Bula do Selimax produzido pelo laboratorio Libbs Farmacêutica Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
SELIMAX
(azitromicina di-hidratada)
Libbs Farmacêutica Ltda.
Comprimido revestido
500 mg
Ve.: SELI_V.7-14 1
SELIMAX®
azitromicina di-hidratada
APRESENTAÇÕES
Comprimidos revestidos contendo 500 mg de azitromicina. Embalagem com 3 comprimidos revestidos.
USO ORAL
USO ADULTO E USO PEDIÁTRICO ACIMA DE 45 KG
COMPOSIÇÃO
Cada comprimido revestido contém 524,10 mg de azitromicina di-hidratada (equivalente a 500 mg de azitromicina).
Excipientes: fosfato de cálcio dibásico di-hidratado, celulose microcristalina, amido, estearato de magnésio,
crospovidona, laurilsulfato de sódio, povidona, dióxido de silício, talco, macrogol, dióxido de titânio e ácido poli 2-
(dimetilamino) etilmetacrilatocobutilmetacrilato.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Selimax®
(azitromicina di-hidratada) comprimidos revestidos é indicado em infecções causadas por organismos
suscetíveis, em infecções do trato respiratório inferior incluindo bronquite e pneumonia, em infecções da pele e tecidos
moles, em otite média aguda e infecções do trato respiratório superior incluindo sinusite e faringite/tonsilite. (Penicilina é
o fármaco de escolha usual no tratamento de faringite devido a Streptococcus pyogenes, incluindo a profilaxia da febre
reumática. A azitromicina geralmente é efetiva na erradicação do estreptococo da orofaringe; porém, dados que
estabelecem a eficácia da azitromicina e a subsequente prevenção da febre reumática não estão disponíveis no momento).
Nas doenças sexualmente transmissíveis no homem e na mulher, Selimax®
é indicado no tratamento de infecções genitais
não complicadas devido a Chlamydia trachomatis. É também indicado no tratamento de cancro devido a Haemophilus
ducreyi, e em infecções genitais não complicadas devido a Neisseria gonorrhoeae sem resistência múltipla. Infecções
concomitantes com Treponema pallidum devem ser excluídas.
Uso Pediátrico
Segurança e eficácia utilizando azitromicina 30 mg/kg administrada por 5 dias: em um estudo controlado, duplo-
cego, de otite média aguda realizado nos Estados Unidos, a azitromicina (10 mg/kg no Dia 1, seguido por 5 mg/kg nos
Dias 2-5) foi comparada a amoxicilina/clavulanato de potássio (4:1). Entre os 553 pacientes que foram avaliados quanto
à eficácia clínica, a taxa de sucesso clínico no Dia 11 foi de 88% para azitromicina e de 88% para o agente controle.
Entre os 521 pacientes avaliados na visita do Dia 30, a taxa de sucesso foi de 73% para azitromicina e de 71% para o
agente controle.
Na análise de segurança do estudo, a incidência de eventos adversos relacionados ao tratamento, primariamente
gastrintetinais, em todos os pacientes tratados foi de 9% com azitromicina e 31% com o agente controle. Os efeitos
colaterais mais frequentes foram diarreia (4% azitromicina versus 20% controle), vômito (2% azitromicina versus 7%
controle) e dor abdominal (2% azitromicina versus 5% controle).
Segurança e eficácia utilizando azitromicina 30 mg/kg administrada por 3 dias:
Em um estudo duplo-cego, controlado e randomizado de otite média aguda em crianças de 6 meses a 12 anos,
azitromicina (10 mg/kg por dia, durante 3 dias) foi comparada a amoxicilina/clavulanato de potássio (7:1) a cada 12
horas, por 10 dias. Cada criança recebeu medicação e placebo para a comparação.
Entre os 366 pacientes avaliados, a taxa de eficácia clínica, após 12 dias do tratamento, foi de 83% para azitromicina e
88% para o agente controle. Entre os 362 pacientes avaliados após 24-28 dias de tratamento, a taxa de sucesso clínico foi
de 74% e 69%, respectivamente.
Segurança e eficácia utilizando azitromicina 30 mg/kg administrada em dose única: crianças de 6 meses a 12 anos
foram randomizadas em um estudo duplo-cego e controlado em nove centros clínicos. Os pacientes receberam
azitromicina (30 mg/kg, dose única) ou amoxicilina/clavulanato de potássio (7:1; a cada 12 horas, por 10 dias). Cada
criança recebeu medicação e placebo para a comparação.
A resposta clínica e a segurança foram avaliadas ao final da terapia e, entre os 321 indivíduos avaliados ao fim do
tratamento, a taxa de sucesso clínico foi de 87% para azitromicina e 88% para o controle.
Faringite/Tonsilite: em três estudos controlados, duplo-cegos, conduzidos nos Estados Unidos, a azitromicina (12
mg/kg, 1 vez ao dia, por 5 dias) foi comparada à penicilina V (250 mg, 3 vezes ao dia, por 10 dias) no tratamento de
faringite associada ao Grupo A streptococci beta-hemolítico (GABHS – estreptococos beta-hemolíticos do grupo A – ou
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S. pyogenes). A azitromicina foi estatisticamente superior à penicilina nos parâmetros clínico e microbiológico no Dia 14
e Dia 30, com o seguinte sucesso clínico e taxas de eficácia bacteriológica:
Resultados de Eficácia
Dia 14 Dia 30
Erradicação bacteriológica:
azitromicina 323/340 (95%) 255/330 (77%)
penicilina V 242/332 (73%) 206/325 (63%)
Sucesso clínico
azitromicina 336/343 (98%) 310/330 (94%)
penicilina V 284/338 (84%) 241/325 (74%)
Aproximadamente 1% de S. pyogenes azitromicina-susceptíveis isolados foram resistentes à azitromicina no tratamento
seguinte.
