Bula do Parlodel para o Profissional

Bula do Parlodel produzido pelo laboratorio Novartis Biociencias S.a
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

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Bula do Parlodel
Novartis Biociencias S.a - Profissional

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BULA COMPLETA DO PARLODEL PARA O PROFISSIONAL

Parlodel®

(bromocriptina)

Novartis Biociências SA

Comprimidos

2,5 mg

VPS4 = Parlodel_Bula_Profissional 1

PARLODEL®

bromocriptina

APRESENTAÇÕES

2,5 mg – embalagem contendo 28 comprimidos.

VIA ORAL

USO ADULTO

COMPOSIÇÃO

Cada comprimido sulcado de Parlodel®

contém 2,87 mg de mesilato de bromocriptina, correspondendo a 2,5 mg de

bromocriptina base.

Excipientes: amido, estearato de magnésio, lactose, ácido maleico, dióxido de silício e edetato dissódico.

INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

1. INDICAÇÕES

Parlodel®

é indicado para:

• Tratamento da doença de Parkinson;

• Tratamento de estados hiperprolactinêmicos patológicos incluindo amenorreia, infertilidade feminina e

hipogonadismo;

• Tratamento de pacientes com adenomas que secretam prolactina;

• Acromegalia.

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

Como inibidor específico da secreção de prolactina, Parlodel

®

demonstrou ser eficaz no tratamento dos estados

patológicos induzidos pela prolactina. Na amenorreia e/ou anovulação (com ou sem galactorreia), Parlodel

pode ser

empregado para restabelecer o ciclo menstrual e a ovulação.

Tem-se demonstrado que Parlodel

interrompe o crescimento, ou reduz o tamanho, dos adenomas hipofisários

secretores de prolactina (prolactinomas).

Em pacientes acromegálicos, além de diminuir os níveis plasmáticos dos hormônios do crescimento e prolactina,

Parlodel®

tem efeito benéfico nos sintomas clínicos e sobre a tolerância à glicose.

Devido a sua atividade dopaminérgica, Parlodel®

, em doses normalmente superiores às recomendadas para as

indicações endocrinológicas, é eficaz no tratamento da doença de Parkinson, caracterizada por uma deficiência de

dopamina nigroestriatal específica. Nessa condição, a estimulação dos receptores dopaminérgicos por Parlodel®

pode

restabelecer o equilíbrio neuroquímico no corpo estriado.

Clinicamente, Parlodel®

melhora o tremor, a rigidez, a bradicinesia e outros sintomas parkinsonianos em todos os

estágios da doença. Normalmente a eficácia terapêutica perdura por vários anos (até o momento, foram observados bons

resultados em pacientes tratados por até 8 anos). Parlodel®

pode ser administrado isoladamente, tanto no início como

nos estágios avançados da doença, ou em combinação com outros medicamentos antiparkinsonianos. A associação com

levodopa resulta na potencialização dos efeitos antiparkinsonianos, permitindo frequentemente uma redução da dose de

levodopa. Parlodel®

oferece benefícios especiais a pacientes sob tratamento com levodopa, que apresentam uma

resposta terapêutica decrescente ou complicações tais como movimentos involuntários anormais (discinesia

coreoatetósica e, ou distonia dolorosa), falha na manutenção do efeito (end-of-dose failure) e fenômeno on-off.

melhora a sintomatologia depressiva frequentemente observada em parkinsonianos. Este efeito é devido a

propriedades antidepressivas inerentes, conforme evidenciado em estudos controlados em pacientes não-parkinsonianos

com depressão endógena ou psicogênica.

Referências Bibliográficas

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3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

Farmacodinâmica

Grupo farmacoterapêutico: Agonista de dopamina (código ATC: N04B C01), inibidor de prolactina (código ATC: G02

B01).

Parlodel®

inibe a secreção do hormônio da hipófise anterior, a prolactina, sem afetar os níveis normais de outros

hormônios hipofisários. No entanto, pode reduzir níveis anormalmente elevados do hormônio de crescimento (GH) em

pacientes com acromegalia. Esses efeitos são decorrentes da estimulação dos receptores dopaminérgicos.

