Bula do Ramipril + Besilato de Anlodipino produzido pelo laboratorio Torrent do Brasil Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
ramipril + besilato de anlodipino
Cápsulas – 2,5 + 5 mg
Cápsulas- 5 + 5 mg
BULA PARA PROFISSIONAL DA SAÚDE
Bula de acordo com a Resolução-RDC nº 47/2009
Medicamento genérico Lei nº 9.787, de 1999
I- IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
APRESENTAÇÕES
Cápsulas 2,5 mg + 5 mg: embalagens com 30 cápsulas.
Cápsulas 5 mg + 5 mg: embalagens com 30 cápsulas.
USO ORAL
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO
Cada cápsula de ramipril + besilato de anlodipino 2,5 mg + 5 mg contém:
ramipril ........................................................................................................................... 2,5 mg
besilato de anlodipino ..................................................................................................... 6,94 mg
(equivalente a 5 mg de anlodipino)
Excipientes: celulose microcristalina, carbonato de magnésio, hipromelose, talco e amarelo de
quinolina.
Cada cápsula de ramipril + besilato de anlodipino 5 mg + 5 mg contém:
ramipril ................................................................................................................................. 5 mg
II- INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Tratamento da hipertensão arterial.
Dentro de suas classes, o anlodipino e o ramipril apresentam inúmeras vantagens, como
eficácia comprovada e meia-vida prolongada que permite tomada única diária e melhor perfil
de risco de reações adversas. O ramipril apresenta benefícios comprovados por grandes
estudos clínicos no tratamento da hipertensão arterial sistêmica (HAS), insuficiência cardíaca,
disfunção ventricular pós-infarto, nefropatia diabética (ou não) com proteinuria e em
indivíduos de alto risco cardiovascular. O anlodipino demonstra ação anti-hipertensiva, anti-
isquêmica, antianginosa e promove regressão da hipertrofia ventricular esquerda (HVE).
Destaca-se em sua classe pela potência e baixo risco de reações adversas. Sua segurança está
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demonstrada em pacientes com insuficiência cardíaca, coronariopatia e insuficiência renal. A
terapia combinada ramipril + anlodipino apresenta benefícios indiscutíveis. Em ramipril +
besilato de anlodipino, os anti-hipertensivos estão representados por substâncias que figuram
com destaque em suas classes. O ramipril e o anlodipino são fármacos com meias-vidas
plasmáticas adequadas, mantendo seus efeitos por 24 horas. Ambos podem ser ingeridos junto
com alimentos, facilitando ainda mais a posologia. Não apresentam efeito rebote em caso de
interrupção do tratamento. Este medicamento, portanto, é eficaz em tomada única diária.
Ambos os fármacos se destacam também pela baixa frequência de efeitos adversos, que se
torna ainda menor com o uso combinado.
No estudo The Healing and Early Afterload Reducing Terapy Trial (HEART), observou-se
que o ramipril, utilizado na fase aguda do infarto do miocárdio (IAM), melhorou a fração de
ejeção do ventrículo esquerdo, minimizando a disfunção após nove meses de seguimento.
O ramipril, em pacientes com IAM e disfunção ventricular sintomática, de acordo com o
estudo Acute Infartation Ramipril Efficacy Study (AIRE), reduziu a mortalidade geral em 27%
após 15 meses de seguimento.
Já o estudo Acute Infartation Ramipril Efficacy Extension Study (AIREX), que analisou um
subgrupo de 28% dos pacientes do estudo AIRE, que eram hipertensos antes do IAM,
demonstrou redução ainda maior da mortalidade geral após três anos de seguimento (36%).
O estudo The Angiotensin Converting Enzyme Post-Revascularization Study (APRES)
demonstrou que pacientes revascularizados com fração de ejeção entre 0,30 e 0,50 que
receberam ramipril por três anos, obtiveram redução de 58% no risco de morte cardíaca, IAM
e insuficiência cardíaca congestiva (ICC).
