Bula do Oxaliplatina produzido pelo laboratorio Glenmark Farmacêutica Ltda
para o Paciente com todas as informações sobre este medicamento
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OXALIPLATINA
Glenmark Farmacêutica Ltda.
Pó liófilo para solução injetável
50 mg e 100 mg
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MEDICAMENTO GENÉRICO, LEI Nº 9.787, DE 1999.
LEIA ATENTAMENTE ESTA BULA ANTES DE INICIAR O TRATAMENTO
I - IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
Nome genérico: oxaliplatina
APRESENTAÇÕES
Pó liófilo injetável 50 mg em embalagem com 1 frasco-ampola de 50 mL.
Pó liófilo injetável 100 mg em embalagem com 1 frasco-ampola de 50 mL.
USO INTRAVENOSO
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO
Cada frasco-ampola de oxaliplatina 50 mg contém:
oxaliplatina ........................................................................................................................................... 50 mg
excipiente*.......................................................................................................................................... 200 mg
*manitol
Cada frasco-ampola de oxaliplatina 100 mg contém:
oxaliplatina ......................................................................................................................................... 100 mg
excipiente*.......................................................................................................................................... 400 mg
II - INFORMAÇÕES AO PACIENTE
Este medicamento é destinado ao tratamento do câncer intestinal (colorretal) metastático (com metástase)
em associação às fluoropirimidinas. Oxaliplatina em combinação com 5-FU/FA e bevacizumabe é
indicada para tratamento de primeira linha do câncer colorretal metastático.
Oxaliplatina está indicada, em combinação com fluorouracil e ácido folínico (leucovorin) (5-FU/FA) para
o tratamento adjuvante de câncer colón retal em pacientes que retiraram completamente o tumor primário,
reduzindo o risco de reincidência do tumor.
Não fica indicado para os pacientes em estágio II sem características de alto risco.
Oxaliplatina é um medicamento quimioterápico utilizado no tratamento do câncer de cólon e reto. Inibe o
crescimento tumoral por ligar-se ao material genético das células (DNA), portanto impedindo sua
multiplicação e proliferação.
Oxaliplatina não deve ser utilizado nos seguintes casos:
- período de amamentação;
- história de alergia à oxaliplatina e a outros derivados de platina.
- pacientes com supressão da função da medula óssea (neutrófilos < 2 x 109
/L e/ou contagem de
plaquetas < 100 x 109
/L) antes do primeiro ciclo de tratamento;
- doença dos nervos periféricos com redução da função antes do primeiro ciclo de tratamento.
Este medicamento é contraindicado para uso por pacientes pediátricos.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica.
Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.
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Oxaliplatina somente deve ser utilizada em unidades especializadas na administração de medicamentos
utilizados no tratamento de câncer e deve ser administrado sob a supervisão de um médico capacitado,
com experiência no uso de medicamentos antitumorais.
Devido à informação limitada de segurança em pacientes com redução severa da função dos rins, a
administração deve ser considerada após uma avaliação apropriada do risco/benefício para o paciente.
Neste caso, a função dos rins deve ser rigorosamente monitorada e a dose inicial recomendada de
oxaliplatina é 65 mg/m2
(vide “O que devo saber antes de usar este medicamento?” - Pacientes com
função reduzida dos rins).
Os pacientes com histórico de reações alérgicas a produtos contendo platina devem ser monitorados
quanto aos sintomas alérgicos. Reações alérgicas podem ocorrer durante qualquer ciclo. No caso de
ocorrer reações de natureza alérgica graves em decorrência da oxaliplatina, deve-se interromper a infusão
imediatamente e implementar tratamento para alívio dos sintomas. A reintrodução de oxaliplatina nestes
pacientes é contraindicada.
No caso de extravasamento de oxaliplatina, a infusão deve ser interrompida imediatamente e deve ser
implementado tratamento local padrão para alívio dos sintomas. Evite o uso de compressas frias em caso
de extravasamento de oxaliplatina.
