Bula do Platamine cs para o Profissional

Bula do Platamine cs produzido pelo laboratorio Laboratorios Pfizer Ltda.
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

O conteúdo abaixo foi extraído automaticamente da bula original disponibilizada no portal da ANVISA.

Bula do Platamine cs
Laboratorios Pfizer Ltda. - Profissional

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BULA COMPLETA DO PLATAMINE CS PARA O PROFISSIONAL

PLATAMINE CS

Laboratórios Pfizer Ltda

Solução injetável

10 mg /mL

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14/mai/2014

Platamine® CS

carboplatina

I - IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO

Nome comercial: Platamine® CS

Nome genérico: carboplatina

APRESENTAÇÕES

Platamine® CS solução injetável 10 mg/mL em embalagens contendo 1 frasco-ampola de 5 mL (50 mg), 15 mL

(150 mg) ou 45 mL (450 mg).

VIA DE ADMINISTRAÇÃO: USO INJETÁVEL APENAS POR VIA INTRAVENOSA

USO ADULTO

CUIDADO: AGENTE CITOTÓXICO

COMPOSIÇÃO

Cada mL de Platamine® CS solução injetável contém 10 mg de carboplatina.

Excipiente: água para injetáveis.

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II - INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

1. INDICAÇÕES

A carboplatina, princípio ativo de Platamine® CS solução injetável, faz parte da segunda geração de derivados

da cisplatina que mostram atividade antineoplásica contra uma série de malignidades.

Platamine® CS (carboplatina) solução injetável está indicado no tratamento de estados avançados do carcinoma

de ovário de origem epitelial (incluindo tratamentos de segunda linha e paliativo em pacientes que já tenham

recebido medicamentos contendo cisplatina). Está também indicado no tratamento do carcinoma de pequenas

células de pulmão, nos carcinomas espinocelulares de cabeça e pescoço e nos carcinomas de cérvice uterina.

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

Oitenta e oito pacientes com câncer epitelial de ovário fase IIB -III foram randomizados para receber em

primeira linha cisplatina como único agente (100 mg/m2) mensal ou carboplatina (400 mg/m2) mensal de até 5

ciclos. Crossover para o análogo inverso ocorreu com a progressão ou a falta de resposta. O número mediano de

episódios de vômitos por ciclo com cisplatina foi 16 e com carboplatina 2 (p < 0,001). No braço cisplatina 27/40

(67,5 %) desenvolveram toxicidade renal leve, 9/ 40 (22,5%) neurotoxicidade OMS grau 1 e 18/ 40 (45%)

evidência de ototoxicidade em audiometria. No braço carboplatina não foi observada neuro ou ototoxicidade e

1/40 (2,5%) desenvolveram toxicidade renal OMS grau 1. Mielossupressão e anemia foram mais comuns com

carboplatina, mas apenas um episódio de trombocitopenia grau IV foi visto com a primeira linha de carboplatina.

A taxa de resposta clínica (CR + PR) para a cisplatina foi de 19 /40 e para carboplatina 27/40. A sobrevida

atuarial para o grupo cisplatina em 24 meses foi de 50% e para o grupo de carboplatina 58%, sem diferença

significativa. Carboplatina parece ser menos tóxica do que a cisplatina, com taxas de sobrevida e resposta

semelhantes1.

Meta-análise de 17 ensaios clínicos randomizados, compreendendo 4.920 pacientes, que comparam regimes à

base de platina como tratamento de primeira linha para carcinoma de pequenas células de pulmão mostrou que

regimes a base de platina foram associados com uma sobrevivência ligeiramente superior em um ano (RR =

1,08, IC de 95 % 1,01-1,16, p = 0,03), melhor resposta parcial (RR = 1,11, 95 % CI 1,02-1,21, p = 0,02) e com

um maior risco de anemia, náuseas e neurotoxicidade. Regimes baseados em cisplatina melhoraram a sobrevida

em 1 ano (RR = 1,16, 95% CI 1,06-1,27, p = 0,001), resposta completa (RR = 2,29, 95% CI 1,08-4,88, p = 0,03)

e resposta parcial (RR = 1,19, IC de 95% 1,07-1,32, p = 0,002), com um aumento do risco de anemia,

neutropenia, neurotoxicidade e náuseas. Por outro lado, os regimes baseados em carboplatina não aumentaram a

taxa de sobrevivência em 1 ano (RR = 0,95, 95% CI 0,85-1,07, p = 0,43). Houve diferença estatisticamente

significativa entre o efeito da cisplatina em comparação com carboplatina (p = 0,05)2.

