Bula do Oxiton produzido pelo laboratorio União Química Farmacêutica Nacional S/a
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
OXITON®
(ocitocina)
União Química Farmacêutica Nacional S.A
Solução injetável
5 UI/mL
ocitocina
IDENTIFICAÇÃO DO PRODUTO
FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÃO
Solução injetável 5 UI/mL: embalagem contendo 50 ampolas de 1 mL.
VIA ENDOVENOSA
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO:
Cada ampola de 1 mL contém:
ocitocina .......................................................................................................................... ................................................................. 5 UI
Veículo: acetato de sódio tri-hidratado, clorobutanol, ácido acético, álcool etílico e água para injetáveis.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Antes do parto
- Indução do parto por razões médicas, como por exemplo, em casos de gestação pós-termo, ruptura prematura das membranas,
hipertensão induzida pela gravidez (pré-eclâmpsia).
- Estímulo das contrações em casos selecionados de inércia uterina.
- OXITON também pode ser indicado nos estágios iniciais da gravidez como terapia auxiliar do abortamento incompleto, inevitável ou
retido.
Pós-Parto
- Durante a operação cesárea, depois da retirada da criança.
- Prevenção e tratamento da atonia uterina e hemorragia pós-parto.
A ocitocina injetável é utilizada para a indução e aumento do trabalho de parto. Revisões recentes fazem recomendações para o uso de
ocitocina injetável na indução do trabalho de parto, aumento das contrações por inércia uterina, abortamento incompleto e, no período
pós-parto, para redução da perda sanguínea e prevenção da atonia uterina.
Referências bibliográficas
1. Royal College of Obstetricians and Gynaecologists. Induction of labour: evidence-based clinical guideline:
http://www.nice.org.uk/nicemedia/pdf/inductionoflabourrcogrep.pdf.
2. Smith JG et al. Oxytocin for induction of labor. Clin Obstet Gynecol 2006;49(3):594-608.
3. Department of Reproductive Health and Research. Induction and augmentation of labour. In: WHO. Managing complications in
pregnancy and childbirth: a guide for midwives and doctors. Geneva: WHO, 2003: P17-P26.
Grupo farmacoterapêutico: hormônios do lóbulo posterior da hipófise (Código ATC: H01B B02).
Mecanismo de ação e farmacodinâmica
A ocitocina é um nonapeptídio cíclico obtido por síntese química. Esta forma sintética é idêntica ao hormônio natural que é
armazenado no lóbulo posterior da hipófise e liberado para a circulação sistêmica em resposta à sucção e ao trabalho de parto.
A ocitocina estimula o músculo liso do útero com maior potência no final da gravidez, durante o trabalho de parto e imediatamente
após o parto.
Nestes momentos, os receptores de ocitocina no miométrio são aumentados. Os receptores de ocitocina são acoplados à proteína G. A
ativação do receptor de ocitocina provoca a liberação de cálcio dos estoques intracelulares e, portanto, leva à contração miometrial. A
ocitocina provoca contrações rítmicas do segmento superior do útero, semelhantes em frequência, força e duração às observadas
durante o trabalho de parto. Sendo sintética, a ocitocina em OXITON não contém vasopressina, porém, mesmo em sua forma pura, a
ocitocina possui uma atividade antidiurética intrínseca fraca similar à vasopressina.
Baseado em estudos in vitro, a exposição prolongada à ocitocina foi relatada como a causa da dessensibilização dos receptores de
ocitocina devido à regulação negativa dos sítios de ligação de ocitocina, desestabilização do mRNA dos receptores de ocitocina e
internalização dos receptores de ocitocina.
Níveis plasmáticos e início/duração do efeito
Infusão endovenosa. Quando se administra OXITON por infusão endovenosa contínua em doses adequadas para a indução do parto ou
estímulo das contrações, a resposta uterina se estabelece gradativamente e alcança um estado de equilíbrio geralmente dentro de 20 a
40 minutos. Os níveis plasmáticos correspondentes da ocitocina são comparáveis aos medidos durante o primeiro estágio do parto
espontâneo. Por exemplo, em 10 mulheres grávidas a termo recebendo 4 miliunidades por minuto por infusão endovenosa, os níveis
plasmáticos de ocitocina foram de 2 a 5 microunidades/mL. Com a interrupção da infusão, ou depois de uma redução substancial da
velocidade de infusão, como por exemplo, no caso de um superestímulo, a atividade uterina diminui rapidamente, mas pode continuar
em nível inferior adequado.