Pacientes com 55 anos ou mais, com doença cardiovascular estabelecida ou portadores de
diabetes com outro fator de risco (HAS, dislipidemia, tabagismo ou microalbuminúria) que
receberam ramipril tiveram redução de 22% no risco de morte cardiovascular, IAM e acidente
vascular cerebral (AVC) em quase cinco anos de seguimento, no estudo Heart Outcomes
Prevention Evaluation Study (HOPE). O ramipril reduziu, ainda, em 15% o risco de
revascularização; em 13% o risco de ICC; em 16%, complicações do diabetes mellitus (DM); e
em 31% o surgimento de novos casos de DM. Em um subestudo do HOPE, o Heart Outcomes
Prevention Evaluation Study (MICRO-HOPE), a análise de subgrupo de portadores de
diabetes confirmou os benefícios cardiovasculares nesses pacientes, além de redução do risco
de nefropatia em 24%, pelo uso de ramipril.
Segundo o estudo Ramipril Efficacy in Nephropathy (REIN), pacientes com nefropatia não
diabética, com proteinúria > 1 g/24h, que utilizaram ramipril por três anos obtiveram redução
na proteinúria e na velocidade de perda de filtração glomerular, com risco 56% menor de
insuficiência renal terminal.
No estudo Clinical Altace Real – World Efficacy (CARE), foi demonstrado que 86% dos
pacientes com hipertensão leve e moderada, tratados com ramipril por seis semanas, obtiveram
controle pressório adequado.
O estudo Hipertrophic Cardiaque et Ramipril (HYCAR) comprovou que o ramipril
reduziu a massa ventricular esquerda de pacientes hipertensos tratados por três meses.
O ramipril + besilato de anlodipino é uma combinação do inibidor da ECA de ação prolongada
ramipril com o antagonista dos canais de cálcio de ação prolongada, besilato de anlodipino.
O ramipril é um pró-fármaco e seu metabólito ativo é o ramiprilato. Sua ação se dá pela
inibição da ECA, que bloqueia a formação da angiotensina II, agente vasoconstritor,
prevenindo a degradação da bradicinina, substância vasodilatadora. O ramiprilato inibe
também a produção de aldosterona. O ramipril é denominado quimicamente como (2S, 3aS,
6aS) -1-carboxila-3 fenilpropilalanil octahidrociclopenta [b] pirrol-2- ácido carboxílico, 1
etil-éster; sua fórmula empírica é C23H32N2O5 e seu peso molecular, 416,5.
O besilato de anlodipino é um antagonista dos canais de cálcio pertencente à subclasse dos
di-hidropiridínicos. Seu nome químico é 3-etil-5-metil (2aminoetoximetil)- 4-(2-clorofenil)-
1,4- diidro-6-metil-3,5-piridinedicarboxilato benzenesulfonato. Sua fórmula empírica é
C20H25ClN2O5 . C6H6O3S e seu peso molecular, 567,1.
A ação terapêutica anti-hipertensiva combinada de ramipril com anlodipino é efetiva em
pacientes de todas as etnias. O efeito anti-hipertensivo é aditivo em comparação ao uso isolado
dos fármacos componentes.
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O ramipril é um potente inibidor da ECA de longa duração. O mecanismo da ação anti-
hipertensiva parece estar relacionado à inibição competitiva da ECA, o que causa redução na
taxa de conversão de angiotensina I para angiotensina II, que é um potente vasoconstritor. A
diminuição da concentração de angiotensina II resulta em aumento secundário da atividade da
renina plasmática, face à eliminação da retroalimentação negativa, da liberação de renina e na
redução direta da secreção de aldosterona.
O anlodipino é uma diidropiridina antagonista do cálcio que inibe o influxo de íons cálcio
através da membrana das células do músculo liso dos vasos e do músculo cardíaco. Essa
inibição é seletiva e tem maior efeito na parede dos vasos e menor efeito no coração. A
concentração sérica de cálcio não é afetada pelo anlodipino. O anlodipino é um vasodilatador
arterial periférico que age diretamente no músculo liso vascular e causa redução na resistência
vascular periférica e redução na pressão sanguínea.
