Bula do Praxetina produzido pelo laboratorio Wyeth Indústria Farmacêutica Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
PRAXETINA
cloridrato de paroxetina
Wyeth Industria Farmacêutica Ltda.
Comprimidos revestidos
20 mg
PRXCOR_05 Aropax (GlaxoSmithKline Brasil Ltda) – 23/06/2014
16 Jul 2014 1/13
TEXTO DE BULA
PRAXETINATM
(cloridrato de paroxetina)
I - IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
APRESENTAÇÕES
(cloridrato de paroxetina) 20 mg em embalagens contendo 10, 30 ou 60 comprimidos
revestidos.
VIA DE ADMINISTRAÇÃO: ORAL
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO
Cada comprimido revestido contém 22,76 mg de cloridrato de paroxetina, equivalente a 20 mg de
paroxetina.
Excipientes: fosfato de cálcio dibásico diidratado, amidoglicolato de sódio, estearato de magnésio,
hipromelose/macrogol, dióxido de titânio, dióxido de silício, álcool etílico e água de osmose reversa.
16 Jul 2014 2/13
II - INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Adultos
Depressão
Tratamento dos sintomas do transtorno depressivo de todos os tipos, inclusive depressão reativa e
grave e depressão acompanhada de ansiedade. Após uma resposta satisfatória inicial, a continuação
da terapia com PRAXETINA
TM
(cloridrato de paroxetina) é eficaz na prevenção de recidiva da
depressão.
Transtornos de ansiedade
Tratamento dos sintomas e prevenção de recidiva do transtorno obsessivo-compulsivo (TOC).
- Tratamento dos sintomas e prevenção de recidiva do transtorno do pânico com ou sem agorafobia.
- Tratamento de fobia social/transtorno de ansiedade social.
- Tratamento dos sintomas e prevenção de recidiva do transtorno de ansiedade generalizada.
- Tratamento do transtorno de estresse pós-traumático.
Crianças e adolescentes menores de 18 anos
Todas as indicações
PRAXETINA
não é indicado para crianças nem adolescentes menores de 18 anos (ver a seção
Advertências e Precauções).
Estudos clínicos controlados feitos com crianças e adolescentes que apresentavam transtorno
depressivo maior não evidenciaram eficácia e não embasam o uso de paroxetina no tratamento de
depressão nessa população (ver a seção Advertências e Precauções).
A eficácia e a segurança do uso de PRAXETINA
em crianças menores de 7 anos não foram
estudadas.
O risco relativo de recorrência de depressão maior em idosos tratados com psicoterapia mais
placebo foi 140% mais elevado do que o risco existente entre os pacientes que receberam paroxetina
após um período de dois anos de acompanhamento (Reynolds CF, 2006).
Nos pacientes com transtorno de ansiedade generalizada (TAG), a paroxetina é eficaz mesmo no
longo prazo, com resolução dos sintomas, redução da ansiedade, melhora funcional significativa
(redução média de 57% na escala HAM-A) e perfil de tolerabilidade superior ao dos
benzodiazepínicos. Os índices de remissão são significativos e proporcionais à duração do
tratamento – especialmente após três meses (Van Ameringen M, 2005; Ball SG, 2005; Ballenger JC,
2004).
Propriedades farmacodinâmicas
A paroxetina é um potente ISRS, isto é, inibidor seletivo da recaptação de serotonina (5-
hidroxitriptamina, ou 5-HT). Acredita-se que sua ação antidepressiva e sua eficácia no tratamento do
transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) e do transtorno do pânico estejam relacionadas à inibição
específica da recaptação de serotonina pelos neurônios cerebrais.
A paroxetina não está quimicamente relacionada aos antidepressivos tricíclicos, tetracíclicos nem a
outros antidepressivos disponíveis.
Os tratamentos prolongados com paroxetina evidenciam que sua ação antidepressiva se mantém por
no mínimo um ano.
Em estudos clínicos controlados por placebo, a eficácia de paroxetina no tratamento do transtorno do
pânico também se manteve por pelo menos um ano.
Propriedades Farmacocinéticas
Absorção
O estado de equilíbrio dos níveis sistêmicos é atingido no período de 7 a 14 dias após o início do
tratamento e a farmacocinética parece não se alterar durante as terapias prolongadas.