A incidência de eventos adversos relacionados ao tratamento, principalmente gastrintestinais, em todos os pacientes
tratados foi de 18% com azitromicina e 13% com penicilina. Os efeitos adversos mais comuns foram diarreia e fezes
amolecidas (6% azitromicina versus 2% penicilina), vômito (6% azitromicina versus 4% penicilina) e dor abdominal (3%
azitromicina versus 1% penicilina)4
.
Uso Adulto
Exacerbação bacterial aguda de Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC): em um estudo controlado,
randomizado, duplo-cego de exacerbação bacteriana aguda de bronquite crônica, azitromicina (500 mg, 1 vez ao dia, por
3 dias) foi comparada à claritromicina (500 mg, 2 vezes ao dia, por 10 dias). O principal endpoint deste estudo foi a taxa
de cura clínica do Dia 21-24. Entre os 304 pacientes analisados na Intenção de Tratar Modificada (In The Modified Intent
To Treat Analysis) nas visitas do Dia 21-24, a taxa de cura clínica para três dias de azitromicina foi 85% (125/147)
comparado a 82% (129/157) para 10 dias de claritromicina.
Os seguintes dados referem-se às taxas de cura clínica nas visitas dos Dias 21-24 dos pacientes avaliados
bacteriologicamente por patógeno:
Patógeno azitromicina (três dias) claritromicina (10 dias)
S. pneumoniae 29/32 (91%) 21/27 (78%)
H. influenzae 12/14 (86%) 14/16 (88%)
M. catarrhalis 11/12 (92%) 12/15 (80%)
Referências Bibliográficas
Dunne MW, Latiolais T, Lewis B, Pistorius B, Bottenfield G, Moore WH, Garret A, Stewart TD, Aoki J, Spiegel C,
Boettger D, Shemer A. Randomized, double-blind study of the clinical efficacy of 3 days of azithromycin compared with
co-amoxiclav for the treatment of acute otitis media. J.Antimicrob Chemother. 2003 Sep; 52(3):469-72. Epub 2003 Jul
29;
Swanson RN, Lainez-Ventosilla A, De Salvo MC, Dunne MW, Amsden GW. Once-daily azithromycin for 3 days
compared with clarithromycin for 10 days for acute exacerbation of chronic bronchitis: a multicenter, Double-blind,
randomized study. Treat Respir Med. 2005;4(1):31-9.
Propriedades Farmacodinâmicas
A azitromicina é o primeiro antibiótico da subclasse dos macrolídeos, conhecida como azalídeos, e é quimicamente
diferente da eritromicina. É obtida através da inserção de um átomo de nitrogênio no anel lactônico da eritromicina A.
A azitromicina liga-se ao 23S rRNA da subunidade ribossômica 50S. Desta forma, bloqueia a síntese proteica pela
inibição do passo de transpeptidação/translocação da síntese proteica e pela inibição da montagem da subunidade
ribossômica 50S.
Eletrofisiologia cardíaca: o prolongamento do intervalo QTc foi estudado em um ensaio paralelo, controlado por
placebo e randomizado em 116 indivíduos saudáveis, que receberam cloroquina (1000 mg) isoladamente ou em
combinação com azitromicina (500mg, 1000 mg e 1500 mg uma vez ao dia). A coadministração da azitromicina
aumentou o intervalo QTc de maneira dependente da dose e da concentração. Em comparação à cloroquina isoladamente,
as médias máximas (95% de limite superior de confiança) do aumento de QTcF foram 5 (10) ms, 7 (12) e 9 (14) ms com
coadministração de azitromicina 500 mg, 1000 mg e 1500 mg, respectivamente.
Mecanismo de resistência: os dois mecanismos de resistência aos macrolídeos encontrados mais frequentemente,
incluindo a azitromicina, são modificação de alvo (na maioria das vezes por metilação do 23S rRNA) e de efluxo ativo.
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A ocorrência destes mecanismos de resistência varia de espécie para espécie e, dentro de uma espécie, a frequência de
resistência varia conforme a localização geográfica.
A modificação ribossômica mais importante que determina a ligação reduzida dos macrolídeos é pós-transcricional (N6)-
dimetilação de adenina no nucleotídeo A2058 (sistema de numeração E. coli) do 23S rRNA pelas metilases codificadas
pelos genes erm (eritromicina ribossomo metilase). Frequentemente, as modificações ribossômicas determinam a
resistência cruzada (fenótipo MLSB
) para outras classes de antibióticos, cujos locais de ligação ribossômica se sobrepõem
à dos macrolídeos: as lincosamidas (incluindo a clindamicina), e as estreptograminas B (que incluem, por exemplo, o
componente quinupristina de quinupristina / dalfopristina).
Diversos genes erm estão presentes em diferentes espécies bacterianas, em particular, nos estreptococos e estafilococos. A
susceptibilidade aos macrolídeos também pode ser afetada por alterações mutacionais encontradas menos frequentemente nos
nucleotídeos A2058 e A2059, e em algumas outras posições de 23S rRNA, ou nas grandes subunidades ribossômicas das
proteínas L4 e L22.
As bombas de efluxo ocorrem em diversas espécies, incluindo as bactérias Gram-negativas, tais como Haemophilus influenzae
(onde podem determinar MICs intrinsecamente mais elevadas) e os estafilococos. Nos estreptococos e enterococos, uma bomba
de efluxo que reconhece membros 14 - e 15- macrolídeos (que incluem, respectivamente, a eritromicina e azitromicina) é
codificada por genes mef(A).
