Bula do Pamidronato Dissódico produzido pelo laboratorio Eurofarma Laboratórios S.a.
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
Pamidronato dissódico
Bula para profissional da saúde
Pó liófilo para solução injetável
90 mg
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pamidronato dissódico
Medicamento genérico Lei nº 9.787, de 1999
FORMAS FARMACÊUTICAS E APRESENTAÇÕES:
Pó liófilo para solução injetável, 90 mg. Embalagens contendo 1 frasco-ampola acompanhado de 1
ampola diluente com 10 mL.
USO INTRAVENOSO
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO:
Pamidronato dissódico 90 mg. Cada frasco-ampola contém:
Pamidronato dissódico ..................................................................................................................... 90 mg**
Excipientes q.s.p. ............................................................................................................... 1 frasco-ampola*
*Excipientes: manitol e ácido fosfórico..
Cada ampola de solução diluente contém:
Água para injetáveis .................................................................................................................. 10 mL
** Cada 1 mg de pamidronato dissódico equivalem a 0,84 mg de pamidronato base.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Pamidronato dissódico está indicado no tratamento de condições associadas ao aumento da atividade
osteoclástica, tais como:
Hipercalcemia induzida por tumor (Outros distúrbios do metabolismo mineral): O aumento da
atividade osteoclástica, resultando em reabsorção óssea excessiva, é a alteração fisiopatológica
responsável pela hipercalcemia associada a tumores. A maioria dos casos ocorre em pacientes com
neoplasia maligna de mama, neoplasia de células escamosas do pulmão, neoplasia maligna de face,
cabeça e pescoço, carcinoma de células renais e certas neoplasias hematológicas, tais como, mieloma
múltiplo e neoplasias malignas de plasmócitos e alguns tipos de linfomas. Outras neoplasias menos
comuns como vipoma e colangiocarcinoma apresentam alta incidência de hipercalcemia como uma
complicação metabólica.
Há dois tipos de mecanismos fisiopatológicos envolvidos:
(1) hipercalcemia humoral, onde os osteoclastos são ativados e a reabsorção óssea é estimulada por
fatores, tais como, proteína relacionada ao paratormônio produzida pelas células tumorais e secretadas na
corrente sanguínea;
(2) invasão extensa dos ossos por células tumorais, onde há produção local de fatores que estimulam a
reabsorção óssea pelos osteoclastos.
As concentrações séricas de cálcio nos pacientes com hipercalcemia induzida por tumores podem não
refletir a gravidade da hipercalcemia devido à hipoalbuminemia concomitante que esses pacientes podem
apresentar. A determinação do cálcio ionizável dever ser utilizada para o diagnóstico e acompanhamento
das condições hipercalcêmicas. Quando não disponível, o cálculo do cálcio total, de acordo com a
concentração de albumina, poder auxiliar no diagnóstico. Vários nomogramas são utilizados para esse fim
(vide item “posologia”).
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Metástases ósseas (Neoplasia maligna secundária dos ossos) predominantemente líticas e mieloma
múltiplo: Metástases ósseas osteolíticas ocorrem comumente em pacientes com mieloma múltiplo ou
neoplasia maligna de mama. A distribuição das metástases osteolíticas dessas neoplasias ocorre,
predominantemente, no esqueleto axial, particularmente, coluna vertebral, pélvis e costelas. A destruição
óssea causada pelas lesões osteolíticas provocam dores ósseas graves e podem ser responsáveis por
fraturas ósseas patológicas, tanto no esqueleto axial, quanto no apendicular.
Doença de Paget do osso (osteíte deformante) moderada a grave: é uma doença idiopática
caracterizada por destruição óssea focal crônica complicada por reparação óssea excessiva ocorrendo em
um ou mais ossos. Essas alterações resultam no espessamento de ossos enfraquecidos e propensos a
fraturas patológicas ou diminuição da resistência ao esforço.
