Bula do Somavert produzido pelo laboratorio Laboratorios Pfizer Ltda.
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
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SOMAVERT®
pegvisomanto
I - IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
Nome comercial: Somavert®
Nome genérico: pegvisomanto
APRESENTAÇÕES
Somavert® 10 mg ou 15 mg, pó liofilizado injetável, em embalagens contendo 30 frascos-ampola + 30 frascos-
ampola de diluente.
VIA DE ADMINISTRAÇÃO: SUBCUTÂNEA
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO
Cada frasco-ampola de Somavert® 10 mg ou 15 mg contém o equivalente a 10 mg ou 15 mg de pegvisomanto,
respectivamente.
Após a reconstituição de Somavert® 10 mg ou 15 mg, 1 mL da solução contém 10 mg ou 15 mg de
pegvisomanto, respectivamente.
Excipientes: glicina, manitol, fosfato de sódio dibásico (anidro) e fosfato de sódio monobásico (monoidratado).
Cada frasco-ampola de diluente contém 8 mL de água para injetáveis.
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II - INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Somavert® (pegvisomanto) pó liofilizado injetável é indicado para o tratamento da acromegalia em pacientes
que apresentaram resposta inadequada à cirurgia e/ou à radioterapia e para aqueles pacientes cujo tratamento
médico apropriado com análogos da somatostatina não normalizou as concentrações séricas de IGF-I ou não foi
tolerado.
O objetivo do tratamento com Somavert® é normalizar os níveis séricos de IGF-I.
Pacientes acromegálicos (n=112) previamente tratados com cirurgia, radiação, e/ou terapias medicamentosas
participaram de estudo multicêntrico, randomizado, duplo-cego, durante 12 semanas, comparando placebo com
pegvisomanto. Após suspensão do tratamento médico prévio, os 80 pacientes randomizados para o tratamento
com pegvisomanto receberam uma dose de ataque subcutânea, seguida por 10 mg/dia, 15 mg/dia ou 20 mg/dia
por via subcutânea. Estes 3 grupos que receberam pegvisomanto demonstraram reduções estatisticamente
significativas e dose-dependentes nos níveis séricos de IGF-I (p < 0,0001), de IGF-I livre (p < 0,05), de IGFBP-3
(p < 0,05) e de ALS (p < 0,05) em todas as visitas após a visita basal nos grupos de tratamento que receberam
pegvisomanto (vide figura 1 e tabela 1).
SOMAVERT 15 mg/dia (n=24-26)
SOMAVERT 20 mg/dia (n=27-28)
Placebo (n=31)
SOMAVERT 10 mg/dia (n=25-26)
Figura 1 – Efeitos do pegvisomanto em marcadores séricos
(média erro padrão)
Semanas Semanas
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Tabela 1 – Alteração média percentual de IGF-I do basal até a semana 12 para população avaliada por
intenção de tratamento
Somavert® Placebo
n=3110 mg/dia
n=26
15 mg/dia
20 mg/dia
n=28
Alteração média percentual a
partir da basal em IGF-I (SD)
-27 (28) -48 (26) -63 (21) -4,0 (17)
Somavert® menos placebo
(95% IC na diferença de
tratamento)
-23*
(-35, -11)
-44*
(-56, -33)
-59*
(-68, -49)
*P<0,01
O nível sérico de IGF-I foi normalizado no final do estudo (semana 12) em 10%, 39%, 75% e 82% dos
indivíduos tratados com placebo, Somavert® (pegvisomanto) 10 mg/dia, 15 mg/dia ou 20 mg/dia,
respectivamente (vide figura 2).
Diferenças estatisticamente significantes em relação ao placebo (p < 0,05) foram observadas quanto a melhora da
pontuação total no escore de sinais e sintomas para todos os grupos de dose comparados ao placebo.
