Bula do Plurair para o Profissional

Bula do Plurair produzido pelo laboratorio Libbs Farmacêutica Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

O conteúdo abaixo foi extraído automaticamente da bula original disponibilizada no portal da ANVISA.

Bula do Plurair
Libbs Farmacêutica Ltda - Profissional

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BULA COMPLETA DO PLURAIR PARA O PROFISSIONAL

PLURAIR

Libbs Farmacêutica Ltda.

Suspensão Tópica

50 mcg

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Plurair®

propionato de fluticasona

APRESENTAÇÕES

Spray nasal contendo suspensão tópica com 50 mcg de propionato de fluticasona em cada dose liberada. Frasco spray

nebulizador com 6 mL (equivalente a 60 doses) ou com 12 mL (equivalente a 120 doses).

 

USO INTRANASAL

USO ADULTO E PEDIÁTRICO (ACIMA DE 4 ANOS DE IDADE)

COMPOSIÇÃO

Cada dose de Plurair®

libera 50 mcg de propionato de fluticasona.

Veículos: celulose microcristalina, carmelose sódica, polissorbato 80, simeticona, fosfato de sódio monobásico, fosfato

de sódio dibásico, glicose e água purificada.

INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

1. INDICAÇÕES

Este medicamento está indicado para profilaxia e tratamento da rinite alérgica sazonal e perene, inclusive febre do feno,

em adultos e crianças acima de quatro anos de idade. Para pacientes com rinite alérgica, Plurair®

também é indicado para

o controle da dor e da pressão sinusais associadas à doença.

O propionato de fluticasona tem potente atividade anti-inflamatória, mas quando usado topicamente na mucosa nasal não

exibe nenhuma atividade sistêmica detectável.

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

Em estudo em pacientes com rinite alérgica de moderada a grave, entre 12 e 50 anos de idade, o propionato de

fluticasona na forma de spray nasal reduziu de forma estatisticamente significativa a rinorreia, o prurido e a congestão

nasal quando comparado a placebo (p<0,001)1

. Em outro estudo com maiores de 12 anos, que considerou a soma de uma

pontuação de sintomas (congestão e prurido nasal, rinorreia e espirros), o propionato de fluticasona na forma de spray

nasal melhorou em 91% os sintomas em comparação a placebo2

. O propionato de fluticasona na forma de spray nasal

reduziu de forma significativa a dor e a pressão sinusal ao longo de 14 dias de uso num estudo multicêntrico em 206

pacientes sintomáticos com rinite alérgica (p=0,002 nos dias 1 a 7 e p≤0,023 nos dias 8 a 14)3

.

1- DI LORENZO, G. et al. Randomized placebo-controlled trial comparing fluticasone aqueous nasal spray in mono-

therapy, fluticasone plus cetirizine, fluticasone plus montelukast and cetirizine plus montelukast for seasonal allergic

rhinitis. Clin Exp Allergy, 34(2): 259-267, 2004.

2- DYKEWICZ, M.S. et al. Fluticasone propionate aqueous nasal spray improves nasal symptoms of seasonal allergic

rhinitis when used as needed (prn). Ann Allergy Asthma Immunol. 91(1): 44-48, 2003.

3- RATNER, PH et al. Relief of sinus pain and pressure with fluticasone propionate aqueous nasal spray: a placebo-

controlled trial in patients with allergic rhinitis. Allergy Asthma Proc. 23(4): 259-263, 2002.

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

Propriedades farmacodinâmicas

O propionato de fluticasona é um corticosteroide que possui atividade anti-inflamatória potente. No entanto, quando

usado topicamente na mucosa nasal, não se detecta atividade sistêmica. O propionato de fluticasona pode ocasionar

supressão baixa do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (HHA) ou não produzir supressão. Após administração nasal da

dose de 200 mcg/dia, não se detectou nenhuma alteração significativa na área sob a curva (AUC) do cortisol sérico em 24

horas, em comparação a placebo (taxa de 1,01; IC de 90% de 0,9-1,14).