A paroxetina é bem absorvida após administração oral e apresenta metabolismo de primeira
passagem.
PRXCOR_05 Aropax (GlaxoSmithKline Brasil Ltda) – 23/06/2014
16 Jul 2014 3/13
Metabolismo
Os principais metabólitos da paroxetina são polares e conjugados por produtos de oxidação e
metilação e rapidamente metabolizados. Considerando-se a relativa falta de atividade farmacológica,
é muito pouco provável que contribuam com os efeitos terapêuticos de paroxetina.
Eliminação
A meia-vida de eliminação, embora variável, é geralmente de cerca de um dia.
PRAXETINA
TM
é contraindicado para pacientes com conhecida hipersensibilidade à droga ou a
qualquer componente da fórmula.
não deve ser usado concomitantemente com inibidores da monoaminoxidase (IMAO),
inclusive a linezolida (antibiótico inibidor não seletivo reversível da MAO) e cloridrato de metiltionina
(azul de metileno), nem no período de duas semanas após o término do tratamento com esses
inibidores. Da mesma forma, não se recomenda iniciar terapia com os IMAO antes de duas semanas
após o término do tratamento com PRAXETINA
PRAXETINATM
não deve ser usado concomitantemente com a tioridazina, uma vez que, assim como
outras drogas que inibem a enzima hepática 2D6 do citocromo P450 (CYP2D6), a paroxetina pode
elevar os níveis plasmáticos da tioridazina (ver a seção Interações Medicamentosas). A
administração isolada desse fármaco pode levar ao prolongamento do intervalo QTc, com
associação de arritmia ventricular grave, como torsades de pointes, e morte súbita.
(ver a seção Interações Medicamentosas).
não deve ser usado concomitantemente com pimozida (ver a seção Interações
Medicamentosas).
Este medicamento é contraindicado para menores de 18 anos de idade.
Durante o tratamento, o paciente não deve dirigir veículos ou operar máquinas, pois sua habilidade e
atenção podem estar prejudicadas.
Categoria D de risco na gravidez.
Este medicamento não deve ser usado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do
cirurgião-dentista.
Crianças e adolescentes menores de 18 anos
O tratamento com antidepressivos associa-se ao aumento do risco de pensamento e/ou
comportamento suicida em crianças e adolescentes com transtorno depressivo maior e outros
transtornos psiquiátricos. Em estudos clínicos realizados com crianças e adolescentes que usavam
paroxetina, observaram-se com mais frequência eventos adversos relacionados à possibilidade de
suicídio (pensamentos ou tentativas suicidas) e à hostilidade (predominantemente agressão,
comportamento opositor ou raiva) nos pacientes tratados com paroxetina do que nos que receberam
placebo (ver a seção Reações Adversas). Existem poucos dados sobre segurança de longo prazo do
uso do medicamento em crianças e adolescentes relacionados a crescimento, maturidade e
desenvolvimento comportamental e cognitivo.
Piora do quadro clínico e risco de suicídio entre adultos
Os adultos jovens, especialmente os que apresentam transtorno depressivo maior, podem correr
mais risco de manifestar comportamento suicida durante o tratamento com paroxetina. A análise de
estudos clínicos controlados por placebo em pacientes adultos com transtornos psiquiátricos
evidenciou maior frequência de comportamento suicida nos adultos jovens (prospectivamente
definidos como de 18 a 24 anos de idade) tratados com paroxetina em comparação com placebo
(17/776 [2,19%] versus 5/542 [0,92%]); entretanto, essa diferença não foi estatisticamente
significativa. No grupo de participantes mais velhos (de 25 a 64 anos e maiores de 65 anos), não se
observou esse aumento. Entre os adultos com transtorno depressivo maior (de todas as idades),
houve aumento significativo da frequência de comportamento suicida nos pacientes tratados com
paroxetina em comparação com placebo (11/3.455 [0,32%] versus 1/1.978 [0,05%]; todos esses
eventos se configuraram como tentativas de suicídio). Entretanto, a maior parte das tentativas (8 em
11) ocorreu entre adultos jovens de 18 a 30 anos que usavam paroxetina. Esses dados sobre
transtorno depressivo maior sugerem que a frequência mais alta observada na população adulta
jovem com transtornos psiquiátricos pode ser estendida além dos 24 anos de idade.
