Bula do Respiran produzido pelo laboratorio Laboratório Globo Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
Respiran
(acebrofilina)
Laboratório Globo Ltda.
Xarope
25 mg/5 mL e 50 mg/5 mL
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acebrofilina
FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÕES:
50 mg/5 mL xarope adulto: frasco contendo 120mL + copo-medida
25 mg/5 mL xarope infantil: frasco contendo 120mL + copo-medida
USO ORAL
USO ADULTO E PEDIÁTRICO ACIMA DE 2 ANOS DE IDADE
COMPOSIÇÃO:
Cada 5 ml do xarope adulto contém:
acebrofilina................................................................................................................................................................................................... 50 mg
excipientes (ciclamato de sódio, glicerol, sorbitol, metilparabeno, propilparabeno, propilenoglicol, aroma de framboesa e água purificada)
q.s.p..................................................................................................................................................................................................................5 mL
Cada 5 ml do xarope pediátrico contém:
acebrofilina................................................................................................................................................................................................... 25 mg
excipientes (ciclamato de sódio, glicerol, sorbitol, metilparabeno, propilparabeno, propilenoglicol, aroma de framboesa, corante vermelho
ponceau e água purificada) q.s.p......................................................................................................................................................................5 mL
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Respiran é indicado como broncodilatador, mucolítico e expectorante.
Tratamento sintomático e preventivo das patologias agudas e crônicas do aparelho respiratório caracterizadas por fenômenos de
hipersecreção e broncoespasmo, tais como: bronquite obstrutiva ou asmatiforme, asma brônquica, traqueobronquite, broncopneumonias,
bronquiectasias, pneumoconioses, rinofaringites, laringotraqueítes, enfisema pulmonar.
A acebrofilina foi clinicamente testada como uma droga broncodilatadora e mucorreguladora em mais de 5000 pacientes em muitos países
europeus e latino-americanos. Sua eficácia foi demonstrada no tratamento de bronquite obstrutiva crônica e em asma brônquica e bronquite
asmatiforme. A tolerabilidade da acebrofilina foi boa em todas as experimentações clinicas em fase III.
Recentemente, um estudo brasileiro com cerca de 4500 crianças tratadas em condições mórbidas agudas do sistema respiratório, teve como
objetivo melhor definir o perfil da tolerabilidade, padrão de efeitos colaterais e a relação risco benefício da acebrofilina. Um total de 4500
indivíduos com bronquite aguda (tipo catarral, espasmódica ou asmatiforme), foram selecionados entre pacientes pediátricos com 1 a 12 anos
de idade, que necessitavam de um tratamento apropriado broncodilatador e mucorregulador.
O tratamento com acebrofilina foi eficaz na melhora dos sintomas relacionados ao broncoespasmo, com melhora tanto na sibilância como na
dispnéia em 91.1% dos pacientes. A sibilância e a dispnéia desapareceram em 67% e 75% dos casos, respectivamente. Os valores
correspondentes para tosse e expectoração foram 11% e 53% respectivamente. No início, a condição clínica geral foi estimada como boa em
43% dos pacientes. No fim do tratamento, 88% dos pacientes restantes melhoraram clinicamente.
No organismo, a acebrofilina se dissocia em teofilina e ambroxol. O ambroxol tem sido proposto como uma ferramenta terapêutica no
tratamento de doenças pulmonares. Estudos avaliaram a eficácia do tratamento com ambroxol na secreção de IL-12 e IL-10 de macrófagos
alveolares obtidos por lavagem alveolar. A IL tem um papel fundamental na resistência do hospedeiro à infecções e no desenvolvimento de
células do tipo TH-1. Segundo este estudo, o tratamento com ambroxol é capaz de elevar a secreção de IL-12 induzida por
lipopolissacarídeos, sugerindo que este tratamento atue promovendo e elevando a resposta inflamatória e imunológica mediada por células
do tipo TH-1.
O tratamento com ambroxol também foi verificado em pacientes com bronquite crônica. Pacientes tratados durante três semanas com
ambroxol apresentaram melhora nos sintomas da bronquite com diminuição da inflamação, diminuição da hiperplasia das células da camada
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basal e revitalização do epitélio. Dessa forma, é preconizado que o tratamento com ambroxol é um efetivo agente que pode ser utilizado
como monoterapia no controle dos sintomas da bronquite.
A eficácia e tolerabilidade do teofilinato de ambroxol por via oral na dose de 200mg/dia foi avaliado num estudo realizado em 48 pacientes
que apresentavam hipersecreção brônquica. Como resultado foi observada a fluidificação do muco, induzido pela medicação, com uma
melhora marcada da sintomatologia clínica e dos efeitos benéficos sobre a função respiratória destes pacientes.
