Bula do Sabril produzido pelo laboratorio Sanofi-Aventis Farmacêutica Ltda
para o Paciente com todas as informações sobre este medicamento
SABRIL®
Sanofi-Aventis Farmacêutica Ltda.
Comprimidos revestidos
500mg
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Esta bula é continuamente atualizada. Favor proceder a sua leitura antes de utilizar o medicamento.
vigabatrina
APRESENTAÇÃO
Comprimidos revestidos 500 mg: embalagem com 60.
USO ORAL. USO ADULTO E PEDIÁTRICO.
COMPOSIÇÃO
SABRIL 500 mg:
Cada comprimido revestido contém 500 mg de vigabatrina.
Excipientes: povidona k30, celulose microcristalina, amidoglicolato de sódio, estearato de magnésio, hipromelose, dióxido
de titânio, macrogol 8000.
O sulco do comprimido revestido serve apenas para facilitar a quebra para uma melhor ingestão, e não para divisão de
doses.
SABRIL é indicado como coadjuvante no tratamento de pacientes com epilepsias parciais resistentes, com ou sem
generalização secundária, as quais não estão satisfatoriamente controladas por outros fármacos antiepilépticos ou quando
outras combinações de fármacos não foram toleradas.
É indicado também em monoterapia no tratamento de espasmos infantis (Síndrome de West).
A vigabatrina é um anticonvulsivante (atua impedindo ou reduzindo a gravidade dos ataques epilépticos), que age inibindo
a enzima GABA-transaminase (GABA-T) (enzima de metabolização do GABA) e, consequentemente, aumentando os
níveis do neurotransmissor GABA (ácido gama-aminobutírico, responsável pela inibição no sistema nervoso central).
SABRIL não deve ser utilizado em pacientes com história de alergia ou intolerância à vigabatrina ou a qualquer um dos
componentes da fórmula.
ADVERTÊNCIAS
Alteração no Campo Visual
(vide O que devo saber antes de usar este medicamento? – Precauções e Quais os males que este medicamento pode me
causar?).
Foi relatada alteração no campo visual (refere-se a toda a área que é visível com os olhos fixados em determinado ponto)
em cerca de 1/3 dos pacientes tratados com vigabatrina. Homens são o grupo de maior risco comparado às mulheres.
Baseado em dados atualmente disponíveis, o modelo habitual é uma constrição concêntrica do campo visual de ambos os
olhos, que é geralmente mais marcante na direção do nariz do que na direção das têmporas. No campo visual central (com
30 graus de excentricidade), frequentemente é constatado defeito nasal anular.
A maioria dos pacientes com alteração de campo visual confirmada por exame específico (campimetria), não havia
previamente percebido espontaneamente qualquer sintoma, mesmo quando uma alteração grave foi observada com a
campimetria. Consequentemente, este efeito indesejável só pode ser constatado confiavelmente por campimetria
sistemática, que é geralmente possível somente em pacientes com mais de 9 anos de idade.
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Casos graves de alterações no campo visual podem ter consequências práticas para o paciente. As evidências disponíveis
sugerem que as alterações no campo visual são irreversíveis mesmo após a descontinuação do tratamento. A deterioração
do campo visual após interrupção do tratamento não pode ser eliminada.
O início ocorre após meses a anos de tratamento com vigabatrina.
Uma possível associação entre o risco de alterações no campo visual e a extensão da exposição à vigabatrina, em relação à
dose diária (de 1 grama para mais do que 3 gramas) e em relação à duração do tratamento tem sido demonstrada em estudos
realizados com o medicamento.
A avaliação de pacientes participantes de estudos com o medicamento indica que o risco de desenvolvimento de alterações
no campo visual com a continuação do tratamento com vigabatrina é baixo, se o paciente não as desenvolveu depois de 3 a
4 anos de tratamento.
A vigabatrina não deve ser utilizada concomitantemente com drogas que causam dano à retina (região do olho onde se
formam as imagens).
