Bula do Pletil produzido pelo laboratorio Laboratorios Pfizer Ltda.
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
PLETIL
COMPRIMIDOS REVESTIDOS
500 mg
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Pletil®
tinidazol
I - IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO:
Nome comercial: Pletil®
Nome genérico: tinidazol
APRESENTAÇÕES
Pletil® comprimidos revestidos de 500 mg em embalagens contendo 4 ou 8 comprimidos.
VIA DE ADMINISTRAÇÃO: ORAL
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO
Cada comprimido revestido de Pletil® 500 mg contém o equivalente a 500 mg de tinidazol.
Excipientes: amido pré-gelatinizado, estearato de magnésio, povidona, celulose microcristalina, Opadry® clear e
dióxido de titânio.
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II - INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Pletil® (tinidazol) é indicado nos seguintes casos:
Profilaxia:
Profilaxia de infecções pós-operatórias causadas por bactérias anaeróbias, especialmente aquelas associadas a
cirurgias colônicas, gastrointestinais e ginecológicas.
Tratamento das seguintes infecções:
Infecções anaeróbias, tais como:
infecções intraperitoneais: peritonite, abscessos;
infecções ginecológicas: endometrite, endomiometrite, abscesso tubo-ovariano;
septicemia bacteriana;
infecções de cicatrizes no pós-operatório;
infecções da pele e tecidos moles;
infecções do trato respiratório superior e inferior, pneumonia, empiemia, abscesso pulmonar.
Vaginite inespecífica.
Tricomoníase urogenital (masculina e feminina).
Giardíase.
Amebíase intestinal.
Amebíase extra intestinal, especialmente abscesso hepático amebiano.
Pletil® apresenta eficácia no tratamento da amebíase causada pela Entamoeba histolytica.
Pletil® mostrou eficácia no tratamento de 18 de 20 pacientes com abscesso amebiano no fígado que
apresentaram cura sem eventos adversos sérios.
A eficácia de Pletil® foi demonstrada em estudos randomizados controlados por placebo no tratamento das
vaginoses bacterianas.
Pletil® mostrou eficácia no tratamento de pacientes com giardíase em estudos comparativos com placebo.
A porcentagem de cura para vaginite inespecífica e tricomoníase urogenital é de 95%, para giardíase é de 92,8%,
para amebíase intestinal é de 96,5% e para abscesso hepático amebiano é de 96%.
Referências bibliográficas
SCRAGG, J. N.; RUBIDGE, C. J. & PROCTOR, E. M. Tinidazole in treatment of acute amoebic dysentery in
children. Arch Dis Childhood, v. 51 p. 385-387, 1976.
ABIOSE, P. A.; OLUPITAN, S. B. & YOUSUF, M. Tinidazole in the treatment of amoebic liver abscess. Curr
Ther Res, v. 20 p. 32-35, 1976.
CARMONA, O.; SILVA, H. & ACOSTA, H. Vaginitis due to Gardnerella vaginalis treatment with
tinidazole.Curr Ther Res, a v. 33 p. 898-904, 1983.
EKGREN, J.; NORLING, B. K.; & DEGRE, M. Comparison of tinidazole given as a single dose and on 2
consecutive days for the treatment of nonspecific bacterial vaginosis. Gynecol Obstet Invest, v. 26 p. 313-317,
1988.
MASRY, NAE.; FARID, Z.; & MINER, F. Treatment of giardiasis with tinidazole. Am J Trop Med Hyg, v. 27,
p. 201-202, 1978.
Propriedades Farmacodinâmicas
O tinidazol é o 5-nitroimidazol derivado de um composto imidazólico substituído e possui atividade
antimicrobiana contra bactérias anaeróbias e protozoários. Acredita-se que o mecanismo de ação do tinidazol
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contra bactérias anaeróbias e protozoários envolve a penetração do fármaco no interior da célula do
microrganismo com subsequente destruição da cadeia de DNA ou inibição de sua síntese.
O tinidazol é ativo contra protozoários e bactérias anaeróbias obrigatórias. A atividade contra protozoários inclui
Trichomonas vaginalis, Entamoeba histolytica e Giardia lamblia.
O tinidazol é ativo contra Gardnerella vaginalis e a maioria das bactérias anaeróbias incluindo: Bacteroides
fragilis, Bacteroides melaninogenicus, Bacteroides spp., Clostridium spp., Eubacterium spp., Fusobacterium
spp., Peptococcus spp., Peptostreptococcus spp. e Veillonella spp.
Propriedades Farmacocinéticas
Absorção: o tinidazol é rápida e completamente absorvido após administração oral.
A absorção sistêmica da forma farmacêutica vaginal é mínima em 10% quando comparado com a administração
oral.
