Bula do Stiefcortil produzido pelo laboratorio Laboratórios Stiefel Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
Stiefcortil
Creme
Pomada
10,0 mg/g
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Stiefcortil®
hidrocortisona
APRESENTAÇÕES:
Stiefcortil® creme: bisnaga com 10 g e 30 g.
Stiefcortil® pomada: bisnaga com 30g.
VIA TÓPICA
USO ADULTO E PEDIÁTRICO
COMPOSIÇÃO
Stiefcortil® creme
Hidrocortisona ............................. 10 mg
Creme q.s.p ............. 1 g
O creme contém: água purificada, álcool cetoestearílico, polissorbato 60, álcool cetílico, glicerina,
imidazolidinil ureia, metilparabeno, monoestearato de glicerila, estearato de sorbitana, palmitato de
isopropila e propilparabeno.
Stiefcortil® pomada
Hidrocortisona .................... 10 mg
Base vaselinada q.s.p ................ 1 g
A base vaselinada contém: petrolato líquido, propilparabeno e petrolato amarelo.
Stiefcortil® é indicado para o tratamento tópico de dermatites.
Stiefcortil® é indicado para o alívio das manifestações inflamatórias e pruriginosas em dermatoses
sensíveis aos corticosteroides.
O Stiefcortil® contém hidrocortisona, que pertence a um grupo de medicamentos denominados
esteroides. Os esteroides ajudam a reduzir a vermelhidão, o inchaço e a irritação da pele.
O Stiefcortil® alivia os sintomas de determinados problemas de pele, incluindo:
prurigo nodular (eczema discoide);
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liquenificações, incluindo líquen simples crônico;
dermatite seborreica;
dermatite de contato irritante e alérgica;
lúpus eritematoso discoide adjuvante na terapia com esteroides sistêmicos para eritrodermia
generalizada reações a picadas de insetos;
miliária;
otite externa;
dermatite atópica.
Creme
A hidrocortisona creme é especialmente apropriada para superfícies úmidas ou exsudativas.
Pomada
A hidrocortisona pomada é especialmente apropriada para lesões ressecadas, liquenificadas ou
descamativas.
Loção
As loções são especialmente apropriadas para o tratamento de áreas cobertas por pelos/cabelos ou para
quando uma aplicação mínima em uma grande área for necessária.
2. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
Os corticosteroides difundem‐se através das membranas celulares e formam complexos com receptores
citoplasmáticos específicos. Esses complexos entram no núcleo celular, unindo‐se ao DNA (cromatina),
estimulando a transcrição do RNA‐mensageiro e a posterior síntese de várias enzimas.
Supõe‐se que essas enzimas sejam as responsáveis pelos efeitos antiinflamatórios dos corticosteroides de
aplicação tópica.
O veículo utilizado nas formulações tópicas também pode contribuir com o efeito terapêutico,
proporcionando uma ação emoliente e secante, que aumentará a absorção transcutânea do
corticosteroide.
Mecanismo de ação
Os corticosteroides tópicos atuam como agentes antiinflamatórios por meio de múltiplos mecanismos
para inibir reações alérgicas de fase tardia, incluindo a diminuição na densidade de mastócitos, a
diminuição na quimiotaxia e na ativação de eosinófilos, a diminuição na produção de citocinas por
linfócitos, monócitos, mastócitos e eosinófilos e a inibição do metabolismo do ácido araquidônico.
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Efeitos farmacodinâmicos
Os corticosteroides tópicos apresentam propriedades antiinflamatórias, antipruríticas e vasoconstritoras.
Farmacocinética
Absorção
Os corticosteroides tópicos podem ser absorvidos sistemicamente a partir da pele saudável intacta. A
extensão da absorção percutânea de corticosteroides tópicos é determinada por muitos fatores, incluindo
o veículo e a integridade da barreira epidérmica. Oclusão, inflamação e/ou outros processos de doença na
pele também podem aumentar a absorção percutânea.
Distribuição
O uso de desfechos farmacodinâmicos para avaliar a exposição sistêmica a corticosteroides tópicos é
necessário em razão do fato de que os níveis circulantes apresentam valores bem abaixo do nível de
detecção.
Metabolismo
Assim que são absorvidos pela pele, os corticosteroides tópicos são guiados por vias farmacocinéticas
semelhantes àquelas de corticosteroides administrados sistemicamente. Eles são metabolizados
primariamente no fígado.
Eliminação
Os corticosteroides tópicos são excretados pelos rins. Além disso, alguns corticosteroides e os seus
metabólitos também são excretados na bile.
