Bula do Solução p/ Diálise Peritoneal produzido pelo laboratorio Fresenius Kabi Brasil Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
Diálise Peritoneal 1,5% BU 04 – atualização RDC 47 21.12.10
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SOLUÇÃO PARA DIÁLISE PERITONEAL 1,5%
Forma farmacêutica: Solução para diálise
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SOLUÇÃO PARA DIÁLISE PERITONEAL
glicose + lactato de sódio + cloreto de sódio + associação
Forma farmacêutica e apresentações:
Solução para diálise
15 mg/mL (1,5%)
Caixa contendo 1 frasco plástico de 1000 mL.
USO INTRAPERITONIAL
USO ADULTO E PEDIÁTRICO
COMPOSIÇÃO:
Cada 100 mL contém:
glicose........................................................ 1,500 g (1,5%)
lactato de sódio......................................... 0,500 g (0,5%)
cloreto de sódio......................................... 0,560 g (0,56%)
cloreto de cálcio diidratado ....................... 0,026 g (0,026%)
cloreto de magnésio hexaidratado............ 0,015 g (0,015%)
água para injeção q.s.p. 100 mL
Excipiente: água para injeção.
Conteúdo eletrolítico:
Na+
............................................................. 140 mEq/L
Ca++
............................................................. 3,5 mEq/L
Mg++
............................................................ 1,5 mEq/L
Cl-
............................................................... 101 mEq/L
Lactato ...................................................... 44,6 mEq/L
Osmolaridade teórica 372 mOsm/L
Valor de pH 5,0 a 6,5
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
A Solução para Diálise Peritoneal é indicada na diálise peritoneal e na insuficiência
renal.
Propriedades farmacodinâmicas:
A Solução para Diálise Peritoneal é um composto semelhante ao soro da cavidade
abdominal. Tal solução age depurando o sangue, portanto, a transferência de solutos
e líquidos ocorre por meio do peritônio, que separa dois compartimentos. Um deles é a
cavidade abdominal, onde está contida a Solução para Diálise Peritoneal; o outro é o
capilar peritoneal, no qual se encontra o sangue com excessos de escórias
nitrogenadas, potássio e outras substâncias. Desta forma, por meio de uma membrana
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semipermeável, heterogênea e com múltiplos poros de diferentes tamanhos, a
Solução para Diálise Peritoneal retira as substâncias do sangue continuamente.
Propriedades farmacocinéticas:
A Solução para Diálise Peritoneal é introduzida na cavidade abdominal através de um
cateter, pelo qual permanece por um determinado tempo para que ocorram as trocas
entre a solução e o sangue. De um modo geral, as escórias nitrogenadas e líquidos
passam do sangue para a solução de diálise, a qual é posteriormente drenada da
cavidade peritoneal. Após esta drenagem, uma nova solução é infundida, repetindo
assim o processo dialítico e dando início a um novo ciclo de diálise. Portanto, cada
ciclo de diálise peritoneal possui três fases: infusão, permanência e drenagem. O
número de trocas ou ciclos realizados por dia, assim como o tempo de permanência e
drenagem, dependem da modalidade de diálise peritoneal escolhida de acordo com as
características clínicas de cada paciente.
A Solução para Diálise Peritoneal é contra-indicada em casos de:
- cirurgias abdominais recentes;
- obstrução intestinal;
- peritonites;
- insuficiência respiratória severa;
- ruptura da parede intestinal.
A diálise peritoneal deve ser realizada de forma cuidadosa, principalmente, em
pacientes com rompimento da membrana peritoneal ou diafragma causado por cirurgia
ou trauma, áreas de aderências extensas, distensão intestinal, doença abdominal não
diagnosticada, infecção de parede abdominal, hérnias ou queimaduras, fístula fecal ou
colostomia, ascite tensa, obesidade e rins policísticos. Ao avaliar a diálise peritoneal
como o modo de terapia em tais situações extremas, os benefícios para o paciente
devem ser avaliados em relação às possíveis complicações.
Deve ser mantido um registro preciso do balanço de fluido e um monitoramento do
peso do paciente a fim de evitar o excesso ou a falta de hidratação do paciente, o que
pode levar a consequências graves, incluindo insuficiência cardíaca congestiva,
hipovolemia e choque.
Em pacientes com insuficiência renal aguda, as concentrações de eletrólitos do
plasma devem ser monitoradas periodicamente durante o procedimento. Os pacientes
que realizam diálise peritoneal de manutenção devem fazer uma avaliação periódica
para análise química do sangue e fatores hematológicos, bem como outros
indicadores do estado do paciente. Não deve ser utilizada no tratamento de acidose
láctica.
O potássio foi excluído da solução de diálise peritoneal, pois esse procedimento é
realizado para correção da hipercalemia. A adição de cloreto de potássio pode ser
realizada após avaliação criteriosa das concentrações total e plasmática de potássio e
com o acompanhamento do médico.
Se for necessária a adição de medicamentos e o sítio de aditivação estiver faltando ou
parcialmente removido, não use o produto.
