Bula do Replagal produzido pelo laboratorio Shire Farmacêutica Brasil Ltda.
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
Replagal*
(alfagalsidase)
Shire Farmacêutica Brasil Ltda
Concentrado para solução para infusão
1 mg/mL
REPLAGAL (alfagalsidase)
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I - IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
REPLAGAL
alfagalsidase
*
* marca depositada
APRESENTAÇÃO
Concentrado para solução para infusão: Frasco contendo 3,5 mg/3,5 mL de alfagalsidase.
USO INTRAVENOSO
USO ADULTO E PEDIÁTRICO ACIMA DE 7 ANOS.
COMPOSIÇÃO
Ingrediente ativo: Cada mL contém 1,0 mg de alfagalsidase.
Excipientes: fosfato de sódio monobásico monoidratado, polissorbato 20, cloreto de sódio, hidróxido de sódio, água
para injeção.
II - INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DA SAÚDE
REPLAGAL é indicado para terapia crônica de reposição enzimática em pacientes com diagnóstico confirmado de
doença de Fabry.
Vide Propriedades Farmacodinâmicas.
Propriedades farmacodinâmicas
A doença de Fabry é uma doença de armazenamento de glicoesfingolipídeos causado por atividade deficiente da
enzima lisossômicaα -galactosidase A, resultando em acúmulo de globotriaosilceramida (também denominada Gb3
ou CTH), o substrato glicoesfingolipídeo para esta enzima. A alfagalsidase catalisa a hidrólise de Gb3, clivando um
resíduo galactose terminal da molécula. O tratamento com a enzima demonstrou reduzir o acúmulo de Gb3
A segurança e a eficácia de REPLAGAL foram avaliadas em dois estudos randomizados, duplo-cegos e controlados
por placebo e estudos de extensão aberta, em um total de quarenta pacientes com diagnóstico de doença de Fabry
em
muitos tipos de células, incluindo células endoteliais e parenquimatosas. A alfagalsidase foi produzida em linhagem
celular humana para conferir um perfil de glicosilação humana que possa influenciar a captação pelos receptores de
manose-6-fosfato na superfície das células alvo.
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baseado em evidências clínicas e bioquímicas. Os pacientes foram tratados com a dose recomendada de 0,2 mg/kg
de REPLAGAL. Vinte e cinco pacientes concluíram o primeiro estudo e foram admitidos no estudo de extensão.
Após 6 meses de terapia, houve redução significativa da dor nos pacientes tratados com REPLAGAL, em
comparação ao placebo (p=0,021), conforme medida pelo Inventário Breve de Dor (uma escala validada de medição
da dor). Esta redução foi associada a uma diminuição significativa do uso de medicação para dor neuropática
crônica e número de dias sob tratamento com medicação analgésica. Em estudos subsequentes, em pacientes
pediátricos do sexo masculino com mais de 7 anos de idade, foi observada uma redução na dor após 9 e 12 meses de
terapia com REPLAGAL, em comparação ao valor basal pré-tratamento. A redução na dor persistiu por 4 anos de
terapia com REPLAGAL em 9 pacientes (em pacientes entre 7 e 18 anos).
Conforme medida por instrumentos validados nos estudos clínicos, doze (12) a dezoito (18) meses de tratamento
com REPLAGAL resultaram em melhora da qualidade de vida (QoL).