Em um estudo clínico, duplo cego, 65 pacientes portadores de neoplasias com concentrações séricas de
cálcio corrigido ≥12 mg/dL após 24 horas de hidratação, pelo menos, foram aleatoriamente alocados para
receber a dose de 60 mg de pamidronato dissódico administrada durante 24 horas, em infusão única ou
dose de 7,5 mg/kg de etidronato dissódico administrada, durante 2 horas por dia, por três dias. Trinta
pacientes receberam pamidronato e 35 pacientes receberam etidronato e as concentrações séricas basais
de cálcio corrigido eram de 14,6 mg/dL e 13,8 mg/dL, respectivamente. No 7º dia, 70% dos pacientes sob
tratamento com pamidronato e 41 % sob etidronato apresentavam concentrações séricas de cálcio
corrigido dentro dos limites da normalidade (p<0,05), e as concentrações séricas médias de cálcio
corrigido diminuíram para 10,4 e 11,2 mg/dL, respectivamente. No 14º dia, 43% dos pacientes sob
pamidronato e 18% dos pacientes sob etidronato apresentavam, ainda, concentrações séricas de cálcio
corrigido dentro dos limites da normalidade ou mantiveram-se como respondedores parciais. A figura 1,
abaixo, representa o efeito dos tratamentos sobre as concentrações séricas de cálcio corrigido em relação
ao tempo [1
Figura 1. Efeito do pamidronato e etidronato sobre as concentrações séricas de cálcio corrigido,
expressas em decremento percentual em relação ao basal, de acordo com o tempo de tratamento
(Adaptado de [
].
1]).
Um estudo clínico, duplo-cego, randomizado controlado por placebo, avaliou o efeito do pamidronato
dissódico sobre a ocorrência de eventos relacionados a lesões esqueléticas (ERE) em 392 pacientes com
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mieloma múltiplo e neoplasias malignas de plasmócitos em estadio III e com, pelo menos, uma lesão
óssea lítica foram alocados para receber, além da terapia convencional antimieloma, 90 mg de
pamidronato dissódico ou placebo. Os ERE foram definidos como episódios de fraturas patológicas,
necessidade de radioterapia óssea, necessidade de cirurgia dos ossos e compressão da medula espinal. Os
pacientes foram estratificados de acordo com o tipo de tratamento convencional antimieloma que estavam
recebendo antes de serem selecionados para participarem do estudo. O grupo I compreendeu pacientes
que faziam uso de 1ª linha de tratamento e o grupo II de pacientes com 2ª linha de quimioterapia
antimieloma. Os ERE, hipercalcemia (sintomas ou concentracões séricas de cálcio corrigido ≥12 mg/dL),
dores ósseas, necessidade de analgésicos, índices de desempenho e de qualidade de vida foram avaliados
mensalmente. Dentre os 392 pacientes tratados, a eficácia do tratamento pode ser avaliada em 196 que
receberam pamidronato e em 181 que receberam placebo. A proporção de pacientes que apresentaram
algum ERE foi significativamente menor nos pacientes que receberam pamidronato (24%) em relação ao
que receberam placebo (41%, p<0,001), independentemente do tipo de tratamento convencional
antimieloma a que estavam sendo submetidos. Os pacientes que receberam pamidronato apresentaram
diminuição nos episódios de dores ósseas (sem deterioração nos índices de desempenho e de qualidade de
vida), porcentagem menor de fraturas patológicas (17% x 30%; p<0,004) e de necessidade de radioterapia
óssea (14% x 22%; p<0,049). Após 21 meses (21 ciclos de pamidronato), a taxa de morbidade por ERE e
a proporção de pacientes que apresentaram fraturas patológicas de vértebras foi significativamente menor
nos pacientes que receberam pamidronato em relação aos pacientes sob placebo (1,3 x 2,2; p<0,015 e
16% x 27%; p<0,005, respectivamente)[2,3
Um estudo clínico, duplo-cego, randomizado controlado por placebo, comparou a eficácia e segurança de
90 mg de pamidronato dissódico infundido por 2 horas por dia, a cada três a quatro semanas, durante o
período de 24 meses com aquelas do placebo na prevenção dos eventos relacionados a lesões esqueléticas
(ERE) em mulheres portadoras de neoplasia maligna de mama com uma ou mais neoplasias malignas
secundárias de ossos, predominantemente, osteolíticas de, pelo menos, 1 cm de diâmetro sob
quimioterapia convencional ou terapia hormonal antineoplásicas ao entrarem no estudo. O grupo de
mulheres sob terapia convencional compreendeu 382 pacientes, das quais, 185 foram alocadas para
tratamento com pamidronato dissódico e 197 para placebo. O grupo de mulheres sob tratamento hormonal
compreendeu 372, das quais, 182 foram alocadas para tratamento com pamidronato e 190 para placebo.
