Bula do Prostman produzido pelo laboratorio União Química Farmacêutica Nacional S/a
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
PROSTMAN®
(acetato de ciproterona)
União Química Farmacêutica Nacional S.A
Comprimido
50 mg
1
acetato de ciproterona
MEDICAMENTO SIMILAR EQUIVALENTE AO MEDICAMENTO DE REFERÊNCIA
IDENTIFICAÇÃO DO PRODUTO
FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÃO
Comprimido 50 mg: embalagem contendo 20 comprimidos.
USO ORAL
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO:
Cada comprimido contém:
acetato de ciproterona.......................................................................................................50 mg
Excipientes: amido, povidona, amidoglicolato de sódio, dióxido de silício, estearato de magnésio e lactose monoidratada.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
No homem: redução do impulso em desvios sexuais, tratamento antiandrogênico em carcinoma de próstata inoperável.
Na mulher: manifestações graves de androgenização, por exemplo, hirsutismo grave patológico, queda pronunciada de cabelo
androgênio-dependente resultando até em calvície (alopecia androgênica grave), frequentemente ocorrendo concomitante a formas
graves de acne e/ou seborreia.
Em pacientes do sexo masculino, foi conduzido um total de 24 estudos com acetato de ciproterona em pacientes que necessitam de
tratamento paliativo para carcinoma de próstata avançado. Mundialmente, mais de 1.000 pacientes participaram desses estudos, os
quais incluíram muitos estudos multicêntricos grandes em adição ao importante estudo multicêntrico comparativo conduzido pelo
Grupo de Câncer e Oncologia Europeu.
Pacientes e o estágio da doença
Mais de 90% dos pacientes tratados com acetato de ciproterona tinham carcinoma avançado de próstata estágio C, ou carcinoma de
próstata D1 ou D2 com metástase.
A maioria dos pacientes (75%) não recebeu terapia prévia ao tratamento com acetato de ciproterona. Um grande grupo de pacientes
recebeu vários tipos de terapia estrogênica, mas provou ser refratário ou não tolerante a droga. Poucos pacientes foram submetidos à
orquiectomia ou receberam tratamento com radioterapia.
Dosagem e administração
A administração via oral de acetato de ciproterona foi utilizada em 910 pacientes (84%), enquanto 172 pacientes receberam, em
solução oleosa contendo 100 mg de acetato de ciproterona/mL. A dose padrão de solução oleosa foi uma injeção intramuscular de
300 mg semanalmente. A dose oral diária variou consideravelmente de um estudo para o outro e de paciente para paciente.
Entretanto, a maioria dos pacientes foi tratada com doses que variavam de 200 a 300 mg/dia. Em pacientes orquiectomizados, a dose
diária em geral foi reduzida em torno de 50% para a faixa de 100 a 200 mg/dia, via oral ou a frequência de administração de solução
oleosa injetável foi reduzida a uma injeção a cada duas semanas.
Apenas 32 pacientes (3%) receberam terapia concomitante com acetato de ciproterona. Nenhum outro paciente recebeu terapia
concomitante, mas 521 pacientes (48%) foram submetidos à orquiectomia.
Resultados dos estudos clínicos
Efeitos na testosterona sérica e fosfatase ácida prostática (FAP)
Os efeitos do acetato de ciproterona na testosterona sérica foram monitorados em sete estudos. A testosterona sérica foi rapidamente
reduzida após dose oral diária de 200 a 300 mg, com nível estéril atingido em 1 a 4 semanas. A redução é usualmente em torno de
70 a 90%; a melhor porcentagem de redução ocorreu quando acetato de ciproterona foi combinado com estrogênio.
Os resultados da avaliação de FAP consistentemente mostraram uma normalização dos valores em curto espaço de tempo nos
pacientes responsivos. Similarmente, quando há sinais de metástase progressiva, os valores de FAP novamente se desviam dos
níveis normais.
Efeitos no tumor primário
O efeito do acetato de ciproterona em tumor primário foi avaliado em um total de 678 pacientes. Destes, 489 não foram previamente
tratados; o tumor primário foi reduzido em 318 desses pacientes (65%) e foi estabilizado em outros 69 (14%). Assim, a taxa de
resposta positiva completa neste grupo foi 79%.
Um significativo, embora menor, percentual (59%) dos pacientes estrógeno refratários também exibiu resultados positivos.
