Bula do Reuquinol produzido pelo laboratorio Apsen Farmaceutica S/a
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
REUQUINOL®
Apsen Farmacêutica S.A.
Comprimidos Revestidos
400 mg
1
sulfato de hidroxicloroquina
APSEN
FORMA FARMACÊUTICA
Comprimidos revestidos.
APRESENTAÇÕES
Comprimidos de 400mg. Caixa com 30 comprimidos revestidos.
USO ORAL
USO ADULTO E PEDIÁTRICO ACIMA DE 6 ANOS
COMPOSIÇÃO
Cada comprimido revestido contém:
sulfato de hidroxicloroquina (equivalente a 309,6 mg de hidroxicloroquina base) .................................................................... 400 mg
Excipientes* q.s.p. ........................................................................................................................................................... 1 comprimido
*Excipientes: croscarmelose sódica, dióxido de titânio, estearato de magnésio, lactose monoidratada, povidona, amido de milho,
hipromelose + macrogol, macrogol 6000.
INFORMAÇÕES AO PROFISSIONAL DA SAÚDE
Reuquinol®
é indicado para o tratamento de:
- afecções reumáticas e dermatológicas;
- artrite reumatoide;
- artrite reumatóide juvenil;
- lúpus eritematoso sistêmico;
- lúpus eritematoso discoide;
- condições dermatológicas provocadas ou agravadas pela luz solar.
Malária:
Tratamento das crises agudas e tratamento supressivo de malária por Plasmodium vivax, P. ovale, P. malariae e cepas sensíveis de P.
falciparum.
Tratamento radical da malária provocada por cepas sensíveis de P. falciparum.
A hidroxicloroquina não é eficaz contra cepas de cepas de Plasmodium falciparum resistentes à cloroquina, e também não é ativa contra
as formas exo-eritrocíticas de P. vivax, P. ovale, P. malariae. Consequentemente, Reuquinol®
não previne a infecção por esses
plasmódios, nem as recaídas da doença.
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Lúpus Eritematoso Cutâneo
Em uma revisão dos diversos tratamentos disponíveis, afirma-se que os antimalários foram benéficos quando dos corticoides e protetores
solares mostraram-se ineficazes e a doença cutânea continua ativa (Clark, 1986). Incialmente tenta-se o tratamento com
hidroxicloroquina na dose de 200 a 400mg/dia com duração do tratamento durante 4 a 8 semanas. Se a hidroxicloroquina for
descontinuada no lúpus eritematoso, o risco de recaída aumenta em 2,5 vezes em relação aos pacientes que não descontinuaram a
hidroxicloroquina (Anon, 1991).
Um regime composto por prednisona, hidroxicloroquina e acetonida de triancinolona é recomendado para tratar lesões cutâneas discoides
em pacientes com Lúpus Eritematoso Sistêmico (Werth & Franks, 1986). Se esse tratamento falhar, sugere-se um regime com
hidroxicloroquina 400mg/dia e quinacrina 100mg/dia.
Malária
A hidroxicloroquina está indicada na supressão e tratamento dos ataques agudos de malária por cepas suscetíveis das formas eritrocitárias
do P. vivax, P. malariae e P. falciparum. Não é eficaz para as cepas resistentes do P. falciparum.
Erupção polimórfica leve
A hidroxicloroquina é usada como supressor da erupção polimórfica leve (Logan, 1980).
Comparado com placebo, o fármaco apresentou efeito significativo na redução da erupção cutânea. A hidroxicloroquina 400mg/dia, por
um mês, seguido por 200mg/dia, associou-se a melhora clínica moderada em pacientes com erupção polimórfica leve em um pequeno
estudo controlado (Murphy et al, 1987).
Artrite reumatoide:
MONOTERAPIA
A hidroxicloroquina parece ser menos tóxica que os tratamentos ouro, d-penicilamina, sulfasalazina ou auranofina (Paulus, 1988). Um
estudo de 24 semanas, randomizado, duplo-cego, paralelo de 121 pacientes com artrite reumatoide observou que o fármaco era
moderadamente eficaz comparado ao placebo quando a doença é tratada precocemente (Clark et al., 1993). A dose diária de
hidroxicloroquina de 200mg foi relatada como sendo tão eficaz quanto a dose de 400mg, em um estudo controlado, duplo-cego, de longo
prazo em 43 pacientes tratados para artrite reumatoide (Pavelka et. Al. 1989). Embora os dois grupos apresentassem redução
significativa da atividade da doença, quando se comparou os efeitos colaterais na pele, gastrointestinais, e oculares, aqueles que
receberam 200 miligramas ao dia desenvolveram um – terço do número de efeitos colaterais comparado aos controles que receberam
400mg ao dia.