As pacientes foram seguidas durante 24 meses de terapia ou até sua exclusão do estudo. A mediana da
duração foi de 13 meses nas pacientes que receberam a quimioterapia convencional e 17 meses nas
pacientes que receberam terapia hormonal. Vinte e cinco por cento das pacientes no grupo sob
quimioterapia e 37% das da terapia hormonal receberam pamidronato for 24 horas [
4,5
As respostas nas lesões ósseas foram avaliadas radiograficamente no basal, 3, 6 e 12 meses. As taxas de
respostas completa e parcial foram de 33% no grupo pamidronato e 18% no grupo placebo sob
quimioterapia convencional (p<0,001). Não foi possível observar qualquer diferença entre os grupos
pamidronato e placebo nos pacientes sob terapia hormonal.
]. Os resultados de
eficácia estão representados na Tabela I.
Tabela I. Resultados de eficácia do pamidronato dissódico na prevenção das lesões ósseas
associadas a presença de neoplasias malignas secundárias de ossos osteolíticas em
pacientes com neoplasia maligna de mama tratadas com quimioterapia convencional ou
terapia hormonal (Adaptado de 4,5]).
O tratamento com pamidronato dissódico foi avaliado no tratamento de 71 pacientes com a doença de
Paget que não tinham recebido tratamento prévio. Os pacientes foram estratificados pela gravidade da
doença e foram observados por 2 anos. O tratamento com pamidronato demonstrou melhoras no osso e na
dor musculo-esquelética nos primeiros 6 meses (p < 0,0001). A melhora na dor óssea e articular em 2
anos se manteve. O estudo conclui que pamidronato é um tratamento seguro, bem tolerado e e eficaz para
a doença de Paget. (6)
Farmacodinâmica
O pamidronato dissódico é um potente inibidor da reabsorção óssea mediada por osteoclastos. Liga-se
fortemente aos cristais de hidroxiapatita, inibindo a formação e a dissolução desses cristais in vitro. A
inibição da reabsorção óssea osteoclástica in vivo pode, ao menos em parte, ser causada pela ligação do
fármaco ao mineral ósseo (matriz óssea). O pamidronato dissódico inibe o acesso de precursores
osteoclásticos para o tecido ósseo e sua subsequente transformação em osteoclastos maduros com
atividade de reabsorção óssea. O efeito de anti-reabsorção local e direto do bisfosfonato ligado ao osso
parece ser, entretanto, o mecanismo de ação predominante in vitro e in vivo. Estudos experimentais
demonstraram que o pamidronato dissódico inibe a osteólise induzida por tumor, quando administrado
antes ou no momento da inoculação ou do implante de células tumorais. Alterações bioquímicas, que
refletem o efeito inibitório de pamidronato dissódico na hipercalcemia induzida por tumor (Outros
distúrbios do metabolismo mineral) são caracterizadas por diminuição do cálcio e do fosfato sérico e,
secundariamente, por diminuição da excreção urinária de cálcio, fosfato e hidroxiprolina.
Farmacocinética
Características gerais
O pamidronato dissódico apresenta forte afinidade por tecidos calcificados, não tendo sido observada a
eliminação total do pamidronato do organismo durante o período em que foram realizados os estudos
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experimentais. Os tecidos calcificados são, portanto, considerados como os locais de “eliminação
aparente”.
Absorção: O pamidronato dissódico é administrado por infusão intravenosa. Por definição, a absorção é
completa ao final da infusão.