Metodologia para a determinação da susceptibilidade in vitro de bactérias à azitromicina: os testes de susceptibilidade
devem ser realizados utilizando métodos laboratoriais padronizados, tais como aqueles descritos pelo Clinical and Laboratory
Standards Institute (CLSI). Estes incluem os métodos de diluição (determinação MIC) e métodos de susceptibilidade de disco.
Ambos, o CLSI e o Comitê Europeu para Testes de Susceptibilidade Antimicrobiana (EUCAST) fornecem critérios
interpretativos para estes métodos.
Com base numa série de estudos, recomenda-se que a atividade in vitro da azitromicina seja testada no ar ambiente, para
garantir um pH fisiológico do meio de crescimento. As tensões elevadas de CO2, muitas vezes usadas para estreptococos e
anaeróbios, e, ocasionalmente, para outras espécies, resultam em uma redução do pH do meio. Isto tem um efeito adverso maior
sobre a potência aparente da azitromicina do que sobre a de outros macrolídeos.
Os valores limite de suscetibilidade CLSI, com base na microdiluição em caldo ou testes de diluição em Agar, com incubação
no ar ambiente, se encontram na tabela abaixo.
Critérios interpretativos CLSI de suscetibilidade de diluição
Microdiluição em caldo MIC (mg/L)
Organismo Suscetível Intermediário Resistente
Espécies Haemophilus ≤ 4 - -b
Moraxella catarrhalis ≤ 0,25 - -
Neisseria meningitidis ≤ 2 - -b
Staphylococcus aureus ≤ 2 4 ≥ 8
Estreptococosª ≤ 0,5 1 ≥ 2
ª Inclui Streptococcus pneumoniae, estreptococos β-hemolíticos e estreptococos viridans.
b
A ausência atual de dados sobre cepas resistentes impede a definição de qualquer categoria diferente dos suscetíveis. Se
as cepas alcançam resultados MIC diferentes de susceptível, devem ser enviadas a um laboratório de referência para
testes adicionais.
Incubação no ar ambiente.
CLSI = Clinical and Laboratory Standards Institute; MIC = Concentração inibitória mínima.
Fonte: CLSI, 2012; CLSI, 2010
A susceptibilidade também pode ser determinada pelo método de difusão em disco, medindo os diâmetros da zona de
inibição após incubação no ar ambiente. Os discos de suscetibilidade contêm 15 μg de azitromicina. Os critérios de
interpretação para as zonas de inibição, estabelecidos pelo CLSI com base em sua correlação com as categorias de
susceptibilidade MIC, estão listados na tabela abaixo.
Critérios de interpretação CLSI da zona do disco
Diâmetro da zona de inibição do disco (mm)
Espécies Haemophilus ≥12 - -
Moraxella catarralis ≥ 26 - -
Neisseria meningitidis ≥ 20 - -
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Staphylococcus aureus ≥ 18 14 - 17 ≤ 13
Estreptococosa
≥ 18 14 - 17 ≤ 13
ª Inclui Streptococcus pneumoniae, estreptococos β-hemolítico e estreptococos viridans. Incubação no ar ambiente.
CLSI = Clinical and Laboratory Standards Institute; MIC = concentração inibitória mínima;
mm = milímetros.
Fonte: CLSI, 2012, CLSI, 2010
A validade de ambos os métodos de teste de diluição e difusão de disco deve ser verificada usando cepas de controle de
qualidade (CQ), como indicado pelo CLSI. Os limites aceitáveis para o teste de azitromicina contra esses organismos
estão listados na tabela abaixo.
Faixas de controle de qualidade para os testes de susceptibilidade da azitromicina (CLSI)
Microdiluição em caldo MIC
Organismo Faixa de controle de qualidade (azitromicina mg/L)
Haemophilus influenzae ATCC 49247 1 - 4
Staphylococcus aureus ATCC 29213 0,5 - 2
Streptococcus pneumoniae ATCC 49619 0,06 - 0,25
Diâmetro da zona de inibição do disco (disco de 15 μg)
Organismo Faixa de controle de qualidade (mm)
Haemophilus influenzae ATCC 49247 13 - 21
Staphylococcus aureus ATCC 25923 21 - 26
Streptococcus pneumoniae ATCC 49619 19 - 25
CLSI = Clinical and Laboratory Standards Institute; MIC = Concentração inibitória mínima
Fonte: CLSI, 2012
O Comitê Europeu em Testes de Susceptibilidade Antimicrobiana (EUCAST) também tem valores limite de
suscetibilidade estabelecidos para a azitromicina, com base na determinação do MIC. Os critérios de susceptibilidade
EUCAST estão listados na tabela abaixo.
Valores limite de susceptibilidade EUCAST para a azitromicina
MIC (mg / L)
Suscetíveis Resistentes
Espécies de Staphylococcus 1 > 2
Streptococcus pneumoniae 0,25 > 0,5
Estreptococos -hemolíticoa
0,25 > 0,5
Haemophilus influenzae 0,12 > 4
Moraxella catarrhalis 0,25 > 0,5
Neisseria gonorrhoeae 0,25 > 0,5
a
Inclui os Grupos A, B, C, G.
EUCAST = Comitê Europeu para Testes de Susceptibilidade Antimicrobiana; MIC = Concentração inibitória mínima
Fonte: site EUCAST.