Uma estratégia terapêutica (III) empregando medicamentos modificadores da artrite reumatoide (DMARD) de ação lenta (prolongada),
com um tempo de “latência curto” (ou seja, metotrexato ou sulfasalazina) foi considerada aquela que proporcionou o maior risco-
benefício quando comparado às estratégias que empregaram os DMAR’s “potentes” (II; aurotioglucose ou penicilamina) com tempo de
latência mais longo, ou DMAR’s “leves” (I; hidroxicloroquina ou aurarofin) com tempos de latência longo. Um estudo de dois anos, com
desenho aberto, de grupo paralelo incluiu aproximadamente 100 pacientes em cada grupo. Os pacientes tinham diagnósticos recente
(dentro de 1 ano) e no basal apresentavam doença relativamente ativa, e eram virgens de tratamento com DMARD’s, esteroides, agentes
citotóxicos ou imunossupressores. Os regimes iniciais do protocolo foram os seguintes:
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O primeiro DMARD foi continuado até a toxicidade (a qualquer momento) ou falta de eficácia (melhora inferior a 50% em 3 de 4
variáveis em um ano, dor, escore articular, rigidez matinal, VHS); o segundo medicamento era então substituído. Outros analgésicos e
AINEs eram permitidos, o uso de esteroides por via oral ou intra-articular era desencorajado. As doses de DMARD poderiam ser
reduzidas para a metade nos pacientes que satisfizessem critérios para remissões. Os desfechos primários incluíram dor, incapacidade
funcional, escores das articulações, VHS e evidência radiológica de lesão articular. Rigidez matinal, força para segurar, e bem estar geral
foram medidas secundárias do desfecho. A tabela a seguir reflete a porcentagem de pacientes com pelo menos 33% de melhora nos
escores a partir do basal, depois de 1 a 2 anos, o percentual considerado como tendo uma resposta clínica (melhora maior que 20% em
pelo menos 3 desfechos), e o percentual em remissão (rigidez matinal inferior a 15 minutos, VHS abaixo de 30, escore de dor inferior a
10, e escore da articulação menor que 1):
Estratégia
I II III
Ano Ano Ano
1 2 1 2 1 2
Incapacidade 39% 41% 52% 47% 53% 47%
Escore de dor 67% 64% 64% 73% 72% 63%
Escore da articulação 66% 75% 79% 78% 82% 76%*
VHS 56% 64% 63% 67% 68% 66%
Resposta Clínica 56% 61% 64% 71% 71% 63%
Remissão 16% 19% 31% 29% 24% 25%**
Todos os efeitos colaterais (no) 170 212 181
*significantemente melhor com II e III versus I
*significantemente melhor com II vs I; não significante para III vs I ou II
Apesar de nenhuma das estratégias ter se mostrado claramente superior em todas as medidas, foram observados escores de incapacidade
melhores ao longo de 2 anos para II e III e taxas de remissão mais altas para II e III. A estratégia I foi caracterizada predominantemente
por reações de toxicidade GI, anemia, e erupção; III compartilhou a toxicidade GI de I junto com elevação das enzimas hepáticas, mas
sem anemia. As reações da estratégia II envolveram anemia, leucopenia, e trombocitopenia, uma incidência 3 vezes maior de erupção
cutânea ou estomatite, e disfunção renal (proteinúria). A estratégia III foi, portanto, a que mostrou melhor classificação, embora a
classificação, embora a aplicação mais precoce da terapia com DMARD seja provavelmente mais importante que a escolha de um
DMARD particular (van Jaarsveld et al, 2000).