No puerpério, a prolactina é necessária para dar início e manter a lactação puerperal. Em outras circunstâncias, a

secreção elevada da prolactina dá lugar à lactação patológica (galactorreia) e/ou transtornos da ovulação e da

menstruação.

Farmacocinética

- Absorção

Após administração oral, Parlodel®

é bem absorvido. Quando os comprimidos são administrados a voluntários

saudáveis, a meia-vida de absorção é de 0,2 a 0,5 hora e os picos plasmáticos de bromocriptina são atingidos em 1 a 3

horas. Uma dose oral de 5 mg de bromocriptina resulta em uma Cmax de 0,465 ng/mL. O efeito de redução da prolactina

inicia-se 1 a 2 horas após a ingestão, atinge redução máxima, isto é, redução da prolactina no plasma em mais de 80%,

em 5 a 10 horas e permanece próximo dessa redução máxima por um período de 8 a 12 horas.

- Efeitos da alimentação

A taxa de absorção (Cmáx) de comprimidos / cápsulas padrão de bromocriptina pode ser reduzida pela ingestão de

alimento a uma extensão de 10-40%. No entanto, a biodisponibilidade (AUC) dos comprimidos / cápsulas padrão não é

significativamente influenciada. De forma geral, não há efeito clinicamente significante da alimentação sobre Parlodel®

.

- Distribuição

A ligação às proteínas plasmáticas é de 96%.

- Biotransformação / Metabolismo

A bromocriptina sofre uma biotransformação extensiva de primeira passagem no fígado, refletida por um perfil de

metabólitos complexos e pela ausência quase completa do medicamento inalterado na urina e nas fezes. Isto mostra uma

alta afinidade pelo CYP3A e as hidroxilações no anel de prolina da porção média do ciclopeptídeo constituem uma via

metabólica principal. Inibidores e/ou potentes substratos para CYP3A4 podem inibir o clearance (depuração) de

bromocriptina e elevar os seus níveis. A bromocriptina é também, um potente inibidor do CYP3A4 com um valor

calculado de IC50 de 1,69 microM. Entretanto, devido à baixa concentração terapêutica de bromocriptina livre em

pacientes, não deve ser esperada uma alteração significante do metabolismo de medicamentos secundários cujo

clearance (depuração) é mediado pelo CYP3A4.

- Eliminação

A eliminação plasmática do medicamento inalterado é bifásica, com meia-vida terminal de cerca de 15 horas (variação

de 8 a 20 horas). O medicamento inalterado e seus metabólitos são excretados quase que completamente pelo fígado,

sendo que somente 6% são eliminados pelos rins.

Populações especiais

- Idosos

O efeito da idade sobre a farmacocinética da bromocriptina e seus metabólitos não foi avaliado.

- Insuficiência hepática

Em pacientes com função hepática prejudicada, a velocidade de eliminação pode ficar mais lenta e os níveis plasmáticos

aumentados.

- Insuficiência renal

O efeito da função renal sobre a farmacocinética da bromocriptina não foi avaliado. O fármaco inalterado e seus

metabólitos são quase completamente excretados pela via hepática e apenas 6% é eliminado pela via renal. Portanto, é

pouco provável que haja impacto para pacientes com insuficiência renal.

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Estudos clínicos

é um produto estabelecido. Nenhum estudo clínico recente foi conduzido.

Dados de segurança pré-clínicos

Os dados de segurança pré-clínicos para Parlodel®

(bromocriptina) não revelaram danos especiais para humanos,

baseados nos estudos convencionais de segurança farmacológica, toxicidade de dose única e de doses repetidas,

genotoxicidade, mutagenicidade, potencial carcinogênico, ou toxicidade para reprodução.

Efeitos em estudos pré-clínicos foram observados apenas em exposições consideradas suficientemente excessivas à

exposição humana máxima, indicando pequena relevância para uso clínico.

Carcinomas uterinos foram observados apenas em estudos pré-clínicos com ratos em altas doses. Esses carcinomas são

considerados devido à sensibilidade espécie-específica dos animais teste à atividade farmacológica da bromocriptina.