O potencial tóxico de oxaliplatina à parte sensorial do sistema nervoso periférico deve ser
cuidadosamente monitorado, especialmente se administrado concomitantemente com outros
medicamentos com toxicidade específica ao sistema nervoso periférico. Uma avaliação do sistema
nervoso deve ser realizada antes de cada administração e depois periodicamente. No caso de ocorrer
sintomas do sistema nervoso (sensação anormal de ardor, formigamento ou coceira, percebidos nas
extremidades e sem motivo aparente), deve ser realizada a seguinte recomendação de ajuste na dose de
oxaliplatina, baseado na duração e gravidade destes sintomas:
- se os sintomas persistirem por mais de 7 dias e forem desagradáveis, ou se a sensação anormal
de ardor, formigamento ou coceira, percebida nas extremidades e sem motivo aparente sem
redução da função persistir até o próximo ciclo, a dose subsequente de oxaliplatina deve ser
reduzida em 25%;
- se a sensação anormal de ardor, formigamento ou coceira, percebida nas extremidades e sem
motivo aparente com redução da função persistir até o próximo ciclo, o tratamento com
oxaliplatina deve ser interrompido;
- se os sintomas melhorarem após a interrupção do tratamento com oxaliplatina, a reintrodução
do tratamento pode ser considerada.
Para pacientes que desenvolvem sensação aguda anormal de ardor ou formigamento na faringe e na
laringe (vide “Quais os males que este medicamento pode me causar?”), durante ou algumas horas
após uma infusão de duas horas, a próxima infusão com oxaliplatina deve ser administrada durante um
período de seis horas. Para prevenir tais sensações, deve-se evitar exposição ao frio e a ingestão de
alimentos e bebidas geladas ou frias durante ou algumas horas após a administração de oxaliplatina.
Sinais e sintomas de Síndrome de Leucoencefalopatia Posterior Reversível (RPLS, também conhecida
como Síndrome de Encefalopatia Posterior Reversível - PRES) podem ser dor de cabeça, funcionamento
mental alterado, convulsões, visão anormal desde borrada até cegueira, associados ou não com pressão
alta (vide “Quais os males que este medicamento pode me causar?”). O diagnóstico da Síndrome de
Leucoenfalopatia Posterior Reversível é embasado mediante confirmação por imagem do cérebro.
A toxicidade ao aparelho digestivo, que se manifesta como enjoo, sensação desagradável no estômago e
vômitos, permite uma terapia de prevenção e/ou terapia para evitar vômitos (vide “Quais os males que
este medicamento pode me causar?”). A desidratação, obstrução funcional dos intestinos, concentração
anormalmente baixa de potássio no sangue, acúmulo de ácido no organismo e até distúrbios nos rins
podem estar associadas com diarreia/vômito severos, particularmente quando oxaliplatina é utilizado em
associação com 5-fluorouracil (5-FU).
Se ocorrer toxicidade no sangue (evidenciados por valores de contagem das células do sangue no estado
basal, por exemplo: neutrófilos < 1,5 x 109/L ou plaquetas < 75 x 109/L) após um ciclo de tratamento, ou
se supressão da função da medula óssea estiver presente antes do início da terapia (1° ciclo), a
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administração do próximo ciclo ou do primeiro ciclo de tratamento deve ser adiado até que a contagem
das células do sangue retorne a níveis aceitáveis. Um exame de sangue completo com contagem
diferencial das células brancas do sangue deve ser realizado antes de iniciar o tratamento e antes de cada
ciclo subsequente.
Existe risco de ocorrência de diarreia/vômito e diminuição do número de neutrófilos no sangue após
administração concomitante de oxaliplatina e 5-fluorouracil (5-FU). Nesses casos, deve-se contatar
imediatamente o médico para uma conduta apropriada.
Para administração concomitante de oxaliplatina e 5-fluorouracil (com ou sem ácido folínico), os ajustes
de dose usuais para as toxicidades associadas ao 5-fluorouracil devem ser aplicados.
