Bula do Sinvastatina produzido pelo laboratorio Ranbaxy Farmacêutica Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
Modelo de bula – Profissional
Sinvastatina 20 mg e 40 mg
sinvastatina
comprimidos revestidos
20 mg e 40 mg
I) IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
Medicamento genérico – Lei nº 9.787 de 1999.
FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÕES
comprimidos revestidos de 20 e 40 mg – embalagens com 30 comprimidos revestidos
USO ORAL
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO
Cada comprimido revestido de sinvastatina 20 mg contém:
sinvastatina........................................................................20 mg
excipientes*.......................................................................q.s.p. 1 comprimido revestido
*Excipientes: lactose monoidratada, amido, celulose microcristalina, croscarmelose sódica, butilhidroxianisol,
estearato de magnésio, ácido ascórbico, ácido cítrico, álcool isopropílico, água e componentes do Opadry marrom -
hipromelose, lactose monoidratada, dióxido de titânio, macrogol, citrato de sódio e óxido férrico vermelho e amarelo.
Cada comprimido revestido de sinvastatina 40 mg contém:
sinvastatina.........................................................................40 mg
excipientes*........................................................................q.s.p. 1 comprimido revestido
estearato de magnésio, ácido ascórbico, ácido cítrico, álcool isopropílico, água e corante Opadry rosa - hipromelose,
lactose monoidratada, dióxido de titânio, macrogol, citrato de sódio e óxido férrico vermelho.
II) INFORMAÇÕES TÉCNICAS AO PROFISSIONAL DA SAÚDE
Pacientes sob alto risco de doença coronariana ou com doença coronariana (DAC)
Em pacientes sob alto risco de doença coronariana (com ou sem hiperlipidemia), isto é, pacientes com diabetes,
histórico de acidente vascular cerebral (AVC) ou de outra doença vascular cerebral, de doença vascular periférica ou
com doença coronariana, a sinvastatina é indicada para:
• reduzir o risco de mortalidade total (por todas as causas) por meio da redução de mortes por doença coronariana;
• reduzir o risco dos eventos vasculares maiores (um composto de infarto do miocárdio não fatal, morte por doença
coronariana, AVC ou procedimentos de revascularização);
• reduzir o risco dos eventos coronarianos maiores (um composto de infarto do miocárdio não fatal ou mortes por
doença coronariana);
• reduzir o risco de acidente vascular cerebral (AVC);
• reduzir a necessidade de procedimentos de revascularização do miocárdio (incluindo bypass ou angioplastia
coronariana transluminal percutânea);
• reduzir a necessidade de procedimentos de revascularização periférica e outros, não coronarianos;
• reduzir o risco de hospitalização por angina.
Em pacientes com diabetes, sinvastatina reduz o risco de desenvolvimento de complicações periféricas
macrovasculares (um composto de procedimentos de revascularização periférica, de amputações dos membros
inferiores ou de úlceras das pernas).
Em pacientes hipercolesterolêmicos com doença coronariana, sinvastatina retarda a progressão da aterosclerose
coronariana, reduzindo inclusive o desenvolvimento de novas lesões e novas oclusões totais.
Pacientes com hiperlipidemia
A sinvastatina é indicada como adjuvante à dieta para reduzir os níveis elevados de colesterol total, LDL-colesterol,
apolipoproteína B (apo B) e triglicérides e para aumentar os níveis de HDL-colesterol em pacientes com
hipercolesterolemia primária, incluindo hipercolesterolemia familiar heterozigótica (tipo IIa de Fredrickson) ou
hiperlipidemia combinada (mista) (tipo IIb de Fredrickson), quando a resposta à dieta e outras medidas não
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Sinvastatina 20 mg e 40 mg
farmacológicas for inadequada. A sinvastatina, portanto, reduz as razões LDL-colesterol/HDL-colesterol e colesterol
total/HDL-colesterol;
• A sinvastatina é indicada para o tratamento de pacientes com hipertrigliceridemia (hiperlipidemia tipo IV de
Fredrickson);
• A sinvastatina é indicada para o tratamento de pacientes com disbetalipoproteinemia primária (hiperlipidemia tipo
III de Fredrickson);
• A sinvastatina também é indicada como adjuvante à dieta e outras medidas não dietéticas para reduzir os níveis
elevados de colesterol total, LDL-colesterol e apolipoproteína B em pacientes com hipercolesterolemia (HoFH)
familiar homozigótica.
No Estudo Escandinavo de Sobrevida com sinvastatina (4S), o efeito do tratamento com sinvastatina na mortalidade
por todas as causas foi avaliado em 4.444 pacientes com doença coronariana (DAC) e colesterol total no período
basal entre 212-309 mg/dL (5,5-8,0 mmol/L) durante um período mediano de 5,4 anos. Nesse estudo multicêntrico,
randômico, duplo-cego e controlado com placebo, sinvastatina reduziu em 30% o risco de morte; em 42% o risco de
morte por DAC; e em 37% o risco de infarto do miocárdio não fatal comprovado no hospital. Além disso,
sinvastatina reduziu em 37% o risco de procedimentos para revascularização do miocárdio (bypass da artéria
coronariana ou angioplastia coronariana transluminal percutânea). Em pacientes com diabetes mellitus, o risco de um
evento coronariano importante foi reduzido em 55%. Além disso, sinvastatina reduziu significativamente o risco de
eventos vasculares cerebrais fatais e não fatais (AVC e ataques isquêmicos transitórios) em 28%.
No Estudo de Proteção do Coração (HPS - Heart Protection Study), os efeitos do tratamento com sinvastatina durante
um período de acompanhamento de 5 anos, em média, foram avaliados em 20.536 pacientes com ou sem
hiperlipidemia e alto risco de eventos coronarianos, em decorrência de diabetes, antecedentes de acidente vascular
cerebral (AVC) ou outra doença vascular cerebral, doença vascular periférica ou doença coronariana. No período
basal, 33% apresentavam níveis de LDL inferiores a 116 mg/dL; 25%, entre 116 mg/dL e 135 mg/dL e 42%,
superiores a 135 mg/dL.