Após a administração de doses isoladas ou múltiplas de ramipril, a inibição da atividade da
ECA é da ordem de até 80%, mantendo-se por 24 horas. Nos pacientes hipertensos, ocorre
redução da pressão arterial, tanto na posição supina como de pé, sem aumento da frequência
cardíaca. No geral, não ocorre alteração da função renal. O efeito máximo é observado após
três ou quatro semanas de uso contínuo. A suspensão abrupta do medicamento não produziu
efeito rebote ou elevação significativa dos níveis de pressão arterial.
Após administração do anlodipino em pacientes com função ventricular preservada, pode
ocorrer aumento discreto do índice cardíaco, sem influência significativa do dP/dT ou da
pressão diastólica final do ventrículo esquerdo. Não foi observada evidência de efeito
inotrópico negativo do fármaco no coração humano, mesmo quando coadministrado com
betabloqueadores. O anlodipino não alterou a função do nó sinusal ou a condução
atrioventricular (AV). O anlodipino diminui a resistência vascular renal e aumenta a filtração
glomerular.
A média de absorção do ramipril e do anlodipino de ramipril + besilato de anlodipino não
apresenta diferença significativa em comparação à absorção individual de cada componente e
não parece sofrer influência da presença de alimentos no trato gastrintestinal.
- ramipril: após administração oral de ramipril + besilato de anlodipino, o pico plasmático do
ramipril é alcançado em 0,7 a duas horas; e o ramiprilato, em duas a quatro horas. Em pacientes
com insuficiência cardíaca, em 1,4 a 2,5 horas, para o ramipril e o ramiprilato. Os níveis
plasmáticos de ramipril e ramiprilato (respectivamente, 62 ng/mL e 41 ng/mL) se
correlacionam com sua atividade inibitória da ECA. A biodisponibilidade do ramipril após
administração por via oral é de 60%. Sua ligação às proteínas plasmáticas é de 73%. A
concentração sérica do ramiprilato varia de 0,001 mcg/mL a 10 mcg/mL. O ramipril sofre
extensa metabolização hepática. O ramiprilato exerce efeito inibidor da ECA seis vezes maior
do que o ramipril. A meia-vida de eliminação do ramipril varia de 13 a 17 horas para doses
entre 5 mg e 10 mg. Em pacientes com insuficiência renal, pode chegar a 40 horas. Em idosos,
23,5 horas. A meia- vida final pode ultrapassar 50 horas, o que provavelmente se deve à
cinética de ligação/dissociação do ramiprilato/complexo ECA. Isso, no entanto, não contribui
para o acúmulo do fármaco no organismo. Apenas 0,25% da dose administrada parece ser
eliminada no leite materno. Entre 40% e 60% do fármaco é eliminado por via renal. O
clearance de diálise do ramipril é de 20 mL/min a 30 mL/min. Menos de 2% do fármaco é
recuperado na urina na forma de ramipril. Cerca de 40% do fármaco é eliminado nas fezes.
- besilato de anlodipino: após administração oral de doses terapêuticas, o pico plasmático do
anlodipino ocorre em seis a 12 horas e sua biodisponibilidade é de 64% a 90%. Cerca de 90%
da dose de anlodipino é convertida a metabólitos inativos no fígado. O volume aparente de
distribuição do anlodipino é cerca de 21 L/kg. A área sob a curva (ASC) do anlodipino varia
entre 123 ng/mL/h e 238 ng/mL/h. O volume de distribuição é de 21 L/kg. Sua taxa de
ligação às proteínas plasmáticas é de 93% a 98%. A meia-vida terminal do fármaco varia de 30
a 50 horas. Níveis estáveis de anlodipino no plasma são alcançados após sete ou oito dias de
uso contínuo. O anlodipino sofre extensa metabolização hepática. Cerca de 10% do fármaco e
60% de seus metabólitos são eliminados via renal. Cerca de 20% a 25% do fármaco é
eliminado nas fezes. A farmacocinética do anlodipino não parece sofrer influência da função
renal. Pacientes idosos ou com insuficiência hepática apresentam redução do clearance do
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fármaco, o que resulta em aumento de 35% a 70% nos níveis plasmáticos de pico, aumento de
40% a 60% da ASC e aumento da meia-vida de eliminação do fármaco; pode ser necessário
iniciar o tratamento com doses mais baixas de anlodipino.