Efeito na metástase
A metástase foi reduzida em 31% dos 216 pacientes avaliados que não foram previamente tratados, mas em apenas 13% dos
pacientes estrógeno refratários avaliados. A progressão da metástase aparentou ser tempo-dependente. Apesar da redução a níveis
séricos de testosterona, a metástase irá progredir por períodos de muitos meses a anos, mesmo em pacientes que foram inicialmente
estabilizados. A principal causa de morte durante a terapia com acetato de ciproterona foi a progressão da metástase e não o tumor
primário.
Efeito na dor
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O alívio da dor foi notado em aproximadamente 50 a 80% dos pacientes que receberam tratamento com acetato de ciproterona. O
efeito de acetato de ciproterona na dor geralmente é comparável com seu efeito na metástase. Desde que a metástase fosse reduzida
ou mantida estável, a necessidade de analgésicos também foi reduzida. Novas necessidades de analgésico foram frequentemente
indicativo de progressão da metástase.
Respostas subjetivas e objetivas
Uma melhora geral na avaliação subjetiva de qualidade de vida foi alcançada em 70% dos 367 pacientes avaliados.
As avaliações objetivas de remissão foram baseadas no critério ECOG. Os melhores resultados foram obtidos quando acetato de
ciproterona foi usado em combinação com a orquiectomia. Um estudo revelou que mais de ⅓ dos pacientes tratados com acetato de
ciproterona alcançou remissão completa ou parcial por 3 a 5 anos. Os estudos canadenses encontraram que a remissão completa ou
parcial ainda foi evidente em 75% dos pacientes após um ano de tratamento.
A taxa de sobrevida com tratamento de cinco anos ficou entre 41 a 64%. A taxa para três anos de tratamento de pacientes em estágio
D foi 27% e a taxa para tratamento de 1 a 2 anos variou de menor que 15% a maior que 80%. Estas taxas de sobrevida geralmente
representaram uma melhora dos resultados além daqueles previamente obtidos com a terapia estrogênica.
Em pacientes do sexo feminino, condições androgênio-dependentes como crescimento de cabelo patológica no hirsutismo, alopecia
androgênica e aumento da função da glândula sebácea na acne e seborreia, são influenciadas favoravelmente por deslocamento
competitivo do androgênio nos órgãos-alvo. A redução da concentração de andrógeno que resultou da propriedade
antigonadotrópica do acetato de ciproterona tem um efeito terapêutico adicional. Essas alterações são reversíveis após a
descontinuação da terapia.
Propriedades farmacodinâmicas
O acetato de ciproterona é um produto hormonal com efeito antiandrogênico.
Pacientes do sexo feminino com condições patológicas androgênio-dependentes, tais como, crescimento de pelo em hirsutismo,
alopecia androgenética e ocorrência de acne e seborreia devido ao aumento das funções das glândulas sebáceas, são favoravelmente
influenciadas pelo deslocamento competitivo de androgênios nos órgãos-alvo. A redução da concentração androgênica que resulta
da atividade antigonadotrópica do acetato de ciproterona constitui um efeito terapêutico adicional. Estas alterações são reversíveis
após a descontinuação da terapia. Durante o tratamento combinado com acetato de ciproterona + etinilestradiol a função ovariana é
inibida.
Em pacientes do sexo masculino, a potência e o impulso sexuais são reduzidos com o tratamento com acetato de ciproterona e a
função das gônadas é inibida. Estas alterações são reversíveis após a descontinuação da terapia.
O acetato de ciproterona inibe competitivamente os efeitos dos androgênios nos órgãos-alvo androgênio-dependentes, por exemplo,
protege a próstata dos efeitos de androgênios provenientes das gônadas e/ou do córtex adrenal.
O acetato de ciproterona tem efeito inibitório central. O efeito antigonadotrópico conduz a redução da síntese de testosterona nos
testículos e, consequentemente, a redução da concentração sérica de testosterona.
O efeito antigonadotrópico do acetato de ciproterona é também exercido quando o mesmo está associado com agonistas GnRH. O
aumento inicial de testosterona, provocado por este grupo de substâncias, é reduzido pelo acetato de ciproterona.
Foi observada uma tendência ocasional para aumento discreto nos níveis de prolactina, quando altas doses de acetato de ciproterona
são administradas.
Propriedades farmacocinéticas
Absorção
Após administração oral, o acetato de ciproterona é completamente absorvido, considerando uma extensa faixa de doses.
