Bula do Norfloxacino produzido pelo laboratorio Ranbaxy Farmacêutica Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
Modelo de bula – Profissional
Norfloxacino 400mg
norfloxacino
Comprimidos revestidos
400 mg
I) IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
Medicamento genérico – Lei nº 9.787 de 1999.
FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÕES
norfloxacino 400 mg: embalagens com 6 e 14 comprimidos revestidos
USO ORAL
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO
Cada comprimido revestido de norfloxacino 400 mg contém:
norfloxacino..............................................................................400 mg
Excipientes................................................................................q.s.p. 1 comprimido revestido
Excipientes: celulose microcristalina, croscarmelose sódica, estearato de magnésio, talco, amido, dióxido de silício,
laurilsulfato de sódio e componentes de revestimento (hipromelose, macrogol, talco, dióxido de titânio e água
purificada).
II) INFORMAÇÕES TÉCNICAS AO PROFISSIONAL DE SAÚDE
O norfloxacino é um agente bactericida de amplo espectro indicado para tratamento e profilaxia das seguintes
afecções:
Tratamento
• Infecções altas e baixas, complicadas e não complicadas, agudas e crônicas do trato urinário. Estas infecções
incluem: cistite, pielite, cistopielite, pielonefrite, prostatite crônica, epididimite e aquelas associadas com cirurgia
urológica, bexiga neurogênica ou nefrolitíase, causadas por bactérias suscetíveis a norfloxacino.
• Gastroenterites bacterianas agudas causadas por germes sensíveis.
• Uretrite, faringite, proctite ou cervicite gonocócicas causadas por cepas de Neisseria gonorrhoeae produtoras e
não produtoras de penicilinase.
• Febre tifoide.
Infecções causadas por organismos multirresistentes foram tratadas com sucesso com doses usuais de norfloxacino
Profilaxia
• Sepse em pacientes com neutropenia intensa+
. O norfloxacino suprime a flora intestinal endógena aeróbia, o que
pode causar sepse em pacientes neutropênicos (por exemplo: pacientes com leucemia que estão sendo submetidos
à quimioterapia).
• Gastroenterite bacteriana.
+
Em estudos clínicos, neutropenia intensa foi definida como número de neutrófilos ≤ 100/mm3
durante uma semana
ou mais.
A eficácia de um curso de 7 a 10 dias de norfloxacino 800 mg (400 mg 2x/dia) para tratamento de infecções
complicadas e não complicadas do trato urinário (ITU), devido a uma grande variedade de bactérias aeróbias
sensíveis, foi demonstrada em vários estudos clínicos.
A eficácia de um curso de 3 dias com norfloxacino 800 mg (400 mg 2x/dia) para o tratamento de ITU não
complicada foi demonstrada em cinco estudos clínicos. Três dos cinco estudos clínicos foram abertos, randomizados,
com comparador ativo e avaliaram norfloxacino 400 mg 2x/dia por 3 dias versus sulfametoxazol-trimetoprima
(TMPS) 160 mg/800 mg 2x/dia por 10 dias. Nesses 3 estudos, um total de 309 pacientes foram considerados
avaliáveis para eficácia (165 no grupo norfloxacino, 144 no grupo TMPS). Os resultados mostraram que ambos os
grupos apresentaram resultados de eficácia semelhantes para erradicação bacteriana e os resultados demonstraram
que 99% dos pacientes tratados com norfloxacino e 100% dos pacientes tratados com TMPS apresentaram cura ou
melhora clínica.
Os outros dois dos cinco estudos clínicos foram estudos duplo-cegos, randomizados, controlados e compararam um
curso de 3 dias com norfloxacino 800 mg (400 mg 2x/dia) versus um ciclo de 7 dias com norfloxacino 800 mg (400
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Norfloxacino 400mg
mg 2x/dia) no tratamento sintomático de infecção não complicada do trato urinário. No total, 373 pacientes foram
considerados avaliáveis para eficácia (193 pacientes no grupo de tratamento de 3 dias e 180 pacientes no grupo de
tratamento de 10 dias). Os resultados dos estudos demonstraram que a erradicação bacteriológica ocorreu em 93,8% e
96,6% dos pacientes nos grupos de tratamento de 3 e 7 dias, respectivamente. A porcentagem de pacientes
considerados curados ou com melhora clínica foi semelhante (96%) nos dois grupos de tratamento.
