Bula do Optilar produzido pelo laboratorio Geolab Indústria Farmacêutica S/a
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
V.00_07/2013
OPTILAR
(TROMETAMOL CETOROLACO)
Geolab Indústria Farmacêutica S/A
Solução Oftálmica
0,5%
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MODELO DE BULA PARA O PROFISSIONAL DA SAÚDE
Esta bula é continuamente atualizada. Favor proceder a sua leitura antes de utilizar o medicamento.
Optilar
trometamol cetorolaco
FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÃO:
Solução oftálmica 5mg/mL (0,5%): Embalagem contendo 1 frasco com 5mL
USO OFTÁLMICO
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO
Cada mL (35 gotas) da solução oftálmica contém:
trometamol cetorolaco...........................................................................................................................................................5mg
Excipientes: cloreto de benzalcônio, tiloxapol, edetato dissódico, cloreto de sódio e água purificada.
Optilar é o tratamento para redução da dor, sensação de corpo estranho nos olhos, fotofobia, ardência e lacrimejamento dos
olhos após cirurgia refrativa da córnea.
Em dois estudos multicêntricos, randomizados, duplamente mascarados, veículo controlado, de grupos paralelos,
envolvendo 313 pacientes, o trometamol cetorolaco foi efetivo no tratamento da dor ocular e sintomas oculares de sensação
de corpo estranho nos olhos, fotofobia, ardência e lacrimejamento quando utilizado 4 vezes ao dia, por até quatro dias após
cirurgia de ceratectomia fotorefrativa.
Diferenças significantes favoreceram trometamol cetorolaco para a redução da dor ocular e ardência após cirurgia de
ceratectomia fotorrefrativa. Os resultados dos estudos clínicos indicam que o trometamol cetorolaco não apresenta efeito
significativo sobre a pressão intraocular.
Nenhuma diferença clínica ou estatisticamente significativa foi encontrada entre a solução oftálmica de trometamol
cetorolaco a 0,4% e placebo na frequência, tipo, intensidade ou causalidade de eventos adversos.
Em estudos de tolerância e de segurança, nas quais voluntários saudáveis receberam uma única gota de solução oftálmica
trometamol cetorolaco em um olho e solução salina no outro, 5 de 10 indivíduos relataram irritação leve e transitória no
olho tratado com cetorolaco. Exames em 1 hora e uma semana após a administração não revelaram eventos adversos
significativos.1,2
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1
Allergan Inc. Final Report of Study 191578-002. A multi-center, randomized, double-masked, vehicle-controlled, parallel-
group study evaluating the safety and analgesic efficacy of ketorolac tromethamine ophthalmic solution 0.4% in
postphtorefractive keratectomy patients. 2002.
Ref Type: Data File
2
Allergan Inc. Final Report of Study 191578-003. A multi-center, randomized, double-masked, vehicle-controlled, parallel-
O trometamol cetorolaco é uma droga anti-inflamatória não-esteroide que, quando administrada por via sistêmica, tem
demonstrado atividade analgésica, anti-inflamatória e antipirética.
Farmacodinâmica
Acredita-se que seu mecanismo de ação está relacionado à sua capacidade de inibir a biossíntese das prostaglandinas. O
trometamol cetorolaco administrado por via sistêmica não causa constrição da pupila.
Em diversos modelos animais, as prostaglandinas demonstraram ser mediadoras de determinados tipos de inflamação
intraocular. Estudos experimentais demonstraram que as prostaglandinas produzem ruptura da barreira humor aquoso-
sangue, vasodilatação, aumento da permeabilidade vascular, leucocitose e aumento da pressão intraocular. As
prostaglandinas também parecem atuar na resposta miótica produzida durante a cirurgia ocular pela constrição do esfíncter
da íris independentemente dos mecanismos colinérgicos.
Farmacocinética
Absorção: Em estudos humanos, a penetração do fármaco é rápida logo após a aplicação nos olhos. A relação entre as
concentrações da solução administrada e da quantidade de fármaco que penetra na córnea é praticamente linear. Duas gotas
de solução oftálmica de trometamol cetorolaco a 0,5% foram instiladas nos olhos dos indivíduos, 12 horas e 1 hora antes da
extração de catarata atingir concentrações mensuráveis em 8 dos 9 olhos dos indivíduos (concentração média de 95ng/mL
no humor aquoso, na faixa de 40 a 170ng/mL).
A administração ocular do trometamol cetorolaco reduz os níveis de prostaglandina E2 (PGE2) no humor aquoso. A
concentração média de PGE2 foi 80pg/mL no humor aquoso dos olhos que recebiam veículo, e 28pg/mL nos olhos que
receberam solução oftálmica de trometamol cetorolaco a 0,5%. Uma gota de solução oftálmica de trometamol cetorolaco a
0,5% foi instilada em um olho e uma gota do veículo no outro, três vezes ao dia, em 26 indivíduos normais. Apenas 5 dos
26 indivíduos apresentaram quantidade detectável de cetorolaco no plasma (faixa de 10,7 a 22,5ng/mL) no décimo dia,
durante tratamento oftálmico. Quando o trometamol cetorolaco 10mg é administrado por via sistêmica a cada 6 horas, os
níveis plasmáticos máximos ficaram em torno de 960ng/mL.