Nesse estudo multicêntrico, randômico, duplo-cego e controlado com placebo, sinvastatina 40 mg/dia comparado ao
placebo reduziu o risco de mortalidade por todas as causas em 13%, em consequência da redução de mortes por
doença coronariana (18%). A sinvastatina também diminuiu o risco de eventos coronarianos maiores (um desfecho
composto de IM não fatal ou mortes de origem coronariana) em 27%. A sinvastatina reduziu a necessidade de
procedimentos de revascularização coronariana (incluindo bypass ou angioplastia coronariana transluminal
percutânea) e procedimentos de revascularização periférica e outros procedimentos de revascularização não
coronarianos, em 30% e 16%, respectivamente. A sinvastatina reduziu o risco de AVC em 25%. Além disso,
sinvastatina reduziu o risco de hospitalização por angina em 17%. Os riscos de eventos coronarianos e vasculares
maiores (um desfecho composto que incluiu os eventos coronarianos relevantes, AVC ou procedimentos de
revascularização) foram reduzidos em cerca de 25% em pacientes com ou sem doença coronariana, incluindo
pacientes com diabetes e pacientes com doença periférica ou vascular cerebral. Além disso, no subgrupo de pacientes
com diabetes, sinvastatina reduziu o risco do desenvolvimento de complicações macrovasculares, incluindo
procedimentos de revascularização periférica (cirurgia ou angioplastia), amputação de membros inferiores ou úlceras
nas pernas em 21%. As reduções de risco produzidas por sinvastatina nos eventos maiores, vasculares e coronarianos,
foram evidentes e consistentes independentemente da idade e do sexo do paciente, dos níveis de LDL-C, HDL-C,
TG, apolipoproteína A-I ou apolipoproteína B no período basal, da presença ou ausência de hipertensão, dos níveis
de creatinina até o limite para inclusão de 2,3 mg/dL, da presença ou ausência de medicações cardiovasculares
(aspirina, betabloqueadores, inibidores da enzima conversora de angiotensina [ECA] ou bloqueadores dos canais de
cálcio) no período basal, de tabagismo, de ingestão de álcool ou de obesidade. Ao final de 5 anos, 32% dos pacientes
no grupo placebo estavam tomando uma estatina (fora do protocolo do estudo); portanto, as reduções de risco
observadas subestimam o real efeito da sinvastatina.
Em estudo clínico multicêntrico, controlado com placebo, que utilizou angiografia coronariana quantitativa e
envolveu 404 pacientes, sinvastatina retardou a progressão da aterosclerose coronariana e reduziu o desenvolvimento
de novas lesões e de novas oclusões totais, ao passo que as lesões ateroscleróticas coronarianas pioraram de forma
constante ao longo de um período de 4 anos em pacientes que receberam tratamento-padrão.
As análises de subgrupo de dois estudos que incluíram 147 pacientes com hipertrigliceridemia (hiperlipidemia tipo
IV de Fredrickson) demonstraram que 20 a 80 mg/dia de sinvastatina reduziram os níveis de triglicérides em 21% a
39% (placebo: 11% a 13%), de LDL-colesterol em 23% a 35% (placebo: +1% a +3%) e do colesterol não HDL, em
26% a 43% (placebo: +1% a +3%) e aumentaram o HDL-C em 9% a 14% (placebo: 3%).
Em outra análise de subgrupo de sete pacientes com disbetalipoproteinemia (hiperlipidemia tipo III de Fredrickson),
a dose de 80 mg/dia de sinvastatina reduziu os níveis de LDL-C, inclusive das lipoproteínas de densidade
intermediária (IDL) em 51% (placebo: 8%) e de VLDL-colesterol + IDL em 60% (placebo: 4%).
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Sinvastatina 20 mg e 40 mg
A sinvastatina é um agente redutor do colesterol derivado sinteticamente de um produto de fermentação do
Aspergillus terreus.
Após a ingestão, sinvastatina, uma lactona inativa, é hidrolisado ao β-hidroxiácido correspondente. Esse é o principal
metabólito e é um inibidor da 3-hidróxi-3-metilglutaril-coenzima A (HMG-CoA) redutase, uma enzima que catalisa
um passo precoce e limitante da taxa de biossíntese do colesterol. Estudos clínicos mostram que sinvastatina é
altamente eficaz para reduzir as concentrações plasmáticas do colesterol total, do LDL-colesterol, dos triglicérides e
do VLDL-colesterol e para aumentar o HDL-colesterol nas formas familiar heterozigótica e não familiar de
hipercolesterolemia e na hiperlipidemia mista, quando o colesterol elevado for preocupante e a dieta apenas for
insuficiente. Observam-se respostas acentuadas em duas semanas e respostas terapêuticas máximas ocorrem em 4 a 6
semanas. A resposta mantém-se com a continuidade do tratamento. Quando o tratamento com sinvastatina é
interrompido, os níveis de colesterol e lípides voltam aos níveis anteriores ao tratamento.
A forma ativa da sinvastatina é um inibidor específico da HMG-CoA redutase, enzima que catalisa a conversão da
HMG-CoA a mevalonato. Em virtude de essa conversão ser um passo inicial da biossíntese do colesterol, não se
espera que o tratamento com sinvastatina provoque acúmulo de esteróis potencialmente tóxicos. Além disso, a HMG-
CoA é também rapidamente metabolizada de volta a acetil-CoA, a qual participa de muitos processos de biossíntese
no organismo.
Farmacocinética
Absorção: demonstrou-se que a biodisponibilidade do beta-hidroxiácido para a circulação sistêmica após uma dose
oral de sinvastatina foi menor do que 5% da dose, o que é compatível com a ampla extração hepática de primeira
passagem. Os principais metabólitos da sinvastatina presentes no plasma humano são o β-hidroxiácido e quatro
metabólitos ativos adicionais.
Em jejum, o perfil plasmático dos inibidores total e ativo não foi afetado quando a sinvastatina foi administrada
imediatamente antes de uma refeição-teste.
Distribuição: a sinvastatina e o beta-hidroxiácido ligam-se às proteínas plasmáticas humanas (95%).