EUCAST Clínica Breakpoint Tabela v 2.0, válido 2012-01 -
01www.eucast.org/.../EUCAST.../Breakpoint_table_v_2.0_120221.pdf
Espectro antibacteriano
A prevalência da resistência adquirida pode variar geograficamente e com o tempo para espécies selecionadas e
informações locais sobre a resistência são desejáveis, particularmente no tratamento de infecções graves. Se necessário o
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especialista deve ser avisado quando a prevalência local de resistência é tão grande que a utilidade do agente em pelo
menos alguns tipos de infecções é questionável.
A azitromicina demonstra resistência cruzada com isolados Gram-positivos resistentes à eritromicina. Como
anteriormente discutido, algumas modificações ribossômicas determinam a resistência cruzada com outras classes de
antibióticos cujos locais de ligação ribossômica se sobrepõem à dos macrolídeos: as lincosamidas (Incluindo a
clindamicina), e estreptograminas B (que incluem, por exemplo, o componente quinupristina de
quinupristina/dalfopristina). Foi observada a diminuição da susceptibilidade do macrolídeo ao longo do tempo, em
particular para Streptococcus pneumoniae e Staphylococcus aureus, e também foi observado em estreptococos viridans e
em Streptococcus agalactiae.
Os organismos que comumente são sensíveis à azitromicina incluem:
Bactérias aeróbicas e facultativas Gram-positivas (isolados sensíveis à eritromicina): S. aureus, Streptococcus
agalactiae*, S. pneumoniae* e Streptococcus pyogenes*, outros estreptococos beta-hemolíticos (Grupos C, F, G), e
estreptococos do grupo viridans. Isolados resistentes aos macrolídeos são encontrados com relativa frequência entre as
bactérias aeróbicas e facultativas Gram-positivas, em particular entre S. aureus resistente à meticilina (MRSA) e S.
pneumoniae resistente à penicilina (PRSP).
Bactérias aeróbicas e facultativas Gram-negativas: Bordetella pertussis, Campylobacter jejuni, Haemophilus ducreyi*,
Haemophilus influenzae*, Haemophilus parainfluenzae* Legionella pneumophila, Moraxella catarrhalis*, e Neisseria
gonorrhoeae*. As Pseudomonas spp. e a maioria das Enterobacteriaceae são inerentemente resistentes à azitromicina,
embora a azitromicina tenha sido utilizada para tratar infecções por Salmonella enterica.
Anaeróbios: Clostridium perfringens, Peptostreptococcus spp. e Prevotella bivia.
Outras espécies bacterianas: Borrelia burgdorferi, Chlamydia trachomatis, Chlamydophila pneumoniae*, Mycoplasma
pneumoniae*, Treponema pallidum e Ureaplasma urealyticum.
Patógenos oportunistas associados com infecção pelo HIV: MAC*, e os microorganismos eucarióticos Pneumocystis
jirovecii e Toxoplasma gondii.
* A eficácia da azitromicina contra as espécies indicadas tem sido demonstrada em estudos clínicos.
Propriedades Farmacocinéticas
Absorção: após a administração oral em humanos, a azitromicina é amplamente distribuída pelo corpo; a
biodisponibilidade é de aproximadamente 37%. A azitromicina administrada sob a forma de cápsulas após uma refeição
substanciosa tem a biodisponibilidade reduzida no mínimo em 50%. O tempo necessário para alcançar os picos de
concentração plasmática é de 2 a 3 horas.
Distribuição: em estudos animais, foram observadas altas concentrações de azitromicina nos fagócitos. Em modelos
experimentais, maiores concentrações de azitromicina são liberadas durante a fagocitose ativa do que pelos fagócitos não
estimulados. Em modelos animais, isto resulta em altas concentrações de azitromicina sendo liberadas para os locais de
infecção.
Os estudos de farmacocinética em humanos demonstraram níveis acentuadamente maiores de azitromicina nos tecidos do
que no plasma (até 50 vezes a concentração máxima observada no plasma), indicando que o fármaco se liga fortemente
aos tecidos. A concentração nos tecidos-alvo, assim como pulmões, amígdalas e próstata excede a CIM90 para a maioria
dos patógenos após dose única de 500 mg.
Após administração oral de doses diárias de 600 mg de azitromicina a concentração plasmática média (Cmáx) foi de 0,33
μg/mL e 0,55 μg/mL nos dias 1 e 22, respectivamente. O pico médio de concentração observado em leucócitos, no maior
local de disseminação da Mycobacterium avium-intracellulare, foi de 252 μg/mL (± 49%) e acima de 146 μg/mL (±
33%) em 24 horas no estado de equilíbrio.
Eliminação: a meia-vida plasmática de eliminação terminal reflete bem a meia-vida de depleção tecidual de 2 a 4 dias.
Aproximadamente 12% da dose administrada intravenosamente é excretada na urina em até 3 dias como fármaco
inalterado, sendo a maior parte nas primeiras 24 horas. A excreção biliar constitui a principal via de eliminação da
azitromicina como fármaco inalterado após a administração oral. Concentrações muito altas de azitromicina inalterada
foram encontradas na bile de seres humanos, juntamente com 10 metabólitos formados por N- e O-desmetilação, por
hidroxilação dos anéis de desosamina e aglicona e pela clivagem do conjugado de cladinose. A comparação das análises
cromatográficas (HPLC) e microbiológicas nos tecidos sugere que os metabólitos não participam da atividade
microbiológica da azitromicina.
Farmacocinética em Pacientes do Grupo de Risco
Idosos: em voluntários idosos (> 65 anos) foi observado um leve aumento nos valores da área sob a curva (ASC) após
um regime de 5 dias quando comparado ao de voluntários jovens (< 40 anos), mas este aumento não foi considerado
clinicamente significativo, sendo que neste caso o ajuste de dose não é recomendado.