A biodisponibilidade absoluta do acetato de ciproterona é quase completa (88% da dose).
Distribuição
A ingestão de 50 e 100 mg de acetato de ciproterona resulta, respectivamente, em níveis séricos máximos de cerca de 140 ng/mL em
aproximadamente 3 horas (50 mg) e 239,2 ± 114,2 ng/mL em 2,8 ± 1,1 horas (100 mg). Posteriormente, os níveis séricos diminuem
durante um período de 24 a 120 horas, com meia-vida final de 43,9 ± 12,8 horas (50 mg) e 42,8 ± 9,7 horas (100 mg). A depuração
sérica total do acetato de ciproterona foi determinada como sendo de aproximadamente 3,5 ± 1,5 mL/min/kg (50 mg) e 3,8 ± 2,2
mL/min/kg (100 mg).
O acetato de ciproterona liga-se quase que exclusivamente à albumina plasmática. Cerca de 3,5 a 4% dos níveis totais do fármaco
apresentam-se na forma livre. Uma vez que a ligação a proteínas é inespecífica, as alterações nos níveis de SHBG (globulinas
ligadora de hormônios sexuais) não afetam a farmacocinética do acetato de ciproterona.
Condições no estado de equilíbrio
Considerando a prolongada meia-vida da fase de disposição final do plasma (soro) e a ingestão diária do produto, pode-se esperar
um acúmulo sérico de acetato de ciproterona por um fator de aproximadamente 3, durante a administração diária repetida.
Metabolismo / Biotransformação
O acetato de ciproterona é metabolizado em várias etapas que incluem hidroxilações e conjugações. O principal metabólito no
plasma humano é o derivado 15 beta-hidroxilado.
A fase 1 do metabolismo do acetato de ciproterona é catalisado, principalmente, pelo citocromo P450, a enzima CYP3A4.
Eliminação
Uma parte da dose é excretada inalterada pela bile. A maior parte é excretada na forma de metabólitos pelas vias urinárias e biliares,
na proporção de 3:7. A meia-vida de excreção renal e biliar é de 1,9 dias. Os metabólitos do plasma são eliminados com uma taxa
similar (meia-vida de 1,7 dias).
Dados pré-clínicos de segurança
Toxicidade sistêmica
Dados pré-clínicos não revelam risco específico para humanos baseados em estudos convencionais de toxicidade de dose repetida.
Embriotoxicidade / Teratogenicidade
Investigações sobre embriotoxicidade não indicaram efeito teratogênico após tratamento durante a organogênese, antes do
desenvolvimento dos órgãos sexuais externos.
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A administração de altas doses de acetato de ciproterona durante a fase de diferenciação hormônio-sensível dos órgãos genitais
levou a sinais de feminização em fetos masculinos.
A observação de recém-nascidos do sexo masculino que foram expostos ao acetato de ciproterona no útero não apresentou qualquer
sinal de feminização. Entretanto, o uso de PROSTMAN (acetato de ciproterona) é contraindicado durante a gravidez.
Toxicidade reprodutiva
A inibição temporária da fertilidade em ratos ocasionada pela terapia oral diária com acetato de ciproterona não indicou que o
tratamento causa dano aos espermatozoides que poderia provocar malformação ou alteração da fertilidade da prole.
Genotoxicidade e carcinogenicidade
Testes de genotoxicidade, reconhecidos como de primeira linha, apresentaram resultados negativos quando conduzidos com acetato
de ciproterona. Entretanto, testes adicionais mostraram que o acetato de ciproterona foi capaz de produzir aductos de DNA (e
aumentar a atividade de reparação do DNA) em células hepáticas de ratos e macacos e também em hepatócitos humanos isolados. O
nível de aducto de DNA em células hepáticas de cães foi extremamente baixo.
Esta formação de aducto de DNA ocorreu sob exposições sistêmicas e pode ser esperada nos tratamentos com a dose recomendada
de acetato de ciproterona. As consequências in vivo do tratamento com acetato de ciproterona foram: aumento da incidência de
lesões hepáticas focais, possivelmente pré-neoplásicas, onde enzimas celulares foram alteradas em ratas e um aumento na frequência
de mutação em ratos transgênicos carregando um gene de bactéria como alvo para mutações.
