Bula do Parnate para o Profissional

Bula do Parnate produzido pelo laboratorio Glaxosmithkline Brasil Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

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Bula do Parnate
Glaxosmithkline Brasil Ltda - Profissional

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BULA COMPLETA DO PARNATE PARA O PROFISSIONAL

Parnate

GlaxoSmithKline Brasil Ltda.

Comprimidos revestidos

10mg

Modelo de texto de bula – Profissional de Saúde

Parnate®

1

LEIA ATENTAMENTE ESTA BULA ANTES DE INICIAR O TRATAMENTO

I - IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO

Parnate

sulfato de tranilcipromina

APRESENTAÇÃO

é apresentado em embalagem com 20 comprimidos revestidos contendo 10mg.

USO ORAL

USO ADULTO

COMPOSIÇÃO

Cada comprimido contém:

tranilcipromina.................................10 mg

(equivalentes a 13,70 mg de sulfato de tranilcipromina)

excipientes* q.s.p. ..............................................1 comprimido

* lactose, celulose microcristalina, amidoglicolato de sódio, dióxido de silício coloidal, estearato de magnésio, Opadry®

rosa

(hipromelose, dióxido de titânio, polietilenoglicol, FD&C amarelo 06 alumínio laca, D&C vermelho 7 cálcio laca, FD&C azul 2

alumínio laca) e Opadry

®

branco (hipromelose, dióxido de titânio, polietilenoglicol).

II – INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

1. INDICAÇÕES

Parnate

(tranilcipromina) é indicado para o tratamento da depressão. No entanto, seu uso não é recomendado em estados

depressivos leves resultantes de problemas ocasionais e transitórios.

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

A eficácia da tranilcipromina foi avaliada em seis estudos controlados, em população de pacientes com depressão refratária. Nestes

estudos a taxa de resposta média encontrada foi de 50% (variando entre 29% e 75%) [1, 2, 3, 4, 5, 6]. Recentemente um estudo

naturalístico, que teve como objetivo avaliar a efetividade dos tratamentos para pacientes com depressão maior, conduzido nos EUA

e denominado STAR-D, avaliou o uso de tranilcipromina em um dos níveis de tratamento. Neste estudo a tranilcipromina foi

utilizada no nível 4, após sucessivas falhas a tratamentos anteriores, e resultou em taxa de remissão de 7% [7]

[1] Amsterdam JD, Berwish NJ. High dose tranylcypromine therapy for refractory depression. Pharmacopsychiatry. 1989

Jan;22(1):21-5.

[2] Birkenhäger TK, van den Broek WW, Mulder PG, Bruijn JA, Moleman P. Efficacy and tolerability of tranylcypromine versus

phenelzine: a double-blind study in antidepressant-refractory depressed inpatients. J Clin Psychiatry. 2004 Nov;65(11):1505-10.

[3] Nolen WA, Haffmans PM, Bouvy PF, Duivenvoorden HJ. Monoamine oxidase inhibitors in resistant major depression. A

double-blind comparison of brofaromine and tranylcypromine in patients resistant to tricyclic antidepressants. J Affect Disord. 1993

Jul;28(3):189-97.

[4] Nolen WA. Tranylcypromine in depression resistant to cyclic antidepressions. Prog Neuropsychopharmacol Biol Psychiatry.

1989;13(1-2):155-8.

[5] Nolen WA, van de Putte JJ, Dijken WA, Kamp JS, Blansjaar BA, Kramer HJ, Haffmans J. Treatment strategy in depression. II.

MAO inhibitors in depression resistant to cyclic antidepressants: two controlled crossover studies with tranylcypromine versus L-5-

hydroxytryptophan and nomifensine. Acta Psychiatr Scand. 1988 Dec;78(6):676-83.

[6] Thase ME, Frank E, Mallinger AG, Hamer T, Kupfer DJ. Treatment of imipramine-resistant recurrent depression, III: Efficacy

of monoamine oxidase inhibitors. J Clin Psychiatry. 1992 Jan;53(1):5-11.

[7] McGrath PJ, Stewart JW, Fava M, Trivedi MH, Wisniewski SR, Nierenberg AA, Thase ME, Davis L, Biggs MM, Shores-

Wilson K, Luther JF, Niederehe G, Warden D, Rush AJ. Tranylcypromine versus venlafaxine plus mirtazapine following three

failed antidepressant medication trials for depression: a STAR*D report. Am J Psychiatry. 2006 Sep;163(9):1531-41.