A farmacocinética de doses única e múltipla de sinvastatina não mostrou acúmulo do medicamento após a
administração múltipla. Em todos os estudos de farmacocinética acima, a concentração plasmática máxima dos
inibidores ocorreu 1,3 a 2,4 horas após a dose.
Metabolismo: a sinvastatina é uma lactona inativa que é rapidamente hidrolisada in vivo para o β-hidroxiácido
correspondente, um potente inibidor da HMG-CoA redutase. A hidrólise ocorre principalmente no fígado; a
velocidade de hidrólise no plasma humano é muito lenta.
A sinvastatina é bem absorvida em humanos e passa por ampla extração hepática de primeira passagem. A extração
no fígado depende do fluxo sanguíneo hepático. O fígado é o principal local de ação, com excreção posterior dos
equivalentes do fármaco na bile. Consequentemente, a disponibilidade do fármaco ativo na circulação sistêmica é
baixa. Após uma injeção intravenosa do metabólito beta-hidroxiácido, sua meia-vida média é de 1,9 hora.
Eliminação: após uma dose oral de sinvastatina radioativa em humanos, 13% da radioatividade foi excretada na
urina e 60% nas fezes em 96 horas. A quantidade recuperada nas fezes representa os equivalentes do fármaco
absorvido excretados na bile, assim como o fármaco não absorvido. Após uma injeção intravenosa do metabólito β-
hidroxiácido, apenas 0,3% da dose IV, em média, foi excretada na urina como inibidores.
• Hipersensibilidade a qualquer componente do produto;
• Doença hepática ativa ou aumentos persistentes e inexplicados das transaminases séricas;
• Gravidez e lactação (veja ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES, Gravidez e Lactação);
• Administração concomitante de inibidores potentes do CYP3A4 (por exemplo, itraconazol, cetoconazol,
posaconazol, voriconazol, inibidores da protease do HIV, boceprevir, telaprevir, eritromicina, claritromicina,
telitromicina, nefazodona e medicamentos contendo cobicistate) (veja ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES,
Miopatia/Rabdomiólise; INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS);
• Administração concomitante de genfibrozila, ciclosporina ou danazol (veja ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES,
Miopatia/Rabdomiólise; INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS).
Este medicamento é contraindicado para uso por mulheres grávidas ou amamentando.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-
dentista.
Miopatia/Rabdomiólise: a sinvastatina, a exemplo de outros inibidores da HMG-CoA redutase, ocasionalmente
causa miopatia que se manifesta como dor, dolorimento ou fraqueza musculares e creatinina quinase (CK) acima de
10 vezes o limite superior da normalidade (LSN). Algumas vezes, a miopatia apresenta-se como rabdomiólise, com
ou sem insuficiência renal aguda secundária a mioglobinúria e, raramente, pode ser fatal. O risco de miopatia é
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Sinvastatina 20 mg e 40 mg
aumentado por níveis elevados de atividade inibitória da HMG-CoA redutase no plasma. Os fatores predisponentes
para miopatia incluem idade avançada (≥ 65 anos), sexo feminino, hipotiroidismo não controlado e insuficiência
renal.
A exemplo de outros inibidores da HMG-CoA redutase, o risco de miopatia/rabdomiólise está relacionado à
dose. Em um banco de dados de estudos clínicos no qual 41.413 pacientes foram tratados com sinvastatina, 24.747
(aproximadamente 60%) dos quais foram admitidos nos estudos com um acompanhamento mediano de pelo menos 4
anos, a incidência de miopatia foi de aproximadamente 0,03%, 0,08% e 0,61% com 20, 40 e 80 mg/dia,
respectivamente. Nesses estudos, os pacientes foram cuidadosamente monitorados e alguns medicamentos com
interação foram excluídos.
Em um estudo clínico no qual os pacientes com histórico de infarto do miocárdio foram tratados com sinvastatina 80
mg/dia (acompanhamento médio de 6,7 anos), a incidência de miopatia foi de aproximadamente 1,0% em
comparação com 0,02% para os pacientes tratados com 20 mg/dia. Aproximadamente metade destes casos de
miopatia ocorreu durante o primeiro ano de tratamento. A incidência de miopatia durante cada ano subsequente de
tratamento foi de aproximadamente 0,1%.
O risco de miopatia é maior em pacientes que estão sendo tratados com sinvastatina 80 mg quando comparado com
outras terapias à base de estatina com eficácia semelhante na redução de colesterol LDL. Portanto, a dose de 80 mg
de sinvastatina deve ser utilizada somente em pacientes com alto risco de complicações cardiovasculares que não
conseguiram atingir suas metas de tratamento com doses menores e nos casos em que se espera que os benefícios
superem os risco potenciais. Em pacientes que tomam sinvastatina 80 mg para os quais um agente de interação é
necessário, deve-se utilizar uma dose menor de sinvastatina ou um regime alternativo à base de estatina com menor
potencial para interações medicamentosas (veja POSOLOGIA E ADMINISTRAÇÃO; CONTRAINDICAÇÕES).
Todos os pacientes que iniciam tratamento com sinvastatina, ou cuja dose de sinvastatina está sendo aumentada,
devem ser alertados sobre o risco de miopatia e orientados a relatar imediatamente qualquer dor, sensibilidade ou
fraqueza muscular inexplicada. A terapia com sinvastatina deve ser descontinuada imediatamente se houver
diagnóstico ou suspeita de miopatia. A presença destes sintomas, bem como nível de CK >10 vezes o limite normal
superior, indica miopatia. Na maioria dos casos, quando os pacientes descontinuaram imediatamente o tratamento, os
sintomas musculares e os aumentos de CK desapareceram (veja REAÇÕES ADVERSAS). Pode-se considerar
determinações periódicas de CK para pacientes que iniciam terapia com sinvastatina ou cuja dose esteja sendo
aumentada. Recomenda-se determinações periódicas de CK para pacientes com a dose sendo aumentada para 80 mg.
Não há nenhuma garantia de que esse monitoramento irá prevenir a miopatia.
Muitos dos pacientes que desenvolveram rabdomiólise durante o tratamento com sinvastatina tinham históricos
médicos complicados, incluindo insuficiência renal, geralmente em consequência de diabetes mellitus prolongado.