Distribuição: As concentrações plasmáticas de pamidronato elevam-se rapidamente após o início da
infusão, caindo rapidamente quando a infusão é interrompida. A meia-vida aparente no plasma é de
aproximadamente 48 minutos. As concentrações aparentes no estado de equilíbrio são atingidas com
infusões de mais de 2 a 3 horas de duração. Os picos de concentrações plasmáticas de pamidronato
dissódico de cerca de 10 nmol/mL são atingidos após infusão intravenosa de 60 mg administrados durante
1 hora. Em animais e no homem, uma porcentagem semelhante da dose é retida no organismo após cada
administração de pamidronato dissódico. Assim, o acúmulo de pamidronato no osso não é limitado pela
sua capacidade, sendo dependente somente da dose cumulativa total administrada. A porcentagem de
pamidronato circulante ligado a proteínas plasmáticas é relativamente baixa (cerca de 54%), e aumenta
quando as concentrações de cálcio estão patologicamente elevadas.
Eliminação: O pamidronato dissódico não parece ser eliminado por biotransformação. Após infusão
intravenosa, de 20% a 55% da dose são recuperados na urina em 72 horas como pamidronato inalterado.
Durante os períodos de estudos experimentais, a fração de dose remanescente permaneceu retida no
organismo. A porcentagem da dose retida no organismo independe das doses administradas (intervalos de
15 a 180 mg) e das velocidades de infusão (intervalo de 1,25 a 60 mg/h). A eliminação do pamidronato na
urina é biexponencial, com meias-vidas aparentes de aproximadamente 1 hora e 36 minutos, e 27 horas. O
clearance plasmático aparente total é de cerca de 180 mL/min e o clearance renal aparente é de 54
mL/min. Há uma tendência de correlação entre o clearance renal de pamidronato e o clearance de
creatinina.
Características em pacientes: O clearance hepático e metabólico do pamidronato não é significativo. Não
é de se esperar, portanto, que doenças do fígado influenciem a farmacocinética de pamidronato dissódico.
Assim, o pamidronato dissódico apresenta pequeno potencial para interações com outros fármacos, tanto
no âmbito metabólico como na ligação protéica. A AUC (área sobre a curva) plasmática média é,
aproximadamente, dobrada em pacientes com clearance de creatinina < 30 mL/min. A taxa de excreção
urinária diminui com a redução do clearance de creatinina, embora a quantidade total excretada na urina
não seja muito influenciada pela função renal. A retenção do pamidronato dissódico no organismo é,
portanto, similar em pacientes portadores ou não de insuficiência renal, não se fazendo necessários ajustes
de dose nesses pacientes, quando se utilizam os esquemas de dose recomendados.
O uso deste medicamento é contraindicado em caso de hipersensibilidade conhecida ao pamidronato
dissódico, a outros bisfosfonatos ou também aos demais componentes da formulação.
Categoria D de risco na gravidez: Não existem estudos disponíveis realizados em mulheres grávidas.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe
imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.
Pamidronato dissódico não deve ser administrado em bolus, deve sempre ser diluído e administrado
por infusão intravenosa lenta (vide item “posologia e administração”). Pamidronato dissódico não deve
ser administrado com outros bisfosfonatos, pois seus efeitos combinados não foram investigados.
Eletrólitos séricos, cálcio e fosfato devem ser monitorados, após o início da terapia com pamidronato
dissódico. Pacientes que tenham passado por cirurgia da tireóide podem ser particularmente suscetíveis ao
desenvolvimento de hipocalcemia causada por hipoparatireoidismo pós-procedimento relativo. Pacientes
que recebam infusões frequentes de pamidronato dissódico por período de tempo prolongado,
especialmente aqueles com doença prévia do aparelho genitourinário ou predisposição à insuficiência
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renal (ex.: pacientes com mieloma múltiplo e neoplasias malignas de plasmócitos ou também
hipercalcemia induzida por tumor [Outros distúrbios do metabolismo mineral]), devem ter avaliações
periódicas dos parâmetros laboratoriais e clínicos da função renal, visto que foi relatada deterioração da
função renal (inclusive insuficiência renal), após tratamento prolongado com pamidronato dissódico em
pacientes com mieloma múltiplo e neoplasias malignas de plasmócitos. Entretanto, a progressão da
doença de base ou também as complicações concomitantes também estiveram presentes e, portanto, não
está comprovada a relação causal com o pamidronato dissódico. Em pacientes com doença cardíaca,
especialmente nos idosos, uma sobrecarga salina adicional pode precipitar insuficiência cardíaca
congestiva. A febre pode também contribuir para essa deterioração.
