Bula do Olmesartana Medoxomila+Hidroclorotiazida produzido pelo laboratorio Brainfarma Indústria Química e Farmacêutica S.a
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
OLMESARTANA MEDOXOMILA +
HIDROCLOROTIAZIDA
Brainfarma Indústria Química e Farmacêutica S.A.
Comprimidos revestidos
20mg + 12,5mg
40mg + 25mg
olmesartana medoxomila + hidroclorotiazida – comprimido revestido - Bula para o profissional da saúde 1
I - IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO:
OLMESARTANA MEDOXOMILA + HIDROCLOROTIAZIDA
Medicamento genérico Lei nº 9.787, de 1999
APRESENTAÇÕES
Comprimido revestido de 20mg + 12,5mg ou 40mg + 25mg. Embalagem contendo 30 comprimidos
revestidos.
VIA DE ADMINISTRAÇÃO: ORAL
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO
Comprimido revestido de 20mg + 12,5mg
Cada comprimido revestido contém:
olmesartana medoxomila........................................................................................................................20mg
hidroclorotiazida..................................................................................................................................12,5mg
excipientes q.s.p. .......................................................................................................1 comprimido revestido
(hiprolose de baixa substituição, lactose monoidratada, celulose microcristalina, hiprolose, talco, estearato
de magnésio, dióxido de silício, dióxido de titânio, álcool polivinílico, macrogol, óxido de ferro amarelo e
óxido de ferro vermelho)
Comprimido revestido de 40mg + 25mg
olmesartana medoxomila........................................................................................................................40mg
hidroclorotiazida.....................................................................................................................................25mg
olmesartana medoxomila + hidroclorotiazida – comprimido revestido - Bula para o profissional da saúde 2
II - INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE:
A associação de olmesartana medoxomila + hidroclorotiazida é indicada para o tratamento da hipertensão
arterial essencial (primária). Essa associação em dose fixa não é indicada para o tratamento inicial.
Num estudo matricial a eficácia de olmesartana medoxomila associada à hidroclorotiazida (OM/HCT) foi
avaliada em 502 pacientes com hipertensão (PA diastólica casual média entre 100 e 115mmHg). Foram
utilizadas as doses de OM/HCT respectivamente de 20mg ou 40mg e/ou 12,5mg ou 25mg e placebo. As
reduções observadas na PA diastólica casuais foram de -8,2 mm Hg no placebo, -16,4mmHg na dose de
20/12,5mg, -17,3mmHg na dose de 40/12,5mg e de -21,9mmHg na dose máxima de 40/25mg. As
reduções na PA sistólica nas mesmas doses citadas anteriormente foram respectivamente: -3,3mmHg, -
20,1mmHg, -20,6mmHg e -26,8mmHg. Nesse mesmo estudo o tratamento dos grupos com OM em
monoterapia confirmou os dados de estudos anteriores, ou seja, reduções de PAD (pressão arterial
diastólica) de -13,8mmHg e PAS (pressão arterial sistólica) -15,5mmHg (OM 20mg/dia) e PAD de -14,6
mm Hg e PAS -16,0mmHg (OM 40mg/dia). Em outro estudo de desenho aberto, não comparativo, de
escalonamento de dose (total de 24 semanas) testou-se a eficácia da olmesartana medoxomila em
monoterapia (20mg e 40mg), associada à hidroclorotiazida (12,5mg e 25mg) e com adição de besilato de
anlodipino à associação OM/HCT (5mg e 10mg). A cada quatro semanas os pacientes que não
alcançaram a meta de PA ≤ 130/85mmHg passaram para a fase seguinte. Ao final das oito semanas de
monoterapia, observou-se uma redução de -10,7 e -17,7mmHg na PAD e PAS, respectivamente. Na fase
de terapia combinada, a redução na PAD foi de -16,1mmHg e na PAS de -29,3mmHg. Após a adição de
anlodipino, observou-se uma maior redução na PAD de -18,2mmHg e na PAS de -33,7mmHg. Nesse
mesmo estudo, avaliou-se o alcance das metas de PA em dois grupos distintos de pacientes pela
classificação da JNC VI-E.U.A: estágio I=PAS entre 140-159mmHg ou PAD 90-99mmHg e estágio II =
PAS ≥160mmHg ou PAD ≥ 100mmHg. No estágio I, 89% e no estágio 2, 54% dos pacientes alcançaram
a meta rigorosa (PA ≤ 130/85mmHg) após 16 semanas de tratamento, ou seja, partindo da monoterapia
com OM 20mg até a associação OM/HCT 40/25mg. A mesma análise para a meta de PA ≤ 140/90mmHg
mostrou, respectivamente, o alcance por 94% e 75% dos pacientes. Em estudos de longo prazo por até
dois anos, o efeito redutor da pressão arterial da associação foi mantido. O efeito anti-hipertensivo foi
independente da idade ou sexo e a resposta global à combinação foi semelhante para pacientes negros e
não negros. Não foram observadas mudanças significativas na frequência cardíaca com o tratamento em
combinação no estudo controlado por placebo.