4. CONTRAINDICAÇÕES

Parlodel®

não deve ser administrado para:

• Hipertensão não controlada, distúrbios hipertensivos da gravidez (inclusive eclâmpsia, pré-eclâmpsia ou

hipertensão induzida pela gravidez), hipertensão pós-parto e no puerpério;

• Toxemia gravídica

• Hipersensibilidade a qualquer alcaloide do ergot ou a quaisquer componentes da formulação;

• Gravidez diagnosticada ou presumida, em qualquer indicação do Parlodel®

(bromocriptina);

• Inibição da lactação fisiológica;

• Disfunção do ciclo menstrual (síndrome pré-menstrual);

• Galactorreia com ou sem amenorreia: no pós-parto; idiopática; tumoral; por fármacos;

• Ingurgitamento mamário puerperal;

• Fase lútea curta;

• Em período pós-parto, em mulheres com história de doença cardiovascular;

• Crianças menores de 15 anos;

• Sintomas e/ou história de distúrbios psíquicos sérios;

• Doença da artéria coronária e outras condições cardiovasculares graves.

Este medicamento é contraindicado para uso por mulheres que estejam amamentando

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

Advertências

Deve-se tomar precauções com:

•Pacientes com problemas renais ou hepáticos;

•Pacientes com história de psicoses ou doenças cardiovasculares;

•Pacientes com história de úlcera gástrica, principalmente em pacientes acromegálicos.

A administração de Parlodel®

(bromocriptina) concomitante com outras medicações que baixam a pressão arterial, ou

em pacientes que recentemente receberam medicamentos que alteram a pressão arterial devem, periodicamente, receber

monitoramento da pressão arterial, particularmente durante as primeiras semanas de tratamento.

Doses elevadas de Parlodel®

(bromocriptina), as quais podem diminuir ou inibir o fluxo salivar, contribui para o

desenvolvimento de cáries, doenças periodontais, candidíase oral.

Pacientes tratados com Parlodel®

(bromocriptina) e que fazem uso de contraceptivos orais devem ser orientados a

utilizar outras medidas contraceptivas.

Gastrointestinal

Têm sido revelados poucos casos de sangramento gastrintestinal e úlcera gástrica. Se ocorrerem tais reações, o

tratamento com Parlodel®

deve ser interrompido. Os pacientes com história ou evidência de úlcera péptica devem ser

cuidadosamente monitorados quando receberem o medicamento.

Quando o medicamento é usado no tratamento de outras afecções, aconselha-se observar periodicamente a pressão

arterial. Caso se desenvolva hipertensão ou cefaleia renitente, grave e progressiva (com ou sem perturbações visuais),

ou evidência de toxicidade do SNC, deve-se descontinuar a administração de Parlodel®

e o paciente deve ser avaliado

imediatamente.

Condições fibróticas

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Foram relatados ocasionalmente em alguns pacientes que usam Parlodel®

, especialmente os com tratamento prolongado

e altas doses, efusões pleural e pericárdica, bem como fibrose pleural e pulmonar e pericardite constritiva. Pacientes

com distúrbios pleuropulmonares inexplicados devem ser examinados completamente e a terapia com Parlodel®

deve

ser descontinuada.

Em alguns pacientes, particularmente aqueles com tratamentos prolongados e altas doses, foi relatado fibrose

retroperitoneal. Para assegurar o reconhecimento da fibrose retroperitoneal no estágio precoce reversível é recomendado

que suas manifestações (por ex. dor nas costas, edema dos membros inferiores, função renal prejudicada) sejam

acompanhadas nesta categoria de pacientes. Parlodel®

deve ser retirado se mudanças fibróticas no retroperitôneo forem

diagnosticadas ou suspeitas.

Transtorno do controle dos impulsos

Os pacientes devem ser regularmente monitorados quanto ao desenvolvimento de transtornos do controle dos impulsos.

Pacientes e cuidadores devem ser alertados sobre os sintomas comportamentais dos transtornos do controle dos

impulsos, incluindo jogo patológico, aumento da libido, hipersexualidade, compulsão por gastar ou comprar, compulsão

por comer, que podem ocorrer em pacientes tratados com agonistas dopaminérgicos, incluindo Parlodel®

. Redução da

dose ou descontinuação do tratamento devem ser considerados caso tais sintomas se desenvolvam.

