Bula do Nuovodox para o Profissional

Bula do Nuovodox produzido pelo laboratorio Laboratório Químico Farmacêutico Bergamo Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

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Bula do Nuovodox
Laboratório Químico Farmacêutico Bergamo Ltda - Profissional

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BULA COMPLETA DO NUOVODOX PARA O PROFISSIONAL

NUOVODOX®

(cloridrato de epirrubicina)

Laboratório Químico farmacêutico Bergamo Ltda.

Pó Liofilizado Injetável

50 mg

cloridrato de epirrubicina

APRESENTAÇÃO

Pó liofilizado 50 mg em embalagens contendo 1 frasco-ampola.

USO INTRAVENOSO OU INTRAVESICAL

USO ADULTO

CUIDADO: AGENTE CITOTÓXICO

COMPOSIÇÃO

Cada frasco-ampola de NUOVODOX contém:

cloridrato de epirrubicina...................................................................................................................... 50 mg

excipientes: lactose monoidratada......................................................................................................... q.s.

INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

1. INDICAÇÕES

Este medicamento apresenta resposta terapêutica significativa em várias neoplasias, entre elas: carcinoma da mama, linfomas

malignos, sarcomas de partes moles, carcinoma gástrico, carcinoma hepático, câncer do pâncreas, carcinoma do reto-sigmoide,

carcinoma da região cérvico-facial, carcinoma pulmonar, carcinoma ovariano e leucemias. NUOVODOX por instilação intravesical

é indicada no tratamento dos carcinomas superficiais da bexiga (de células transicionais, carcinoma in situ) e na profilaxia das

recidivas após ressecção transuretral.

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

Terapia Adjuvante De Pacientes Com Câncer De Mama Inicial

Dois estudos randomizados, multicêntricos e abertos avaliaram o uso da epirrubicina na dose de 100 a 120 mg/m2

em combinação

com a ciclofosfamida e a fluoruracila no tratamento adjuvante de pacientes com câncer de mama com nódulos axilares positivos e

nenhuma evidência de doença metastática (Estágio II ou III). O estudo MA-5 avaliou a dose de 120 mg/m2

de epirrubicina por ciclo

em combinação com a ciclofosfamida e com a fluoruracila (esquema denominado CEF-120). Esse estudo randomizou mulheres

prémenopáusicas e perimenopáusicas com um ou mais linfonodos positivos para o esquema de CEF-120 contendo epirrubicina ou

para o esquema CMF (ciclofosfamida, metotrexato e fluoruracila). O estudo GFEA-05 avaliou o uso de 100 mg/m2

de epirrubicina

por ciclo em combinação com a fluoruracila e com a ciclofosfamida (FEC-100). Esse estudo randomizou mulheres pré e

pósmenopáusicas para receberem o esquema FEC-100 ou um esquema de dose mais baixa denominado FEC-50. No estudo GFEA-

05, as pacientes elegíveis deveriam apresentar ≥ 4 nódulos envolvidos com o tumor ou, se apenas 1 a 3 nódulos fossem positivos,

deveriam apresentar receptores negativos para estrógenos e para progesterona e um tumor histológico de grau 2 ou 3. Um total de

1281 mulheres participou desses estudos. As pacientes com tumores T4 não foram elegíveis para nenhum dos estudos. A Tabela 1

mostra os esquemas de tratamento que as pacientes receberam. O endpoint primário dos estudos foi sobrevida livre de recidiva, ou

seja, o tempo para ocorrência de uma recidiva local, regional, ou distante, ou óbito relacionado à doença. As pacientes com câncer

de mama contralateral, com segunda malignidade primária ou óbito por outras causas que não fossem o câncer de mama foram

censuradas no momento da última visita antes destes eventos.

Tabela 1. Esquemas Terapêuticos Utilizados nos Estudos de Fase 3 de Pacientes com Câncer de Mama Precoce

Grupos de Tratamento Agente Esquema

MA-51

n=716

CEF-120 (total, 6 ciclos)2

n=356

ciclofosfamida

epirrubicina

fluoruracila

75 mg/m2

VO, dias 1-14, a cada 28 dias

60 mg/m2

IV, dias 1 & 8, a cada 28 dias

500 mg/m2

CMF (total, 6 ciclos)

n=360

metotrexato

100 mg/m2

40 mg/m2

600 mg/m2

GFEA-053

n=565

FEC-100 (total, 6 ciclos)

n=276

IV, dia 1, a cada 21 dias

FEC-50 (total, 6 ciclos)

n=289

tamoxifeno 30 mg/dia x 3 anos,

mulheres pósmenopáusicas,

qualquer status de receptor

50 mg/m2

1

Em mulheres submetidas a lumpectomia, a radioterapia na mama deveria ser administrada após o término da quimioterapia do

estudo. 2

As pacientes também receberam antibioticoterapia profilática com trimetoprima-sulfametoxazol ou fluorquinolona durante

o período da quimioterapia. 3

Todas as mulheres deveriam receber radioterapia na mama após o término da quimioterapia.

No estudo MA-5, a idade média da população do estudo era 45 anos. Aproximadamente 60% das pacientes apresentavam 1 a 3

nódulos envolvidos e aproximadamente 40% apresentavam ≥ 4 nódulos envolvidos pelo tumor1,2

. No estudo GFEA-05, a idade

média era 51 anos e aproximadamente metade das pacientes eram pósmenopáusicas3

. Cerca de 17% da população do estudo

apresentavam 1 a 3 nódulos positivos e 80% das pacientes apresentavam ≥ 4 linfonodos envolvidos. As características demográficas

e do tumor foram bem-balanceadas entre os braços de tratamento de cada estudo. Os endpoints de eficácia de Sobrevida Livre de

Recidiva (SLR) e de Sobrevida Global (SG) foram analisados utilizando-se os métodos de Kaplan-Meier nas populações de

pacientes com intenção de tratamento (ITT) de cada estudo. Os resultados para os endpoints foram inicialmente analisados após até

5 anos de acompanhamento e estes resultados são apresentados no texto a seguir e na Tabela 2. Os resultados após até 10 anos de

acompanhamento são apresentados na Tabela 2. No estudo MA-5, a terapia de combinação contendo epirrubicina (CEF-120)

apresentou SLR significativamente mais longa do que a terapia com CMF (as estimativas de 5 anos foram de 62% versus 53%,

logrank estratificado para SLR Global p=0,013).