Injeção endovenosa e intramuscular. Quando administrada por via endovenosa ou intramuscular para a prevenção ou tratamento da
hemorragia pós-parto, OXITON age rapidamente, com um período de latência inferior a 1 minuto por injeção endovenosa, e de 2 a 4
minutos por via intramuscular. A resposta ocitócica mantém-se por 30 a 60 minutos após a administração intramuscular, podendo ser
mais breve com a injeção endovenosa.
Farmacocinética
- Absorção
A ocitocina é rápida e suficientemente absorvida a partir do local da administração intramuscular. Os níveis plasmáticos de ocitocina
após uma infusão endovenosa de 4 miliunidades por minuto em mulheres grávidas à termo foram de 2 a 5 microunidades/mL.
- Distribuição
O volume de distribuição no estado de equilíbrio determinado em 6 homens saudáveis após injeção endovenosa é 12,2 L ou 0,17 L/kg.
A ligação da ocitocina às proteínas plasmáticas é desprezível. Ela atravessa a placenta em ambas as direções. A ocitocina pode ser
encontrada em pequenas quantidades no leite materno.
- Biotransformação / Metabolismo
A ocitocinase, é uma glicoproteína aminopeptidase que é produzida durante a gravidez, está presente no plasma e é capaz de degradar
a ocitocina. Ela é produzida tanto pela mãe quanto pelo feto. O fígado e o rim desempenham um papel fundamental na metabolização
e eliminação da ocitocina do plasma. Portanto, o fígado, o rim e a circulação sistêmica contribuem para a biotransformação da
ocitocina.
- Eliminação
O intervalo da meia-vida plasmática da ocitocina é de 3 a 20 min. Os metabólitos são excretados na urina, enquanto menos de 1% da
ocitocina é excretada de forma inalterada na urina. A taxa de clearance (depuração) metabólico é de 20 mL/kg/min em mulheres
grávidas.
- Insuficiência renal
Nenhum estudo foi realizado em pacientes com insuficiência renal. No entanto, considerando a excreção da ocitocina e sua reduzida
excreção urinária devido a suas propriedades antidiuréticas, o possível acúmulo de ocitocina pode resultar em uma ação prolongada.
- Insuficiência hepática
Nenhum estudo foi realizado em pacientes com insuficiência hepática. Alterações farmacocinéticas em pacientes com insuficiência
hepática são improváveis, uma vez que, a enzima metabolizadora, ocitocinase, não se limita apenas ao fígado e os níveis de
ocitocinase na placenta durante a gravidez são significativamente aumentados, portanto a biotransformação da ocitocina em pacientes
com insuficiência hepática pode não resultar em mudanças substanciais no clearance (depuração) metabólico de ocitocina (ver item
“5. Advertências e precauções”).
Ensaios clínicos
A ocitocina injetável é um produto bem estabelecido. Não há ensaios clínicos recentes disponíveis.
Dados de segurança pré-clínicos
Dados pré-clínicos para ocitocina não revelaram riscos especiais para humanos baseados em estudos convencionais de dose única de
toxicidade aguda, genotoxicidade e mutagenicidade.
- Mutagenicidade
Foi realizado um estudo in vitro de genotoxicidade e mutagenicidade com ocitocina. Testes foram negativos para aberrações
cromossômicas e trocas entre cromátides-irmãs em culturas de linfócitos periféricos humanos. Nenhuma mudança significativa no
índice mitótico foi observada. A ocitocina não possui propriedade genotóxica. O potencial genotóxico da ocitocina não foi
determinado in vivo.
- Carcinogenicidade, teratogenicidade e toxicidade reprodutiva
O tratamento de ratas em inicio de gestação, com ocitocina em doses consideradas suficientemente superiores à dose máxima
recomendada em humanos, causou perda embriônica em um estudo. Não estão disponíveis estudos padrões de teratogenicidade,
performance reprodutiva e carcinogenicidade com a ocitocina.
- Conhecida hipersensibilidade à ocitocina ou a qualquer excipiente de OXITON.
- Hipertonia uterina, sofrimento fetal quando a expulsão não é iminente.