Pacientes com adenoma secretor de prolactina

Uma vez que a hiperprolactemia e a infertilidade têm sido associadas com tumores da hipófise, uma completa avaliação

da hipófise é indicada antes do tratamento com Parlodel®

(bromocriptina). Uma vez que os pacientes com

macroadenomas da hipófise também são acompanhados de hipopituitarismo decorrente de compressão ou destruição do

tecido hipofisário, deve-se realizar uma completa avaliação das funções hipofisárias e adotar uma terapia de substituição

adequada antes da utilização de Parlodel®

. Em pacientes com insuficiência secundária da adrenal, a substituição com

corticosteroides é essencial.

A avaliação do tamanho do tumor em pacientes com macroadenomas hipofisários deve ser cuidadosamente monitorada

e, se houver evidências de expansão do tumor, deve-se considerar procedimento cirúrgico.

Se ocorrer gravidez após a administração de Parlodel®

em pacientes com adenomas, é imprescindível uma observação

cuidadosa. Os adenomas secretores de prolactina podem expandir durante a gravidez. Nesses pacientes, o tratamento

com Parlodel®

resulta, frequentemente, em diminuição do tumor e no rápido desenvolvimento dos defeitos do campo

visual. Em casos graves, a compressão de outro nervo craniano ou óptico pode necessitar de cirurgia emergencial da

hipófise.

O comprometimento do campo visual é uma conhecida complicação de macroprolactinoma. O tratamento efetivo com

Parlodel®

leva a uma redução em hiperprolactinemia e frequentemente a uma resolução do comprometimento visual.

Entretanto, em alguns pacientes, uma deterioração secundária dos campos visuais pode subsequentemente desenvolver-

se apesar dos níveis normalizados de prolactina e diminuição do tumor, que pode resultar a partir da tração no quiasma

óptico o qual é rebaixado para a sela agora parcialmente vazia. Nestes casos o defeito do campo visual pode melhorar

na redução da dosagem de bromocriptina enquanto houver alguma elevação de prolactina e alguma reexpansão do

tumor. A monitoração dos campos visuais em pacientes com macroprolactinoma é, portanto, recomendada para um

reconhecimento precoce da perda de campo secundário devido à herniação quiasmal e adaptação da dosagem do

medicamento.

Em alguns pacientes com adenomas secretores de prolactina, tratados com Parlodel®

, foi observado rinorreia de líquido

cefalorraquidiano. Os dados disponíveis sugerem que isto pode ser resultado do encolhimento do tumor invasivo.

Pacientes com problemas hereditários de intolerância a galactose, de deficiência grave de lactase ou malabsorção de

glicose-galactose não devem tomar este medicamento.

Pacientes idosos (65 anos ou mais)

Estudos clínicos com Parlodel®

não incluíram um número suficiente de indivíduos com 65 anos ou mais para determinar

se os idosos respondem diferentemente dos indivíduos mais jovens. Entretanto, outros relatos de experiência clínica,

incluindo relatos de eventos adversos pós-comercialização, não identificaram diferenças na resposta ou tolerabilidade

entre idosos e pacientes mais jovens.

Ainda que, não tenha sido observada variação nos perfis de reação adversa em pacientes idosos em tratamento com

, uma importante sensibilidade em alguns indivíduos idosos não pode ser descartada. Em geral, a escolha da

dose para um paciente idoso deve ser cuidadosa, começando com a mais baixa e terminando na faixa de dose, atentar

para as frequentes e importantes diminuições na função hepática, renal ou cardíaca e nas doenças concomitantes ou

terapias com outros medicamentos nessa população.

Adolescentes

A eficácia e a segurança da bromocriptina em pacientes pediátricos foram estabelecidas apenas nas indicações para

adenomas que secretam prolactina e para acromegalia, em pacientes acima de 15 anos de idade. Entretanto, outros

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relatos de experiências clínicas, incluindo relatos de eventos adversos após comercialização, não identificaram

diferenças na tolerabilidade entre adultos e adolescentes. Ainda que, não tenha sido observada variação nos perfis de

reação adversa em pacientes pediátricos em tratamento com Parlodel®

, uma importante sensibilidade em alguns

indivíduos jovens não pode ser descartada, e recomenda-se que a titulação de dose em pacientes pediátricos seja

cuidadosa.