A redução estimada do risco de recidiva foi de 24% em 5 anos. A SG também foi maior para o esquema CEF-120 do que para o

esquema com CMF (estimativa de 5 anos de 77% versus 70%; logrank estratificado para SG p=0,043; logrank não estratificado

p=0,13). A redução estimada do risco de morte foi de 29% em 5 anos1,2

. No estudo GFEA-05, as pacientes tratadas com um regime

com doses maiores de epirrubicina (FEC-100) tiveram uma SLR em 5 anos (65% vs. 52%, logrank para a SLR global p=0,007) e

uma SG (76% vs. 65%, logrank para a SG p=0,007) significativamente mais longa que as pacientes que utilizaram o esquema com

doses mais baixas (FEC-50). A redução estimada no risco de recidiva foi de 32% em 5 anos. A redução estimada no risco de morte

foi de 31% em 5 anos. Resultados de acompanhamento de até 10 anos (acompanhamento médio = 8,8 anos e 8,3 anos,

respectivamente para o estudo MA-5 e GFEA-05) são apresentados na Tabela 21,3

. Embora os estudos não tenham poder estatístico

para análise de subgrupos, no estudo MA-5 foram observados resultados positivos a favor do CEF-120 vs. CMF na SLR e na SG

tanto em pacientes com 1-3 nódulos como nas mulheres com ≥ 4 linfonodos acometidos1,2

. No estudo GFEA-05, uma melhora na

SLR e na SG foi observada tanto em mulheres prémenopáusicas como nas pósmenopáusicas tratadas com FEC-100 comparado com

FEC-503

.

Tabela 2. Resultados de Eficácia dos Estudos de Fase 3 de Pacientes com Câncer de Mama Precoce*

Estudo MA-5 Estudo GFEA-05

CEF-120

n = 356

CMF

n = 360

FEC-100

n = 276

FEC-50

n = 289

SLR em 5 anos (%) 62 53 65 52

Razão de Risco† 0,16 0,68

IC 95% bicaudal (0,60, 0,96) (0,52, 0,89)

Teste logrank estratificado ** (p = 0,013) (p = 0,007)

SG em 5 anos (%) 77 70 76 65

Razão de Risco† 0,71 0,69

IC 95% bicaudal (0,52, 0,98) (0,51, 0,92)

Teste logrank estratificado** (p = 0,043)

(p não estratificado = 0,13)

(p = 0,007)

SLR em 10 anos (%) 51 44 49 43

Razão de Risco† 0,78 0,78

IC 95% bicaudal (0,63, 0,95) (0,62, 0,99)

Teste logrank estratificado** (p = 0,017)

(p não estratificado = 0,023)

(p = 0,040)

(p não estratificado = 0,09)

SG em 10 anos (%) 61 57 56 50

Razão de Risco† 0,82 0,75

IC 95% bicaudal (0,65, 1,04) (0,58, 0,96)

Teste logrank estratificado** (p = 0,100)

(p não estratificado = 0,18)

(p = 0,023)

(p não estratificado = 0,039)

* Com base nas estimativas de Kaplan-Meier

** As pacientes do estudo MA-5 foram estratificadas por status nodal (1-3, 4-10, e > 10 nódulos positivos), tipo de cirurgia inicial

(lumpectomia versus mastectomia), e por status do receptor hormonal (ER ou PR positivo( ≥ 10 fmol), ambos negativos (< 10

fmol), ou status desconhecido). As pacientes do estudo GFEA-05 foram estratificadas por status nodal (1-3, 4-10, e > 10 nódulos

positivos).

† Razão de Risco: CMF:CEF-120 no MA-5, FEC-50:FEC-100 no GEA-05.

As curvas de Kaplan-Meier para Sobrevida Livre de Recidiva e Sobrevida Global do estudo MA-51,2

são mostradas nas Figuras 1 e

2 e as do estudo GFEA-053

são apresentadas nas Figuras 3 e 4.

Figura 1. Sobrevida Livre de Recidiva no Estudo MA-5

epirrubicina - CTN 068103-999 - 10 anos FU -

Sobrevida Livre de Recidiva - Curvas de Kaplan-Meier por Tratamento (População ITT)

Figura 2. Sobrevida Global no Estudo MA-5

epirrubicina - CTN 068103-999 - 10 anos FU

Sobrevida Global - Curvas de Kaplan-Meier por Tratamento (População ITT)

Figura 3. Sobrevida Livre de Recidiva no Estudo GFEA-05

epirrubicina - GFEA-05 - 10 anos FU

Figura 4. Sobrevida Global no Estudo GFEA-05

Vide Tabela 2 para estatísticas das análises de 5 e 10 anos.

Função Cardíaca

Em um levantamento retrospectivo, incluindo 9144 pacientes, principalmente com tumores sólidos em estágios avançados, a

probabilidade de desenvolvimento de Falência Cardíaca Congestiva (ICC) aumentou com o aumento das doses cumulativas da

epirrubicina (Figura 5). O risco estimado das pacientes tratadas com epirrubicina desenvolverem ICC clinicamente evidente foi de

0,9% com uma dose cumulativa de 550 mg/m2

, 1,6% com 700 mg/m2

, e 3,3% com 900 mg/m2

. No tratamento adjuvante do câncer

de mama, a dose cumulativa máxima utilizada nos estudos clínicos foi de 720 mg/m2

. O risco de desenvolvimento de ICC na

ausência de outros fatores de risco cardíaco aumentou gradualmente após uma dose cumulativa de 900 mg/m2

de epirrubicina.

Figura 5. Risco de ICC em 9144 pacientes tratadas com epirrubicina

Em outro levantamento retrospectivo de 469 pacientes com câncer de mama metastático ou precoce tratadas com epirrubicina, o

risco relatado de ICC foi comparável ao observado no estudo de maior porte com mais de 9000 pacientes4

Leucemia Secundária

Uma análise de 7110 pacientes que receberam terapia adjuvante com epirrubicina nos estudos clínicos controlados como um

componente de esquemas poli-quimioterápicos para câncer de mama precoce, demonstrou um risco cumulativo de leucemia

mieloide aguda secundária ou síndrome mielodisplásica (LMA/SMD) de cerca de 0,27% (IC 95% aproximado, 0,14-0,40) em 3

anos, 0,46% (IC 95% aproximado, 0,28- 0,65) em 5 anos e 0,55% (IC 95% aproximado, 0,33-0,78) em 8 anos. O risco de

desenvolvimento de LMA/SMD aumentou com o aumento das doses cumulativas de epirrubicina conforme mostra a Figura 6.