Os pacientes com doença de Paget do osso, com risco de deficiência de cálcio ou de vitamina D, devem
receber suplemento oral adicional de cálcio e vitamina D, de modo a minimizar o risco de hipocalcemia.
AOS PACIENTES EM USO DE BISFOSFONATOS: Realize uma avaliação odontológica antes do
início do uso do bisfosfonato. Durante o tratamento, mantenha uma boa higiene bucal, acompanhamento
odontológico e avise seu médico ou dentista em caso de qualquer dor, inchaço ou outro sintoma bucal
Casos de osteonecrose (principalmente de mandíbula) têm sido relatados em pacientes que receberam
bifosfonados. Esses casos ocorrem em maior frequência nos pacientes oncológicos (em uso de
bifosfonados) que foram submetidos à procedimento odontológico, sendo prudente evitar a realização de
cirurgias odontológicas.
Uso durante a gravidez e lactação:
Em experimentos com animais, o pamidronato dissódico não apresentou potencial teratogênico, nem
afetou o desempenho reprodutivo geral ou a fertilidade. Em ratas, o parto prolongado e a reduzida taxa de
sobrevivência dos filhotes foram provavelmente causados por decréscimo das concentrações séricas
maternas de cálcio. Foi demonstrado que o pamidronato dissódico atravessa a barreira placentária,
acumulando-se nos ossos do feto de maneira similar à observada em animais adultos. Não há experiência
clínica para dar suporte à utilização de pamidronato dissódico em mulheres grávidas. O pamidronato
dissódico não deve, portanto, ser administrado durante a gravidez, exceto em casos de hipercalcemia com
risco de vida. Um estudo em ratas lactantes demonstrou que o pamidronato dissódico passa para o leite
materno. As mães em tratamento com pamidronato dissódico não devem, portanto, amamentar seus
filhos.
Categoria D de risco na gravidez: Não existem estudos disponíveis realizados em mulheres grávidas.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe
imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.
Uso na população pediátrica
Não foram estabelecidas a eficácia e a segurança do pamidronato dissódico em pacientes pediátricos.
Uso na população geriátrica
Aproximadamente 20% dos pacientes incluídos nos estudos clínicos com pamidronato dissódico tinham
idade ≥65 anos e 15% tinham idade ≥75 anos. Não foram observadas diferenças na eficácia e segurança
entre os indivíduos mais idosos quando comparados com os mais jovens, porém, uma maior sensibilidade
em alguns indivíduos pode ser esperada. A dose para um indivíduo mais idoso deve ser selecionada com
precaução. Levando-se em consideração a maior frequência de comprometimento das funções hepática,
renal e cardíaca nos pacientes idosos, o tratamento deve ser iniciado com a menor dose.
Os pacientes devem ser alertados que, em casos raros, pode ocorrer sonolência ou também tontura após a
infusão de pamidronato dissódico e, nesses casos, estes pacientes não devem dirigir veículos, operar
máquinas potencialmente perigosas ou exercer atividades que possam se tornar perigosas pela redução do
A administração concomitante do pamidronato dissódico com diuréticos de alça não afeta sua ação
hipocalcêmica.
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O pamidronato dissódico tem sido administrado concomitantemente com agentes antineoplásicos,
utilizados comumente, sem apresentar interação. O pamidronato dissódico tem sido utilizado em
combinação com calcitonina em pacientes com hipercalcemia grave, resultando em efeito sinérgico de
queda mais rápida do cálcio sérico.
O pamidronato dissódico forma complexos com cátions bivalentes e não deve ser adicionado a soluções
intravenosas que contenham cálcio.
Deve-se ter tomar as devidas precauções no uso concomitante do pamidronato dissódico com drogas
potencialmente nefrotóxicas.