O tempo estimado para início de ação do propionato de fluticasona é de 12 horas.

Propriedades farmacocinéticas

Absorção: após a administração intranasal de propionato de fluticasona (200 mcg/dia), a concentração plasmática

máxima em estado de equilíbrio não foi quantificável na maioria dos indivíduos (<0,01 ng/ml). A maior Cmáx observada

foi de 0,017 ng/ml. A absorção direta no nariz é mínima devido à baixa solubilidade aquosa, e a maior parte da dose é

eventualmente ingerida. A biodisponibilidade oral absoluta também é muito baixa (<1%), devido à reduzida absorção no

trato gastrintestinal e ao metabolismo de primeira passagem. A absorção sistêmica total resultante tanto da absorção nasal

quanto oral da dose ingerida é mínima.

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Distribuição: o propionato de fluticasona possui grande volume de distribuição no estado de equilíbrio

(aproximadamente 318 litros). A ligação com proteínas plasmáticas é moderadamente alta (91%).

Metabolismo: o propionato de fluticasona é retirado rapidamente da circulação sistêmica, principalmente por

metabolismo hepático, pela transformação em um ácido carboxílico, metabólito inativo, pela enzima CYP3A4 do

citocromo P450. O propionato de fluticasona ingerido também é submetido a extenso metabolismo de primeira

passagem. Os médicos devem ter cautela ao coadministrar potentes inibidores da CYP3A4, como cetoconazol e ritonavir,

que podem aumentar a exposição sistêmica ao propionato de fluticasona.

Eliminação: a taxa de eliminação da administração intravenosa do propionato de fluticasona é linear acima da faixa de

dose de 250-1.000 mcg e se caracteriza por alto clearance plasmático (CL=1,1 l/min). O pico de concentração plasmática

se reduz em aproximadamente 98% no período de três a quatro horas, e apenas baixas concentrações plasmáticas são

associadas com meia-vida terminal de 7.8 horas. O clearance renal do propionato de fluticasona é mínimo (<0,2%) e

menor que 5% para o metabólito ácido carboxílico. A principal via de eliminação do propionato de fluticasona e de seus

metabólitos é biliar.

4. CONTRAINDICAÇÕES

Este medicamento é contraindicado em pacientes com hipersensibilidade ao propionato de fluticasona ou a

qualquer componente de sua formulação.

Este medicamento é contraindicado para menores de 4 anos de idade.

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

As infecções das vias nasais devem ser adequadamente tratadas, porém, não constituem uma contraindicação específica

ao tratamento com propionato de fluticasona.

O benefício total conferido por Plurair®

pode não ser alcançado senão alguns dias após o início do tratamento.

Os médicos devem ter cautela na mudança da medicação de pacientes tratados com corticoides sistêmicos para o

tratamento com propionato de fluticasona, principalmente se houver alguma razão para supor que sua função adrenal

esteja comprometida.

Efeitos sistêmicos com corticosteroides nasais foram relatados, particularmente em doses elevadas prescritas por

períodos prolongados. Estes efeitos são menos prováveis de ocorrer com o uso de corticosteroides nasais do que com

corticosteroides orais e podem variar entre indivíduos e entre diferentes formulações de corticosteroides.

Foi observada uma velocidade de crescimento reduzida em crianças tratadas com corticosteroides intranasais. Portanto,

as crianças devem ser mantidas com a menor dose capaz de controlar adequadamente os sintomas.

Durante o uso pós-comercialização, houve relatos de interações medicamentosas clinicamente significativas em pacientes

que receberam propionato de fluticasona e ritonavir, o que resultou em efeitos sistêmicos dos corticosteroides, inclusive

síndrome de Cushing e supressão adrenal. Portanto, o uso concomitante de propionato de fluticasona e ritonavir deve ser

evitado, a menos que o benefício para o paciente supere o risco dos efeitos colaterais sistêmicos dos corticosteroides (ver

o item Interações Medicamentosas).