Distribuição: Uma solução oftálmica de trometamol cetorolaco a 0,5% marcado com 14
C foi estudada e descobriu-se que é
amplamente distribuída nos tecidos oculares com maior retenção na córnea e na esclera. As concentrações máximas no
tecido foram encontradas em 0,5 a 1,0 hora após a administração, exceto no corpo ciliar - íris, o qual levou 4,0 horas até o
Tmáx. O pico de concentração do fármaco (Cmáx) na córnea foi de 6,06 gEq/g e na esclera 1,73 gEq/g. O pico de
concentração no humor aquoso foi de 0,22 gEq/mL.
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Metabolismo: Embora não foram conduzidos estudos em relação aos locais de metabolismo do trometamol cetorolaco de
uso oftálmico, estudos da administração sistêmica mostraram que o fármaco é metabolizado no fígado. Os metabólitos de
trometamol cetorolaco são para-hidróxi-cetorolaco, metabólitos polares, possivelmente o conjugado glicurônico de
cetorolaco, e outros componentes desconhecidos. O para-hidróxi-cetorolaco é considerado o mais fraco dos compostos
relacionados tanto na atividade anti-inflamatória (20% de atividade relativa ao cetorolaco) e atividade analgésica (1% de
atividade relativa ao cetorolaco). O para-hidróxi-cetorolaco é considerado biologicamente inativo visto que sua
concentração plasmática é de aproximadamente 100 vezes inferior a de cetorolaco após administração sistêmica.
Eliminação: Os resultados dos estudos em coelhos e macacos Cynomolgus sugerem que a maior via de eliminação do
fármaco a partir dos olhos é provavelmente através do fluxo sanguíneo intraocular após a distribuição desde o humor
aquoso até o corpo ciliar – íris.
Optilar é contraindicado em pacientes com hipersensibilidade anteriormente demonstrada a qualquer um dos componentes
da fórmula.
Este medicamento é contraindicado para menores de 3 anos de idade.
Gravidez e Lactação
Categoria de risco na gravidez: C (FDA – USA).
Gravidez: Não existem estudos adequados e bem controlados em mulheres grávidas. Optilar deve ser usado durante a
gravidez somente se o benefício potencial para a mãe justificar o risco potencial para o feto.
Efeitos não-teratogênicos: Em virtude dos reconhecidos efeitos dos fármacos inibidores de prostaglandina sobre o sistema
cardiovascular fetal em ratos (fechamento do canal arterial), o uso de Optilar deve ser evitado durante a gravidez
avançada.
Lactação: Muitas drogas são excretadas pelo leite humano, portanto, deve-se ter cautela ao administrar Optilar a mulheres
que estejam amamentando.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Pacientes pediátricos
A segurança e a eficácia de Optilar não foram estabelecidas em crianças menores de 3 anos de idade.
Pacientes idosos
Não foram observadas diferenças de eficácia e segurança entre pacientes idosos e mais jovens.
Pacientes que utilizam lentes de contato
Optilar não deve ser utilizado durante o uso de lentes de contato gelatinosas ou hidrofílicas, pois o cloreto de benzalcônio
presente na fórmula pode ser absorvido pelas lentes. Por este motivo, os pacientes devem ser instruídos a retirar as lentes
antes da aplicação do colírio e aguardar pelo menos 15 minutos para recolocá-las após a administração de Optilar.
Pacientes que utilizam mais de um medicamento oftálmico
Quando mais de um colírio estiver sendo utilizado pelo paciente, deve ser respeitado o intervalo de pelo menos cinco
minutos entre a administração dos medicamentos.
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Pacientes com insuficiência renal ou hepática
Não há dados de estudo suficientes para esta população e portanto, não podem ser feitas recomendações específicas de
dosagem.
Efeitos sobre a córnea
O uso de anti-inflamatórios não esteroidais tópicos (AINEs) pode resultar em ceratite. Em alguns pacientes suscetíveis, o
uso continuado de AINEs tópicos pode resultar no rompimento do epitélio, estreitamento da córnea, erosão da córnea,
ulceração da córnea ou perfuração da córnea. Estes eventos podem comprometer a visão. Os pacientes com evidência de
rompimento de epitélio da córnea devem imediatamente interromper o uso dos AINEs e devem ser cuidadosamente
monitorados quanto à integridade da córnea.