Nos pacientes com mieloma múltiplo e neoplasias malignas de plasmócitos, o risco de insuficiência renal
pode aumentar quando o pamidronato dissódico for usado em combinação com a talidomida.
Conservar em temperatura ambiente (entre 15° C e 30°C).
O prazo de validade deste medicamento é de 24 meses.
Pamidronato dissódico reconstituído com água para injetáveis (10 mL) é estável por até 24 horas, se
mantido à temperatura de 8°C.
A solução de infusão preparada a partir da diluição do pó liófilo com um dos diluentes recomendados
deve ser utilizada em 24 horas, contadas a partir do início da diluição do produto, quando armazenado à
temperatura ambiente (entre 15°C e 30°C). Descartar a porção não utilizada do produto.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Antes da reconstituição o produto apresenta-se como uma massa branca. Após reconstituição torna-se
uma solução límpida, incolor isenta de partículas.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Instruções para uso e manuseio
O pó liófilizado no frasco deve ser primeiramente reconstituído com 10 mL de água para injetáveis. A
água para injetáveis é fornecida juntamente com o frasco de pó liófilizado. O pH da solução reconstituída
fica entre 6,0 e 7,0. É importante que o pó liófilizado seja completamente dissolvido antes que a solução
reconstituída seja retirada para diluição.
Pamidronato dissódico reconstituído com água para injetáveis é estável por até 24 horas, se mantido à
temperatura de 8°C. A solução de infusão preparada a partir da diluição do pó liófilo com um dos
diluentes recomendados deve ser utilizada em 24 horas, contadas a partir do início da diluição do produto,
quando armazenado à temperatura ambiente (entre 15°C e 30°C). Descartar a porção não utilizada do
produto.
A solução reconstituída deve ser diluída em solução de infusão livre de cálcio (por exemplo, cloreto de
sódio a 0,9% ou glicose a 5%) antes da administração. Pamidronato dissódico nunca deve ser
administrado em bolus (vide item “Advertências”); após o preparo, deve ser infundido vagarosamente.
A taxa de infusão não deve exceder a 60 mg/h (1 mg/min) e a concentração de pamidronato dissódico na
solução de infusão não deve exceder a 90 mg/250 mL. Uma dose de 90 mg deve, normalmente, ser
administrada em infusão de 2 horas, em 250 mL de solução de infusão. Entretanto, em pacientes com
mieloma múltiplo e neoplasias malignas de plasmócitos e em pacientes com hipercalcemia induzida por
tumor, recomenda-se não exceder 90 mg em 500 mL por 4 horas. De modo a minimizar reações no local
da infusão, a cânula deve ser inserida cuidadosamente em uma veia relativamente grande.
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Adultos e idosos
Metástases ósseas (Neoplasia maligna secundária dos ossos) predominantemente líticas e mieloma
múltiplo: A dose recomendada de pamidronato dissódico para o tratamento de neoplasias malignas
secundárias dos ossos predominantemente líticas e mieloma múltiplo e neoplasias malignas de
plasmócitos é de 90 mg, administrados em infusão única a cada 4 semanas. Em pacientes com neoplasia
maligna secundária dos ossos que recebem quimioterapia a intervalos de três semanas, pamidronato
dissódico 90 mg pode também ser administrado a cada três semanas.
Hipercalcemia induzida por tumor (Outros distúrbios do metabolismo mineral): Recomenda-se que
os pacientes sejam reidratados com solução salina normal, antes ou durante o tratamento. A dose total de
pamidronato dissódico a ser utilizada para um período de tratamento depende dos níveis iniciais de cálcio
sérico do paciente. As diretrizes a seguir são derivadas de dados clínicos com valores de cálcio não
corrigidos. Entretanto, doses dentro das variações fornecidas também são aplicáveis para valores de cálcio
corrigidos por proteína sérica ou albumina em pacientes reidratados.
Tabela III. Dose total recomendada de pamidronato
dissódico de acordo com as concentrações
plasmáticas de cálcio expressos em mg/dL e
mmol/L.