Tais pacientes devem ser cuidadosamente monitorados. A terapia com sinvastatina deve ser temporariamente
interrompida alguns dias antes de cirurgia eletiva de grande porte e quando qualquer condição cirúrgica ou médica
importante sobrevenha.
Em um estudo clínico no qual pacientes com alto risco de doença cardiovascular foram tratados com sinvastatina 40
mg/dia (acompanhamento médio de 3,9 anos), a incidência de miopatia foi de aproximadamente 0,05% em pacientes
não-chineses (n = 7.367) em comparação com 0,24% em pacientes chineses (n = 5.468). Embora a única população
asiática avaliada neste estudo clínico tenha sido a chinesa, deve-se ter cautela ao prescrever sinvastatina para
pacientes asiáticos e a menor dose necessária deve ser prescrita.
Interações medicamentosas
• O risco de miopatia/rabdomiólise é aumentado pelo uso concomitante de sinvastatina com:
Medicamentos contraindicados
- Inibidores potentes da CYP3A4: uso concomitante de medicamentos conhecidos por apresentar um potente efeito
inibitório sobre CYP3A4 em doses terapêuticas (por exemplo, itraconazol, cetoconazol, posaconazol, voriconazol,
eritromicina, claritromicina, telitromicina, inibidores da protease do HIV, boceprevir, teloprevir, nefazodona ou
medicamentos contendo cobicistate) é contraindicada. Se o tratamento de curto prazo com inibidor potente de
CYP3A4 estiver indisponível, a terapia com sinvastatina deve ser interrompida durante o tratamento (veja
CONTRAINDICAÇÕES; INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS; CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS,
Farmacocinética).
- Genfibrozila, ciclosporina ou danazol: o uso concomitante desses medicamentos com sinvastatina é
contraindicado (veja CONTRAINDICAÇÕES; INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS; CARACTERÍSTICAS
FARMACOLÓGICAS, Farmacocinética).
Outros medicamentos:
- Ácido fusídico: pacientes tratados com ácido fusídico concomitantemente com sinvastatina podem apresentar risco
aumentado de miopatia/rabdomiólise (veja INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS, Outras Interações
Medicamentosas; CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS, Farmacocinética). A coadministração com ácido
fusídico não é recomendada. Em pacientes em que o uso de ácido fusídico sistêmico é considerado essencial, a
sinvastatina deve ser descontinuada durante todo o tratamento com ácido fusídico. Em circunstâncias excepcionais,
onde o uso sistêmico prolongado do ácido fusídico é necessário, por exemplo, para o tratamento de infecções graves,
a necessidade da coadministração de sinvastatina e ácido fusídico deve ser considerada caso a caso e sob rigorosa
supervisão médica.
- Outros fibratos: a dose de sinvastatina não deve ser maior que 10 mg/dia em pacientes tratados concomitante
com outros fibratos além da genfibrozila (veja CONTRAINDICAÇÕES) ou fenofibrato. Quando sinvastatina e
fenofibrato são administrados concomitantemente, não há nenhuma evidência de que o risco de miopatia exceda a
soma dos riscos individuais de cada agente. Deve-se ter cautela ao prescrever fenofibrato com sinvastatina, uma vez
que qualquer um dos agentes pode causar miopatia quando administrados isoladamente. A adição de fibratos à
sinvastatina normalmente proporciona pouca redução adicional de LDL-C, porém podem ser obtidas reduções
adicionais de TG e aumentos adicionais de HDL-C. As combinações de fibratos com sinvastatina têm sido utilizadas
sem ocorrência de miopatia em estudos clínicos de pequeno porte, de curta duração e com monitoramento rigoroso
(veja INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS).
- Amiodarona: em um estudo clínico, foi relatada miopatia em 6% dos pacientes que receberam 80 mg de
sinvastatina e amiodarona. A dose de sinvastatina não deve ser maior que 20 mg diários em pacientes recebendo
tratamento concomitantemente com amiodarona (veja INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS, Outras Interações
Medicamentosas; POSOLOGIA E MODO DE USAR).
- Bloqueadores do canal de cálcio
- Verapamil ou diltiazem: em um estudo clínico, os pacientes em tratamento concomitante com sinvastatina 80 mg
e diltiazem apresentaram aumento no risco de miopatia. A dose de sinvastatina não deve ser maior que 20 mg
diários em pacientes recebendo tratamento concomitantemente com veramapil ou diltiazem (veja
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS, Outras Interações Medicamentosas; POSOLOGIA E MODO DE USAR).
- Anlodipino: em um estudo clínico, os pacientes em tratamento concomitante com sinvastatina 80 mg e anlodipino
apresentaram um risco discretamente aumentado de miopatia. A dose de sinvastatina não deve exceder 40 mg
diários em pacientes recebendo concomitantemente anlodipino (veja INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS,
Outras Interações Medicamentosas; POSOLOGIA E MODO DE USAR).
- Inibidores moderados do CYP3A4: os pacientes que tomam outros medicamentos identificados em bula como
medicamentos com efeito inibitório moderado sobre o CYP3A4 concomitantemente com sinvastatina,
particularmente com doses mais altas de sinvastatina, podem ter maior risco de miopatia. Quando for coadministrada
sinvastatina com um inibidor moderado de CYP3A4, um ajuste da dose de sinvastatina pode ser necessário (veja
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS, Outras Interações Medicamentosas).
