Bula do Piroxicam produzido pelo laboratorio Geolab Indústria Farmacêutica S/a
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
V.02_10/2014
PIROXICAM
Geolab Indústria Farmacêutica S/A
Gel
5mg/g
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MODELO DE BULA PARA O PROFISSIONAL DA SAÚDE
Esta bula é continuamente atualizada. Favor proceder a sua leitura antes de utilizar o medicamento.
piroxicam
Medicamento genérico, Lei n° 9.787 de 1999
FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÕES:
Gel dermatológico de 5mg/g (0,5%): Embalagem contendo 1 bisnaga com 30g.
USO TÓPICO (para aplicação na pele)
USO ADULTO E PEDIÁTRICO ACIMA DE 12 ANOS
COMPOSIÇÃO
Cada g do gel contém:
piroxicam.......................................................................................................................................................................5mg
Excipientes: carbômer, álcool isopropílico, álcool etílico, propilenoglicol, álcool benzílico, trolamina e água purificada.
O piroxicam é indicado para uma variedade de condições que requeiram atividade anti-inflamatória e/ou analgésica,
tais como: osteoartrite (artrose, doença articular degenerativa), distúrbios pós-traumáticos ou musculoesqueléticos
agudos, incluindo tendinite, tenossinovite, periartrite, luxações, entorse e lombalgia.
Foi realizado um estudo duplo-cego em que piroxicam 0,5%, em administrações de 5mg 4 vezes ao dia, foi comparado
a um gel-placebo no tratamento de afecções agudas de tecidos moles (entorses acromioclaviculares, supraespinhosos ou
de tornozelo, ou ainda, tendinite de Aquiles). Dos 200 pacientes envolvidos no estudo (100 por tratamento), apenas 6 do
grupo que recebia piroxicam (6%) descontinuaram o tratamento devido à ineficácia, comparado a 42 (42%) do grupo
placebo (p < 0,001). Foram observadas reduções significativas na dor (espontânea ou de movimento), grau de restrição
das articulações, limiar de pressão e sensibilidade do local afetado com piroxicam gel em relação ao placebo. O tempo
para obtenção da melhora dos sintomas foi menor com piroxicam gel. A avaliação geral da eficácia e melhora das
afecções foi melhor no grupo recebendo piroxicam do que no que recebia placebo (p < 0,0001). Tanto o gel contendo
piroxicam quanto o placebo foram bem tolerados. Sete pacientes recebendo gel com 0,5% de piroxicam e quinze
recebendo placebo relataram eventos adversos principalmente relacionados à pele. Desta forma, este estudo demonstra
que o piroxicam gel, 5mg administrado 4 vezes ao dia é eficaz no tratamento de problemas musculoesqueléticos
(entorses e tendinites), além de ser bem tolerado.
Um estudo aberto e não comparativo comprovou a eficácia e segurança de piroxicam gel a 0,5% no tratamento tópico
de entorses e tendinites. Todos os pacientes fizeram aplicações tópicas de 5mg de piroxicam gel, 4 vezes ao dia, durante
até 18 dias. Dos 100 pacientes participantes do ensaio clínico, 99 foram incluídos na avaliação de eficácia, cujos
resultados mostraram melhora estatisticamente significativas (p < 0,001) em entorses e tendinites.
A opinião global sobre eficácia e segurança classificou o tratamento como excelente ou bom na maioria dos casos. Três
pacientes descontinuaram o tratamento devido a reações adversas, a maioria constituída de reações dérmicas locais.
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Propriedades Farmacodinâmicas
O piroxicam é um agente anti-inflamatório não esteroide (AINE) utilizado no tratamento de condições inflamatórias.
Embora o mecanismo de ação deste agente não seja totalmente conhecido, o piroxicam inibe a síntese de
prostaglandinas por inibição reversível da enzima ciclooxigenase.
Propriedades Farmacocinéticas
Baseado em vários estudos de farmacocinética e de distribuição tecidual em ratos e em cães, piroxicam gel 0,5% é
contínua e gradualmente absorvido desde a pele até a musculatura ou líquido sinovial. Em adição, o equilíbrio de
absorção entre a pele e o músculo ou líquido sinovial parece ser alcançado rapidamente em poucas horas após a
aplicação.