A tabela 2 mostra os efeitos do tratamento com Somavert® no tamanho do anel (tamanho padrão de joalheiro
convertido para um escore numérico variando de 1 a 63) e em ambos os escores total e individual para sinais e
sintomas de acromegalia. Cada escore individual foi baseado em uma escala ordinal de nove pontos (0=ausente e
8=grave e incapacitante) e o escore total foi derivado da soma dos escores individuais. Os escores basais médios
foram os seguintes: tamanho do anel=47,1; sinais e sintomas totais=15,2; edema de tecidos moles=2,5;
artralgia=3,2; cefaleia=2,4; transpiração=3,3 e fadiga =3,7.
Figura 2 – Porcentagem de pacientes cujos níveis de IGF-I
normalizaram após 12 semanas
10 mg/dia 15 mg/dia 20 mg/dia
Pacientes(%)
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Tabela 2 – Alteração média percentual, a partir do basal (SD) até a semana 12, para o tamanho do anel e
sinais e sintomas de acromegalia
n=3010 mg/dia
n=24-25
n=26-27
Tamanho do Anel -0,8 (1,6) -1,9 (2,0) -2,5 (3,3) -0,1 (2,3)
Escore total para sinais e
sintomas de acromegalia
-2,5 (4,3) -4,4 (5,9) -4,7 (4,7) 1,3 (6,0)
Edema de tecidos moles -0,7 (1,6) -1,2 (2,3) -1,3 (1,3) 0,3 (2,3)
Artralgia -0,3 (1,8) -0,5 (2,5) -0,4 (2,1) 0,1 (1,8)
Cefaleia -0,4 (1,6) -0,3 (1,4) -0,3 (2,0) 0,1 (1,7)
Transpiração -0,6 (1,6) -1,1 (1,3) -1,7 (1,6) 0,1 (1,7)
Fadiga -0,5 (1,4) -1,3 (1,7) -1,0 (1,6) 0,7 (0,5)
Quando pacientes com acromegalia receberam uma dose de ataque de Somavert® seguida por uma dose fixa
diária, a elevação do hormônio do crescimento foi inversamente proporcional à queda em IGF-I e geralmente
estabilizou na semana 2. As concentrações séricas do hormônio do crescimento (GH) também permaneceram
estáveis em pacientes tratados com Somavert® por até 18 meses (vide figura 3).
Foi realizado estudo de coorte aberto, de longa duração, com 38 pacientes acromegálicos, durante pelo menos 12
meses consecutivos de administração diária de pegvisomanto (média = 55 semanas) e titulação da dose. A
concentração média de IGF-I neste estudo caiu de 917 ng/mL (± 356) para 299 ng/mL (± 134) no grupo tratado
com pegvisomanto, com 92% atingindo uma concentração normal de IGF-I (ajustada para a idade).
Propriedades Farmacodinâmicas
O pegvisomanto é produzido em E. Coli por tecnologia de DNA recombinante. É uma proteína contendo 191
resíduos de aminoácidos para os quais vários polímeros de polietilenoglicol (PEG) estão covalentemente ligados
(predominantemente 4 a 6 PEG/molécula de proteína). O pegvisomanto é um análogo do hormônio de
crescimento humano (GH) geneticamente modificado para agir como antagonista do receptor do hormônio de
crescimento.
GHAlteraçãodobasal(%)
Sm Sm Sm Sm Sm
IGF-IAlteraçãodobasal(%)
Figura 3 – Alteração percentual nas concentrações séricas do
hormônio de crescimento e IGF-I (Sm= semana)
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O pegvisomanto liga-se seletivamente aos receptores do hormônio de crescimento na superfície das células,
bloqueando a ligação do hormônio de crescimento endógeno, interferindo, dessa forma, na transdução do sinal
intracelular do hormônio de crescimento. O pegvisomanto é altamente seletivo para o receptor de GH, e não
apresenta reação cruzada com outros receptores de citocina, incluindo a prolactina. A inibição da ação do
hormônio de crescimento pelo pegvisomanto leva à redução das concentrações séricas do fator do crescimento
semelhante à insulina-I (IGF-I), bem como das outras proteínas séricas responsivas ao hormônio de crescimento,
como o IGF-I livre, a subunidade ácido-lábil do IGF-I (ALS) e a proteína de ligação do fator de crescimento
semelhante à insulina-3 (IGFBP-3).