A eficácia de um curso de 10 dias com norfloxacino 800 mg (400 mg 2x/dia) para o tratamento de ITU superior e
inferior foi demonstrada em um estudo clínico aberto, randomizado, com comparador ativo que avaliou norfloxacino
400 mg por 10 dias versus TMPS 160 mg/800 mg 2x/dia por 10 dias. No total, 323 pacientes foram avaliados quanto
à eficácia (164 pacientes no grupo norfloxacino e 159 pacientes no grupo TMPS). Significativamente, os 360
patógenos isolados nesse estudo foram mais sensíveis ao norfloxacino do que à TMPS (96,2% versus 83,4%, p
<0,001). Uma porcentagem significativamente maior de pacientes tratados com norfloxacino apresentou um desfecho
bacteriológico de erradicação do que de pacientes tratados com TMPS (95% versus 89%, p <0,05). A porcentagem de
pacientes com desfechos clínicos de cura ou melhora foi semelhante nos grupos de tratamento de norfloxacino (93%)
e TMPS (94%).
A eficácia de um curso de 5 dias com norfloxacino 800 mg para o tratamento de gastrenterite bacteriana aguda foi
demonstrada em um estudo clínico aberto, randomizado, de comparador ativo, que avaliou norfloxacino 800 (400 mg
2x/dia) e 1.200 mg (400 mg 3x/dia) versus TMPS 320/1.600 mg (2 comprimidos de 80/400 mg 2x/dia) por 5 dias. No
total, 159 pacientes foram avaliados quanto à eficácia (56 pacientes no grupo norfloxacino 800 mg, 48 pacientes no
grupo norfloxacino 1.200 mg e 55 pacientes no grupo TMPS). Significativamente, os 177 patógenos isolados nesse
estudo foram mais sensíveis ao norfloxacino do que à TMPS (99% versus 91%, p <0,01). Noventa e oito por cento
(98%) dos pacientes tratados com norfloxacino 800 mg e 100% dos pacientes tratados com o norfloxacino 1.200 mg,
em comparação com 95% dos pacientes tratados com TMPS, apresentaram erradicação bacteriológica (não
estatisticamente significativo). Noventa e oito por cento (98%) dos pacientes tratados com norfloxacino 800 mg ou
1.200 mg apresentaram cura clínica em comparação com 87% dos pacientes tratados com TMPS (não
estatisticamente significativo).
A eficácia de um curso de 14 dias de norfloxacino 1.200 mg para o tratamento da febre tifoide aguda foi demonstrada
em um estudo clínico aberto, randomizado, de comparador ativo, que avaliou norfloxacino 1.200 mg (400 mg 3x/dia)
versus cloranfenicol 50 mg/kg/dia (máximo de 3 g/dia) por 14 dias. No total, 173 pacientes foram avaliados quanto à
eficácia (90 pacientes do grupo norfloxacino e 83 pacientes do grupo cloranfenicol). O Staphylococcus typhi foi
erradicado em 83 (92%) do grupo norfloxacino e 79 (95%) do grupo cloranfenicol (não estatisticamente
significativo). Oitenta e oito por cento (88%) dos pacientes avaliáveis no grupo norfloxacino e 95% dos pacientes
avaliáveis no grupo cloranfenicol apresentaram um desfecho clínico de cura (não estatisticamente significativo). O
tempo mediano para alívio da febre e sintomas foi de 7 dias e 6 dias para os grupos norfloxacino e cloranfenicol,
respectivamente.
A eficácia de uma dose única de norfloxacino 800 mg para tratamento de gonorreia, incluindo as formas
extrageniturinárias e cepas de Nesseria gonorrhoeae produtoras de penicilinase, em 140 pacientes foi demonstrada
por dados não comparativos. A erradicação bacteriológica foi obtida em 95% dos pacientes e a melhora clínica foi
observada em 98% dos pacientes.
O norfloxacino é um ácido quinolino-carboxílico com ação antibacteriana para administração oral.
Farmacocinética
Absorção: o norfloxacino é rapidamente absorvido após administração oral. Em voluntários saudáveis, pelo menos
30-40% de uma dose oral de norfloxacino é absorvida. Isso resulta em uma concentração sérica de 1,5 µg/mL
alcançada aproximadamente uma hora após a administração de uma dose de 400 mg. A média da meia-vida sérica é
de 3 a 4 horas e independe da dose.