Comportamentos e Intenções Suicidas
Foram relatados comportamentos e intenções suicidas em pacientes tratados com agentes antiepilépticos (medicamentos
usados para controlar os ataques epilépticos) em várias indicações. O mecanismo deste efeito não é conhecido (vide Quais
os males que este medicamento pode me causar?)
Portanto, informe ao seu médico caso você perceba sinais de comportamentos ou intenções suicidas, para que ele faça o
monitoramento necessário e o tratamento apropriado seja considerado. Procure orientação médica imediatamente caso
surjam sinais de comportamentos ou intenções suicidas.
PRECAUÇÕES
A vigabatrina deve ser utilizada com cautela em pacientes com histórico de psicose, depressão ou distúrbios
comportamentais. Eventos psiquiátricos (por exemplo, agitação, depressão, pensamentos anormais, reações paranoicas)
foram relatados durante o tratamento com vigabatrina. Esses eventos ocorreram em pacientes com e sem histórico
psiquiátrico e foram geralmente reversíveis quando as doses de vigabatrina foram reduzidas ou gradualmente
descontinuadas. Eventos menos comuns incluíram sintomas relacionados à psicose (podendo incluir perda de contato com a
realidade, alucinações ou delírios, desorganização psíquica ou pensamento desorganizado, sensações de angústia intensa ou
insônia severa).
Casos de achados anormais em imagens do cérebro através de ressonância magnética foram relatados, particularmente em
crianças jovens tratadas para espasmos infantis com altas doses de vigabatrina. A significância clínica desses achados é
atualmente desconhecida.
Transtornos de movimento, incluindo contrações musculares involuntárias, movimentos involuntários anormais do corpo e
rigidez muscular foram relatados em pacientes tratados para espasmos infantis. O risco/benefício da vigabatrina deve ser
avaliado para cada paciente. Se novos transtornos de movimento ocorrerem durante o tratamento com vigabatrina, deve ser
considerada uma redução de dose ou descontinuação gradual do tratamento.
Se você observar transtornos de movimento não usuais na criança, consulte o médico, que irá decidir se é necessário
considerar uma mudança de tratamento.
Raros relatos de sintomas relacionados ao sistema nervoso central, como sedação acentuada, sonolência anormal e
confusão em associação com registro gráfico anormal das correntes elétricas desenvolvidas no centro do sistema nervoso
foram descritos logo após o início do tratamento com vigabatrina. Fatores de risco para o desenvolvimento destas reações
incluem doses iniciais maiores que as recomendadas, assim como aumento de dose mais rápido que o recomendado e
redução da função dos rins. Estes eventos foram reversíveis após redução da dose ou descontinuação da vigabatrina. (vide
Quais os males que este medicamento pode me causar?).
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A vigabatrina não é recomendada para uso em pacientes com qualquer alteração clínica significativa pré-existente no
campo visual. Todos os pacientes devem ser consultados por um oftalmologista e realizar um exame de campo visual antes
do início do tratamento com vigabatrina.
Para detectar alterações no campo visual, se possível, deve-se realizar exames apropriados de campo visual (campimetria)
antes do início do tratamento e depois a intervalos de seis meses. A campimetria raramente pode ser realizada em crianças
com menos de 9 anos de idade. Atualmente, nenhum método está disponível para diagnosticar ou eliminar alterações no
campo visual em crianças nas quais não se pode realizar a campimetria padrão.
Vários parâmetros obtidos a partir de exame da retina parecem estar correlacionados com as alterações do campo visual
associadas à vigabatrina; portanto, o exame da retina pode ser útil somente em adultos, que não são capazes de colaborar
com a campimetria ou em crianças com idade abaixo de 3 anos.
Pergunte ao seu médico sobre as alterações no campo visual que podem ocorrer durante o tratamento com vigabatrina.
Informe seu médico qualquer problema e sintomas que possam estar associados ao campo visual. Se houver
desenvolvimento de sintomas visuais, informe seu médico e consulte-se com um oftalmologista.
