dos alimentos) no alívio de
náuseas (enjoo) e vômitos.
Noprosil não deve ser utilizado nos seguintes casos:
- se você já teve alergia à metoclopramida ou a qualquer componente da fórmula;
- em que a estimulação da motilidade gastrintestinal (esvaziamento gástrico) seja perigosa, como por exemplo, na
presença de hemorragia (sangramento), obstrução mecânica ou perfuração gastrintestinal;
- se você é epilético ou esteja recebendo outros fármacos que possam causar reações extrapiramidais (tremor de
extremidade, aumento do músculo, rigidez muscular), uma vez que a frequência e intensidade destas reações podem ser
aumentadas.
- em pacientes com feocromocitoma suspeita ou confirmada (tumor geralmente benigno na glândula supra-renal), pois
pode desencadear crise hipertensiva (aumento da pressão arterial), devido à provável liberação de catecolaminas
(substância liberada após situação de estresse) do tumor;
- em pacientes com histórico de discinesia tardia (movimentos repetitivos, involuntários e não intencionais que às vezes
continua ou aparece mesmo após o fármaco não ser mais utilizado por um longo tempo) induzida por neurolépticos
(medicamento usado no tratamento de psicoses, como anestésicos e em outros distúrbios psíquicos) ou metoclopramida
(princípio ativo do Noprosil);
- em combinação com levodopa ou agonistas dopaminérgicos (medicamento usado no tratamento das síndromes
parkinsonianas) devido as ações serem contrárias;
- doença de Parkinson;
Histórico conhecido de metemoglobinemia (desordem caracterizada pela presença de um nível mais alto do que o
normal de metemoglobina no sangue. A metemoglobina é uma forma de hemoglobina que não se liga ao oxigênio
podendo ocorrer uma anemia e falta de oxigênio em tecidos) com metoclopramida ou deficiência de NADH citocromo
b5 redutase.
Este medicamento é contraindicado para crianças menores de 1 ano de idade, devido ao risco aumentado da
ocorrência de desordens extrapiramidais nesta faixa etária.
BU 021/03
ADVERTÊNCIAS
Podem aparecer sintomas extrapiramidais (tremor de extremidade, aumento do estado de contração do músculo, rigidez
muscular), particularmente em crianças e adultos jovens e/ou quando são administradas altas doses (vide Quais os males
que este medicamento pode me causar?). Essas reações são completamente revertidas após a interrupção do tratamento.
Tratamento dos sintomas pode ser necessário.
Na maioria dos casos, consistem de sensação de inquietude; ocasionalmente podem ocorrer movimentos involuntários
dos membros e da face; raramente se observa torcicolo, crises oculógiras (contração de músculos extra-oculares,
mantendo olhar fixo para cima ou lateral), protrusão rítmica da língua (movimentos involuntários rítmicos da língua),
fala do tipo bulbar (lenta) ou trismo (contração do músculo responsável pela mastigação).
O tratamento com Noprosil não deve exceder 3 meses devido ao risco ocorrer discinesia tardia.
Respeite o intervalo de tempo de ao menos 6 horas especificado na seção Como devo usar este medicamento, entre cada
administração de Noprosil, mesmo em casos de vômito e rejeição da dose, de forma a evitar superdose.
Noprosil não é recomendado em pacientes epiléticos, visto que esta classe de medicamentos pode diminuir o limiar
convulsivo.
Como com neurolépticos, pode ocorrer Síndrome Neuroléptica Maligna(SNM) caracterizada por hipertermia (febre),
distúrbios extrapiramidais (instabilidade nervosa autonômica, alterações nos batimentos do coração, pressão alta, etc) e
elevação de creatinofosfoquinase (tem um papel fundamental no transporte de energia nas células musculares).
Portanto, deve-se ter cautela se ocorrer febre, um dos sintomas da Síndrome Neuroléptica Maligna (SNM) e a
adminstração de Noprosil deve ser interrompida se houver suspeita da síndrome neuroléptica maligna (SNM).
Pacientes sob terapia prolongada devem ser reavaliados periodicamente pelo médico.