A hidroxicloroquina substituiu com sucesso a ciclosprorina (CSA), mantendo o benefício e revertendo os efeitos colaterais induzidos pela
CSA em 12 de 15 pacientes até por 16 semanas. Inicialmente, 34 pacientes com artrite reumatoide que eram apenas parcialmente
Estratégia DMARDs Dose
I
Hidroxicloroquina OU 400 mg VO diariamente
Auranofin 6 - 9 mg VO diariamente
II
Aurotioglucose OU 50 mg IM semanalmente
d-penicilamina 500 - 750 mg VO diariamente
III
Metotrexato OU 7.5 - 15 mg VO semanalmente
Sulfasalazina 2 - 3 gramas VO diariamente
mg = miligramas
VO = via oral
IM = intramuscular
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responsivos ao metotrexato e prednisona concordaram com a adição de CSA ao tratamento por 24 semanas, com continuidade se
interrupção de hidroxicloroquina 400 miligramas (mg) ao dia, durante 16 semanas. Quatro pacientes saíram durante o uso de CSA
devido a efeitos colaterais; 3 se recusaram a continuar o tratamento ininterrupto, resultado em 27 pacientes avaliáveis, sendo que 15
desses satisfizeram os critérios do Colégio Americano de Reumatologia para melhora de pelo menos 20% ao final da fase CSA. Três
apresentaram recaída durante o uso de hidroxicloroquina foram identificados. Os parâmetros clínicos e hematológicos na população
tenderam a aumentar a partir dos valores atingidos ao final do tratamento com CSA, mas não de maneira significante. Hipertricose e
hipertensão que surgiram durante o uso de CSA se resolveram completamente. Este pequeno estudo não tinha grupo controle. Dados
confirmatórios adicionais são necessários (Kim et al. 2001).
TERAPIA COMBINADA
Combinações de doses baixas incluindo ciclofosfamida e hidroxicloroquina parecem ser muito eficazes, mas tóxicas. Tem-se relatado que
a combinação de hidroxicloroquina, metotrexato e azatioprina é muito eficiente. A terapia combinada de aurotiomalato sódico e
hidroxicloroquina mostrou benefício marginal em relação ao aurotiomalato sódico isoladamente. A maioria desses relatos fora de
natureza preliminar ou envolveram números pequenos de pacientes (Scott et al. 1989; Paulus, 1988). A combinação de
hidroxicloroquina, sulfasalazina, e metotrexato foi mais eficaz que metotrexato isoladamente ou hidroxicloroquina e sulfaxalazina
(O’Dell et al, 1996).
Metotrexato combinação com sulfasalazina e hidroxicloroquina é mais eficaz que uma ou outra terapia isolada para o tratamento da
artrite reumatoide. Em um estudo de dois anos, os pacientes (n=102) foram randomizados para tratamento com metotrexato isoladamente
(7,5 a 17,5 mg por semana), a combinação de sulfasalazina (500 mg duas vezes por dia) e hidroxicloroquina (200 mg duas vezes ao dia),
ou todos os três fármacos. O benefício foi determinado em dois anos de tratamento no qual os sintomas da artrite melhoram em 50% sem
evidência de toxicidade da droga. Setenta e sete por cento dos pacientes tratados coma combinação dos três fármacos receberam benefício
quando comparado a 33% dos pacientes tratados com metotrexato e 40% dos pacientes tratados com os dois fármacos, sulfasalazina e
hidroxicloroquina. Apesar dos efeitos colaterais serem comuns, a toxicidade não foi maior com a combinação dos três fármacos que com
metotrexato isoladamente (O’Dell et al, 1996).
A terapia combinada com aurotiomalato sódico (50 mg IM, por 20 semanas, seguido por 50 mg IM a cada 2 semanas) e
hidroxicloroquina (200 mg, duas vezes ao dia, durante 6 meses, seguido por uma redução na dose para 200 mg uma vez ao dia, com base
na resposta clínica) se mostrou superior ao aurotiomalato sódico isoladamente para o tratamento da artrite reumatoide durante um estudo
randomizado, de 1 ano, envolvendo 101 pacientes. No entanto, o benefício em favor da combinação atingiu significância apenas para a
proteína C reativa. O índice geral de atividade da doença foi significativamente melhor com a combinação aos 2 e 12 meses. A toxicidade
foi maior durante a terapia combinada, resultando na saída do estudo de 18 pacientes quando comparado a 10 que receberam tratamento
ouro isoladamente. Erupção cutânea foi responsável pela maioria dos abandonos no grupo da combinação (10 pacientes); no grupo
aurotiomalato sódico, 4 pacientes saíram devido a erupção cutâneas (Scott et al, 1989).