Figura 6. Risco de LMA/SMD em 7110 Pacientes tratadas com epirrubicina

As taxas de LMA/SMD aumentaram com a dose de epirrubicina por ciclo, e por acúmulo de dose. Por exemplo, no estudo MA-5,

em pacientes que receberam doses intensivas de epirrubicina (120 mg/m2

), a incidência de LMA/SMD foi de 1,1% em 5 anos sem

casos adicionais observados durante o segundo período de 5 anos (anos 6-10) do período de acompanhamento. A probabilidade

cumulativa de desenvolvimento de LMA/SMD mostrou ser particularmente aumentada em pacientes que receberam mais do que a

dose cumulativa máxima recomendada de epirrubicina (720 mg/m2

) ou ciclofosfamida (6.300 mg/m2

), conforme demonstrado na

Tabela 3.

Tabela 3. Probabilidade cumulativa de LMA/SMD em relação às doses cumulativas de epirrubicina e ciclofosfamida

Anos a partir do

Início do Tratamento

Probabilidade Cumulativa de Desenvolvimento de LMA/SMD

% (IC 95%)

Dose Cumulativa de ciclofosfamida

≤ 6.300 mg/m2

> 6.300 mg/m2

Dose Cumulativa de

≤ 720 mg/m2

n=4760

> 720 mg/m2

n=111

n=890

n=261

3 0,12 (0,01-0,22) 0,00 (0,00-0,00) 0,12 (0,00-0,37) 4,37 (1,69-7,05)

5 0,25 (0,08-0,42) 2,38 (0,00-6,99) 0,31 (0,00-0,75) 4,97 (2,06-7,87)

8 0,37 (0,13-0,61) 2,38 (0,00-6,99) 0,31 (0,00-0,75) 4,97 (2,06-7,87)

Referências Bibliográficas

Colajori E, et al. IV FEC with epirubicin (E) 50 mg/m2 D1,8 prolongs time to progression (TTP) with respect to IV CMF D1,8

given at equimyelosuppressive doses as front line chemotherapy of metastatic breast cancer (MBC): a randomized multinational

multicentric phase III trial. Proc ASCO. Vol 14, No. 156, 1995.

2

Levine M, et al. Randomized Trial Comparing Cyclophosphamide, Epirubicin, and Fluorouracil With Cyclophosphamide,

Methotrexate, and Fluorouracil in Premenopausal Women With Node-Positive Breast Cancer: Update of National Cancer Institute

of Canada Clinical Trials Group Trial MA5. Journal of Clinical Oncology, Vol 23, No 22 (August), 2005: pp. 5166-5170.

3

Bonneterre J, et al. Long-Term Cardiac Follow-Up in Relapse-Free Patients After Six Courses of Fluorouracil, Epirubicin, and

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Ryberg M, Nielsen D, Skovsgaard T, Hansen J, Jensen BV, Dombernowsky P. Epirubicin Cardiotoxicity: An Analysis of 469

Patients With Metastatic Breast Cancer. Journal of Clinical Oncology, Vol 16, No 11 (November), 1998: pp. 3502-3508.

5

Praga C, et al. Anthracycline-induced cardiotoxicity and its relevance in cancer treatment. In Nimmo WS & AL: Clinical

Measurement in Drug Evaluation. Wolfe, Publishing Ltd, London, 1991, 131-142.

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

NUOVODOX é apresentado como um pó vermelho alaranjado liofilizado, para uso intravenoso ou intravesical após reconstituição.

Propriedades Farmacodinâmicas

A epirrubicina é um agente citotóxico antraciclínico. Embora se saiba que as antraciclinas possam interferir em várias funções

bioquímicas e biológicas das células eucarióticas, o mecanismo preciso das propriedades citotóxicas e/ou antiproliferativas da

epirrubicina ainda não foi completamente elucidado. Estudos de cultura de células demonstraram penetração celular rápida, com

localização do fármaco principalmente no núcleo. Em nível molecular, a epirrubicina forma um complexo com o DNA por

intercalação dos seus anéis planos entre os pares de bases nucleotídeas, com consequente inibição da síntese dos ácidos nucleicos

(DNA e RNA) e da síntese proteica. Além disso, esta intercalação pode desencadear a quebra do DNA pela topoisomerase-II,

originando distúrbios importantes na estrutura terciária do DNA e resultando em atividade citocidal. A epirrubicina também inibe a

atividade da DNA helicase, prevenindo a separação enzimática da dupla fita de DNA e interferindo na replicação e transcrição. A

epirrubicina também está envolvida nas reações de oxidação/redução com a produção de radicais livres altamente reativos e

altamente tóxicos. A atividade antiproliferativa e citotóxica da epirrubicina pode resultar em qualquer dos mecanismos mencionados

e ainda podem existir outros. In vitro, a epirrubicina é citotóxica para uma variedade de linhagens de células murinas e humanas

estabelecidas e de culturas primárias de tumores humanos. In vivo, a epirrubicina também é ativa contra uma variedade de tumores

murinos e xenoenxertos humanos em camundongos atímicos, incluindo tumores de mama.

Propriedades Farmacocinéticas

Absorção - a epirrubicina não é absorvida pelo trato gastrintestinal. Uma vez que o fármaco é extremamente irritante para os

tecidos, deve ser administrado por via intravenosa. Foi demonstrado que a administração intravesical é factível; a passagem da

epirrubicina para a circulação sistêmica por essa via de administração é mínima. A farmacocinética de epirrubicina é linear acima de

doses que variam de 60 a 150 mg/m2

e o clearance plasmático não é afetado pela duração da infusão ou pelo esquema de

administração.

