Bula do Starlix para o Profissional

Bula do Starlix produzido pelo laboratorio Novartis Biociencias S.a
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

O conteúdo abaixo foi extraído automaticamente da bula original disponibilizada no portal da ANVISA.

Bula do Starlix
Novartis Biociencias S.a - Profissional

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BULA COMPLETA DO STARLIX PARA O PROFISSIONAL

Starlix

(nateglinida)

Novartis Biociências SA

comprimidos revestidos

120 mg

VPS5 = Starlix_Bula_Profissional 1

STARLIX®

nateglinida

APRESENTAÇÕES

Comprimidos revestidos.

Embalagens com 24, 48 ou 84 comprimidos revestidos de 120 mg.

VIA ORAL

USO ADULTO

COMPOSIÇÃO

Cada comprimido revestido contém 120 mg de nateglinida;

Excipientes: lactose monoidratada, celulose microcristalina, povidona, croscarmelose sódica, estearato de magnésio,

óxido férrico amarelo, hipromelose, dióxido de titânio, talco, macrogol e dióxido de silício.

INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

1. INDICAÇÕES

Tratamento de pacientes com Diabetes tipo 2, nos casos em que a hiperglicemia não pode ser controlada por dieta e

exercício físico.

Starlix®

pode ser utilizado em monoterapia ou em associação com outros agentes antidiabéticos orais com um

mecanismo de ação complementar, tal como a metformina.

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

Um total de 3.566 pacientes foram submetidos aleatoriamente a 9 estudos duplo-cegos, placebo ou ativo controlados,

com duração de 8 a 24 semanas, para avaliação da segurança e eficácia de Starlix®

(nateglinida). Destes pacientes,

3.118 tiveram valores de eficácia além da linha de base. Nestes estudos Starlix®

foi administrado até 30 minutos antes

de cada uma das três refeições diárias.

Monoterapia de Starlix®

comparada ao Placebo

Em um estudo de 24 semanas, randomizado, duplo-cego e placebo controlado, pacientes com Diabetes tipo 2 com

HbA1C ≥ 6.8% tratados somente com dieta, foram randomizados para receber Starlix®

(60 mg ou 120 mg, três vezes ao

dia antes das refeições) ou placebo. A linha de base de HbA1C variou de 7,9% a 8,1%, e 77,8% pacientes não foram

tratados previamente com terapia oral antidiabética. Aos pacientes previamente tratados com medicações antidiabéticas

foi solicitado descontinuar esta medicação por pelo menos 2 meses antes da randomização. A adição de Starlix®

antes

das refeições resultou em reduções estatisticamente significantes no HbA1C médio e glicose plasmática de jejum (FPG)

médio comparado ao placebo (ver Tabela 1). As reduções no HbA1C e FPG foram similares para pacientes não

previamente tratados (virgens) com medicações antidiabéticas e, para aqueles previamente expostos a estas medicações.

Neste estudo, um episódio de hipoglicemia severa (glicose plasmática < 36 mg/dL) foi relatada em um paciente tratado

com Starlix®

120 mg, três vezes ao dia antes das refeições. Nenhum paciente que sofreu hipoglicemia necessitou de

assistência de terceiros. Pacientes tratados com Starlix®

tiveram aumentos estatisticamente significantes no peso médio

comparado ao placebo (ver Tabela 1).

Em outro estudo randomizado, duplo-cego com duração de 24 semanas, ativo e placebo controlado, pacientes com

Diabetes tipo 2 foram randomizados para receber Starlix®

(120 mg três vezes ao dia, antes das refeições), metformina

500 mg (três vezes ao dia), uma combinação de Starlix®

120 mg (três vezes ao dia, antes das refeições) e metformina

500 mg (três vezes ao dia), ou placebo. A linha de base de HbA1C variou de 8,3% a 8,4%. Cinquenta e sete por cento

(57%) dos pacientes não haviam sido tratados anteriormente com antidiabéticos orais. A monoterapia de Starlix®

resultou em reduções significativas no HbA1C médio e no FPG médio comparado ao placebo que foram similares aos

resultados do estudo acima relatado (ver Tabela 2).

Tabela 1: Resultados finais para um estudo de 24 semanas com monoterapia de Starlix®

, dose estabelecida.