O aparecimento do efeito anti-hipertensivo ocorreu em uma semana e foi máximo após quatro semanas.
Após administração oral de hidroclorotiazida, o aumento de diurese ocorreu nas primeiras duas horas e
foi máximo em aproximadamente quatro horas. A duração da ação diurética foi de seis a doze horas.
Farmacodinâmica
Olmesartana medoxomila: é um pró-fármaco que, durante a absorção pelo trato gastrintestinal, é
convertido por hidrólise em olmesartana, o composto biologicamente ativo. É um bloqueador seletivo do
receptor de angiotensina II do subtipo AT1.
A angiotensina II é formada a partir da angiotensina I em uma reação catalisada pela enzima conversora
da angiotensina (ECA, cininase II). A angiotensina II é o principal agente pressórico do sistema renina-
angiotensina-aldosterona, com efeitos que incluem vasoconstrição, estimulação da síntese e liberação de
aldosterona, estimulação cardíaca e reabsorção renal de sódio. A olmesartana liga-se de forma
competitiva e seletiva ao receptor AT1 e impede os efeitos vasoconstritores da angiotensina II,
bloqueando seletivamente sua ligação ao receptor AT1 no músculo liso vascular. Sua ação é independente
da via de síntese da angiotensina II.
O bloqueio do receptor AT1 de angiotensina II inibe o feedback negativo regulador sobre a secreção de
renina, entretanto, o aumento resultante na atividade de renina plasmática e nos níveis de angiotensina II
circulante não suprime o efeito da olmesartana sobre a pressão arterial.
Não é esperado o aparecimento de tosse devido à alteração da resposta à bradicinina pelo fato de a
olmesartana medoxomila não inibir a ECA.
olmesartana medoxomila + hidroclorotiazida – comprimido revestido - Bula para o profissional da saúde 3
Receptores AT2 também são encontrados em outros tecidos, mas se desconhece a sua associação com a
homeostasia cardiovascular. A olmesartana tem uma afinidade 12.500 vezes superior ao receptor AT1
quando comparada ao receptor AT2.
Doses de 2,5 a 40mg de olmesartana medoxomila inibem o efeito pressórico da infusão de angiotensina I.
A duração do efeito inibitório está relacionada com a dose. Com doses de olmesartana medoxomila
maiores que 40mg obtêm-se mais de 90% de inibição em 24 horas. As concentrações plasmáticas de
angiotensina I, angiotensina II e a atividade de renina plasmática aumentaram após a administração única
e repetida de olmesartana medoxomila a indivíduos sadios e pacientes hipertensos. A administração
repetida de até 80mg de olmesartana medoxomila teve influência mínima sobre os níveis de aldosterona e
nenhum efeito sobre o potássio sérico.
Hidroclorotiazida: é um diurético tiazídico, que atua nos mecanismos de reabsorção de eletrólitos nos
túbulos renais, aumentando diretamente a excreção de sódio e cloreto em quantidades aproximadamente
equivalentes. Indiretamente, a ação diurética da hidroclorotiazida reduz o volume do plasma, com
consequente aumento na atividade da renina plasmática, na secreção de aldosterona, na perda urinária de
potássio e bicarbonato e redução do potássio sérico. A ativação do sistema renina-aldosterona é mediada
pela angiotensina II e, portanto, a coadministração de um antagonista do receptor de angiotensina II tende
a reverter a perda de potássio associada a esses diuréticos. O mecanismo da ação anti-hipertensiva dos
diuréticos tiazídicos não é totalmente conhecido.