Quinze pacientes com carcinoma de cabeça e pescoço recorrente, previamente tratados com quimioterapia de

indução (Cisplatina e 5-FU), seguido por quimio e radioterapia foram tratados com carboplatina AUC 5 e

paclitaxel 175 mg/m2 por via intravenosa a cada 3 semanas. Todos os pacientes foram avaliados quanto à

resposta e toxicidade. Após três ciclos de quimioterapia, observou-se uma resposta completa (6,6%) e 7

respostas parciais (46,6%), com uma taxa de resposta geral de 53,2% (IC 95 % 26,6-78,7 %). Doença estável foi

observada em 2 pacientes (13,3%) e doença progressiva foi observada em cinco pacientes (33,3 %). A toxicidade

foi leve: foi registrado um caso de toxicidade G3 (neutropenia) e nenhum efeito colateral G4. Os autores

concluem que a combinação de carboplatina e paclitaxel foi bem tolerada e pode ser administrada com segurança

a pacientes com carcinoma de cabeça e pescoço recorrente como tratamento de segunda linha3

.

Referências:

1. Adams M et al. A Comparison of the Toxicity and Efficacy of Cisplatin and Carboplatin in Advanced Ovarian

Cancer. Acta Oncologica 1989, Vol. 28, No. 1 , Pages 57-60.

2. Rajeswaran A et al. Efficacy and side effects of cisplatin- and carboplatin-based doublet chemotherapeutic

regimens versus non-platinum-based doublet chemotherapeutic regimens as first line treatment of metastatic

non-small cell lung carcinoma: A systematic review of randomized controlled trials. Lung Cancer 2008, 59(1):

1-11.

3. Ferrari D et al. Safety and efficacy of the combination carboplatin and paclitaxel in patients (pts) with

recurrent head and neck squamous cell carcinoma (HNSCC). Journal of Clinical Oncology, 2006 ASCO Annual

Meeting Proceedings (Post-Meeting Edition). Vol 24, No 18S (June 20 Supplement), 2006: 15534.

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3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

Propriedades Farmacodinâmicas

Grupo farmacodinâmico: a carboplatina é um agente antineoplásico composto de platina.

Mecanismo de ação: a carboplatina se liga ao DNA através de ligações cruzadas nas duas cadeias, alterando a

configuração da hélice e inibindo sua síntese. O efeito é provavelmente independente do ciclo.

Propriedades farmacodinâmicas: a carboplatina é um composto de platina, cis-diamina (1,1-ciclobutano-

dicarboxil) platina, com efeito antineoplásico. As propriedades bioquímicas são similares às da cisplatina.

Propriedades Farmacocinéticas

Absorção: Após dose única por via intravenosa, sob infusão por 60 minutos, a concentração plasmática de

platina total e platina livre (ultra filtrada) apresenta redução bifásica conforme cinética de primeira ordem. A

meia-vida inicial da platina livre é da ordem de magnitude de 1 a 2 horas e a meia-vida final é de 3 a 6 horas. A

platina total tem a mesma meia-vida inicial, enquanto que a meia-vida final é mais baixa (aproximadamente 24

horas). Uma relação aproximadamente linear entre a dose (na área de 300 – 500 mg/m2

) e a AUC plasmática de

platina total e livre é atingida. Repetidas doses de carboplatina durante 4 dias consecutivos não causam acúmulos

de platina no plasma. Após 24 horas da administração da dose, 85% da platina plasmática está ligada a proteínas.

Distribuição: o volume de distribuição para carboplatina é de 16 litros.

Eliminação: a carboplatina é excretada principalmente através da urina, na qual 30% da dose é secretada

inalterada. Em pacientes com clearance de creatinina de 60 mL/min ou mais, 65% e 70% da dose é recuperada

após 12 e 24 horas respectivamente. O clearance total da carboplatina é de 4,4 litros/hora.