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

Propriedades farmacodinâmicas

Mecanismo de ação

A tranilcipromina é um inibidor da monoaminoxidase não-hidrazínico e com rápido início de ação. Esta droga eleva a concentração

de epinefrina, norepinefrina e serotonina nos sítios de armazenamento, em todo o sistema nervoso. Em teoria, a elevação da

concentração dessas monoaminas no tronco encefálico é fundamental para a ação antidepressiva da tranilcipromina.

Efeitos farmacodinâmicos

Quando a administração da tranilcipromina é suspensa, a atividade da monoaminoxidase é recuperada em três a cinco dias, embora a

excreção total da droga ocorra nas primeiras 24 horas.

Propriedades farmacocinéticas

Absorção

Após uso oral, a tranilcipromina é rapidamente absorvida pelo trato gastrintestinal. As concentrações plasmáticas máximas são

alcançadas uma hora após a administração.

Distribuição

A tranilcipromina é amplamente distribuída por todo o organismo.

Eliminação

A droga é excretada na urina, principalmente sob a forma de metabólitos.

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4. CONTRAINDICAÇÕES

Como os efeitos de várias drogas antidepressivas (inclusive cloridrato de buspirona) persistem por vários dias, o tratamento com

Parnate

(tranilcipromina) só deve ser iniciado uma semana após a descontinuação daquelas drogas. De modo similar, aguarde uma

semana entre a descontinuação de Parnate

e a administração de qualquer outro medicamento cujo uso concomitante com

seja contraindicado.

A tranilcipromina está contraindicada:

- a pacientes com história prévia de hipersensibilidade à tranilcipromina ou aos outros componentes do medicamento (ver

Composição, em Identificação do Medicamento).

- a pacientes com doença vascular cerebral ou cardiovascular, hipertensão, história de dor de cabeça recorrente ou frequente, lesão

hepática ou discrasias sanguíneas. Tranilcipromina não deve ser administrada a qualquer paciente com suspeita ou confirmação de

doença vascular cerebral, doença cardiovascular ou hipertensão.

- a portadores de feocromocitoma. A tranilcipromina não deve ser usada por indivíduos com diagnóstico, ou mesmo suspeita, de

feocromocitoma, pois esses tumores secretam substâncias vasopressoras.

- em combinação com outros inibidores da MAO, como furazolidona, isocarboxazida, nialamida, pargilina e fenelzina.

- em combinação com derivados dibenzazepínicos, como amitriptilina, desipramina, imipramina, nortriptilina, protriptilina e

carbamazepina, pois essas combinações podem induzir crises hipertensivas ou convulsões graves.

- em combinação com simpaticomiméticos (incluindo anfetaminas, efedrina, metildopa, dopamina e levodopa), bem como

triptofano. Essas combinações podem resultar em potencialização, precipitando hipertensão, cefaleia grave e hiperpirexia.

Hemorragia cerebral também pode ocorrer. Esses compostos podem ser encontrados em muitas preparações à base de ervas, em

fármacos de venda livre, como medicamentos para resfriados, febre do feno, bem como em bebidas energéticas e para redução de

peso.

- em combinação com inibidores seletivos de recaptação da serotonina (ISRSs) ou inibidores seletivos de recaptação da

noradrenalina (ISRNs, por exemplo, venlafaxina). Há relatos de reações graves, algumas vezes fatais, ao uso dos inibidores da MAO

antes, concomitantemente ou pouco após a descontinuação dos ISRSs ou ISRNs. Recomenda-se que os inibidores da MAO não

sejam usados em combinação com ISRSs ou ISRNs. Caso os ISRSs ou ISRNs e inibidores da MAO sejam utilizados

consecutivamente, um período de washout adequado deve ser observado, conforme indicado a seguir. Porém, as informações

descritas nas bulas de cada medicamento devem ser previamente consultadas.

Períodos de washout:

- em combinação com inibidores da MAO seguidos por ISRSs ou ISRNs (por exemplo, venlafaxina) – duas semanas.

- em combinação com fluoxetina seguida por inibidores da MAO – cinco semanas.