Após 6 meses de terapia, REPLAGAL estabilizou a função renal, em comparação a uma redução nos pacientes
tratados com placebo. Amostras de biópsia renal revelaram aumento significativo na fração de glomérulos normais e
redução significativa na fração de glomérulos com alargamento mesangial nos pacientes tratados com REPLAGAL,
em contraste aos pacientes tratados com placebo. Após 12 a 18 meses de terapia de manutenção, REPLAGAL
melhorou a função renal, conforme medida pela taxa de filtração glomerular de inulina, em 8,7 ± 3,7 mL/min
(p=0,030). A terapia mais crônica (48-54 meses) resultou em estabilização da TFG (taxa de filtração glomerular) em
pacientes do sexo masculino que apresentavam TFG basal normal (≥ 90 mL/min/1,73 m2
) e com disfunção renal
leve a moderada (TFG de 60 a < 90 mL/min/1,73 m2
), bem como no retardo da taxa de redução da função renal e
progressão para doença renal em estágio terminal em pacientes do sexo masculino com doença de Fabry com
disfunção renal mais grave (TFG de 30 a < 60 mL/min/1,73 m2
Em um segundo estudo, quinze pacientes com hipertrofia ventricular esquerda concluíram um estudo de 6 meses
controlado por placebo e foram admitidos em um estudo de extensão. O tratamento com REPLAGAL resultou em
redução de 11,5 g da massa ventricular esquerda, medida por ressonância magnética (RM) no estudo controlado,
enquanto os pacientes tratados com placebo apresentaram aumento de 21,8 g na massa ventricular esquerda. Além
disso, no primeiro estudo envolvendo 25 pacientes, REPLAGAL causou redução significativa na massa cardíaca
após 12 a 18 meses de terapia de manutenção (p<0,001). REPLAGAL também foi associado à melhora da
contratilidade miocárdica, redução na duração média do intervalo QRS e redução concomitante na espessura septal à
ecocardiografia. Dois pacientes com bloqueio de ramo direito nos estudos realizados apresentaram reversão a
normalidade após a terapia com REPLAGAL. Estudos abertos subsequentes demonstraram redução significativa na
massa ventricular esquerda à ecocardiografia, em relação à basal, em pacientes de ambos os sexos com doença de
Fabry, durante 24 a 36 meses de tratamento com REPLAGAL. As reduções na massa ventricular esquerda
observadas por ecocardiografia em pacientes de ambos os sexos com doença de Fabry durante 24 a 36 meses de
tratamento com REPLAGAL foram associadas à melhora significativa dos sintomas, conforme medição utilizando
).
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as classificações da New York Heart Association (NYHA) e Canadian Cardiac Society (CCS) em pacientes com
doença de Fabry com insuficiência cardíaca grave ou sintomas basais de angina.
Em comparação ao placebo, o tratamento com REPLAGAL também reduziu o acúmulo de Gb3. Após os primeiros
6 meses de terapia foram observadas reduções médias de aproximadamente 20 - 50 % no plasma, sedimento urinário
e amostras de biópsia hepática, renal e cardíaca. Após 12 a 18 meses de tratamento, foi observada uma redução de
50 – 80% no plasma e sedimento urinário. Os efeitos metabólicos também foram associados ao ganho de peso
clinicamente significativo, aumento da sudorese e da energia. Compatível com os efeitos clínicos de REPLAGAL, o
tratamento com a enzima reduziu o acúmulo de Gb3 em muitos tipos celulares, incluindo células glomerulares renais
e células epiteliais tubulares, células endoteliais capilares renais (as células endoteliais capilares cardíacas e
dérmicas não foram avaliadas) e miócitos cardíacos. Em pacientes pediátricos do sexo masculino com doença de
Fabry, houve redução dos níveis plasmáticos de Gb3
Em pacientes pediátricos do sexo masculino com mais de 7 anos de idade e com doença de Fabry, a hiperfiltração
pode ser a manifestação mais precoce de envolvimento renal pela doença. A redução em suas TFGs hipernormais foi
observada no período de 6 meses do início da terapia com REPLAGAL. Após um ano de tratamento com
alfagalsidase 0,2 mg/kg a cada duas semanas, as TFGs anormalmente altas reduziram de 143,4 ± 6,8 para 121,3 ±
5,6 mL/min/1,73 m
de 40-50% após 6 meses de terapia com REPLAGAL 0,2
mg/kg, e esta redução persistiu após um total de 4 anos de tratamento em 11 pacientes.