Embora Plurair®

seja capaz de controlar a rinite alérgica sazonal, alguns pacientes necessitam de terapia adicional

apropriada devido ao aumento dos alérgenos no verão.

Uso em pacientes pediátricos: ver o item Posologia e Modo de Usar.

Uso em pacientes idosos (acima de 65 anos): a dose normal para adultos é aplicável

Efeitos na habilidade de dirigir veículos ou operar máquinas: não existem relatos sobre o efeito deste medicamento

na capacidade de dirigir e operar máquinas.

Gravidez e lactação

Assim como ocorre com outros fármacos, o uso de propionato de fluticasona spray nasal durante a gravidez e a lactação

humana somente deve ser considerado após avaliação do risco-benefício do medicamento e de terapias alternativas.

As evidências disponíveis sobre a segurança na gravidez humana são inadequadas. Em estudos de reprodução em

animais, efeitos adversos típicos de corticosteroides potentes são observados apenas em níveis altos de exposição

sistêmica. A aplicação intranasal direta assegura exposição sistêmica mínima. Não se investigou a excreção do

propionato de fluticasona no leite humano. Quando níveis plasmáticos mensuráveis foram obtidos em estudos feitos com

ratas de laboratório lactantes após a administração subcutânea, houve evidências da presença de propionato de

fluticasona no leite materno. No entanto, os níveis plasmáticos, após aplicação intranasal de propionato de fluticasona

nas doses recomendadas, provavelmente serão baixos.

Categoria C de risco na gravidez. Este medicamento não deve ser usado por mulheres grávidas sem orientação

médica ou do cirurgião-dentista.

Atenção: este medicamento contém açúcar, portanto, deve ser usado com cautela em portadores de diabetes.

Cada dose de Plurair®

libera 3 mg de glicose (açúcar).

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6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

Em circunstâncias normais, as concentrações plasmáticas de propionato de fluticasona após dose intranasal são muito

baixas, devido ao extenso metabolismo de primeira passagem e ao alto clearance sistêmico mediado pelo citocromo

P450 3A4 no fígado e no intestino. Portanto, são pouco prováveis as interações medicamentosas clinicamente

significativas mediadas por este medicamento.

Um estudo de interação medicamentosa em indivíduos sadios demonstrou que o ritonavir (um inibidor potente do

citocromo P450 3A4) pode aumentar largamente a concentração plasmática do propionato de fluticasona, o que resulta

em reduções significativas da concentração de cortisol no soro. Durante o uso pós-comercialização, houve relatos de

interações medicamentosas clinicamente significativas em pacientes que receberam propionato de fluticasona e ritonavir

intranasal ou inalatório, o que causou efeitos sistêmicos dos corticosteroides, inclusive síndrome de Cushing e supressão

adrenal. Portanto, o uso de propionato de fluticasona e de ritonavir deve ser evitado, a menos que o benefício para o

paciente supere o risco dos efeitos colaterais sistêmicos dos corticosteroides.

Estudos demonstraram que outros inibidores do citocromo P450 3A4 produzem aumentos discretos (eritromicina) e

menores (cetoconazol) na exposição sistêmica ao propionato de fluticasona, sem reduções significativas das

concentrações de cortisol no soro.

Deve-se ter cautela ao coadministrar potentes inibidores do citocromo P450 3A4 (como cetoconazol), pois há um

potencial aumento da exposição sistêmica ao propionato de fluticasona.

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

Este medicamento deve ser mantido em temperatura ambiente (15ºC a 30°C), protegido da luz e umidade.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Plurair®

é uma suspensão branca e inodora

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma

mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

O uso de Plurair®

destina-se apenas a administração por via intranasal.

Posologia

Cada frasco libera aproximadamente 60 ou 120 doses do medicamento, quando corretamente utilizado.

Para benefício terapêutico total, o uso regular é essencial. Os médicos devem explicar para seus pacientes que este

medicamento pode não ter efeito imediato e que o alívio máximo talvez só seja atingido três ou quatro dias após o início

do tratamento.

Plurair®

deve ser utilizado exclusivamente por via intranasal.