Pacientes com hipersensibilidade ao ramipril ou ao anlodipino; aos inibidores da ECA; aos
diidropiridínicos.
Pacientes com antecedente de angioedema induzido por inibidores da ECA (pessoas de etnia
negra têm risco maior de desenvolver essa complicação); com angioedema hereditário ou
idiopático. Pacientes com estenose hemodinamicamente significativa de artéria renal (uni ou
bilateral); com hipotensão arterial significativa ou hemodinamicamente instável. Pacientes
com insuficiência renal grave; sob diálise com membranas de alto fluxo ou aférese com sulfato
de dextrano e lipoproteínas de baixa densidade.
Angioedema de face, extremidades, lábios, língua, glote e laringe foram relatadas em
pacientes usuários de inibidores da ECA. No entanto, a ocorrência de angioedema induzido
pelo ramipril foi inferior a 0,2% em relatos norte-americanos. Angioedema associado a edema
de laringe pode ser fatal. Se ocorrer estridor de laringe ou edema de face, língua ou glote, o uso
de todo e qualquer inibidor da ECA deve ser suspenso imediatamente.
Reação anafilactóide, embora rara, pode ocorrer pelo uso de inibidores da ECA.
Em raros casos, pode ocorrer IM em pacientes que iniciaram ou que tiverem as doses de
antagonistas dos canais de cálcio incrementadas.
Hipotensão arterial pode ocorrer pelo uso deste medicamento, especialmente em pacientes
desidratados, com dieta hipossódica, em programa de diálise ou com baixo nível sanguíneo de
sódio.
Pacientes em uso atual de diuréticos, antes do início da terapia com algum inibidor da ECA,
devem ter suspenso o diurético 24 a 48 horas antes e somente devem voltar a utilizá-lo 24 a 48
horas após o início do inibidor da ECA. Na impossibilidade de suspensão do diurético, o
tratamento deve ser iniciado com dose bem baixa, à noite antes de dormir, e a dose aumentada
lentamente.
Pacientes submetidos à cirurgia/anestesia podem sofrer hipotensão excessiva, corrigível
pela reposição de líquido.
Hipotensão arterial induzida pelo anlodipino é mais rara.
Insuficiência cardíaca: esses pacientes devem ser cuidadosamente monitorados por causa do
risco de hipotensão arterial e indução ou agravamento de insuficiência renal. O aumento de
dose também deve ser cuidadosamente monitorado. Na ocorrência de hipotensão arterial, o
paciente deve ser mantido na posição supina e administrada infusão venosa de soro
fisiológico, se necessário. O tratamento com ramipril + besilato de anlodipino pode ser
continuado normalmente após o controle da crise de hipotensão arterial.
Diidropiridínicos devem ser utilizados com cuidado em pacientes com insuficiência cardíaca.
Indução ou agravamento de angina do peito pode ocorrer durante a introdução ou o
aumento da dose do anlodipino (ocorrência rara).
Estenose aórtica severa: esses pacientes podem sofrer hipotensão arterial grave induzida pelo
uso de vasodilatadores como o anlodipino.
Neutropenia e agranulocitose: em raros casos, o uso de inibidores da ECA pode levar à
ocorrência de agranulocitose ou depleção da medula óssea. Pacientes com insuficiência renal,
no entanto, especialmente na presença de doença vascular colágeno-induzido, como lúpus
eritematoso sistêmico e esclerodermia, apresentam risco significativamente aumentado.