2
Em pacientes pediátricos do sexo masculino com mais de 7 anos de idade, a variação da frequência cardíaca foi
anormal no valor basal e melhorou após 6 meses de tratamento com REPLAGAL de 15 meninos, e a melhora
persistiu por 4 anos de terapia com REPLAGAL 0,2 mg/kg em um estudo aberto de extensão a longo prazo com 9
meninos. A massa do ventrículo esquerdo indexada para altura
neste subgrupo, e essas TFGs se estabilizaram na faixa normal durante 4 anos de terapia com
REPLAGAL 0.2mg/kg, assim como as TFGs dos não-hiperfiltradores.
2.7
estava dentro da faixa normal para crianças (<39
g/m 2.7
em meninos) no valor basal. Uma redução relativa de 11% na LVM média foi observada durante os 4,5 anos
de tratamento. Em 5/6 crianças com mais de 7 anos de idade, a massa do ventrículo esquerdo indexada para altura2.7
estava limítrofe ou dentro da faixa elevada (>95%, 39 g/m2.7
Para pacientes entre 0 e 7 anos de idade, dados limitados não indicaram questões específicas de segurança.
em meninos) no valor basal. Valores LVMI para as 5
crianças cairam dentro da normalidade depois de iniciado o tratamento.
Os anticorpos contra alfagalsidase não demonstraram associação a quaisquer efeitos clinicamente significativos
sobre a segurança (por exemplo, reações à infusão) ou eficácia.
A infusão domiciliar de REPLAGAL poderá ser considerada para pacientes que toleram bem suas infusões.
Propriedades farmacocinéticas
Doses únicas variando de 0,007 - 0,2 mg de enzima por quilo de peso corporal foram administradas a pacientes
adultos do sexo masculino na forma de infusões intravenosas de 20 - 40 minutos, enquanto pacientes do sexo
feminino receberam 0,2 mg de enzima por quilo de peso corporal como infusões de 40 minutos de duração. As
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propriedades farmacocinéticas não foram essencialmente afetadas pela dose da enzima. Após uma dose intravenosa
única de 0,2 mg/kg, a alfagalsidase apresentou perfil bifásico de distribuição e de eliminação da circulação. Os
parâmetros farmacocinéticos não foram significativamente diferentes entre pacientes dos sexos masculino e
feminino. As meias-vidas de eliminação foram de 108 ± 17 minutos em homens, em comparação a 89 ± 28 minutos
em mulheres, e o volume de distribuição foi de aproximadamente 17% do peso corporal em ambos os sexos. O
clearance normalizado para o peso corporal foi de 2,66 e 2,10 mL/min/kg para homens e mulheres, respectivamente.
Com base nas propriedades farmacocinéticas da alfagalsidase em homens e mulheres a distribuição tecidual aos
principais tecidos e órgãos também deverá ser semelhante em pacientes dos sexos masculino e feminino.
Em crianças (7-18 anos), REPLAGAL administrado na dose de 0,2 mg/kg foi eliminado mais rapidamente da
circulação que em adultos. O clearance médio de REPLAGAL em crianças (7-11 anos), adolescentes (12-18 anos) e
adultos foi de 4,2 mL/min/kg, 3,1 mL/min/kg e 2,3 mL/min/kg, respectivamente. Os dados farmacodinâmicos
sugerem que na dose de 0,2 mg/kg de REPLAGAL, as reduções nos níveis plasmáticos de Gb3
Após 6 meses de tratamento com REPLAGAL, 12 de 28 pacientes do sexo masculino apresentaram alteração da
farmacocinética, incluindo aumento aparente do clearance. Estas alterações foram associadas ao desenvolvimento de
baixos títulos de anticorpos contra alfagalsidase, porém sem efeitos clinicamente significativos sobre a segurança ou
eficácia observados nos pacientes estudados.
são mais ou menos
comparáveis entre adolescentes e crianças menores (vide Propriedades farmacodinâmicas).
Com base na análise de biópsias hepáticas pré e pós-dose em homens com a doença de Fabry, a meia-vida tecidual
foi estimada como superior a 24 horas e a captação hepática da enzima foi estimada como sendo de 10% da dose
administrada.
