Bula do Sulfametoxazol + Trimetoprima produzido pelo laboratorio Vitapan Industria Farmaceutica Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
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Bula do Profissional de Saúde
Bula_ sulfametoxazol+trimetoprima Vitapan 2014 - XXXXXX - 07/14A
Anexo A
Folha de rosto para a bula
Sulfametoxazol + Trimetoprima
Vitapan Indústria Farmacêutica Ltda.
Comprimido simples e Suspensão Oral
400 mg + 80 mg
40 mg/mL + 8 mg/mL
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sulfametoxazol+trimetoprima
Medicamento genérico, Lei n° 9.787, de 1999
APRESENTAÇÕES
sulfametoxazol+trimetoprima 400 mg + 80 mg: Embalagem contendo 20 ou 500 comprimidos.
sulfametoxazol+trimetoprima suspenção (5mL) de 200 mg + 40 mg: Embalagem contendo 01 ou 50 frascos
com 100mL.
VIA ORAL
Sulfametoxazol+trimetoprima comprimido: USO ADULTO E PEDIÁTRICO A PARTIR DE 12 ANOS
Sulfametoxazol+trimetoprima suspensão: USO ADULTO E PEDIÁTRICO A PARTIR DE 6 SEMANAS
DE VIDA
COMPOSIÇÃO
Princípios ativos: trimetoprima sulfametoxazol
sulfametoxazol+trimetoprima comprimido 80 mg 400 mg
sulfametoxazol+trimetoprima suspensão (5 mL) 40 mg 200 mg
Excipientes:
Comprimido: amido, manitol, laurilsulfato de sódio, estearato de magnésio, croscarmelose sódica e água
deionizada*.
*Evapora durante o processo.
Suspensão: : álcool etílico, aroma de tutti-frutti, carmelose sódica, corante vermelho ponceaux, metilparabeno,
polissorbato, propilparabeno, sacarina sódica, simeticona, sorbitol, dióxido de silício e água deionizada.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Sulfametoxazol+trimetoprima somente deve ser usado quando o benefício do tratamento superar qualquer
risco possível; considerações devem ser feitas quanto ao agente bacteriano efetivo. Como a suscetibilidade da
bactéria in vitro varia geograficamente e com o tempo, a situação local deve ser considerada quando se seleciona
uma antibioticoterapia.
Sulfametoxazol+trimetoprima (comprimidos e suspensões)
Este medicamento é indicado para o tratamento das infecções causadas por microrganismos sensíveis à
associação trimetoprima + sulfametoxazol, tais como:
- infecções do trato respiratório e otites: exacerbações agudas de quadros crônicos de bronquite, sinusite,
tratamento e profilaxia (primária e secundária) da pneumonia por Pnemocystis carinii em adultos e crianças.
Otite média em crianças, quando há boas razões para se preferir essa combinação a um antibiótico simples;
- infecções do trato urinário e renais: cistites agudas e crônicas, pielonefrites, uretrites, prostatites e cancroides;
- infecções genitais em homens e mulheres, inclusive uretrite gonocócica;
- infecções gastrointestinais, incluindo febre tifoide e paratifoide, e tratamento dos portadores, cólera (como
medida conjunta à reposição de líquidos e eletrólitos), diarreia dos viajantes causada pela Escherichia coli
enterotoxicogênica, shiguellose (cepas sensíveis de Shigella flexneri e Shigella sonnei, quando o tratamento
antibacteriano for indicado);
- infecções da pele e tecidos moles: piodermite, furúnculos, abscessos e feridas infectadas;
- Outras infecções bacterianas causadas por uma grande variedade de microrganismos (tratamento possivelmente
em combinação com outros antibióticos): osteomielite aguda e crônica, brucelose aguda, nocardiose,
blastomicose sul-americana, actonomicetoma.
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Infecções do trato respiratório
Exacerbação aguda de bronquite crônica e otite média em crianças, quando há evidência de sensibilidade ao
SMZ-TMP e uma boa razão para preferir essa combinação a um antibiótico simples nas duas indicações.
Tratamento e profilaxia (primária e secundária) da Pneumonia por Pnemocystis carinii em adultos e crianças.
Infecções do trato urogenital
Infecções do trato urinário, uretrites gonocóccicas e cancroide.
Infecções do trato gastrointestinal
Febre tifoide e paratifoide, shigelose (cepas susceptíveis de Shigela flexneri e Shigela sonnei, quando a terapia
antibacteriana é indicada) diarreia dos viajantes causada por Escherichia coli enterotoxigênica e cólera (como
medida conjunta à reposição de líquidos e eletrólitos).