Em voluntários idosos (65-75 anos com função renal normal para a idade), o norfloxacino é eliminado mais
lentamente em razão da leve diminuição da função renal. A absorção, entretanto, mostra-se inalterada: a meia-vida do
norfloxacino em idosos é de 4 horas. A função renal diminuída não afeta a absorção da medicação.
Distribuição: seguem as concentrações médias de norfloxacino em vários fluidos e tecidos, medidas de 1 a 4 horas
após duas doses de 400 mg, exceto naquele indicado:
Parênquima renal 7,3 µg/g
Próstata 2,5 µg/g
Fluido seminal 2,7 µg/mL
Testículo 1,6 µg/g
Útero/colo do útero 3,0 µg/g
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Norfloxacino 400mg
Vagina 4,3 µg/g
Tubas uterinas 1,9 µg/g
Tecido da vesícula biliar 1.8 µg/g+
Bile 6,9 µg/mL depois de duas doses de 200 mg
+
Medido após 4 a 6 horas após uma dose de 400 mg.
A ligação a proteínas é menor que 15%.
Eliminação: o norfloxacino é eliminado por meio de excreção biliar e renal. Após dose única de 400 mg de
norfloxacino a atividade antimicrobiana média equivalente para 278, 773 e 82 µg de norfloxacino/mg de fezes foi
obtida em 12, 24 e 48 horas, respectivamente.
A excreção renal ocorre por filtração glomerular e secreção tubular, evidenciada pelo clearance renal alto
(aproximadamente 275 mL/min). Após dose única de 400 mg, as concentrações urinárias alcançaram um valor de
200 µg/mL ou mais em voluntários saudáveis, permanecendo acima de 30 µg/mL por pelo menos 12 horas. Nas
primeiras 24 horas, 33% a 48% da medicação é recuperada na urina.
lentamente em razão da leve diminuição da função renal. A absorção, entretanto, mostra-se inalterada, a meia-vida do
norfloxacino em idosos é de 4 horas.
Após administração de dose única de 400 mg de norfloxacino para pacientes com clearance de creatinina maior que
30 mL/min/1,73m2, a distribuição da medicação é similar à dos voluntários saudáveis. Em pacientes com clearance
de creatinina menor que 30 mL/min/1,73m2
, a eliminação renal de norfloxacino diminui significativamente e a meia-
vida é de aproximadamente 8 horas.
O norfloxacino aparece na urina como norfloxacino e mais seis metabólitos ativos de menor potencial
antimicrobiano. O composto precursor responde por mais de 70% da eliminação total. A potência bactericida de
norfloxacino não é afetada pelo pH da urina.
MICROBIOLOGIA
O norfloxacino tem amplo espectro de atividade antibacteriana contra patógenos aeróbios Gram-positivos e Gram-
negativos. O átomo de flúor na posição 6 proporciona maior potência contra organismos Gram-negativos e o núcleo
piperazínico na posição 7 é responsável pela atividade antipseudomonas.
O norfloxacino inibe a síntese do ácido desoxirribonucleico bacteriano e é bactericida. Três eventos específicos
foram atribuídos a norfloxacino em células de Escherichia coli em nível molecular:
1) inibição da girase do DNA, que catalisa a reação de superespiralamento do DNA, dependente de ATP;
2) inibição do relaxamento do DNA superespiralado;
3) promoção da ruptura do DNA duplo-filamentar.
A resistência ao norfloxacino, em razão de mutação espontânea, é uma ocorrência rara (varia de 10-9
a 10-12
).
Resistência ao norfloxacino durante a terapia ocorreu em menos de 1% dos pacientes tratados e foi maior para os
seguintes micro-organismos: Pseudomonas aeruginosa, Klebsiella pneumoniae, Acinetobacter spp., enterococos e
Stafilococcus aureus resistente à meticilina. Por causa de sua estrutura específica, norfloxacino geralmente é ativo
contra organismos resistentes a outros ácidos orgânicos, tais como ácido nalidíxico, oxolínico e pipemídico,
cinoxacino e flumequina. Micro-organismos resistentes ao norfloxacino in vitro são também resistentes a esses ácidos
orgânicos. Estudos preliminares indicam que micro-organismos resistentes ao norfloxacino também o são, em geral,
ao pefloxacino, ofloxacino, ciprofloxacino e enoxacino. Não ocorre resistência cruzada entre norfloxacino e outros
agentes antibacterianos de estrutura diferente, tais como penicilinas, cefalosporinas, tetraciclinas, macrolídeos,
aminociclitóis, sulfonamidas, 2,4-diaminopirimidinas e combinações (por exemplo: cotrimoxazol).