Os pacientes com depressão podem apresentar piora dos sintomas depressivos ou o surgimento de
pensamento e/ou comportamento suicida tomando ou não medicação antidepressiva. O risco
PRXCOR_05 Aropax (GlaxoSmithKline Brasil Ltda) – 23/06/2014
16 Jul 2014 4/13
persiste até a ocorrência de remissão significativa. A experiência clínica com terapias
antidepressivas indica, de modo geral, que o risco de suicídio aumenta no estágio inicial de
recuperação.
Outros distúrbios psiquiátricos para os quais PRAXETINA
TM
é indicado podem estar associados ao
aumento do risco de comportamento suicida, e essas condições também são comorbidades
associadas ao transtorno depressivo maior. Ademais, pacientes com história de pensamento e/ou
comportamento suicida, adultos jovens e que exibem um grau significativo de ideação suicidas antes
do início do tratamento possuem um risco mais elevado para pensamentos e tentativas de suicídio.
Todos os pacientes devem ser monitorados quanto à piora do quadro clínico (inclusive
desenvolvimento de novos sintomas) e risco de suicídio durante o tratamento, especialmente no
início ou em qualquer momento em que haja alteração de dose (aumento ou redução).
Os pacientes (e os cuidadores) devem ser alertados sobre a necessidade de monitorar qualquer piora
do quadro geral (inclusive desenvolvimento de novos sintomas) e/ou o aparecimento de
comportamentos ou ideação suicidas, ou pensamentos de ferir a si mesmos e de procurar auxílio
médico imediatamente caso isso aconteça. É importante reconhecer que o surgimento de sintomas
como agitação, acatisia ou mania pode estar relacionado com a doença subjacente ou com o próprio
medicamento (ver, nesta seção, os itens Acatisia e Mania e Transtorno Bipolar e a seção Reações
Adversas).
Deve-se considerar a possibilidade de alterar o regime terapêutico, inclusive de descontinuar a
medicação, no caso dos pacientes com histórico de piora clínica (inclusive desenvolvimento de
novos sintomas) e/ou de surgimento de ideias ou comportamentos suicidas, especialmente se esses
sintomas forem graves, de início abrupto ou se não faziam parte do quadro inicial.
Acatisia
Raramente o uso de PRAXETINA
ou de outro ISRS relaciona-se ao desenvolvimento de acatisia,
caracterizada por sensação de inquietude, agitação psicomotora e incapacidade do paciente de
permanecer na mesma posição e geralmente associada a uma sensação de desconforto subjetivo. É
mais provável que isso ocorra nas primeiras semanas de tratamento.
Síndrome serotoninérgica/síndrome neuroléptica maligna
Em raros casos, o desenvolvimento de eventos relacionados à síndrome serotoninérgica ou à
síndrome neuroléptica maligna pode ocorrer em associação ao tratamento com PRAXETINA
,
particularmente quando administrado com outra droga serotoninérgica ou neuroléptica. Como essas
síndromes podem resultar em risco potencial de morte, deve-se descontinuar o tratamento com
PRAXETINA
se tais eventos ocorrerem (caracterizados por sintomas como hipertermia, rigidez,
mioclonias, instabilidade autonômica com possíveis flutuações rápidas dos sinais vitais, mudanças
de estado mental, incluindo confusão, irritabilidade e agitação extrema progredindo para delírio e
coma) e iniciar terapia sintomática de suporte. PRAXETINA
não deve ser usado em associação
com precursores de serotonina (tais como L-triptofano e oxitriptano) devido ao risco de síndrome
serotoninérgica (ver as seções Contraindicações e Advertências e Precauções).
Mania e transtorno bipolar
Um episódio depressivo grave pode ser a manifestação inicial do transtorno bipolar. Acredita-se, de
modo geral (hipótese não confirmada por ensaios clínicos), que tratar tal episódio apenas com
antidepressivo pode aumentar a probabilidade de precipitação de um episódio de mania misto nos
pacientes sob-risco de transtorno bipolar. Antes de iniciar o tratamento com antidepressivo, os
pacientes devem ser adequadamente avaliados para que se determine o risco de transtorno bipolar.