‐ As seguintes condições não devem ser tratadas com hidrocortisona:infecções cutâneas não
tratadas
‐ acne vulgar;
‐ rosácea;
‐ prurido sem inflamação;
O produto não deve ser usado na presença de tuberculose cutânea e na maioria das infecções cutâneas
viróticas, incluindo varicela e herpes.
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Pessoas hipersensíveis à hidrocortisona e aos outros componentes da fórmula não devem usar este
produto.
Evite contato com os olhos.
Categoria C: não foram realizados estudos em animais e nem em mulheres grávidas; ou então, os
estudos em animais não revelaram riscos, mas não existem estudos disponíveis realizados em mulheres
grávidas.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião
dentista.
4. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES
A hidrocortisona deve ser utilizada com cautela em pacientes com um histórico de hipersensibilidade local
a corticosteroides ou a qualquer um dos excipientes na preparação. Reações locais de hipersensibilidade
podem se assemelhar aos sintomas da condição em tratamento.
Manifestações de hipercortisolismo (síndrome de Cushing) e supressão reversível do eixo hipotálamo‐
pituitária‐adrenal (HPA), levando à insuficiência glicocorticosteroide, podem ocorrer em alguns indivíduos,
como resultado da absorção sistêmica aumentada de corticosteroides tópicos.
Se nenhuma das manifestações citadas forem observadas, retirar a droga de forma gradual, reduzindo a
frequência de aplicação, ou pela substituição por um corticosteroide menos potente. A retirada abrupta
do tratamento pode resultar em insuficiência glicocorticosteroide (veja o item “Reações adversas”).
Os fatores de risco para efeitos sistêmicos aumentados são:
‐ potência e formulação do esteroide tópico;
‐ duração da exposição;
‐ aplicação em uma área de grande extensão;
‐ uso em áreas oclusas da pele (por exemplo, em áreas intertriginosas ou sob curativos oclusivos
(em recém‐nascidos, a fralda pode atuar como um curativo oclusivo);
‐ aumentar a hidratação do estrato córneo;
‐ uso em áreas de pele fina como a face;
‐ utilizar sobre a pele irritada ou outras condições onde a barreira da pele pode estar
comprometida;
‐ em comparação aos adultos, as crianças e os lactentes podem absorver quantidades
proporcionalmente maiores de corticosteroides tópicos e, assim, se tornarem mais suscetíveis a efeitos
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adversos sistêmicos. Isso ocorre porque as crianças apresentam uma barreira da pele imatura e uma razão
entre área de superfície/peso corporal maior em comparação àquela dos adultos.
As crianças têm mais probabilidade de desenvolver efeitos colaterais locais e sistêmicos de
corticosteroides tópicos e, em geral, precisam de períodos mais curtos de terapia que os adultos.
Deve‐se ter cuidado ao usar a hidrocortisona para garantir que a quantidade aplicada que propicia
benefício terapêutico seja a mínima possível.
Em lactentes e crianças com menos de 12 anos, uma terapia tópica contínua em longo prazo deve ser
evitada quando possível, uma vez que há probabilidade maior da ocorrência de supressão adrenal.
Estudos clínicos não identificaram diferenças nas respostas entre os idosos e os pacientes mais jovens. A
maior frequência de função hepática ou renal diminuída em idosos pode retardar a eliminação se ocorrer
uma absorção sistêmica. Portanto, para alcançar o benefício clínico desejado, uma quantidade mínima
deve ser usada pelo menor período de tempo possível.
Em caso de absorção sistêmica (quando a aplicação é realizada em uma grande área de superfície por um
período prolongado), o metabolismo e a eliminação podem ser retardados, o que aumenta, portanto, o
risco de toxicidade sistêmica. Portanto, uma quantidade mínima deve ser usada pelo menor período de
tempo possível para alcançar o benefício clínico desejado.
Infecções bacterianas são estimuladas pelas condições de aquecimento e umidade dentro de dobras da
pele ou causadas por curativos oclusivos. Ao usar curativos oclusivos, a pele deve ser limpa antes que
umcurativo novo seja aplicado.
A aplicação prolongada na face é indesejável, uma vez que essa área é mais suscetível a alterações
atróficas.
Se Stiefcortil® for aplicado nas pálpebras, é preciso ter cuidado em garantir que a preparação não entre
nos olhos, uma vez que catarata e glaucoma podem resultar da exposição repetida.
Uma terapia antimicrobiana apropriada deve ser usada sempre que se tratar lesões inflamatórias que
infeccionaram. Qualquer propagação da infecção exige a descontinuação da terapia com corticosteroides
tópicos e a administração de uma terapia antimicrobiana apropriada.
Os corticosteroides tópicos às vezes são utilizados para tratar a dermatite em volta de úlceras crônicas na
perna. No entanto, essa utilização pode estar associada à uma ocorrência mais alta de reações locais de
hipersensibilidade e a risco maior de infecção local.