A análise da experiência clínica global com norfloxacino demonstrou forte correlação entre os resultados dos testes
de sensibilidade conduzidos in vitro e a eficácia clínica e bacteriológica do agente em seres humanos.
O norfloxacino é ativo in vitro contra as seguintes bactérias:
Bactérias encontradas em infecções do trato urinário:
Enterobacteriaceae: Citrobacter spp., Citrobacter koseri (antes conhecido como Citrobacter diversus), Citrobacter
freundii, Edwardsiella tarda, Enterobacter spp., Enterobacter aerogenes, Enterobacter agglomerans, Enterobacter
cloacae, Escherichia coli, Hafnia alvei, Klebsiella spp., Klebsiella oxytoca, Klebsiella pneumoniae, Morganella
morganii, Proteus spp. (indol positivo), Proteus mirabilis, Proteus vulgaris, Providencia spp., Providencia rettgeri,
Providencia stuartii, Serratia spp., Serratia marcescens.
Pseudomonadaceae: Pseudomonas aeruginosa, Pseudomonas cepacia, Pseudomonas fluorescens e Pseudomonas
stutzeri.
Outras: Flavobacterium spp.
Cocos Gram-positivos: Enterococcus faecalis, Staphylococcus spp., Staphylococcus coagulase-negativo,
Staphylococcus aureus (incluindo os produtores de penicilinase e a maioria das cepas resistentes à meticilina),
Staphylococcus epidermidis, Staphylococcus saprophyticus, estreptococos do grupo G, Streptococcus agalactiae e
estreptococos do grupo Viridans.
Bactérias associadas à gastroenterite aguda: Aeromonas hydrophila, Campylobacter fetus subsp. jejuni,
Escherichia coli enterotoxigênica, Plesiomonas shigelloides, Salmonella spp., Salmonella typhi, Shigella boydii,
Shigella flexneri, Shigella sonnei, Shigella spp., Shigella dysenteriae, Vibrio cholerae, Vibrio parahaemolyticus e
Yersinia enterocolitica.
Além dessas, norfloxacino é ativo contra Bacillus cereus, Neisseria gonorrhoeae, Ureaplasma urealyticum,
Haemophilus influenzae e Haemophilus ducreyi.
O norfloxacino não é ativo contra anaeróbios, incluindo Actinomyces spp., Fusobacterium spp., Bacteroides spp. e
Clostridium spp., exceto C. perfringens.
Hipersensibilidade a qualquer componente do produto ou antibacterianos quinolônicos quimicamente relacionados.
A exemplo do que ocorre com outros ácidos orgânicos, norfloxacino deve ser usado com cautela em indivíduos com
histórico de convulsões ou de fatores que sabidamente predispõem a convulsões. Convulsões em pacientes que
receberam norfloxacino foram relatadas raramente.
Foram observadas reações de fotossensibilidade em pacientes excessivamente expostos à luz do sol enquanto
recebiam alguns agentes dessa classe de medicamentos. Deve-se evitar luz solar excessiva e descontinuar a terapia se
ocorrer fotossensibilidade.
A exemplo do que ocorre com outras quinolonas, tendinite e/ou ruptura de tendão foram observadas raramente em
pacientes que tomaram norfloxacino, principalmente em associação com corticosteroides. Se o paciente apresentar
sintomas de tendinite e/ou ruptura de tendão, norfloxacino deve ser descontinuado imediatamente e o paciente deve
ser aconselhado a procurar tratamento médico apropriado.
Raramente, foram relatadas reações hemolíticas em pacientes com deficiências latentes ou manifestas da atividade da
glicose-6-fosfato desidrogenase que tomaram antibacteriano quinolônico, incluindo norfloxacino (veja REAÇÕES
ADVERSAS).
Quinolonas, incluindo norfloxacino, podem exacerbar os sinais de miastenia gravee causar fraqueza dos músculos
respiratórios, o que pode ser fatal. Deve-se ter cautela ao utilizar quinolonas, incluindo norfloxacino, em pacientes
com miastenia grave (veja REAÇÕES ADVERSAS).