HbA1C (%)

Placebo

N=168

Starlix®

60 mg três vezes

ao dia antes das refeições

N = 167

120 mg três vezes

N = 168

Linha de base (média) 8,0 7,9 8,1

Mudança da linha de base

(média)

+0,2 -0,3 -0,5

VPS5 = Starlix_Bula_Profissional 2

Diferença do placebo (média) -0,5a

-0,7a

FPG (mg/dL) N = 172 N = 171 N = 169

Linha de base (média) 167,9 161,0 166,5

+9,1 +0,4 -4,5

Diferença do placebo (média) -8,7a

-13,6 a

Peso (kg) N = 170 N = 169 N = 166

Linha de base (média) 85 83,7 86,3

-0,7 +0,3 +0,9

Diferença do placebo (média) +1,0 +1,6a

a

p-value = 0,004

Comparada a Outros Agentes Antidiabéticos Orais

Gliburida

Em um experimento de 24 semanas, duplo-cego, ativo controlado, pacientes com Diabetes tipo 2 controlados com

sulfonilureia por pelo menos 3 meses e que apresentavam uma linha de base de HbA1C ≥ 6,5% foram randomizados

para receber Starlix®

(60 mg ou 120 mg três vezes, ao dia antes das refeições) ou gliburida 10 mg uma vez ao dia.

Pacientes randomizados para Starlix®

tinham aumentos expressivos no HbA1C médio e FPG médio no ponto final,

comparado a pacientes randomizados para gliburida.

Metformina

Em outro estudo randomizado de 24 semanas, duplo-cego, ativo e placebo controlado, pacientes com Diabetes tipo 2

foram randomizados para receber Starlix®

(120 mg três vezes, diariamente antes das refeições), metformina 500 mg

(três vezes diariamente), uma combinação de Starlix®

120 mg (três vezes, diariamente antes das refeições) e metformina

500 mg (três vezes diariamente), ou placebo. A linha de base de HbA1C variou de 8,3% a 8,4%. Cinquenta e sete por

cento (57%) dos pacientes não foram tratados previamente com terapia anti-diabética oral. As reduções no HbA1C

médio e FPG médio no ponto final com monoterapia de metformina foram expressivamente maiores do que as reduções

nestas variáveis com monoterapia de Starlix®

(ver Tabela 2). Com relação ao placebo, a monoterapia de Starlix®

foi

associada com expressivos aumentos no peso médio ao passo que monoterapia de metformina foi associada com

reduções expressivas no peso médio. Entre o subconjunto de pacientes não previamente tratados (virgens) com a terapia

antidiabética, as reduções no HbA1C médio e FPG médio para monoterapia de Starlix®

foram similares àquelas da

monoterapia de metformina (ver Tabela 2). Entre o subconjunto de pacientes previamente tratados com outros agentes

antidiabéticos, principalmente gliburida, o HbA1C no grupo de monoterapia de Starlix®

aumentou levemente em relação

a linha de base, enquanto que o HbA1C foi reduzido no grupo de monoterapia da metformina (ver Tabela 2).

Terapia Combinada de Starlix®

500 mg (três vezes diariamente), ou placebo. A linha de base de HbA1C variou de 8,3% a 8,4%. Cinqüenta e sete por

cento (57%) dos pacientes não foram previamente tratados com terapia antidiabética oral. Aos pacientes tratados

previamente com medicações antidiabéticas foi solicitado descontinuar a medicação por pelo menos 2 meses antes da

randomização. A combinação de Starlix®

e metformina resultou em maiores reduções estatisticamente expressivas em

HbA1C e FPG comparadas a monoterapia de Starlix®

ou monoterapia de metformina (ver Tabela 2). Starlix®

, sozinho ou

em combinação com metformina, reduziu expressivamente a elevação da glicose prandial, de pré-refeição para 2 horas

pós-refeição, quando comparada ao placebo e metformina sozinha.

Neste estudo, um episódio de hipoglicemia severa (glicose plasmática = 36 mg/dL) foi relatado em um paciente

recebendo a combinação de Starlix®

e metformina e quatro episódios de hipoglicemia severa em um único paciente no

braço de tratamento com metformina. Nenhum paciente que sofreu um episódio de hipoglicemia necessitou de

assistência de terceiro.

Comparado com o placebo, monoterapia de Starlix®

foi associada a um aumento expressivo no peso, enquanto que

nenhuma mudança significativa no peso foi observada com terapia combinada de Starlix®

e metformina (ver Tabela 2).