A eficácia e tolerabilidade da acebrofilina na dose de 200 mg/dia, na terapia da bronquite crônica asmatiforme, foi avaliada em estudo
multicêntrico, aberto, onde participaram 92 doentes. A sintomatologia sugestiva (tosse, dispnéia e dificuldade em expectorar), e objetiva que
levou em conta o quadro de ausculta e a quantidade e aspecto da expectoração, apresentaram melhora estatisticamente significante a partir do
primeiro mês de terapia, e isso foi confirmado no término do estudo. Também o parâmetro de função pulmonar foi favoravelmente
influenciado durante o tratamento com um incremento médio de 20% dos valores medidos. Sendo que nesse estudo também se observou uma
grande tolerabilidade da acebrofilina.
Aiharaa M., Dobashia K., Akiyamaa M., Narusea I., Nakazawab T., Mori M. Effects of N-Acetylcysteine and Ambroxol on the Production
of IL-12 and IL-10 in Human Alveolar Macrophages. Respiration 2000;67:662–671.
Cogo R., Raschi S., Quattrone P. Zini P. Clinical and histologic rating of the treatment with acefyllinate of ambroxol in patients with chronic
bronchitis. Advances in therapy, vol-12; n° 1. 1995.
Goldgrub N., Soares V.R.X., Hamaoui A., Zavattini G., Poli A. Atividade terapêutica e perfil da tolerabilidade da acebrofilina. Advances in
therapy 9(2): 107-115. 1992.
Barthekenym F. Le theophyllinate Dámbroxol dans L´hypersecretion bronchique. Acta Therapeutica 11:453-57, 1985. .
Cerveri, I. et al VAlutazione delléfficacia e della tollerabilità di acebrofilina in paziento affetti da bronchite cronica asmatiforme. Giornale
Italiano Malattie Del torace. Suppl 1: 107-10,1992.
Respiran tem como princípio ativo a acebrofilina, uma entidade molecular resultante da fusão das moléculas do ambroxol (mucorregulador,
mucocinético e indutor do surfactante) com o ácido 7-teofilinacético, por uma reação de salificação, resultando em teofilinato de ambroxol
(acebrofilina).
A ação broncodilatadora parece advir do acúmulo de nucleotídeos cíclicos, particularmente do AMP cíclico na musculatura traqueobrônquica
devido à inibição da fosfodiesterase, determinando a elevação do AMPc e produzindo relaxamento da musculatura lisa por meio da
fosforilação dos precursores responsáveis pelo relaxamento muscular. Outros mecanismos responsáveis poderiam ser o antagonismo
competitivo da droga pelos receptores de adenosina além de importante ação sobre fluxo do cálcio intracelular. Ao favorecer a
broncodilatação, a acebrofilina reduz o consumo de energia por parte da musculatura diafragmática e auxilia a atividade ciliar
traqueobrônquica. A ação mucorreguladora parece decorrer do estímulo à produção de surfactante que reduz a mucoviscosidade da secreção
brônquica, impede a aglutinação das partículas de muco e reduz a adesividade do muco patológico.
A administração de uma dose oral de Respiran possibilita concentrações séricas do composto ativo durante várias horas, com meia-vida
plasmática entre 3 - 5 horas.
Estudos de toxicidade aguda com dose única ou doses repetidas, bem como os estudos de toxicidade fetal em animais mostraram que a
acebrofilina não provoca alterações mesmo em doses muito acima das doses terapêuticas. Não foi demonstrada ação mutagênica.
Respiran é contraindicado nos casos de hipersensibilidade comprovada ao componente ativo da fórmula ou a outras xantinas, como
aminofilina e teofilina, assim como ao ambroxol.
Respiran não deve ser utilizado em pacientes portadores de doenças hepáticas, renais ou cardiovasculares graves, úlcera péptica ativa e
história pregressa de convulsões.
Este medicamento é contraindicado para menores de 2 anos de idade.
É aconselhável evitar o seu uso durante o primeiro trimestre de gravidez. Deve-se ter cautela ao empregar acebrofilina em pacientes
hipertensos, cardiopatas, com hipoxemia severa.
Categoria de risco na gravidez: C
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Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião dentista.
Interação medicamento-medicamento
O uso concomitante de Respiran com carbamazepina, fenobarbital, fenitoína e os sais de lítio pode levar a uma redução da efetividade da
teofilina por aumentarem a sua metabolização hepática (feita pelo fígado).
O uso concomitante de Respiran com antibióticos macrolídeos (eritromicina), algumas quinolonas como norfloxacino e ciprofloxacino,
antihistamínicos H2 (cimetidina, ranitidina, famotidina), alopurinol, diltiazem e ipriflavona pode retardar a eliminação da teofilina,
aumentando o risco de intoxicação pela mesma.