Essa avaliação deve abranger história psiquiátrica detalhada, inclusive história familiar de suicídio,
transtorno bipolar e depressão. Deve-se notar que paroxetina não foi aprovado para uso no
tratamento de depressão no transtorno bipolar. Como todo antidepressivo, a paroxetina deve ser
usada com cautela em pacientes com história de mania.
Tamoxifeno
Alguns estudos têm demonstrado que a eficácia do tamoxifeno, medida pelo risco de recaída do
câncer de mama / mortalidade, pode ser reduzida quando prescrito em associação com paroxetina
como um resultado da inibição irreversível da paroxetina ao CYP2D6 (ver a seção Interações
Medicamentosas). Este risco pode aumentar com a longa duração da coadministração. Quando o
tamoxifeno é usado para o tratamento ou prevenção de câncer de mama, os médicos devem
considerar o uso de um antidepressivo alternativo com pouca ou nenhuma inibição de CYP2D6.
16 Jul 2014 5/13
Fratura óssea
Estudos epidemiológicos sobre risco de fratura após exposição a alguns antidepressivos, inclusive os
ISRS, relatam associação com fraturas. O risco ocorre durante o tratamento e é maior nas fases
iniciais. A possibilidade de fratura deve ser considerada no tratamento de doentes com
.
Inibidores da monoaminoxidase (IMAO)
O tratamento com PRAXETINA
deve ser iniciado cautelosamente no mínimo duas semanas após o
término do tratamento com inibidores da MAO, aumentando-se gradativamente a dosagem de
até alcançar resposta adequada (ver as seções Contraindicações e Interações
Medicamentosas).
Insuficiência renal/hepática
Deve-se ter cautela ao administrar este medicamento a pacientes com insuficiência renal grave ou
hepática (ver a seção Posologia e Modo de Usar).
Epilepsia
Da mesma forma que outros antidepressivos, PRAXETINA
deve ser usado com cuidado nos
pacientes com epilepsia.
Convulsões
Em geral, a incidência de convulsões é menor que 0,1% entre os pacientes tratados com paroxetina.
Deve-se descontinuar o medicamento quando o paciente apresentar convulsão.
Glaucoma
Assim como ocorre com outros ISRS, PRAXETINA
pode causar midríase e deve ser usado com
cautela nos pacientes com glaucoma de ângulo agudo.
Eletroconvulsoterapia (ECT)
Há pouca experiência clínica com a administração concomitante de paroxetina em pacientes sob
ECT. Entretanto, existem raros relatos de prolongamento de convulsões induzidas por ECT e/ou
convulsões secundárias em pacientes com ISRS.
Hiponatremia
Houve relatos raros, predominantemente em idosos. A hiponatremia geralmente se reverte com a
descontinuação da paroxetina.
Hemorragia
Há relatos de sangramento na pele e membranas mucosas (incluindo sangramento gastrintestinal e
ginecológico) após tratamento com paroxetina. Deve-se, portanto, usar o medicamento com cautela
em pacientes predispostos a condições hemorrágicas ou sob tratamento concomitante com drogas
que aumentem o risco de sangramento (ver Reações Adversas).
Problemas cardíacos
Devem-se manter as precauções usuais no tratamento de pacientes com doença cardíacas.
Sintomas observados com a descontinuação de paroxetina em adultos
Em estudos clínicos conduzidos em adultos, observaram-se eventos adversos decorrentes da
descontinuação do tratamento em 30% dos pacientes que receberam paroxetina, em comparação a
20% dos pacientes tratados com placebo. Os sintomas decorrentes da descontinuação são diferentes
dos resultantes da dependência produzida pelo abuso de substâncias lícitas ou ilícitas.