Em outro estudo de 24 semanas, duplo-cego, placebo controlado, pacientes com Diabetes tipo 2 com HbA1C = 6,8%

após tratamento com metformina (= 1500 mg ao dia por = 1 mês) foram primeiramente submetidos a uma monoterapia

de metformina por 4 semanas (2000 mg diariamente) e, então randomizados para receber Starlix®

(60 mg ou 120 mg

três vezes ao dia, antes das refeições), ou placebo em adição a metformina. A terapia combinada com Starlix®

e

VPS5 = Starlix_Bula_Profissional 3

metformina foi associada a maiores reduções estatisticamente significantes de HbA1C comparada a monoterapia de

metformina (-0,4% e -0,6% para Starlix®

60 mg e Starlix®

120 mg acrescido de metformina, respectivamente).

Tabela 2: Resultados finais para um estudo de 24 semanas com monoterapia de Starlix®

e terapia combinada com

metformina.

HbA1C (%) Placebo

N = 160

120 mg três

vezes ao dia antes

das refeições

N = 171

metformina 500

mg três vezes ao

dia

N = 172

120 mg antes

das refeições acrescida

de metformina*

N = 162

Linha de base (média) 8,3 8,3 8,4 8,4

Mudança da linha de base (média) +0,4 -0,4bc

-0,8c

-1,5

Diferença do placebo -0,8a

-1,2ª -1,9a

Não tratados previamente

(virgens)

N = 98 N = 99 N = 98 N = 81

Linha de base (média) 8,2 8,1 8,3 8,2

Mudança da linha de base (média) +0,3 -0,7c

-1,6

Diferença do placebo -1,0a

-1,1ª -1,9a

Previamente tratados (não

virgens)

N = 62 N = 72 N = 74 N = 81

Linha de base (média) 8,3 8,5 8,7 8,7

Mudança da linha de base (média) +0,6 +0,004bc

-1,4

Diferença do placebo -0,6a

-1,4ª -2,0a

FPG (mg/dL)

Todos

N = 166 N = 173 N = 174 N = 167

Linha de base (média) 194,0 196,5 196,0 197,7

Mudança da linha de base (média) +8,0 -13,1bc

-30,0c

-44,9

Diferença do placebo -21,1ª -38,0a

-52,9ª

Peso (kg)

N = 160 N = 169 N = 169 N = 160

Linha de base (média) 85,0 85,0 86,0 87,4

Mudança da linha de base (média) -0,4 +0,9bc

-0,1 +0,2

Diferença do placebo +1,3a

+0,3 +0,6

Valor de p ≤ 0,05 vs. placebo.

b

Valor de p ≤ 0,03 vs. metformina.

c

Valor de p ≤ 0,05 vs. combinação.

* metformina administrada três vezes ao dia.

Rosiglitazona

Um estudo de 24 semanas, duplo-cego multicêntrico, placebo controlado foi realizado em pacientes com Diabetes tipo 2

não adequadamente controlados em monoterapia com rosiglitazona 8mg/dia. A adição de Starlix®

(120 mg três vezes ao

dia, com as refeições) foi associada a reduções estatisticamente significativas em HbA1C comparada a monoterapia de

rosiglitazona. A diferença foi -0,77 nas 24 semanas. A principal mudança no peso em relação a linha de base, foi cerca

de +3 kg para pacientes tratados com Starlix®

acrescido de rosiglitazona versus cerca de +1 kg para pacientes tratados

com placebo acrescido de rosiglitazona.

Em um estudo de 12 semanas com pacientes com Diabetes tipo 2 controlados inadequadamente com gliburida 10 mg,

uma vez ao dia, a adição de Starlix®

(60 mg ou 120 mg três vezes ao dia antes das refeições) não produziu nenhum

benefício adicional.

Referências Bibliográficas

1 – Bula FDA (http://www.accessdata.fda.gov/drugsatfda_docs/label/2008/021204s011lbl.pdf)

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

Grupo farmacoterapêutico e código ATC

VPS5 = Starlix_Bula_Profissional 4

Grupo farmacoterapêutico: Outros fármacos hipoglicemiantes orais (código ATC A10BX03).

Farmacodinâmica

A nateglinida é um derivado do aminoácido fenilalanina, que é química e farmacologicamente diferente de outros

agentes antidiabéticos. A nateglinida restabelece a secreção precoce de insulina, resultando numa redução da glicemia

pós-prandial e da HbA1C.