Distribuição - após a administração intravenosa, a epirrubicina é rápida e amplamente distribuída nos compartimentos

extravasculares, conforme indicado pela meia-vida de distribuição muito rápida e volume de distribuição no estado de equilíbrio de

mais de 40 L/kg. No entanto, apesar do seu amplo volume de distribuição, a epirrubicina não atravessa a barreira hematoencefálica

em quantidades detectáveis. A taxa de ligação da epirrubicina às proteínas plasmáticas, predominantemente à albumina, é de cerca

de 77% e não é afetada pela concentração do fármaco. A epirrubicina também parece se concentrar nas hemácias; as concentrações

no sangue total são aproximadamente duas vezes as encontradas no plasma.

Metabolismo - a epirrubicina é ampla e rapidamente metabolizada pelo fígado além de ser metabolizada por outros órgãos e

células, incluindo as hemácias. Foram identificadas quatro vias metabólicas principais: (1) redução do grupo ceto C-13 com a

formação do derivado 13(S)-diidro, epirrubicinol; (2) conjugação tanto do fármaco inalterado como do epirrubicinol com ácido

glicurônico; (3) perda da porção açúcar amino por meio de um processo hidrolítico com a formação das agliconas doxorrubicina e

doxorrubicinol; e (4) perda da porção açúcar amino por meio de um processo redox com a formação da aglicona 7-desoxi-

doxorrubicina e da aglicona 7-desoxi-doxorrubicinol. O epirrubicinol apresenta um décimo da atividade citotóxica in vitro da

epirrubicina. Como os níveis plasmáticos do epirrubicinol são menores que os do fármaco inalterado, é improvável que eles atinjam

concentrações in vivo suficientes para citotoxicidade. Nenhuma atividade ou toxicidade significativa foi relatada para os outros

metabólitos. Do ponto de vista metabólico, a 4’-O-glicuronidação distingue a epirrubicina da doxorrubicina e pode ser responsável

por sua toxicidade reduzida.

Excreção - em pacientes com funções hepática e renal normais, os níveis plasmáticos de epirrubicina após a administração

intravenosa de 60-150 mg/m2

seguem um padrão decrescente tri-exponencial, com uma fase terminal lenta (t 1/2 γ) de 30-40 horas.

Essas doses estão dentro dos limites de linearidade farmacocinética. A meia-vida terminal do epirrubicinol é semelhante à da

epirrubicina. A depuração plasmática está no intervalo de 0,9 a 1,4 L/min. A epirrubicina e seus principais metabólitos são

eliminados por meio da excreção biliar e, em menor grau, pela excreção urinária. Os dados de balanço de massa de 1 paciente

encontraram cerca de 60% da dose radioativa total nas fezes (34%) e urina (27%). Estes dados são consistentes com os de 3

pacientes com obstrução extra-hepática e drenagem percutânea, onde aproximadamente 35% e 20% da dose administrada foram

recuperados na forma de epirrubicina ou de seus principais metabólitos na bile e na urina, respectivamente, em 4 dias após o

tratamento.

Farmacocinética em Populações Especiais

Insuficiência Hepática - a epirrubicina é eliminada tanto por metabolismo hepático como por excreção biliar e o clearance é

reduzido em pacientes com disfunção hepática. Em um estudo do efeito da disfunção hepática, as pacientes com tumores sólidos

foram classificadas em 3 grupos. Pacientes do Grupo 1 (n=22) apresentaram níveis de TGO acima do limite superior da normalidade

(mediana: 93 UI/L) e níveis séricos de bilirrubina normais (mediana: 0,5 mg/dL) e receberam doses de epirrubicina de 12,5 a 90

mg/m2

. As pacientes do Grupo 2 apresentaram alterações nos níveis séricos tanto de TGO (mediana: 175 UI/L) como de bilirrubina

(mediana: 2,7 mg/dL) e foram tratadas com uma dose de epirrubicina de 25 mg/m2

(n=8). Suas farmacocinéticas foram comparadas

com as dos pacientes com valores séricos normais de AST e bilirrubina, que receberam doses de epirrubicina de 12,5 a 120 mg/m2

.

A mediana do clearance plasmático da epirrubicina foi diminuída em comparação com a de pacientes com função hepática normal

em cerca de 30% para pacientes do Grupo 1 e 50% para pacientes do Grupo 2. As pacientes com insuficiência hepática mais grave

não foram avaliadas (vide ”5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES e 8. POSOLOGIA E MODO DE USAR”).

Insuficiência Renal - não foram observadas alterações significativas na farmacocinética da epirrubicina ou de seu principal

metabólito, epirrubicinol, em pacientes com creatinina sérica < 5 mg/dL. Foi relatada uma redução de 50% do clearance plasmático

em quatro pacientes com creatinina sérica ≥ 5 mg/dL (vide ”5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES e 8. POSOLOGIA E

MODO DE USAR”). Pacientes submetidas à diálise não foram estudadas.

Dados de Segurança Pré-Clínicos

A epirrubicina é mutagênica, clastogênica e carcinogênica em animais.

4. CONTRAINDICAÇÕES

Este medicamento é contraindicado a pacientes que apresentam hipersensibilidade à epirrubicina ou a qualquer outro componente da

fórmula, outras antraciclinas ou antracenedionas.

NUOVODOX também é contraindicado nas seguintes situações:

Uso intravenoso - mielossupressão persistente, insuficiência hepática grave, miocardiopatia, infarto do miocárdio recente, arritmias

severas, tratamentos prévios com doses cumulativas máximas de epirrubicina e/ou outras antraciclinas e antracenedionas (vide “5.

ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES”).

Uso intravesical - infecções no trato urinário, inflamação da bexiga, hematúria.

NUOVODOX é um medicamento classificado na categoria D de risco de gravidez. Portanto, este medicamento não deve ser

utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. A paciente deve informar imediatamente seu médico em caso de

suspeita de gravidez.

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

Gerais

NUOVODOX deve ser administrado apenas sob supervisão de médicos especialistas com experiência em terapia citotóxica. Os

pacientes devem recuperar-se das toxicidades agudas (como estomatite, neutropenia, trombocitopenia e infecções generalizadas) de

tratamentos citotóxicos prévios antes de iniciar o tratamento com epirrubicina. Embora o tratamento com altas doses de epirrubicina

(por exemplo, ≥ 90 mg/m2

a cada 3 a 4 semanas) cause efeitos adversos semelhantes àqueles vistos com doses padrão (< 90 mg/m2

a

cada 3 a 4 semanas), a gravidade da neutropenia e da estomatite/mucosite pode ser maior. O tratamento com altas doses de

epirrubicina requer atenção especial para possíveis complicações clínicas devido a mielossupressão profunda.