Há relatos de vertigens, distúrbios sensoriais (inclusive parestesia, sensação de choque elétrico e
zumbido), distúrbios do sono (inclusive sonhos intensos), agitação ou ansiedade, náuseas, tremor,
confusão, sudorese, cefaleia e diarréia. Geralmente esses sintomas variam de leves a moderados;
entretanto, em alguns casos, podem ser graves. Eles ocorrem, normalmente, nos dias seguintes à
descontinuação do tratamento, mas existem raros relatos de ocorrências após o esquecimento de
uma dose. Esses sintomas são, de modo geral, autolimitados e desaparecem em duas semanas,
embora, em alguns indivíduos esse tempo se prolongue (de dois a três meses ou mais). Dessa
16 Jul 2014 6/13
forma, recomenda-se que retirar paroxetina gradualmente por várias semanas ou meses, até a
descontinuação total do tratamento, de acordo com as necessidades do paciente. (ver na seção
Posologia e Modo de Usar, o item Descontinuação de PRAXETINATM
).
Sintomas observados com a descontinuação de paroxetina em crianças e adolescentes
Em estudos clínicos conduzidos com crianças e adolescentes, observaram-se eventos adversos
decorrentes da descontinuação do tratamento em 32% dos pacientes que receberam paroxetina em
comparação a 24% dos tratados com placebo. Houve relatos de eventos causados pela
descontinuação de paroxetina em pelo menos 2% dos pacientes e cuja ocorrência foi no mínimo
duas vezes maior do que entre os pacientes tratados com placebo. Esses eventos foram labilidade
emocional (inclusive ideação suicida, tentativa de suicídio, alterações de humor e vontade de
chorar), nervosismo, vertigem, náusea e dor abdominal (ver a seção Reações Adversas).
Efeitos sobre a capacidade de dirigir veículos e de operar máquinas
A experiência clínica demonstra que a terapia com paroxetina não está associada à deterioração da
função cognitiva nem da função psicomotora. Contudo, como é o caso de todas as drogas
psicoativas, os pacientes devem ser advertidos sobre a capacidade de dirigir veículos motorizados
ou de operar máquinas.
Apesar de PRAXETINATM
não aumentar as deficiências mentais e habilidades motoras causadas por
álcool, o uso concomitante de PRAXETINATM
com álcool não é recomendado.
Durante o tratamento, o paciente não deve dirigir veículos ou operar máquinas, pois sua
habilidade e atenção podem estar prejudicadas.
Fertilidade
Alguns estudos clínicos têm demonstrado que os ISRS (incluindo paroxetina), podem afetar a
qualidade do esperma. Este efeito parece ser reversível após a descontinuação do tratamento.
Alterações na qualidade do esperma pode afetar a fertilidade em alguns homens.
Gravidez e Lactação
Estudos com animais não demonstraram efeitos teratogênicos nem embriotóxicos seletivos.
Estudos epidemiológicos recentes conduzidos entre mulheres grávidas expostas a antidepressivos
durante o primeiro trimestre de gestação mostraram aumento do risco de malformações congênitas,
particularmente cardiovasculares (como defeitos do septo atrial e ventricular), associadas ao uso da
paroxetina. Os dados sugerem que o risco do feto apresentar defeito cardiovascular após exposição
materna à paroxetina é de aproximadamente 1/50 em comparação com a taxa esperada de
incidência desses efeitos na população geral, que é de aproximadamente 1/100.
O médico precisa avaliar alternativas possíveis de tratamento para mulheres grávidas ou que
planejam engravidar e somente prescrever PRAXETINA
quando os benefícios potenciais
justificarem os riscos. No caso da opção pela descontinuação do tratamento, o médico deve observar
a seção Posologia e Modo de Usar (item Descontinuação de PRAXETINA
) e a seção Advertências
e Precauções (item Sintomas Observados com a Descontinuação de PRAXETINA
em Adultos).
Houve relatos de nascimento prematuro em casos de mulheres grávidas expostas à paroxetina ou a
outros ISRS, entretanto não se estabeleceu nenhuma relação causal.
Deve-se monitorar o recém-nascido caso a mãe tenha dado continuidade ao tratamento com
nos estágios finais da gravidez, uma vez que houve relatos de complicações em
neonatos expostos à paroxetina ou a outros ISRS após o terceiro trimestre de gravidez. Entretanto,
não foi possível estabelecer uma relação causal com a terapia. Os achados clínicos relatados
incluem: desconforto respiratório, cianose, apneia, convulsões, instabilidade térmica, dificuldade de
amamentar, vômito, hipoglicemia, hipertonia, hipotonia, hiper-reflexia, tremor, nervosismo,
irritabilidade, letargia, choro constante e sonolência. Em alguns casos, os sintomas foram descritos
como síndrome de abstinência neonatal. A maior parte das complicações ocorreu imediatamente ou
pouco após o nascimento (menos de 24 horas).