Algumas quinolonas foram associadas com o prolongamento do intervalo QT no eletrocardiograma e em casos não
muito frequentes de arritmia. Durante os estudos de pós-comercialização, foram relatados casos extremamente raros
de torsades de pointes em pacientes para os quais foi administrado norfloxacino. Esses relatos geralmente
envolveram pacientes que apresentam outra condição médica e a relação com norfloxacino não foi estabelecida. Entre
os medicamentos que causam prolongamento do intervalo QT, o risco de arritmias pode ser reduzido ao se evitar o
uso na presença de hipocalemia, bradicardia significante ou tratamento concomitante com agentes antiarrítmicos
classe Ia e III. As quinolonas também devem ser utilizadas com cautela em pacientes que estejam utilizando
cisaprida, eritromicina, antipsicóticos, antidepressivos tricíclicos ou que possuam algum histórico pessoal ou familiar
de prolongamento QTc.
Colite pseudomembranosa foi relatada com quase todos os antibacterianos, incluindo norfloxacino, e pode apresentar
gravidade variando de leve a potencialmente fatal, portanto, é importante considerar esse diagnóstico em pacientes
que estejam com diarreia subsequente à administração de agentes antibacterianos. Os estudos indicam que uma
toxina produzida por Clostridium difficile é uma causa primária de “colite associada a antibiótico”.
Se houver suspeita ou confirmação de diarreia associada ao Clostridium difficile (CDAD), pode ser que o uso de
antibiótico não direcionado contra C. difficile tenha de ser descontinuado. Se clinicamente indicado, deve-se instituir
controle hidroeletrolítico apropriado, suplementação proteica, antibioticoterapia contra C. difficile, bem como
avaliação cirúrgica.
Gravidez e lactação: Categoria de risco C. A segurança do uso de norfloxacino em grávidas não foi estabelecida e,
consequentemente, os benefícios do tratamento com norfloxacino devem ser pesados contra os possíveis riscos. O
norfloxacino foi detectado no sangue do cordão umbilical e no líquido amniótico.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-
dentista.
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Norfloxacino 400mg
Após a administração de uma dose de 200 mg à nutrizes, não se detectou norfloxacino no leite humano; entretanto,
como a dose estudada foi baixa e muitas medicações são secretadas no leite humano, deve-se ter cautela quando
norfloxacino for administrado a nutrizes.
Uso pediátrico: A segurança e a eficácia em crianças não foram estabelecidas; portanto, norfloxacino é
contraindicado para menores de 18 anos.
Insuficiência renal: O norfloxacino pode ser usado em pacientes com insuficiência renal; entretanto, como
norfloxacino é excretado principalmente pelos rins, seus níveis urinários podem ser significativamente
comprometidos em casos de disfunção renal grave (veja POSOLOGIA E MODO DE USAR).
Dirigir e operar máquinas: O norfloxacino pode causar tontura e vertigem; portanto, os pacientes devem estar
atentos a como reagem ao norfloxacino antes de dirigir, operar máquinas ou realizar atividades que requeiram alerta
A administração concomitante de probenecida não afeta as concentrações séricas de norfloxacino, entretanto a
excreção urinária da medicação diminui.
A exemplo do que ocorre com outros ácidos orgânicos antibacterianos, foi demonstrado antagonismo in vitro entre
norfloxacino e nitrofurantoína.
As quinolonas, incluindo o norfloxacino, inibem a CYP1A2 in vitro. O uso concomitante com medicamentos
metabolizados pela CYP1A2 (por exemplo: cafeína, clozapina, ropinirol, tacrina, teofilina, tizanidina) pode resultar
em aumento das concentrações do fármaco substrato quando administrado em doses usuais. Os pacientes que
tomarem algum desses medicamentos concomitantemente com norfloxacino devem ser monitorados com atenção.
Foram relatados níveis plasmáticos aumentados de teofilina durante o uso concomitante de quinolonas. São raros os
relatos de efeitos adversos relacionados à teofilina em pacientes tratados concomitantemente com teofilina e
norfloxacino, portanto a monitoração dos níveis plasmáticos de teofilina deve ser considerada e, se necessário, sua
posologia deve ser ajustada.
