Bula do Ocubim produzido pelo laboratorio Ems Sigma Pharma Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
Ocubim
bimatoprosta
EMS SIGMA PHARMA LTDA
Solução oftálmica estéril
0,3 mg/mL
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
OCUBIM
Formas farmacêuticas e apresentações
Solução oftálmica estéril.
Embalagens contendo frascos conta-gotas de 2,5 mL, 3 mL , 5 mL ou 7,5 mL de solução oftálmica estéril.
USO ADULTO
USO TÓPICO OFTÁLMICO
COMPOSIÇÃO
Cada mL de solução oftálmica contém:
bimatoprosta ................................................................................................. 0,3 mg
veículo* q.s.p. .................................................................................................1,0 mL
* cloreto de benzalcônio, fosfato de sódio dibasico, cloreto de sódio, hidróxido de sódio, ácido cítrico,
água para injetáveis.
Uma gota da solução contém aproximadamente 9,4 mcg de bimatoprosta.
Cada 1 mL da solução oftálmica de bimatoprosta corresponde a aproximadamente 32 gotas.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Ocubim é indicado para a redução da pressão intraocular elevada (PIO) em pacientes com glaucoma de
ângulo aberto, glaucoma de ângulo fechado em pacientes submetidos previamente a iridotomia e
hipertensão ocular.
Nos estudos clínicos de pacientes com glaucoma de ângulo aberto ou hipertensão ocular com uma PIO
média basal de 26 mmHg, o efeito redutor da PIO de bimatoprosta uma vez ao dia (à noite) foi de 7 – 8
mmHg. Nos estudos de Fase 3 sobre a bimatoprosta em solução oftálmica a 0,03%, confirmouse que o
medicamento, administrado uma vez ao dia como monoterapia, se mostrou clinicamente e
estatisticamente superior ao timolol 0,5%, administrado duas vezes ao dia, na redução da pressão
intraocular elevada de pacientes com glaucoma ou hipertensão ocular.1,2,3 De modo global, a eficácia do
esquema posológico de administração única diária se mostrou melhor do que a de duas administrações ao
dia. O esquema posológico de administração única diária, à noite, efetivamente reduz a pressão
intraocular durante todo o período de 24 horas, inclusive em um estudo com duração de 1 ou 2 anos de
tratamento, que também evidenciou que a administração da bimatoprosta é segura e bem tolerada. 4
.
Em 6 meses, estudos clínicos de fase 3 com a solução oftálmica de bimatoprosta 0.03% versus
Latanoprosta, demonstrou uma redução da pressão intraocular estatisticamente superior pela manhã
(variando de -7.6 para -8.2 mmHg para bimatoprosta versus -6.0 para -7.2 mmHg para Latanoprosta).
Além disso, durante o acompanhamento, os valores médios da pressão intraocular foram
significativamente menores com bimatoprosta do que com latanoprosta.5
Em estudo clínico de 12 semanas, a segurança e eficácia de bimatoprosta 0,03% foi comparada com
latanoprosta 0,005%, ambos administados uma vez à noite, como terapia adjunta com betabloqueadores,
em pacientes com glaucoma ou hipertensão que não foram adequadamente controlados com beta-
bloqueadores somente. A alteração média em relação á PIO basal foi significativamente maior para os
pacientes tratados com bimatoprosta do que para os tratados com latanoprosta nas consultas do estudo.6
1 - Study 192024-008: (12-month report). A multi-center, double-masked, randomized, parallel, three-
month study (with treatment extended to one year) of the safety and efficacy of AGN 192024 0.03%
ophthalmic solution, administered once-daily or twice-daily compared with timolol 0.5% ophthalmic
solution administered twicedaily, in subjects with glaucoma or ocular hypertension. Allergan, 2000
2 - Study 192024-009: (12-month report). A multi-center, double-masked, randomized, parallel, three-
solution administered twicedaily, in subjects with glaucoma or ocular hypertension. Allergan, 2000.
3 - Higginbotham EJ, Schuman JS, Goldberg I, Gross RL, VanDenburgh AM, Chen K, Whitcup SM.