Qualquer estado em que, por razões fetais ou maternas, se desaconselha o parto espontâneo e/ou o parto vaginal seja contraindicado,
por exemplo:
- Desproporção céfalo-pélvica significativa.
- Má apresentação fetal.
- Placenta prévia e vasos prévios.
- Descolamento prematuro da placenta.
- Apresentação ou prolapso do cordão umbilical.
- Distensão uterina excessiva ou diminuição da resistência uterina à ruptura, como por exemplo, em gestações múltiplas.
- Poli-hidrâmnios.
- Grande multiparidade.
- Na presença de cicatriz uterina resultante de intervenções cirúrgicas, inclusive da operação cesárea clássica.
OXITON não deve ser administrado dentro de 6 horas após a administração de prostaglandinas vaginais (ver item “6. Interações
medicamentosas”).
Indução do parto
A indução do parto por meio da ocitocina somente deverá ser efetuada quando estiver estritamente indicada por razões médicas e não
por conveniência. A administração deve ser feita somente em condições hospitalares e sob controle médico qualificado.
OXITON não deve ser usado por períodos prolongados em pacientes com inércia uterina resistente à ocitocina, toxemia pré-
eclâmptica grave ou distúrbios cardiovasculares graves.
OXITON não deve ser administrado por infusão endovenosa em bolus, uma vez que pode causar hipotensão aguda de curta duração
acompanhada de rubor e taquicardia reflexa.
Distúrbios cardiovasculares
OXITON deverá ser utilizado com cautela em pacientes com predisposição à isquemia miocárdica devido à doença cardiovascular
preexistente (como cardiomiopatia hipertrófica, doença cardíaca valvular e/ou doença cardíaca isquêmica incluindo vasoespasmo
arterial coronariano), para evitar alterações significantes na pressão arterial e frequência cardíaca nestes pacientes.
Síndrome QT
OXITON deve ser utilizado com cautela nos pacientes com conhecida síndrome do QT longo ou sintomas relacionados e nos
pacientes em uso de medicamentos conhecidos por prolongar o intervalo QTc (ver item “6. Interações medicamentosas”).
Quando OXITON é administrado para a indução e estímulo do trabalho de parto:
- Somente deve ser administrado sob infusão endovenosa e nunca por injeção subcutânea, intramuscular ou endovenosa em bolus.
- Sofrimento fetal e morte fetal: administração de ocitocina em doses excessivas resulta em uma superestimulação uterina, podendo
causar sofrimento, asfixia e morte fetal, ou conduzir a hipertonia, contrações tetânicas ou ruptura uterina. É importante monitorar
cuidadosamente a frequência cardíaca fetal e a motilidade uterina (frequência, intensidade e duração das contrações) a fim de poder
ajustar a dose à resposta individual.
- Requer-se atenção particular em presença de desproporção céfalo-pélvica limite, de inércia uterina secundária, de graus leves ou
moderados de hipertensão induzida pela gravidez ou cardiopatias, assim como em pacientes com mais de 35 anos de idade ou com
antecedentes de operação cesárea do segmento uterino inferior.
- Coagulação endovascular disseminada: em circunstâncias raras, a indução farmacológica do parto usando agentes uterotônicos,
incluindo a ocitocina, aumenta o risco de coagulação endovascular disseminada pós-parto (CIVD). Esse risco é relacionado à própria
indução farmacológica e não em particular ao agente uterotônico. O risco aumenta se a mulher possuir fatores de risco adicionais para
CIVD tais como idade igual ou superior a 35 anos, complicações durante a gestação e período de gestação maior que 40 semanas.
Nesses casos, a ocitocina ou qualquer outro fármaco deve ser usado com cautela e o médico deve estar atento aos sinais de CIVD.
Morte intrauterina
No caso de morte fetal intrauterina e/ou na presença de mecônio no líquido amniótico, deve-se evitar um trabalho de parto tumultuado,
pois pode provocar embolia por líquido amniótico.