A secreção precoce de insulina é um mecanismo essencial para a manutenção do controle glicêmico normal. A

nateglinida, quando tomada antes das refeições, restabelece a fase precoce ou primeira fase de secreção de insulina, a

qual foi perdida nos pacientes com Diabetes tipo 2. Esta ação é mediada por uma interação rápida e transitória com o

canal de K+

ATP nas células beta-pancreáticas. Estudos eletrofisiológicos demonstraram que a nateglinida tem uma

seletividade 300 vezes superior para as células beta-pancreáticas em relação aos canais de K+

ATP cardiovasculares.

Ao contrário de outros agentes antidiabéticos orais, a nateglinida induz uma significativa secreção de insulina durante

os primeiros 15 minutos após uma refeição. Isto atenua os picos da glicose pós-prandial. Os níveis de insulina retornam

aos valores basais em 3 a 4 horas, reduzindo a hiperinsulinemia pós-prandial, a qual tem sido associada com

hipoglicemia tardia. A nateglinida é rapidamente eliminada.

A secreção de insulina pelas células beta-pancreáticas induzida pela nateglinida é sensível à glicose, de tal forma que é

secretada menos insulina à medida que os níveis de glicose baixam. Inversamente, a administração concomitante de

alimentos ou de uma perfusão de glicose resulta num claro aumento da secreção de insulina. O reduzido potencial de

Starlix®

para estimular a secreção de insulina em ambientes de baixas concentrações de glicose proporciona proteção

adicional contra a hipoglicemia, tal como quando se deixa de ingerir uma refeição.

Em estudos clínicos, o tratamento monoterápico com Starlix®

resultou num aperfeiçoamento do controle da glicemia

conforme medido pela HbA1C e pela glicose pós-prandial. Em associação com a metformina, que afetou principalmente

a glicemia em jejum, o efeito na HbA1C foi sinérgico, em comparação com qualquer dos agentes isolados, devido ao

modo de ação complementar das substâncias.

Num estudo de associação com o agente sensibilizador de insulina, troglitazona, foi observada uma melhoria

estatisticamente significativa na HbA1C em pacientes tratados com Starlix®

em associação com troglitazona, em

comparação com Starlix®

isolado e troglitazona isolada.

Num estudo de 24 semanas, pacientes que estavam estabilizados com doses elevadas de sulfonilureias durante pelo

menos 3 meses e que mudaram diretamente para monoterapia com Starlix®

apresentaram reduzido controle da glicemia,

tal como foi evidenciado pelos aumentos da glicemia em jejum e HbA1C.

Farmacocinética

Absorção

A nateglinida é rapidamente absorvida após a administração oral de comprimidos de Starlix®

antes de uma refeição,

sendo que a concentração máxima média da nateglinida ocorre geralmente em menos de uma hora. A nateglinida é

rápida e quase completamente absorvida (= 90%) a partir de uma solução oral. Calcula-se que a biodisponibilidade oral

absoluta seja de 72%. Em pacientes diabéticos tipo 2, aos quais foi administrado Starlix®

no intervalo de doses de 60 a

240 mg antes das três refeições diárias, durante uma semana, a nateglinida apresentou uma farmacocinética linear tanto

para a AUC quanto para a Cmáx.e o tmáx. foi dose-independente.

Distribuição

Calcula-se que o volume de distribuição da nateglinida em estado de equilíbrio, com base em dados intravenosos, seja

de aproximadamente 10 litros. Estudos in vitro mostram que a nateglinida está extensivamente ligada (97-99%) às

proteínas séricas, principalmente à albumina sérica e, em menor extensão, à glicoproteína ácida alfa-1. A extensão da

ligação às proteínas séricas é independente da concentração do fármaco no intervalo de teste de 0,1 a 10 mcg/mL de

.

Metabolismo

A nateglinida é extensivamente metabolizada pelo sistema de oxidases de função mista antes da eliminação. Os

principais metabólitos encontrados em humanos resultam da hidroxilação da cadeia lateral isopropil, ou no carbono

metil ou num dos grupos metil. A atividade dos principais metabólitos é, respectivamente, cerca de 5-6 e 3 vezes menos

potente do que a da nateglinida. Os metabólitos menores identificados foram um diol, um isopropeno e acil-

glucorónido(s) da nateglinida. Apenas o metabólito menor isopropeno possui atividade, que é quase tão potente como a

da nateglinida.

Dados disponíveis de experimentos in vitro e in vivo indicam que a nateglinida é principalmente metabolizada pela

enzima CYP 2C9 do citocromo P450 (70%) e em menor extensão pela CYP 3A4 (30%).