Insuficiência renal: a farmacocinética da azitromicina em indivíduos com insuficiência renal leve a moderada (taxa de
filtração glomerular 10 – 80 mL/min) não foi afetada quando administrada em dose única de 1 g de azitromicina de
liberação imediata. Diferenças estatisticamente significativas na ASC0-120 (8,8 μg.h/mL vs 11,7 μg.h/mL), Cmáx (1,0
Ve.: SELI_V.7-14 6
μg/mL vs 1,6 μg/mL) e clearance renal (2,3 mL/min/kg vs 0,2 mL/min/kg) foram observadas entre o grupo com
insuficiência renal grave (taxa de filtração glomerular < 10 mL/min) e o grupo com função renal normal.
Insuficiência hepática: em pacientes com insuficiência hepática de grau leve (classe A) a moderado (classe B), não há
evidência de uma alteração acentuada na farmacocinética sérica da azitromicina quando comparada a pacientes com a
função hepática normal. Nestes pacientes o clearance de azitromicina na urina parece estar aumentado, possivelmente
para compensar o clearance hepático reduzido.
Dados de Segurança Pré-Clínicos: foi observada fosfolipidose (acúmulo intracelular de fosfolípides) em vários tecidos
(por ex. olhos, gânglios da raiz dorsal, fígado, bexiga, rins, baço e/ou pâncreas) de ratos, camundongos e cachorros após
doses múltiplas de azitromicina. A fosfolipidose foi observada em um grau similar nos tecidos de ratos e cachorros
neonatos. Foi demonstrado que o efeito é reversível após descontinuação do tratamento com azitromicina. A
significância da descoberta para animais e para humanos não é conhecida.
Selimax®
é contraindicado a indivíduos com hipersensibilidade à azitromicina, eritromicina, a qualquer antibiótico
macrolídeo, cetolídeo ou a qualquer componente da fórmula.
Geral
Hipersensibilidade: assim como ocorre com a eritromicina e outros macrolídeos, foram relatadas reações alérgicas
graves incluindo angioedema e anafilaxia (raramente fatal), e reações dermatológicas incluindo a Síndrome de Stevens
Johnson e necrólise epidérmica tóxica (raramente fatal). Algumas destas reações observadas com o uso da azitromicina
resultaram em sintomas recorrentes e necessitaram de um período maior de observação e tratamento. Se ocorrer alguma
reação alérgica, o uso do medicamento deve ser descontinuado e administrado tratamento adequado. Os médicos devem
estar cientes que os sintomas alérgicos podem reaparecer quando o tratamento sintomático é descontinuado.
Hepatoxicidade: uma vez que a principal via de eliminação da azitromicina é o fígado, azitromicina deve ser utilizada
com cautela em pacientes com disfunção hepática significativa. Foram relatadas alteração da função hepática, hepatite,
icterícia colestática, necrose hepática e insuficiência hepática, algumas das quais resultaram em morte.
A azitromicina deve ser descontinuada imediatamente se ocorrerem sinais e sintomas de hepatite.
Derivados de ergotamina: em pacientes que recebem derivados do ergô, o ergotismo foi acelerado pela coadministração
de alguns antibióticos macrolídeos. Não há dados a respeito da possibilidade de interação entre ergô e azitromicina.
Entretanto, devido à possibilidade teórica de ergotismo, a azitromicina e derivados do ergô não devem ser
coadministrados.
Superinfecção: assim como com qualquer preparação de antibiótico, é recomendável a constante observação dos sinais
de crescimento de organismos não suscetíveis, incluindo fungos.
Diarreia associada à Clostridium difficile: foi relatada diarreia associada à Clostridium difficile com a maioria dos
agentes antibacterianos, incluindo azitromicina, que pode variar de diarreia leve a colite fatal. O tratamento com agentes
antibacterianos altera a flora normal do cólon permitindo o crescimento de C. difficile.
A C. difficile produz toxinas A e B que contribuem para o desenvolvimento de diarreia associada. Hipertoxinas
produzidas por cepas de C. difficile causaram aumento da morbidade e mortalidade, uma vez que estas infecções podem
ser refratárias a tratamento antimicrobiano e podem necessitar de colectomia. A diarreia associada a C. difficile deve ser
considerada em todos os pacientes que apresentam diarreia seguida do uso de antibióticos.
Houve relatos de diarreia associada a C. difficile até 2 meses após a administração de agentes antibacterianos.
Nestes casos é necessário cuidado médico.
Uso em pacientes com insuficiência renal: em pacientes com insuficiência renal grave (taxa de filtração glomerular <
10 mL/min) foi observado um aumento de 33% na exposição sistêmica à azitromicina (ver item “3. Características
Farmacológicas”).
Prolongamento do Intervalo QT: repolarização cardíaca e intervalos QT prolongados, risco de desenvolvimento de
arritmia cardíaca e Torsades de Pointes foram observados nos tratamentos com macrolídeos incluindo a azitromicina,
(ver item “9. Reações Adversas”). O médico deverá considerar o risco de prolongamento do intervalo QT, que pode ser
fatal, ao pesar os riscos e dos benefícios de azitromicina para grupos de risco, incluindo:
Pacientes com prolongamento do intervalo QT documentado ou congênito;
Pacientes atualmente recebendo tratamento com outros medicamentos que prolongam o intervalo QT, tais como
antiarrítmicos das classes IA e III, agentes antipsicóticos, antidepressivos e fluoroquinolonas;
Pacientes com distúrbios eletrolíticos, principalmente em casos de hipocalemia e hipomagnesemia;
Pacientes com bradicardia, arritmia cardíaca ou insuficiência cardíaca clinicamente relevante;
Pacientes idosos: pacientes idosos podem ser mais suscetíveis aos efeitos droga-associados no intervalo QT.