Dados de segurança pré-clínicos

A DL50 da carboplatina intravenosa é de 150 e 61 mg/kg para camundongos e ratos respectivamente e acima de

31,1 mg/kg para cães. Os principais órgãos atingidos após administração única foram sistema

hematolinfopoiético, rins e trato gastrintestinal. Efeitos tóxicos após repetidas doses foram investigados em

camundongos, ratos e cães. Os principais órgãos atingidos foram sistema hematolinfopoiético, trato

gastrintestinal, rins, fígado e órgãos reprodutivos de ambos machos e fêmeas.

O tratamento de ratos, machos e fêmeas, com carboplatina intravenosa antes do acasalamento e até a

implantação, causou aumento da letalidade fetal e diminuição de fetos vivos. O tratamento de ratas grávidas com

carboplatina intravenosa durante a organogenese (dias 7 – 17) causou retardo no desenvolvimento e crescimento

fetal e crescimento pós-natal lento. O tratamento sem interrupção de ratas a partir do 17º dia de gravidez,

passando pelo período de amamentação, até o desmame, não causou qualquer efeito no nascimento, na

viabilidade ou no desenvolvimento da prole.

Carboplatina apresentou-se genotóxica na maioria dos testes in vitro e in vivo que foram conduzidos.

Estudos de toxicidade demonstraram que o extravasamento da injeção causa necrose tissular.

4. CONTRAINDICAÇÕES

A administração de Platamine® CS está contraindicada a pacientes com insuficiência renal grave,

mielodepressão grave e/ou na presença de sangramento volumoso. Está também contraindicada a pacientes com

hipersensibilidade à carboplatina ou a outros compostos contendo platina (por exemplo, cisplatina) e a pacientes

grávidas ou que estejam amamentando.

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

Gerais

Platamine® CS deve apenas ser administrado sob constante supervisão de médicos experientes em terapia

citotóxica. Monitoração cuidadosa da toxicidade é mandatória, particularmente no caso de administração de altas

doses.

A carboplatina é um fármaco altamente tóxico, com estreito índice terapêutico e é improvável que ocorra efeito

terapêutico sem alguma evidência de toxicidade.

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Função da Medula Óssea

A supressão da medula óssea (leucopenia, neutropenia e trombocitopenia) é dose-dependente e é a toxicidade

dose-limitante da carboplatina. Contagens de células sanguíneas periféricas devem ser realizadas em intervalos

frequentes (por exemplo semanalmente) em pacientes que estão recebendo carboplatina. Embora na dose

recomendada a toxicidade hematológica da carboplatina seja moderada e reversível, mielossupressão grave

(especialmente trombocitopenia) pode ocorrer em pacientes com insuficiência renal e em pacientes que estejam

concomitantemente recebendo ou que receberam medicamentos mielosupressores ou terapia radioativa. O

critério de ajuste de dose para pacientes que apresentam mielosupressão após uma dose de carboplatina está

descrito no item 8. Posologia e Modo de usar. O nadir (efeito deteriorante máximo) para as plaquetas verifica-se,

em geral, entre os dias 14 e 21 após o tratamento inicial e, para os leucócitos, entre os dias 14 e 28. As contagens

mínimas devem ser de 50.000/mm3

para as plaquetas e de 2.000/mm3

para os leucócitos. No caso de contagens

inferiores, deve-se suspender a terapia até que haja recuperação completa, o que ocorre normalmente em 5 a 6

semanas. Nos casos mais graves, pode ser necessária uma transfusão sanguínea de apoio, uma vez que a anemia

é cumulativa. Como alternativa para redução da dose, a administração da dose terapêutica total pode ser atrasada

até a recuperação das contagens de neutrófilos e plaquetas (valores maiores ou iguais a 2.000/mm3

e

100.000/mm3

, respectivamente). O tratamento da toxicidade hematológica grave pode requerer cuidados de

suporte, agentes anti-infecciosos para infecções complicadas, transfusões de produtos sanguíneos, resgate com

medula óssea autóloga, transplante de células-tronco periféricas e fatores estimulantes de colônia.

Função Renal

A carboplatina é excretada principalmente na urina e a função renal deve ser monitorada em pacientes que

estejam recebendo este medicamento. O clearance de creatinina parece ser a medida mais sensível para a função

renal em pacientes que estão recebendo este medicamento. O critério de ajuste de dose para pacientes que

apresentam função renal prejudicada está descrito no item “Posologia”. Diferentemente da cisplatina, a

hidratação pré e pós tratamento não são necessárias com a carboplatina, que é um fármaco que possui um

potencial de nefrotoxicidade baixo, entretanto, a terapia prévia com cisplatina ou administração concomitante

com outros fármacos nefrotóxicos (exemplo: antibióticos aminoglicosídeos) podem aumentar o risco de

nefrotoxicidade (vide item 6. Interações Medicamentosas).