Função Cardíaca - o risco de cardiotoxicidade no tratamento das antraciclinas pode ser manifestado por eventos precoce (agudo) e

tardio.

Eventos precoces: cardiotoxicidade precoce do NUOVODOX consiste principalmente em taquicardia sinusal e/ou anormalidades no

eletrocardiograma (ECG) como alterações na onda ST-T não específica. Também foram relatadas taquiarritmias, incluindo

contração prematura ventricular, taquicardia ventricular e bradicardia, assim como bloqueio atrioventricular e bundle-branch. Esses

efeitos geralmente não predizem subsequente desenvolvimento de cardiotoxicidade tardia; são raramente de importância clínica e

não são geralmente considerados na descontinuação do tratamento com NUOVODOX.

Eventos tardios: cardiotoxicidade tardia, geralmente desenvolve-se no final do tratamento com cloridrato de epirrubicina ou 2 a 3

meses após o término do tratamento, mas eventos tardios (muitos meses ou anos após o término do tratamento) também foram

relatados. Cardiomiopatia tardia manifesta-se pela redução da ejeção da fração ventricular esquerda (LVEF) e/ou sinais e sintomas

de ICC como dispneia, edema pulmonar, edema dependente, cardiomegalia e hepatomegalia, oligúria, ascite, efusão pleural, e ritmo

de galope. Risco de vida por ICC é a forma mais grave de cardiomiopatia induzida por antraciclinas e representa a toxicidade dose

limitante cumulativa do fármaco. O risco de desenvolvimento de ICC aumenta rapidamente com o aumento da dose cumulativa total

em excesso de 900 mg/m² de epirrubicina, esta dose só deve ser excedida com extrema cautela (vide “3. CARACTERÍSTICAS

FARMACOLÓGICAS”). A função cardíaca deve ser avaliada antes do tratamento e deve ser monitorada durante a terapia para

minimizar o risco de ocorrência de insuficiência cardíaca. O risco pode ser diminuído através do monitoramento regular da LVEF

durante o tratamento, com a interrupção imediata de epirrubicina no primeiro sinal de insuficiência. O método quantitativo

apropriado para avaliação repetida da função cardíaca (avaliação da LVEF) inclui angiografia com radinucleotídeo (MUGA) ou

ecocardiograma (ECO). A avaliação cardiológica com ECG, uma varredura MUGA ou um ECO é recomendável, principalmente em

pacientes com fatores de risco para cardiotoxicidade aumentado. Determinações repetidas por MUGA ou ECO de LFEV deve ser

realizado, particularmente com mais altas, doses cumulativas de antraciclina. A técnica utilizada para a avaliação deve ser

consistente ao longo do acompanhamento.

Dado o risco de cardiomiopatia, uma dose cumulativa de 900 mg/m2

de NUOVODOX deve ser excedida apenas com extrema

cautela.

Os fatores de risco para cardiotoxicidade incluem doença cardiovascular (do coração e dos vasos sanguíneos) ativa ou latente,

radioterapia prévia ou concomitante da área mediastinal/pericárdica (no centro do tórax e ao redor do coração), terapia prévia com

outras antraciclinas ou antracenedionas, e uso concomitante com outras drogas que podem diminuir a contratibilidade cardíaca ou

drogas cardiotóxicas (por exemplo: trastuzumabe). As antraciclinas, incluindo a epirrubicina, não devem ser administradas em

combinação com outros agentes cardiotóxicos sem monitoramento cuidadoso da função cardíaca (vide “6. INTERAÇÕES

MEDICAMENTOSAS”).

Pacientes recebendo antraciclinas após interromperem o tratamento com outros agentes cardiotóxicos, especialmente aqueles com

longa meia-vida, como o trastuzumabe, podem também estar sob um risco aumentado de desenvolvimento de cardiotoxicidade. A

meia-vida do trastuzumabe é de aproximadamente 28 – 38 dias e pode persistir na circulação por até 27 semanas. Por isso, os

médicos devem evitar a terapia baseada em antraciclinas por até 27 semanas após interromperem o tratamento com

trastuzumabe.Em caso de utilização de antraciclinas antes deste período, recomenda-se um cuidadoso monitoramento da função

cardíaca.

O monitoramento da função cardíaca deve ser pareticularmente rigorosa em pacientes recebendo altas doses cumulativas e

naqueles co fatores de risco. No entanto, a cardiotoxicidade com epirrubicina pode ocorrer em doses cumulativas mais baixas se

fatores de risco cardíacos estão presentes ou não.

É provável que a toxicidade da NUOVODOX e outras antraciclinas ou antracenedionas é aditiva.

Toxicidade Hematológica - a exemplo do que ocorre com outros agentes citotóxicos, a epirrubicina pode produzir mielossupressão.

O perfil hematológico deve ser avaliado antes e durante cada ciclo da terapia com NUOVODOX, incluindo contagem dos glóbulos

brancos diferenciados. Leucopenia reversível, dependente da dose e/ou granulocitopenia (neutropenia) são as manifestações

predominantes da toxicidade hematológica da epirrubicina, constituindo a toxicidade aguda limitante da dose mais comum desse

fármaco. A leucopenia e a neutropenia são, geralmente, mais graves com esquemas de altas doses, alcançando um nadir, na maioria

dos casos, entre o 10° e 14° dia após a administração do medicamento. Esses efeitos são, usualmente, transitórios, com a

normalização da contagem de glóbulos brancos/neutrófilos, na maioria dos casos, até o 21° dia. Trombocitopenia e anemia também

podem ocorrer. As consequências clínicas mais graves da mielossupressão incluem febre, infecção, sepse/septicemia, choque

séptico, hemorragia, hipóxia tecidual ou morte.

Leucemia secundária - leucemia secundária, com ou sem fase pré-leucêmica, foi relatada em pacientes tratados com antraciclinas,

incluindo cloridrato de epirrubicina. A leucemia secundária é mais comum quando tais fármacos são administrados em combinação

com agentes antineoplásicos lesivos ao DNA, quando os pacientes são pré-tratados intensivamente com fármacos citotóxicos ou

quando as doses de antraciclinas são aumentadas. Essas leucemias possuem um período de latência de 1 a 3 anos (vide “3.

CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS”).