Efeitos na habilidade de dirigir veículos ou operar máquinas: não há evidências de que Selimax®
possa afetar a
habilidade do pacientede dirigir ou operar máquinas.
Ve.: SELI_V.7-14 7
Uso durante a gravidez e lactação: estudos reprodutivos em animais foram realizados com doses até a concentração
moderadamente tóxica para a mãe. Nestes estudos não foram encontradas evidências de danos ao feto devido à
azitromicina. No entanto, não existem estudos adequados e bem controlados em mulheres grávidas. Como os estudos de
reprodução em animais não podem sempre prever a resposta humana, a azitromicina só deve ser usado durante a gravidez
se houver clara necessidade.
Lactação: foi relatado que a azitromicina pode ser secretada no leite materno, mas não existem estudos clínicos
adequados e bem controlados em mulheres que estão amamentando que caracterizam a farmacocinética da excreção da
azitromicina no leite materno.
Fertilidade: em estudos de fertilidade realizados em ratos, foram observados redução das taxas de gravidez após a
administração de azitromicina. A relevância desta descoberta para os seres humanos é desconhecida.
Selimax®
é um medicamento classificado na categoria B de risco na gravidez. Portanto, este medicamento não
deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Uso em Idosos: vide item “8. Posologia e Modo de Usar”.
Uso pediátrico: vide item “8. Posologia e Modo de Usar”.
Uso em pacientes com insuficiência renal: vide item “8. Posologia e Modo de Usar”.
Uso em pacientes com insuficiência hepática: vide item “8. Posologia e Modo de Usar”.
antiácidos: um estudo de farmacocinética avaliou os efeitos da administração simultânea de antiácidos e azitromicina,
não sendo observado qualquer efeito na biodisponibilidade total; embora o pico de concentração plasmática fosse
reduzido em aproximadamente 24%. Em pacientes que estejam recebendo azitromicina e antiácidos, os mesmos não
devem ser administrados simultaneamente.
cetirizina: em voluntários sadios, a coadministração de azitromicina em um regime de 5 dias com 20 mg de cetirizina no
estado de equilíbrio não resultou em interação farmacocinética nem em alterações significativas no intervalo QT.
didanosina (dideoxinosina): a coadministração de 1200 mg/dia de azitromicina com 400 mg/dia de didanosina em 6
indivíduos HIV-positivos parece não ter afetado a farmacocinética do estado de equilíbrio da didanosina, quando esta foi
comparada ao placebo.
digoxina: tem sido relatado que a administração concomitante de antibióticos macrolídeos incluindo azitromicina com
substratos de P-glicoproteína, tais como digoxina, resultam em um aumento dos níveis séricos do substrato P-
glicoproteina. Portanto, se a azitromicina e substratos P-gp, como digoxina, são administrados concomitantemente, deve
ser considerada a possibilidade de elevadas concentrações de digoxina no soro. São necessárias a monitoração clínica dos
níveis de digoxina no soro durante o tratamento com azitromicina e após a sua descontinuação.
ergô: existe uma possibilidade teórica de interação entre azitromicina com derivados do ergô (ver item “5. Advertências
e Precauções”).
zidovudina: doses únicas de 1000 mg e doses múltiplas de 1200 mg ou 600 mg de azitromicina tiveram um pequeno
efeito na farmacocinética plasmática ou na excreção urinária da zidovudina ou de seu metabólito glicuronídeo.
Entretanto, administração de azitromicina aumentou as concentrações do metabólito clinicamente ativo, a zidovudina
fosforilada, nas células mononucleares do sangue periférico. O significado clínico deste resultado ainda não foi
elucidado, porém pode beneficiar os pacientes.
A azitromicina não interage significativamente com o sistema do citocromo P450 hepático. Acredita-se que não há
participação da azitromicina nas interações farmacocinéticas medicamentosas como observado com a eritromicina e
outros macrolídeos. A indução ou inativação do citocromo P450 hepático via complexo citocromo-metabólito não ocorre
com a azitromicina.
Foram conduzidos estudos farmacocinéticos entre a azitromicina e os seguintes fármacos conhecidos por
participarem significativamente no metabolismo mediado pelo citocromo P450:
atorvastatina: a coadministração de atorvastatina (10 mg diários) e azitromicina (500 mg diários) não alterou as
concentrações plasmáticas da atorvastatina (baseado em testes de inibição de HMG-CoA redutase). No entanto, em
experiência pós-comercialização tem sido relatados casos de rabdomiólise em pacientes recebendo azitromicina com
estatinas.
carbamazepina: em um estudo de interação farmacocinética em voluntários sadios, não foram observados efeitos
significativos nos níveis plasmáticos da carbamazepina ou de seus metabólitos ativos em pacientes que receberam
azitromicina concomitantemente.
cimetidina: foi realizado um estudo de farmacocinética para avaliar os efeitos de dose única de cimetidina administrada
duas horas antes da azitromicina. Neste estudo não foram observadas quaisquer alterações na farmacocinética da
azitromicina.
anticoagulantes orais do tipo cumarínicos: em um estudo de interação farmacocinética, a azitromicina não alterou o
efeito anticoagulante de uma dose única de 15 mg de varfarina, quando administrada a voluntários sadios. No período
Ve.: SELI_V.7-14 8
pós-comercialização foram recebidos relatos de potencialização da anticoagulação, subsequente à coadministração de
azitromicina e anticoagulantes orais do tipo cumarínicos. Embora uma relação causal não tenha sido estabelecida, deve-
se levar em consideração a frequência com que é realizada a monitoração do tempo de protrombina quando a
azitromicina é utilizada em pacientes recebendo anticoagulantes orais do tipo cumarínicos.