Eliminação

VPS5 = Starlix_Bula_Profissional 5

A nateglinida e os seus metabólitos são rápida e completamente eliminados. Aproximadamente 75% da nateglinida

[14C] administrada é recuperada na urina em seis horas após a dose. A maioria da nateglinida [14C] é excretada na

urina (83%), com um adicional de 10% eliminada nas fezes.

Aproximadamente 6 a 16% da dose administrada foi excretada na urina como fármaco inalterado. As concentrações

plasmáticas diminuem rapidamente e a meia-vida de eliminação da nateglinida foi em média de 1,5 horas em todos os

estudos de Starlix®

em voluntários e pacientes diabéticos tipo 2. De forma consistente com a sua curta meia-vida de

eliminação, não há acúmulo aparente de nateglinida com doses múltiplas de até 240 mg três vezes por dia.

Populações especiais

Pacientes geriátricos (Pacientes com 65 anos de idade ou mais)

A idade não influenciou as propriedades farmacocinéticas de Starlix®

(ver “Posologia”).

Insuficiência renal

A exposição média [ASC (0-24)], o pico de concentração plasmática (Cmáx) e a depuração corporal aparente na

insuficiência renal moderada/grave (clearance de creatinina 15-50 ml/min/1,73 m2

) dos pacientes com diabetes (tipo 1 e

2) foram comparados aos de indivíduos saudáveis. Não houve alteração significativa na exposição da nateglinida em

pacientes submetidos à hemodiálise, no entanto, a concentração plasmática máxima (Cmáx) diminuiu 49%. Não foi

encontrada correlação entre a exposição de nateglinida e a função renal, medida pela depuração da creatinina (CrCL)

em pacientes com insuficiência renal moderada/grave (ver “Posologia”).

Insuficiência hepática

Exposição de nateglinida em pacientes com insuficiência hepática hepática leve/moderada não se correlacionou com o

grau de insuficiência hepática, porém o aumento médio da ASC (0-24) foi de 30% e Cmáx foi de 37% em comparação

com indivíduos saudáveis. A depuração corporal aparente diminuiu 8%. Essas diferenças não foram estatisticamente

significantes. Uma vez que para nateglinida, a faramcocinética não é avaliada em pacientes com insuficiência hepática

grave, nateglinida não é recomendada nestes pacientes (ver “Posologia”).

Efeito dos alimentos

Quando administrada pós-prandialmente, a extensão da absorção da nateglinida (AUC) permanece inalterada. No

entanto, verifica-se um atraso na taxa de absorção caracterizado por uma diminuição na Cmáx e um atraso no tempo para

atingir a concentração plasmática máxima (tmáx.). Recomenda-se que Starlix®

seja administrado antes das refeições.

Normalmente é tomado imediatamente 1 minuto antes de uma refeição, mas pode ser tomado até 30 minutos antes das

refeições.

Sexo

Não foram observadas diferenças clinicamente significativas na farmacocinética da nateglinida entre homens e

mulheres.

Dados de segurança pré-clínica

Os dados pré-clínicos não revelaram risco especial para os humanos, com base nos estudos convencionais de

farmacologia de segurança, toxicidade de doses repetidas, genotoxicidade, potencial carcinogênico e efeitos sobre a

fertilidade.

Mutagenicidade

Nateglinida não foi genotóxico no teste in vitro de Ames, teor de linfoma em rato, teor de aberrações cromossómicas

em células de pulmão de hamster chinês, ou no ensaio in vivo de micronúcleos de ratos.

Carcinogenicidade

Nenhuma evidência de uma resposta tumorigénica foi observada quando a nateglinida foi administrada durante 104

semanas a ratos em doses até cerca de 400 mg / kg / dia ou em ratos em doses até 900 mg / kg / dia [75].

Toxicidade na reprodução

A fertilidade foi afetada pela administração de nateglinida em ratos em doses até 600 mg/kg/dia. Nateglinida não foi

teratogênico em ratos com doses até 1000 mg/kg/dia. Nos coelhos, o desenvolvimento embrionário foi adversamente

afectado a 500 mg/kg/dia e a incidência de agenesia da vesícula biliar ou pequena vesícula biliar foi aumentada em

doses de 300 e 500 mg/kg/dia (cerca de 24 e 28 vezes a exposição terapêutica humana com uma dose máxima

recomendada de nateglinida de 180 mg, três vezes ao dia, antes das refeições). Nenhum desses efeitos foram observados

a 150 mg/kg/dia (aproximadamente 17 vezes a exposição terapêutica humana com uma dose máxima recomendada de