Se ocorrer diarreia severa/com risco de vida, diminuição severa do número de neutrófilos no sangue
(neutrófilos < 1,0 x 109
/L) e diminuição severa no número de plaquetas sanguíneas (plaquetas < 50 x
109
/L), o tratamento com oxaliplatina deve ser interrompido até a melhora ou a recuperação, e a dose de
oxaliplatrina deve ser reduzida em 25% nos ciclos subsequentes, além de quaisquer reduções necessárias
na dose do 5-fluorouracil.
Caso ocorram sintomas respiratórios inexplicados, tais como: tosse sem catarro, dificuldade respiratória,
ruídos respiratórios ou líquidos pulmonares radiológicos, o tratamento com oxaliplatina deve ser
interrompido até que as investigações do pulmão tenham eliminado a possibilidade de doença intersticial
dos pulmões (vide “Quais os males que este medicamento pode me causar?”).
No caso dos resultados de testes de função do fígado anormais ou pressão alta na veia porta que não
resulte evidentemente de metástases no fígado, casos muito raros de distúrbios das veias hepáticas
induzidos pelo fármaco devem ser considerados.
Para os detalhes de ajuste de dose de bevacizumabe, consulte as informações contidas na bula deste
produto.
Incompatibilidades
- oxaliplatina NÃO deve ser misturado com qualquer outro produto na mesma bolsa de infusão ou
NÃO deve ser administrado simultaneamente pela mesma linha de infusão.
- oxaliplatina NÃO deve ser utilizado em associação com soluções ou produtos de pH básico, em
particular 5-fluorouracil (5-FU), soluções básicas, preparações de ácido folínico (FA) contendo
trometamol como excipiente e sais de trometamol de outras substâncias ativas. Soluções ou produtos de
pH básico afetarão desfavoravelmente a estabilidade da oxaliplatina.
- NÃO se deve utilizar agulhas ou equipamentos contendo partes de alumínio que podem entrar em
contato com a solução. O alumínio pode degradar combinações de platina.
- NÃO se deve utilizar solução de cloreto de sódio ou outra solução contendo cloreto para diluir
oxaliplatina.
Pacientes pediátricos
Não foi estabelecida a efetividade de oxaliplatina como agente único nas populações pediátricas que
foram avaliadas em estudos clínicos.
Gravidez e lactação
Até o momento não existem dados disponíveis com relação à segurança de oxaliplatina em mulheres
grávidas. Baseado em dados de estudos pré-clínicos, o uso de oxaliplatina é provavelmente letal e/ou
causa malformação do feto humano na dose terapêutica recomendada e, portanto, não é recomendado
durante a gravidez e deve ser somente considerado depois que a paciente for informada apropriadamente
sobre os riscos ao feto e com consentimento da paciente.
Assim como com outros agentes utilizados no tratamento quimioterápico contra o câncer, medidas
efetivas para evitar gravidez devem ser tomadas em pacientes potencialmente férteis antes do início do
tratamento do câncer com oxaliplatina.
Não foi estudada a passagem da oxaliplatina para o leite materno. A amamentação é contraindicada
durante o tratamento com oxaliplatina.
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Pacientes idosos
Não foi observado aumento de toxicidade severa quando oxaliplatina foi utilizado como agente único ou
em associação com 5-fluorouracil (5-FU), em pacientes com idade superior a 65 anos.
Consequentemente, não é necessário um ajuste na dose específico para pacientes idosos.
Pacientes com função reduzida dos rins
Estudos realizados em pacientes com função renal normal e função renal reduzida, tratados com
oxaliplatina (infusão intravenosa de duas horas, a cada duas semanas, por um máximo de 12 ciclos) em
associação com 5-fluorouracil e leucovorin, demonstraram que a taxa de descontinuação do tratamento
foi maior no grupo de pacientes com função renal reduzida, em função de maior incidência de eventos
adversos.
Portanto, em pacientes com função renal normal ou redução leve a moderada da função renal, a dose
recomendada de oxaliplatina é 85 mg/m2
. Em pacientes com redução severa da função renal, a dose
inicial recomendada deve ser reduzida para 65 mg/m2
.