A terapia combinada com ciclofosfamida (média 30 mg ao dia), azatioprina (média, 74 mg ao dia), e sulfato de hidroxicloroquina
(média, 210 mg/dia) foi relatada como eficaz na supressão da doença em 30 dos 31 pacientes com artrite reumatoide refratários à terapia
convencional. Foi observada supressão da doença entre 3 a 24 meses após o início da terapia. Após 43 meses de tratamento foi observada
remissão complete em 16 pacientes, com supressão parcial ou quase supressão em 14; falta de resposta foi observada em 1 paciente.
Houve ocorrência de malignidade em 4 pacientes durante a terapia combinada, resultando em 3 óbitos; no entanto, não ficou claro se a
combinação produziu esta complicação. A terapia combinada com esses agentes pode ser considerada para o tratamento da artrite
reumatoide grave; porém, o lugar da terapia combinada com agentes de remissão permanece incerto na falta de estudos controlados. Os
autores sugerem que a ciclofosfamida deve ser substituída por um agente não alquilante devido ao potencial de produzir câncer (Csuka et
al, 1986). Em regime semelhante em 17 pacientes com artrite reumatoide intratável que consistiu de hidroxicloroquina diariamentena
dose de 200 a 400 mg, ciclofosfamida 25 mg, e azatioprina 25 mg na qual o tratamento continuou por uma média de 27 meses, foi
relatada remissão completa em 5 pacientes, atividade em uma única articulação em apenas 2, supressão parcial da doença em 7, e
ausência de resposta em outros 3 (McCarty & Carrera, 1982).
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A terapia agressiva com a terapia DMARD tripla por 3 anos em pacientes com diagnóstico recente impediu a destruição articular em 10
e 12 pacientes que completaram o estudo. O tratamento foi iniciado com hidroxicloroquina 400 mg/dia, aurotiomalato sódico 50 mg
semelhante e metotrexato 7,5 mg, por via oral, semanalmente. As doses orais foram reduzidas à metade no segundo e terceiro anos,
enquanto a injeção de ouro foi prolongada para 4 semanas. A melhora clínica e hematológica foi observada a partir do terceiro mês,
atingido significância estatística ao final do primeiro ano para medida como VHS, proteína C reativa e fator reumatoide; rigidez matinal,
escores de sensibilidade ou inchaço articular, bem como redução das doses orais de prednisona. Todas as melhoras foram mantidas, com
exceção do fator reumatide, que retornou aos valores basais. Oito pacientes permaneceram livres de alterações erosivas na articulação ao
longo de todo estudo; dois pacientes com uma ou duas alterações erosivas na basal não apresentaram progressão subsequente. Um
paciente desenvolveu alterações iniciais durante o tratamento, e 1 paciente desenvolveu uma segunda lesão durante o tratamento. Sete
pacientes saíram do estudo em decorrência de reações adversas características da injeção de ouro (disfunção renal; erupção cutânea;
estomatite) ou hidroxicloroquina (erupção cutânea). Os efeitos adversos não foram considerados aditivos entre as três DMARDs (Biasi et
al, 1997).
3. CARACTERÍTICAS FARMACOLÓGICAS
Propriedades Farmacodinâmicas
Reuquinol®
é o sulfato de hidroxicloroquina, um sal cristalino incolor, solúvel em água até um mínimo de 20%, conhecido quimicamente
como 2-[4-[(7-cloro-4-quinoil)amino] pentil]etilamino]etanol sulfato (1:1). Reuquinol®
é uma 4-aminoquinolina antimalárica com ação
esquizonticida e algum efeito gametocida, sendo também considerado um antirreumático de ação lenta.
possui diversas ações farmacológicas que pode estar envolvidas em seu efeito terapêutico, tais como interação com grupos
sulfidrila, interferência com a atividade enzimática (incluindo fosfolipase, NADH-citocromo C redutase, colinesterase, proteases e
hidrolases), ligação ao DNA, estabilização das membranas lisossômicas, inibição da formação de prostaglandinas, quimiotaxia das
células polimorfonucleares e fagocitose, possível interferência com a produção de interleucina 1 dos monócitos, e inibição da liberação de
superoxidase dos neutrófilos. Sua capacidade de concentração nas vesículas ácidas intracelulares e o consequente aumento do pH dessas
vesículas poderiam explicar tanto o efeito antimalárico como a ação antirreumática.