VPS5 = Starlix_Bula_Profissional 6

nateglinida de 180 mg, três vezes por dia antes das refeições). Estudos em ratos demonstraram nenhum efeito sobre o

parto em doses até 1000 mg/kg/dia. Durante o período pós-natal, pesos corporais foram menores em filhotes de ratos em

que foram administrados nateglinida a 1000 mg/kg/dia (aproximadamente 40 vezes a exposição terapêutica humana

com uma dose máxima recomendada de nateglinida 180 mg, três vezes ao dia, antes das refeições) (ver “Advertências e

precauções - Mulheres com potencial para engravidar, gravidez, lactação e fertilidade”).

4. CONTRAINDICAÇÕES

Starlix®

é contraindicado em pacientes com hipersensibilidade à nateglinida ou a qualquer componente da formulação,

em pacientes com diabetes tipo 1, pacientes com cetoacidose diabética e na gravidez e amamentação (ver “Mulheres

com potencial para engravidar, gravidez, amamentação e fertilidade”).

Este medicamento é contraindicado para uso por crianças.

Este medicamento pertence à categoria de risco na gravidez C.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

Foi observada hipoglicemia em pacientes com Diabetes tipo 2 que estavam fazendo dieta e exercícios e em pacientes

tratados com Starlix®

(ver “Reações adversas”). Pacientes idosos, pacientes desnutridos e pacientes com insuficiência

adrenal ou pituitária ou com insuficiência renal grave são mais susceptíveis ao efeito redutor da glicose dos tratamentos

com Starlix®

. O risco de hipoglicemia em pacientes diabéticos tipo 2 pode ser aumentado pelo exercício físico vigoroso

ou pela ingestão de álcool.

A associação com outros agentes antidiabéticos orais pode aumentar o risco de hipoglicemia.

Pode ser difícil reconhecer a hipoglicemia em pacientes que estejam sendo medicados com betabloqueadores.

Quando um paciente estabilizado com Starlix®

é exposto ao estresse, como febre, trauma, infecção ou cirurgia, a perda

do controlo glicêmico pode ocorrer. Em tais momentos, pode ser necessário interromper o tratamento com Starlix®

e

substituí-lo com a insulina de forma temporária.

Uso em idosos e outros grupos de risco

Mulheres com potencial para engravidar, gravidez, amamentação e fertilidade

Mulheres com potencial para engravidar

Mulheres com potencial para engravidar devem tomar medidas contraceptivas altamente eficazes durante o tratamento

.

Gravidez

A nateglinida não foi teratogênica em ratos. Estudos em coelhos, mostraram o desenvolvimento de toxicidade em altas

doses (ver “Características farmacológicas - Dados de segurança pré-clínica”)o desenvolvimento embrionário foi

afetado negativamente e houve aumento na incidência de agenesia de vesícula biliar ou vesícula biliar pequena com o

uso de doses acima de 12 vezes a dose máxima de exposição da nateglinida recomendada para humanos. Não existe

experiência suficiente em mulheres grávidas, portanto, a segurança de Starlix®

na gravidez humana não pode ser

estabelecida. Starlix®

não deve ser utilizado durante a gravidez.

Estudos em ratos demonstraram nenhum efeito sobre o parto em doses até 1000 mg / kg (aproximadamente 60 vezes a

exposição terapêutica humana com uma dose máxima recomendada de nateglinida de 120 mg, três vezes ao dia antes

das refeições). O efeito da nateglinida em trabalho de parto em humanos não é conhecido.

Amamentação

A nateglinida é excretada no leite após a administração de uma dose oral a ratas lactantes. Em altas doses, os pesos

corporais foram menores em filhotes de ratas durante o período pós-natal (ver “Características farmacológicas – Dados

de segurança pré-clínica”). Apesar de não se saber se a nateglinida é excretada no leite humano, pode existir o risco de

ocorrer hipoglicemia em lactentes e, portanto, a nateglinida não deve ser utilizada em mulheres que estejam

amamentando.

Fertilidade

Nateglinida não prejudicou a fertilidade em ratos machos ou fêmeas (ver “Características farmacológicas – Dados de

segurança pré-clínica”).

Uso em idosos

Não há restrições de uso em idosos (ver “Posologia para idosos”).