- em combinação com outros ISRSs seguidos por inibidores da MAO – duas semanas.

- em combinação com ISRNs (por exemplo, venlafaxina) seguidos por inibidores da MAO – uma semana

- em combinação com dextrometorfano. Há relatos de que a combinação de inibidores da MAO com dextrometorfano pode causar

episódios curtos de psicose ou de comportamento bizarro.

- em combinação com alimentos com alto teor de tiramina. Quando quantidades excessivas de tiramina são consumidas juntamente

com tranilcipromina ou em um período de até duas semanas após a interrupção do tratamento, uma reação hipertensiva grave, e

algumas vezes fatal, pode ocorrer [9].

Recomendações gerais

A tiramina ocorre naturalmente em alguns alimentos ou pode ocorrer a partir da ruptura bacteriana da proteína em alimentos

fermentados, envelhecidos ou que estão deteriorados.

Alimentos que seguramente tenham demonstrado conter alto teor de tiramina e aqueles sobre os quais existam relatos de indução à

reação hipertensiva grave (ver lista abaixo) são contraindicados para consumo com tranilcipromina.

Alimentos que são contraindicados em combinação com tranilcipromina:

- todos os queijos maturados ou envelhecidos (Nota: Todos os queijos são considerados maturados ou envelhecidos, à exceção do

cottage, cream cheese, ricota e queijo processado. Todos os laticínios, desde que sejam frescos, à exceção dos queijos, podem ser

consumidos);

- todas as carnes, peixes e aves envelhecidos, curados ou fermentados (Nota: Carne, peixes ou aves que não tenham sido submetidos

a envelhecimento, cura ou fermentação e que sejam comprados frescos, conservados corretamente e consumidos frescos não são

contraindicados);

- todos os produtos de soja fermentados (por exemplo: molho de soja, missô [pasta de soja], tofu fermentado);

- chucrute;

- fava ou vagens de fava;

- casca de banana (mas não a polpa);

- extratos de levedura concentrados (por exemplo: pastas Marmite ou Vegemite);

- todo tipo de cerveja servida com pressão/por torneira (chope). (Nota: Algumas cervejas engarrafadas, incluindo cerveja não-

alcoólica, também podem representar risco).

Os pacientes deve ser aconselhados a reduzir o consumo ou evitar todos os tipo de bebidas alcoólicas enquanto estiverem em

tratamento com tranilcipromina.

Os pacientes devem ser aconselhados a adotar as seguintes orientações de dieta quanto ao consumo de alimentos frescos:

Alguns alimentos podem ser deliberadamente envelhecidos como parte de seu processamento, sendo contraindicados (ver lista

acima). Os alimentos também podem envelhecer naturalmente com o tempo, mesmo que sejam mantidos refrigerados. Portanto, é

extremamente importante que os pacientes sejam instruídos a comprar e consumir apenas alimentos frescos ou aqueles que tenham

sido adequadamente congelados. Os pacientes devem evitar ingerir alimentos se não estiverem seguros das condições de

conservação ou do frescor, e também devem ser cautelosos com alimentos cuja idade ou composição sejam desconhecidas, mesmo

que tenham sido mantidos refrigerados.

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Quanto maior o período de tempo durante o qual um alimento se deteriora e quanto maior a quantidade de alimento consumida,

maior é a quantidade potencial de tiramina ingerida. Quando houver dúvidas, os pacientes devem ser aconselhados a evitar o

alimento ou consumi-lo com extrema moderação, se não for contraindicado.

Os pacientes também devem ser alertados de que os níveis de tiramina podem variar de acordo com a marca e até mesmo com o lote

de um alimento. E de que cada pessoa pode absorver quantidades diferentes de tiramina de um mesmo alimento específico em

horários diferentes. Portanto, se consumiram acidentalmente um alimento proibido em uma ocasião e não tiveram nenhuma reação,

isso não significa que não terão uma reação hipertensiva grave se consumirem o mesmo alimento em outra ocasião.

Este medicamento é contraindicado para uso por pacientes portadores de feocromocitoma.

Este medicamento é contraindicado para uso por pacientes com doença vascular cerebral ou cardiovascular, hipertensão,

história de dor de cabeça recorrente ou frequente, lesão hepática ou discrasias sanguíneas.

Categoria D de risco na gravidez.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico

em caso de suspeita de gravidez.