One-year, randomized study comparing bimatoprost and timolol in glaucoma and ocular hypertension.
Arch Ophthalmol. 2002;120:1286-1293.
4 - Study 192024-014: A multicenter, double-masked, randomized, parallel, extension study evaluating
the safety and efficacy of bimatoprost 0.03% ophthalmic solution, compared with timolol 0.5%
ophthalmic solution, in patients with glaucoma or ocular hypertension. Allergan, 2003
5 - Study 192024-019: A Multi-Center, Investigator-Masked, Randomized, Parallel Study of the Efficacy
and Safety of AGN 192024 0.03% Ophthalmic Solution (QD) Compared with Latanoprost 0.005%
Ophthalmic Solution (QD) in Patients with Glaucoma or Ocular Hypertension for 3 Months of Treatment
(With Treatment Extended to Month 6). Allergan, 2003.
6 - Study 192024-501: A twelve-week, multi-center, investigator-masked, randomized, parallel
comparison of the safety and efficacy of AGN 192024 0.03% ophthalmic solution administered once-
daily or twice-daily with latanoprost 0.005% ophthalmic solution, adjunctively with topical beta-blockers,
in subjects with glaucoma or ocular hypertension. Allergan, 1999.
Farmacodinâmica
Ocubim é um agente antiglaucomatoso, cujo princípio ativo é a bimatoprosta, prostamida que é um
análogo sintético da prostaglandina F2x(PGF2x) com potente atividade hipotensora ocular. Sua seletividade
imita os efeitos da prostamida F2x, substância que existe naturalmente. Ela é sintetizada a partir de uma
anandamida por uma via envolvendo a COX-2, mas não a COX-1, sugerindo uma nova via que leva à
síntese de amidas lipídicas endógenas que reduzem a pressão intraocular (PIO). A bimatoprosta difere das
prostaglandinas, pois não estimula os receptores prostanóides, não é mitogênica, não contrai o útero
humano e é eletroquimicamente neutra. A bimatoprosta reduz a PIO em humanos porque aumenta o fluxo
de saída através das malhas trabeculares e aumenta o fluxo de saída uveo escleral.
Farmacocinética
Absorção: Após instilação, a bimatoprosta é absorvida através da córnea e esclera humana, atingindo
concentrações plasmáticas de pico em 10 minutos e passa a apresentar concentrações abaixo do limite de
detecção (0,025 ng/mL) em 1,5 horas após a administração. Os valores da Cmáx média e a AUC0-
24horas foram semelhantes nos dias 7 e 14 em aproximadamente 0,08 ng/mL e 0,09 ng/mL,
respectivamente, indicando que o estado de equilíbrio foi atingido durante a primeira semana de aplicação
ocular. A substância não sofre acúmulo sistêmico significativo no decorrer do tempo.
Distribuição: A bimatoprosta se distribui aos tecidos orgânicos atingindo um volume de distribuição no
estado de equilíbrio de 0,67 L/kg. No sangue humano a bimatoprosta permanece principalmente no
plasma. Aproximadamente 12% da bimatoprosta permanece livre.
Metabolismo: A bimatoprosta sofre glucoronidação, hidroxilação, n-desetilação e então desamidação para
formar uma variedade de metabólitos, que não são farmacologicamente ativos.
Eliminação: Sua excreção é principalmente urinária. Após uma dose intravenosa de bimatoprosta marcada
radioativamente (3,12 mcg/kg) a seis voluntários sadios, a concentração sangüínea máxima da droga
inalterada foi de 12,2 ng/mL e diminuiu rapidamente com uma meia vida de eliminação de
aproximadamente 45 minutos. A depuração total no sangue foi de 1,5 L/h/kg. Até 67% da dose
administrada foi excretada pela urina enquanto 25% da dose foi recuperada nas fezes. A redução da
pressão intraocular se inicia aproximadamente 4 horas após a primeira administração com efeito máximo
atingido dentro de aproximadamente 8 a 12 horas. A duração do efeito se mantém por pelo menos 24
horas.
Os estudos de carcinogenicidade e mutagenicidade mostraram que a bimatoprosta não é mutagênica nem
clastogênica no teste de Ames, e nos testes micronucleares e testes de linfoma de camundongos.