A experiência clínica e estudos epidemiológicos bem conduzidos até o momento não embasam um aumento na incidência de
tumores hepáticos no homem. Investigações de tumorigenicidade do acetato de ciproterona em roedores também não revelaram
qualquer indicação de um potencial tumorigênico específico.
Entretanto, deve-se levar em consideração que esteroides sexuais podem promover o crescimento de determinados tumores e tecidos
hormônio-dependentes.
No geral, os dados disponíveis não mostram qualquer objeção ao uso de acetato de ciproterona em humanos se usado de acordo com
as orientações das indicações e nas doses recomendadas.
Investigações experimentais produziram efeitos semelhantes aos corticoides nas glândulas adrenais em ratos e cães após doses mais
elevadas, o que pode indicar efeitos similares em humanos na maior dose utilizada (300 mg/dia).
Contraindicações em mulheres
gravidez;
lactação;
hepatopatias;
síndromes de Dubin-Johnson e de Rotor;
antecedente de icterícia ou prurido persistente durante gestação anterior;
antecedente de herpes gestacional;
tumores hepáticos atuais ou anteriores;
presença ou histórico de meningioma;
doenças debilitantes;
depressão crônica grave;
processos tromboembólicos atuais ou anteriores;
diabetes grave com alterações vasculares;
anemia falciforme;
hipersensibilidade a qualquer um dos componentes da formulação.
No caso de uso adicional da terapia cíclica combinada em manifestações graves de androgenização, devem-se observar as
contraindicações contidas na bula do produto escolhido que será usado em associação ao PROSTMAN (acetato de ciproterona).
Categoria de risco: X
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas ou que possam ficar grávidas durante o tratamento.
Contraindicações em homens
- Redução do impulso em desvios sexuais:
hepatopatia;
- Tratamento antiandrogênico em carcinoma de próstata inoperável:
tumores hepáticos atuais ou anteriores (apenas se estes não forem devidos a metástases de carcinoma de próstata);
doenças debilitantes (com exceção de carcinoma da próstata inoperável);
processos tromboembólicos atuais;
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Antes de iniciar o tratamento, pacientes do sexo feminino devem ser submetidas a exames clínicos gerais e ginecológicos completos
(incluindo mamas e citologia cervical) e a ocorrência de gravidez deve ser excluída.
Fígado
Foram observados casos de hepatotoxicidade direta, incluindo icterícia, hepatite e falência hepática em pacientes tratados com
acetato de ciproterona. Em doses de 100 mg ou mais também têm sido reportados casos fatais. A maioria dos casos fatais relatados
ocorreu em portadores de carcinoma de próstata avançado. A toxicidade é dependente da dose e desenvolve-se, geralmente, vários
meses após o início da terapia. Devem-se realizar testes de função hepática antes do início do tratamento, em intervalos regulares
durante o tratamento e na ocorrência de qualquer sintoma ou sinal sugestivo de hepatotoxicidade. Se for confirmada a
hepatotoxicidade, o tratamento com PROSTMAN (acetato de ciproterona) deve ser suspenso, em pacientes do sexo feminino. Já em
pacientes do sexo masculino, o tratamento deve ser suspenso, a menos que esta hepatotoxicidade possa ser explicada por outra causa
como, por exemplo, doença metastática. Neste caso, o tratamento com PROSTMAN (acetato de ciproterona) somente deve ser
continuado se o benefício verificado for superior ao risco.
Após o uso de acetato de ciproterona, foram observados em mulheres casos de tumores hepáticos benignos e malignos, que podem
provocar hemorragias intra-abdominais com risco para a vida do paciente, e casos muito raros foram observados em homens. Se
ocorrerem transtornos epigástricos graves, aumento do tamanho do fígado ou sinais de hemorragia intra-abdominal deve-se incluir
tumor hepático nas considerações diagnóstico diferenciais.
Meningioma
A ocorrência de meningiomas (simples ou múltiplos) tem sido relatada em associação ao uso prolongado (anos) de acetato de
ciproterona na dose de 25 mg/dia ou mais. Se um paciente tratado com acetato de ciproterona for diagnosticado com meningioma, o
tratamento com PROSTMAN (acetato de ciproterona) deve ser interrompido (ver item “4. Contraindicações”).
Diabetes mellitus
Pacientes portadores de diabetes devem ser mantidos sob cuidadosa vigilância, pois a necessidade de antidiabéticos orais ou insulina
pode alterar-se durante o tratamento com acetato de ciproterona (ver item “4. Contraindicações”).