A combinação de olmesartana medoxomila e hidroclorotiazida resulta em efeito anti-hipertensivo aditivo
que aumenta em função da dose. A interrupção da terapia com olmesartana medoxomila isolada ou
associada com hidroclorotiazida não resultou em efeito rebote.
Farmacocinética
Absorção, distribuição, metabolismo e excreção
Olmesartana medoxomila: olmesartana medoxomila é rápida e completamente bioativada por hidrólise do
éster para olmesartana durante a absorção pelo trato gastrintestinal. A olmesartana parece ser eliminada
de maneira bifásica, com uma meia-vida de eliminação de 6-15 horas. A farmacocinética da olmesartana
é linear após doses orais únicas e doses orais múltiplas maiores que as doses terapêuticas. Os níveis no
estado de equilíbrio são atingidos após as primeiras doses e não ocorre nenhum acúmulo no plasma com a
administração única diária.
Após a administração, a biodisponibilidade absoluta é de aproximadamente 26%. A concentração
plasmática máxima (Cmax) após administração oral é atingida após aproximadamente 2 horas. Os
alimentos não afetam a sua biodisponibilidade.
Após a rápida e completa conversão da olmesartana medoxomila em olmesartana durante a absorção não
há aparentemente nenhum metabolismo adicional da olmesartana. O clearance plasmático total é de 1,3
l/h, com um clearance renal de 0,5-0,7 l/h. Aproximadamente de 30% a 50% da dose absorvida é
recuperada na urina, enquanto o restante é eliminado nas fezes, por intermédio da bile.
O volume de distribuição da olmesartana é de 16 a 29 litros. A olmesartana possui alta ligação a
proteínasplasmáticas (99%) e não penetra nas hemácias. A ligação proteica é constante mesmo com
concentrações plasmáticas de olmesartana muito acima da faixa atingida com as doses recomendadas.
Estudos em ratos mostraram que a olmesartana atravessa a barreira hematoencefálica em quantidade
mínima, e alcança o feto através da barreira placentária, É detectada no leite materno em níveis baixos.
Hidroclorotiazida: a concentração máxima de hidroclorotiazida é atingida após 1,5-2 horas de sua
administração oral em associação à olmesartana medoxomila. A ligação de hidroclorotiazida às proteínas
plasmáticas é de 68%, e seu volume aparente de distribuição é de 0,83-1,14 l/kg. Quando os níveis
plasmáticos de hidroclorotiazida foram acompanhados por, no mínimo, 24 horas, a meia-vida variou entre
5,6 e 14,8 horas. Não é metabolizada, mas é eliminada rapidamente pelo rim. No mínimo, 60% da dose
oral é eliminada em estado inalterado dentro de 48 horas. O clearance renal está entre 250-300mL/min e a
meia-vida de eliminação é de 10-15 horas. Cruza a barreira placentária, mas não a hematoencefálica, e é
excretada no leite materno.
A administração concomitante de olmesartana medoxomila e hidroclorotiazida não resultou em alterações
clinicamente significantes na farmacocinética das duas substâncias em indivíduos saudáveis.
Populações especiais
Pediatria: a farmacocinética da olmesartana não foi investigada em menores de 18 anos.
Geriatria: a farmacocinética da olmesartana foi estudada em idosos com 65 anos ou mais. Em geral, as
concentrações plasmáticas máximas foram similares entre os adultos jovens e os idosos, sendo que nestes
olmesartana medoxomila + hidroclorotiazida – comprimido revestido - Bula para o profissional da saúde 4
foi observado um pequeno acúmulo com a administração de doses repetidas (a ASC foi 33% maior em
pacientes idosos, correspondendo a aproximadamente 30% de redução no clearance renal).
Sexo: foram observadas diferenças mínimas na farmacocinética da olmesartana nas mulheres em
comparação aos homens. A ASC e a Cmax foram de 10 a 15% maiores em mulheres do que em homens.
Insuficiência renal: em pacientes com insuficiência renal, as concentrações séricas de olmesartana
mostraram-se elevadas quando comparadas a indivíduos com função renal normal. Em pacientes com
insuficiência renal grave (clearance de creatinina < 20 ml/min), a ASC foi aproximadamente triplicada
após doses repetidas. A farmacocinética da olmesartana em pacientes sob hemodiálise ainda não foi
estudada.