Antes de usar Plurair®

, deve-se realizar uma limpeza nasal, de preferência, utilizando soro fisiológico (solução salina).

Instruções de uso

1. Abra a embalagem e retire o frasco.

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2. Agite o frasco antes de usar.

3. Retire a tampa do frasco, puxando-a para cima.

4. Coloque o frasco sobre o dedo polegar e o aplicador entre o dedo indicador e o médio (apoiados nas laterais do

aplicador). Na primeira utilização, a bomba deve ser acionada duas a três vezes até que o líquido seja

vaporizado.

5. Coloque o frasco na narina e empurre o fundo do frasco, usando o polegar contra os dedos indicador e médio, de

forma rápida e firme.

6. Atenção, a válvula possui dois estágios. Para funcionar, aperte vigorosamente até o final (2º estágio) para a

saída do jato.

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7. Repita o procedimento na outra narina.

8. Limpe o aplicador com um lenço de papel, tampe o frasco e guarde-o na embalagem original.

Importante: a apresentação de Plurair® em spray dosimetrado facilita a administração em crianças (acima de 4 anos de

idade), por que em cada “bombada” é liberada uma pequena quantidade da solução em spray, ideal para atingir uma

grande área de contato, sem no entanto, induzir ao “afogamento”, tão comum com o uso de conta-gotas. O tamanho do

orifício é projetado para a saída da dosagem adequada do medicamento. Sua fórmula é livre de conservantes, o que evita

a irritação da mucosa nasal e a consequente piora do quadro alérgico a longo prazo. Não introduza qualquer objeto na

abertura da bomba. Isso pode danificá-la e causar a contaminação do medicamento.

 Para a profilaxia e o tratamento de rinite alérgica sazonal e perene. Adultos e crianças maiores de 12 anos

de idade: duas doses em cada narina uma vez ao dia, de preferência pela manhã. Em alguns casos, duas doses

em cada narina duas vezes ao dia podem ser necessárias. A dose diária máxima é obtida com quatro aplicações

em cada narina e não deve ser excedida.

 Crianças de 4 a 11 anos de idade: uma dose em cada narina uma vez ao dia, de preferência pela manhã. Em

alguns casos, pode ser necessário aplicar uma dose em cada narina duas vezes ao dia. A dosagem diária máxima

não deve exceder duas doses em cada narina.

 Idosos: a dose normal para adultos é aplicável.

Esquecimento de dose (dose omitida): no caso de esquecimento de uma dose, orientar o paciente a utilizar o

medicamento assim que possível. Se estiver próximo ao horário da dose seguinte, a dose esquecida deve ser desprezada e

deve-se voltar ao esquema normal. Não devem ser utilizadas duas doses ao mesmo tempo.

9. REAÇÕES ADVERSAS

Reação muito comum ou muito frequente (≥ 10%): epistaxe.

Reação comum ou frequente (≥ 1% e < 10%): cefaleia, disgeusia, cacosmia; ressecamento nasal, irritação nasal,

ressecamento na garganta, irritação na garganta.

Assim como, com uso de outros sprays nasais, sabor e odor desagradável, além de cefaleia foram relatados.

Tal como acontece com outros produtos intranasais: secura, irritação do nariz e da garganta e epistaxe foram relatados.

Reação muito rara (< 0,01%): reações de hipersensibilidade, anafilaxia/reações anafiláticas, broncoespasmo, rash

cutâneo, edema de face ou língua; glaucoma, aumento da pressão intraocular, catarata (*); perfuração do septo nasal.

Após o uso de corticosteroides intranasais perfurações do septo nasal foram relatadas.

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* Um número muito pequeno de relatos espontâneos foi identificado durante tratamento prolongado. Entretanto, estudos

clínicos de mais de um ano de duração demonstraram que o propionato de fluticasona intranasal não está associado com

o aumento da incidência de eventos, inclusive catarata, elevação da pressão intraocular ou glaucoma.

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA,

disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou

Municipal.

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.