Dispneia
Pode ocorrer sensação de dispneia no tratamento com altas doses de acetato de ciproterona. Nestes casos, o diagnóstico diferencial
deve incluir o conhecido efeito da progesterona e progestógenos sintéticos de estimulação da respiração, o qual é acompanhado por
hipocapnia e alcalose respiratória compensatória e que, geralmente, não necessita de tratamento.
Função adrenocortical
Uma vez que os dados pré-clínicos sugerem possível supressão devido ao efeito tipo corticoide de acetato de ciproterona (ver
“Dados pré-clínicos de segurança” no item “3. Características farmacológicas”), durante o tratamento a função adrenocortical deve
ser verificada regularmente.
Eventos tromboembólicos
Foi relatada a ocorrência de eventos tromboembólicos em pacientes que utilizam acetato de ciproterona, embora sua relação causal
não tenha sido estabelecida. Pacientes que apresentaram anteriormente evento trombótico / tromboembólico arterial ou venoso (por
exemplo, trombose venosa profunda, embolia pulmonar, infarto miocárdico) ou com antecedentes de acidente vascular cerebral ou
malignidades avançadas apresentam risco aumentado de ocorrência de novos eventos tromboembólicos.
Em pacientes com carcinoma de próstata inoperável, que apresentem anemia falciforme ou diabetes grave com alterações
vasculares, ou antecedentes de processos tromboembólicos, deve-se avaliar cuidadosamente a relação risco/benefício de forma
individual antes de prescrever PROSTMAN (acetato de ciproterona).
Anemia
Em pacientes do sexo masculino, a anemia tem sido relatada durante o tratamento com acetato de ciproterona. Assim, a contagem da
série vermelha do sangue deve ser verificada regularmente durante o tratamento.
Terapia cíclica combinada para pacientes do sexo feminino
Se, durante o tratamento combinado, ocorrer gotejamentos (spotting) durante as três semanas em que os comprimidos estão sendo
tomados, não se deve interromper o tratamento. Todavia, se ocorrerem sangramentos persistentes ou recorrentes em intervalos
irregulares, deve-se realizar exame ginecológico para excluir possível doença orgânica.
No caso de necessidade de uso adicional da terapia cíclica combinada, deve-se também observar todas as informações relevantes ao
produto escolhido.
Outras condições
Em pacientes do sexo masculino, na indicação “redução do impulso em desvios sexuais”, o efeito redutor de impulso produzido por
acetato de ciproterona pode ser diminuído sob a influência do álcool.
Este medicamento requer uso cuidadoso, sob vigilância médica estrita e acompanhado por controles periódicos da função
hepática (bilirrubinas e transaminases) por causar hepatotoxicidade (tóxico para o fígado) aos 8, 15, 30 e 90 dias de
tratamento.
Gravidez e lactação
PROSTMAN (acetato de ciproterona) é contraindicado durante a gravidez e lactação.
Em um estudo realizado com seis mulheres que receberam uma dose única oral de 50 mg de acetato de ciproterona, 0,2% da dose
foi excretada no leite materno.
Habilidade para dirigir veículos ou operar máquinas
Pacientes que exercem atividades que requerem grande concentração (por exemplo, motoristas, operadores de máquinas) devem ser
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Embora estudos clínicos sobre interação não tenham sido realizados, uma vez que o acetato de ciproterona é metabilizado pelo
CYP3A4, espera-se que o cetoconazol, itraconazol, clotrimazol, ritonavir e outros potentes inibidores de CYP3A4 inibam o
metabolismo do acetato de ciproterona. Por outro lado, indutores de CYP3A4 como, por exemplo, rifampicina, fenitoína e produtos
que contenham Erva-de-São-João podem reduzir os níveis de acetato de ciproterona.
Com base em estudos de inibição in vitro, é possível que ocorra inibição do citocromo P450 e enzimas CYP2C8, 2C9, 2C19, 3A4 e
2D6 com elevadas doses terapêuticas de acetato de ciproterona de 100 mg, 3 vezes ao dia.
O risco de ocorrência de miopatia ou rabdomiólise associada ao uso de estatinas pode ser elevado quando inibidores de HMGCoA
(estatinas), que são primariamente metabolizadas por CYP3A4, são administrados concomitantemente com altas doses terapêuticas
de acetato de ciproterona, uma vez que as duas substâncias utilizam o mesmo processo metabólico.