Estudos epidemiológicos mostraram que o uso de ISRS (inclusive da paroxetina) na gravidez,
particularmente na gravidez avançada, associou-se ao aumento do risco de hipertensão pulmonar
persistente em recém-nascidos. O aumento de risco entre crianças nascidas de mulheres que
usaram ISRS nos estágios mais avançados de gestação revelou-se de quatro a cinco vezes maior
que o observado na população geral (taxa de 1 a 2 em cada grupo de 1.000 grávidas).
16 Jul 2014 7/13
Uma pequena quantidade de paroxetina é excretada no leite materno. Em estudos publicados, as
concentrações séricas em crianças amamentadas foram indetectáveis (<2 ng/mL) ou muito baixas
(<4 ng/mL). Não se observaram sinais de efeitos da droga nessas crianças. Contudo, PRAXETINA
não deve ser usado durante a amamentação, a menos que os benefícios esperados para a mãe
justifiquem os riscos potenciais para a criança.
Toxicidade, carcinogenicidade e genotoxicidade
Estudos toxicológicos foram conduzidos em macacos rhesus e ratos albinos; em ambos, a via
metabólica é semelhante à que foi descrita em humanos. Como esperado, com as aminas lipofílicas,
incluindo antidepressivos tricíclicos, foi detectado fosfolipidose em ratos. A fosfolipidose não foi
observada em estudos de duração de até um ano em primatas, com doses que foram seis vezes
maior do que o intervalo de doses clínicas aconselhável.
Em estudos de dois anos conduzidos em camundongos e ratos, a paroxetina não apresentou efeito
carcinogênico.
Não foi observada genotoxicidade em uma série de ensaios in vitro e in vivo.
Categoria D de risco na gravidez.
Este medicamento não deve ser usado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do
cirurgião-dentista.
Atenção: este medicamento contém açúcar, portanto, deve ser usado com cautela em
Drogas serotoninérgicas: assim como ocorre com outros ISRS, a coadministração de drogas
serotoninérgicas pode levar ao aumento dos efeitos associados à 5-HT, ou síndrome serotoninérgica
(ver a seção Advertências e Precauções). Deve-se ter cuidado e efetuar monitoramento clínico
minucioso ao combinar paroxetina com drogas serotoninérgicas (inclusive L-triptofano, triptano,
tramadol, ISRS, lítio, fentanil e preparações à base de erva-de-são-joão, ou Hypericum perforatum).
O uso concomitante de paroxetina e inibidores da MAO (incluindo linezolida, um antibiótico que é um
inibidor reversível não seletivo da MAO e cloreto de metiltionina (azul de metileno) é contraindicado
(ver a seção Contraindicações).
Pimozida: em estudo de dose única e baixa da pimozida (2 mg), em coadministração com a
paroxetina, foi demonstrado aumento nos níveis de pimozida . Isso se explica pelas conhecidas
propriedades da paroxetina de inibir a CYP2D6. Devido à estreita janela terapêutica da pimozida e a
sua conhecida capacidade de prolongar o intervalo QT, seu uso concomitante com PRAXETINATM
Enzimas metabolizadoras de drogas: o metabolismo e a farmacocinética da paroxetina podem ser
afetados pela indução ou inibição de enzimas metabolizadoras de drogas.
é
contraindicado (ver a seção Contraindicações).
Quando paroxetina é coadministrado com um inibidor conhecido da enzima metabolizadora, deve-se
cogitar o uso das doses mais baixas da faixa terapêutica. Não se deve considerar necessário
nenhum ajuste da dose inicial quando a droga coadministrada for um indutor conhecido (como
carbamazepina, rifampicina, fenobarbital e fenitoína). Qualquer ajuste de dose subsequente deve ser
determinado pelos efeitos clínicos (tolerabilidade e eficácia).
Fosamprenavir/ritonavir: a coadministração de fosamprenavir/ritonavir e da paroxetina reduz
significativamente os níveis plasmáticos desta última. Qualquer ajuste de dose deve levar em conta
o efeito clínico (tolerabilidade e eficácia).