ciclosporina: em um estudo de farmacocinética com voluntários sadios que receberam doses orais de 500 mg/dia de
azitromicina, por 3 dias e, então dose única oral de 10 mg/kg de ciclosporina, a Cmáx resultante de ciclosporina e a ASC0-5
foram considerados significativamente elevados. Consequentemente, deve-se ter cuidado antes de considerar o uso
concomitante destes fármacos. Se for necessária a coadministração, os níveis de ciclosporina devem ser monitorados e a
dose deve ser ajustada adequadamente.
efavirenz: a coadministração de uma dose única de 600 mg de azitromicina e 400 mg diários de efavirenz durante 7 dias
não resultou em interações farmacocinéticas clinicamente significativas. Nenhum ajuste de dose é necessário quando a
azitromicina for coadministrada com efavirenz.
fluconazol: a coadministração de uma dose única de 1200 mg de azitromicina não alterou a farmacocinética de uma dose
única de 800 mg de fluconazol. A exposição total e a meia-vida da azitromicina não foram alteradas pela coadministração
de fluconazol, porém foi observada uma diminuição clinicamente insignificante na Cmáx (18%) da azitromicina. Nenhum
ajuste de dose é necessário quando estes fármacos forem coadministrados.
indinavir: a coadministração de uma dose única de 1200 mg de azitromicina não produziu efeito clinicamente
significativo na farmacocinética do indinavir quando administrado em doses de 800 mg, 3 vezes ao dia, durante 5 dias.
Nenhum ajuste de dose é necessário quando a azitromicina for coadministrada com indinavir.
metilprednisolona: em um estudo de interação farmacocinética em voluntários sadios, a azitromicina não produziu
efeito significativo na farmacocinética da metilprednisolona.
midazolam: em voluntários sadios, a coadministração de azitromicina 500 mg/dia por 3 dias não causou alterações
clinicamente significativas na farmacocinética e na farmacodinâmica de uma dose única de 15 mg de midazolam.
nelfinavir: a coadministração de azitromicina (1200 mg) e nelfinavir no estado de equilíbrio (750 mg, a cada 8 horas)
resultou num aumento da concentração de azitromicina. Nenhum evento adverso clinicamente significativo foi observado
e nenhum ajuste de dose é necessário.
rifabutina: a coadministração da azitromicina com a rifabutina não afetou as concentrações séricas dos fármacos.
Foi observada neutropenia em indivíduos tratados com azitromicina e rifabutina concomitantemente. Embora a
neutropenia tenha sido relacionada ao uso da rifabutina, uma relação causal não foi estabelecida para o uso da
combinação da rifabutina com a azitromicina (ver item “9. Reações Adversas”).
sildenafila: em voluntários masculinos normais e sadios não houve evidência de efeito da azitromicina (500 mg diários
por três dias) na ASC e na Cmáx da sildenafila ou do seu principal metabólito circulante.
terfenadina: estudos farmacocinéticos não demonstraram evidência de interação entre a azitromicina e a terfenadina.
Foram relatados raros casos em que a possibilidade dessa interação não poderia ser totalmente excluída; contudo, não
existem evidências consistentes de que tal interação tenha ocorrido.
teofilina: não há evidência de interação farmacocinética clinicamente significativa quando a azitromicina e a teofilina
são coadministradas em voluntários sadios.
triazolam: em 14 voluntários sadios, a coadministração de azitromicina 500 mg no dia 1 e 250 mg no dia 2 com 0,125
mg de triazolam no dia 2, não produziu efeito significativo em qualquer variável farmacocinética do triazolam comparada
ao triazolam e placebo.
trimetoprima/sulfametoxazol: a coadministração de trimetoprima e sulfametoxazol (160 mg/800 mg) durante 7 dias
com 1200 mg de azitromicina não produziu efeito significante nos picos de concentrações, na exposição total ou
excreção urinária tanto de trimetoprima quanto de sulfametoxazol no 7° dia de tratamento. As concentrações séricas de
azitromicina foram similares àquelas observadas em outros estudos. Nenhum ajuste de dose é necessário.
Este medicamento deve ser mantido em temperatura ambiente (15ºC a 30°C), protegido da luz e umidade.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Os comprimidos são revestidos, oblongos, biconvexos, de cor branca e gravados com “Selimax®
500mg”.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma
mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Selimax®
pode ser administrado com ou sem alimentos (ver item “3. Características Farmacológicas”). Cada
comprimido revestido de Selimax®
500 mg contém 524,10 mg de azitromicina di-hidratada, equivalente a 500 mg de
azitromicina base.
deve ser administrado em dose única diária. A posologia de acordo com a infecção está descrita abaixo e pode
ser administrado com ou sem alimentos.
Ve.: SELI_V.7-14 9
Uso em adultos
Para o tratamento de doenças sexualmente transmissíveis causadas por Chlamydia trachomatis, Haemophilus ducreyi ou
Neisseria gonorrhoeae suscetível, a dose é de 1000 mg em dose oral única.
Para todas as outras indicações nas quais é utilizada a formulação oral, uma dose total de 1500 mg deve ser administrada
em doses diárias de 500 mg, durante 3 dias. Como alternativa, a mesma dose total pode ser administrada durante cinco
dias, em dose única de 500 mg no primeiro dia e 250 mg, uma vez ao dia, do segundo ao quinto dia.
Uso em crianças
A dose máxima total recomendada para qualquer tratamento em crianças é de 1500 mg.