A injeção intravenosa de Noprosil deve ser feita lentamente, durando no mínimo 3 minutos, para evitar o aparecimento
de ansiedade e agitação transitórias, porém intensas, seguido de sonolência, que pode ocorrer com administração em
tempo menor do que 3 minutos.
Se você apresenta deficiência do fígado ou dos rins, é recomendada diminuição da dose (vide Como devo usar este
medicamento?).
Pode ocorrer metemoglobinemia, que pode estar relacionada à deficiência de NADH citocromo b5 redutase.
Nesses casos, Noprosil deve ser imediatamente e permanentemente suspenso e o médico adotará medidas apropriadas.
Noprosil pode induzir Torsade de Pointes (tipo de alteração grave nos batimentos cardíacos), portanto, recomenda-se
cautela em pacientes que apresentam fatores de risco conhecidos para prolongamento do intervalo QT (intervalo medido
no eletrocardiograma, que quando aumentado, associa-se ao aumento do risco de arritmias e até a morte súbita), isto é:
- desequilíbrio eletrolítico não corrigido [por exemplo, hipocalemia (redução dos níveis de potássio no sangue) e
hipomagnesemia (redução dos níveis do magnésio no sangue)].
- síndrome do intervalo QT longo.
- bradicardia (diminuição da frequência cardíaca).
Consulte seu médico para saber quais são os medicamentos que, se usados concomitantemente com Noprosil, são
conhecidos por prolongar o intervalo QT.
Gravidez e amamentação
Estudos em pacientes grávidas não indicaram má formação fetal ou toxicidade neonatal durante o primeiro trimestre da
gravidez. Uma quantidade limitada de informações em pacientes grávidas indicou não haver toxicidade neonatal nos
outros trimestres. Estudos em animais não indicaram toxicidade reprodutiva. Se necessário, o uso de Noprosil pode ser
considerado durante a gravidez. Devido às suas propriedades farmacológicas, assim como outras benzamidas, caso
Noprosil seja administrado antes do parto, distúrbios extrapiramidais no recém-nascido não podem ser excluídos. A
metoclopramida é excretada pelo leite materno e reações adversas no bebê não podem ser excluídas. Deve-se escolher
entre interromper a amamentação ou abster-se do tratamento com metoclopramida, durante a amamentação.
Este medicamento não deve ser utilizado durante a amamentação.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica.
Populações especiais
Pacientes idosos
A ocorrência de discinesia tardia tem sido relatada em pacientes idosos tratados por períodos prolongados. Deve-se
considerar redução da dose em pacientes idosos com base na função renal ou hepática e fragilidade geral.
BU 021/03
Crianças e adultos jovens
As reações extrapiramidais podem ser mais frequentes em crianças e adultos jovens, podendo ocorrer após uma única
dose.
O uso em crianças com menos de 1 ano de idade é contraindicado (vide Contraindicações).
Para combinações de metoclopramida
O uso em crianças e adolescentes com idade entre 1 e 18 anos não é recomendado.
Uso em pacientes diabéticos
A estase gástrica (dificuldade de esvaziamento gástrico) pode ser responsável pela dificuldade no controle de alguns
diabéticos. A insulina administrada pode começar a agir antes que os alimentos tenham saído do estômago e levar a uma
queda dos níveis de açúcar no sangue (hipoglicemia). Tendo em vista que a metoclopramida pode acelerar o trânsito
alimentar do estômago para o intestino e, consequentemente, a porcentagem de absorção de substâncias, a dose de
insulina e o tempo de administração podem necessitar de ajustes em pacientes diabéticos.
Uso em pacientes com insuficiência renal
Em pacientes com problemas severos nos rins (consulte seu médico para saber o grau de comprometimento dos seus
rins), a dose diária deve ser reduzida em 75% ou conforme critério de seu médico.
Em pacientes com problemas moderados a severos nos rins (consulte seu médico para saber o grau de
comprometimento dos seus rins), a dose diária deve ser reduzida em 50% ou conforme o critério de seu médico.
Uso em pacientes com câncer de mama
A metoclopramida pode aumentar os níveis de prolactina (hormônio que estimula a produção de leite), o que deve ser
considerado em pacientes com câncer de mama detectado previamente.