Outras infecções bacterianas
Infecções causadas por uma ampla variedade de organismos (possivelmente tratamento em combinação com
outros antibióticos), por exemplo, brucelose, osteomielite aguda e crônica, nocardiose, actinomicetoma,
blastomicose sul-americana e septicemia.
Sulfametoxazol+trimetoprima mostra-se eficaz no tratamento de inúmeras infecções. Nas infecções
respiratórias superiores e inferiores, em crianças e adultos, com eficáciaº comparável à eritromicina e
amoxicilina (Bottone et al., 1982; Davies et al.,1983).
Na otite média aguda sua eficácia é similar à amoxicilina, cefaclor e ceftriaxona (Feldman et al., 1988; Blumer et
al., 1984; Shurin et al., 1980; Barnett et al., 1997), e é opção nas infecções causadas por H. influenzae resistente
à ampicilina ou em pacientes com hipersensibilidade à penicilina (Shurin et al., 1980). Pode ser usado na
profilaxia da otite média recorrente e otite média crônica (Gaskins et al., 1982; Krause et al., 1982). Na sinusite
aguda, pode ser considerado agente de primeira linha (Fagnan, 1998).
No tratamento das pneumonias mostra eficácia similar ao cefadroxil, à penicilina G procaína e cefalexina
(Phadtare & Rangnekar, 1988; Castro, 1986; Keeley et al.,1990) e pode ser uma opção em casos leves a
moderados; contudo, deve-se sempre considerar a resistência local (Nierdman et al., 1993). Também se mostra
eficaz na bronquite crônica agudizada (Pines et al., 1969).
Sulfametoxazol+trimetoprima é considerado medicamento de escolha na profilaxia e no tratamento da
pneumonia por P. carinii em adultos e crianças HIV positivo (Anon, 1992; Schneider et al., 1992). Nesses
pacientes, seu uso mostra-se também eficaz na profilaxia primária da toxoplasmose cerebral (Carr et al., 1992).
Nas infecções agudas, não complicadas, do trato urinário inferior, sulfametoxazol+trimetoprima tem eficácia
similar ao ofloxacino e ciprofloxacino no tratamento com duração de três dias (McCarty et al., 1999), similar ao
norfloxacino e nitrofurantoína em estudos que avaliaram o tratamento por sete dias (Anon,1987; Spencer et al.,
1994) e, similar ao ciprofloxacino, no tratamento por dez dias (Henry et al., 1986). Também é efetivo na
profilaxia de infecções recorrentes do trato urinário (Anon, 1987; Stamm et al., 1980). No tratamento da
pielonefrite aguda não complicada, sulfametoxazol+trimetoprima tem eficácia similar ao cefaclor e à
ofloxacina (Trager et al., 1980; Cox et al., 1986) e, quando usado em associação com gentamicina, apresenta
menor resistência antimicrobiana significativa, quando comparada à associação ampicilina com gentamicina,
além de oferecer menor custo (Johnson et al., 1991).
Nas prostatites agudas e crônicas, mostra-se eficaz devido à sua alta concentração no tecido prostático (Lipsky et
al., 1999).
Sulfametoxazol+trimetoprima demonstrou ser tão eficaz quanto à estreptomicina e, provavelmente, superior à
tetraciclina no tratamento do cancroide (Fitzpatrick et al., 1981). Na uretrite gonocócica e não gonocócica (por
clamídias) é um tratamento alternativo. Verifica-se a eliminação do gonococo em dois dias de tratamento e da
clamídia em cinco a dez dias de tratamento com sulfametoxazol+trimetoprima (Tavares W, 1996).
Sulfametoxazol+trimetoprima é efetivo no tratamento das infecções gastrointestinais por Salmonella, Shigella
e E. coli enteropatogênica (Ansdell et al., 1999; Du Pont et al., 1993; Thisyakorn & Mansuwan, 1992). Na
diarreia dos viajantes, estudos mostram eficácia similar ao ciprofloxacino, com o tratamento de cinco dias
(Ericson et al., 1987).
Em adultos, sulfametoxazol+trimetoprima, por sete dias, mostrou-se tão eficaz quanto à amoxicilina/ácido
clavulânico em infecções de pele e do subcutâneo (Davies et al., 1983).
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Farmacodinâmica
Sulfametoxazol+trimetoprima contém dois componentes ativos, sulfametoxazol e trimetoprima, agindo
sinergicamente pelo bloqueio sequencial de duas enzimas que catalisam estágios sucessivos da biossíntese do
ácido folínico no microrganismo. Esse mecanismo habitualmente resulta em atividade bactericida in vitro em
concentrações nas quais as substâncias individualmente são apenas bacteriostáticas. Adicionalmente,
sulfametoxazol+trimetoprima é frequentemente eficaz contra organismos que são resistentes a um dos seus
dois componentes. Devido ao seu mecanismo de ação, o risco de resistência bacteriana é minimizado.