Propriedades Farmacocinéticas
A hidroxicloroquina é rapidamente absorvida após administração oral, com uma biodisponibilidade média de 74%. Distribui-se
amplamente pelo organismo, sendo acumulada nas hemácias e em alguns órgãos como os olhos, rins, fígado e pulmões, onde pode se
armazenar por tempo prolongado. A hidroxicloroquina é convertida parcialmente em metabólitos ativos como fígado e é eliminada,
sobretudo, por via renal, mas também na bile. A excreção é lenta, sendo a meia-vida de eliminação terminal de aproximadamente 50 dias
(sangue total) ou 32 dias (plasma). A hidroxicloroquina atravessa a barreira placentária e possivelmente passa ao leite materno, como a
cloroquina.
Reuquinol®
é contraindicado em pacientes com maculopatias (retinopatias) pré-existentes e pacientes com hipersensibilidade aos
derivados da 4-aminoquinolona.
Este medicamento é contraindicado para menores de 6 anos.
Advertências:
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Antes de iniciar o tratamento prolongado com Reuquinol®
, os pacientes devem realizar um exame oftalmológico cuidadoso nos dois
olhos incluindo oftalmoscopia para o teste de acuidade visual, verificação do campo visual, visão para cores e fundoscopia. Então, o
exame deve ser repetido de 6 em 6 meses.
A toxicidade na retina é amplamente relacionada à dose. Assim, o risco de danos na retina é pequeno com a dose diária de até 6,5 mg/Kg
de peso. Exceder a dose diária recomendada aumenta severamente o risco de ocorrência de toxicidade na retina.
O exame oftalmológico deve ser mais frequente e adaptado a cada paciente, nas seguintes situações:
a) dose diária superior a 6,5 mg/kg de peso. O peso corporal absoluto tomado como parâmetro de dosagem, pode resultar em uma
superdosagem no obeso.
b) insuficiência renal;
c) dose cumulativa maior que 200 g;
d) idosos;
e) comprometimento da acuidade visual.
Se ocorrer qualquer distúrbios visual (acuidade visual, visão para cores), o medicamento deve ser imediatamente descontinuado e o
paciente cuidadosamente observado quanto à possível progressão do distúrbio visual. Alterações retinianas (e distúrbios visuais) podem
mesmo após o término da terapia (vide Reações Adversas).
Foi demonstrado que a hidroxicloroquina causa hipoglicemia severa incluindo perda de consciência que pode ser um risco para a vida em
pacientes tratados com e sem medicação antidiabética (vide “Interações Medicamentosas” e “Reações adversas”). Pacientes tratados com
hidroxicloroquina devem ser alertados sobre o risco de hipoglicemia e dos sinais e sintomas clínicos associados. Pacientes que
apresentarem sintomas sugestivos de hipoglicemia durante o tratamento com hidroxicloroquina devem ter seus níveis de glicose no
sangue avaliados e o tratamento revisado, se necessário.
Foram reportados casos raros de comportamento suicida em pacientes tratados com hidroxicloroquina.
Precauções:
Casos de cardiomiopatica, resultando em insuficiência cardíaca, em alguns casos com desfecho fatal, têm sido relatados em pacientes
tratados com Reuquinol®
(vide Reações Adversas e Superdosagem). A monitorização clínica de sinais e sintomas de cardiomiopatia é
aconselhada e Reuquinol®
deve ser descontinuado aos primeiros sinais. Toxicidade crônica deve ser considerada quando distúrbios de
condução (bloqueio de ramo/bloqueio átrio-ventricular) e/ou hipertrofia biventricular são diagnosticados (vide Reações Adversas).
Administrar Reuquinol® com cautela a pacientes com problemas gastrintestinais, neurológicos ou hematológicos, e aqueles com
hipersensibilidade à quinina, deficiência de glicose-6-fosfato desidrogenase, porfiria ou psoríase.
Embora o risco de depressão da medula óssea seja pequeno, aconselha-se hemograma periódico e suspensão do tratamento caso surjam
alterações hematológicas.
Crianças pequenas são particularmente sensíveis aos efeitos tóxicos das 4-aminoquinolinas e, portanto, os pacientes devem ser alertados
para conservar Reuquinol®
fora do alcance das crianças.