A alfagalsidase é uma proteína e, portanto: 1) não deverá se ligar a proteínas, 2) a degradação metabólica deverá
seguir as vias das demais proteínas, isto é, hidrólise peptídica, 3) provavelmente não será uma candidata a interações
medicamentosas.
A eliminação renal da alfagalsidase é considerada uma via menor de eliminação, uma vez que os parâmetros
farmacocinéticos não são alterados pelo comprometimento da função renal. Uma vez que o metabolismo deverá
ocorrer por hidrólise peptídica, o comprometimento da função hepática não deverá afetar a farmacocinética de
alfagalsidase de modo clinicamente significativo.
Dados de segurança pré-clínica
Os dados não clínicos não revelam risco especial a humanos, com base em estudos de toxicidade de dose repetida.
Não se espera potencial genotóxico e carcinogênico. Estudos de toxicidade reprodutora em ratas e coelhas não
demonstraram efeito sobre a gestação ou no feto em desenvolvimento. Não foram realizados estudos sobre o parto
ou desenvolvimento peri/pós-natal. Não se sabe se REPLAGAL atravessa a placenta.
4. CONTRA-
Hipersensibilidade à substância ativa ou a qualquer dos excipientes, podendo acarretar em risco à vida por reação
anafilática.
INDICAÇÕES
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Reações idiossincrásicas relacionadas à infusão
Em estudos clínicos, 13,7% dos pacientes tratados com REPLAGAL apresentaram reações idiossincrásicas
relacionadas à infusão. Quatro de 17 (23,5%) pacientes pediátricos com mais de 7 anos de idade incluídos em
ensaios clínicos sofreram no mínimo uma reação adversa de infusão em um período de mais de 4,5 anos de
tratamento (duração média de aproximadamente 4 anos). Três de 8 (37.5%) pacientes pediátricos com mais de 7
anos de idade sofreram no mínimo uma reação adversa relacionada à infusão ao longo de um tempo médio de
observação de 4,2 anos. De modo geral, a porcentagem de reações relacionadas à infusão foi significativamente
menor nas mulheres em comparação aos homens. Os sintomas mais comuns foram tremores, cefaleia, náusea,
pirexia, calor e fadiga. Reações sérias à infusão foram relatadas incomumente, os sintomas relatados incluem
pirexia, tremores, taquicardia, urticária, náusea/vômito, edema angioneurótico, estridor laríngeo e edema de língua.
Outros sintomas relacionados à infusão podem incluir tontura e hiperidrose. Uma revisão dos eventos cardíacos
mostrou que reações à infusão podem estar associadas a eventos cardíacos desencadeados por estresse
hemodinâmico em pacientes com manifestações cardíacas pré-existentes relacionadas à doença de Fabry. O início de
reações relacionadas à infusão geralmente ocorreu nos primeiros 2-4 meses após o início do tratamento com
REPLAGAL, embora reações tardias (após 1 ano) também tenham sido relatadas. Estes efeitos foram reduzidos com
o tempo. Em caso de ocorrência de reações leves ou moderadas à infusão, a assistência médica deverá ser buscada
imediatamente e as ações apropriadas deverão ser instituídas. A infusão poderá ser temporariamente interrompida (5
a 10 minutos) até que os sintomas cessem e a infusão possa ser posteriormente reiniciada. Reações leves e
temporários podem não necessitar de tratamento médico ou descontinuação da infusão. Além disso, a pré-medicação
oral ou intravenosa com anti-histamínicos e/ou corticosteróides, de 1 a 24 horas antes da infusão, poderá prevenir
reações subsequentes nos casos em que o tratamento sintomático for necessário.
Reações de hipersensibilidade
Reações de hipersensibilidade foram relatadas. Em caso de reações alérgicas graves ou anafiláticas, a administração
de REPLAGAL deverá ser descontinuada imediatamente e o tratamento adequado deverá ser iniciado. Os padrões
médicos atuais para tratamento emergencial deverão ser observados.