- Ácido nicotínico (Niacina) (≥ 1 g/dia): casos de miopatia/rabdomiólise foram observados com a sinvastatina
coadministrada com doses modificadoras de lípides (≥ 1 g/dia) de ácido nicotínico. Em um estudo clínico
(acompanhamento médio de 3,9 anos) envolvendo pacientes com alto risco de doença cardiovascular e com níveis de
LDL-C bem controlados com sinvastatina 40 mg/dia com ou sem ezetimiba 10 mg, não houve benefício adicional em
resultados cardiovasculares com a adição de doses modificadoras de lípídes (≥ 1 g/dia) de ácido nicotínico. Por esta
razão, o benefício da utilização concomitante de sinvastatina com ácido nicotínico deve ser cuidadosamente avaliado
em relação aos potenciais riscos da combinação. Adicionalmente, neste estudo, a incidência de miopatia foi
aproximadamente 0,24% em pacientes chineses tratados com sinvastatina 40 mg ou ezetimiba/sinvastatina 10/40 mg
em comparação com 1,24% em pacientes chineses tratados com sinvastatina 40 mg ou ezetimiba/sinvastatina 10/40
mg coadministradas com ácido nicotínico/laropipranto 2g/40mg de liberação prolongada. Embora a única população
asiática avaliada neste estudo clínico tenha sido a chinesa, devido a incidência de miopatia ser maior em pacientes
chineses em comparação com pacientes não chineses, a coadministração de sinvastatina com doses modificadoras de
lípídes (≥ 1 g/dia) de ácido nicotínico não é recomendada para pacientes asiáticos (veja INTERAÇÕES
MEDICAMENTOSAS, Outras Interações Medicamentosas).
Efeitos hepáticos:
Em estudos clínicos, ocorreram aumentos persistentes (acima de três vezes o limite superior da normalidade) das
transaminases séricas em poucos pacientes adultos que receberam sinvastatina. Quando o medicamento foi
interrompido ou descontinuado, os níveis de transaminase caíram lentamente para os níveis anteriores ao tratamento.
Os aumentos não foram associados à icterícia ou a outros sintomas ou sinais clínicos. Não houve evidência de
hipersensibilidade. Alguns desses pacientes apresentavam testes de função hepática alterados antes do tratamento
com a sinvastatina e/ou consumiam quantidades consideráveis de álcool.
No Estudo Escandinavo de Sobrevida com Sinvastatina (4S) (veja RESULTADOS DE EFICÁCIA), o número de
pacientes com transaminases elevadas (acima de três vezes o limite superior da normalidade) mais de uma vez
durante o estudo, não foi significativamente diferente entre os grupos sinvastatina e placebo (14 [0,7%] vs. 12
[0,6%]). A frequência dos aumentos isolados de TGP (ALT) para três vezes o limite superior da normalidade foi
significativamente mais alta no grupo da sinvastatina no primeiro ano do estudo (20 vs. 8, p = 0,023), mas não
posteriormente. O aumento de transaminases resultou em descontinuação do tratamento para oito pacientes do grupo
da sinvastatina (n = 2.221) e para cinco do grupo placebo (n = 2.223). Dos 1.986 pacientes no 4S tratados com a
sinvastatina cujos testes de função hepática eram normais no período basal, somente oito (0,4%) apresentaram
aumentos consecutivos > 3 vezes o limite superior da normalidade de enzimas hepáticas e/ou foram descontinuados
por aumento de transaminases durante os 5,4 anos (acompanhamento médio) do estudo. A dose inicial de sinvastatina
para todos os pacientes do estudo foi de 20 mg; 37% foram titulados para 40 mg.
Em dois estudos clínicos controlados, que envolveram 1.105 pacientes, a incidência - aos 6 meses - de aumentos
persistentes de transaminases considerados relacionados ao medicamento foi de 0,7% e 1,8%, com as doses de 40 mg
e 80 mg, respectivamente.
No estudo HPS (veja RESULTADOS DE EFICÁCIA), no qual 20.536 pacientes foram distribuídos de modo
randômico para receber 40 mg/dia de sinvastatina ou placebo, a incidência de transaminases elevadas (> 3 vezes o
limite superior da normalidade, confirmada em exames repetidos) foi de 0,21% (n = 21) para os pacientes que
receberam sinvastatina e de 0,09% (n = 9) no grupo placebo.
Recomenda-se solicitar testes de função hepática antes de iniciar o tratamento e posteriormente, quando clinicamente
indicado. Pacientes titulados para doses de 80 mg devem realizar mais um teste antes da titulação, 3 meses depois da
titulação para a dose de 80 mg e, a seguir, periodicamente (por exemplo, de 6 em 6 meses) durante o primeiro ano de
tratamento. Deve-se dar especial atenção aos pacientes que apresentarem aumento de transaminases séricas e, nesses
pacientes, as avaliações laboratoriais devem ser imediatamente repetidas e, a seguir, realizadas com maior frequência.
Deve-se descontinuar o medicamento se os níveis de transaminases mostrarem evidência de progressão,
particularmente se aumentarem acima de três vezes o limite superior da normalidade e persistirem nesse patamar.
Note que a ALT pode emanar do músculo, portanto, a elevação da ALT com CK pode indicar miopatia (veja
ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES, Miopatia/Rabdomiólise).
Existem raros relatos pós-comercialização de insuficiência hepática fatal e não fatal em pacientes que tomam
estatinas, incluindo sinvastatina. Se ocorrer lesão hepática grave com sintomas clínicos e/ou hiperbilirrubinemia ou
icterícia durante o tratamento com sinvastatina, deve-se interromper imediatamente o tratamento. Se uma etiologia
alternativa não for encontrada, não reinicie o tratamento com sinvastatina.
Deve-se utilizar o medicamento com cuidado em pacientes que consomem quantidades substanciais de álcool e/ou
apresentem histórico de doença hepática. Hepatopatias ativas ou aumentos inexplicados de transaminases constituem
contraindicações para o uso da sinvastatina.
A exemplo do que ocorre com outros agentes hipolipemiantes, foram relatados aumentos moderados (abaixo de três
vezes o limite superior da normalidade) das transaminases séricas após o tratamento com a sinvastatina. Essas
alterações ocorreram logo após o início do tratamento, foram geralmente transitórias, assintomáticas e não exigiram
interrupção do tratamento.
Avaliações oftalmológicas: é esperado que, com o passar do tempo, ocorra aumento da prevalência de opacidade do
cristalino como resultado do envelhecimento, mesmo na ausência de qualquer tratamento medicamentoso. Dados
atuais de estudos clínicos a longo prazo não indicam efeito adverso da sinvastatina no cristalino humano.