Manter o produto em sua embalagem original e conservar em temperatura ambiente (entre 15º e 30ºC); proteger da umidade.
O prazo de validade é de 24 meses a partir da data de fabricação (vide cartucho).
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Aspecto físico: comprimido branco, biconvexo, circular, sulcado.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Instruções de uso
Os comprimidos devem ser ingeridos com pequena quantidade de líquido após as refeições.
Uso em homens
A dose máxima diária é de 300 mg.
Redução do impulso em desvios sexuais em homens
O tratamento geralmente é iniciado com 50 mg, 2 vezes ao dia. Se necessário, pode-se aumentar a dose para 100 mg, 2 vezes ao dia
ou mesmo 3 vezes ao dia por curto período de tempo. Uma vez obtida melhora clínica satisfatória, deve-se tentar manter o efeito
terapêutico com a menor dose possível. Com bastante frequência, é suficiente a dose de 25 mg (½ comprimido de 50 mg), 2 vezes
ao dia. Ao estabelecer a dose de manutenção ou quando for necessário interromper o tratamento, não se deve reduzir a dose
abruptamente, mas de maneira gradual, reduzindo a dose diária de 50 mg de cada vez, ou melhor, de 25 mg, com intervalos de
várias semanas entre cada redução.
Para estabilizar o efeito terapêutico, é necessário utilizar PROSTMAN (acetato de ciproterona) por um período de tempo
prolongado, se possível com uso simultâneo de medidas psicoterapêuticas.
Tratamento antiandrogênico em carcinoma de próstata inoperável
100 mg, 2 a 3 vezes ao dia (total: 200 a 300 mg).
O tratamento não deve ser interrompido nem se deve reduzir a dose após melhora ou remissões terem ocorrido.
Para reduzir o aumento inicial de hormônios sexuais masculinos em tratamento combinado com agonistas de GnRH
Inicialmente, 100 mg, 2 vezes ao dia (total: 200 mg) isoladamente por 5 a 7 dias, seguidos por 100 mg, 2 vezes ao dia (total: 200
mg), durante 3 a 4 semanas juntamente com o agonista de GnRH na dose recomendada em sua bula.
Para tratar fogachos em pacientes em tratamento combinado com análogos de GnRH ou que foram submetidos à
orquiectomia
50 a 150 mg por dia, podendo chegar até 100 mg, 3 vezes ao dia, se necessário (total: 300 mg).
Uso em mulheres
Mulheres em idade reprodutiva
Mulheres gestantes não devem usar PROSTMAN (acetato de ciproterona). Portanto, a possibilidade de existência de gravidez deve
ser excluída antes do início do tratamento.
Em mulheres em idade reprodutiva, o tratamento deve ser iniciado no 1º dia do ciclo (1º dia do ciclo = 1º dia de sangramento).
Apenas as pacientes que apresentarem amenorreia podem iniciar o tratamento prescrito imediatamente. Neste caso, o 1º dia de
tratamento deve ser considerado como se fosse o 1º dia do ciclo e as recomendações descritas a seguir devem ser observadas.
A dose recomendada é de 100 mg diariamente, do 1º ao 10º dia do ciclo (10 dias).
Adicionalmente, deve-se usar um medicamento contendo associação progestógeno-estrogênio, por exemplo, do 1º ao 21º dia do
ciclo – pode-se usar de acetato de ciproterona + etinilestradiol diariamente, para promover a necessária proteção contraceptiva e
estabilizar o ciclo.
Dia da medicação
1º 10º 21º
7 dias de
intervalo
________ ________
1º dia do ciclo sangramento
PROSTMAN # acetato de ciproterona + etilnilestradiol
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As pacientes que recebem a terapia cíclica combinada devem manter um determinado horário do dia para a ingestão do
medicamento.
Após 21 dias de tratamento, deve-se intercalar pausa de 7 dias, durante a qual deve ocorrer sangramento semelhante à menstruação.
Exatamente 4 semanas após o início de cada curso de tratamento, reinicia-se o mesmo esquema de tratamento combinado, isto é, no
mesmo dia da semana e mantendo as mesmas orientações, tenha ou não cessado o sangramento.