A dose total de pamidronato dissódico pode ser administrada tanto em infusão única como em infusões
múltiplas, durante 2 a 4 dias consecutivos. A dose máxima para cada tratamento é de 90 mg, tanto para o
tratamento inicial como para os tratamentos subsequentes. Uma diminuição significativa no cálcio sérico
é geralmente observada em 24 a 48 horas após a administração de pamidronato dissódico, e a
normalização é geralmente atingida dentro de 3 a 7 dias. Se a normocalcemia não for atingida dentro
desse período, uma dose adicional pode ser administrada. A duração da resposta pode variar de paciente
para paciente, e o tratamento pode ser repetido sempre que houver recorrência da hipercalcemia. A
experiência clínica até o momento sugere que pamidronato dissódico pode se tornar menos eficaz à
medida em que o número de tratamentos aumenta.
Doença de Paget do osso: A dose de pamidronato dissódico total recomendada para um período de
tratamento é de 180 a 210 mg. Isto pode ser obtido administrando-se seis doses unitárias de 30 mg uma
vez por semana (dose total 180 mg), ou administrando-se três doses unitárias de 60 mg a cada duas
semanas. Se a dose unitária utilizada for de 60 mg, recomenda-se iniciar o tratamento com uma dose
inicial de 30 mg (dose total 210 mg). O esquema, omitindo-se a dose inicial, pode ser repetido após seis
meses até a remissão e quando houver recidiva da doença.
Insuficiência renal: Os estudos farmacocinéticos indicam não ser necessário o ajuste de dose em
pacientes com qualquer grau de insuficiência renal. Entretanto, até que se adquira maior experiência,
recomenda-se a velocidade máxima de infusão de 20 mg/h em pacientes com insuficiência renal.
Crianças: Não há experiência clínica com pamidronato dissódico em crianças.
As reações adversas de pamidronato dissódico geralmente são leves e transitórias. As reações adversas
mais comuns são hipocalcemia assintomática e febre (um aumento na temperatura corporal de 1°C a
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2°C), que ocorrem tipicamente nas primeiras 48 horas após a infusão. A febre geralmente desaparece
espontaneamente e não requer tratamento. A hipocalcemia sintomática é rara.
Os eventos adversos do pamidronato dissódico são apresentados em ordem de frequência decrescente a
seguir:
Comuns, > 1/100 e < 1/10 (> 1% e < 10%):
• Complicações consequentes à infusão, transfusão ou injeção terapêutica, tais como dor, eritema e
edema no local da infusão;
• Eritema ou hematomas com ou sem facilidade de sangramento;
• Náuseas e vômito, anorexia, dor epigástrica, gastrite, constipação intestinal ou diarréia
(Alteração do hábito intestinal);
• Cefaléia, insônia e fadiga;
• Conjuntivite;
• Tremor e contratura de músculo (sintomas de hipocalcemia);
• ;
•
• Leucopenia (Transtornos não especificados dos glóbulos brancos), anemia;
Hipertensão
• Hipopotassemia, hipofosfatemia, hipomagnesemia, hipocalcemia
• Achado anormal de exame químico do sangue, não especificado (elevações nas concentrações de
creatinina, potássio e sódio).
Incomuns, > 1/1.000 e < 1/100 (> 0,1% e < 1%):
• Dor em membro (câimbra);
• Tontura e instabilidade, letargia, agitação e inquietação e convulsão;
• Visão subnormal de ambos os olhos, hiperemia conjuntival;
• Hipotensão;
• Prurido.
Raros, > 1/10.000 e < 1.000 (> 0,01% e < 0,1%):
• deterioração da função renal (por exemplo, diminuição inesperada do volume urinário), achado
anormal de exame químico do sangue, não especificado (elevação na concentração de uréia e de
enzimas hepáticas);Osteonecrose de mandíbula
Muito raros, < 1/10.000 (< 0,01%):
• Insuficiência cardíaca;
• Piora de alteração renal pré-existente (por exemplo, presença de hematúria);
• Exacerbação dos sintomas e sinais de herpes;
• Alucinação visual.
Muitas dessas reações adversas podem estar relacionadas à doença de base.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária -
NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância
Sanitária Estadual ou Municipal.