Ocubim é contraindicado em pacientes com hipersensibilidade a bimatoprosta ou qualquer um dos
componentes da fórmula do produto.
Advertências
Ocubim é um medicamento de uso exclusivamente tópico ocular.
Foi relatado aumento da pigmentação da íris após a administração de solução de bimatoprosta. Pacientes
devem ser alertados sobre o potencial de aumento da pigmentação da íris e de que essas alterações podem
ser permanentes. A alteração de pigmentação é devido ao aumento da melanina contida nos melanócitos
maior do que o aumento do número de melanócitos. Os efeitos a longo prazo do aumento da pigmentação
não são conhecidos. A alteração da cor da íris após administração oftálmica de Ocubim pode não ser
observada por vários meses a anos. Nem os nevos nem sardas da íris parecem ser afetados pelo
tratamento.
Também foi relatado uma alteração da pigmentação de tecidos, aumento gradativo do crescimento dos
cílios em comprimento e espessura, escurecimento da pele ao redor dos olhos e da cor do olhos com a
utilização da solução oftálmica de bimatoprosta. Quando Ocubim 0,3 mg/ ml (colírio multidose) foi
aplicado diretamente nos olhos para tratamento da pressão intraocular elevada, a alteração de
pigmentação mais reportada foi nos tecidos periorbitares (pálpebra), cílios e íris. Esta pigmentação nos
tecidos periorbitares foi relatada como sendo reversível em alguns pacientes.
Existe o potencial para crescimento de pelos nas áreas onde a solução de Ocubim entra em contato
repetidamente com a superfície da pele. Portanto, é importante aplicar Ocubim conforme instruído para
evitar que a solução escorra pela face ou outras áreas.
Ocubim não foi estudado em pacientes em condições oculares inflamatórias, neovasculares, glaucoma de
ângulo fechado, glaucoma congênito ou glaucoma de ângulo estreito.
Precauções
Antes de iniciar o tratamento, os pacientes devem ser informados sobre a possibilidade de crescimento
dos cílios, pois esta reação foi observada durante o tratamento com análogos da prostaglandina, incluindo
Ocubim. Houve relatos de ceratite bacteriana associada com o uso de recipientes de doses múltiplas de
produtos oftálmicos de uso tópico. Esses recipientes foram contaminados inadvertidamente pelos
pacientes, que na maioria dos casos, apresentavam doença corneana concomitante ou ruptura da
superfície epitelial ocular.
Bimatoprosta deve ser utilizado com cautela em pacientes com inflamação intraocular aguda (como por
exemplo, uveíte) pois a inflamação pode ser agravada.
A presença de edema macular, incluindo edema macular cistóide, foi relatada durante o tratamento com
Ocubim 0,3 mg/ ml solução oftálmica. Portanto, Ocubim a 0,03% deve ser utilizada com cautela em
pacientes afácicos, em pacientes pseudoafácicos com cápsula posterior do cristalino lacerada, ou em
pacientes com fatores de risco conhecidos para edema macular (por exemplo, cirurgia intraocular, oclusão
de veia da retina, doença inflamatória ocular e retinopatia diabética).
Gravidez e Lactação
Gravidez
Categoria de risco na gravidez: C
Não foram realizados estudos controlados em gestantes. Considerando que os estudos sobre toxicidade
reprodutiva em animais nem sempre são indicativos de resposta humana, Ocubim apenas deve ser
utilizado em gestantes se os potenciais benefícios para a mãe justificarem os potenciais riscos para o feto.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do
cirurgião-dentista.
Lactação
Não se dispõe de dados a respeito da excreção do Ocubim no leite humano, mas como os estudos em
animais mostraram que a substância é excretada pelo leite, recomenda-se cautela na administração do
medicamento durante a lactação.
Pacientes pediátricos
O uso em pacientes pediátricos não foi avaliado e portanto o uso de Ocubim não é recomendado em
crianças e adolescentes.
Pacientes idosos
Não foram observadas diferenças de eficácia e segurança entre pacientes idosos e de outras faixas etárias.