Intoxicação hídrica
Como a ocitocina possui uma leve atividade antidiurética, a sua administração endovenosa prolongada em doses altas, junto com
grandes volumes de líquido, como pode ocorrer no tratamento do abortamento inevitável ou incompleto com feto morto, ou no
tratamento da hemorragia pós-parto, pode provocar intoxicação hídrica associada à hiponatremia. A combinação do efeito
antidiurético da ocitocina com a infusão EV pode causar sobrecarga volumétrica provocando edema pulmonar agudo hemodinâmico
sem hiponatremia. A fim de evitar essa complicação rara, deverão ser observadas as seguintes precauções sempre que se
administrarem altas doses de ocitocina durante tempo prolongado: deve-se utilizar um diluente que contenha eletrólitos (não a
glicose); o volume do líquido infundido deve ser mantido baixo (infundindo-se a ocitocina a uma concentração mais alta que a
recomendada para a indução do parto ou o estímulo das contrações); a ingestão oral de líquidos deve ser restringida; deve-se manter
um controle do balanço hídrico e avaliar os eletrólitos séricos quando se suspeita de um desequilíbrio eletrolítico.
Recomenda-se cautela na administração de ocitocina à pacientes com insuficiência renal grave devido à possível retenção de água e
possível acúmulo de ocitocina (ver item “3. Características farmacológicas”).
Mulheres em idade fértil
Não aplicável para OXITON por causa das indicações específicas.
Gravidez
Dados pré-clínicos para a ocitocina não revelam riscos especiais com base em estudos convencionais de toxicidade aguda de dose
única, genotoxicidade e mutagenicidade. Não estão disponíveis estudos padrão de teratogenicidade e estudos de performance
reprodutiva com ocitocina (ver “Dados de segurança pré-clínicos” no item “3. Características farmacológicas”). Quando a ocitocina é
utilizada conforme indicação, baseado na ampla experiência com esse fármaco, na sua estrutura química e nas propriedades
farmacológicas, não se espera a presença de riscos de anormalidades fetais.
Este medicamento pertence à categoria de risco na gravidez C, portanto, este medicamento não deve ser utilizado por
mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Lactação
A ocitocina pode ser encontrada no leite materno em pequenas quantidades. Porém, não se espera que a ocitocina cause efeitos
nocivos em neonatos, uma vez que passa pelo trato alimentar onde sofre rápida inativação.
Fertilidade
Não há dados sobre os efeitos da ocitocina na performance reprodutiva.
Efeitos na habilidade de dirigir e/ou operar máquinas
OXITON pode induzir o parto, portanto deve-se ter cautela ao dirigir ou operar máquinas. Mulheres com contrações uterinas não
Interações resultando em uso concomitante não recomendado
- Prostaglandinas e seus análogos.
Prostaglandinas e seus análogos facilitam a contração do miométrio, portanto a ocitocina pode potencializar a ação uterina das
prostaglandinas e análogos e vice-versa (ver item “4. Contraindicações”).
- Medicamentos que causam prolongamento do intervalo QT
A ocitocina deve ser considerada como potencialmente arritmogênica, particularmente em pacientes com outros fatores de risco para
torsades de pointes, tais como medicamentos que prolongam o intervalo QT ou em pacientes com histórico de síndrome do QT longo
(ver item “5. Advertências e precauções”).
Interações a serem consideradas
- Anestésicos inalatórios
Anestésicos inalatórios (ex.: ciclopropano, halotano, sevoflurano, desflurano) apresentam um efeito relaxante no útero e produzem
uma notável inibição do tônus uterino e, portanto podem diminuir o efeito uterotônico da ocitocina.
- Vasoconstritores / simpatomiméticos
A ocitocina pode aumentar os efeitos vasopressores de vasoconstritores e simpatomiméticos, mesmo aqueles contidos em anestésicos
locais.
- Anestésicos caudais
Quando administrada durante ou após a anestesia epidural, a ocitocina pode potencializar o efeito pressor dos agentes vasoconstritores
simpaticomiméticos.
Incompatibilidade
Na ausência de estudos de incompatibilidade, OXITON não deve ser misturado com outros medicamentos durante a aplicação.
Manter o produto em sua embalagem original e conservar em temperatura ambiente (entre 15° a 30°C); proteger da luz.
O prazo de validade é de 18 meses a partir da data de fabricação (vide cartucho).