O efeito antibacteriano de sulfametoxazol+trimetoprima in vitro atinge um amplo espectro de microrganismos
patogênicos gram-positivos e gram-negativos, embora a sensibilidade possa depender da área geográfica em que
é utilizado.
Microrganismos geralmente sensíveis (CIM = concentração inibitória mínima < 80 mg/L)* :
* Equivalente ao SMZ.
Cocos: Branhamella catarrhalis.
Bacilos gram-negativos: Haemophilus influenzae (betalactamase positivo, betalactamase negativo),
Haemophilus parainfluenzae, E. coli, Citrobacter freundii, Citrobacter spp., Klebsiella oxytoca, Klebsiella
pneumoniae, outras Klebsiella spp., Enterobacter cloacae, Enterobacter aerogenes, Hafnia alvei, Serratia
marcescens, Serratia liquefaciens, outras Serratia spp., Proteus mirabilis, Proteus vulgaris, Morganella
morganii, Shigella spp., Yersinia enterocolitica, outras Yersinia spp., Vibrio cholerae.
Outros diversos bacilos gram-negativos: Edwardsiella tarda, Alcaligenes faecalis, Pseudomonas cepacia,
Burkholderia (Pseudomonas) pseudomallei.
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Com base em experiência clínica, os seguintes microrganismos devem também ser considerados como
sensíveis: Brucella, Listeria monocytogenes, Nocardia asteroides, Pneumocystis carinii, Cyclospora
cayetanensis.
Microrganismos parcialmente sensíveis (CIM = 80 – 160 mg/L)*:
Cocos: Staphylococcus aureus (meticilina sensíveis e meticilina resistentes), Staphylococcus spp. (coagulase
negativo), Streptococcus pneumoniae (penicilina sensíveis, penicilina resistentes),
Bacilos gram-negativos: Haemophilus ducreyi, Providencia rettgeri, outras Providencia spp., Salmonella typhi,
Salmonella-enteritidis Stenotrophomonas maltophilia (anteriormente denominado Xanthomonas maltophilia).
Outros diversos bastonetes gram-negativos: Acinetobacter lwoffi, Acinetobacter anitratus (principalmente A.
baumanii), Aeromonas hydrophila.
Microrganismos resistentes (CIM > 160 mg/L)*:
Mycoplasma spp., Mycobacterium tuberculosis, Treponema pallidum.
A prevalência local de resistência a sulfametoxazol+trimetoprima entre as bactérias pertinentes à infecção
tratada deve ser conhecida quando sulfametoxazol+trimetoprima é prescrito em bases empíricas.
Para excluir resistência, especialmente em infecções com probabilidade de serem causadas por um patógeno
parcialmente sensível, o isolado deve ser testado para sensibilidade.
A sensibilidade a sulfametoxazol+trimetoprima pode ser determinada por métodos padronizados, tais como os
testes de disco ou de diluição recomendados pelo National Comittee for Clinical Laboratory Standards –
NCCLS.
Os seguintes critérios para sensibilidade recomendados pelo NCCLS são disponibilizados na tabela abaixo:
Tabela 1. Critérios para sensibilidade recomendados pelo NCCLS
Teste de disco* Teste de diluição**
Diâmetro da zona de inibição (mm) CIM (mg/mL)
TMP SMZ
Sensível ≥ 16 ≤ 2 ≤ 38
Parcialmente sensível 11 - 15 4 76
Resistente ≤ 10 ≥ 8 ≥ 152
* Disco: 1,25 mg TMP (trimetoprima) e 23,75 mg SMZ (sulfametoxazol).
** TMP (trimetoprima) e SMZ (sulfametoxazol) em uma proporção de 1 para 19.
Farmacocinética
As propriedades farmacocinéticas da trimetoprima (TMP) e do sulfametoxazol (SMZ) são muito semelhantes.
Absorção
Após administração oral, a TMP e o SMZ são rapidamente e quase completamente absorvidos na porção
superior do trato gastrointestinal. Após dose única de 160 mg de TMP + 800 mg de SMZ, são obtidas
concentrações plasmáticas máximas de 1,5 – 3 mg/mL para TMP e 40 – 80 mg/mL para SMZ, dentro de uma a
quatro horas. Se a administração for repetida a cada 12 horas, as concentrações plasmáticas no estado de
equilíbrio, atingidas em dois ou três dias, variam entre 1,3 e 2,8mg/mL para o TMP e entre 32 e 63 mg/mL para
o SMZ.