Gastrintestinal - a epirrubicina é emetogênica. A mucosite/estomatite geralmente aparece no início do tratamento com o fármaco e,

se grave, pode progredir em poucos dias para úlceras de mucosa. A maioria dos pacientes se recupera desse evento adverso até a

terceira semana de terapia.

Função Hepática - a principal via de eliminação do NUOVODOX é o sistema hepatobiliar. Os níveis de bilirrubina sérica total e de

aspartato transaminase (TGO) devem ser avaliados antes e durante o tratamento com NUOVODOX. Pacientes com bilirrubina ou

TGO elevado podem apresentar clearance mais lento do fármaco, com um aumento da toxicidade geral. Doses mais baixas são

recomendadas nesses pacientes (vide “8. POSOLOGIA E MODO DE USAR” e “3. CARACTERÍSTICAS

FARMACOLÓGICAS”). Pacientes com insuficiência hepática grave não devem receber NUOVODOX (vide “4.

CONTRAINDICAÇÕES”).

Função Renal - a creatinina sérica deve ser avaliada antes e durante a terapia. O ajuste da dose é necessário em pacientes com

creatinina sérica > 5 mg/dL (vide “8. POSOLOGIA E MODO DE USAR”).

Efeitos no Local de Infusão - fleboesclerose pode resultar da infusão do fármaco em vaso de pequeno calibre ou de infusões

repetidas na mesma veia. Seguir os procedimentos de administração recomendados pode minimizar o risco de flebite/tromboflebite

no local de infusão (vide “8. POSOLOGIA E MODO DE USAR”).

Extravasamento - o extravasamento de epirrubicina durante a administração intravenosa pode produzir dor local, lesões teciduais

graves (vesicação, celulite grave) e necrose. Caso ocorram sinais ou sintomas de extravasamento durante a administração

intravenosa de NUOVODOX, a infusão do fármaco deve ser imediatamente interrompida.

Outros - assim como ocorre com outros agentes citotóxicos, tromboflebite e fenômenos tromboembólicos, incluindo embolia

pulmonar (fatal em alguns casos), foram coincidentemente relatados com o uso de epirrubicina.

Síndrome da Lise Tumoral: a epirrubicina pode induzir à hiperuricemia devido ao extenso catabolismo das purinas que acompanha a

rápida lise de células neoplásicas induzida pelo fármaco (síndrome de lise tumoral). Níveis séricos de ácido úrico, potássio, fosfato

de cálcio e creatinina devem ser avaliados após o tratamento inicial de forma que este fenômeno possa ser reconhecido e controlado

adequadamente. Hidratação, alcalinização urinária e profilaxia com alopurinol para prevenir a hiperuricemia podem minimizar as

complicações potenciais da síndrome de lise tumoral.

Efeitos Imunossupressores/Aumento da Suscetibilidade a Infecções: a administração de vacinas “vivas” ou vacinas “vivas-

atenuadas” em pacientes imunocomprometidos por agentes quimioterápicos incluindo NUOVODOX, pode resultar em infecções

graves ou fatais. A vacinação com uma vacina “viva” deve ser evitada em pacientes recebendo NUOVODOX. Vacinas “mortas” ou

“inativadas” podem ser administradas, contudo, a resposta a estas vacinas pode ser diminuída.

Atenção: Este medicamento contém Açúcar (lactose), portanto deve ser usado com cautela em portadores de Diabetes.

Advertências e Precauções Adicionais para Outras Vias de Administração

Via Intravesical - a administração de NUOVODOX pode produzir sintomas de cistite química (por ex., disúria, poliúria, noctúria,

estrangúria, hematúria, desconforto vesical, necrose da parede vesical) e constrição da bexiga. É necessário atenção especial para

problemas de cateterização (por ex., obstrução uretral devida a tumores intravesicais de grande volume).

Fertilidade, gravidez e lactação (vide “3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS”)

Prejuízo na Fertilidade - NUOVODOX pode induzir dano cromossômico em espermatozoides humanos. Homens submetidos a

tratamento com NUOVODOX devem utilizar métodos contraceptivos efetivos.

NUOVODOX pode causar amenorreia ou menopausa prematura em mulheres prémenopáusicas.

Uso durante a Gravidez - mulheres em idade fértil devem ser aconselhadas a evitar engravidar durante o tratamento e devem

utilizar métodos contraceptivos eficazes.

Dados experimentais em animais sugerem que a epirrubicina pode causar dano fetal quando administrada a mulheres grávidas. Se a

epirrubicina for utilizada durante a gravidez ou se a paciente engravidar enquanto estiver utilizando esse fármaco, ela deve ser

comunicada quanto aos danos potenciais para o feto. Não há estudos em mulheres grávidas, portanto NUOVODOX deve ser

utilizado durante a gravidez apenas se os benefícios potenciais justificarem os riscos potenciais para o feto.

Uso durante a Lactação - não se sabe se a epirrubicina é excretada no leite humano. Uma vez que muitos fármacos, incluindo

outras antraciclinas, são excretados no leite humano e devido à possibilidade de reações adversas sérias em lactentes pela

epirrubicina, as mães devem interromper o aleitamento antes de receber esse medicamento.

Efeitos na Habilidade de Dirigir e Operar Máquinas

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

NUOVODOX é utilizado, principalmente, em combinação com outros fármacos citotóxicos. Toxicidade aditiva pode ocorrer

especialmente em relação a efeitos medulares/hematológicos e gastrintestinais (vide “5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES”).

O uso de NUOVODOX em combinação quimioterápica com outros fármacos potencialmente cardiotóxicos, assim como o uso

concomitante de outros compostos cardioativos (por ex., bloqueadores do canal de cálcio), requer o monitoramento da função

cardíaca durante o tratamento. A epirrubicina é amplamente metabolizada pelo fígado. Qualquer medicamento concomitante que

possa afetar a função hepática também pode afetar o metabolismo ou a farmacocinética da epirrubicina e, como resultado, a eficácia

e/ou a toxicidade (vide “5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES”). A cimetidina aumentou a área sob a curva (AUC) da

epirrubicina em 50% e seu uso deve ser interrompido durante o tratamento com NUOVODOX.