Pacientes com função reduzida do fígado
Durante o desenvolvimento clínico, não foram realizados ajustes de dose específicos para pacientes com
testes da função do fígado anormais.
Alterações na capacidade de dirigir veículos e operar máquinas
Nenhum estudo sobre os efeitos na habilidade de dirigir veículos e operar máquinas foi realizado.
Entretanto, o tratamento com oxaliplatina resultando em um aumento no risco de tontura, enjoo, sensação
desagradável no estômago e vômito e outros sintomas do sistema nervoso que afetam a locomoção e o
equilíbrio podem levar a uma influência pequena ou moderada na habilidade de dirigir e operar máquinas.
As anormalidades na visão, em particular perda de visão transitória (reversível após a interrupção do
tratamento), podem afetar a habilidade de dirigir ou operar máquinas. Portanto, deve-se ter cuidado com o
potencial efeito destes eventos na habilidade de dirigir ou operar máquinas.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
- medicamento-medicamento
Não foi observada alteração no nível de exposição ao 5-fluorouracil (5-FU) nos pacientes que receberam
dose única de 85 mg/m2
de oxaliplatina imediatamente antes da administração de 5-fluorouracil.
O uso de oxaliplatina conjuntamente com eritromicina, salicilatos, granisetrona, paclitaxel e valproato de
sódio não modifica a disponibilidade do medicamento ao paciente, conforme estudos de laboratório.
- medicamento-exame laboratorial
Não há dados disponíveis até o momento sobre a interferência da oxaliplatina em exames laboratoriais.
- medicamento-alimento
Não há dados disponíveis até o momento sobre a interação entre alimentos e a oxaliplatina.
Informe ao seu médico se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.
Oxaliplatina deve ser mantida em sua embalagem original, em temperatura ambiente (entre 15 e 30°C).
Proteger da luz e umidade.
A solução reconstituída pode ser conservada durante 6 horas em temperatura ambiente menor que 25°C
ou durante 24 horas entre 2 e 8°C.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características do medicamento
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Oxaliplatina apresenta-se como pó liofilizado branco a quase branco. Após reconstituição apresenta-se
como solução clara, incolor a levemente amarelada.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você
observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Somente deve ser administrado em adultos.
Oxaliplatina deve ser utilizada por via intravenosa (IV).
Por ser um medicamento de manipulação e administração exclusivas por profissionais especializados, as
orientações para manipulação, preparo da infusão intravenosa, administração do medicamento e descarte
estão contidas no texto de bula destinado aos profissionais de saúde. Em caso de dúvidas, consulte o seu
médico.
A dose recomendada de oxaliplatina para câncer de cólon no cenário adjuvante é de 85 mg/m2
intravenosamente repetido a cada 2 semanas em associação com fluoropirimidinas por 12 ciclos (6
meses).
A dose recomendada de oxaliplatina para o tratamento do câncer colorretal metastático/avançado é
de 85 mg/m2
intravenosamente repetido a cada 2 semanas até progressão da doença ou toxicidade
inaceitável.
A dose administrada deve ser ajustada de acordo com a tolerabilidade de cada paciente (vide “O que
devo saber antes de usar este medicamento?”).
Quando utilizado em combinação com 5-FU/FA e bevacizumabe, oxaliplatina deve ser administrado após
o bevacizumabe, mas antes da administração de 5-FU.
Não há estudos dos efeitos de oxaliplatina administrado por vias não recomendadas. Portanto, por
segurança e para garantir a eficácia deste medicamento, a administração deve ser somente por via
intravenosa, conforme recomendado pelo médico.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do
tratamento.
Não interrompa o tratamento sem o conhecimento de seu médico.
Seu médico terá as instruções de quando administrar este medicamento para você.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico.