Em geral, a dose total em crianças é de 30 mg/kg. No tratamento para faringite estreptocócica pediátrica deveria ser
administrada sob diferentes esquemas posológicos (vide a seguir).
A dose total de 30 mg/kg deve ser administrada em dose única diária de 10 mg/kg, durante 3 dias, ou a mesma dose total
pode ser administrada durante 5 dias, em dose única de 10 mg/kg no primeiro dia e 5 mg/kg, 1 vez ao dia, do segundo ao
quinto dia.
Uma alternativa para o tratamento de crianças com otite média aguda é dose única de 30 mg/kg.
Para o tratamento da faringite estreptocócica em crianças, foi demonstrada a eficácia da azitromicina administrada em
dose única diária de 10 mg/kg ou 20 mg/kg por 3 dias; entretanto não se deve exceder a dose diária de 500 mg. Em
estudos clínicos comparativos, utilizando esses dois regimes de doses, foi observada uma eficácia clínica similar. Porém,
a erradicação bacteriológica foi maior e mais evidente com a dose de 20 mg/kg/dia. Entretanto, a penicilina é geralmente
o fármaco escolhido para o tratamento da faringite causada pelo Streptococcus pyogenes, incluindo a profilaxia da febre
reumática.
comprimidos revestidos deve ser administrado somente em crianças pesando mais que 45 kg.
Uso em pacientes idosos
A mesma dose utilizada em pacientes adultos pode ser utilizada em pacientes idosos. Pacientes idosos podem ser mais
susceptíveis ao desenvolvimento de arritmias Torsades de Pointes do que pacientes mais jovens (ver item “5.
Advertências e Precauções”).
Uso em pacientes com insuficiência renal
Não é necessário ajuste de dose em pacientes com insuficiência renal leve a moderada (taxa de filtração glomerular 10 –
80 mL/min). No caso de insuficiência renal grave (taxa de filtração glomerular < 10 mL/min) Selimax®
deve ser
administrado com cautela (ver item “5. Advertências e Precauções” e item “3. Características Farmacológicas”).
Uso em pacientes com insuficiência hepática
As mesmas doses que são administradas a pacientes com a função hepática normal podem ser utilizadas em pacientes
com insuficiência hepática leve a moderada (ver item “5. Advertências e Precauções”).
Dose omitida
Caso o paciente esqueça de administrar Selimax®
no horário estabelecido deve fazê-lo assim que lembrar.
Entretanto, se já estiver perto do horário de administrar a próxima dose, deve desconsiderar a dose esquecida e utilizar a
próxima. Neste caso, o paciente não deve utilizar a dose duplicada para compensar doses esquecidas. O esquecimento da
dose pode comprometer a eficácia do tratamento.
Selimax®
é bem tolerado, apresentando baixa incidência de efeitos adversos.
Em estudos clínicos foram relatados os seguintes efeitos indesejáveis
Sanguíneo e Linfático: episódios transitórios de uma leve redução na contagem de neutrófilos foram ocasionalmente
observados nos estudos clínicos.
Ouvido e Labirinto: disfunções auditivas, incluindo perda de audição, surdez e/ou tinido foram relatados por pacientes
recebendo azitromicina. Muitos desses eventos foram associados ao uso prolongado de altas doses em estudos clínicos.
Nos casos em que informações de acompanhamento estavam disponíveis, foi observado que a maioria desses eventos foi
reversível.
Gastrintestinal: náusea, vômito, diarreia, fezes amolecidas, desconforto abdominal (dor/cólica) e flatulência.
Hepatobiliar: disfunção hepática.
Pele e Tecido Subcutâneo: reações alérgicas incluindo rash e angioedema.
Local de Aplicação: dor local e inflamação no local da infusão.
Em experiência pós-comercialização, foram relatados os seguintes efeitos indesejáveis
Infecções e Infestações: monilíase e vaginite.
Sanguíneo e Linfático: trombocitopenia.
Sistema Imunológico: anafilaxia (raramente fatal) (ver item “5. Advertências e Precauções”).
Metabolismo e Nutrição: anorexia.
Psiquiátrico: reação agressiva, nervosismo, agitação e ansiedade.
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Sistema Nervoso: tontura, convulsões, cefaleia, hiperatividade, hipoestesia, parestesia, sonolência e desmaio. Foram
relatados casos raros de distúrbio de paladar/ olfato e/ou perda.
Ouvido e Labirinto: surdez, zumbido, alterações na audição, vertigem.
Cardíaco: palpitações e arritmias incluindo taquicardia ventricular foram relatadas. Há relatos raros de prolongamento
QT e Torsades de Pointes. (ver item “5. Advertências e Precauções”).
Vascular: hipotensão.
Gastrintestinal: vômito/diarreia (raramente resultando em desidratação), dispepsia, constipação, colite
pseudomembranosa, pancreatite e raros relatos de descoloração da língua.
Hepatobiliar: hepatite e icterícia colestática foram relatadas, assim como casos raros de necrose hepática e insuficiência
hepática, a qual resultou em morte (ver item “5. Advertências e Precauções”).
Pele e Tecido Subcutâneo: reações alérgicas incluindo prurido, rash (erupção cutânea), fotossensibilidade, edema,
urticária e angioedema. Foram relatados raros casos de reações dermatológicas graves, incluindo eritema multiforme,
síndrome de Stevens Johnson e necrólise epidérmica tóxica.
Musculoesquelético e Tecido Conjuntivo: artralgia.
Renal e Urinário: nefrite intersticial e disfunção renal aguda.
Geral: foi relatada astenia, cansaço, mal-estar.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA,
disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou
Municipal.