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Depois de retirar o invólucro, aperte firmemente o recipiente para verificar se há
vazamento. Caso haja vazamento, não utilize a solução, pois sua esterilidade pode
estar comprometida.
Técnicas assépticas devem ser utilizadas no durante o procedimento e no seu término,
a fim de reduzir a possibilidade de contaminação.
Caso ocorra peritonite, a escolha do antimicrobiano e da dosagem apropriados deve
ser baseada nos resultados de testes de identificação e sensibilidade do
microrganismo contaminante, se possível. Anteriormente à identificação do
microrgarnismo, é indicado um antimicrobiano de largo espectro.
A solução de diálise peritoneal pode ser aquecida à 37°C para aumentar o conforto do
paciente. No entanto, apnas o aquecimento a seco deve ser utilizado. Fornos de
micro-ondas não devem ser utilizados para aquecer a solução para diálise peritoneal,
pois pode ocorrer algum dano no recipiente da solução. Além disso, o forno de micro-
ondas pode causar um hiperaquecimento ou um aquecimento desuniforme, o que
resulta e dano e desconforto para o paciente.
Perdas substâncias de proteínas, aminoácidos e vitaminas solúveis em água podem
ocorrer durante a diálise peritoneal. A terapia de reposição desses elementos pode ser
necessária.
Não use se houver turvação, depósito ou violação do recipiente.
Uso em idosos, crianças e outros grupos de risco:
Adultos e crianças:
O volume e a velocidade de infusão deverão ser ajustados conforme orientação
médica.
Não há recomendações especiais de administração para estes grupos de pacientes.
Gravidez e lactação:
Não foram realizados estudos em animais e nem em mulheres grávidas.
Categoria C
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação
médica ou do cirurgião dentista.
Idosos
Podem ser necessários um volume e uma velocidade de infusão reduzidos para evitar
a sobrecarga circulatória, especialmente em pacientes com insuficiência cardíaca e
Não são conhecidas até o momento as interações medicamentosas.
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Conservar em temperatura ambiente (15 - 30 ºC). Desde que armazenado sob
condições adequadas, o medicamento tem prazo de validade de 24 meses a partir da
data de fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua
embalagem original.
Após abertura do recipiente, a solução deve ser administrada imediatamente. O
conteúdo não utilizado deve ser descartado.
Características físicas e organolépticas: solução límpida, incolor e isenta de
partículas visíveis.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance de crianças.
Modo de Usar:
Antes da preparação
Verificar se a solução está límpida, incolor e isenta de partículas visíveis, se o frasco
está danificado ou com vazamento da solução, e ainda, se não ultrapassou o prazo de
validade.
Preparação:
A Solução para Diálise Peritoneal é de uso peritoneal e deve ser administrada sob
orientação médica, conforme a necessidade de cada paciente.
Instruções de uso:
Observe a figura abaixo:
Técnica de infusão:
1 – Identifique o ponto de infusão através do tamanho e da seta indicativa no lacre;
2 – Quebre o lacre do ponto de infusão;
3 – Feche a pinça reguladora de fluxo do equipo de infusão;
4 – Segure o frasco e introduza totalmente a ponta perfurante do equipo, utilizando
técnica asséptica;
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5 – Instale o frasco em um suporte de soro e proceda conforme a rotina adotada pelo
serviço
6 – Agite o frasco para misturar o medicamento.
Posologia
A Solução para Diálise Peritoneal deverá ser administrada conforme indicação médica,
uma vez que a dose varia de acordo com a idade, peso e quadro clínico de cada
paciente.
As possíveis reações adversas à diálise peritoneal incluem problemas relacionamento
ao procedimento e à solução, assim como podem ser resultados de contaminação do
equipamento ou falha na introdução do cateter.
Podem ser citadas como reações relacionadas ao procedimento: dor abdominal,
sangramento, peritonite, infecção subcutânea em trono de um cateter utilizado na
diálise peritoneal crônica, entupimento do cateter, dificuldade de remoção do fluido .
As reações adversas relacionada à solução podem incluir: desbalanço de fluídos e
eletrolítico, hipovolemia, hipervolemia, hipertensão, hipotensão, síndrome do
desequilíbrio muscular e cãibras.
Caso a Solução para Diálise Peritoneal não seja utilizada na forma recomendada,
reações adversas podem acontecer como resposta febril, infecção no local de injeção
e reações de hipersensibilidade.
CASO OCORRA ALGUMA REAÇÃO ADVERSA DESCONTINUE A INFUSÃO,
AVALIE O PACIENTE E INSTITUA TERAPIA APROPRIADA. EM CASO DE
SUSPEITA DE REAÇÃO ADVERSA, O MÉDICO RESPONSÁVEL DEVE SER
NOTIFICADO.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em
Vigilância Sanitária – NOTIVISA, disponível em
http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância
Sanitária Estadual ou Municipal.
Em caso de superdose suspender a infusão e comunicar imediatamente o médico.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais
orientações.