Efeitos sobre a habilidade de dirigir veículos e/ ou operar máquinas

Uma vez que reações hipotensivas podem ocorrer ocasionalmente e resultar em diminuição do estado de alerta,

especialmente durante os primeiros dias de tratamento, deve-se ter cautela ao dirigir veículos e/ou operar máquinas.

foi associado com sonolência e episódios de início súbito de sono, particularmente em pacientes com doença

de Parkinson. Foram relatados muito raramente casos de início súbito de sono durante as atividades diárias, em alguns

casos sem consciência ou sinais de aviso. Os pacientes devem ser informados disso e alertados a não dirigir veículos ou

operar máquinas durante o tratamento com bromocriptina. Pacientes que tiverem experimentado sonolência e/ou um

episódio de início súbito de sono não devem dirigir veículos ou operar máquinas. Além disso, uma redução da dosagem

ou término da terapia deve ser considerada.

Gravidez e lactação

- Gravidez

Assim como ocorre com outras drogas, Parlodel®

deverá ser descontinuado assim que a gravidez for confirmada em

mulheres a menos que haja uma razão terapêutica para continuar. Não se tem observado aumento da incidência de

aborto após a retirada de Parlodel®

neste período. A experiência clínica indica que Parlodel®

, administrado durante a

gravidez, não afetou adversamente o curso ou o fim da gravidez.

Se ocorrer gravidez na presença de adenoma de hipófise e o tratamento com Parlodel®

tiver que ser interrompido, é

essencial uma supervisão precisa desde o início até o fim da gravidez. Em pacientes que demonstrarem sintomas de

aumento de prolactinoma, por exemplo, cefaleia ou deterioração do campo visual, o tratamento com Parlodel®

pode ser

restabelecido ou, apropriadamente, pode-se realizar uma cirurgia.

Este medicamento pertence à categoria de risco B na gravidez.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.

- Lactação

Uma vez que Parlodel®

inibe a lactação, ele não deve ser administrado a mães que amamentam.

- Mulheres com potencial de engravidar

A fertilidade pode ser restaurada pelo tratamento com Parlodel®

. Mulheres em idade fértil que não pretendem

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

Interações observadas a serem consideradas

Substratos / inibidores de CYP3A4

A bromocriptina é um substrato e um inibidor do CYP3A4 (vide “Características farmacológicas”). Portanto deve-se ter

cuidado quando são coadministrados medicamentos que são fortes inibidores e/ou substratos desta enzima

(antimicóticos azóis, inibidores da HIV protease). O uso concomitante de antibióticos macrolídeos tais como

eritromicina ou josamicina mostraram um aumento dos níveis plasmáticos de bromocriptina. O tratamento concomitante

de pacientes acromegálicos com bromocriptina e octreotida levou a um aumento nos níveis plasmáticos de

bromocriptina.

Medicamentos simpatomiméticos

A coadministração de simpatomiméticos como fenilpropanolamina e bromocriptina pode levar à hipertensão e cefaleia

intensa (vide “Advertências e precauções”).

Sumatriptano

A coadministração de sumatriptano pode potencializar o risco de reações vasoespásticas, devido ao efeito

farmacológico aditivo.

Alcaloides do ergot

A coadministração pode aumentar a atividade estimulante de dopamina, levando a efeitos adversos dopaminérgicos,

como cefaleia, náusea, vômito (vide “Advertências e precauções”).

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Antagonistas de receptores dopaminérgicos

Parlodel®

exerce seu efeito terapêutico pela estimulação de receptores de dopamina central, antagonistas de dopamina

tais como antipsicóticos (fenotiazinas, butirofenonas e tioxantenas), e também metoclopramida e domperidona podem

reduzir a atividade de Parlodel®

.

Álcool

O álcool pode potencializar os efeitos colaterais de Parlodel®

(bromocriptina), bem como reduzir a tolerabilidade a este

medicamento.

Não se recomenda o uso concomitante de Parlodel®

(bromocriptina) e outros alcaloides do ergot.

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

Os comprimidos devem ser acondicionados em temperatura ambiente (entre 15 e 30°C).