Propriedades Farmacocinéticas
Absorção: a absorção do pegvisomanto após administração subcutânea é lenta e prolongada e, em geral,
concentrações séricas máximas de pegvisomanto são atingidas em 33-77 horas após a administração. O nível
médio de absorção de uma dose subcutânea de 20 mg foi de 57% em relação a uma dose intravenosa de 10 mg.
Distribuição: o volume aparente médio de distribuição do pegvisomanto é de 7L (com coeficiente de variação de
12%), o que sugere que o pegvisomanto não seja extensivamente distribuído entre os tecidos. Após
administração subcutânea única, a exposição ao pegvisomanto (Cmax, AUC) aumenta desproporcionalmente
com o aumento da dose. As concentrações sanguíneas médias (± SEM) de pegvisomanto após 12 semanas de
tratamento com doses diárias de 10, 15 e 20 mg foram de, respectivamente, 6600 ± 1330; 16000 ± 2200; e 27000
± 3100 ng/ml.
A média do clearance sistêmico corporal total após doses múltiplas é estimada como sendo de 28 mL/h para
doses subcutâneas, variando de 10 mg/dia a 20 mg/dia. O clearance renal do pegvisomanto é desprezível
correspondendo a menos de 1% do clearance corporal total. O pegvisomanto é lentamente eliminado do soro,
com estimativas médias de meia-vida variando geralmente de 74 a 172 horas após doses únicas ou múltiplas. O
metabolismo deste fármaco não foi estudado.
Figura 4 – os resíduos marcados indicam sítios de ligação PEG (Phe1,
Lys38, Lys41, Lys70, Lys115, Lys120, Lys140, Lys145, Lys158)
Sequência de aminoácidos da proteína pegvisomanto
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A farmacocinética do pegvisomanto é semelhante em voluntários saudáveis normais e em pacientes com
acromegalia, apesar de indivíduos com maior massa corpórea terem a tendência a apresentar clearance corporal
total maior do que indivíduos com menor massa corpórea. Por este motivo, pode ser necessário administrar doses
maiores de pegvisomanto nestes indivíduos.
Metabolismo e eliminação: a molécula de pegvisomanto contém ligações covalentes a polímeros de
polietilenoglicol, o que torna a velocidade de clearance reduzida. O clearance de pegvisomanto observado após
doses múltiplas é mais baixo do que o observado após uma única dose. O clearance sistêmico corporal médio de
pegvisomanto após doses múltiplas subcutâneas de 10 a 20 mg/dia varia de 36 a 28 ml/h respectivamente. O
clearance de pegvisomanto costuma aumentar de acordo com o peso corporal. O pegvisomanto é eliminado do
soro sanguíneo com uma meia-vida de aproximadamente 6 dias, tanto após dose única como doses múltiplas.
Menos de 1% da dose administrada é recuperada na urina após 96 horas. A rota de eliminação do pegvisomanto
não foi estudada em humanos.
Populações especiais:
Renal: nenhum estudo farmacocinético foi conduzido em pacientes com insuficiência renal.
Hepático: nenhum estudo farmacocinético foi conduzido em pacientes com insuficiência hepática.
Geriátrico: nenhum estudo farmacocinético foi conduzido em pacientes idosos.
Pediátrico: nenhum estudo farmacocinético foi conduzido em pacientes pediátricos.
Gênero: nenhum efeito farmacocinético relacionado ao gênero (sexo masculino ou feminino) dos pacientes foi
observado durante a análise farmacocinética de uma população.
Etnia: efeitos farmacocinéticos do pegvisomanto relacionados à etnia não foram estudados.