As frequências das reações adversas são definidas utilizando-se a seguinte convenção: muito comum
(ocorre em mais de 10% dos pacientes que utilizam este medicamento), comum (ocorre entre 1% e 10%
dos pacientes que utilizam este medicamento), incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que
utilizam este medicamento), raro (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizam este
medicamento), muito raro (ocorre em menos de 0,01% dos pacientes que utilizam este medicamento), não
conhecido (não pode ser estimado a partir dos dados disponíveis).
1- Terapia combinada de oxaliplatina com 5-FU/FA (FOLFOX):
- Investigações:
Muito comum
• Elevação da atividade das enzimas transaminases e fosfatases alcalinas de leve a moderada.
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- Distúrbios do sistema sanguíneo e linfático:
• Diminuição do número de células vermelhas no sangue, diminuição do número de neutrófilos
no sangue, diminuição no número de plaquetas sanguíneas (vide “O que devo saber antes de usar este
medicamento?”).
- A frequência aumenta quando oxaliplatina é administrada (85 mg/m2
a cada 2 semanas) em combinação
com 5-fluorouracil +/- ácido folínico, quando comparado à administração isolada de oxalipltina (130
mg/m2
a cada 3 semanas), ex. diminuição do número de células vermelhas no sangue (80% vs 60% dos
pacientes), diminuição do número de neutrófilos no sangue (70% vs15%), diminuição do número de
plaquetas sanguíneas (80% vs 40%).
- Diminuição severa do número de células vermelhas no sangue (hemoglobina < 8,0 g/dL) ou diminuição
do número de plaquetas sanguíneas (plaquetas < 50 x 109
/L) ocorrem com frequência similar (< 5% dos
pacientes) quando oxaliplatina é administrado isoladamente ou em combinação com 5-fluorouracil (5-
FU).
- Diminuição severa do número de neutrófilos no sangue (neutrófilos < 1,0 x 109
/L) ocorre com maior
frequência quando oxaliplatina é administrado em combinação com 5-fluorouracil (5-FU) do que quando
administrado isoladamente (40% vs < 3% dos pacientes).
Raro
• Diminuição do número de células vermelhas e plaquetas no sangue em decorrência do aumento da
velocidade de destruição destas células, devido a reações imunoalérgicas.
- Distúrbios do sistema nervoso
• Sintomas agudos da função da sensibilidade do sistema nervoso periférico.
Estes sintomas normalmente se desenvolvem ao final de 2 horas da administração de oxaliplatina ou após
algumas horas, diminuem espontaneamente dentro das próximas horas ou dias e frequentemente recorrem
em ciclos subsequentes. Eles podem ser precipitados ou exacerbados pela exposição a temperaturas ou
objetos frios.
Estes são usualmente caracterizados por sensação anormal (e por vezes transitória) de ardor,
formigamento ou coceira, percebida nas extremidades e sem motivo aparente e diminuição de várias
formas de sensibilidade. Uma síndrome aguda com sensação anormal de ardor ou formigamento na
faringe e na laringe ocorre em 1-2% dos pacientes e é caracterizada por sensações subjetivas de
dificuldade para engolir ou dificuldade respiratória /sensação de asfixia, sem qualquer evidência de
insuficiência respiratória (sem descoloração azulada da pele e membranas mucosas ou deficiência de
oxigênio) ou de espasmos da laringe ou contração dos brônquios e bronquíolos (sem ruídos respiratórios).
Outros sintomas ocasionalmente observados, particularmente de disfunção de nervos do crânio ou podem
estar associados com os eventos mencionados acima, ou ocorrer também isoladamente, tais como: queda
da pálpebra, visão dupla, perda da fala/dificuldade ou dor durante a fala/rouquidão, algumas vezes
descrito como paralisia nas cordas vocais, sensação anormal na língua ou dificuldade de articular as
palavras, algumas vezes descrito como dificuldade em compreender ou expressar a linguagem falada, dor
nos olhos/dor facial/dor aguda no nervo trigêmeo, redução da percepção visual, distúrbios no campo
visual. Além disso, foram observados os seguintes sintomas: espasmo da mandíbula/ espasmo muscular/
contrações musculares involuntárias/ contração muscular com espasmos/ contrações involuntárias e de
ritmo e amplitude irregulares, seguidas por relaxamento de um músculo ou grupo de músculos,
coordenação anormal/ marcha anormal/ falta de coordenação dos movimentos/ distúrbios de equilíbrio/
rigidez no tórax ou garganta/pressão/desconforto/dor.