Níveis plasmáticos elevados de ciclosporina, quando utilizada concomitantemente com norfloxacino, também foram
relatados; portanto, os níveis séricos de ciclosporina devem ser monitorados e os ajustes posológicos apropriados
devem ser realizados se essas medicações forem usadas simultaneamente.
Quinolonas, incluindo o norfloxacino, podem potencializar os efeitos de anticoagulantes orais, incluindo varfarina ou
seus derivados e fluindiona ou agentes similares. Quando esses produtos são administrados concomitantemente, o
tempo de protrombina ou outros testes de coagulação apropriados devem ser rigorosamente monitorados.
A administração concomitante de quinolonas, incluindo norfloxacino, com gliburida (agente sulfonilureia) tem, em
raros casos, resultado em hipoglicemia grave. Dessa forma, é recomendado o monitoramento de glicose quando esses
agentes são coadministrados.
Polivitamínicos, produtos contendo ferro ou zinco, antiácidos, sucralfatos e didanosina (em comprimidos
mastigáveis, tamponados ou em pó para solução oral pediátrica) não devem ser administrados ao mesmo tempo ou
em um intervalo inferior a duas horas da administração de norfloxacino, pois esses medicamentos podem interferir na
absorção e resultar em níveis mais baixos de norfloxacino no plasma e na urina.
Algumas quinolonas, incluindo o norfloxacino, também demonstraram interferir no metabolismo da cafeína. Isto
pode levar à redução da depuração da cafeína e ao prolongamento de sua meia-vida plasmática, podendo resultar em
acúmulo de cafeína no plasma quando produtos contendo cafeína são consumidos ao tomar norfloxacino.
A administração concomitante de medicamentos anti-inflamatórios não esteroidais (AINE) com quinolona, incluindo
norfloxacino, pode aumentar o risco de estimulação do SNC e convulsões. Assim sendo, norfloxacino deve ser usado
com cautela em indivíduos que recebem AINE concomitantemente.
Dados em animais mostram que as quinolonas, em combinação com fenbufeno, podem levar a convulsões; portanto,
a administração concomitante de quinolonas e fenbufeno deve ser evitada.
O produto deve ser mantido em temperatura ambiente (entre 15 e 30ºC), protegido da umidade.
Prazo de validade: 36 meses após a data de fabricação impressa na embalagem.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
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Norfloxacino 400mg
DIAGNÓSTICO POSOLOGIA DURAÇÃO DO TRATAMENTO
Sepse decorrente de neutropenia 400 mg 8/8 h
Enquanto a neutropenia se
mantiver
+
Gastroenterite bacteriana 400 mg/dia
Iniciar 24h antes da chegada e
continuar 48h após a saída de
áreas endêmicas
Infecção do trato urinário 400 mg 12/12 h 7 – 10 dias
Cistite aguda não complicada 400 mg 12/12 h 3 – 7 dias
Infecção do trato urinário crônica recidivante
400 mg 12/12 h até 12 semanas
++
Gastroenterite bacteriana aguda 400 mg 12/12 h 5 dias
Uretrite, faringite, proctite ou cervicite
gonocócica agudas
800 mg dose única
Febre tifoide 400 mg 8/8 h 14 dias
Aparência: os comprimidos revestidos de norfloxacino são brancos, em formato de cápsula, gravados com “NBT
400” em uma das faces e com uma linha de quebra na outra face, apresentando em ambas as faces bordas e contornos
chanfrados.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças
O norfloxacino deve ser ingerido com um copo de água, no mínimo uma hora antes ou duas horas depois das
refeições ou da ingestão de leite. Polivitamínicos, outros produtos contendo ferro ou zinco, antiácidos contendo
magnésio e alumínio, sucralfato ou didanosina (em comprimidos mastigáveis tamponados ou em pó pediátrico para
solução oral) devem ser tomados somente duas horas depois da administração de norfloxacino.
Deve-se testar a sensibilidade do agente causal a norfloxacino, entretanto, a terapia pode ser iniciada antes dos
resultados do antibiograma.
Tratamento:
+
Se for obtida supressão adequada nas primeiras 4 semanas de tratamento, a dose de norfloxacino pode ser reduzida
para 400 mg ao dia.
++
O tratamento com duração de 4 semanas tem se mostrado bastante eficaz nos casos de prostatite crônica.
Profilaxia:
Até o momento, não há dados disponíveis para recomendar o tratamento por mais de 8 semanas.