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

O uso de Parnate

deve ser supervisionado rigorosamente:

- Parnate

deve ser administrado com a máxima cautela quando utilizado com as seguintes drogas: guanetidina, pois sua ação pode

ser antagonizada; reserpina, porque pode ocorrer hiperatividade; outros agentes hipotensores, devido à possibilidade de ocorrerem

efeitos hipotensores sinérgicos; barbituratos, pois sua ação pode ser prolongada ou potencializada; agentes antiparkinsonianos, pois

a combinação pode provocar potencialização, com sudorese profusa, tremores e elevação da temperatura corporal; cloridrato de

clomipramina, pois foi relatado que a combinação dessa droga com um IMAO pode causar hiperpirexia, coagulação intravascular

disseminada e estado epiléptico; e petidina, pois foi relatado que a combinação dessa droga com um IMAO pode provocar aumento

nos efeitos associados à serotonina levando à síndrome serotoninérgica.

- em pacientes idosos. Há possibilidade de esclerose cerebral, com lesão de vasos sanguíneos.

- em pacientes diabéticos. Alguns IMAOs têm contribuído para o desenvolvimento de episódios de hipoglicemia em diabéticos

tratados com insulina ou com agentes hipoglicemiantes orais. Parnate

deve ser usado com cautela em diabéticos sob tratamento

com essas drogas.

- em pacientes epilépticos. Como a influência da tranilcipromina no limiar convulsivo mostrou ser variável em animais de

laboratório, devem ser tomadas as precauções cabíveis se pacientes epiléticos forem tratados com Parnate

.

- antes de cirurgias. Embora a excreção de tranilcipromina seja rápida, é aconselhável descontinuar a terapia com Parnate

pelo

menos sete dias antes da cirurgia, devido à possível interferência na ação de certos agentes anestésicos e analgésicos.

- na gravidez. O uso de qualquer droga durante a gravidez ou a lactação requer que sejam ponderados os benefícios potenciais e os

possíveis riscos para a mãe e a criança. Estudos de reprodução animal demonstraram que Parnate

atravessa a barreira placentária

de ratas. O medicamento também foi detectado no leite de cadelas lactantes..

Categoria de risco D na gravidez:

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico

em caso de suspeita de gravidez.

- em pacientes com comprometimento da função renal. Existe a possibilidade de efeitos cumulativos nesses pacientes.

- em pacientes com hipertireoidismo. Esses pacientes têm sensibilidade aumentada às aminas vasopressoras.

Os IMAO podem suprimir a dor anginosa, que, se presente, serviria como indicação de isquemia miocárdica.

Há relatos de pacientes que desenvolvem dependência farmacológica à tranilcipromina. Alguns desses pacientes têm histórico de

abuso de substâncias.

Crianças e adolescentes (menores de 18 anos)

O tratamento com antidepressivos está associado a aumento do risco de pensamentos e comportamentos suicidas em crianças e

adolescentes com transtorno depressivo maior ou com outros transtornos psiquiátricos. (ver Posologia e Modo de Usar).

Não é recomendado o uso de Parnate

em crianças.

Piora do quadro clínico e risco de suicídio em adultos com transtornos psiquiátricos

Pacientes com depressão podem apresentar agravamento dos sintomas depressivos e/ou surgimento de pensamentos e

comportamentos suicidas, estejam ou não em tratamento com medicamentos antidepressivos. O risco permanece até que se observe

uma regressão significativa do quadro. Como a melhora pode ocorrer somente depois das primeiras semanas de tratamento, os

pacientes devem ser monitorados cuidadosamente quanto à piora do quadro clínico (o que inclui o desenvolvimento de novos

sintomas) e da tendência suicida, especialmente no início de um ciclo de tratamento ou no momento de alterar as doses, seja para

mais, seja para menos. Conforme experiência clínica geral com todas as terapias antidepressivas, o risco de suicídio pode aumentar

nos primeiros estágios da recuperação.

Pacientes com histórico de pensamentos ou comportamentos suicidas, adultos jovens e pacientes que demonstram um grau

significativo de ideação suicida antes de iniciar o tratamento têm maior risco de apresentar pensamentos suicidas e praticar tentativa

de suicídio e devem ser monitorados rigorosamente durante o uso deste medicamento.