O prazo de validade é de 12 meses a partir da data de fabricação.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Aspecto

Comprimido de 2,5 mg branco e redondo.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

Modo de usar

Parlodel®

deve sempre ser administrado com alimentos. É recomendável tomar o medicamento antes de dormir e com

leite para prevenir o aparecimento de náuseas.

Posologia

O princípio básico da terapia com Parlodel®

é iniciar o tratamento com doses baixas e, em doses individuais, aumentar

lentamente a dose diária até uma resposta terapêutica máxima a ser alcançada.

• Estados hiperprolactinêmicos, incluindo amenorreia, infertilidade feminina e hipogonadismo: dose inicial de

1,25 mg (meio comprimido) a 2,5 mg por dia. Doses adicionais de 2,5 mg/dia podem ser administradas a cada

3 a 7 dias até que uma resposta terapêutica adequada seja alcançada. A dose terapêutica usual é de 5 mg a 7,5

mg.

• Adenomas: 1,25 mg (meio comprimido) a 2,5 mg por dia, aumentando gradativamente a dose até que se

consiga manter os níveis plasmáticos de prolactina adequadamente suprimidos.

Para indivíduos entre 15 e 17 anos: 1,25 mg (meio comprimido) duas ou três vezes por dia, aumentar gradativamente a

quantidade diária de comprimidos requeridas para manter a prolactina plasmática adequadamente suprimida. A dose

máxima diária recomendada para indivíduos entre 15 e 17 anos é 20 mg.

• Acromegalia: dose inicial é de 1,25 mg (meio comprimido) a 2,5 mg/dia. Doses adicionais de 1,25 mg a 2,5

mg a cada 3 a 7 dias podem ser administradas até que uma resposta terapêutica adequada seja alcançada.

Pacientes devem ser reavaliados mensalmente e a dose ajustada, baseada na redução do hormônio de

crescimento ou da resposta clínica. A dose usual varia de 20 a 30 mg/dia na maioria dos pacientes.

Para indivíduos com idade entre 15 e 17 anos: Inicialmente 1,25 mg (meio comprimido) duas ou três vezes por dia,

aumentar gradativamente a quantidade diária de comprimidos dependendo da resposta clínica e das reações adversas. A

dose máxima diária recomendada para indivíduos com idade entre 15 e 17 anos é 20 mg.

Pacientes submetidos à irradiação da hipófise devem descontinuar Parlodel®

para uma avaliação, tanto dos efeitos

clínicos da irradiação sobre o desenvolvimento da doença como do uso do Parlodel®

. O período adequado para tal

retirada é de 4 a 8 semanas. A recorrência dos sinais ou sintomas ou aumento do hormônio do crescimento indicam que

a doença ainda está ativa e novo tratamento com Parlodel®

deve ser considerado.

• Doença de Parkinson: a dosagem de levodopa, durante o período introdutório deste medicamento, deve ser

mantida, se possível. A dose inicial de Parlodel®

é de 1,25 mg (meio comprimido) a 2,5 mg/dia, em duas

tomadas com as refeições. Avaliações a cada 2 semanas são aconselháveis para assegurar que doses mais

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baixas possam produzir o efeito terapêutico desejado. Se necessário, a dose pode ser aumentada a cada 14 - 28

dias com 2,5 mg/dia, administradas com as refeições. Neste momento, é aconselhável reduzir as doses de

levodopa devido aos efeitos adversos.

Populações especiais

- Idosos (65 anos ou mais)

Embora nenhuma variação na eficácia ou no perfil de reações adversas tenha sido observada em pacientes idosos

utilizando Parlodel®

, uma maior sensibilidade em alguns idosos não pode ser descartada. Geralmente, a titulação da

dose para pacientes idosos deve ser cautelosa, iniciando-se com a menor dosagem da faixa posológica, refletindo a

maior frequência na diminuição das funções hepáticas, renais ou cardíacas e doenças concomitantes ou outras terapias

medicamentosas nesta população.

- Insuficiência renal

Não foram conduzidos estudos em pacientes com insuficiência renal.

- Insuficiência hepática

Não foram conduzidos estudos em pacientes com insuficiência hepática.

Este medicamento não deve ser mastigado.