Quando administrado antes da epirrubicina, o paclitaxel pode causar aumento das concentrações plasmáticas da epirrubicina

inalterada e de seus metabólitos, sendo que seus metabólitos não são tóxicos nem ativos. A administração concomitante do

paclitaxel ou do docetaxel não alterou a farmacocinética da epirrubicina quando esta foi administrada antes do taxano.

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

NUOVODOX deve ser conservado em temperatura ambiente (entre 15°C e 30°C), protegido da luz e pode ser utilizado por 24

meses a partir da data de fabricação.

A solução reconstituída é quimicamente estável por 24 horas à temperatura ambiente ou por 48 horas se armazenada sob

refrigeração (entre 2°C e 8°C).

Descartar devidamente qualquer solução não utilizada após a reconstituição.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido.

Guarde-o em sua embalagem original.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

Características físicas e organolépticas do produto: pó liofilizado vermelho-alaranjado.

Após reconstituição: solução límpida com todo o conteúdo dissolvido.

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

NUOVODOX é um fármaco citotóxico normalmente administrado por via intravenosa. No entanto, a administração intravesical

mostrou-se benéfica no tratamento de câncer superficial de bexiga, bem como na profilaxia de recidiva de tumor após ressecção

transuretral (vide “5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES”).

NUOVODOX não é ativo quando administrado por via oral e não deve ser injetada por via intramuscular ou intratecal.

Administração Intravenosa

Normalmente, a dose é calculada com base na área de superfície corpórea (mg/m2

). A dose total de NUOVODOX por ciclo a ser

administrada pode variar de acordo com o uso, dentro de um esquema de tratamento específico (por exemplo, administrada como

agente único ou em combinação com outros fármacos citotóxicos) e de acordo com a indicação terapêutica (por exemplo, no

tratamento de câncer de pulmão, a epirrubicina também é utilizada em doses mais altas que as convencionais). A epirrubicina deve

ser administrada através de cateter de infusão intravenosa correndo livremente (solução fisiológica 0,9% ou solução de glicose 5%).

Para minimizar o risco de trombose ou extravasamento perivenoso, os períodos de infusão usuais variam entre 3 e 20 minutos

dependendo da dose e volume da solução de infusão. Não se recomenda uma injeção direta devido ao risco de extravasamento, o

qual pode ocorrer mesmo na presença de retorno adequado de sangue mediante aspiração com a agulha (vide “5.

ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES”).

Regime de Dose Inicial Padrão: como agente único a dose inicial padrão recomendada de NUOVODOX, em adultos, por ciclo é 60

a 120 mg/m2

da área de superfície corpórea. A dose inicial padrão recomendada de NUOVODOX quando usada como componente

da terapia adjuvante em pacientes com câncer de mama nódulo-axilar positivo é 100 a 120 mg/m2

. A dose total inicial padrão por

ciclo deve ser administrada como dose única ou dividida em 2 a 3 dias sucessivos. Sob condições de cura normal da toxicidade

fármaco-induzida (particularmente depressão da medula óssea e estomatite), cada tratamento do ciclo pode ser repetido a cada 3 a 4

semanas. Se NUOVODOX for utilizado em combinação com outros medicamentos citotóxicos com toxicidade potencialmente

somatórias, a dose recomendada por ciclo, deve ser reduzida adequadamente.

Regime de Altas Doses Iniciais: elevadas doses de NUOVODOX podem ser utilizadas no tratamento do câncer de mama e de

pulmão. Como agente único a dose recomendada por ciclo em adultos é de até 135 mg/m2

e deve ser administrada no primeiro dia

ou em doses divididas nos dias 1, 2, 3, a cada 3 a 4 semanas. Na terapia combinada, a dose máxima recomendada de início é de até

120 mg/m2

e deve ser administrada no primeiro dia, a cada 3 ou 4 semanas.

Modificação da Dose - Disfunção Renal: embora nenhuma recomendação específica de dosagem possa ser feita baseada nos dados

limitados disponíveis de pacientes com insuficiência renal, doses iniciais mais baixas devem ser consideradas em pacientes com

insuficiência renal grave (creatinina sérica > 5 mg/dL).

Disfunção Hepática: como a principal via de eliminação da epirrubicina é o sistema hepatobiliar, a dose deve ser reduzida em

pacientes com função hepática comprometida para evitar aumento da toxicidade geral. Normalmente, as diretrizes utilizadas para

redução da dose na função hepática comprometida, são baseadas nos níveis de bilirrubina sérica e da TGO conforme segue:

Bilirrubina entre 1,2 a 3 mg/dL ou TGO 2 a 4 vezes o limite superior

da normalidade:

metade da dose inicial recomendada

Bilirrubina > 3 mg/dL ou TGO > 4 vezes o limite superior da

normalidade:

um quarto da dose inicial recomendada

Outras Populações Especiais: doses iniciais baixas ou longos intervalos entre os ciclos devem ser considerados para pacientes

intensamente pré-tratados ou para pacientes com infiltração neoplásica da medula óssea (vide “5. ADVERTÊNCIAS E

PRECAUÇÕES”). O regime e dose inicial padrão é utilizado para pacientes idosos.

Administração Intravesical

NUOVODOX deve ser instilado usando um cateter e o instilado deve ser retido na bexiga por 1 hora.

Durante a instilação, o paciente deve ser rotacionado para garantir contato mais amplo possível da solução com a mucosa vesical da

pélvis. Para evitar diluição indevida pela urina, o paciente deve ser orientado a não ingerir qualquer tipo de líquido nas 12 horas

antes da instilação. O paciente deve ser instruído a urinar no final da instilação. A administração intravesical não é apropriada para o

tratamento de tumores invasivos que tenham penetrado na camada muscular da parede da bexiga.

Carcinoma Superficial da Bexiga - Instilação Única: é recomendada uma instilação única de 80 a 100 mg imediatamente após a

ressecção transuretral (RTU).

Ciclo de 4 a 8 Semanas Seguida por Instilação Mensal: recomendam-se instilações semanais de 50 mg (em 25-50 mL de solução

salina) por 8 semanas após a RTU, iniciando-se 2 a 7 dias após a RTU. No caso de toxicidade local (cistite química), é aconselhável

redução da dose para 30 mg. Os pacientes podem receber administrações semanais de 50 mg por 4 semanas, seguidas de instilações

mensais por 11 meses na mesma dose.