Stiefcortil®, por causa de sua boa tolerabilidade, pode ser utilizado em afecções cutâneas, em crianças,
uma a duas vezes ao dia.
O uso seguro de corticosteroides tópicos durante a lactação não foi estabelecido.
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Não se sabe se a administração tópica de corticosteroides poderia resultar em uma absorção sistêmica
suficiente para produzir quantidades detectáveis no leite materno.
A administração de hidrocortisona durante a lactação deve ser considerada somente se o benefício
esperado para a mãe superar o risco para o lactente.
Se usada durante a lactação, a hidrocortisona não deve ser aplicada nas mamas para evitar que o lactente
ingira a substância acidentalmente.
Embora não tenha sido observada até o momento nenhuma reação adversa durante a gravidez ou
lactação, a segurança de uso durante esses períodos ainda não foi estabelecida. Portanto, não deve ser
largamente utilizado em pacientes grávidas.
A administração de hidrocortisona durante a gravidez deve ser considerada somente se o benefício
esperado para a mãe superar o risco para o feto. A quantidade mínima deve ser usada pelo menor período
de tempo possível.
Em presença de infecção, deve‐se instituir terapia antibacteriana adequada.
Devem ser tomadas precauções para evitar o contato do produto com os olhos.
5. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
Medicamentos que podem inibir a CYP3A4 (por exemplo, ritonavir e itraconazol) administrados
concomitantemente mostraram inibir o metabolismo de corticosteroides, levando à uma exposição
sistêmica aumentada. A relevância clínica dessa interação depende da dose e da via de administração dos
corticosteroides e da potência do inibidor da CYP3A4.
6. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO
Stiefcortil® creme e pomada devem ser mantidos em temperatura ambiente (entre 15 e 30°C) e ao abrigo
da luz.
Stiefcortil® consiste em uma massa branca homogênea.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use este medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde‐o em sua embalagem original.
Após aberto, válido por 24 meses.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
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7. POSOLOGIA E MODO DE USAR
Aplicar uma fina camada e esfregar suavemente, usando somente uma quantidade suficiente para cobrir
toda a área afetada, três a quatro vezes ao dia até que uma melhora ocorra; depois, reduzir a frequência
de aplicação. Dar tempo suficiente para que ocorra a absorção após cada aplicação, antes de utilizar um
emoliente. Se a condição se agravar ou não melhorar dentro de 4 semanas, o tratamento e o diagnóstico
devem ser reavaliados.
A terapia com hidrocortisona deve ser descontinuada gradualmente, assim que o controle for alcançado, e
um emoliente deve continuar a ser aplicado como terapia de manutenção.
O rebote de dermatoses preexistentes pode ocorrer com a descontinuação abrupta de corticosteroides
tópicos.
8. REAÇÕES ADVERSAS
Já foram observados os seguintes efeitos pelo uso de corticosteroides tópicos: sensação de ardência,
prurido, irritação, secura, foliculite, hipertricose, erupção acneiforme e hipopigmentação. Com a terapia
oclusiva podem ocorrer as seguintes reações: maceração da pele, infecção secundária, atrofia da pele,
estria e miliária.
Se ocorrer irritação, o produto deve ser descontinuado, e uma terapia apropriada deve ser instituída. Na
presença de infecção, deve‐se usar um antifúngico ou antibacteriano adequado.
Cuidados especiais devem ser observados no tratamento de áreas extensas ou com a terapia oclusiva, por
causa da possibilidade de absorção sistêmica.
As reações adversas estão listadas abaixo por frequência. As frequências são definidas como: Reação
muito comum (≥ 1/10), reação comum (≥ 1/100 e < 1/10), reação incomum (≥ 1/1.000 e < 1/100), reação
rara (≥ 1/10.000 e < 1/1.000) e reação muito rara (< 1/10.000), incluindo relatos isolados.
Muito raras:
‐ hipersensibilidade local;
‐ supressão do eixo hipotálamo‐pituitária‐adrenal (HPA);
‐ aumento de peso / obesidade, atraso/retardo de ganho de peso e de crescimento em crianças,
características de Cushing (por exemplo, face em formato de lua, obesidade central), níveis endógenos de
cortisol diminuídos, hiperglicemia/glicosúria, hipertensão, osteoporose, catarata, glaucoma, síndrome da
abstinência de esteroides;
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‐ dermatite de contato, eritema, erupção cutânea, urticária, prurido, dor na pele, atrofia da pele,
pele ressecada / esfoliação da pele, estrias na pele, alterações na pigmentação, hipertricose, exacerbação
de sintomas subjacentes;
‐ irritação/dor no local da aplicação.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA,
disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou
Municipal.