Uso em pacientes com insuficiência hepática
Em pacientes com problemas severos no fígado, a dose deve ser reduzida em 50% ou conforme o critério de seu
médico.
Alterações na capacidade de dirigir veículos e operar máquinas
Pode ocorrer sonolência após a administração de metoclopramida, potencializada por depressores do sistema nervoso
central, álcool; a habilidade em dirigir veículos ou operar máquinas pode ficar prejudicada.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
Combinação contraindicada: levodopa ou agonistas dopaminérgicos e metoclopramida possuem ações contrárias.
Combinações a serem evitadas: álcool aumenta o efeito calmante da metoclopramida.
Combinações a serem levadas em consideração:
Anticolinérgicos e derivados da morfina possuem ações contrárias no esvaziamento do estômago.
Depressores do sistema nervoso central (derivados da morfina, hipnóticos, ansiolíticos, anti-histamínicos H1
sedativos, antidepressivos sedativos, barbituratos, clonidina e substâncias relacionadas): aumenta o efeito
calmante da metoclopramida.
Neurolépticos: a metoclopramida pode aumentar os efeitos neurolépticos em relação à ocorrência de desordens
extrapiramidais
Devido ao efeito da metoclopramida de acelerar a digestão, a absorção de certos fármacos pode estar
modificada.
Digoxina: metoclopramida diminui a quantidade de digoxina circulante, sendo necessária monitorização da
concentração de digoxina no sangue.
Ciclosporina: metoclopramida aumenta a quantidade de ciclosporina circulante, sendo necessária
monitorização da concentração de ciclosporina no sangue.
Mivacúrio e suxametônio: injeção de metoclopramida pode prolongar a duração do bloqueio da transmissão
dos impulsos nervosos ao músculo.
Inibidores potentes da CYP2D6 tal como fluoxetina. Os níveis de exposição de metoclopramida são
aumentados quando coadministrados com inibidores potentes da CYP2D6 como, por exemplo, a fluoxetina.
Exames de aboratórios
Não há dados disponíveis até o momento sobre a interferência de cloridrato de metoclopramida em testes laboratoriais.
Informe ao seu médico se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.
Noprosil deve ser mantido em temperatura ambiente (entre 15 e 30ºC). Proteger da luz e da umidade.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use o medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características do medicamento
Solução límpida , incolor e isenta de partículas em suspensão.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma
mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Não deve ser misturado a outros medicamentos na mesma aplicação.
Solução injetável via intravenosa
A injeção intravenosa de Noprosil deve ser feita lentamente, durante no mínimo 3 minutos, para evitar o aparecimento
de ansiedade e agitação transitória (porém intensa), seguida de sonolência, decorrente da administração rápida.
Solução injetável via intramuscular
A injeção intramuscular de Noprosil deve ser aplicada lentamente e não deve ser misturada com outros medicamentos
na mesma seringa. Não deve ser administrada em altas doses, ou por períodos prolongados, sem o controle de um
médico.
Uso em adultos:
1 ampola a cada 8 horas, via intramuscular ou intravenosa.
Exame radiológico (que utilizam raio-X) do trato gastrintestinal:
1 a 2 ampolas via intramuscular ou intravenosa, 10 minutos antes do início do exame.
Não há estudos dos efeitos de Noprosil administrado por vias não recomendadas. Portanto, por segurança e para garantir
a eficácia deste medicamento, a administração deve ser somente por via intravenosa ou intramuscular, conforme
recomendado pelo médico.
Populações especiais
Pacientes diabéticos
A estase gástrica (dificuldade de esvaziamento gástrico) pode ser responsável pela dificuldade no controle de alguns
diabéticos. A insulina administrada pode começar a agir antes que os alimentos tenham saído do estômago e levar a uma
queda dos níveis de açúcar no sangue (hipoglicemia).
Tendo em vista que a metoclopramida pode acelerar o trânsito alimentar do estômago para o intestino e,
consequentemente, a porcentagem de absorção de substâncias, a dose de insulina e o tempo de administração podem
necessitar de ajustes em pacientes diabéticos.