Se alterações no campo visual forem detectadas durante o acompanhamento, seu médico tomará a decisão de continuar ou
descontinuar o tratamento, baseada na avaliação individual de risco/benefício.
Se a decisão tomada for a de continuar o tratamento, deve-se manter acompanhamento mais frequente (através de
campimetria) para se detectar a progressão ou alterações mais graves na visão.
Como com outros fármacos antiepilépticos, alguns pacientes podem apresentar um aumento na frequência de convulsões,
incluindo estado epiléptico (estado persistente das convulsões) ou o início de novos tipos de convulsão com o uso de
vigabatrina. Casos de reinício de contrações muito breves (de um músculo ou mais músculos), assim como exacerbação dos
pré-existentes podem ocorrer raramente (vide Quais os males que este medicamento pode me causar?).
Como outros medicamentos antiepilépticos, a suspensão abrupta de vigabatrina pode ocasionar convulsões em efeito rebote
(convulsões pela ausência do medicamento). Portanto, não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
Seu médico lhe orientará sobre a descontinuação do tratamento com redução gradual da posologia do medicamento por um
período de 2 a 4 semanas.
Gravidez e amamentação
Não foram conduzidos estudos adequados e bem controlados com vigabatrina em grávidas. A vigabatrina não deve ser
utilizada durante a gravidez a não ser que os benefícios potenciais justifiquem os riscos potenciais ao feto.
O risco de malformação congênita (presente no nascimento) demonstrou ser de 2 a 3 vezes maior em crianças nascidas de
mães tratadas com um antiepiléptico; aqueles mais frequentemente relatados foram: lábio leporino, distúrbios relacionados
ao coração e sistema circulatório e alterações na estrutura que dá origem ao sistema nervoso central. Tratamento com vários
medicamentos antiepilépticos pode estar associado com um maior risco de malformação congênita do que quando o
tratamento é realizado com um único medicamento.
Baseado em dados num número limitado de grávidas expostas com vigabatrina, disponível de relatos espontâneos,
resultados anormais (anomalia congênita ou abortos espontâneos) foram relatados nos descendentes de mães usando
vigabatrina. Não se pode obter conclusões definitivas quanto à vigabatrina aumentar o risco de malformação quando
administrada durante a gravidez, devido a dados limitados e a ingestão concomitante de outras drogas antiepilépticas
durante a gravidez.
Informe seu médico se planeja engravidar. Pergunte ao seu médico sobre os riscos durante a gravidez. A necessidade do
tratamento antiepiléptico será reavaliada quando a paciente planeja uma gravidez.
Informe seu médico em caso de gravidez. A terapia antiepiléptica não deve ser interrompida abruptamente, devido ao risco
de reincidência de ataque epiléptico que pode ter sérios resultados para a mãe e para a criança.
A vigabatrina é excretada em baixas concentrações no leite materno. Portanto, uma decisão deve ser tomada quanto à
descontinuação da amamentação ou do tratamento da mãe, levando em consideração a importância do medicamento para a
mesma.
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SABRIL não deve ser administrado a mulheres grávidas, que possam vir a engravidar ou que estejam amamentando.
Portanto, informe seu médico a ocorrência de gravidez na vigência do tratamento ou após seu término ou se está
amamentando.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica.
Populações especiais
A vigabatrina é eliminada pelos rins; portanto recomenda-se cuidado na administração do fármaco a pacientes com
clearance (depuração) de creatinina inferior a 60 mL/min. Devido ao reduzido clearance de creatinina em idosos, com
função renal normal ou reduzida, precauções semelhantes são necessárias. Informe seu médico em caso de problemas
renais para que ele possa cuidadosamente monitorar as reações adversas tais como sedação e confusão.
Alterações na capacidade de dirigir veículos e operar máquinas
Como a vigabatrina pode causar sonolência, evite dirigir veículos ou realizar atividades perigosas que exijam atenção, até
que você verifique a sua resposta ao medicamento.