Biodisponibilidade
A absorção de TMP e SMZ é completa conforme demonstrado pela biodisponibilidade oral absoluta
chegando a 100% para ambas as drogas.
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Distribuição
O volume de distribuição é de aproximadamente 1,6 L/kg para TMP e 0,2 L/kg para SMZ, enquanto a ligação
às proteínas plasmáticas atinge 37% para TMP e 66,2% para SMZ.
O TMP em relação ao SMZ penetra melhor em tecido prostático não inflamado, fluido seminal, fluido vaginal,
saliva, tecido pulmonar normal inflamado e fluido biliar; a penetração no liquor e humor aquoso é similar para
ambos componentes.
Grandes quantidades de TMP e pequenas quantidades de SMZ passam da corrente sanguínea para os líquidos
intersticiais e para outros líquidos orgânicos extravasculares. Entretanto, em associação, as concentrações de
TMP e SMZ são superiores às concentrações inibitórias mínimas (CIM) para a maioria dos microrganismos
suscetíveis.
Em seres humanos, TMP e SMZ são detectados nos tecidos fetais (placenta, fígado, pulmão), no sangue do
cordão umbilical e líquido amniótico, indicando a transferência placentária dos dois fármacos. Em geral,
concentrações fetais de TMP são similares às concentrações maternas, e as de SMZ do feto, menores que as da
mãe.
Tanto TMP quando SMZ são excretados pelo leite materno. Concentrações no leite materno são similares à
concentração do plasma materno para TMP e mais baixas para SMZ. (vide item Advertências e precauções –
subitem Gravidez e lactação)
Metabolismo
Cerca de 20% da dose de TMP é metabolizado. As isoenzimas do citocromo P450 envolvidas no metabolismo
oxidativo de TMP não foram identificadas.
Os principais metabólitos de TMP são os derivados óxido 1 e 3 e hidroxi 3' e 4'; alguns metabólitos são
microbiologicamente ativos. Cerca de 80% da dose de SMZ é metabolizada no fígado, predominantemente
para derivados N4 acetil (≈ 40% da dose) e, em uma menor extensão, por conjugação glicuronídica; seus
metabólitos são inativos. SMZ também sofre metabolismo oxidativo. O primeiro passo da via oxidativa conduz
à formação do derivado de hidroxilamina, o qual é catalisada pelo CYP2C9.
Eliminação
As meias-vidas dos dois componentes são muito semelhantes (em média de dez horas para TMP e onze horas
para SMZ).
Os dois fármacos, assim como seus metabólitos, são eliminados quase exclusivamente por via renal por meio
de filtração glomerular e secreção tubular, o que determina concentrações urinárias das substâncias ativas
consideravelmente mais altas que as concentrações no sangue. Cerca de dois terços da dose de TMP e um
quarto da dose SMZ são excretados inalterados na urina. A depuração plasmática total de TMP é igual a 1,9
mL/min/kg. A depuração plasmática total de SMZ é igual a 0,32 mL/min/kg. Apenas uma pequena parte dos
fármacos é eliminada por via fecal.
Farmacocinética em condições clínicas especiais
Idosos
As meias-vidas de TMP e SMZ não são significativamente alteradas nos pacientes idosos com função renal
normal.
Insuficiência renal
Em pacientes com comprometimento da função renal (clearance de creatinina de 15 – 30 mL/min), as
meiasvidas dos dois componentes podem estar aumentadas, exigindo ajustes dos regimes de doses. Diálise
peritoneal ambulatorial contínua ou intermitente não contribuem significativamente para a eliminação de
TMP-SMZ.
A dosagem de TMP-SMZ nestes pacientes deve ser semelhante aos pacientes com doença renal terminal
(clearance de creatinina < 3 mL/min). TMP e SMZ são removidos de forma significativa durante a hemodiálise
e hemofiltração. Sugere-se aumentar em 50% a dose de TMP-SMZ depois de cada sessão de hemodiálise. Em
crianças com insuficiência renal (clearance de creatinina < 30 mL / min), a depuração da TMP é reduzida e sua
meia-vida de eliminação prolongada. Portanto, a dose de TMP-SMZ deve ser reduzida proporcionalmente à
diminuição da taxa de filtração glomerular nesta população de pacientes.
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Insuficiência hepática
A farmacocinética da TMP e SMZ em pacientes com insuficiência hepática moderada ou grave não é
significativamente diferente daquela observada em indivíduos saudáveis.
Pacientes com fibrose cística
A depuração renal da TMP e a depuração metabólica de SMZ são aumentadas em pacientes com fibrose cística.