Pacientes que utilizam lentes de contato
Bimatoprosta não deve ser aplicado durante o uso de lentes de contato gelatinosas ou hidrofílicas, pois o
cloreto de benzalcônio presente na fórmula pode ser absorvido pelas lentes. Por este motivo, os pacientes
devem ser instruídos a retirar as lentes antes da aplicação do colírio e aguardar pelo menos 15 minutos
para recolocá-las após a administração de Ocubim.
Pacientes que fazem uso de mais de um medicamento oftálmico
Ocubim pode ser utilizado concomitantemente com outros medicamentos tópicos oftálmicos para reduzir
a pressão intraocular. Se Bimatoprosta for utilizado concomitantemente com outros medicamentos de
aplicação tópica ocular, o produto deve ser administrado com intervalos de pelo menos 5 minutos entre as
aplicações.
Pacientes com insuficiência renal ou hepática
Ocubim não foi estudado em pacientes com mau funcionamento dos rins ou do fígado e, portanto, deve
ser utilizado com cautela nesses pacientes.
Interferência na capacidade de dirigir veículos e operar máquinas
A aplicação do colírio, em geral, não causa alterações da visão. Caso ocorra leve borramento de visão
logo após a aplicação, recomenda-se aguardar até que a visão retorne ao normal antes de dirigir veículos
Considerando que as concentrações circulantes sistêmicas da bimatoprosta são extremamente baixas após
múltiplas instilações oculares (menos de 0,2 ng/mL), e, que há várias vias enzimáticas envolvidas na
biotransformação da bimatoprosta 0.03%, não são previstas interações medicamentosas em humanos. Não
são conhecidas incompatibilidades.
Não são previstas interações entre bimatoprosta e outros medicamentos. bimatoprosta pode ser
administrado concomitantemente com outros agentes betaboqueadores sem evidências de interação.
O uso concomitante do bimatoprosta e outros agentes antiglaucomatosos que não sejam betabloqueadores
tópicos não foram avaliados durante a terapia.
Estudos em pacientes com glaucoma ou hipertensão ocular, existe um potencial de redução do efeito da
diminuição da pressão intraocular quando bimatoprosta é utilizado com outros análogos da
prostaglandina.
Ocubim deve ser armazenado em temperatura ambiente (entre 15°C e 30°C), não necessitando
refrigeração, e protegido da luz e umidade.
O prazo de validade é de 24 meses.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Após aberto, válido por 85 dias.
Ocubim é uma solução estéril límpida, transparente, isenta de grumos e impurezas.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
A dose usual é de 1 gota aplicada no(s) olho(s) afetado(s), uma vez ao dia (de preferência à noite). A dose
não deve exceder a uma dose única diária, pois foi demonstrado que a administração mais frequente pode
diminuir o efeito do medicamento sobre a pressão intraocular elevada. Para evitar contaminação, não
encostar a ponta do frasco nos olhos, nos dedos e nem em outra superfície qualquer.
Reação muito comum (> 1/10): hiperemia conjuntival, hiperemia dos olhos, crescimento dos cílios e
prurido nos olhos.
Reação comum (> 1/100 e < 1/10): secura ocular, ardor ocular, sensação de corpo estranho nos olhos, dor
ocular, distúrbios visuais, visão borrada, escurecimento da pálpebra, alteração da cor dos cílios, irritação
ocular, secreção ocular, eritema palpebral, ceratite puntacta, blefarite, fotofobia, conjuntivite alérgica,
aumento do lacrimejamento, aumento da pigmentação da íris, astenopia, prurido palpebral,
hiperpigmentação da pele e edema conjuntival.
Reação incomum (> 1/1000 e 1/100): irite e hirsutismo.
Outras reações adversas relatadas após a comercialização de Ocubim foram: aprofudamento do sulco
palpebral (enoftamilte), eritema (periorbital), edema palpebral, edema macular, crescimento anormal de
pelos, náusea, tontura, dor de cabeça, hipertensão, asma, exacerbação da asma e dispnéia.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária -
NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância
Sanitária Estadual ou Municipal.