Como regra geral, pacientes com epilepsia não controlada não devem dirigir ou manusear maquinário potencialmente
perigoso. Foi observada sonolência em estudos realizados com o medicamento e os pacientes devem ser alertados para tal
possibilidade antes de iniciar o tratamento. Foram frequentemente relatadas alterações do campo visual, que podem afetar
significativamente a habilidade para dirigir veículos e operar máquinas, em associação com SABRIL. Informe seu médico
em caso de alterações visuais. Você deverá ser avaliado quanto à presença de alterações do campo visual. Informe seu
médico se você dirige, opera máquinas ou realiza qualquer atividade de risco.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
Medicamento-medicamento
Como SABRIL não é metabolizado no fígado, não se liga a proteínas, tampouco é indutor do sistema enzimático do
citocromo P450, interações com outras drogas são pouco prováveis.
Durante a administração concomitante com vigabatrina foi relatada diminuição dos níveis de fenitoína no sangue em alguns
dos estudos realizados, porém não em outros. A natureza exata desta interação ainda não foi elucidada; no entanto,
aparentemente esta interação não é clinicamente relevante.
As concentrações sanguíneas de carbamazepina, fenobarbital, primidona e valproato de sódio também foram monitoradas
durante estudos realizados com o medicamento, e não foram detectadas interações clínicas significativas.
Medicamento-exames laboratoriais e não laboratoriais
A vigabatrina pode levar a uma diminuição da medição da atividade da enzima alanina aminotransferase (ALT) no sangue
e, em menor escala, da enzima aspartato aminotransferase (AST), ambas enzimas relacionadas ao fígado. Sendo assim,
estes testes do fígado podem ser não confiáveis quantitativamente aos pacientes que fazem uso de vigabatrina.
A vigabatrina pode aumentar a quantidade de aminoácidos na urina, possivelmente levando a um teste falso-positivo para
determinadas doenças metabólicas genéticas raras (ex. alfa aminoadípico acidúria). Especula-se que este efeito ocorra
devido à inibição de outras enzimas transaminases pela vigabatrina; entretanto, este efeito não tem importância clínica
relevante, a não ser pelo fato de potencialmente levar a resultados falso-positivos em testes laboratoriais.
Medicamento-alimento
Sabril pode ser ingerido antes ou depois das refeições.
Informe ao seu médico se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.
SABRIL deve ser mantido em temperatura ambiente (entre 15 e 30ºC), proteger da luz.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características do medicamento
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Comprimido revestido oval, biconvexo, branco a quase branco, com sulco em uma das faces.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma
mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Uso Adulto
SABRIL é administrado por via oral, uma ou duas vezes ao dia.
A dose inicial recomendada é de 1 g (2 comprimidos), que deve ser adicionada à droga antiepiléptica em uso pelo paciente.
Se necessário, a posologia pode ser aumentada gradualmente em frações de 0,5 g semanalmente ou a intervalos maiores,
dependendo da resposta clínica e tolerabilidade. A máxima eficácia é geralmente obtida nas doses entre 2 e 3 g/dia.
Doses acima de 3 g/dia devem ser administradas somente em circunstâncias excepcionais com monitorização rigorosa dos
eventos adversos.
Você deve tomar os comprimidos com líquido, por via oral. Os comprimidos podem ser ingeridos antes ou após as
refeições.
Uso em crianças:
A dose inicial recomendada é de 40 mg/kg/dia.
Doses de manutenção recomendadas:
Peso corpóreo:
10 a 15 kg: 1 a 2 comprimidos/dia: 0,5 – 1 g/dia
15 a 30 kg: 2 a 3 comprimidos/dia: 1 – 1,5 g/dia
30 a 50 kg: 3 a 6 comprimidos/dia: 1,5 – 3 g/dia
> 50 kg: 4 a 6 comprimidos/dia: 2 – 3 g/dia
Tratamento de espasmos infantis (Síndrome de West) com vigabatrina utilizada isoladamente:
A dose inicial recomendada é de 50 mg/kg/dia. Se necessário, esta dose pode ser fracionada por um período de uma semana
alcançando no máximo 150 mg/kg/dia. A resposta ao tratamento usualmente ocorre em duas semanas. Doses maiores foram
utilizadas em um número pequeno de pacientes.