Todos os pacientes submetidos à terapia longo prazo com hidroxicloroquina devem realizar exame periódico da função dos músculos
esqueléticos e reflexos tendinosos. Caso seja observada fraqueza, o medicamento deverá ser suspenso.
Gravidez e lactação:
A hidroxicloroquina atravessa a barreira placentária. Os dados são limitados com relação ao uso hidroxicloroquina durante a gravidez.
Deve-se observar que as doses terapêuticas de 4-aminoquinolinas foram associadas a alterações no sistema nervoso central tais como
ototoxicidade (auditiva e toxicidade vestibular, surdez congênita), hemorragia e pigmentação anormal da retina. O uso da
hidroxicloroquina é desaconselhado durante a gravidez, exceto quando, na opinião do médico, os benefícios potenciais superarem os
riscos.
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A hidroxicloroquina é excretada em pequena quantidade através do leito materno. Por isso, a administração de hidroxicloroquina a
lactantes requer cautela, pois crianças pequenas são extremamente sensíveis aos efeitos tóxicos das 4-aminoquinolinas.
Categoria de risco na gravidez: D. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica.
Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.
Populações especiais:
Recomenda-se cautela em pacientes com disfunções hepáticas ou renais ou que estejam tomando medicamentos capazes de afetar esses
órgãos: pode ser necessária redução da dose da hidroxicloroquina.
Pacientes idosos:
Não há advertências e recomendações especiais sobre o uso adequado desse medicamento por pacientes idosos.
Alterações na capacidade de dirigir veículos e operar máquinas:
Os pacientes deverão ser alertados quanto a dirigir veículos e operar máquinas, pois a hidroxicloroquina pode alterar a acomodação
Reuquinol®
pode aumentar os níveis de digoxina no plasma. Por isso, os níveis de digoxina sérica devem ser cuidadosamente
monitorados em pacientes em uso concomitantes destas substâncias.
Como hidroxicloroquina pode aumentar os efeitos do tratamento hipoglicêmico, pode ser necessária uma diminuição nas doses de
insulina ou drogas antidiabéticas.
Halofantrina prolonga o intervalo QT e não deve ser administrada com outros fármacos que têm o potencial para induzir arritmias
cardíacas, incluindo hidroxicloroquina. Além disso, pode haver um aumento do risco de indução de arritmias ventriculares se
hidroxicloroquina é utilizada concomitantemente com outras drogas arritmogênicas, tais como amiodaroma e moxifloxacina. Um
aumento dos níveis plasmáticos de ciclosporina foi reportado quando a ciclosporina e hidroxicloroquina foram coadministradas.
A hidroxicloroquina pode diminuir limiar convulsivo. A coadministração de hidroxicloroquina com outros antimaláricos conhecidos por
baixarem o limiar conclusivo (por exemplo, mefloquina) pode aumentar o risco de convulsões.
Além disso, a atividade de drogas antiepilépticas pode ser prejudicada se coadministradas com hidroxicloroquina.
Em um estudo de interação de dose única, foi reportado que a cloroquina reduz a biodisponibilidade do praziquantel. É desconhecido se
existe um efeito semelhante quando hidroxicloroquina e praziquantel são coadministrados. Por extrapolação, devido às semelhanças de
estruturas e parâmetros farmacocinéticos entre hidroxicloroquina e cloroquina, um efeito similar pode ser esperado para
hidroxicloroquina.
Existe o risco teórico de inibição da -galactosidase quando hidroxicloroquina é coadministrada com agalsidase.
pode também estar sujeito às várias das interações descritas para a cloroquina, muito embora relatos específicos não tenham
sido divulgados. Estão incluídos:
Potencialização da sua ação bloqueadora direta na junção neuromuscular pelos antibióticos aminoglicosídeos;
Inibição do seu metabolismo pela cimetidina, que pode aumentar a concentração plasmática da substância;
Antagonismo do efeito da neostigmina e piridostigmina;
Redução da resposta humoral (mediada por anticorpos) à imunização primária com a vacina humana diploide antirrábica
intradérmica;
Tal como para cloroquina, os antiácidos podem reduzir a absorção do Reuquinol®
, sendo aconselhável observar um intervalo de 4
horas entre a administração do Reuquinol®
e de antiácidos.
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Reuquinol®
400 mg deve ser mantido em temperatura ambiente (entre 15 e 30ºC), protegidos da luz e umidade.