AINEs tópicos devem ser usados com cautela em pacientes que passaram por cirurgias nos olhos complicadas ou repetidas
em um curto intervalo de tempo, que possuem denervação da córnea, defeitos do epitélio da córnea, diabetes mellitus,
doenças da superfície ocular (por exemplo, síndrome do olho seco) ou artrite reumatoide. Pacientes com estes quadros
podem ter risco maior para apresentar eventos adversos na córnea que podem comprometer a visão.
Experiências pós-comercialização com AINEs tópicos também sugerem que o uso por mais de 24 horas antes da cirurgia ou
por mais de 14 dias após a cirurgia podem aumentar o risco do paciente para a ocorrência e severidade de eventos adversos
na córnea.
Carcinogênese, mutagênese, prejuízo da fertilidade:
O trometamol cetorolaco não foi carcinogênico em ratos tratados com até 5mg/kg/dia por via oral durante 24 meses (151
vezes a dose oftálmica tópica humana máxima recomendada, com base em mg/kg, assumindo-se 100% de absorção em
homens e animais), nem em camundongos tratados com 2mg/kg/dia por via oral durante 18 meses (60 vezes a dose
oftálmica tópica humana recomendada, com base em mg/kg, assumindo-se 100% de absorção no homem e em animais).
O trometamol cetorolaco não foi mutagênico in vitro no teste de Ames ou nos testes de mutação anterógrada. Do mesmo
modo, não resultou em aumento in vitro da síntese de DNA não programada ou no aumento in vivo da quebra de
cromossomos em camundongos. Entretanto, o trometamol cetorolaco resultou em aumento de incidência de aberrações
cromossômicas nas células de ovário do hamster chinês.
O trometamol cetorolaco não prejudicou a fertilidade quando administrado por via oral a ratos machos e fêmeas em doses
de até 272 e 484 vezes a dose oftálmica tópica humana máxima recomendada, respectivamente, com base em mg/kg,
Não foram relatados interações de trometamol cetorolaco 0,5% com drogas tópicas ou injetáveis utilizadas em oftalmologia
para pré, intra ou pós-operatórios, incluindo antibióticos (por exemplo, gentamicina, tobramicina, neomicina, polimixina),
sedativos (por exemplo, diazepam, hidroxizina, lorazepam, cloridrato de prometazina), mióticos, midriáticos, cicloplégicos
(por exemplo, acetilcolina, atropina, epinefrina, fisostigmina, fenilefrina, maleato de timolol), hialuronidase, anestésicos
locais (por exemplo, cloridrato de bupivacaína, cloridrato de ciclopentolato, cloridrato de lidocaína, tetracaína) ou
corticosteroides.
Sensibilidade cruzada
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Há um potencial para sensibilidade cruzada com o ácido acetilsalicílico, derivados do ácido fenilacético e outros agentes
anti-inflamatórios não esteroides. Portanto, recomenda-se cautela no uso de Optilar em pacientes que apresentaram
sensibilidade anterior a estas drogas.
Foram relatados casos de broncoespasmo ou exacerbação da asma em pacientes que possuem conhecida hipersensibilidade
à anti-inflamatórios não esteroidais/aspirina ou histórico de asma associado ao uso de trometamol cetorolaco. Recomenda-
se cautela no uso de Optilar nestes pacientes.
Sangramento
Com algumas drogas anti-inflamatórias não esteroidais, há o potencial para aumento do tempo de sangramento devido à
interferência com a agregação de trombócitos. Existem relatos que AINEs aplicados nos olhos podem causar aumento no
sangramento de tecidos oculares (incluindo hifemas) em conjunto com cirurgias.
É recomendável que Optilar seja usado com cautela em pacientes com conhecida tendência de sangramento ou que estão
recebendo outros medicamentos que prolongam o tempo de sangramento.
Cicatrização
Todos os AINEs tópicos podem deixar mais lento ou retardar a cicatrização (restauração de integridade do tecido lesado). O
uso simultâneo dos AINEs tópicos e dos esteroides tópicos pode aumentar o potencial para os problemas de cicatrização.
Optilar deve ser mantido em temperatura ambiente (entre 15°C a 30°C) e protegido da umidade.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Após aberto, válido por 30 dias.
Características Físicas:
Optilar apresenta-se na forma de solução límpida.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
A solução já vem pronta para uso. Este medicamento é de uso oftálmico. Os pacientes devem ser orientados a não encostar
a ponta do frasco nos olhos, nos dedos e nem em outra superfície qualquer, para evitar a contaminação do frasco e do
colírio.
A dose usual é de 1 gota aplicada no(s) olho(s) afetado(s), quatro vezes ao dia por até quatro dias, ou a critério médico.
Assim como qualquer medicamento, podem ocorrer reações indesejáveis com a aplicação de Optilar.
Reação comum (> 1/100 e < 1/10): hiperemia conjuntival, infiltrados corneanos, edema ocular, dor ocular.
Outras reações foram observadas durante a pós-comercialização de trometamol cetorolaco e podem potencialmente ocorrer:
ceratite ulcerativa.
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Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária - NOTIVISA, disponível
em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.