Em um estudo de doses múltiplas de piroxicam gel 0,5%, aplicado 2 vezes ao dia (dose total diária equivalente a 20mg)
por 14 dias, os níveis plasmáticos aumentaram lentamente durante o decorrer do tratamento, chegando a 200ng/mL no
quarto dia. Os níveis plasmáticos de steady state (estado de equilíbrio) foram em média entre 300 e 400ng/mL, e os
valores médios permaneceram abaixo de 400ng/mL, mesmo no 14º dia de tratamento. Os níveis de piroxicam gel
observados no steady state (estado de equilíbrio) foram aproximadamente 5% dos observados em pacientes recebendo
doses orais similares (20mg/dia). A meia-vida de eliminação neste estudo foi calculada em aproximadamente 79 horas.
Em humanos, piroxicam gel demonstrou ser bem tolerado na pele de voluntários com sensibilidade cutânea.
A meia-vida sérica de piroxicam é de aproximadamente 50 horas.
Dados de Segurança Pré-clínicos
Estudos de toxicidade subaguda e crônica foram realizados em ratos, camundongos, cães e macacos, usando doses
parenterais que variaram de 0,3mg/kg/dia a 25mg/kg/dia. Os dados não clínicos mostram efeitos típicos de um AINE
não seletivo da COX; a saber, necrose papilar renal e lesões gastrointestinais. No que diz respeito a este último, o
macaco provou ser bastante resistente a este efeito e o cão extraordinariamente sensível. Em estudos de toxicidade
reprodutiva, o piroxicam aumenta a incidência de distocia e parto retardado em animais, quando a administração do
medicamento é continuada durante a gravidez. A administração de inibidores da síntese de prostaglandinas também tem
demonstrado resultar em um aumento da perda pré- e pós-implantação.
Essas observações foram feitas usando dosagem parenteral, e, como mencionado na seção “Propriedades
Farmacocinéticas”, os níveis plasmáticos de equilíbrio do piroxicam obtidos em pacientes usando o gel tópico são
apenas cerca de 5% dos alcançados utilizando uma dose equivalente do produto parenteral.
Estudos de toxicidade aguda e crônica e de irritação em animais têm sido conduzidos adicionalmente usando produtos
dérmicos. Em um estudo de toxicidade aguda, piroxicam gel foi aplicado topicamente em dose única de 5g/kg em ratos
albinos (200 a 300 vezes a aplicação clínica recomendada). Não foram observadas mortes, sinais clínicos de toxicidade,
irritação na pele e nem alterações significantes na autópsia. Foi realizado um estudo durante 1 mês em ratos albinos em
que um grupo recebeu aplicação diária de 1g do gel na pele dorsal, um outro grupo foi tratado com o veículo e o
terceiro grupo serviu como controle. Neste estudo, não foram observadas irritação da pele no local do tratamento nem
alterações hematológicas relacionadas ao fármaco, em parâmetros químicos laboratoriais, peso dos órgãos,
histopatologia ou autópsia. O gel também foi avaliado em relação à irritação primária da pele, irritação nos olhos e
fototoxicidade em coelhos e em relação à fotoalergia e potencial de sensibilização da pele em cobaias, todos de acordo
com os protocolos padrão estabelecidos. Não houve reações na pele intacta dos coelhos após a aplicação de piroxicam
gel 0,5% ou de veículo. Na pele lesada, piroxicam gel produziu leve eritema e edema, que foram um pouco maiores do
que na administração do veículo.
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O efeito anti-inflamatório e analgésico do gel de piroxicam 0,5% foram estudados em ratos e cobaias utilizando um
modelo padrão de dor e inflamação tais como: edema de pata induzido por carragenina, eritema ultravioleta na cobaia e
edema traumático em ratos, dor induzida por leveduras em ratos, eritema no abdômen induzido por óleo de algodão em
cobaias, formação de granuloma induzido por cera de algodão em ratos e indução adjuvante de artrite em ratos. O gel de
piroxicam 0,5% foi comparável ao gel de indometacina 1% em todos os modelos e foi comparável ao piroxicam
administrado oralmente na inibição de inflamação no modelo de edema de pata em ratos.