Prazo de validade: 24 meses a partir da data da fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características físicas e organolépticas
Comprimidos brancos, oblongo e biconvexo.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Reuquinol®
deve ser tomado durante uma refeição, ou com um copo de leite.
Doenças reumáticas
A ação do Reuquinol®
é cumulativa e exigirá várias semanas para exercer seus efeitos terapêuticos benéficos, enquanto que efeitos
colaterais de baixa gravidade podem ocorrer relativamente cedo. Alguns meses de terapia podem ser necessários antes que os efeitos
máximos possam ser obtidos. Caso uma melhora objetiva (redução do edema da articulação, aumento da mobilidade) não ocorra em 6
meses, Reuquinol®
deverá ser descontinuado.
Lúpus eritematoso sistêmico e discoide
Dose inicial para adultos: 400 a 800 mg diários
Dose de manutenção: 200 a 400 mg diários
Artrite reumatoide
Doses inicial para adultos: 400 a 600 mg diários
Doses de manutenção: 200 a 400 mg diários
Artrite crônica juvenil
A posologia não deve exceder 6,5 mg/Kg de peso/dia, até uma dose máxima diária de 400 mg.
Doenças fotossensíveis
O tratamento com Reuquinol®
deve ser de 400 mg/dia no momento inicial e depois reduzido para 200 mg/dia. Se possível, o tratamento
deve ser iniciado alguns dias antes à exposição solar.
Malária:
Tratamento supressivo
Uso adulto: 1 comprimido de 400 mg de Reuquinol®
em intervalos semanais.
Uso em crianças: a dose supressiva é de 6,5 mg/Kg de peso semanalmente. Não deverá ser ultrapassada a dose para adultos, a despeito do
peso.
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Caso as circunstâncias permitam, o tratamento supressivo deverá ser iniciado 2 semanas antes da exposição. Entretanto, se isso não for
possível, uma dose dupla inicial de 800 mg para adultos ou de 12,9 mg/kg para crianças pode ser recomendada, dividida em duas
tomadas em 6 horas de intervalo. A terapêutica supressiva deverá ser continuada por 8 semanas após deixar à área endêmica.
Tratamento da crise aguda
Uso adulto: dose inicial de 800 mg seguida de 400 mg após 6 a 8 horas e 400 mg diários em 2 dias consecutivos (total de 2 g de sulfato
de hidroxicloroquina). Um método alternativo, empregando uma única dose de 800 mg (620 mg base) provou ser também eficaz. A dose
para adultos também pode ser calculada na base do peso corporal. Esse método é preferível para uso em pediatria.
Uso em criança: administrar dose total de 32 mg/kg (não superior a 2 g) dividida em 3 dias, como se segue: primeira dose 12,9 mg/kg
(não exceder 800 mg); segunda dose 6,5 mg/kg (não exceder 400 mg) seis horas após primeira dose; terceira dose 6,5 mg/Kg 18 horas
após a segunda dose; quarta dose 6,5 mg/kg 24 horas após a terceira dose.
Não há estudos dos efeitos de Reuquinol®
administrado por vias não recomendadas. Portanto, por segurança e para garantir a eficácia
deste medicamento, a administração deve ser somente por via oral.
Reação muito comum (
Reação comum (
Reação incomum (
Reação rara (
Reação muito rara (
Frequência desconhecida (não pode ser estimada pelos dados disponíveis).
Distúrbios hematológicos e do sistema linfático
Desconhecida: depressão da medula óssea, anemia, anemia aplástica, agranulocitose, leucopenia, trombocitopenia.
Distúrbios do sistema imune
Desconhecida: urticária, angioedema, broncoespasmo.
Distúrbios de metabolismo e nutrição
Comum: anorexia.
Desconhecida: hipoglicemia.
A hidroxicloroquina pode exacerbar o quadro de porfiria.
Distúrbios psiquiátricos
Comum: labilidade emocional.
Incomum: nervosismo.
Desconhecida: psicose, comportamento suicida.
Distúrbios do sistema nervoso
Comum: cefaleia.
Incomum: tontura.
Desconhecida: convulsões têm sido reportadas com esta classe de medicamentos.
Distúrbios oculares
Comum: visão borrada devido distúrbios de acomodação que é dose dependente e reversível.