Insuficiência hepática: um aumento de aproximadamente 48% na ASC0-∞ foi observado em pacientes com
insuficiência hepática moderada em comparação com controles saudáveis e, em comparação com os
controles equivalentes, foi observado um aumento na ASC de cerca de 60%.
Pacientes utilizando sequestradores de ácidos biliares: A administração concomitante de 40mg de
olmesartana medoxomila e 3750mg de colesevelam em pacientes saudáveis resultou em 28% de redução
do Cmax e 39% de redução da AUC da olmesartana. Efeitos mais brandos, 4% e 15% de redução em Cmax
e AUC respetivamente, foi observado quando a olmesartana é administrada 4 horas antes do colesevelam.
A associação de olmesartana medoxomila + hidroclorotiazida é contraindicada nos seguintes casos: em
pacientes hipersensíveis aos componentes da fórmula ou a outros medicamentos derivados da
sulfonamida; durante a gestação; em pacientes com insuficiência renal grave (clearance de creatinina
menor que 30 ml/min) ou com anúria.
A coadministração de olmesartana medoxomila + hidroclorotiazida e alisquireno é contraindicada em
pacientes com diabetes (ver INTERÇÕES MEDICAMENTOSAS).
Hipotensão em pacientes com depleção de volume ou de sal: em pacientes cujo sistema renina-
angiotensina esteja ativado, como aqueles com depleção de volume e/ou sal (ex: pacientes em tratamento
com doses altas de diuréticos), pode ocorrer hipotensão sintomática após o início do tratamento com
olmesartana medoxomila + hidroclorotiazida.
Função renal diminuída: em pacientes cuja função renal possa depender da atividade desse sistema (por
exemplo, ICC), o tratamento com inibidores da ECA e bloqueadores dos receptores de angiotensina é
associado com azotemia, oligúria ou, raramente, com insuficiência renal aguda.
Há um risco elevado de insuficiência renal quando pacientes com estenose unilateral ou bilateral de
artéria renal são tratados com medicamentos que afetam o sistema renina-angiotensina. Os diuréticos
tiazídicos são contraindicados a pacientes com doença renal grave. Em pacientes com doença renal, pode-
se precipitar a azotemia.
Insuficiência hepática: os diuréticos tiazídicos devem ser usados com cuidado em pacientes com função
hepática prejudicada ou doença hepática progressiva, visto que pequenas alterações no equilíbrio
hidroeletrolítico podem precipitar coma hepático.
Reações de hipersensibilidade: pacientes com histórico de alergia ou bronquite asmática são mais
propensos a apresentar reações de hipersensibilidade a hidroclorotiazida, no entanto, essas reações
também podem ocorrer em pacientes sem tal histórico.
Lúpus eritematoso sistêmico: os diuréticos tiazídicos podem exacerbar ou ativar a manifestação do
lúpus eritematoso.
Lítio: não se recomenda o uso concomitante de lítio e diuréticos.
Efeitos metabólicos e endócrinos: pode ocorrer hiperglicemia com o uso de diuréticos tiazídicos. Em
diabéticos, pode ser necessário um ajuste na dose de insulina ou dos hipoglicemiantes orais. Diabetes
melito latente pode se manifestar durante a terapia com diuréticos tiazídicos.
Também pode ocorrer aumento nos níveis de colesterol e triglicérides com o tratamento.
O tratamento com diuréticos tiazídicos pode precipitar a ocorrência de hiperuricemia ou crises de gota em
alguns pacientes.
Desequilíbrio eletrolítico: todos os pacientes em tratamento com diuréticos devem realizar, em
intervalos adequados, determinações dos eletrólitos séricos.
Os diuréticos tiazídicos, incluindo a hidroclorotiazida, podem provocar desequilíbrio hidroeletrolítico
incluindo hipopotassemia, hiponatremia e alcalose hipoclorêmica. Os sinais e sintomas de desequilíbrio
hidroeletrolítico, consistem em boca seca, sede, fraqueza, letargia, sonolência, inquietação, dores
olmesartana medoxomila + hidroclorotiazida – comprimido revestido - Bula para o profissional da saúde 5
musculares ou câimbras, fadiga muscular, hipotensão, oligúria, taquicardia e distúrbios gastrintestinais
como náuseas e vômitos.