O piroxicam tópico é um agente anti-inflamatório não esteroide, que possui também propriedade analgésica.
Edema, eritema, proliferação de tecido, febre e dor podem ser inibidos em animais de laboratório pela administração de
piroxicam gel.
Estudos preliminares indicam que, após administração oral, existe piroxicam no leite materno em uma concentração de
aproximadamente 1% do que é alcançado no plasma após administração oral.
O piroxicam é contraindicado nos seguintes casos:
• Pacientes com hipersensibilidade conhecida ao piroxicam ou a outros componentes da fórmula. Há potencial de
sensibilidade cruzada com ácido acetilsalicílico e outros AINEs.
• Pacientes que desenvolveram sintomas de asma, rinite, angioedema ou urticária induzidas pelo uso de ácido
acetilsalicílico ou outros AINEs.
Este medicamento é contraindicado para menores de 12 anos.
Deve-se evitar o uso concomitante do piroxicam com AINEs, incluindo os inibidores da COX-2.
Foram relatadas reações cutâneas de risco à vida, síndrome de Stevens-Johnson (SSJ), e necrólise epidérmica tóxica
(NET) com a administração sistêmica do piroxicam. Essas reações não foram associadas com o uso tópico do
piroxicam, mas a possibilidade de ocorrência com o piroxicam tópico não pode ser descartada.
Os pacientes devem ser orientados e monitorados de perto quanto aos sinais e sintomas de reações da pele. O maior
risco de ocorrência de SSJ e NET está dentro das primeiras semanas de tratamento.
No caso de sinais ou sintomas de SSJ ou NET (p. ex. rash cutâneo progressivo geralmente com bolhas ou lesões nas
mucosas) aparecerem, o tratamento com o piroxicam deve ser descontinuado.
Os melhores resultados no gerenciamento de SSJ e NET aparecem com o diagnóstico precoce e descontinuação
imediata de qualquer droga suspeita. A retirada precoce está associada com os melhores prognósticos.
Caso um paciente tenha desenvolvido SSJ ou NET com o uso do piroxicam, o medicamento não deve ser reiniciado
neste paciente em nenhum momento.
Se ocorrerem irritações locais com o uso do piroxicam, o tratamento deve ser interrompido e, se necessário, uma
terapia apropriada deve ser instituída. O medicamento não deve ser aplicado nos olhos, mucosas ou sobre lesões da pele
abertas ou condições da pele que afetem o local de aplicação.
Os AINEs, incluindo o piroxicam, podem provocar nefrite intersticial, síndrome nefrótica e insuficiência renal.
Há também relatos de nefrite intersticial, síndrome nefrótica e insuficiência renal com piroxicam tópico, embora a
relação causal com o tratamento com piroxicam tópico não foi estabelecida. Como resultado, a possibilidade de que
estes eventos estejam relacionados com a utilização de piroxicam tópico não pode ser excluída.
Fertilidade
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Baseado no mecanismo de ação, o uso de AINEs, incluindo piroxicam, pode atrasar ou prevenir a ruptura de folículos
ovarianos, a qual tem sido associada com infertilidade reversível em algumas mulheres. A descontinuação do uso de
AINEs, incluindo piroxicam tópico em mulheres com dificuldades de engravidar ou que estão sob investigação de
infertilidade deve ser considerada.
Uso durante a Gravidez e Lactação
Não foram observados efeitos teratogênicos após a administração oral de piroxicam em testes com animais. O
piroxicam inibe a síntese e a liberação das prostaglandinas através da inibição reversível da enzima ciclooxigenase. Esse
efeito, assim como ocorre com outros AINEs, foi associado a um aumento da incidência de distocia e retardo do parto
em animais, quando o fármaco é administrado até o final da gravidez. Sabe-se que fármacos anti-inflamatórios não
esteroides podem também induzir o fechamento do ducto arterioso em crianças.