• Sensação anormal de ardor, formigamento ou coceira, percebida nas extremidades e sem motivo
aparente e doença que afeta os nervos periféricos.
A toxicidade limitante de oxaliplatina se dá no sistema nervoso. Isto envolve doença que afeta a parte
sensorial dos nervos periféricos, caracterizada por sensação anormal de ardor, formigamento ou coceira,
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percebida nas extremidades e sem motivo aparente e acompanhada ou não por cãibras, geralmente
precipitadas pelo frio (85 a 95% dos pacientes).
A duração desses sintomas, que geralmente regridem entre os ciclos de tratamento, aumenta conforme o
número de ciclos. O início da dor e/ou distúrbio funcional e sua duração são indicações para ajuste na
dose ou até mesmo a interrupção do tratamento (vide “O que devo saber antes de usar este
medicamento?”). Esse distúrbio funcional, que inclui dificuldade na execução de movimentos delicados, é
uma possível consequência de dano sensorial. O risco de ocorrência de distúrbio funcional para uma dose
cumulativa de aproximadamente 800 mg/m2
(por exemplo, 10 ciclos) é menor ou igual a 15%. Na maioria
dos casos, os sinais e sintomas no sistema nervoso melhoram quando o tratamento é interrompido.
- Distúrbio do sentido gustativo
• Dificuldade de articular as palavras.
• Perda do reflexo do tendão profundo.
• Sinal de Lhermitte’s.
• Síndrome de Leucoencefalopatia Posterior Reversível (vide “O que devo saber antes de usar este
- Distúrbios da visão
• Percepção visual reduzida transitoriamente, distúrbios do campo visual, inflamação do nervo óptico.
• Perda de visão transitória, reversível após interrupção do tratamento.
- Distúrbios auditivos e do labirinto
• Surdez.
- Distúrbios respiratórios, do tórax e do mediastino
• Tosse.
Comum
• Soluço.
• Doença intersticial aguda dos pulmões, algumas vezes fatal, fibrose pulmonar (vide “O que devo saber
antes de usar este medicamento?”).
- Distúrbios do aparelho digestivo
• Enjoo, sensação desagradável no estômago, vômito, diarreia.
Desidratação, concentração anormalmente baixa de potássio no sangue, acúmulo de ácido no organismo,
obstrução funcional dos intestinos e distúrbios dos rins podem estar associados à diarreia/vômitos
severos, particularmente quando oxaliplatina é combinado com 5-fluorouracil (5-FU) (vide “O que devo
saber antes de usar este medicamento?”).
• Inflamação da mucosa da boca, inflamação dos tecidos moles da boca.
• Dor abdominal.
• Hemorragia do aparelho digestivo.
• Inflamação do intestino grosso, incluindo diarreia pela bactéria Clostridium difficile (colite).
• Inflamação do pâncreas (pancreatite).
- Distúrbios da urina e dos rins
Muito raro
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• Morte aguda das células dos túbulos dos rins, inflamação aguda dos rins e redução aguda das funções
dos rins.
- Distúrbios da pele
• Perda de cabelo (< 5% dos pacientes, quando oxaliplatina é utilizado isoladamente).
- Distúrbios músculo-esquelético e das cartilagens
• Dor nas costas. No caso de tal reação adversa, destruição das células vermelhas do sangue, que tem sido
raramente relatada, deve ser investigada.
• Dor nas articulações.
- Distúrbios metabólicos e nutricionais
• Diminuição ou perda da fome acompanhada por uma aversão à comida e incapacidade para comer.
- Distúrbios vasculares
• Sangramento nasal.