Insuficiência renal
O norfloxacino é adequado para o tratamento de pacientes com insuficiência renal. Em estudos envolvendo pacientes
com depuração plasmática de creatinina inferior a 30 mL/min/1,73m², mas que não requeriam hemodiálise, a meia-
vida plasmática de norfloxacino foi de aproximadamente 8 horas. Estudos clínicos não mostraram diferenças na
meia-vida média de norfloxacino em pacientes com depuração plasmática de creatinina inferior a 10 mL/min/1,73m²
em comparação com aqueles com depuração plasmática de 10-30 mL/min/1,73m². Portanto, para esses pacientes, a
dose recomendada é de 1 comprimido de 400 mg uma vez ao dia. Nessa posologia, as concentrações nos fluidos e
tecidos corporais apropriados excedem as CIMs da maioria dos patógenos sensíveis ao norfloxacino.
Não há dados suficientes para recomendar uma posologia para tratamento de gonorreia em pacientes com depuração
plasmática de creatinina de 30 mL/min/1,73 m² ou menos.
O norfloxacino não foi estudado em pacientes com febre tifoide com depuração plasmática de creatinina inferior a 30
mL/min/1,73 m².
O norfloxacino é geralmente bem tolerado. Nos estudos clínicos, norfloxacino foi avaliado quanto à segurança em
aproximadamente 2.900 indivíduos. As seguintes reações adversas foram relatadas nos estudos clínicos ou durante a
experiência pós-comercialização:
Comum (≥1/100, <1/10), incomum (≥1/1.000, <1/100), raro (≥1/10.000, <1/1.000), muito raro (<1/10.000) e
desconhecidos (não podem ser estimados pelos dados disponíveis).
Modelo de bula – Profissional
Norfloxacino 400mg
Infecções e infestações:
Incomum: candidíase vaginal
Distúrbios do sangue e sistema linfático:
Incomum: eosinofilia, leucopenia, neutropenia
Raro: trombocitopenia
Muito raro: anemia hemolítica, algumas vezes associada à deficiência de glicose-6-fosfato desidrogenase,
agranulocitose
Distúrbios do sistema imune:
Muito raro: hipersensibilidade, anafilaxia
Distúrbios metabólicos e nutricionais:
Incomum: anorexia
Distúrbios psiquiátricos:
Incomum: depressão, distúrbios do sono
Raro: desorientação, nervosismo, irritabilidade, ansiedade, euforia, alucinação, distúrbios psíquicos, confusão
Muito raro: reações psicóticas
Distúrbios do sistema nervoso:
Incomum: cefaleia, tontura, parestesia, hipoestesia, disgeusia
Raro: tremores
Muito raro: polineuropatia, síndrome de Guillain-Barré, convulsões, mioclonia, exacerbação de miastenia grave
Distúrbios oculares:
Raro: epífora, distúrbios visuais
Desconhecido: descolamento de retina
Distúrbios do ouvido e labirinto:
Raro: zumbido
Muito raro: perda de audição
Distúrbios vasculares:
Muito raro: vasculite
Distúrbios respiratórios, torácicos e do mediastino:
Raro: dispneia
Distúrbios gastrintestinais:
Comum: náuseas
Incomum: diarreia, dor abdominal/cólicas abdominais, azia
Muito raro: pancreatite, colite pseudomembranosa
Distúrbios hepatobiliares:
Raro: icterícia
Muito raro: hepatite, icterícia colestática
Distúrbios da pele e tecido subcutâneo:
Incomum: erupção cutânea, prurido, urticária
Raro: fotossensibilidade
Muito raro: eritema multiforme, síndrome de Stevens-Johnson, dermatite esfoliativa, necrólise epidérmica tóxica,
angioedema
Desconhecido: vasculite leucocitoclástica, erupção cutânea causada por medicamento com eusinofilia e sintomas
sistêmicos.
Distúrbios musculoesqueléticos e do tecido conjuntivo:
Raro: artralgia, mialgia
Muito raro: tendinite, artrite
Desconhecido: espasmos musculares
Distúrbios renais e urinários:
Muito raro: nefrite intersticial, insuficiência renal
Investigações:
Comum: elevação de ALT (TGP), elevação de AST (TGO)
Muito raro: creatina quinase (CK) elevada
Lesão, envenenamento e complicações de procedimentos:
Muito raro: ruptura de tendão
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária - NOTIVISA,
disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou
Municipal.