Anticorpos contra a proteína
Assim como todos os produtos farmacêuticos proteicos, os pacientes poderão desenvolver anticorpos contra a
proteína. Foi observada resposta de baixo título de anticorpos IgG em aproximadamente 24% dos pacientes do sexo
masculino tratados com REPLAGAL. Com base em dados limitados, esta porcentagem foi menor (7%) em pacientes
pediátricos do sexo masculino. Estes anticorpos IgG se desenvolveram aproximadamente após 3-12 meses de
tratamento. Após 12 a 54 meses de terapia, 17% dos pacientes tratados com REPLAGAL ainda eram positivos para
anticorpos, enquanto 7% apresentaram evidências de desenvolvimento de tolerância imunológica, com base no
desaparecimento dos anticorpos IgG com o tempo. Os demais 76% permaneceram negativos para anticorpos em
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todos os momentos. Em pacientes pediátricos com mais de 7 anos de idade, 1/16 pacientes do sexo masculino eram
positivos para anticorpos IgG anti-alfagalsidase durante o estudo. Nenhum aumento aparente da incidência de
efeitos adversos foi observado para este paciente. Em pacientes pediátricos com menos de 7 anos de idade, 0/7
pacientes do sexo masculino eram positivos para anticorpos IgG anti-alfagalsidase. Achados de anticorpos IgE em
níveis limítrofes, não associados com anafilaxia, foram observados em estudos clínicos em um número bastante
limitado de pacientes.
Gravidez (Categoria B) e Lactação
Existem informações muito limitadas sobre mulheres grávidas que utilizaram REPLAGAL. Estudos em animais não
indicam efeitos deletérios diretos ou indiretos em relação à gestação ou desenvolvimento embrionário/fetal, quando
expostos durante a organogênese (ver: Dados de Segurança Pré-clínica).
Não se sabe se REPLAGAL é excretado no leite humano. Recomenda-se cautela ao prescrever a gestantes ou
lactantes.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-
dentista.
Pacientes geriátricos
Estudos em pacientes com mais de 65 anos não foram realizados e nenhum regime de dose pode atualmente ser
recomendado a estes pacientes, uma vez que a segurança e a eficácia ainda não foram estabelecidas.
Pacientes pediátricos
A experiência em crianças é limitada. Nenhum regime de dose em crianças de 0-6 anos de idade pode atualmente ser
recomendado, uma vez que a segurança e a eficácia ainda não foram suficientemente estabelecidas. Em estudos
clínicos em crianças e jovens entre 7 e 18 anos, que receberam Replagal 0,2 mg/kg a cada duas semanas, não foram
observados achados inesperados de segurança. Os dados clínicos são limitados e, atualmente, não permitem a
recomendação de um regime de dose ideal nesta população (ver: Características Farmacológicas - Propriedades
Farmacocinéticas).
Pacientes com insuficiência hepática
Não foram realizados estudos em pacientes com comprometimento hepático.
Pacientes com insuficiência renal
Não é necessário ajuste de dose para pacientes com comprometimento renal.
A presença de lesão renal extensa (TFG <60mL/min) poderá limitar a resposta renal à terapia de reposição
enzimática. Há dados limitados disponíveis em pacientes sob diálise ou após transplante renal, e nenhum ajuste de
dose é recomendado.
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Capacidade de dirigir e operar máquinas
REPLAGAL não deverá ser administrado concomitantemente com cloroquina, amiodarona, benoquina ou
gentamicina, uma vez que estas substâncias apresentam potencial de inibição da atividade intracelular deα -
galactosidase.
Uma vez que a α-galactosidase A é uma enzima, seria uma candidata improvável para interações medicamentosas
mediadas pelo citocromo P450. Em estudos clínicos, medicamentos para a dor neuropática (como carbamazepina,
fenitoína e gabapentina) foram administrados concomitantemente à maior parte dos pacientes, sem qualquer
evidência de interação.