Em estudos em voluntários sadios recebendo 2 g de tinidazol oral, foram alcançados níveis de pico plasmático de
40-51 mcg/mL dentro de 2 horas e diminuíram para 11-19 mcg/mL em 24 horas.
Voluntários sadios que receberam 800 mg e 1600 mg de tinidazol intravenoso durante 10-15 minutos,
alcançaram concentrações de picos plasmáticos entre 14 a 21 mcg/mL para a dose de 800 mg e uma média de 32
mcg/mL para a dose de 1600 mg. Após 24 horas da infusão, níveis plasmáticos de tinidazol diminuíram para 4 a
5 mcg/mL e 8,6 mcg/mL, respectivamente, justificando a posologia de dose única diária.
Os níveis plasmáticos diminuem lentamente e o tinidazol pode ser detectado no plasma em concentrações de 0,5
mcg/mL 72 horas após infusão e até 1 mcg/mL 72 horas após administração oral. A meia-vida de eliminação
plasmática de tinidazol está entre 12-14 horas.
Distribuição: o tinidazol é amplamente distribuído em todos os tecidos corporais e atravessa a barreira encefálica,
obtendo concentrações clinicamente eficazes em todos os tecidos. O volume aparente de distribuição é de
aproximadamente 50 litros. Cerca de 12% de tinidazol plasmático está ligado a proteínas plasmáticas.
Eliminação: o tinidazol é excretado pelo fígado e rins. Estudos em voluntários sadios demonstraram que após 5
dias, 60 a 65% de uma dose administrada é excretada pelos rins, sendo 20 a 25% da dose excretada como
fármaco inalterado. Até 5% da dose administrada é excretada nas fezes.
Estudos em pacientes com insuficiência renal (clearance de creatinina < 22 mL/min) indicam que não existe
alteração estatisticamente significante nos parâmetros farmacocinéticos de tinidazol nestes pacientes (vide item 8.
Posologia e Modo de Usar).
Dados de Segurança Pré-Clínicos
Estudos de fertilidade conduzidos em ratos recebendo 100 mg/kg ou 300 mg/kg de tinidazol não demonstraram
efeitos na fertilidade, no peso de adultos e filhotes, na gestação, capacidade de fertilização ou lactação. Houve
um leve aumento, porém não significativo, na taxa de reabsorção na dose de 300 mg/kg. No estudo com 60 dias
de duração, o nível de efeito adverso não observado relacionado com efeitos adversos testiculares e
espermatogênese foi de 100 mg/kg.
Em estudos agudos realizados em ratos e camundongos, a DL50 para camundongos foi > 3600 mg/kg e > 2300
mg/kg para as administrações oral e intraperitonial, respectivamente. Para ratos, a DL50 foi > 2000 mg/kg para
as administrações oral e intraperitonial.
O uso de Pletil® é contraindicado a mulheres durante o primeiro trimestre da gravidez, lactantes (vide item 5.
Advertências e Precauções - Uso durante a Gravidez e Lactação), a pacientes portadores de distúrbios
neurológicos e a pacientes com conhecida hipersensibilidade ao tinidazol ou a qualquer um dos componentes do
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produto. Assim como ocorre com outros fármacos de estruturas similares, Pletil® também é contraindicado a
pacientes que apresentam ou tenham histórico de discrasia sanguínea, embora não se tenha notado alterações
hematológicas persistentes nos estudos clínicos em animais.
Pletil® é um medicamento classificado na categoria C de risco de gravidez, portanto, este medicamento
não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Assim como ocorre com outros compostos relacionados, deve-se evitar o uso de bebidas alcoólicas durante o
tratamento ou no mínimo 72 horas após o término do tratamento com Pletil® devido à possibilidade de ocorrer
reações do tipo dissulfiram (rubor, cãibras abdominais, vômito e taquicardia).
Fármacos com estrutura química similar, incluindo o Pletil®, foram associados a vários distúrbios neurológicos
como tonturas, vertigem, ataxia, neuropatias periféricas e raramente convulsões. Se houver o desenvolvimento de
qualquer um destes sinais neurológicos durante o tratamento com Pletil®, o mesmo deve ser descontinuado.
Esses mesmos fármacos podem ainda produzir leucopenia e neutropenia transitórias. Assim, recomenda-se a
contagem de leucócitos total e diferencial, antes e após o tratamento com a substância, especialmente se um
segundo esquema for necessário.