Morbimortalidade fetal/neonatal: inibidores da ECA podem causar graves complicações ou
morte fetal quando administrados em mulheres grávidas. Na suspeita ou confirmação de
gravidez, o tratamento deve ser suspenso.
Insuficiência hepática: em raros casos, o uso de inibidores da ECA foi associado à síndrome
de mecanismo desconhecido, começando com icterícia colestática e podendo levar à necrose
hepática fulminante. Na ocorrência de icterícia ou elevação das enzimas hepáticas, o
tratamento deve ser suspenso e deve ser realizada avaliação clínica específica.
Hipercalemia: pode ocorrer elevação dos níveis séricos de potássio, especialmente em
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portadores de diabetes, quando se utiliza suplementação de potássio ou diuréticos poupadores
de potássio, e na insuficiência renal.
Agravamento de função renal: pode ocorrer especialmente nas formas mais graves de
insuficiência renal preexistente ou em pacientes com estenose de artéria renal.
Tosse: pode ocorrer pela utilização de inibidores da ECA, devido à inibição da degradação
da bradicinina endógena; normalmente desaparece pela descontinuação do uso desses agentes
farmacológicos.
Pacientes em tratamento com inibidores da ECA podem estar sujeitos a várias reações
adversas, algumas sérias. Essas reações, usualmente, ocorrem após a primeira dose ou após
poucas doses do medicamento, mas, algumas vezes, surgem somente após período mais
prolongado de tratamento. Poderão ocorrer também reações anafilactoides em pacientes que
estejam em tratamento de dessensibilização com Venoma hymenoptera. Também existem
relatos de reações anafilactoides em pacientes que fazem diálise com membranas de alto
fluxo e recebem concomitantemente inibidores da ECA. Em pacientes com insuficiência
cardíaca congestiva, os inibidores da ECA devem ser administrados com cautela, e o paciente
deve ser monitorado nos primeiros dias do tratamento.
Idosos com pequena compleição física ou fragilizados devem iniciar o tratamento com doses
baixas de anlodipino (2,5 mg) quando da associação desse agente farmacológico com
inibidores da ECA.
A combinação de inibidores da ECA e diidropiridínicos deve ser evitada ou feita com cautela
em pacientes com insuficiência renal grave (clearance de creatinina < 30 mL/min/1,73 m2).
Nenhuma evidência de toxicidade fetal foi observada em ratos e coelhos após a utilização de
doses de anlodipino oito a 23 vezes superiores às máximas recomendadas em humanos,
durante o período de organogênese. Observou-se, em ratos, prolongamento do tempo de
gestação e trabalho de parto. Estudos de toxicidade reprodutiva foram realizados em ratos,
coelhos e macacos e não evidenciaram teratogenicidade reprodutiva do ramipril, tanto em
fêmeas quanto em machos. O ramipril não apresenta efeito imunotóxico nem propriedades
mutagênicas ou genotóxicas.
- ramipril – Categoria de risco na gravidez: D
- besilato de anlodipino – Categoria de risco na gravidez: C
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica.
Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.
Os inibidores da ECA podem causar dano fetal ou neonatal se forem utilizados durante o
segundo e terceiro trimestres de gravidez. Anemia, hipotensão, hipoplasia de crânio, anuria,
insuficiência renal e morte podem ocorrer no recém- nascido. Oligohidrâmnio pode provocar
contratura muscular, deformidade craniofacial e hipoplasia pulmonar no feto. Essas alterações
não foram observadas durante o primeiro trimestre de gravidez. Todavia, em caso de gravidez
ou amamentação, deve-se evitar ou suspender a utilização de inibidores da ECA. Não existem
Diuréticos: pacientes em uso de diuréticos podem experimentar hipotensão arterial e até
choque se forem adicionados inibidores da ECA (vide “Advertências e precauções”). Esse
efeito, no entanto, pode ser considerado transitório e tende a ocorrer mais comumente em
pacientes hipovolêmicos ou hiponatrêmicos. A combinação com inibidores da ECA tende a
minimizar os efeitos metabólicos adversos dos diuréticos sobre a homeostase do potássio e do
magnésio.