Incompatibilidades
Na ausência de estudos de compatibilidade, este medicamento não deverá ser misturado com outros medicamentos.
Armazenar em refrigerador (2°C – 8°C). Proteger da luz.
Prazo de validade: 24 meses após a data de fabricação impressa na embalagem.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Após o preparo, o medicamento poderá ser administrado em até 24 horas, quando armazenado de 2°C a 8°C.
Para reduzir o potencial risco microbiológico, Replagal diluído em solução salina deve ser utilizado o quanto antes
após a diluição, uma vez que o produto não contém conservantes. No entanto, quando preparado sob condições
assépticas, o produto diluído pode ser armazenado por 24 horas de 2°C a 8°C.
Aparência: o concentrado para infusão é uma solução clara e incolor.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Não utilize REPLAGAL caso perceba alteração da cor ou partículas estranhas presentes.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
MODO DE PREPARAR
• Calcular a dose e o número de frascos necessários de REPLAGAL.
• Diluir o volume total de REPLAGAL concentrado necessário em 100 mL de solução de cloreto de sódio 9
mg/mL (0,9%) para infusão. Tenha cautela para garantir a esterilidade das soluções preparadas, uma vez que
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REPLAGAL não contém nenhum conservante ou agente bacteriostático; a técnica asséptica deverá ser
observada. Após a diluição, a solução deverá ser misturada cuidadosamente, sem ser agitada.
• A solução deverá ser inspecionada visualmente quanto à presença de material particulado e descoloração antes
da administração.
• Administrar a solução para infusão durante 40 minutos, utilizando acesso intravenoso e filtro integrado. Uma
vez que não há conservantes, recomenda-se que a administração seja iniciada o quanto antes após a diluição.
• Não infundir REPLAGAL concomitantemente com outros medicamentos no mesmo acesso intravenoso.
• Apenas para uso único. Qualquer produto não utilizado ou resíduo deverá ser descartado em conformidade
com as exigências locais.
POSOLOGIA
O tratamento com REPLAGAL deverá ser supervisionado por um médico com experiência no tratamento de
pacientes com doença de Fabry ou outras doenças metabólicas hereditárias.
REPLAGAL é administrado na dose de 0,2 mg/kg de peso corporal em semanas alternadas, por infusão intravenosa
durante 40 minutos. Para instruções de preparação e administração, ver “MODO DE PREPARAR”.
Os eventos adversos mais comumente relatados foram reações associadas à infusão, ocorrendo em 13,7% dos
pacientes tratados com REPLAGAL em estudos clínicos. A maior parte dos efeitos indesejáveis foi de gravidade
leve a moderada. A lista abaixo contém reações adversas ao medicamento relatadas para os 177 pacientes tratados
com REPLAGAL em estudos clínicos, incluindo 21 pacientes com histórico de doença renal em estágio terminal, 24
pacientes pediátricos (entre 7 e 17 anos) e 17 pacientes do sexo feminino, e as reações provenientes de relatos pós-
comercialização. As reações adversas mais comuns observadas em estudos clínicos foram cefaleia, rubor, náusea,
calafrios, pirexia, dor e fadiga. As informações são apresentadas por classe de sistemas e órgãos e frequência (muito
comuns ≥1/10; comuns ≥1/100, <1/10; incomuns ≥1/1000, <1/100). As reações adversas classificadas como
incidências “desconhecidas” são provenientes de relatos espontâneos pós-comercialização e estão mostradas em
itálico. Em cada grupo de frequência, os efeitos adversos são apresentados em ordem decrescente de gravidade. A
ocorrência de um evento em um único paciente é definida como incomum, visto o número de pacientes tratados. Um
único paciente pode ter apresentado várias reações adversas ao medicamento.