A carcinogenicidade foi observada em camundongos e ratos tratados de maneira crônica com metronidazol, um
outro agente nitroimidazólico. Apesar de os dados de carcinogenicidade não estarem disponíveis para o
tinidazol, os dois fármacos são estruturalmente relacionados e, portanto, existe um potencial para efeitos
biológicos similares. Os resultados de mutagenicidade com tinidazol foram variados (positivo e negativo) (vide
item 3. Características Farmacológicas– Dados de Segurança Pré-Clínicos). O uso de Pletil para tratamento
mais longo do que o usual deve ser cuidadosamente considerado.
Uso durante a Gravidez e Lactação
Gravidez
O tinidazol atravessa a barreira placentária. Uma vez que os efeitos de compostos desta classe no
desenvolvimento fetal ainda não são definitivamente conhecidos, o produto é contraindicado durante o primeiro
trimestre da gravidez. Embora não existam evidências de que Pletil® seja prejudicial durante os últimos estágios
da gravidez, seu uso nos dois últimos trimestres requer que os potenciais benefícios do tratamento sejam
avaliados contra os possíveis riscos para a mãe e para o feto (vide item 3. Características Farmacológicas - Dados
de Segurança Pré-Clínicos).
Lactação
O tinidazol é distribuído para o leite materno. O tinidazol pode ser encontrado no leite materno por mais de 72
horas após sua administração. As mulheres não devem amamentar durante o tratamento e no mínimo 3 dias após
descontinuação de Pletil®.
Efeitos na Habilidade de Dirigir e Operar Máquinas
Não foi estudado o efeito de tinidazol na habilidade de dirigir e usar máquinas. Não existe evidência que sugira
Anticoagulantes: medicamentos com estrutura química similar ao Pletil® mostrou potencializar os efeitos dos
anticoagulantes orais. O tempo de protrombina deve ser cuidadosamente monitorado e o ajuste da dose do
anticoagulante deve ser feito se necessário.
Álcool: o uso concomitante de tinidazol e álcool pode produzir reações do tipo dissulfiram e deve ser evitado
(vide item 5. Advertências e Precauções).
dissulfiram: evitar o uso com dissulfiram, pois podem ocorrer efeitos confusionais e delírios.
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Pletil® comprimidos revestidos deve ser conservado em temperatura ambiente (entre 15 e 30 ºC), protegido da
luz e umidade e pode ser utilizado por 24 meses a partir da data de fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Características físicas e organolépticas do produto: comprimidos revestidos circulares de cor branca, biconvexos
e superfícies lisas.
Profilaxia
Prevenção de infecções pós-operatórias
Dose única de 2 g, cerca de 12 horas antes da cirurgia.
Tratamento
Infecções anaeróbias
Dose inicial de 2 g no primeiro dia, seguida de 1 g/dia em dose única, ou 500 mg duas vezes ao dia.
A duração do tratamento de 5 a 6 dias é geralmente adequada, no entanto, de acordo com o critério médico, a
duração da terapêutica poderá variar, particularmente quando a erradicação da infecção em certas áreas for mais
difícil.
A observação clínica e laboratorial regular é recomendada e considerada necessária quando a terapia durar mais
de 7 dias.
Vaginite inespecífica
Vaginite inespecífica foi tratada com sucesso com dose única oral de 2 g. Maiores taxas de cura são obtidas com
doses únicas diárias de 2 g durante 2 dias consecutivos (dose total de 4 g).
Tricomoníase urogenital
Quando a infecção por Trichomonas vaginalis for confirmada, é recomendado tratamento simultâneo do parceiro
sexual.
Dose oral única de 2 g.
Giardíase
Amebíase intestinal
Dose oral única diária de 2 g por 2 a 3 dias. Ocasionalmente, quando as três doses únicas diárias forem
ineficientes, o tratamento pode ser continuado por até 6 dias.
Amebíase extra intestinal
Dose única diária de 2 g durante 3 dias consecutivos.
Em casos de abscesso hepático amebiano pode ser necessária a aspiração do pus, além do tratamento com
Pletil®. A dosagem total varia de 4,5 a 12 g, dependendo da virulência da Entamoeba histolytica. O tratamento
deve ser iniciado com dose oral única diária de 1,5 a 2 g durante 3 dias. Ocasionalmente, quando as três doses
únicas diárias forem ineficientes, o tratamento pode ser continuado por até 6 dias.
Uso na Insuficiência Renal
O ajuste da dose em pacientes com insuficiência renal geralmente não é necessário. No entanto, pelo tinidazol ser
facilmente removido por hemodiálise, os pacientes podem necessitar de uma dose adicional de tinidazol para
compensar.
MODO DE USAR
Recomenda-se que Pletil® oral seja administrado durante ou após as refeições.
Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.
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0276726/13-1
MEDICAMENTO NOVO - Inclusão
Inicial de Texto de Bula - RDC
60/12
11-abr-2013 NA Versão inicial
NA – não aplicável