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Aspecto físico: líquido límpido, incolor.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
População alvo geral
Indução do parto ou estímulo das contrações: OXITON deve ser administrado sob infusão endovenosa gota a gota ou, de
preferência, por meio de uma bomba de infusão de velocidade variável. Para a infusão gota a gota recomenda-se adicionar 5 UI de
OXITON em 500 mL de solução eletrolítica fisiológica (como cloreto de sódio 0,9%). Para as pacientes nas quais se deve evitar uma
infusão de cloreto de sódio, pode-se utilizar solução de glicose a 5% como diluente (ver item “5. Advertências e precauções”). A fim
de garantir uma mistura uniforme da solução, a bolsa ou frasco deve ser colocado de cabeça para baixo várias vezes antes do uso.
A velocidade inicial de infusão deve ser regulada para 1 a 4 miliunidades/minuto (2 a 8 gotas/minuto). Pode-se aumentar
gradativamente em intervalos não inferiores a 20 minutos, e incrementos de não mais que 1-2 miliunidades/minuto, até se estabelecer
um padrão de contrações análogo ao do parto normal. Na gravidez próxima ao termo, isto pode ser frequentemente obtido com uma
velocidade de infusão inferior a 10 miliunidades/minuto (20 gotas/minuto), sendo a velocidade máxima recomendada de 20
miliunidades/minuto (40 gotas/minuto). Nos raros casos em que se necessitem doses mais elevadas, como pode acontecer no
tratamento da morte fetal intrauterina ou para a indução do parto em um estágio precoce da gravidez, quando o útero é menos sensível
à ocitocina, aconselha-se utilizar uma solução mais concentrada de OXITON, por exemplo, 10 UI em 500 mL.
Quando se utiliza uma bomba de infusão acionada por motor que libera volumes menores do que os administrados por infusão gota a
gota, deve-se calcular a concentração adequada para a infusão dentro dos limites posológicos recomendados, de acordo com as
especificações da bomba.
A frequência, intensidade e duração das contrações, assim como a frequência cardíaca fetal, devem ser cuidadosamente observadas
durante a infusão. Uma vez alcançado um nível adequado de atividade uterina, pode-se quase sempre reduzir a velocidade da infusão.
Em caso de hiperatividade uterina e/ou sofrimento fetal, a infusão deve ser imediatamente interrompida.
Se, em mulheres que estejam a termo ou quase a termo, não forem estabelecidas contrações regulares após a infusão de uma
quantidade total de 5 UI, recomenda-se cessar a indução do parto, podendo-se repetir no dia seguinte com uma velocidade inicial de 1
a 4 miliunidades/minuto.
Abortamento incompleto, inevitável ou retido: 5 UI por infusão endovenosa (5 UI diluídos em solução fisiológica eletrolítica e
administrados com gotejador por infusão endovenosa, ou preferivelmente por bomba de infusão de velocidade variável por 5 minutos)
ou 5 a 10 UI I.M. seguida, se necessário, por uma infusão endovenosa a uma velocidade de 20 a 40 miliunidades/minuto.
Operação cesárea: 5 UI por infusão endovenosa (5 UI diluídos em solução fisiológica eletrolítica e administrados com gotejador por
infusão endovenosa, ou preferivelmente por bomba de infusão de velocidade variável por 5 minutos), imediatamente após a retirada do
feto.
Prevenção da hemorragia uterina pós-parto: a dose usual é de 5 UI, por infusão endovenosa (5 UI diluídos em solução fisiológica
eletrolítica e administrados com gotejador por infusão endovenosa, ou preferivelmente por bomba de infusão de velocidade variável
por 5 minutos) ou de 5 a 10 UI I.M., após a expulsão da placenta.
Nas pacientes a quem se administra OXITON para a indução do parto ou estímulo das contrações, deve-se continuar a infusão a uma
velocidade acelerada durante o terceiro estágio do parto e durante mais algumas horas.
Tratamento da hemorragia uterina pós-parto: 5 UI por infusão endovenosa (5 UI diluídos em solução fisiológica eletrolítica e
ou 5 a 10 UI I.M., seguida, nos casos graves, de infusão endovenosa de uma solução com 5-20 UI de ocitocina em 500 mL de um
diluente eletrolítico, a uma velocidade necessária para controlar a atonia uterina.
Populações especiais
- Insuficiência renal
Não foram realizados estudos em pacientes com insuficiência renal.
- Insuficiência hepática
Não foram realizados estudos em pacientes com insuficiência hepática.