Gravidez e Lactação: categoria de Risco C. A sinvastatina é contraindicado durante a gravidez. Este
medicamento causa malformação ao bebê durante a gravidez. A segurança em mulheres grávidas não foi
estabelecida. Não foram conduzidos estudos clínicos controlados em mulheres grávidas. Há raros relatos de
anomalias congênitas em recém-nascidos de mães que receberam inibidores de HMG-CoA redutase durante a
gravidez. Entretanto, em uma análise de aproximadamente 200 gestações acompanhadas prospectivamente de
mulheres expostas a sinvastatina ou a outro inibidor da HMG-CoA redutase estruturalmente relacionado no primeiro
trimestre de gravidez, a incidência de anomalias congênitas foi comparável à observada na população geral. Esse
número de gestações foi estatisticamente suficiente para excluir um aumento de anomalias congênitas 2,5 vezes ou
maior do que a incidência conhecida.
Embora não haja evidência de que a incidência de anomalias congênitas nos descendentes de pacientes expostos a
sinvastatina ou a outro inibidor da HMG-CoA redutase estruturalmente relacionado seja diferente da observada na
população geral, o tratamento da mãe com sinvastatina pode reduzir os níveis fetais de mevalonato, um precursor da
biossíntese do colesterol. A aterosclerose é um processo crônico e a descontinuação dos agentes hipolipemiantes
durante a gravidez deve ter pequeno impacto sobre o risco a longo prazo associado à hipercolesterolemia primária.
Por essas razões, a sinvastatina não deve ser usada por mulheres grávidas, que estejam tentando engravidar ou que
possam estar grávidas. O tratamento com sinvastatina deve ser interrompido durante toda a gestação ou até que se
comprove que a paciente não está grávida (veja CONTRAINDICAÇÕES).
Não se sabe se a sinvastatina ou os seus metabólitos são excretados no leite materno. Uma vez que muitos fármacos
são excretados no leite materno e podem causar reações adversas graves, mulheres que estejam recebendo
sinvastatina não devem amamentar (veja CONTRAINDICAÇÕES).
Idosos: a eficácia da sinvastatina avaliada pela redução do colesterol total e do LDL-colesterol, em pacientes com
mais de 65 anos de idade em estudos clínicos controlados, foi semelhante à observada na população geral e não
houve aumento evidente na frequência global de achados adversos clínicos ou laboratoriais.
No entanto, em um estudo clínico de pacientes tratados com sinvastatina 80 mg/dia, pacientes ≥ 65 anos de idade
tiveram um risco aumentado de miopatia em comparação com pacientes < 65 anos de idade.
Crianças: a segurança e a eficácia em crianças não foram estabelecidas. Até o momento, sinvastatina não é
Medicamentos contraindicados
O uso concomitante dos seguintes medicamentos é contraindicado:
- Inibidores potentes de CYP3A4: a sinvastatina é metabolizada pela isoenzima do citocromo 3A4, mas não
apresenta atividade inibitória do CYP3A4, portanto não se espera que afete as concentrações plasmáticas de outros
fármacos metabolizados pela CYP3A4. Os inibidores potentes da CYP3A4 aumentam o risco de miopatia por
reduzirem a eliminação da sinvastatina. O uso concomitante de medicamentos conhecidos por apresentarem um
potente efeito inibitório sobre a CYP3A4 (por exemplo, itraconazol, cetoconazol, posaconazol, voriconazol,
eritromicina, claritromicina, telitromicina, inibidores da protease do HIV, boceprevir, telaprevir, nefazodona e
medicamentos contendo cobicistate) é contraindicado (veja CONTRAINDICAÇÕES; ADVERTÊNCIAS E
PRECAUÇÕES, Miopatia/Rabdomiólise; CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS, Farmacocinética).
- Genfibrozila, ciclosporina ou danazol: (veja CONTRAINDICAÇÕES; ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES,
Miopatia/Rabdomiólise; CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS, Farmacocinética).
Outras interações medicamentosas
- Outros fibratos: o risco de miopatia é aumentado pela genfibrozila (veja CONTRAINDICAÇÕES) e outros
fibratos (com exceção do fenofibrato); estes medicamentos hipolipemiantes podem causar miopatia quando
administrados isoladamente. Quando a sinvastatina e o fenofibrato são administrados concomitantemente, não há
nenhuma evidência de que o risco de miopatia supere a soma dos riscos individuais de cada agente (veja
CONTRAINDICAÇÕES; ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES, Miopatia/Rabdomiólise).
- Ácido fusídico: o risco de miopatia/rabdomiólise pode aumentar com a administração concomitante de ácido
fusídico (veja ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES, Miopatia/Rabdomiólise; CARACTERÍSTICAS
FARMACOLÓGICAS, Farmacocinética).
- Amiodarona: o risco de miopatia/rabdomiólise é aumentado pela administração concomitante de amiodarona com
sinvastatina (veja POSOLOGIA E MODO DE USAR; ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES,
Miopatia/Rabdomiólise).
- Bloqueadores do canal de cálcio: o risco de miopatia/rabdomiólise é aumentado pela administração concomitante
de verapamil, diltiazem ou anlodipino (veja POSOLOGIA E MODO DE USAR; ADVERTÊNCIAS E
PRECAUÇÕES, Miopatia/Rabdomiólise).
- Inibidores moderados da CYP3A4: os pacientes que tomam outros medicamentos conhecidos por apresentarem
efeito inibitório moderado sobre a CYP3A4 concomitantemente com a sinvastatina, particularmente com doses mais
altas de sinvastatina, podem ter um maior risco de miopatia (veja ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES,
Inibidores da proteína transportadora OATP1B1: a sinvastatina ácida é um substrato da proteína transportadora
OATP1B1. A administração concomitante de medicamentos inibidores da proteína transportadora OATP1B1 pode
levar ao aumento da concentração plasmática de sinvastatina ácida e ao aumento do risco de miopatia. (veja
- Acido nicotínico (Niacina) (≥ 1 g/dia): casos de miopatia/rabdomiólise foram observados com a sinvastatina
coadministrada com doses hipolipemiantes (≥1 g/dia) de ácido nicotínico (veja ADVERTÊNCIAS E
- Colchicina: houve relatos de miopatia e rabdomiólise com a administração concomitante de colchicina e
sinvastatina em pacientes com insuficiência renal. Aconselha-se o monitoramento de pacientes que tomam esta
combinação.