Geralmente, a hipocloremia é moderada, não sendo necessário nenhum tratamento de suporte.
Demonstrou-se que os diuréticos tiazídicos aumentam a excreção urinária de magnésio, resultando em
hipomagnesemia, e que podem reduzir a excreção urinária de cálcio, além de provocar elevação discreta e
inconstante do cálcio sérico, sem alteração prévia da calcemia. A hipercalcemia significativa pode ser
evidência de hiperparatireoidismo. O uso de tiazídicos deve ser interrompido antes da dosagem dos
hormônios paratireoides.
Pode ocorrer hipopotassemia com o uso de diuréticos tiazídicos, especialmente em pacientes com cirrose
hepática, diurese excessiva, que estejam recebendo reposição inadequada de eletrólitos e em pacientes
que estejam em terapia concomitante com corticosteroides ou hormônio adrenocorticotrófico (ACTH).
Morbidade e mortalidade fetal/neonatal: os medicamentos que agem diretamente sobre o sistema
renina-angiotensina-aldosterona podem causar morbidade e morte fetal e neonatal quando administrados a
gestantes, assim como os diuréticos tiazídicos. Os diuréticos tiazídicos atravessam a barreira placentária e
aparecem no cordão umbilical. Podem causar distúrbios eletrolíticos e, possivelmente, outros efeitos
observados em adultos. Casos de trombocitopenia neonatal e icterícia fetal ou neonatal foram relatados
com o uso de diuréticos tiazídicos em mulheres grávidas.
Não foram observados efeitos teratogênicos quando medicamentos contendo a associação de olmesartana
medoxomila + hidroclorotiazida foram administrados a camundongos e ratas prenhes, mas evidenciou-se
toxicidade fetal pela redução de peso dos fetos após a administração de olmesartana medoxomila +
hidroclorotiazida a ratas prenhes.
Lactantes: a olmesartana é secretada em concentração baixa no leite de ratas lactantes, mas não se sabe
se é excretada no leite humano. Os diuréticos tiazídicos aparecem no leite humano. Devido ao potencial
para eventos adversos sobre o lactente, cabe ao médico decidir entre interromper a amamentação ou
interromper o uso de olmesartana medoxomila + hidroclorotiazida, levando em conta a importância do
medicamento para a mãe.
Categoria de risco na gravidez: C (primeiro trimestre)
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do
cirurgião-dentista.
Categoria de risco na gravidez: D (segundo e terceiros trimestres)
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe
imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.
Enteropatia semelhante à doença celíaca: Foi reportada diarreia crônica severa em pacientes tomando
olmesartana medoxomila meses ou anos após o início do tratamento. Biopsias intestinais de pacientes
frequentemente revelam atrofia das vilosidades. Se o paciente apresentar esses sintomas durante o
tratamento com olmesartana medoxomila considere descontinuar o tratamento em casos em que nenhuma
outra etiologia é identificada.
Estudos Clínicos: Dados de um estudo clínico controlado – ROADMAP (Randomised Olmesartan And
Diabetes Microalbuminuria Prevention) - e de um estudo epidemiológico conduzido nos EUA sugeriram
que altas doses de olmesartana podem aumentar o risco cardiovascular em pacientes diabéticos, mas os
dados gerais não são conclusivos.
O estudo clínico ROADMAP incluiu 4447 pacientes com diabetes tipo 2, normoalbuminúricos e com
pelo menos um risco cardiovascular adicional. Os pacientes foram randomizados com olmesartana 40mg,
uma vez ao dia, ou placebo. O estudo alcançou seu desfecho primário, o aumento no tempo para o início
de microalbuminúria. Para os desfechos secundários, os quais o estudo não foi desenhado para avaliar
formalmente, eventos cardiovasculares ocorreram em 96 pacientes (4,3%) com olmesartana e em 94
pacientes (4,2%) com placebo. A incidência de mortalidade cardiovascular foi maior com olmesartana
comparada com o tratamento utilizando placebo (15 pacientes [0,67%] vs. 3 pacientes [0,14%] [HR=4,94,
IC 95% = 1,43-17,06]), mas o risco para infarto do miocárdio não fatal foi menor com olmesartana (HR
0,64, IC 95% =0,35, 1,18).