Sistema Nervoso Central / Funções Auditivas

Devem ser realizadas regularmente monitorações e avaliações neurológicas antes e após o tratamento,

particularmente em pacientes previamente tratados com cisplatina e em pacientes com mais de 65 anos de idade.

A toxicidade neurológica periférica é geralmente rara e branda. A carboplatina pode causar ototoxicidade

cumulativa e a frequência e gravidade dos distúrbios auditivos aumenta nos esquemas posológicos com altas

doses ou doses repetidas, ou no caso de tratamento prévio com cisplatina (também ototóxica). Audiogramas

devem ser realizados antes do início da terapia e durante o tratamento ou quando houver sintomas auditivos. A

deterioração clinicamente importante da função auditiva pode requerer modificações da dose ou descontinuação

da terapia.

Efeitos gastrintestinais

A carboplatina pode induzir emese. A incidência e gravidade da emese pode ser reduzida pelo pré-tratamento

com antieméticos ou através da administração da carboplatina em infusão intravenosa por 24 horas, ou como

administração intravenosa em doses fracionadas em 5 dias consecutivos ao invés de uma infusão única.

Inibidores seletivos dos receptores serotonérgicos do tipo 3 (5HT3) (exemplo: ondansetron) ou benzamidas

substituídas (exemplo: metoclopramida) podem ser particularmente efetivos, e a terapia combinada pode ser

considerada para pacientes que apresentam efeitos emetogênicos graves ou persistentes.

Reações de hipersensibilidade

Assim como com outros compostos contendo complexos de platina, reações alérgicas à carboplatina foram

relatadas. Os pacientes devem ser monitorados quanto a possíveis reações alérgicas anafilactóides, e

equipamento e medicações apropriados devem estar prontamente disponíveis para tratar tais reações (por

exemplo, anti-histamínicos, corticosteróides, epinefrina, oxigênio) sempre que Platamine® CS for administrado.

Mutagenicidade e carcinogenicidade

Estudos em animais demonstraram que a carboplatina é mutagênica e teratogênica. A carboplatina pode causar

dano fetal quando administrada a mulheres grávidas. Não foi estudado o potencial carcinogênico da carboplatina,

embora compostos com mecanismo de ação semelhante tenham sido relatados como carcinogênicos.

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Efeitos Imunossupressores / Aumento da suscetibilidade a infecções

Administração de vacinas vivas ou vivas-atenuadas em pacientes imunocomprometidos por agentes

quimioterápicos incluindo carboplatina pode resultar em infecções sérias ou fatais. Vacinação com vacinas

atenuadas deve ser evitada em pacientes recebendo Platamine® CS. Vacinas mortas ou inativas podem ser

administradas, entretanto, a resposta a estas vacinas pode ser diminuída.

Uso em Crianças

Não foram estabelecidas a segurança e a eficácia em crianças.

Uso em Idosos

Dos 789 pacientes inicialmente tratados no estudo de terapia combinada (NCIC e SWOG), 395 pacientes foram

tratados com carboplatina em combinação com a ciclofosfamida. Destes, 141 tinham mais que 65 anos de idade

e 22 deles tinham 75 anos ou mais. Neste estudo a idade não foi um fator prognóstico de sobrevivência. Em

relação à segurança, pacientes idosos tratados com a carboplatina estavam mais propensos a desenvolver

trombocitopenia grave quando comparados aos pacientes mais jovens. Em dados combinados de 1942 pacientes

(414 com 65 anos ou mais) que receberam a carboplatina como agente único para diferentes tipos de tumores,

uma incidência similar dos eventos adversos foi observada nos pacientes com 65 anos ou mais e em pacientes

com idade inferior a 65 anos. Outras experiências de relatos clínicos não identificaram respostas diferentes entre

os pacientes idosos e os mais jovens, mas a sensibilidade maior de alguns pacientes idosos não pode ser

descartada. A função renal deve ser considerada na seleção da dose da carboplatina devido à função renal dos

idosos muitas vezes estar diminuída (vide item 8. Posologia e Modo de usar).