Prociclidina: a administração diária da paroxetina aumenta significativamente os níveis plasmáticos
da prociclidina. Se houver efeitos anticolinérgicos, a dose de prociclidina deve ser reduzida.
Anticonvulsivantes: a administração concomitante de drogas como carbamazepina, fenitoína e
valproato de sódio não parece interferir no perfil farmacocinético/farmacodinâmico em pacientes
epiléticos.
Bloqueadores neuromusculares: Os inibidores seletivos da recaptação da serotonina (ISRS)
reduzem a atividade da colinesterase plasmática resultando em um prolongamento da ação
do bloqueio muscular de mivacúrio e suxametônio.
Potencial inibitório da paroxetina sobre a CYP2D6: assim como os demais antidepressivos,
inclusive outros ISRS, a paroxetina inibe a CYP2D6, enzima hepática do citocromo P450. Essa
inibição pode conduzir ao aumento da concentração plasmática de drogas coadministradas
metabolizadas pela CYP2D6. Isso abrange certos antidepressivos tricíclicos (como amitriptilina,
nortriptilina, imipramina e desipramina), neurolépticos fenotiazínicos (como perfenazina e tioridazina
PRXCOR_05 Aropax (GlaxoSmithKline Brasil Ltda) – 23/06/2014
16 Jul 2014 8/13
[ver a seção Contraindicações]), risperidona, atomoxetina, certos antiarrítmicos do tipo 1c (como
propafenona e flecainida) e metoprolol.
Tamoxifeno tem um metabólito ativo importante, endoxifeno, que é produzido pela CYP2D6 e que
contribui significativamente para a eficácia do tamoxifeno. A inibição irreversível da CYP2D6 pela
paroxetina leva a concentrações plasmáticas reduzidas de endoxifen (ver a seção Advertências e
Precauções).
CYP3A4: um estudo de interação in vivo sobre coadministração, no estado de equilíbrio, de
paroxetina e terfenadina, um substrato da enzima 3A4 do citocromo P450 (CYP3A4), revelou que a
paroxetina não afetou a farmacocinética da terfenadina. Um estudo similar sobre interação in vivo
revelou que a paroxetina não afetou a farmacocinética do alprazolam e vice-versa. A administração
concomitante de paroxetina com terfenadina, alprazolam ou outras drogas que sejam substratos da
CYP3A4 não devem ser consideradas perigosas.
Estudos clínicos demonstraram que a absorção e a farmacocinética da paroxetina não são afetadas
ou são marginalmente afetadas (em níveis que não exigem ajustes de dose) por:
• alimentos;
• antiácidos;
• digoxina;
• propranolol;
• álcool (a paroxetina não potencializa a redução da habilidade motora e mental causada pelo álcool,
entretanto, o uso concomitante de paroxetina e álcool não é recomendável).
DURANTE O CONSUMO, ESTE PRODUTO DEVE SER MANTIDO NO CARTUCHO DE
CARTOLINA, CONSERVADO EM TEMPERATURA AMBIENTE (ENTRE 15 E 30°C). PROTEGER
DA LUZ E UMIDADE.
O PRODUTO TEM PRAZO DE VALIDADE DE 24 MESES A PARTIR DA DATA DE FABRICAÇÃO,
IMPRESSA NA EMBALAGEM.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Aspecto físico/características organolépticas
Comprimido revestido oblongo de cor branca.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Modo de usar
Recomenda-se que PRAXETINA
TM
seja administrado em dose única diária, pela manhã, com a
alimentação. Os comprimidos devem ser engolidos inteiros e, de preferência, com um copo de água.
Posologia
Adultos
Segundo se recomenda no caso de todas as drogas antidepressivas, a posologia deve ser avaliada e
ajustada, se necessário, duas ou três semanas após o início do tratamento, reajustando-se, a partir
de então, conforme for clinicamente apropriado.
Os pacientes devem ser tratados por período suficiente para garantir a resolução dos sintomas. Esse
período pode ser de vários meses para o tratamento da depressão ou mais longo para o tratamento
do transtorno obsessivo-compulsivo ou do transtorno do pânico.