9. REAÇÕES ADVERSAS

As seguintes reações adversas com Parlodel®

foram derivadas de múltiplas fontes, incluindo estudos clínicos e

experiência de pós-comercialização, através de relatos espontâneos e casos da literatura (Tabela 1) e estão listadas de

acordo o sistema de classes de órgão do MedDRA. Dentro de cada sistema de classe de órgão, as reações adversas são

classificadas por frequência, com as reações mais frequentes primeiro. Dentro de cada grupo de frequência, as reações

adversas são apresentadas em ordem decrescente de gravidade. Adicionalmente, a categoria de frequência

correspondente a cada reação adversa ao medicamento é baseada na seguinte convenção (CIOMS III): muito comum (≥

1/10); comum (≥ 1/100, < 1/10); incomum (≥ 1/1.000, < 1/100); rara (≥ 1/10.000, < 1/1.000); muito rara (< 1/10.000) e

desconhecida.

Tabela 1 – Reações adversas ao medicamento

Distúrbios Psiquiátricos

Incomuns: Estado confusional, hiperatividade psicomotora, alucinações

Raras: Distúrbios psicóticos, insônia

Desconhecida: Transtorno do controle dos impulsos*

Distúrbios do Sistema Nervoso

Comuns: Dor de cabeça, sonolência, vertigem

Incomum: Discinesia

Raras: Parestesia

Muito raras: Início súbito de sono

Distúrbios oculares

Raras: Distúbios visuais, visão borrada

Distúrbios auriculares e do labirinto

Rara: Tinnitus (zumbido)

Distúrbios cardíacos

Raras: Efusão pericárdica, pericardite constrictiva, taquicardia, bradicardia, arritmia

Muito rara: Fibrose da válvula cardíaca

Distúrbios vasculares

Incomuns: Hipotensão, hipotensão ortostática (muito raramente levando a síncope)

Muito rara: Palidez reversível dos dedos da mão e dos pés induzido pelo frio

(especialmente em pacientes com história do fenômeno de Raynaud)

Distúrbios respiratórios, torácicos e mediastinais

Comum: Congestão nasal

Raras: Efusão pleural, fibrose pleural, pleurisia, fibrose pulmonar, dispneia

Distúrbios gastrointestinais

Comuns: Náusea, constipação, vômitos

Incomum: Boca seca

Raras: Diarreia, dor abdominal, fibrose retroperitoneal, úlcera gastrintestinal,

VPS4 = Parlodel_Bula_Profissional 9

hemorragia gastrintestinal

Distúrbios da pele e de tecidos subcutâneos

Incomuns: Dermatite alérgica, alopecia

Distúrbios musculoesqueléticos e de tecidos conjuntivos

Incomum: Espasmos musculares

Distúrbios gerais e condições do local de aplicação

Incomum: Fadiga

Rara: Edema periférico

Muito rara: Uma síndrome semelhante à Síndrome Maligna Neuroléptica com a retirada

abrupta de Parlodel®

*Distúrbio do controle dos impulsos

Jogo patológico, aumento da libido, hipersexualidade, compulsão por gastar ou comprar e compulsão por comer podem

ocorrer em pacientes tratados com agonistas dopaminérgicos, incluindo Parlodel®

(vide “Advertências e precauções”).

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária - NOTIVISA,

disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou

Municipal.

10. SUPERDOSE

Sinais e sintomas

Os sintomas observados na superdose foram náuseas, vômitos, vertigem, hipotensão, hipotensão postural, taquicardia,

sonolência, confusão, letargia, ilusões, alucinações, bocejos repetidos, sudorese, palidez e mal-estar.

Há relatos isolados que crianças ingeriram acidentalmente Parlodel®

. Os eventos adversos relatados foram: vômito,

sonolência e febre. Os pacientes recuperaram-se espontaneamente dentro de poucas horas ou após conduta adequada.

Tratamento da superdose

No caso de superdose, é recomendado remover a droga por emese se o paciente estiver consciente, lavagem gástrica,

carvão ativado e catarse salina.. Fazer controle hídrico rigoroso e da hipotensão.

O controle da intoxicação aguda é sintomático. Pode-se indicar a metoclopramida para o tratamento da emese ou das

alucinações.

Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.