- Pacientes pediátricos
Não foram realizados estudos em pacientes pediátricos.
- Pacientes geriátricos
Não foram realizados estudos em pacientes geriátricos (65 anos ou mais).
Quando se utiliza a ocitocina por infusão EV para a indução do parto ou para o estímulo das contrações, a sua administração em doses
excessivas produz um superestímulo uterino que pode causar sofrimento fetal, asfixia e morte, ou pode conduzir a hipertonia, tetania
ou ruptura uterina.
A administração endovenosa rápida em bolus de ocitocina em doses equivalentes a várias UI pode provocar uma hipotensão aguda de
curta duração acompanhada por rubor e taquicardia reflexa (ver item “5. Advertências e precauções”). Estas alterações hemodinâmicas
rápidas podem resultar em isquemia do miocárdio, particularmente em pacientes com doença cardiovascular preexistente. A
administração endovenosa rápida em bolus de ocitocina em doses equivalentes a várias UI também podem provocar prolongamento
do intervalo QTc.
Em raras circunstâncias (taxa de incidência < 0,0006) a indução farmacológica do trabalho de parto utilizando agentes uterotônicos,
incluindo ocitocina, aumenta os riscos de coagulação intravascular disseminada pós-parto (ver item “5. Advertências e precauções”).
Intoxicação hídrica
Tem-se observado intoxicação hídrica associada à hiponatremia materna e neonatal em casos onde foram administradas altas doses de
ocitocina junto a grandes quantidades de líquido sem eletrólitos por longos períodos de tempo (ver item “5. Advertências e
precauções”).
A combinação do efeito antidiurético da ocitocina com a infusão EV pode causar sobrecarga volumétrica levando à forma
hemodinâmica do edema pulmonar agudo sem hiponatremia (ver item “5. Advertências e precauções”).
As seguintes reações adversas foram relatadas, independente do modo de administração:
As reações adversas (Tabela 1 e Tabela 2) estão listadas por ordem de frequência, com as mais frequentes primeiro, usando a seguinte
convenção: muito comum (≥ 1/10); comum (≥ 1/100, < 1/10); incomum (≥ 1/1.000, < 1/100); raro (≥ 1/10.000, < 1/1.000), muito raro
(< 1/10.000), incluindo reportes isolados. As reações adversas tabuladas abaixo são baseadas nos resultados dos ensaios clínicos,
assim como, nos relatos de pós-comercialização.
As reações adversas ao medicamento são derivadas da experiência de pós-comercialização com ocitocina através de relatos
espontâneos e casos da literatura. Uma vez que estas reações são voluntariamente relatadas a partir de uma população de tamanho
incerto, não é possível estimar suas frequências de maneira confiável e, portanto são categorizadas como desconhecidas. As reações
adversas ao medicamento são listadas de acordo com a classe de sistemas de órgãos do MedDRA. Dentro de cada classe de sistemas
de órgãos, as reações adversas são apresentadas em ordem decrescente de gravidade.
Tabela 1 - Reações adversas na mãe
Distúrbios do sistema imunológico
Raro: reação anafilática associada a dispneia, hipotensão ou choque
Distúrbios do sistema nervoso
Comum: cefaleia
Distúrbios cardíacos
Comum: taquicardia, bradicardia
Incomum: arritmia
Desconhecido: isquemia do miocárdio
prolongamento do intervalo QTc
Distúrbios vasculares
Desconhecido: hipotensão
Distúrbios gastrintestinais
Comum: náusea, vômito
Distúrbios do tecido subcutâneo e pele
Raro: erupções cutâneas (rash)
Gravidez, condições puerperal e perinatal
Desconhecido: hipertonicidade uterina, contrações tetânicas, ruptura do útero
Distúrbios do metabolismo e nutrição
Desconhecido: intoxicação hídrica, hiponatremia maternal
Distúrbios respiratórios, torácicos e mediastinais
Desconhecido: edema pulmonar agudo
Distúrbios gerais e condições do local de administração
Desconhecido: rubor
Distúrbios do sangue e sistema linfático
Desconhecido: coagulação intravascular disseminada
Tabela 2 - Reações adversas no feto
Desconhecido: sofrimento fetal, asfixia e morte
Desconhecido: hiponatremia neonatal
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária - NOTIVISA, disponível em
www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.