A segurança do uso de piroxicam tópico durante a gravidez ou durante a lactação ainda não foi estabelecida.
Não existem estudos sobre a utilização de piroxicam tópico em mulheres grávidas. Estudos em animais demonstraram
toxicidade reprodutiva com formulações sistêmicas (vide item 3. Características Farmacológicas), mas a sua relevância
para o uso de formulações tópicas em mulheres grávidas é desconhecida. Como uma medida de precaução, é preferível
evitar a utilização de piroxicam tópico em mulheres grávidas.
Inibição da síntese de prostaglandina pode adversamente afetar a gravidez. Dados de estudos epidemiológicos sugerem
um aumento do risco de aborto espontâneo após o uso de inibidores de síntese de prostaglandina no início da gravidez.
Em animais, a administração dos inibidores de síntese de prostaglandina mostraram um aumento das perdas pré- e pós-
implantação.
Não é recomendado o uso de piroxicam durante a lactação, já que a segurança clínica ainda não foi estabelecida.
Efeitos na Habilidade de Dirigir e Operar Máquinas
O efeito do piroxicam na habilidade de dirigir e operar máquinas não foi estudado.
Não há evidências sugerindo que este medicamento possa afetar essas habilidades.
Uso em idosos, crianças e outros grupos de risco
Uso em idosos: não há nenhuma restrição específica para essa faixa etária. As mesmas orientações dadas aos adultos
jovens devem ser seguidas para os pacientes idosos.
Uso em crianças: não foram realizados estudos controlados em pacientes menores de 12 anos.
Uso durante a Gravidez e Lactação: O piroxicam não é recomendado durante a gravidez e a lactação (vide item 5.
Advertências e Precauções).
O piroxicam é um medicamento classificado na categoria C de risco de gravidez durante o primeiro e segundo
trimestres de gestação e D no terceiro trimestre ou próximo ao parto. Portanto, durante o primeiro e segundo
trimestres de gravidez, este medicamento não deve ser utilizado sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Durante o terceiro trimestre de gravidez ou próximo ao parto, este medicamento não deve ser utilizado sem
Não se conhece a interação do uso tópico de piroxicam com outros fármacos.
O piroxicam deve ser mantido em temperatura ambiente (15°C a 30°C), protegido da luz e umidade.
Pode ser utilizado por 24 meses a partir da data de fabricação.
Manter a bisnaga devidamente tampada após o uso do medicamento.
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Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características físicas e organolépticas:
O piroxicam apresenta-se na forma de gel homogêneo translúcido e coloração amarela.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
Cada grama do piroxicam contém 5mg de piroxicam.
Recomenda-se aplicar 1 grama (aproximadamente 1cm) do piroxicam (equivalente a 5mg de piroxicam) na área
afetada, de 3 a 4 vezes ao dia.
O piroxicam é indicado somente para uso externo e deve ser espalhado completamente sobre a pele sem deixar
qualquer resíduo. Nenhuma bandagem deve ser utilizada após a aplicação do medicamento.
Dose Omitida: Caso o paciente esqueça-se de usar o piroxicam no horário estabelecido, deve usá-lo assim que lembrar.
Entretanto, se já estiver perto do horário de usar a próxima dose, deve desconsiderar a dose esquecida e usar a próxima.
Neste caso, o paciente não deve usar a dose duplicada para compensar doses esquecidas.
O esquecimento de dose pode comprometer a eficácia do tratamento.
Efeitos adversos possivelmente relacionados ao tratamento com o piroxicam não têm sido relatados com frequência. Em
estudos clínicos, a maioria dos efeitos adversos observados foi de natureza leve a moderada, tais como: irritação local,
eritema, erupção (rash), descamação pitiroide, prurido e reações no local de aplicação.
Após a comercialização, os seguintes efeitos dermatológicos foram relatados: dermatite de contato, eczema e reação de
fotossensibilidade na pele.
Foi observado que, quando não espalhado completamente, o gel pode levar a uma descoloração leve, porém transitória
da pele, também podendo causar manchas em roupas.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária - NOTIVISA,
disponível em http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou
Municipal.