Uma vez obtida melhora clínica, pode-se reduzir a dose diária de PROSTMAN (acetato de ciproterona) para 50 mg ou 25 mg (½
comprimido de 50 mg), durante os 10 dias iniciais do tratamento combinado com acetato de ciproterona + etilnilestradiol. Em
alguns casos, o uso isolado de acetato de ciproterona + etilnilestradiol pode ser suficiente.
Ausência de sangramento no intervalo de pausa
Se não ocorrer sangramento durante o intervalo de pausa, o tratamento deve ser interrompido e deve-se excluir a possibilidade de
gravidez antes de reiniciar o tratamento.
Esquecimento de tomada de dose
As pacientes que recebem terapia cíclica combinada devem manter um determinado horário do dia para a ingestão do medicamento.
Se houver esquecimento de tomada por período superior a 12 horas em relação ao horário que a paciente normalmente toma a o
acetato de ciproterona + etilnilestradiol, a proteção contraceptiva pode ficar reduzida nesse ciclo.
Deve-se dar atenção às precauções (especialmente às recomendações para esquecimento de tomada e segurança contraceptiva)
contidas na bula do produto (acetato de ciproterona + etilnilestradiol), usado em combinação com PROSTMAN (acetato de
ciproterona). Se não ocorrer sangramento no ciclo em que houve o esquecimento de ingestão, deve-se excluir a existência de
gravidez antes de iniciar a próxima cartela.
O esquecimento da ingestão do(s) comprimido(s) de PROSTMAN (acetato de ciproterona) pode diminuir o efeito terapêutico e pode
ocasionar sangramento intermenstrual. Neste caso, o comprimido esquecido de PROSTMAN (acetato de ciproterona) deve ser
descartado, não se deve administrar dose dupla de PROSTMAN (acetato de ciproterona) para repor o comprimido esquecido. Deve-
se ingerir o próximo comprimido de PROSTMAN (acetato de ciproterona) em seu horário habitual, juntamente com a dose
correspondente de acetato de ciproterona + etilnilestradiol.
Pacientes pós-menopausadas ou histerectomizadas
PROSTMAN (acetato de ciproterona) pode ser administrado isoladamente em pacientes pós-menopausadas ou histerectomizadas.
De acordo com a gravidade do caso, a dose média deve ser de 50 mg a 25 mg (½ comprimido de 50 mg), 1 vez ao dia, seguindo o
esquema “21 dias de tratamento, 7 dias de pausa”.
Informações adicionais para populações especiais
Crianças e adolescentes
PROSTMAN (acetato de ciproterona) não deve ser administrado antes do término da puberdade, uma vez que durante este período
não se pode excluir uma influência desfavorável do medicamento sobre o crescimento longitudinal e o eixo da função endócrina
ainda não estabilizado.
Para pacientes do sexo masculino, PROSTMAN (acetato de ciproterona) não é recomendado para o uso em crianças e adolescentes
abaixo de 18 anos de idade devido à falta de dados de segurança e eficácia.
Para pacientes do sexo feminino, PROSTMAN (acetato de ciproterona) é somente indicado em meninas que já concluíram a
puberdade. Não há dados que sugerem a necessidade de ajuste de dose. Além disso, a segurança e eficácia de PROSTMAN (acetato
de ciproterona) não foram estabelecidas em estudos clínicos com crianças e adolescentes menores de 18 anos de idade.
Pacientes idosos
Não há dados que sugerem a necessidade de ajuste de dose em pacientes idosos.
Pacientes com insuficiência hepática
O uso de PROSTMAN (acetato de ciproterona) é contraindicado em pacientes com doença do fígado (por exemplo, naqueles em
que os valores da função hepática não retornaram ao normal).
Pacientes com insuficiência renal
Não há dados que sugerem a necessidade de ajuste de dose em pacientes com insuficiência renal.
As reações adversas mais graves em pacientes tratados com acetato de ciproterona são: hepatotoxicidade, tumores hepáticos
benignos e malignos que podem levar a hemorragia intra-abdominal e eventos tromboembólicos.
Em pacientes do sexo masculino tratados com acetato de ciproterona, as reações adversas mais frequentemente observadas são:
diminuição da libido, disfunção erétil e inibição reversível da espermatogênese.
Em pacientes do sexo feminino tratadas com acetato de ciproterona, as reações adversas mais frequentemente relatadas são:
gotejamento (spotting), aumento do peso corporal e estados depressivos.