O estudo epidemiológico incluiu pacientes com 65 anos ou mais, com exposição geral de >300.000
pacientes por ano. No subgrupo de pacientes diabéticos recebendo altas doses de olmesartana (40mg/dia)
por 6 meses ou mais, houve um aumento no risco de morte (HR 2,0, IC 95% = 1,1, 3,8) em comparação
aos pacientes que receberam outros bloqueadores do receptor de angiotensina. Por outro lado, o uso de
altas doses de olmesartana em pacientes não diabéticos está associado a um menor risco de morte (HR
0,46, IC 95% = 0,24, 0,86) comparado a pacientes em condições semelhantes tomando outros
bloqueadores do receptor de angiotensina. Não foi observada diferença entre os grupos que receberam
olmesartana medoxomila + hidroclorotiazida – comprimido revestido - Bula para o profissional da saúde 6
doses inferiores de olmesartana em comparação com outros bloqueadores do receptor de angiotensina ou
entre os grupos que receberam a terapia por menos de 6 meses.
Carcinogênese, mutagênese, diminuição da fertilidade
Olmesartana medoxomila-hidroclorotiazida: não foram realizados estudos de carcinogenicidade com
olmesartana medoxomila associada à hidroclorotiazida visto que as duas substâncias isoladas não
apresentaram evidências de efeitos carcinogênicos relevantes.
A associação de olmesartana medoxomila e hidroclorotiazida, na proporção de 20:12,5, foi negativa no
teste de mutação reversa de microssomo de mamífero/Salmonella-Escherichia coli até a concentração de
placa máxima recomendada para os ensaios-padrão. As substâncias também foram testadas
individualmente e em proporções de combinação de 40:12,5, 20:12,5 e 10:12,5, quanto à atividade
clastogênica no ensaio de aberração cromossômica em pulmão de hamster chinês in vivo. Foi observada
uma resposta positiva para cada componente e proporção de combinação. Entretanto, não foi detectado
nenhum sinergismo na atividade clastogênica entre ambos os medicamentos em qualquer proporção. A
combinação de olmesartana medoxomila e hidroclorotiazida (20:12,5), administrada por via oral, teve
teste negativo no ensaio de micronúcleo de eritrócito de medula espinhal de camundongo in vivo, em
doses de 1935 mg/kg de olmesartana medoxomila e 1209 mg/kg de hidroclorotiazida.
Não foram realizados estudos de redução da fertilidade com olmesartana medoxomila combinada à
hidroclorotiazida, pois os estudos demonstraram que os dois fármacos isolados não afetam a fertilidade
em roedores.
Uso em crianças e idosos
Não foram estabelecidas a segurança nem a eficácia em crianças.
Do número total de pacientes em todos os estudos clínicos de hipertensão com a associação, 18,3%
tinham 65 anos ou mais. Não foram observadas diferenças na eficácia nem na segurança entre os idosos e
os mais jovens, porém, não pode ser descartada a maior sensibilidade de alguns indivíduos mais idosos.
Gerais: o uso concomitante de olmesartana medoxomila + hidroclorotiazida com outros medicamentos
anti-hipertensivos pode resultar em efeito aditivo ou potencialização.
Olmesartana medoxomila: não foram relatadas interações medicamentosas significativas em estudos
nos quais a olmesartana medoxomila foi coadministrada com digoxina ou varfarina em voluntários
saudáveis. A biodisponibilidade da olmesartana não foi significativamente alterada pela coadministração
de antiácidos (hidróxido de alumínio e hidróxido de magnésio). A olmesartana medoxomila não é
metabolizada pelo sistema do citocromo P450, portanto, não são esperadas interações com medicamentos
que inibem, induzem ou são metabolizados por essas enzimas.
- lítio: foi relatado aumento nas concentrações de lítio sérico e toxicidade ocasionada por lítio durante o
uso concomitante com bloqueadores dos receptores de angiotensina II, incluindo olmesartana. Aconselha-
se o monitoramento do lítio sérico durante o uso concomitante.