VPS5 = Starlix_Bula_Profissional 7

Efeitos sobre a habilidade de dirigir veículos e/ou operar máquinas

A hipoglicemia pode alterar o estado de alerta do paciente, portanto deve haver cuidado em evitá-la enquanto estiver

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

Efeitos da nateglinida sobre outros fármacos:

Estudos in vitro indicam que a nateglinida é metabolizada principalmente pela enzima CYP 2C9 do citocromo P450

(70%) e, em menor extensão, pela CYP 3A4 (30%). A nateglinida é um potencial inibidor da CYP 2C9 in vivo, tal

como se deduz da sua capacidade de inibição do metabolismo da tolbutamida in vitro. Com base nas experiências in

vitro, não é esperada nenhuma inibição das reações metabólicas da CYP 3A4. De uma forma geral, estes resultados

sugerem um baixo potencial para interações medicamentosas farmacocinéticas clinicamente significativas.

A nateglinida não tem efeito clinicamente relevante nas propriedades farmacocinéticas da varfarina (um substrato para

CYP 3A4 e CYP 2C9), diclofenaco (um substrato para CYP 2C9), troglitazona (um indutor da CYP 3A4) ou digoxina.

Desta forma, nenhum ajuste de dose é necessário para Starlix®

, digoxina, varfarina ou diclofenaco em conseqüência da

administração concomitante com Starlix®

. De forma semelhante, também não se verificou interação farmacocinética

clinicamente significativa de Starlix®

com outros agentes antidiabéticos orais, tais como a metformina ou

glibenclamida.

Efeitos de outros fármacos sobre a nateglinida:

Num estudo de interação com a sulfimpirazona, um potente inibidor seletivo do CYP2C9, um aumento modesto na

nateglinida AUC (28%) foi observada em voluntários saudáveis, sem alterações na Cmáx e meia-vida de eliminação. Um

efeito mais prolongado e, possivelmente, um risco de hipoglicemia não pode ser excluído em pacientes quando a

nateglinida é co-administrada com inibidores potentes do CYP2C9 (ex. fluconazol, gemfibrozil, sulfimpirazona).

A nateglinida está muito ligada às proteínas plasmáticas (98%), principalmente à albumina. Estudos de deslocação in

vitro com fármacos muito ligados às proteínas, tais como furosemida, propranolol, captopril, nicardipina, pravastatina,

glibenclamida, varfarina, fenitoína, ácido acetilsalícilico, tolbutamida e metformina, não mostram influência na

extensão da ligação da nateglinida às proteínas. Da mesma forma, a nateglinida não tem influência nas ligações do

propranolol, glibenclamida, nicardipina, varfarina, fenitoína, ácido acetilsalícilico e tolbutamida, às proteínas séricas.

Algumas drogas influenciam o metabolismo da glicose e, portanto, possíveis interações devem ser consideradas pelo

médico.

A ação hipoglicêmica dos agentes antidiabéticos orais pode ser potencializada por determinados fármacos, incluindo

agentes anti-inflamatórios não-esteróides, salicilatos, inibidores da monoaminoxidase, agentes bloqueadores beta

adrenérgicos não seletivos, hormônios anabólicos (por exemplo, metandrostenolona), guanetidina, Gymnema sylvestre,

glucomanan e ácido tióctico.

Quando estes fármacos são administrados ou retirados de pacientes que recebem nateglinida, o paciente deve ser

observado de perto para acompanhar alterações no controle glicêmico.

A ação hipoglicêmica dos agentes antidiabéticos orais pode ser reduzida por certas drogas, incluindo tiazidas,

corticosteroides, medicamentos para a tireoide, simpatomiméticos, somatropina, análogos da somatostatina (por

exemplo, lanreotida, octreotida), fenitoína, rifampicina e erva de São João.

Quando estes fármacos são administrados a pacientes ou retirados de pacientes medicados com nateglinida, o doente

deve ser cuidadosamente observado quanto a alterações no controle da glicemia.

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

Armazenar em temperatura ambiente (entre 15 e 30°C). O prazo de validade é de 36 meses a partir da data de

fabricação.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Características físicas:

Comprimido amarelo ovalóide.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

VPS5 = Starlix_Bula_Profissional 8

Starlix®

deve ser tomado antes das refeições. Normalmente é tomado imediatamente (1 minuto) antes de uma refeição,

mas pode ser tomado até 30 minutos antes das refeições. Starlix®

deve ser ingerido com um pouco de água.

POSOLOGIA

Monoterapia

A dose usual é de 120 mg antes das refeições.