Uso em pacientes com insuficiência renal
Considerando-se que excreção da metoclopramida é principalmente renal, em alguns pacientes, o tratamento deve ser
iniciado com aproximadamente metade da dose recomendada. Dependendo da eficácia clínica e condições de segurança
do paciente, a dose pode ser ajustada a critério médico.
BU 021/03
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.
Não interrompa o tratamento sem o conhecimento de seu médico.
MODO DE USAR
Instruções de Manuseio para separação e abertura das ampolas
Caso esqueça de administrar uma dose, administre-a assim que possível. No entanto, se estiver próximo do horário da
dose seguinte, espere por este horário, respeitando sempre o intervalo determinado pela posologia.
Nunca devem ser administradas duas doses ao mesmo tempo.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico.
A seguinte taxa de frequência é utilizada, quando aplicável:
Reação muito comum (ocorre em mais de 10% dos pacientes que utilizam este medicamento);
Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento);
Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento);
Reação rara (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizam este medicamento);
Reação muito rara (ocorre em menos de 0,01% dos pacientes que utilizam este medicamento);
Desconhecido (não pode ser estimado a partir dos dados disponíveis).
Distúrbios do sistema nervoso
Muito comum: sonolência
Comum: sintomas extrapiramidais mesmo após administração de dose única, principalmente em crianças e adultos
jovens (vide O que devo saber antes de usar este medicamento?), síndrome parkinsoniana, acatisia (inquietude).
Incomum: discinesia (movimentos involuntários) e distonia aguda (estados de tonicidade anormal em qualquer tecido),
diminuição do nível de consciência.
BU 021/03
Raro: convulsões.
Desconhecido: discinesia tardia, durante ou após o tratamento prolongado, principalmente em pacientes idosos (vide
Advertências e Precauções), Síndrome Neuroléptica Maligna.
Distúrbios psiquiátricos
Comum: depressão
Incomum: alucinação
Raro: confusão
Desconhecido: ideias suicidas
Distúrbio gastrintestinal
Comum: diarreia
Distúrbios no sistema linfático e sanguíneo
Desconhecido: metemoglobinemia que pode estar relacionada à deficiência de NADH citocromo b5 redutase,
principalmente em recém-nascidos (vide O que devo saber antes de usar este medicamento?).
Sulfaemoglubinemia (caracterizada pela presença de sulfaemoglobina no sangue), principalmente com administração
concomitante de altas doses de medicamentos liberadores de enxofre.
Distúrbios endócrinos*
Incomum: amenorreia, hiperprolactinemia.
Raro: galactorreia.
Desconhecido: ginecomastia.
*Problemas endócrinos durante tratamento prolongado relacionados com hiperprolactinemia (aumento da concentração
sanguínea do hormônio prolactina, que estimula a secreção de leite) [amenorreia (ausência de menstruação),
galactorreia (produção de leite excessiva ou inadequada), ginecomastia (aumento das mamas em homens)].
Distúrbios gerais ou no local da administração
Comum: astenia (fraqueza)
Incomum: hipersensibilidade (alergia)
Desconhecido: reações anafiláticas (incluindo choque anafilático particularmente com a formulação intravenosa).
Distúrbios cardíacos
Incomum: bradicardia (diminuição da frequência cardíaca)
Desconhecido: bloqueio atrioventricular (no coração) particularmente com a formulação intravenosa, para cardíaca,
ocorrendo logo após o uso de Noprosil injetável a qual pode ser após a bradicardia (vide Como devo usar Este
medicamento?).
Aumento da pressão sanguínea em pacientes com ou sem feocromocitoma (tumor da glândula supra-renal) (vide
Quando não devo usar este medicamento?).
Prolongamento do intervalo QT e torsade de pointes (vide Quando não devo usar este medicamento?).
Distúrbios vasculares
Comum: hipotensão(pressão baixa) especialmente com a formulação intravenosa.
Incomum: choque, síncope(desmaio) após uso injetável.
Informe ao seu médico ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento.
Informe também a empresa através do seu serviço de atendimento.