A meta-análise de estudos clínicos placebo-controlados com drogas antidepressivas em adultos com transtorno depressivo maior ou

com outros transtornos psiquiátricos mostrou um aumento do risco de pensamentos e comportamentos suicidas associados ao uso

dos antidepressivos quando comparados ao estudo placebo em pacientes com menos de 25 anos.

Os pacientes (e seus cuidadores) devem ser alertados sobre a necessidade de monitorar qualquer piora de condição (incluindo

desenvolvimento de novos sintomas) e/ou aparecimento de ideação/comportamento suicida ou pensamentos de autoflagelação e

orientados a buscar aconselhamento médico imediatamente caso esses sintomas se manifestem. Deve-se reconhecer que o início de

alguns sintomas neuropsiquiátricos pode estar relacionado ao estado da doença subjacente ou à terapia medicamentosa.

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Deve-se considerar a mudança do regime terapêutico, e até mesmo a possibilidade de suspender o uso da medicação, em pacientes

nos quais se observar piora do quadro clínico (o que inclui o desenvolvimento de novos sintomas) e/ou o aparecimento de

ideação/comportamento suicida, especialmente se esses sintomas forem graves, repentinos ou não tiverem se manifestado

anteriormente no paciente.

Mania e transtorno bipolar

Um transtorno depressivo maior pode ser a manifestação inicial de transtorno bipolar. Acredita-se (apesar de não comprovado em

estudos clínicos controlados) que o manejo de tal episódio somente com um antidepressivo pode aumentar a probabilidade de

precipitação de um episódio de mania/misto em pacientes sob risco de transtorno bipolar. Antes de iniciar o tratamento com um

antidepressivo, os pacientes devem ser examinados adequadamente para determinar o risco de sofrerem de transtorno bipolar. O

exame deve abranger o histórico psiquiátrico detalhado, incluindo história familiar de suicídio, transtorno bipolar e depressão.

Assim como com todos os antidepressivos, a tranilcipromina deve ser usada com cautela em pacientes com história de mania. (ver

Indicações)

Gravidez

Dados adequados sobre uso durante a gravidez em humanos e estudos adequados de reprodução em animais não estão disponíveis.

Lactação

Dados adequados em humanos do uso durante lactação não estão disponíveis.

Categoria D de risco na gravidez.

Efeitos sobre a capacidade de dirigir veículos e operar máquinas

Parnate

pode afetar a capacidade de dirigir veículos e operar máquinas.

Durante o tratamento, o paciente não deve dirigir veículos nem operar máquinas, pois sua habilidade e atenção podem estar

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

Ver Contraindicações.

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

Cuidados de armazenamento

Manter o produto na embalagem original, ao abrigo do calor, da luz e da umidade. Conservar em temperatura ambiente (entre 15ºC

e 30ºC). O prazo de validade é de 24 meses a partir da data de fabricação impressa na embalagem do produto.

Número do lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Aspectos físicos / Características organolépticas

Comprimido revestido redondo, biconvexo, de cor rosa a salmão, podendo ser gravado em um dos lados e liso no outro.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

Modo de uso

Engolir os comprimidos inteiros com o auxílio de um copo de água. Não mastigar os comprimidos.

Posologia

A dosagem deve ser ajustada às necessidades individuais de cada paciente.

Adultos

A dose inicial normalmente é de 20 mg/dia, administrando-se 10 mg pela manhã e 10 mg à tarde.

Caso não haja resposta satisfatória após duas semanas, pode-se acrescentar mais um comprimido ao meio-dia.

Mantenha essa dosagem por pelo menos uma semana. Quando uma resposta satisfatória for estabelecida, a dose pode ser reduzida

para o nível de manutenção. Alguns pacientes serão mantidos com 20 mg por dia; outros necessitarão de apenas 10 mg por dia. Se

nenhuma melhora for obtida, a continuidade da administração não será benéfica..

Dose máxima diária: 60 mg.

Quando Parnate

é administrado concomitantemente com tranquilizantes, a dose não é afetada. Quando a droga for administrada

juntamente com eletroconvulsoterapia, a dose recomendada será de 10 mg, duas vezes ao dia, durante as séries de aplicações, e de

10 mg, uma vez ao dia, posteriormente, como terapia de manutenção.

Idosos

Usar com cautela (ver Advertências e Precauções).