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Incomum: retinopatia, com alterações na pigmentação e do campo visual. Na sua forma precoce, elas parecem ser reversíveis com a
suspensão do Reuquinol®
. Caso o tratamento não seja suspenso a tempo existe risco de progressão da retinopatia, mesmo após a
suspensão do mesmo. Pacientes com alterações retinianas podem ser incialmente assintomáticos, ou podem apresentar escotomas visuais
paracentral e pericentral do tipo anular, escotomas temporais e visão anormal das cores.
Foram relatadas alterações na córnea incluindo opacificação e edema. Tais alterações podem ser assintomáticas, ou podem causar
distúrbios tais como halos, visão borrada ou fotofobia. Estes sintomas podem ser transitórios ou são reversíveis com a suspensão do
tratamento.
Desconhecidas: casos de maculopatia e degeneração macular foram reportados e podem ser irreversíveis.
Distúrbios de audição e labirinto
Incomum: vertigem, zumbido.
Desconhecida: perda de audição.
Distúrbios cardíacos
Desconhecida: cardiomiopatia que pode resultar em insuficiência cardíaca e em alguns casos com desfecho fatal (vide Advertências e
Precauções e Superdosagem). Toxicidade crônica deve ser considerada quando ocorrerem distúrbios de condução (bloqueio de
ramo/bloqueio átrio - ventricular) bem como hipertrofia biventricular. A suspensão do tratamento leva à recuperação.
Distúrbios gastrointestinais
Muito comum: dor abdominal, náusea.
Comum: diarreia, vômito.
Esses sintomas geralmente regridem imediatamente com a redução da dose ou suspensão do tratamento.
Distúrbios hepatobiliares
Incomum: alterações da função hepática.
Desconhecida: insuficiência hepática fulminante.
Distúrbios de pele e tecido subcutâneo
Comum: erupção cutânea, prurido.
Incomum: alterações pigmentares na pele e nas membranas mucosas, descoloração do cabelo, alopecia.
Estes sintomas geralmente regridem rapidamente com a suspensão do tratamento.
Desconhecida: erupção bolhosas, incluindo eritema multiforme, síndrome de Stevens – Johnson e necrólise epidérmica tóxica, rash
medicamentoso com eosinofilia e sintomas sistêmicos, fotossensibilidade, dermatite esfoliativa, pustulose exantemática generalizada
aguda (PEGA).
PEGA deve ser diferenciada de psoríase, embora a hidroxicloroquina possa precipitar crises de psoríase. Pode estar associada com febre e
hiperleucocitose. A evolução do quadro é geralmente favorável após a suspensão do tratamento.
Distúrbios muscoloesqueléticos e tecidos conectivos
Incomum: distúrbios motores sensoriais.
Desconhecidas: miopatia dos músculos esqueléticos ou neuromiopatia levando à fraqueza progressiva e atrofia dos músculos proximais.
A miopatia pode ser reversível com a suspensão do tratamento, mas a recuperação pode durar alguns meses. Diminuição dos reflexos
tendinosos e anormalidade na condução nervosa.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA, disponível em
www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
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10. SUPEROSE
Sinais e sintomas
Uma superdosagem com as 4-aminoquinolinas é particularmente perigosa em crianças uma vez que 1 a 2 g provaram ser fatais.
Os sintomas de superdosagem podem incluir cefaleia, distúrbios da visão, colapso cardiovascular, convulsões, hipocalemia, alterações do
ritmo e condução, incluindo prolongamento do intervalo QT, torsades de pointes, taquicardia ventricular e fibrilação ventricular,
seguidas de súbita e potencialmente fatal parada cardíaca e respiratória. É necessária intervenção médica imediata uma vez que estes
efeitos podem aparecer rapidamente após a ingestão da superdose.
Tratamento
O estômago deverá ser imediatamente esvaziado, por vômito provocado ou por lavagem gástrica. Carvão ativado numa dose de pelo
menos 5 vezes a da superdose pode inibir uma posterior absorção, se introduzido no estômago por sonda após a lavagem gástrica e dentro
de 30 minutos após a ingestão da superdose.
Alguns estudos referem efeito benéfico do diazepam parenteral em casos de superdosagem. O diasepam pode reverter a cardiotoxicidade
da cloroquina.
Se necessário, deverão ser instituídos suporte respiratório e medidas de tratamento do choque.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.