Dados de Segurança Pré-Clínicos
Os dados pré-clínicos não revelaram riscos especiais para humanos com base nos estudos convencionais de
toxicidade de dose repetida em ratos e macacos e de potencial carcinogênico em ratos. No entanto, devido à
resposta farmacológica acentuada em macacos, não foram estudadas exposições sistêmicas mais elevadas do que
aquelas atingidas em pacientes nas doses terapêuticas. Com exceção de um teste em coelhos, nenhum outro
estudo de toxicidade reprodutiva foi conduzido.
Somavert® é contraindicado a pacientes com hipersensibilidade ao princípio ativo ou a qualquer componente da
fórmula.
Somavert® só deve ser administrado por via subcutânea.
Os tumores hipofisários secretores de hormônio de crescimento algumas vezes podem se expandir causando
sérias complicações (por exemplo, defeitos de campo visual). O tratamento com Somavert® não reduz o tamanho
do tumor na hipófise. Todos os pacientes que apresentarem esses tumores devem ser monitorados rigorosamente
a fim de evitar qualquer progressão eventual do tamanho do tumor durante o tratamento.
Somavert® é um antagonista potente da ação do hormônio de crescimento. Os pacientes devem ser monitorados
quanto a sinais e sintomas de deficiência do hormônio do crescimento relativa, pois pode ocorrer um estado de
deficiência funcional deste hormônio decorrente da administração de Somavert®, apesar da presença de níveis
séricos elevados de hormônio de crescimento.
Somavert® produz uma reação cruzada com os testes disponíveis no mercado para dosagem dos níveis séricos de
hormônio do crescimento, resultando em níveis séricos superestimados deste hormônio. Além disso, o próprio
tratamento com Somavert® produz elevação nos níveis de hormônio do crescimento. Desta maneira, os níveis
séricos de hormônio do crescimento não devem ser utilizados para avaliar o tratamento com Somavert®. Em
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contrapartida, as concentrações séricas de IGF-I devem ser monitoradas e mantidas dentro do intervalo normal
ajustado para a idade.
Antes de iniciar o tratamento com Somavert® deve-se avaliar os níveis séricos basais de alanina
aminotransferase (ALT) e aspartato transaminase (AST), e após o início do tratamento, a cada 4 a 6 semanas, nos
primeiros 6 meses de terapia. Deste ponto em diante, a avaliação deve ser realizada periodicamente ou a qualquer
momento, caso o paciente apresente sintomas sugestivos de hepatite. Evidências de obstrução do trato biliar
devem ser consideradas em pacientes com elevação nos níveis de ALT e AST ou em pacientes com história
prévia de tratamento com análogo da somatostatina.
O tratamento com Somavert® não deve ser iniciado ou continuado caso o paciente apresente sinais de doenças
no fígado, a menos que uma detalhada avaliação hepática seja realizada.
A tabela 3 lista as recomendações relacionadas ao início do tratamento com Somavert® baseando-se nos
resultados destes testes hepáticos.
Tabela 3. Início do tratamento com Somavert® baseado nos resultados de testes hepáticos
Níveis Basais de Teste Hepáticos Recomendações
Normal Pode ser tratado com Somavert®. Monitorar os testes
hepáticos mensalmente durante os 6 primeiros meses de
tratamento, e a cada 3 meses durante os 6 meses seguintes,
então 2 vezes ao ano no ano seguinte.
Elevado, porém menor ou igual a 3 vezes
o LSN (limite superior da normalidade)
Pode ser tratado com Somavert®. Entretanto, testes
hepáticos devem ser realizados mensalmente por pelo
menos 1 ano após o inicio do tratamento e então 2 vezes ao
ano no ano seguinte.
Maior que 3 vezes o LSN Não tratar com Somavert® até que uma avaliação
abrangente estabeleça a causa da disfunção hepática do
paciente. Determinar se há presença de colelitíase ou
coledocolitíase, particularmente em pacientes com
tratamento prévio com análogos da somatostatina. Baseado
na avaliação, considerar o início do tratamento com
Somavert®. Se optar pelo tratamento, testes hepáticos e
sintomas clínicos devem ser monitorados regularmente.