Crianças e adolescentes (menores de 18 anos)

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A tranilcipromina não é indicada para uso em crianças ou adolescentes com menos de 18 anos (ver Advertências e Precauções).

Insuficiência hepática

A tranilcipromina não deve ser usada em pacientes com histórico de doença hepática ou que apresentam anormalidades nas provas

de função hepática.

Insuficiência renal

Existe a possibilidade de efeitos cumulativos nesse grupo de pacientes (ver Advertências e Precauções).

Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.

9. REAÇÕES ADVERSAS

A reação adversa mais frequentemente observada é a insônia, que geralmente é superada administrando-se a última dose do dia

antes das 15 horas, reduzindo-se a dose ou prescrevendo-se um hipnótico leve. Casos ocasionais de tontura, palpitação, fraqueza,

secura na boca e sonolência têm sido relatados.

Em alguns pacientes, palpitações ou dores de cabeça excessivamente frequentes, não acompanhadas de hipertensão paroxística,

podem estar relacionadas à dosagem. Tais sintomas podem responder à redução da dose. Se a melhora não for rápida, a droga deve

ser descontinuada.

Hipotensão, que pode ser postural, tem sido observada durante a terapia com Parnate

. Raramente é observada síncope. Na

presença de hipotensão, a dose não deve ser aumentada. Essa reação adversa é normalmente temporária, mas, se persistir, o uso do

medicamento deve ser descontinuado. A pressão arterial retornará, então, rapidamente ao nível encontrado antes do tratamento.

A superestimulação, que pode incluir ansiedade, agitação e sintomas de mania, pode ocorrer eventualmente com a dose normal, mas

é mais comumente associada à superdosagem. A redução da dose é indicada. Em alguns casos, pode ser útil administrar

concomitantemente um sedativo fenotiazínico, como a clorpromazina.

A reação adversa mais importante relacionada ao uso de Parnate

é a crise hipertensiva, algumas vezes fatal. Tais crises são

caracterizadas por alguns ou todos os seguintes sintomas: dor de cabeça na região occipital (que pode irradiar-se para a região

frontal), palpitação, rigidez ou dor no pescoço, náuseas ou vômito, sudorese com palidez seguida de rubor. Pode ocorrer tanto

taquicardia quanto bradicardia associada à midríase. Essa dor de cabeça, aliada à dor e à rigidez dos músculos cervicais, pode

mimetizar uma hemorragia subaracnoide, mas também pode estar associada à hemorragia intracraniana, assim como a outras

condições em que ocorre elevação repentina da pressão arterial. Tais hemorragias foram relatadas, algumas das quais, fatais.

O tratamento deve ser descontinuado imediatamente após a ocorrência de palpitação ou se o paciente sentir dores de cabeça

freqüentes durante o uso de Parnate

. Estes sinais podem ser indicativos de reação hipertensiva. Os pacientes devem ser instruídos

a relatar de imediato a ocorrência de dor de cabeça ou de outros sintomas.

Tratamento recomendado em caso de crise hipertensiva:

Caso ocorra crise hipertensiva, o uso de Parnate

deve ser descontinuado e uma terapia de redução da pressão arterial deve ser

instituída imediatamente, se estiver indicada. As dores de cabeça tendem a diminuir de intensidade com a redução da pressão

arterial. Recomenda-se o uso de fentolamina 5 mg intravenosa (não se deve utilizar reserpina), injetada lentamente, a fim de se

evitar efeito excessivamente hipotensor. A febre pode ser controlada por resfriamento externo. Outras medidas sintomáticas e de

suporte podem ser úteis em casos específicos. Os sintomas agudos desaparecem geralmente em 24 horas.

Foram relatados casos de distúrbios hematológicos, como anemia, leucopenia, agranulocitose e trombocitopenia.

Edema, rashes, dificuldade para urinar.

Alopécia foi relatada muito raramente.

Há relatos de casos de dependência da tranilcipromina (ver Advertências e Precauções). Os sintomas observados após a interrupção

do tratamento com tranilcipromina são: distúrbios do sono, depressão, confusão mental, delírio, tremores, agitação, convulsão,

ansiedade, alucinações, fadiga, dor de cabeça.

Em caso de eventos adversos, notifique-os ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA, disponível em

http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou à Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.