Os ajustes de dose devem basear-se em determinações periódicas da hemoglobina glicosilada (HbA1C). Uma vez que o

principal efeito terapêutico de Starlix®

é a redução da glicemia pós-prandial (que contribui para a HbA1C), a resposta

terapêutica a Starlix®

pode também ser monitorizada com a glicemia 1-2 horas após as refeições.

Nos estudos clínicos Starlix®

foi administrado antes das refeições principais, normalmente café da manhã, almoço e

jantar.

Terapia combinada

Para pacientes em monoterapia com Starlix®

que necessitem de terapia adicional, pode-se adicionar metformina à dose

de manutenção.

Para pacientes em monoterapia com metformina que necessitem de terapia adicional, a dose usual de Starlix®

é de 120

mg antes das refeições.

Pacientes geriátricos (Pacientes com 65 anos ou mais)

Não foram observadas diferenças no perfil de segurança e eficácia de Starlix®

entre a população idosa e a população em

geral. Além disso, a idade não influenciou as propriedades farmacocinéticas de Starlix®

. Portanto, não são necessários

ajustes especiais da dose em pacientes idosos (ver “Características farmacológicas”).

Pacientes pediátricos

A segurança e eficácia de Starlix®

não foram avaliadas em pacientes pediátricos. Portanto, Starlix®

não é recomendado

nesta população.

Insuficiência hepática

Não são necessários ajustes da dose em pacientes com doenças hepática leve a moderada. A biodisponibilidade

sistêmica e a meia-vida de Starlix®

em indivíduos não diabéticos com insuficiência hepática leve a moderada, não

diferem de forma clinicamente significativa das dos indivíduos saudáveis. Não foram estudados pacientes com

insuficiência hepática grave, e não é recomendado o uso de Starlix®

por este grupo (ver “Características

farmacológicas”).

Insuficiência renal

Não são necessários ajustes da dose em pacientes com insuficiência renal. A disponibilidade sistêmica e a meia-vida de

em indivíduos diabéticos com insuficiência renal moderada a grave (depuração da creatinina 15-50

mL/min/1,73 m2

) e em pacientes que necessitam de diálise não diferem de forma clinicamente significativa das dos

indivíduos saudáveis (ver “Características farmacológicas”).

Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.

9. REAÇÕES ADVERSAS

As reações adversas (Tabela 3) estão listadas pelo sistema de classe de órgãos MedDRA. Dentro de cada classe de

sistemas de órgãos, as reações adversas são classificadas por frequência, sendo as primeiras as reações mais freqüentes.

Dentro de cada grupo de frequência, as reações adversas são apresentadas por ordem decrescente de gravidade. Além

disso, a categoria de frequência correspondente, utilizando a seguinte convenção (CIOMS III) também é fornecida para

cada reação adversa: muito comum (≥1 / 10); comum (≥1 / 100, <1/10); incomum (≥1 / 1.000, <1/100); rara (≥1 /

10.000, <1 / 1.000), muito rara (<1 / 10.000).

Tal como com outros agentes antidiabéticos orais, foram observados sintomas sugestivos de hipoglicemia após a

administração de nateglinida. Estes sintomas incluíram sudorese, tremores, tonturas, aumento do apetite, palpitações,

náuseas, fadiga e fraqueza. Estes sintomas foram geralmente de natureza leve e facilmente controlados pela ingestão de

carboidratos quando necessário. Nos estudos clínicos, foram relatados efeitos sintomáticos confirmados por baixos

níveis de glicose no sangue (glicose plasmática < 3,3 mmol/L) em 2,4% dos pacientes.

Tabela 3 – Reações adversas:

VPS5 = Starlix_Bula_Profissional 9

Distúrbios do sistema imune

Rara: Hipersensibilidade (incluindo rash, prurido, urticária)

Distúrbios de metabolismo e nutrição

Comum: Hipoglicemia (incluindo palpitações. Náusea, astenia, fadiga,

aumento do apetite, tontura, tremor, hiperhidrose)

Distúrbios hepatobiliares

Rara: Elevação das enzimas hepáticas

Outros efeitos

Muitos outros efeitos adversos que ocorreram frequentemente nos estudos clínicos tiveram incidência semelhante nos

pacientes tratados com Starlix®

e com placebo. Incluem queixas gastrintestinais (p.ex. dor abdominal, dispepsia e

diarreia), cefaleias e efeitos consistentes com afecções concomitantes prováveis nestas populações de pacientes, tais

como infecções respiratórias.

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA,

disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou

Municipal.

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.