Modelo de bula – Profissional
Sinvastatina 20 mg e 40 mg
Outras interações
O suco de grapefruit contém um ou mais componentes que inibem o CYP3A4 e podem aumentar os níveis
plasmáticos de medicamentos metabolizados por este sistema enzimático. O efeito do consumo típico (um copo de
250 mL diariamente) é mínimo (aumento de 13% nos níveis plasmáticos da atividade inibitória da HMG-CoA
redutase, conforme medido pela área sob a curva de concentração-tempo) e sem importância clínica. Entretanto, uma
vez que quantidades muito grandes aumentam significativamente os níveis plasmáticos da atividade inibitória da
HMG-CoA redutase o suco de grapefruit deve ser evitado (veja ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES,
- Derivados cumarínicos: em dois estudos clínicos, um que envolveu voluntários normais e outro, pacientes
hipercolesterolêmicos, a sinvastatina, na dose 20-40 mg/dia, potencializou discretamente o efeito de anticoagulantes
cumarínicos: o tempo de protrombina, expresso como INR (Razão Internacional Normalizada), aumentou em relação
aos valores do período basal de 1,7 para 1,8 e de 2,6 para 3,4 nos estudos com voluntários e pacientes,
respectivamente. O tempo de protrombina dos pacientes que estejam tomando anticoagulantes cumarínicos deve ser
determinado antes de se iniciar o tratamento com a sinvastatina e sempre que necessário durante a fase inicial do
tratamento, para assegurar que não ocorra nenhuma alteração significativa. Uma vez estabilizado, o tempo de
protrombina poderá ser monitorizado com a periodicidade usualmente recomendada para pacientes em tratamento
com anticoagulantes cumarínicos. O mesmo procedimento deve ser repetido em caso de modificação da dose ou de
descontinuação da sinvastatina. O tratamento com a sinvastatina não foi associado a sangramento ou alterações do
tempo de protrombina em pacientes que não estavam utilizando anticoagulantes.
Conservar em temperatura ambiente (entre 15 e 30°C). Prazo de validade: 24 meses após a data de fabricação
impressa na embalagem.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Aparência:
Comprimidos revestidos com formato oval de coloração pêssego, gravados com “SST” em uma das faces e “20” na
outra face.
Comprimidos revestidos com formato oval, de coloração rosa, gravados com “SST” em uma das faces e “40” na
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Este medicamento não deve ser partido ou mastigado.
A variação posológica de sinvastatina é de 5-80 mg/dia, administrados em dose única, à noite. Ajustes posológicos,
se necessários, devem ser feitos a intervalos não inferiores a 4 semanas, até o máximo de 80 mg/dia, administrados
em dose única, à noite.
A dose de 80 mg é recomendada apenas em pacientes com alto risco de complicações cardiovasculares que não
tenham atingido as metas de tratamento com doses menores e nos casos em que se espera que os benefícios superem
os riscos potenciais (veja ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES, Miopatia/Rabdomiólise).
Pacientes sob alto risco de doença coronariana ou com doença coronariana
A dose inicial usual de sinvastatina é de 40 mg/dia, administrada em dose única, à noite, para os pacientes sob alto
risco de doença coronariana (com ou sem hiperlipidemia), isto é, pacientes com diabetes, histórico de AVC ou de
outra doença vascular cerebral, doença vascular periférica ou doença coronariana. O tratamento pode ser iniciado
simultaneamente à dieta e aos exercícios.
Pacientes com hiperlipidemia (não incluídos nas categorias de risco já descritas)
O paciente deve iniciar dieta-padrão redutora de colesterol antes de receber sinvastatina, a qual deverá ser mantida
durante o tratamento com sinvastatina.
A dose inicial usual é de 20 mg/dia, administrada em dose única, à noite. Pacientes que necessitem de redução mais
acentuada do LDL-C (mais de 45%) podem iniciar o tratamento com a dose de 40 mg/dia, administrada em dose
única, à noite. Pacientes com hipercolesterolemia leve a moderada podem iniciar o tratamento com a dose de 10 mg
de sinvastatina. Ajustes posológicos, se necessários, devem ser feitos conforme especificado acima.
Modelo de bula – Profissional
Sinvastatina 20 mg e 40 mg
Pacientes com hipercolesterolemia familiar homozigótica
Com base nos resultados de um estudo clínico controlado, a posologia recomendada para pacientes com
hipercolesterolemia familiar homozigótica é de 40 mg/dia, à noite. A dose de 80 mg é recomendada apenas quando se
espera que os benefícios superem os riscos potenciais (veja CONTRAINDICAÇÕES; ADVERTÊNCIAS E
PRECAUÇÕES, Miopatia/Rabdomiólise). Para esses pacientes, sinvastatina deve ser adjuvante de outros tratamentos
hipolipemiantes (por exemplo, aférese de LDL) ou deve ser utilizado quando tais tratamentos não estiverem
disponíveis (veja CONTRAINDICAÇÕES, ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES, Miopatia/Rabdomiólise;
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS).
Terapia concomitante
A sinvastatina é eficaz isoladamente ou em combinação com os sequestrantes de ácidos biliares.
Se a sinvastatina for utilizada concomitantemente com fibratos diferentes de genfibrozila (veja
CONTRAINDICAÇÕES) ou fenofibrato, a dose de sinvastatina não deve ser maior do que 10 mg/dia. Se a
sinvastatina for utilizada concomitantemente com amiodarona, verapamil ou diltiazem a dose de sinvastatina não
deve ser maior do que 20 mg/dia. Em pacientes tomando anlodipino concomitantemente com sinvastatina, a dose de
sinvastatina não deve exceder 40 mg/dia (veja ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES, Miopatia/Rabdomiólise;
Posologia na insuficiência renal
Uma vez que a excreção renal de sinvastatina não é significativa, não devem ser necessárias modificações
posológicas para pacientes com insuficiência renal moderada.
Para pacientes com insuficiência renal grave (depuração plasmática de creatinina < 30 mL/min), deve-se avaliar
cuidadosamente o uso de doses maiores do que 10 mg/dia; se forem extremamente necessárias, deverão ser
administradas com cautela (veja CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS).