Se um paciente desenvolve elevações de testes hepáticos, ou qualquer outro sinal ou sintoma de disfunção
hepática enquanto receber Somavert® é recomendado o seguinte gerenciamento do paciente (vide tabela 4):
Tabela 4. Continuação do tratamento com Somavert® baseado nos resultados de testes hepáticos
Níveis dos Testes Hepáticos e
Sinais/Sintomas Clínicos
Recomendações
Maior ou igual a 3, porém menor que 5
vezes o LSN (sem sinais/sintomas de
hepatite, outra doença hepática ou
aumento da concentração de bilirrubina
sérica total - TBIL)
Tratamento com Somavert® pode ser continuado.
Entretanto, deve-se monitorar semanalmente os testes
hepáticos para determinar se houve outros aumentos (veja
abaixo). Além disso, realizar uma avaliação hepática
abrangente para discernir se há uma causa alternativa de
disfunção hepática.
Pelo menos 5 vezes o LSN ou elevação
das transaminases de pelo menos 3 vezes o
LSN associado com qualquer aumento na
concentração total de bilirrubina no
plasma (com ou sem sinais/sintomas de
hepatite ou outra doença hepática)
Descontinuar Somavert® imediatamente. Realizar
avaliação hepática abrangente, incluindo testes hepáticos
para determinar quando e se os níveis séricos retornaram ao
normal. Se os testes hepáticos normalizarem (sem
considerar a descoberta de uma causa alternativa de
disfunção hepática), deve-se ter cautela no reinício do
tratamento com Somavert®, com monitoramento frequente
dos testes hepáticos.
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Sinais ou sintomas sugestivos de hepatite
ou outra doença hepática (por ex.:
icterícia, fadiga, náusea, vômito, dor no
quadrante superior direito, ascite, edema
inexplicável e predisposição para
hematomas)
Realizar imediatamente avaliação hepática exaustiva. Se
for confirmada doença hepática, Somavert® deve ser
descontinuado.
Durante o tratamento com Somavert®, pode haver a necessidade de redução das doses de insulina ou
hipoglicemiantes orais em pacientes sob terapia antidiabética, porque o pegvisomanto aumenta a sensibilidade à
insulina e a tolerância à glicose. (vide item 6. Interações Medicamentosas).
Atenção: Somavert® contém açúcar, portanto, deve ser usado com cautela em diabéticos.
Uso durante a Gravidez
Estudos de reprodução realizados em coelhos revelaram não haver evidências de efeitos teratogênicos em doses
de Somavert® até dez vezes maiores do que a dose recomendada para humanos.
Os estudos em animais são insuficientes em relação aos efeitos sobre a gravidez, desenvolvimento
embrionário/fetal, parto ou desenvolvimento pós-natal (vide item 3. Características Farmacológicas - Dados de
Segurança Pré-Clínicos).
Não existem dados disponíveis para o uso de Somavert® em mulheres grávidas.
Somavert® só deve ser utilizado durante a gravidez se o benefício justificar o risco potencial ao feto.
Somavert® é um medicamento classificado na categoria B de risco de gravidez. Portanto, Somavert® não
deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Uso durante a Lactação
Não se sabe se o pegvisomanto é excretado no leite materno humano. Como vários medicamentos são excretados
no leite materno, a administração de Somavert® em mulheres que estejam amamentando deve ser considerada
com cautela.
Efeitos na Habilidade de Dirigir e Operar Máquinas
Não foram conduzidos estudos sobre os efeitos de Somavert® sobre a habilidade de conduzir veículos ou operar
máquinas.