Distúrbios metabólicos e nutricionais
Comuns: edema periférico
Distúrbios do sistema nervoso
Muito comuns: cefaleia
Comuns: tontura, disgeusia , dor neuropática, tremor, hipersônia, hipoestesia, parestesia
REPLAGAL (alfagalsidase)
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Incomuns: parosmia
Distúrbios do sistema imune
Incomum: reação anafilática, hipersensibilidade
Distúrbios oculares
Comuns: redução do reflexo corneano, aumento do lacrimejamento
Distúrbios de ouvido e labirinto
Comuns: zumbido, piora do zumbido
Distúrbios cardíacos
Comuns: taquicardia, palpitações
Desconhecidas*: arritmias cardíacas** (fibrilação atrial, extra-sístole ventricular**, taquiarritmia), isquemia
miocárdica, insuficiência cardíaca
Distúrbios vasculares
Muito comuns: calor
Comuns: hipertensão
Desconhecidas*: hipotensão
Distúrbios respiratórios, torácicos e mediastinais
Comuns: tosse, rouquidão, aperto na garganta, dispneia, nasofaringite, faringite, aumento da secreção faríngea,
rinorreia.
Incomum: redução da saturação de oxigênio
Distúrbios gastrointestinais
Muito comuns: náusea
Comuns: diarreia, vômito, dor/desconforto abdominal
Distúrbios cutâneos e de tecido subcutâneo
Comuns: acne, eritema, prurido, erupção cutânea, livedo reticularis
Incomuns: edema angioneurótico, urticária
Desconhecidas*: hiperidrose
Distúrbios músculo-esqueléticos, de tecido conjuntivo e ósseos
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Comuns: desconforto músculo-esquelético, mialgia, dor lombar, dor em membros, edema periférico, artralgia,
edema articular
Incomuns: sensação de peso
Distúrbios gerais e condições do local de administração
Muito comuns: tremores, pirexia, dor e desconforto, fadiga
Comuns: piora da fadiga, sensação de calor, sensação de frio, astenia, dor torácica, aperto no peito, quadro
semelhante à gripe, erupção cutânea no local de injeção, mal estar
*A incidência das reações adversas identificadas em relatos de pós-comercialização são “Desconhecidas”. Salvo quando indicado
o contrário, taxas de incidência são baseadas em dados de estudos clínicos.
**Fibrilação atrial, insuficiência cardíaca, isquemia miocárdica, taquiarritimias e extra-sístoles ventriculares foram reportadas
como reações adversas de infusão em pacientes com Doença de Fabry envolvendo estruturas cardíacas.
Ver também Seção “5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES”.
As reações adversas ao medicamento relatadas em pacientes com histórico de doença renal em estágio terminal
foram semelhantes às relatadas na população geral de pacientes.
As reações adversas ao medicamento relatadas em 24 pacientes pediátricos (crianças e adolescentes de 7 a 17 anos)
foram, de modo geral, semelhantes às relatadas em adultos. Entretanto, houve reações relacionadas à infusão
(pirexia, dispnea, dor toracica) e exacerbação da dor de modo mais frequente.
As mais frequentes foram reações leves relacionadas à infusão, incluindo principalmente tremores, pirexia, calores,
cefaleia, náusea e dispnéia.
Reações relacionadas à infusão de relatos pós-comercialização (veja também seção “5.Advertências e Precauções”)
podem incluir eventos cardíacos como arritmias cardíacas (fibrilação atrial, extrassístoles ventriculares,
taquiarritmia), isquemia miocárdica e insuficiência cardíaca em pacientes com doença de Fabry envolvendo as
estruturas cardíacas. Sintomas relacionados à infusão podem incluir vertigem, hiperidrose, hipotensão, tosse, vômito
e fadiga. Hipersensibilidade, incluindo anafilaxia, foi reportado.
Atenção: este produto é um medicamento novo e, embora as pesquisas tenham indicado eficácia e segurança
aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado corretamente, podem ocorrer eventos imprevisíveis ou
desconhecidos. Nesse caso, notifique os eventos adversos pelo Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária
- NOTIVISA, disponível em www.anvisa. gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária
Estadual ou Municipal.