Suplementação de potássio e diuréticos poupadores de potássio: a associação de inibidores
da ECA com suplementação de potássio ou diuréticos poupadores de potássio
(espironolactona, amilorida, triantereno, etc.) pode aumentar o risco de hipercalemia.
Diuréticos de alça e tiazídicos: os inibidores da ECA minimizam a hipopotassemia induzida
por esses diuréticos e podem dispensar a suplementação de potássio ou o uso de diuréticos
poupadores de potássio quando forem utilizados em concomitância com esses agentes.
Lítio: pacientes que utilizam inibidores da ECA associados ao lítio podem ter os níveis séricos
desse elemento químico aumentados no sangue. É recomendada monitoração dos níveis
sanguíneos de lítio.
Betabloqueadores: a combinação de betabloqueadores e anlodipino é muito útil no tratamento
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da hipertensão arterial e da angina do peito; pode, no entanto, induzir hipotensão arterial
significativa ou insuficiência cardíaca, especialmente em pacientes com disfunção sistólica do
ventrículo esquerdo.
Diidropiridínico: podem aumentar a concentração sérica dos betabloqueadores, levando à
hipotensão grave durante indução anestésica com fentanila.
Anti-inflamatórios não hormonais: esses agentes farmacológicos podem reduzir a eficácia
anti-hipertensiva e dos inibidores da ECA e induzir bradicardia significativa secundária a
hipercalemia.
Anticoagulantes orais: alguns antagonistas de cálcio foram associados ao risco de
hemorragia digestiva alta. É recomendada cautela quando desta associação. Inibidores da
ECA podem ser administrados em associação com anticoagulantes orais, tiazídicos,
betabloqueadores, antagonistas de cálcio, cimetidina, diuréticos de alça, digoxina, hidralazina e
naproxeno, sem risco aparente de interações adversas significativas. O anlodipino foi
administrado em estudos clínicos randomizados associado à tiazídicos, inibidores da ECA,
nitratos de liberação programada, nitroglicerina sublingual, digoxina, anti-inflamatórios não
hormonais, antibióticos e hipoglicemiantes orais, com bom perfil de segurança. Dados obtidos
in vitro indicam que o anlodipino não altera a ligação às proteínas plasmáticas de fármacos
como digoxina, fenitoína, varfarina e indometacina.
Conservar em temperatura ambiente (15 a 30°C). Proteger da luz e umidade.
ramipril + besilato de anlodipino 2,5 + 5 mg: cápsula gelatinosa dura, tamanho 4, com “2,5”
impresso em branco na tampa laranja e “logo TORRENT” impresso em preto no corpo branco,
contendo grânulos de cor amarela.
ramipril + besilato de anlodipino 5 + 5 mg: cápsula gelatinosa dura, tamanho 4, com “5”
impresso em branco na tampa vermelha e “logo TORRENT” impresso em preto no corpo
branco, contendo grânulos de cor amarela.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem
original.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
O anlodipino e o ramipril são efetivos no tratamento da hipertensão em doses diárias de 2,5
mg a 10 mg. A terapia combinada que utiliza doses de 2,5 mg a 10 mg de anlodipino tem o
efeito proporcional à elevação da dose em todos os grupos de pacientes; o ramipril tem seu
efeito proporcional às doses nos grupos de pacientes não negros. A dosagem deve ser
conduzida mediante a resposta clínica. Pacientes idosos ou com insuficiência hepática devem
ser monitorados cautelosamente, sendo que a dose inicial deve ser mais baixa.
O ramipril + besilato de anlodipino deve ser ingerido inteiro, sem mastigar e com quantidade
suficiente de líquido (aproximadamente meio copo de água). Pode ser ingerido antes, durante
ou após as refeições.
Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.
Efeitos cardiovasculares: edema periférico, vermelhidão ou rubor na pele, taquicardia reflexa
ou palpitações, angina.