USO EM IDOSOS, CRIANÇAS E OUTROS GRUPOS DE RISCO
Não foi realizado estudo de interação. Deve-se considerar se o tratamento com análogos da somatostatina deve
ser mantido. O uso de Somavert® em combinação com outros medicamentos para o tratamento da acromegalia
não foi extensivamente investigado.
Os pacientes que estiverem recebendo insulina ou hipoglicemiantes orais podem necessitar de redução na dose
dessas substâncias ativas devido ao efeito do pegvisomanto sobre a sensibilidade à insulina (vide item 5.
Advertências e Precauções).
Somavert® apresenta estrutura significativamente semelhante a do hormônio de crescimento, causando assim
reação cruzada com os testes de hormônio de crescimento comercialmente disponíveis. Como as concentrações
séricas das doses terapêuticas eficazes de Somavert® são em geral 100 a 1.000 vezes maiores do que as
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concentrações séricas reais do hormônio de crescimento observadas em pacientes acromegálicos, a determinação
das concentrações séricas de hormônio de crescimento apresentarão resultados falsos nos ensaios de hormônio de
crescimento comercialmente disponíveis. Portanto, o tratamento com Somavert® não deve ser monitorado ou
ajustado com base nas concentrações séricas de hormônio de crescimento relatadas por estes ensaios.
Somavert® deve ser armazenado sob refrigeração (entre 2 e 8°C) e pode ser utilizado por 36 meses a partir da
data de fabricação.
Não congelar. Manter o frasco dentro da embalagem original a fim de mantê-lo protegido da luz.
Utilizar Somavert® imediatamente após a reconstituição. Caso não seja possível, a solução reconstituída pode ser
mantida em temperatura ambiente (entre 15 e 25°C) na seringa ou no frasco, porém deve ser utilizada dentro de,
no máximo, 6 horas. Caso não seja utilizada neste período, a solução deve ser descartada.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Características físicas e organolépticas do produto: massa branca a esbranquiçada. Após reconstituição: líquido
incolor, a amarelo-esverdeado, transparente a levemente opalescente, sem partículas visíveis. Somavert® possui
odor característico.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Instruções para Uso
Somavert® deve ser utilizado por via subcutânea.
O diluente que acompanha Somavert® contém 8 mL de água para injetáveis, porém somente 1 mL é necessário
para a diluição do medicamento. O restante deve ser descartado.
Para reconstituir Somavert®, injete 1 ml do diluente (água estéril para injeção) que se encontra na mesma
embalagem de Somavert®, no frasco que contém o pó liofilizado, direcionando o jato da água contra a parede do
frasco. Segure o frasco entre as palmas das mãos e gire o frasco suavemente para dissolver o pó. Não agite
vigorosamente o frasco, pois pode ocorrer a desnaturação da substância ativa pegvisomanto.
Após a reconstituição, cada frasco de Somavert conterá 10 ou 15 mg de pegvisomanto em 1 ml de solução. A
solução deve ser límpida após a reconstituição. Se a solução estiver turva ou contiver material particulado, o
produto não deve ser utilizado. Apenas uma dose deve ser administrada por frasco e a solução deve ser
administrada logo após a reconstituição.
Apenas para uso único. Descartar devidamente qualquer produto não utilizado.
Para mais informações, vide “Folheto de Instruções” que acompanha a embalagem do produto.
POSOLOGIA
Administração
Somavert® deve ser utilizado uma vez ao dia por via subcutânea.
Para os diferentes esquemas posológicos encontram-se disponíveis as seguintes apresentações: Somavert® 10 mg
e Somavert® 15 mg.
Somavert® 10 mg ou 15 mg contém 10 mg ou 15 mg de pegvisomanto em 1 mL da solução reconstituída,
respectivamente.
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O tratamento deve ser iniciado sob supervisão de um médico especializado no tratamento da acromegalia.
Os níveis séricos de IGF-I devem ser determinados antes do início da terapia.
Deve-se administrar uma dose de ataque de 80 mg de pegvisomanto por via subcutânea sob supervisão médica.