Assim como ocorre com muitos fármacos psicoativos, deve-se evitar a descontinuação abrupta de
PRAXETINA
(ver a seção Reações Adversas).
Depressão
A dose recomendada é de 20 mg ao dia. Para alguns pacientes, pode ser necessário aumentar a
dosagem. Isso deve ser feito gradativamente, com acréscimos de 10 mg até atingir a dose máxima
de 50 mg, de acordo com a resposta do paciente.
Transtorno obsessivo-compulsivo (TOC)
PRXCOR_05 Aropax (GlaxoSmithKline Brasil Ltda) – 23/06/2014
16 Jul 2014 9/13
A dose recomendada é de 40 mg ao dia. O tratamento deve ser iniciado com 20 mg ao dia,
aumentando-se semanalmente a dose com acréscimos de 10 mg. Alguns pacientes se beneficiam do
aumento da dosagem até o máximo de 60 mg/dia.
Transtorno do pânico
A dose recomendada é de 40 mg ao dia. O tratamento deve ser iniciado com 10 mg ao dia,
aumentando-se semanalmente a dose, com acréscimos de 10 mg, de acordo com a resposta dos
pacientes. Alguns se beneficiam do aumento da dosagem até o máximo de 50 mg/dia.
Recomenda-se uma dose inicial baixa, pois conforme é geralmente reconhecido, existe um potencial
de piora da sintomatologia do pânico no início do tratamento.
Fobia social/transtorno de ansiedade social
A dose recomendada é de 20 mg ao dia. Os pacientes que não responderem a essa posologia
podem beneficiar-se de aumentos de 10 mg, conforme necessário, até o máximo de 50 mg/dia. As
alterações de dosagem devem ocorrer em intervalos de pelo menos uma semana.
Transtorno de ansiedade generalizada
A dose recomendada é de 20 mg ao dia. Alguns pacientes não respondem a essa posologia e podem
beneficiar-se de aumentos de 10 mg, conforme necessário, até a dose máxima de 50 mg/dia, de
acordo com sua resposta.
Transtorno de estresse pós-traumático
beneficiar-se de aumentos de 10 mg, conforme necessário, até o máximo de 50 mg/dia, de acordo
com sua resposta.
Descontinuação de PRAXETINA
Assim como ocorre com outros medicamentos psicoativos, deve-se evitar a descontinuação abrupta
de PRAXETINA
(ver as seções Reações Adversas e Advertências e Precauções). O regime de
diminuição de dose, usado em estudos clínicos recentes, envolve redução na dose diária de 10 mg
em intervalos semanais.
Ao atingir a dose diária de 20 mg, os pacientes mantiveram essa posologia por uma semana antes
da descontinuação do tratamento. Caso ocorram sintomas intoleráveis após a redução da dose ou a
descontinuação do tratamento, deve-se considerar o uso da dosagem prescrita previamente. Na
sequência, o médico deve continuar reduzindo a dose de modo mais gradual.
Populações especiais
Pacientes idosos
Entre os pacientes idosos, ocorre aumento das concentrações plasmáticas da paroxetina, mas a
faixa de concentrações se sobrepõe aquela observada em indivíduos mais jovens.
Deve-se iniciar a com a posologia recomendada para início do tratamento em adultos, que pode ser
aumentada semanalmente com acréscimos de 10 mg/dia, até o máximo de 40 mg/dia, de acordo
com a resposta do paciente.
Crianças e adolescentes menores de 18 anos
O uso de PRAXETINA
não é indicado para crianças e adolescentes menores de 18 anos (ver as
seções Indicações e Advertências e Precauções).
Insuficiência renal/hepática
Ocorre aumento das concentrações plasmáticas da paroxetina entre os pacientes com insuficiência
renal grave (clearance de creatinina <30 mL/min) ou insuficiência hepática. A dose recomendada é
de 20 mg/dia. Os aumentos de posologia devem restringir-se à menor dose eficaz.
Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.
BULA DO PACIENTE:
8. QUAIS OS MALES QUE
ESTE MEDICAMENTO PODE
CAUSAR?
VP e VPS
20 MG COM REV CT
BL AL PLAS INC X 10
BL AL PLAS INC X 30