Não interromper o tratamento sem o conhecimento do seu médico. A interrupção abrupta do tratamento pode ocasionar
convulsões em efeito rebote. Portanto, não interrompa o tratamento abruptamente, em hipótese alguma, sem o
conhecimento e orientação de seu médico. A interrupção, quando necessária, deve ser realizada de forma gradativa, durante
um período de 2 a 4 semanas.
Não há estudos dos efeitos de SABRIL administrado por vias não recomendadas. Portanto, por segurança e para garantir a
eficácia deste medicamento, a administração deve ser somente por via oral, conforme recomendado pelo médico.
Populações especiais
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Pacientes idosos e pacientes com função reduzida dos rins:
Como SABRIL é eliminado pelos rins, deve-se ter cuidado quando se administrar o medicamento a pacientes com
clearance (depuração) de creatinina inferior a 60 mL/min. Devido à diminuição do clearance em pacientes idosos com
função renal normal ou prejudicada, são necessárias precauções semelhantes. Ajuste da posologia ou de frequência na
administração deve ser considerado nestes pacientes. Tais pacientes podem responder a uma menor dose de manutenção. É
recomendável que tais pacientes iniciem o tratamento com posologias menores. Informe seu médico em caso de problemas
renais para que o médico possa monitorá-lo em relação a efeitos indesejáveis como sedação e confusão.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.
Não interrompa o tratamento sem o conhecimento de seu médico.
Caso esqueça de administrar uma dose, administre-a assim que possível. No entanto, se estiver próximo do horário da dose
seguinte, espere por este horário, respeitando sempre o intervalo determinado pela posologia. Nunca devem ser
administradas duas doses ao mesmo tempo.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico.
Dados coletados de farmacovigilância sugerem que aproximadamente 1/3 dos pacientes que realizam tratamento com
vigabatrina desenvolvem alterações no campo visual (vide Advertências e Precauções).
Os efeitos indesejáveis relatados foram principalmente no sistema nervoso central tais como: sedação, sonolência, cansaço
e concentração prejudicada. Os efeitos adversos mais comumente relatados em crianças foram excitação e agitação. A
incidência destes efeitos indesejáveis foram geralmente mais frequentes no início do tratamento, diminuindo por sua vez
com o tempo.
Alguns pacientes podem apresentar um aumento na frequência das convulsões, incluindo estado epiléptico (estado
persistente das convulsões) durante o tratamento com vigabatrina. Pacientes com convulsões caracterizadas por contrações
muito breves de um músculo único ou grupo de músculos podem estar particularmente susceptíveis a este efeito. Casos de
reinício de contrações breves, assim como exacerbação dos pré-existentes podem ocorrer raramente.
Frequências dos efeitos indesejáveis estão listados a seguir de acordo com a seguinte convenção:
Reação muito comum (ocorre em mais de 10% dos pacientes que utilizam este medicamento).
Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento).
Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento).
Reação rara (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizam este medicamento).
Reação muito rara (ocorre em menos de 0,01% dos pacientes que utilizam este medicamento).
Reação desconhecida (não pode ser estimada por dados disponíveis).
Pesquisa *
Comum: Aumento de peso
Distúrbios no sistema nervoso
Muito comum: sonolência
Comum: desordem na fala, dor de cabeça, vertigem (tontura), parestesia (sensação anormal como ardor, formigamento e
coceira, percebidos na pele e sem motivo aparente), distúrbios na atenção e memória prejudicada, mente prejudicada
(através de distúrbios), tremor.
Incomum: má coordenação dos movimentos do corpo (ataxia); desordens de movimento, incluindo distonia (contrações
musculares involuntárias), discinesia (movimentos involuntários anormais do corpo) e hipertonia (rigidez muscular),
isolada ou em associação com anormalidades em imagens de ressonância magnética nuclear (vide O que devo saber antes
de usar este medicamento?). Transtornos de movimento também foram observados, com frequência incomum, em crianças
jovens tratadas para espasmos infantis.