A sinvastatina é geralmente bem tolerada; a maioria das experiências adversas foi de natureza leve e transitória.
Menos de 2% dos pacientes foram descontinuados dos estudos clínicos controlados por causa de reações adversas
atribuíveis a sinvastatina.
As frequências dos seguintes eventos adversos, que foram relatados durante os estudos clínicos e/ou uso pós-
comercialização, são categorizadas com base em uma avaliação de suas taxas de incidência nos amplos estudos
clínicos, prolongados, controlados com placebo incluindo os estudos HPS e 4S com 20.536 e 4.444 pacientes,
respectivamente (veja RESULTADOS DE EFICÁCIA). Para o HPS, foram registrados apenas os eventos adversos
graves bem como mialgia, aumento de transaminases séricas e CK. Para o 4S, foram registrados todos os eventos
adversos listados abaixo. Se as taxas de incidência para sinvastatina fossem menores ou similares às do placebo
nestes estudos, e houvesse eventos de relato espontâneo razoavelmente com relação causal similar, esses eventos
adversos seriam categorizados como “raros”.
No estudo HPS (veja RESULTADOS DE EFICÁCIA) envolvendo 20.536 pacientes tratados com 40 mg/dia de
sinvastatina (n = 10.269) ou placebo (n = 10.267), os perfis de segurança foram comparáveis entre os pacientes
tratados com sinvastatina e os pacientes que receberam placebo durante uma média de 5 anos de estudo. Neste mega
estudo, apenas os eventos adversos graves e as descontinuações por qualquer evento adverso foram registrados. As
frequências de descontinuação por eventos adversos foram comparáveis (4,8% em pacientes tratados com
sinvastatina em comparação com 5,1% em pacientes que receberam placebo). A incidência de miopatia foi < 0,1%
em pacientes tratados com sinvastatina. Níveis elevados de transaminases (> 3X LSN confirmados por um novo
teste) ocorreram em 0,21% (n = 21) dos pacientes tratados com sinvastatina em comparação com 0,09% (n = 9) dos
pacientes que receberam placebo.
No estudo 4S (veja RESULTADOS DE EFICÁCIA) envolvendo 4.444 pacientes que receberam 20-40 mg/dia de
sinvastatina (n = 2.221) ou placebo (n = 2.223), os perfis de segurança e tolerabilidade foram comparáveis entre os
grupos de tratamento durante a mediana de 5,4 anos do estudo.
As frequências de eventos adversos são classificadas de acordo com as seguintes categorias: Muito comum (> 1/10),
Comum (> 1/100, < 1/10), Incomum (> 1/1000, < 1/100), Raro (> 1/10.000, < 1/1000), Muito Raro (< 1/10.000),
Desconhecido (não puderam ser estimados a partir dos dados disponíveis).
Investigações:
Raro: aumentos de transaminases séricas (alanina aminotransferase, aspartato aminotransferase, γ-glutamil
transpeptidase) (veja ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES, Efeitos hepáticos), níveis elevados de fosfatase alcalina;
aumento dos níveis séricos de CK (veja ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES).
Desconhecido: aumento dos níveis de HbA1c e glicemia de jejum têm sido relatados com estatinas, incluindo
sinvastatina.
Distúrbios do sangue e do sistema linfático:
Raro: anemia.
Distúrbios do sistema nervoso:
Raro: cefaleia, parestesia, tontura, neuropatia periférica.
Modelo de bula – Profissional
Sinvastatina 20 mg e 40 mg
Muito raro: perda de memória.
Distúrbios respiratórios, torácicos e do mediastino:
Desconhecido: doença pulmonar intersticial.
Distúrbios gastrintestinais:
Raro: constipação, dor abdominal, flatulência, dispepsia, diarreia, náusea, vômito, pancreatite.
Distúrbios da pele e do tecido subcutâneo:
Raro: erupção cutânea, prurido, alopecia.
Distúrbios musculoesqueléticos e do tecido conjuntivo:
Raro: miopatia*, rabdomiólise (veja ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES), mialgia, cãibras musculares.
*Em um estudo clínico, a miopatia ocorreu comumente em pacientes tratados com a sinvastatina 80 mg/dia em
comparação com pacientes tratados com 20 mg/dia (1,0 % versus 0,02 %, respectivamente).
Distúrbios do sistema reprodutivo e da mama:
Desconhecido: disfunção erétil.
Distúrbios gerais e condições no local de administração:
Raro: astenia.
Distúrbios hepatobiliares:
Raro: hepatite/icterícia;
Muito raro: insuficiência hepática fatal e não fatal.
Distúrbios psiquiátricos:
Muito raro: insônia;
Desconhecido: depressão.
Uma síndrome aparente de hipersensibilidade tem sido relatada raramente com o uso da sinvastatina, a qual incluiu
algumas das características a seguir: angioedema, síndrome semelhante a lúpus, polimialgia reumática,
dermatomiosite, vasculite, trombocitopenia, eosinofilia, velocidade de sedimentação eritrocitária (VHS) aumentada,
artrite, artralgia, urticária, fotossensibilidade, febre, rubor, dispneia e mal-estar.
Houve raros relatos pós-comercialização de disfunção cognitiva (por exemplo, perda de memória, esquecimento,
amnésia, deterioração da memória, confusão) associados com o uso de estatinas. Estes problemas cognitivos têm sido
relatados para todas as estatinas. Os relatos geralmente não são graves e são reversíveis com a descontinuação da
estatina, com tempos variáveis para o início dos sintomas (de 1 dia a anos) e resolução dos sintomas (mediana de 3
semanas).
Houve relatos muito raros de miopatia necrotizante imunomediada (IMNM), uma miopatia autoimune, associada com
o uso de estatina. IMNM é caracterizada por: fraqueza muscular proximal e creatina quinase sérica elevada, que
persistem mesmo com a descontinuação do tratamento com estatina; biópsia muscular mostrando miopatia
necrotizante sem inflamação significativa; melhoria com agentes imunossupressores (veja ADVERTÊNCIAS E
PRECAUÇÕES, Miopatia/Rabdomiólise).
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária - NOTIVISA,
disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou
Municipal.