A intoxicação pode se desenvolver naqueles pacientes cujos níveis séricos já são altos, a menos que a dosagem seja reduzida.
Pode ocorrer hipocalemia com o uso concomitante de Respiran e salbutamol ou terbutalina. A frequência cardíaca também pode aumentar,
principalmente com altas doses de teofilina.
Alguns pacientes podem demonstrar uma diminuição significativa nos níveis no sangue de teofilina quando o Respiran é administrado
concomitantemente a salbutamol ou isoprenalina (isoproterenol).
Os níveis séricos da teofilina podem apresentar algum aumento, embora nenhuma toxicidade tenha sido relatada quando o Respiran é
administrado concomitantemente a contraceptivos orais.
A administração conjunta de Respiran e medicamentos alfa-adrenérgicos, como a efedrina, pode levar a um aumento das reações adversas,
principalmente relacionadas com o sistema nervoso central e gastrointestinais.
O uso de Respiran e produtos a base de Hypericum perforatum pode ocasionar uma redução na eficácia da teofilina.
O uso com Betabloqueadores seletivos não é totalmente contraindicado, porém recomenda-se cautela quando desta associação.
Interações medicamento – alimento
A alimentação pode interferir na quantidade de Respiran no organismo.
Dietas ricas em proteínas diminuem a duração do efeito do Respiran.
Dietas ricas em carboidratos aumentam a duração do efeito do Respiran.
Produtos a base de Hypericum perforatum podem levar a uma redução da eficácia da teofilina.
Conservar em temperatura ambiente (temperatura entre 15 e 30ºC). Proteger da luz.
Desde que respeitados os cuidados de armazenamento, o medicamento apresenta uma validade de 24 meses a contar da data de sua
fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Respiran de uso adulto é um xarope de coloração vermelho clara, com odor de framboesa.
Respiran de uso pediátrico é um xarope de coloração vermelha, com odor de framboesa.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Adultos e crianças a partir de 12 anos:
IDADE POSOLOGIA HORÁRIO
ADULTOS E CRIANÇAS A PARTIR
DE 12 ANOS
1 copo-medida (10mL)
Xarope Adulto
A cada 12 horas
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Crianças a partir de 2 anos de idade:
CRIANÇAS DE 6 A 12 ANOS 1 copo-medida (10mL).
Xarope Pediátrico
CRIANÇAS DE 3 A 6 ANOS ½ copo-medida (5mL).
CRIANÇAS DE 2 A 3 ANOS 2 mg/Kg de peso ao dia.
Dividido em duas administrações a cada 12
horas
Não há uma posologia especial, nem um tempo determinado de tratamento para uma patologia específica.
A duração do tratamento deve ser estabelecida a critério médico, de acordo com a gravidade da doença.
A literatura cita as seguintes reações adversas, sem frequência conhecidas:
Reações dermatológicas: Alergia (prurido eritematoso e erupções vesiculares) após tratamento oral na região do nariz, lábios superiores e
bochechas e dor e espasmos na região da faringe. Casos de dermatite de contato, assaduras, urticária, exantemas, erupções cutâneas e coceira
também têm sido descritos.
Prurido pode ocorrer em até 4% dos pacientes que fazem uso de acebrofilina, 75mg por dia.
Reações gastrointestinais: Em estudos clínicos foi observado que o tratamento com acebrofilina pode promover em alguns casos
constipação, diarréia, salivação excessiva, boca seca, náusea, e vômito.
Reações neurológicas: Fadiga é a principal reação adversa relacionada ao uso da acebrofilina.
Reações Renais: Estudos revelam que pacientes que fazem uso de acebrofilina podem experienciar sintomas de disúria.
Reações Respiratórias: Rinorréia pode ser uma reação adversa associada ao uso de acebrofilina.
Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento): os vômitos ocorreram em 2,1% dos casos, náuseas e
boca seca em 1,4%.
Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento): taquicardia em 0,9%, tremores em 0,9%, agitação
em 0,5% e sonolência em 0,3% dos casos, diarréia em 0,5%, e dor abdominal e epigástrica em 0,4% (dor na boca do estômago) e falta de
apetite em 0,11%.
Reação rara (ocorre em 0,01% a 0,1% dos pacientes que utilizaram este medicamento): desidratação em 0,02%, insônia em 0,05%, vertigem
em 0,07%.
Podem ocorrer casos raros de queixas digestivas que desaparecem com a suspensão da medicação ou redução da dose do medicamento.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária - NOTIVISA, disponível em
http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.