Uso durante a Gravidez

A carboplatina pode causar danos ao feto quando administrado a mulheres grávidas. Platamine® CS deve ser

utilizado em mulheres grávidas apenas em situações de risco de morte ou diante da impossibilidade de uso de

medicamentos seguros ou quando outros medicamentos são ineficazes.

Caso Platamine® CS seja utilizado durante a gravidez, ou se a paciente engravidar durante o tratamento, a

paciente deverá ser alertada sobre os riscos potenciais para o feto. As mulheres em idade fértil devem ser

alertadas a evitar a gravidez durante o tratamento com Platamine® CS.

Platamine® CS é um medicamento classificado na categoria D de risco de gravidez. Portanto, este

medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. A paciente deve

informar imediatamente em caso de suspeita de gravidez.

Uso durante a Lactação

Não está claramente estabelecido se a carboplatina ou seus metabólitos contendo platina são excretados no leite

materno. No entanto, devido ao risco potencial de reações adversas sérias em lactentes caso o fármaco passe para

o leite, a amamentação deve ser descontinuada durante a terapia.

Efeitos na habilidade de dirigir e operar máquinas

O efeito da carboplatina sobre a habilidade de dirigir ou operar máquinas não foi sistematicamente avaliado.

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

Platamine® CS é, na maioria das vezes, utilizado em combinação com fármacos antineoplásicos que possuem

efeitos citotóxicos similares. Nessas circunstâncias, é provável a ocorrência de toxicidade aditiva. O uso

concomitante de Platamine® CS e outros agentes mielossupressores ou radioterapia pode potencializar a

toxicidade hematológica.

Uma incidência aumentada de vômitos tem sido relatada quando a carboplatina e outros fármacos emetogênicos

são administrados concomitantemente ou quando a carboplatina é administrada a pacientes recebendo terapia

emetogênica prévia.

A administração concomitante de carboplatina e aminoglicosídeos resulta em risco aumentado de

nefrotoxicidade e/ou ototoxicidade, e os fármacos devem ser utilizados concomitantemente com cautela. O uso

de outros fármacos nefrotóxicos resulta em potencialização dos efeitos renais pela carboplatina.

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A carboplatina interage com o alumínio levando à formação de um precipitado preto de platina e perda da

potência. Kits de infusão intravenosa, agulhas, cateteres e seringas contendo alumínio não devem ser utilizados

para administração.

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

Platamine® CS deve ser conservado em temperatura ambiente (abaixo de 25°C), protegido da luz e pode ser

utilizado por 24 meses a partir da data de fabricação. Não congelar.

O medicamento é de uso único e qualquer solução não utilizada deve ser devidamente descartada.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido.

Guarde-o em sua embalagem original.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

Características físicas e organolépticas do produto: solução límpida, coloração incolor a amarelo pálido, livre de

partículas visíveis.

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

Platamine® CS pode ser administrado tanto como agente único ou em combinação com outros medicamentos

antineoplásicos. Platamine® CS deve ser utilizado apenas por via intravenosa e deve ser administrado por

infusão IV por um período de no mínimo 15 minutos.

A dose de carboplatina pode ser determinada através de: 1) Função Renal e 2) Área de superfície corporal.

1) Determinação de dose de carboplatina baseada na função renal:

Atualmente a maneira mais segura e aceitável de determinar a dose de carboplatina é através da função renal

utilizando a TFG do paciente (taxa de filtração glomerular) e da fórmula de Calvert para obter a AUC (área sob a

curva) recomendada, normalmente no intervalo de 4 – 8 mg/mL x min, dependendo do protocolo, status pré-

tratamento, radioterapia concomitante ou comorbidades que possam afetar a função renal do paciente. Este

método considera o impacto do tratamento prévio na função renal, que pode requerer doses mais baixas para

pacientes com função renal debilitada. A dosagem por este método é calculado em “mg” e não por mg/m2

.

Fórmula de Calvert:

Dose total (mg) = (AUC estabelecida) x (TFG + 25).

2) Dose de carboplatina baseada na Área de Superfície Corporal:

Alternativamente, a dose pode ser baseada na área de superfície corporal do paciente (m2

). Se o paciente for

obeso ou tiver grave retenção de fluidos, o peso corporal ideal pode ser usado para estimar a dose.