- bloqueio duplo do sistema renina angiotensina (SRA): o bloqueio duplo do sistema renina
angiotensina com o uso de bloqueadores dos receptores de angiotensina II, inibidores da ECA e
alisquireno está associado a maior risco de hipotensão, hiperpotassemia e alterações na função renal
(incluindo insuficiência renal aguda) comparado à monoterapia. Aconselha-se o monitoramento da
pressão arterial, função renal e eletrólitos em pacientes sendo tratados com olmesartana ou outros
medicamentos que afetam o sistema renina angiotensina.
- alisquireno: não coadministrar o alisquireno com olmesartana medoxomila em pacientes diabéticos. O
uso concomitante foi associado a um aumento no risco de hipotensão, hipercalemia, e alterações na
função renal (incluindo insuficiência renal aguda).
- anti-inflamatórios não esteroidais (AINES): bloqueadores do receptor de angiotensina II (BRA)
podem agir sinergicamente com AINES e reduzir a filtração glomerular. O uso concomitante desses
medicamentos pode levar a um maior risco de piora da função renal. Adicionalmente , o efeito anti-
hipertensivo dos BRAs, incluindo a olmesartana, pode ser atenuado pelos AINES, inclusive inibidores
seletivos da COX-2.
- colesevelam: uso concomitante com o sequestrador do ácidos biliares, colesevelam reduz a exposição
sistêmica e concentração de pico plasmático da olmesartana.
olmesartana medoxomila + hidroclorotiazida – comprimido revestido - Bula para o profissional da saúde 7
A administração de olmesartana por no mínimo 4 horas antes do colesevelam reduz a interação
medicamentosa.
Hidroclorotiazida: quando administrados simultaneamente, os fármacos abaixo podem interagir com os
diuréticos tiazídicos:
- álcool, barbituratos ou narcóticos - pode ocorrer potencialização da hipotensão ortostática;
- medicamentos antidiabéticos (agentes orais e insulina) - pode ser necessário o ajuste de dose do
medicamento antidiabético;
- resinas (colestiramina e colestipol) - a absorção da hidroclorotiazida é prejudicada na presença de
resinas de troca aniônica;
- corticosteroides, ACTH – aumento do risco de hipopotassemia;
- aminas vasopressoras (por exemplo, norepinefrina) - possível resposta diminuída a aminas
vasopressoras;
- relaxantes de musculatura esquelética, não despolarizantes (por exemplo, tubocurarina) - possível
resposta aumentada ao relaxante muscular;
- lítio - de maneira geral, não deve ser administrado com diuréticos, pois estes reduzem a depuração renal
do lítio e provocam um alto risco de toxicidade por lítio;
- medicamentos anti-inflamatórios não esteroides - em alguns pacientes, a administração de um agente
anti-inflamatório não esteroide pode reduzir os efeitos diuréticos, natriuréticos e anti-hipertensivos dos
diuréticos tiazídicos.
Alterações em exames laboratoriais
Em estudos clínicos controlados, mudanças clinicamente importantes nos parâmetros laboratoriais
raramente foram associadas à administração da combinação.
Foram observados pequena diminuição nos valores de hematócrito e hemoglobina e, raramente, pequenos
aumentos das enzimas hepáticas e/ou bilirrubina sérica; ácido úrico, ureia e creatinina sérica.
Conservar em temperatura ambiente (entre 15 e 30º C). Proteger da luz e umidade.
Desde que observados os cuidados de conservação, o prazo de validade deste medicamento é de 24 meses
a partir da data de fabricação.
Número de lote, data de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
- olmesartana medoxomila + hidroclorotiazida 20mg + 12,5mg: comprimido circular, semiabaulado,
revestido, de cor bege.
- olmesartana medoxomila + hidroclorotiazida 40mg + 25mg: comprimido oblongo, semiabaulado,
revestido, de cor rosa claro.
Antes de usar, observar o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Em pacientes cuja pressão arterial estiver inadequadamente controlada por olmesartana medoxomila ou
por hidroclorotiazida em monoterapia, pode-se substituir pela associação de olmesartana medoxomila +
hidroclorotiazida conforme a titulação da dose, de forma individualizada.
O efeito anti-hipertensivo da associação de olmesartana medoxomila + hidroclorotiazida é crescente na
seguinte ordem de concentrações dos princípios ativos, olmesartana medoxomila e hidroclorotiazida,
respectivamente: 20 mg e 12,5 mg; 40 mg e 25 mg. Dependendo da resposta da pressão arterial, a dose
pode ser titulada a intervalos de duas a quatro semanas.