As frequências das reações adversas relatadas com acetato de ciproterona em pacientes do sexo masculino estão resumidas na tabela
abaixo. As frequências são definidas como: muito comum (≥ 1/10), comum (≥ 1/100 e < 1/10), incomum (≥ 1/1.000 e < 1/100), rara
(≥ 1/10.000 e < 1/1.000) e muito rara (< 1/10.000).
As reações adversas identificadas somente em avaliação pós-comercialização e cuja frequência não pode ser estimada estão listadas
como frequência “desconhecida”.
Para pacientes do sexo feminino, tratadas com acetato de ciproterona, as reações adversas relatadas também estão resumidas na
tabela abaixo e estão baseadas em dados de pós-comercialização e experiências acumuladas com o uso de acetato de ciproterona
para as quais não foi possível estimar as frequências.
Classificação por
sistema corpóreo
MedDRA
Muito comum Comum Pouco
comum
Rara Muito
rara
Desconhecida
Tumores benignos,
malignos e não
especificados
Tumores
hepáticos
benignos e
Tumores hepáticos
malignos* (no
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malignos*
(no sexo
masculino)
sexo feminino)
Meningioma*)
***
masculino e no
Distúrbio do sistema
sanguíneo e
linfático
Anemia* (no sexo
Distúrbios do
sistema
imunológico
Reação de
hipersensibi-
lidade (no
sexo
hipersensibilidade
(no sexo feminino)
Distúrbios
metabólicos e
nutricionais
Aumento ou
diminuição do
peso corporal (no
sexo masculino)
psiquiátricos
Diminuição da
libido e
disfunção erétil
Estados
depressivos
Inquietação
(temporário) (no
libido (no sexo
feminino)
Aumento da libido
vasculares
Eventos
tromboembólicos*)
** (no sexo
feminino e no
respiratórios,
torácicos e
mediastinais
Respiração curta
(dispneia)* (no
gastrintestinais
Hemorragia intra-
abdominal* (no
sexo feminino e
Distúrbios cutâneos
e dos tecidos
subcutâneos
Erupção
cutânea (no
Erupção cutânea
Distúrbios hepato-
biliares
Toxicidade
hepática,
incluindo
icterícia, hepatite,
falência
hepática* (no
hepática, icterícia,
hepatite, falência
hepática* (no sexo
musculoesqueléticos
conectivos
Osteoporose (no
sistema reprodutivo
e mamas
Inibição
reversível da
espermatogênese
Ginecomastia (no
Inibição da
ovulação (no sexo
Sensibilidade
dolorosa nas
mamas (no sexo
Gotejamento
(spotting)* (no
Distúrbios gerais e
condições no local
de administração
Fadiga (no sexo
Fogachos (no
Sudorese (no
*Para mais informações ver item “5. Advertências e precauções”.
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**A relação causal com acetato de ciproterona não foi estabelecida.
***Ver item “4. Contraindicações”.
Foram relatados meningiomas associados ao uso prolongado (vários anos) de acetato de ciproterona na dose de 25 mg ou mais (ver
itens “4. Contraindicações” e “5. Advertências e precauções”).
Em pacientes do sexo masculino que estão em tratamento com acetato de ciproterona, a potência e o impulso sexual são reduzidos,
assim como a função das gônadas é inibida. Estas alterações são reversíveis após a descontinuação da terapia.
No decorrer de várias semanas de utilização, acetato de ciproterona inibe a espermatogênese em consequência de sua ação
antiandrogênica e antigonadotrópica. A espermatogênese retorna gradualmente em poucos meses, após a descontinuação da terapia.
Em pacientes do sexo masculino, acetato de ciproterona pode provocar ginecomastia (algumas vezes combinada à sensibilidade
dolorosa do mamilo ao toque), que normalmente regride após interrupção do uso do produto.
Do mesmo modo como em outros tratamentos antiandrogênicos, pode ocorrer osteoporose em pacientes do sexo masculino como
consequência da privação androgênica com acetato de ciproterona por períodos prolongados.
Em pacientes do sexo feminino, a ovulação é inibida durante o tratamento combinado ocasionando um estado de infertilidade
temporária. Em caso de uso concomitante com outro medicamento contendo associação progestógeno-estrogênio, deve-se observar
as reações adversas descritas em sua bula.
Foi utilizado o termo MedDRA (versão 8.0) mais apropriado para descrever uma determinada reação adversa. Sinônimos ou
condições relacionadas não foram listados, mas também devem ser considerados.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA, disponível em
www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.