Terapia como agente único

A dose única inicial recomendada é de 360 a 400 mg/m2

Terapia concomitante

A carboplatina tem sido utilizada concomitantemente com outros fármacos antineoplásicos e a posologia varia

de acordo com o protocolo adotado. Deve-se realizar os ajustes de dose necessários, de acordo com o esquema

posológico utilizado e com os resultados da monitorização hematológica. Em combinação com outros agentes

citotóxicos, a dose inicial de carboplatina recomendada é de 300 mg/m2

. Como regra geral, a administração de

Platamine® CS deve ser feita em intervalos cíclicos de 4 semanas. A dose terapêutica de carboplatina deve ser

ajustada de acordo com a situação da medula óssea e função renal, conforme descrito a seguir:

Medula óssea: a determinação do nadir hematológico durante o tratamento com Platamine® CS é recomendada

para ajuste de dose. Para pacientes que apresentem contagem de plaquetas e neutrófilos acima de 100.000 e

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2.000/mm3

respectivamente, a dose de carboplatina pode ser aumentada 25%. Entretanto, doses maiores que

125% da dose inicial não são recomendadas. Para pacientes que apresentem contagem de plaquetas e neutrófilos

nos intervalos de 100.000 a 50.000 e de 2.000 a 500/mm3

respectivamente, não é necessário ajuste de dose. Para

pacientes que apresentem toxicidade hematológica moderada a grave (como, por exemplo, contagem de

plaquetas e neutrófilos abaixo de 50.000 e 500/mm3

respectivamente), uma redução de dose de 25% deve ser

considerada, tanto em terapia única como em terapia combinada.

Na presença de fatores de risco tais como baixo status de performance, terapias extensivas anteriores com

mielossupressores e/ou idade superior a 65 anos, a redução da dose de 20 – 25% é aconselhável; cuidados

também são necessários quando Platamine® for administrado a pacientes que receberam previamente tratamento

com fármacos nefrotóxicos, como a cisplatina.

A carboplatina interage com o alumínio levando à formação de um precipitado e perda da potência; portanto, não

utilize materiais contendo partes de alumínio na preparação ou administração de Platamine® CS.

Antes da administração, inspecione visualmente se há material particulado ou descoloração na solução de

Platamine® CS. Use a solução assim que possível após a preparação; a infusão deve ser finalizada dentro de 24

horas após a preparação e qualquer resíduo deve ser descartado (vide item 8. Posologia e Modo de usar -

Cuidados de Administração).

Uso em Crianças

Não há informações suficientes que permitam recomendações posológicas específicas.

CUIDADOS DE ADMINISTRAÇÃO

A carboplatina interage com o alumínio constituinte de agulhas, seringas e cateteres, levando à formação

de um precipitado e perda da potência. Não se deve, portanto, utilizar materiais contendo partes de

alumínio que possam entrar em contato com carboplatina na sua preparação ou administração.

Antes de sua administração, esse produto pode ser diluído com solução glicosada a 5% para infusão, numa

concentração de 0,1 mg/mL. Platamine® CS não contém qualquer tipo de conservante. O produto é

acondicionado em frascos-ampola para dose única e deve-se descartar qualquer resíduo não utilizado. Para

reduzir o risco de contaminação microbiana, recomenda-se que a diluição do produto para infusão seja realizada

imediatamente antes do uso e que o procedimento de infusão se inicie o mais rapidamente possível após a

preparação da solução. Antes da administração, soluções de Platamine® CS devem ser inspecionadas

visualmente quanto à presença de material particulado ou mudança na coloração. A infusão deve ser completada

dentro de 24 horas após a preparação e qualquer resíduo deve ser descartado.

Cuidados especiais para infusões IV prolongadas: a carboplatina diluída em solução de cloreto de sódio a 0,9% e

armazenada a 25o

C sofre degradação de, aproximadamente, 5% da concentração inicial em 24 horas. Além disso,

as soluções de cloreto de sódio a 0,9% não são consideradas apropriadas para a infusão pelo risco de conversão à

cisplatina, com possibilidade de aumento da toxicidade. Dessa forma, recomenda-se não diluir Platamine® CS

em solução de cloreto de sódio a 0,9% quando se pretende realizar infusão IV prolongada.