Efeitos dermatológicos: rubor, síndrome de Stevens-Johnson, eritema multiforme, dermatite
esfoliativa, descoloração da pele, urticária, pele seca, alopecia, dermatite, fototoxicidade,
psoríase, exacerbação da acne, hiperpigmentação.
Efeitos endócrino-metabólicos: ginecomastia, hipercalemia, hiperuricemia, hipoglicemia,
hiponatremia.
Efeitos gastrintestinais: dor abdominal, hiperplasia gengival induzida, náusea, alteração do
paladar, anorexia, constipação, dispepsia, disfagia, diarreia, flatulência, vômito, gastrite,
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pancreatite, aumento do apetite, angioedema intestinal (raro).
Efeitos hematológicos: agranulocitose, trombocitopenia, leucopenia, púrpura.
Efeitos hepáticos: elevações transitórias da alaninatransferase, aspartatoaminotransferase,
fosfatase alcalina e bilirrubina sérica, icterícia colestática, icterícia, anorexia, colestase,
insuficiência hepática aguda (raro).
Efeitos musculoesqueléticos: dor muscular, artralgia, artrose, mialgia.
Efeitos neurológicos: dor de cabeça, distúrbios do sono, depressão, ansiedade, tremores,
reações extrapiramidais com sintomas parkinsonianos, isquemia cerebrovascular, parestesia,
astenia, vertigem, insônia, nervosismo, apatia, amnésia, agitação.
Efeitos oftálmicos: visão anormal, dor nos olhos, conjuntivite, diplopia, olhos secos,
alterações de acomodação.
Efeitos otálgicos: ototoxicidade, tinitus (zumbidos).
Efeitos renais: nefrite intersticial, poliúria, noctúria, enurese, ginecomastia unilateral.
Efeitos reprodutivos: disfunção sexual.
Efeitos respiratórios: dispneia, tosse, edema pulmonar, epistaxe, edema de laringe.
Reações adversas reportadas na literatura para o ramipril
Reação muito comum (≥ 10%): angina.
Reação comum ou frequente (≥ 1% e < 10%): psoríase, cefaleia, tontura, astenia (fadiga),
hipotensão, náusea, vômito, hipercalemia.
Reação rara (≥ 0,01% e < 0,1%): insuficiência hepática, icterícia colestática, angioedema de
cabeça ou de pescoço.
Reações adversas reportadas na literatura para o besilato de anlodipino
Reação muito comum (≥ 10%): edema periférico; flushing, cefaleia; tontura.
Reação comum ou frequente (≥ 1% e < 10%): rash eritematoso, rash maculopapular;
dor abdominal, anorexia, náusea, constipação; dor, câimbra muscular; distúrbios do sono;
sonolência; dispnéia; tosse; fadiga.
Reação incomum ou infrequente (≥0,1% e < 1%): isquemia periférica, piora da angina,
síncope, hipotensão postural; taquicardia, bradicardia, dor no peito, isquemia periférica,
síncope, tontura, hipotensão, insuficiência cardíaca, pulso irregular, extrassistolia; anorexia,
dispepsia, disfagia, diarreia, flatulência, vômito, aumento do apetite, constipação; anemia,
eosinofilia, leucopenia, trombocitose; hepatotoxicidade, elevação das enzimas hepáticas;
hipoestesia, parestesia, tremor, vertigem, insônia, nervosismo, depressão, sonhos anormais,
ansiedade, despersonalização, ataxia, apatia, amnésia, agitação; tontura; visão anormal,
conjuntivite, diplopia, olhos secos, alterações de acomodação, edema periorbital; tinitus;
poliuria, aumento da frequência urinária, nocturia, enurese noturna; disuria, rinite.
Reação rara (≥ 0,01% e < 0,1%): palpitação; artralgia, artrose, câimbras, mialgia, fraqueza
muscular, tremedeira (tique nervoso), hipotonia; enxaqueca; disfunção sexual feminina.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância
Sanitária - NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou
para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.