Após esta dose inicial, Somavert® 10 mg reconstituído em 1 mL de diluente deve ser administrado uma vez por
dia por via subcutânea. O local da administração deve ser revezado diariamente a fim de evitar lipo-hipertrofia.
Os ajustes de dose devem ser feitos com base nos níveis séricos de IGF-I. As concentrações séricas de IGF-I
devem ser medidas a cada 4 a 6 semanas e ajustes de dose apropriados devem ser feitos aumentando-se 5 mg/dia
a fim de manter a concentração sérica de IGF-I dentro do intervalo normal ajustado para a idade e aliviar os
sinais e sintomas da acromegalia.
A dose máxima não deve ser superior a 30 mg/dia.
Uso em Idosos
Não é necessário ajuste de doses em idosos.
Uso em Crianças
A segurança e a eficácia de Somavert® em crianças ainda não foram estabelecidas.
Uso em Pacientes com Insuficiência Hepática ou Renal
A segurança e a eficácia de Somavert® em pacientes com insuficiência renal ou hepática ainda não foram
estabelecidas.
Uso em Pacientes Diabéticos
A sensibilidade à insulina pode aumentar após o início do tratamento com Somavert®. O risco de hipoglicemia
foi observado em alguns pacientes diabéticos tratados com insulina ou com hipoglicemiantes orais durante o
tratamento com Somavert®. Portanto, em pacientes com diabetes mellitus, pode ser necessário reduzir a dose da
insulina ou do hipoglicemiante oral (vide itens 5. Advertências e Precauções e 6. Interações Medicamentosas).
Dose Omitida
Caso o paciente esqueça de aplicar Somavert® no horário estabelecido, o paciente deve desconsiderar a dose
esquecida e aplicar a próxima, continuando normalmente o esquema de doses recomendado pelo médico. Neste
caso, o paciente não deve aplicar o medicamento duas vezes para compensar doses esquecidas.
Estudos clínicos:
Em um estudo clínico placebo-controlado, os eventos descritos a seguir foram reportados em pelo menos 2
pacientes e em uma frequência maior em pacientes tratados com Somavert® do que naqueles pacientes tratados
com placebo.
Reações adversas:
Gerais/condições do local da administração: dor, reação no local da injeção (incluindo hipersensibilidade no
local da injeção), dor no peito, edema periférico, hipertrofia no local da injeção (exemplo: lipo-hipertrofia).
Sistema vascular: hipertensão.
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Infecções e infestações: gripe, infecção e sinusite.
Dano, envenenamento e complicações de procedimento: ferimento.
Tecido conjuntivo e músculo-esquelético: dor nas costas.
Sistema gastrintestinal: náusea, diarreia.
Testes laboratoriais: testes anormais das funções do fígado.
Sistema nervoso: tontura, parestesia.
O desenvolvimento de anticorpos anti-hormônio de crescimento isolados com baixa titulação foi observado em
16,9% dos pacientes tratados com Somavert®. O significado clínico destes anticorpos é desconhecido.
Período pós-comercialização:
As seguintes reações adversas foram identificadas durante o período pós-aprovação de Somavert®. Essas reações
são relatos voluntários de uma população de tamanho incerto, por isso, não é possível estimar sua frequência de
forma confiável.
Sistema imune: reações de hipersensibilidade sistêmica incluindo reações anafilactoides/anafiláticas,
laringoespasmo, angioedema, reações generalizadas da pele (rash, eritema, prurido, urticária). Alguns pacientes
necessitaram de hospitalização. Sobre re-administração, os sintomas não voltaram a ocorrer em todos os
pacientes.
Atenção: este produto é um medicamento novo e, embora as pesquisas tenham indicado eficácia e
segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado corretamente, podem ocorrer eventos adversos
imprevisíveis ou desconhecidos. Nesse caso, notifique os eventos adversos pelo Sistema de Notificações em
Vigilância Sanitária - NOTIVISA, disponível em http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou
para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.