Conservação

Platamine® CS deve ser conservado em temperatura ambiente (abaixo de 25°C), protegido da luz. Não congelar.

O medicamento é de uso único e qualquer solução não utilizada deve ser devidamente descartada.

Precauções especiais de utilização e manipulação

Precauções usuais para manuseio e preparo de medicamentos citotóxicos devem ser realizados durante a

reconstituição e administração de Platamine® CS.

A equipe deve ser treinada com boas técnicas para reconstituição e manuseio. Não é recomendável a

manipulação de agentes citotóxicos, como a carboplatina, por mulheres grávidas.

A preparação deve ser realizada numa área reservada em fluxo laminar vertical, com a bancada de trabalho

coberta com material descartável constituído por papel absorvente de um lado e plástico de outro.

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Deve-se tomar cuidado para evitar a inalação de partículas e a exposição da pele à carboplatina.

Roupas protetoras adequadas devem ser usadas, tais como, luvas de PVC, óculos de segurança, bata protetora e

máscaras descartáveis.

Recomenda-se checar se os encaixes do conjunto de seringas estão firmes para evitar vazamentos.

Em caso de contato acidental com os olhos, lavar com água ou solução salina. Se a pele entrar em contato com o

medicamento, lavar com muita água e, nos dois casos, procurar auxílio médico. Procure imediatamente um

médico caso Platamine® CS seja ingerido ou inalado.

Todos os materiais, agulhas, seringas, frascos e outros itens que tiveram contato com medicamentos citotóxicos

devem ser incinerados. Excreções também devem ser tratadas da mesma forma. Superfícies contaminadas devem

ser lavadas com grande quantidade de água.

Recomenda-se a utilização de seringas "Luer-Lock" ajustáveis e de largo diâmetro interno para minimizar a

pressão e eventual formação de "aerossol". A formação de "aerossol" pode ser diminuída pela utilização, durante

a preparação, de agulha com vácuo.

Precauções especiais para eliminação dos materiais utilizados na preparação do produto

Os materiais utilizados na preparação das soluções de carboplatina, ou materiais usados para proteção corporal,

devem ser colocados num saco de polietileno duplamente selado e incinerados a 1100ºC.

Procedimentos em caso de Extravasamento

Em caso de extravasamento, o acesso à área afetada deve ser restringido. Utilizar dois pares de luvas (borracha

látex), máscara respiratória, bata protetora e óculos de segurança. Limitar a extensão do extravasamento

utilizando uma toalha absorvente ou grânulos adsorventes. Pode-se também utilizar ácido sulfúrico 3M com

permanganato de potássio 0,3M (2:1) ou hipoclorito de sódio 5%. Reunir o material absorvente/adsorvente e

outros resultantes do extravasamento e colocá-los num recipiente de plástico estanque, rotulando-o de acordo

com o conteúdo. Os resíduos citotóxicos devem ser considerados perigosos ou tóxicos e claramente rotulados

"RESÍDUO CITOTÓXICO PARA INCINERAÇÃO A 1100ºC". Estes resíduos devem ser incinerados a essa

temperatura durante, pelo menos, 1 segundo. Lavar o restante da área de extravasamento com quantidade

abundante de água.

Dose Omitida

Como Platamine® CS é um medicamento de uso exclusivamente hospitalar, o plano de tratamento é definido

pelo médico que acompanha o caso. Se o paciente não receber uma dose deste medicamento, o médico deve

redefinir a programação do tratamento. O esquecimento da dose pode comprometer a eficácia do tratamento.

9. REAÇÕES ADVERSAS

Muitos efeitos colaterais do tratamento com Platamine® CS são inevitáveis devido as suas ações farmacológicas.

No entanto, os efeitos adversos são geralmente reversíveis se detectados precocemente.

As reações adversas como relatadas para os vários sistemas são as seguintes:

Tumores benignos, malignos e inespecíficos: raros casos de desenvolvimento de leucemias mielóides agudas e

síndromes mielodisplásicas foram observados em pacientes que foram tratados com carboplatina, principalmente

quando tratados em combinação com outros agentes potencialmente leucemogênicos.