Reconstituição e Estabilidade

Para a reconstituição do conteúdo do frasco-ampola deve ser utilizada água para injetáveis ou solução fisiológica (25 mL para o

frasco-ampola de 50 mg). Após adicionar o diluente ao frasco-ampola, agitar até dissolução completa.

O conteúdo do frasco-ampola encontra-se sob pressão negativa. Para minimizar a formação de aerossol durante a reconstituição, a

agulha deve ser inserida cuidadosamente. A inalação do aerossol durante a reconstituição deve ser evitada. A solução reconstituída é

quimicamente estável por 24 horas à temperatura ambiente ou por 48 horas se armazenada sob refrigeração (entre 2°C e 8°C). De

qualquer maneira, recomenda-se que, de acordo com as boas práticas farmacêuticas, a solução não seja normalmente estocada por

mais de 24 horas entre 2°C e 8°C. Evitar a exposição do produto à luz solar ou luz direta. Descartar devidamente qualquer solução

não utilizada após a reconstituição.

Incompatibilidades

NUOVODOX não deve ser misturado com outros fármacos. O contato com qualquer outra solução de pH alcalino deve ser evitado,

pois isso resultará em hidrólise da epirrubicina. NUOVODOX não deve ser misturada com heparina devido à incompatibilidade

química que pode resultar em precipitação. NUOVODOX pode ser utilizada em associação a outros agentes antitumorais, mas não

se recomenda que seja misturada com outros fármacos na mesma seringa (vide “6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS”).

Medidas de Proteção

As seguintes recomendações de proteção devem ser seguidas devido à natureza tóxica desta substância: o pessoal deve ser treinado

quanto às boas práticas para reconstituição e manipulação; as profissionais grávidas não devem trabalhar com este medicamento; o

pessoal que manipula NUOVODOX deve utilizar vestuário de proteção: óculos, avental, luvas e máscaras descartáveis; uma área

designada deve ser definida para reconstituição (preferivelmente sob sistema de fluxo laminar). A superfície de trabalho deve ser

protegida por papel absorvente descartável, com base de plástico; todos os itens utilizados para reconstituição, administração ou

limpeza, incluindo as luvas, devem ser colocados em sacos de lixo descartáveis, de alto risco, para incineração em temperatura

elevada; derramamento ou vazamento deve ser tratado com solução de hipoclorito de sódio diluída (solução a 1%), de preferência

por imersão, e depois com água; todos os materiais de limpeza devem ser descartados conforme indicado anteriormente; o contato

acidental com a pele deve ser tratado imediatamente com lavagem abundante com água e sabão, ou solução de bicarbonato de sódio,

mas não se deve esfregar a pele com escovas. Nestes casos, devem-se procurar cuidados médicos; em caso de contato com o(s)

olho(s), segure e mantenha levantada a pálpebra do(s) olho(s) afetado(s) e lave com jato de água em quantidade abundante por, pelo

menos, 15 minutos. Procure, então, avaliação médica; sempre lave as mãos após a remoção das luvas.

Dose Omitida

Como NUOVODOX é um medicamento de uso exclusivamente hospitalar, o plano de tratamento é definido pelo médico que

acompanha o caso. Caso o paciente falte a uma sessão programada de quimioterapia com esse medicamento, ele deve procurar o seu

médico para redefinição da programação de tratamento. O esquecimento da dose pode comprometer a eficácia do tratamento.

9. REAÇÕES ADVERSAS

Estudos Clínicos

Foram feitos muitos estudos clínicos com cloridrato de epirrubicina, administrada convencionalmente e em altas doses em diferentes

indicações.

Estão listadas a seguir reações adversas sérias relatadas durante os estudos:

Infecções e infestações - infecções;

Neoplasma benigno e maligno - leucemia linfocítica e mielogênica agudas;

Sanguíneo e linfático - anemia, trombocitopenia, neutropenia febril, neutropenia, leucopenia;

Metabólico e nutricional - anorexia;

Oculares - conjuntivite/queratite;

Cardíacos - falência cardíaca congestiva, taquicardia ventricular, bloqueio AV, bloqueio de ramo, bradicardia;

Vasculares - ondas de calor, tromboembolismo;

Gastrintestinais - náusea/vômito, mucosite/estomatite, diarreia;

Pele e tecido subcutâneo - alopecia, toxicidade local, rash/coceira, alterações na pele;

Sistema reprodutivo e mamários - amenorreia;

Geral e condições no local da administração - mal estar/astenia, febre;

Laboratoriais: reduções assintomáticas na fração da ejeção ventricular, alteração no nível da transaminase.

Experiência Pós-Comercialização

Infecções e infestações - sepse, pneumonia;

Sistema Imunológico - anafilaxia;

Metabólico e nutricional - desidratação, hiperuricemia;

Vasculares - choque, hemorragia, embolismo arterial, tromboflebite, flebite,;

Distúrbios respiratórios, toráxicos e do mediastino - embolia pulmonar;

Gastrintestinais - erosões, ulcerações, sensação de dor ou queimação, hemorragia, hiperpigmentação da mucosa oral;

Pele e tecido subcutâneo - eritema, rubor, hiperpigmentação da pele e unhas, fotossensibilidade, hipersensibilidade da pele

irradiada (radiation-recall reaction), urticária;

Renais e urinários - coloração avermelhada na urina por 1 a 2 dias após a administração;

Geral e condições no local da administração - febre, calafrios;

Injúria envenenamento e complicações dos procedimentos: cistite química (após administração intravesical).

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária - NOTIVISA, disponível em

http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.

10. SUPERDOSE

Superdose aguda com epirrubicina resultará em mielossupressão grave (principalmente leucopenia e trombocitopenia), efeitos

tóxicos gastrintestinais (principalmente mucosite) e complicações cardíacas agudas. Pode-se esperar que doses únicas muito altas de

epirrubicina causem degeneração miocárdica aguda dentro de 24 horas e mielossupressão grave dentro de 10 a 14 dias. O tratamento

deve ter como objetivo a proteção do paciente durante este período e deve utilizar medidas como transfusões sanguíneas e

isolamento reverso. Insuficiência cardíaca tardia tem sido observada com antraciclinas até 6 meses após a superdosagem. Os

pacientes devem ser observados atentamente e, caso surjam sinais de insuficiência cardíaca, devem ser tratados com os esquemas

convencionais.

Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.