A associação de olmesartana medoxomila + hidroclorotiazida deve ser administrada uma vez ao dia, com
ou sem alimentos e pode ser associada a outros anti-hipertensivos conforme a necessidade. Não se
recomenda a administração de mais de um comprimido ao dia.
Substituição: a associação pode ser substituída por seus princípios ativos isolados. A dose diária máxima
recomendada de olmesartana medoxomila é de 40 mg e de hidroclorotiazida de 50 mg.
Pacientes com insuficiência renal: as doses recomendadas podem ser seguidas, contanto que o clearance
de creatinina seja maior que 30mL/min.
Pacientes com insuficiência hepática: não é necessário ajuste de dose.
Este medicamento deve ser administrado por via oral, devendo o comprimido ser engolido inteiro, com
água, uma vez ao dia.
olmesartana medoxomila + hidroclorotiazida – comprimido revestido - Bula para o profissional da saúde 8
Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.
Olmesartana medoxomila-hidroclorotiazida: em estudos clínicos com medicamento contendo esses
princípios ativos a incidência de eventos adversos foi semelhante à do placebo. Os índices de desistência
dos pacientes tratados com a associação por causa de eventos adversos em todos os estudos foram de 2%
e iguais ou menores aos dos grupos tratados com placebo.
A seguir estão listados os eventos adversos observados nos estudos clínicos feitos com medicamento
contendo a combinação de olmesartana medoxomila e hidroclorotiazida.
Reações comuns (> 1/100 e < 1/10): tontura e fadiga.
Reações incomuns (> 1/1000 e < 1/100): hiperuricemia, hipertrigliceridemia, síncope, palpitações,
hipotensão, hipotensão ortostática, erupção cutânea, eczema, fraqueza, hiperlipidemia, aumento de ureia
no sangue e alterações de sais no sangue (potássio e cálcio).
Com relação às drogas isoladas observou-se:
Olmesartana medoxomila: o evento adverso mais frequente relatado nos estudos clínicos foi tontura
(incidência > 1/100 e <1/10) Após a comercialização da olmesartana medoxomila, muito raramente
(incidência < 1/10000) foram relatados:
Aparelho digestório: dor abdominal, náuseas, vômitos, enteropatia semelhante à doença celíaca e aumento
das enzimas hepáticas;
Sistema respiratório: tosse;
Sistema urinário: insuficiência renal aguda, aumento dos níveis de creatinina sérica;
Pele e apêndices: exantema, prurido e edema angioneurótico;
Inespecífico: cefaleia, mialgia, astenia, fadiga, letargia e indisposição;
Metabólico/nutricional: hiperpotassemia.
Hidroclorotiazida: abaixo estão outros eventos adversos relatados com a hidroclorotiazida por ordem de
frequência:
Reações comuns (> 1/100 e < 1/10): hiperglicemia, glicosúria, hiperuricemia, desequilíbrio eletrolítico
(incluindo hiponatremia e hipopotassemia), hipercolesterolemia e hipertrigliceridemia, gastrite e fraqueza.
Reações incomuns (> 1/1000 e < 1/100): fotossensibilidade e urticária.
Reações raras (> 1/10000 e < 1/1000): sialoadenite, leucopenia, agranulocitose, trombocitopenia, anemia
aplástica, anemia hemolítica, inquietação, visão embaçada (transitória), xantopsia, angeíte necrosante
(vasculite e vasculite cutânea), dificuldades respiratórias (incluindo pneumonite e edema pulmonar),
pancreatite, icterícia (icterícia colestática intra-hepática), reações anafiláticas, necrólise epidérmica tóxica,
espasmos musculares, febre, edema periférico, diarreia, disfunção renal, nefrite intersticial e reação
anafilática.
Reações de hipersensibilidade à hidroclorotiazida podem ocorrer em pessoas com ou sem histórico de
alergia ou asma brônquica, mas são mais prováveis naquelas com tal histórico.
Em casos de eventos adversos, notifique o Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária –
NOTIVISA, disponível em http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou a Vigilância
Sanitária Estadual ou Municipal.