Sangue e sistema linfático: a principal toxicidade dose-limitante da carboplatina é a supressão da medula óssea,

que é manifestada pela trombocitopenia, leucopenia, neutropenia e/ou anemia. A mielosupressão é relacionada à

dose. O nadir de plaquetas e leucócitos/granulócitos normalmente ocorre duas a três semanas após a

administração do fármaco. Recuperação é geralmente adequada a fim de permitir a administração subsequente de

dose de carboplatina após 4 semanas da administração anterior. Anemia (hemoglobina abaixo de 11 g/dL), que

pode ser sintomática, ocorre em grande parte dos pacientes. Este efeito pode ser cumulativo e transfusões podem

ser necessárias particularmente em pacientes sob terapia prolongada (exemplo: mais de 6 ciclos). Sequelas

clínicas de medula óssea/toxicidade hematológica tais como febre, infecções, sepse/choque séptico e hemorragia

podem ser observadas.

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14/mai/2014

Metabolismo e nutrição: podem ocorrer anormalidades dos eletrólitos (hipocalemia, hipocalcemia,

hiponatremia e/ou hipomagnesia).

Sistema nervoso: neuropatias periféricas podem ocorrer, principalmente na forma de parestesias e uma

diminuição dos reflexos dos tendões profundos. O efeito, mais comum em pacientes acima de 65 anos de idade,

parece ser cumulativo, ocorrendo principalmente em pacientes recebendo terapia prolongada e/ou naqueles que

receberam terapia anterior com cisplatina. Os efeitos no sistema nervoso central também podem ocorrer. Em

alguns casos a neurotoxicidade observada com a carboplatina pode ser um efeito retardado da terapia prévia com

cisplatina.

Olhos: anormalidades visuais, com perda visual transitória (que pode ser completa para luz e cores) ou outros

distúrbios podem ocorrer em pacientes tratados com carboplatina. Melhora e/ou recuperação total da visão

geralmente ocorre dentro de semanas após a interrupção do fármaco. Cegueira cortical foi relatada em pacientes

com alteração de função renal recebendo altas doses de carboplatina.

Ouvido e Labirinto: tinido e perda auditiva foram relatados em pacientes recebendo carboplatina. O risco de

ototoxicidade pode ser aumentado pela administração concomitante de outros fármacos ototóxicos (por exemplo,

aminoglicosídeos).

Cardíaco: insuficiência cardíaca congestiva, doença arterial coronariana isquêmica (por exemplo: infarto do

miocárdio, parada cardíaca, angina e isquemia do miocárdio).

Vascular: eventos cerebrovasculares.

Gastrintestinal: náuseas e/ou vômitos, que são geralmente leves a moderados em relação à gravidade, podem

ocorrer dentro de 6 a 12 horas após a administração de Platamine® CS, podendo persistir por até 24 horas ou

mais. Outras reações gastrintestinais como mucosite, diarreia, constipação e dor abdominal também foram

relatadas.

Hepatobiliar: podem ocorrer elevações leves e geralmente transitórias nas concentrações de fosfatase alcalina

sérica, aspartato aminotransferase ou bilirrubina. Anormalidades substanciais nos testes de funções hepáticas

foram relatadas por pacientes tratados com carboplatina que receberam altas doses de carboplatina e transplante

autólogo de medula óssea.

Sistema imune: reações alérgicas a carboplatina têm sido relatadas. E incluem: reações de

anafilaxia/anafilactóides, hipotensão, broncoespasmos e pirexia. Reações de hipersensibilidade podem ocorrer

em poucos minutos após administração intravenosa da carboplatina.

Pele e tecido subcutâneo: podem ocorrer raramente dermatites esfoliativas. Casos de rash eritematoso,

pruridos, urticária e alopecia relacionados ao uso de carboplatina têm sido observados.

Musculoesquelético e de tecido conectivo: mialgia / artralgia.

Renal e urinário: insuficiência renal aguda tem sido raramente reportada. Síndrome hemolítico-urêmica.

Elevações leves e transitórias de concentrações de creatinina sérica e de nitrogênio sanguíneo podem ocorrer.

Risco de nefrotoxicidade induzida pela carboplatina (como, por exemplo, clearance de creatinina diminuído) é

maior em altas doses ou em pacientes previamente tratados com cisplatina.

Geral: astenia, sintomas semelhantes à gripe e reações no local da injeção.

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária - NOTIVISA,

disponível em http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária

Estadual ou Municipal.

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.