Raro: encefalopatia (disfunção do sistema nervoso central) **
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Muito raro: neurite óptica (inflamação do nervo óptico)
Desconhecido: foram relatados casos de imagens anormais do cérebro através de ressonância magnética, os quais podem
ser indicativos de edema (inchaço) citotóxico (vide O que devo saber antes de usar este medicamento?)
Distúrbios relacionadas à visão
Muito comum: alteração no campo visual
Comum: visão embaçada, diplopia (visão dupla), nistagmo (movimento involuntário, rápido e repetitivo do globo ocular)
Raro: alteração da retina (tal como atrofia periférica da retina)
Muito raro: atrofia óptica (danos ao nervo óptico)
Distúrbios gastrintestinais
Comum: enjoo, vômito, dor abdominal
Distúrbios da pele e dos tecidos sob a pele
Incomum: erupção na pele
Raro: angioedema (inchaço em região subcutânea ou em mucosas, geralmente de origem alérgica), urticária (erupção na
pele, geralmente de origem alérgica, que causa coceira)
Distúrbios gerais
Muito comum: fadiga (cansaço)
Comum: edema (inchaço), irritabilidade
Distúrbios psiquiátricos ***
Muito comum: excitação (crianças), agitação (crianças)
Comum: agitação, agressão, nervosismo, depressão, reações paranoicas
Incomum: hipomania, mania (alterações do humor), distúrbio psicótico (alterações da percepção da realidade)
Raro: tentativa de suicídio
Muito raro: alucinações
Distúrbios do sangue e sistema linfático
Comum: anemia
Distúrbios musculoesqueléticos e do tecido conjuntivo (tecido que sustenta e conecta outros tecidos)
Muito comum: artralgia (dor nas articulações)
A diminuição observada nos níveis das enzimas ALT e AST, do fígado, é considerada como sendo resultante da inibição
dessas enzimas pela vigabatrina (vide O que devo saber antes de usar este medicamento? – Interações medicamentosas).
**Foram descritos raros casos de sedação acentuada, sonolência anormal e confusão associada com alterações no
eletroencefalograma imediatamente após introdução da terapia com vigabatrina. Estes casos foram reversíveis, após
redução ou interrupção da vigabatrina.
***Reações psiquiátricas foram relatadas durante a terapia com vigabatrina. Essas reações ocorreram em pacientes com e
sem histórico psiquiátrico e foram geralmente reversíveis quando as doses de vigabatrina foram reduzidas ou gradualmente
descontinuadas. (vide O que devo saber antes de usar este medicamento?). A depressão foi uma reação psiquiátrica comum
em estudos realizados com o medicamento e raramente foi necessário interromper a vigabatrina.
Atenção: este produto é um medicamento que possui nova forma farmacêutica no país e, embora as pesquisas
tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado corretamente, podem ocorrer
eventos adversos imprevisíveis ou desconhecidos. Nesse caso, informe seu médico.
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MEDICAMENTO?
Sintomas:
Foram relatados casos de superdose com vigabatrina.
Comumente os casos de superdose relatados foram com doses de 7,5 a 30 g, e em alguns casos até 90 g. Aproximadamente
metade dos casos envolvia várias drogas. Os sintomas incluíram principalmente sonolência e coma. Outros sintomas menos
frequentes incluíram tontura, dor de cabeça, psicose (alterações da percepção da realidade), dificuldade respiratória ou
parada respiratória, diminuição da frequência cardíaca, pressão baixa, agitação, irritabilidade, confusão, alteração no
comportamento e desordens na fala, nenhum dos casos resultando em óbito do paciente.
Tratamento:
Não há antídoto específico. Recomendam-se as medidas usuais de suporte. Devem ser consideradas medidas para remover
a droga não absorvida. O carvão ativado não mostrou adsorção significante à vigabatrina. A eficácia da hemodiálise
(procedimento de filtração do sangue) para o tratamento de superdose com vigabatrina é desconhecida.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem
ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.