• Formação ou presença de um coágulo sanguíneo dentro de uma veia.
• Eventos relacionados à obstrução de um vaso sanguíneo devido a um coágulo de sangue na corrente
sanguínea.
• Pressão alta.
- Distúrbios gerais e condições no local da aplicação
• Cansaço.
• Febre, rigidez (tremores), devido à infecção (com ou sem diminuição do número de neutrófilos no
sangue, acompanhada de febre) ou possivelmente do mecanismo de defesa do organismo.
• Fraqueza.
• Reações no local da injeção.
Foram relatadas reações no local da injeção incluindo dor local, vermelhidão, inchaço e formação de
coágulos sanguíneos.
O extravasamento também pode resultar em dor local e inflamação, que podem ser severas e conduzir a
complicações incluindo morte celular, especialmente quando oxaliplatina é administrada através de uma
veia periférica.
- Distúrbios do sistema de defesa do organismo
• Reações alérgicas como: erupções cutâneas (particularmente erupções na pele que causam coceira),
conjuntivite, rinite.
• Reações alérgicas incluindo contração dos brônquios e bronquíolos, inchaço em região subcutânea ou
em mucosas, pressão baixa, sensação de dor no peito e choque anafilático.
Distúrbios do fígado e da bile
• Doença oclusiva das veias do fígado ou manifestações como distúrbio do fígado, incluindo doença
vascular do fígado, hiperplasia regenerativa nodular, fibrose perisinusoidal. As manifestações clínicas
podem ser pressão alta da veia porta e/ou elevação das enzimas transaminases.
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Experiência pós-comercialização com frequência desconhecida:
- Distúrbios dos sistemas sanguíneo e linfático
• Síndrome hemolítica urêmica.
• Convulsão.
• Laringoespasmo (espasmos da laringe).
2- Terapia combinada de oxaliplatina com 5-FU/FA (FOLFOX) e bevacizumabe:
A segurança do primeiro tratamento dos pacientes com câncer colorretal com metástases com a
combinação de oxaliplatina, 5-FU/FA e bevacizumabe foi avaliada em 71 pacientes (estudo TREE).
Além dos efeitos colaterais esperados com o regime de tratamento FOLFOX, os efeitos colaterais
relatados com a combinação de FOLFOX/bevacizumabe foram sangramento (45,1%; formas graves:
2,8%), presença de proteína aumentada na urina (11,3%; formas graves: 0%), dificuldade de cicatrização
de ferida (5,6%), perfuração no aparelho digestivo (4,2%) e pressão alta (1,4%; formas graves: 1,4%).
Neste mesmo estudo, o regime mFOLFOX levou a uma maior incidência de diminuição do número de
neutrófilos no sangue de formas graves, porém uma menor incidência de toxicidade no aparelho digestivo
em relação aos outros dois regimes. Ocorreram poucos casos de diminuição do número de neutrófilos no
sangue, acompanhada de febre observada nos braços (de 0 – 2% para o regime semanal e a cada 3
semanas até 4% e 3% para o regime mFOLFOX e mFOLFOX + bevacizumabe, respectivamente).
Os resultados deste estudo demonstraram a incidência de sensação anormal de ardor, formigamento ou
coceira, percebida nas extremidades e sem motivo aparente, de formas graves de 11% com o tratamento
utilizando oxaliplatina associada ao bevacizumabe, tanto para os pacientes que receberam 5-FU, quanto
para os pacientes que receberam capecitabina.
De acordo com os resultados do estudo NO16966, os efeitos colaterais ocorridos com o tratamento em
combinação com o bevacizumabe foram: diminuição do número de neutrófilos no sangue (37%) e
diminuição no número de plaquetas sanguíneas (13%).
O estudo NO16966 não reportou separadamente as taxas de neuropatia periférica observadas com o uso
de quimioterapia baseada em oxaliplatina combinada ao bevacizumabe.
Para informações mais detalhadas sobre a segurança de bevacizumabe, consulte a bula do produto.