Consequentemente, a depuração total no plasma é aumentada e a meia-vida de eliminação é reduzida para ambos
os fármacos.
Crianças e adolescentes
Em crianças de 1 a 9 anos a depuração plasmática total de TMP é cerca de três vezes maior do que em adultos.
Como consequência, a meia-vida de TMP em crianças é menor do que metade da observada em adultos.
Observações semelhantes foram feitas para sulfametoxazol.
Sulfametoxazol+trimetoprima está contraindicado nos casos de lesões graves do parênquima hepático e em
pacientes com insuficiência renal grave quando não se pode determinar regularmente a concentração plasmática.
Da mesma forma, sulfametoxazol+trimetoprima está contraindicado aos pacientes com história de
hipersensibilidade à sulfonamida ou trimetoprima ou a qualquer um dos componentes da formulação.
Sulfametoxazol+trimetoprima não deve ser utilizado em combinação com dofetilida (vide item Interações
medicamentosas).
Este medicamento é contraindicado para uso por prematuros e recém-nascidos durante as primeiras seis
semanas de vida.
O tratamento deve ser descontinuado imediatamente ao primeiro sinal de aparecimento de rash cutâneo ou
qualquer outra reação adversa grave.
Sulfametoxazol+trimetoprima deve ser administrado com cautela em pacientes com história de alergia e asma
brônquica.
Existe maior risco de reações adversas graves em pacientes idosos ou em pacientes que apresentem as seguintes
condições: insuficiência hepática, insuficiência renal ou uso concomitante de outros fármacos (nesse caso, o
risco pode ser relacionado à dosagem ou duração do tratamento). Embora raro, já foi descrito caso fatal
relacionado com reações graves, tais como: discrasias sanguíneas, eritema exsudativo multiforme (síndrome de
Stevens-Johnson), necrólise epidérmica tóxica (síndrome de Lyell), erupção cutânea medicamentosa com
eosinofilia e sintomas sistêmicos (DRESS) e necrose hepática fulminante.
Para diminuir o risco de reações indesejáveis, a duração do tratamento com sulfametoxazol+trimetoprima deve
ser a menor possível, especialmente em pacientes idosos. Em caso de comprometimento renal, a dose deve ser
ajustada.
Pacientes em uso prolongado de sulfametoxazol+trimetoprima devem fazer controle regular de hemograma.
Caso surja redução significativa de qualquer elemento figurado do sangue, o tratamento com
sulfametoxazol+trimetoprima deve ser suspenso.
A não ser em casos excepcionais, sulfametoxazol+trimetoprima não deve ser administrado a pacientes com
alterações hematológicas graves.
Foram relatados casos de pancitopenia em pacientes que receberam a combinação trimetoprima com metotrexato
(vide item Interações medicamentosas).
Nos pacientes idosos ou em pacientes com história de deficiência de ácido fólico ou insuficiência renal, podem
ocorrer alterações hematológicas indicativas de deficiência de ácido fólico. Essas alterações são reversíveis
administrando-se ácido folínico.
Pacientes em uso prolongado de sulfametoxazol+trimetoprima devem fazer exame de urina e avaliação da
função renal (em particular, pacientes com insuficiência renal) regularmente. É necessário o monitoramento da
ingestão adequada de líquidos e diurese, durante o tratamento, para evitar cristalúria.
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Bula_ sulfametoxazol+trimetoprima Vitapan 2014 - XXXXXX - 07/14A
Devido à possibilidade de hemólise, sulfametoxazol+trimetoprima não deve ser administrado a pacientes
portadores de deficiência de G6PD (desidrogenase de glicose-6-fosfato), a não ser em casos de absoluta
necessidade e em doses mínimas.
Notou-se que o TMP prejudica o metabolismo da fenilalanina, mas isso não é significativo em pacientes
fenilcetonúricos com restrição dietética apropriada.
Como com todos os fármacos com sulfonamidas, é aconselhável ter cuidado com pacientes com porfiria ou
disfunção da tireoide. Pacientes que são acetiladores lentos podem ser mais suscetíveis a reações idiossincráticas
às sulfonamidas.
Gravidez e lactação.
Categoria de risco na gravidez: C.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-
dentista.
Com base em relatórios de estudos incluindo gestantes, revisão de literatura e relatórios espontâneos de
malformações, o uso de sulfametoxazol+trimetoprima parece não apresentar risco de teratogenicidade em seres
humanos.
Em animais de laboratório, doses muito elevadas de TMP e SMZ produziram malformações fetais típicas de
antagonismo de ácido fólico.
Uma vez que tanto TMP como SMZ atravessam a barreira placentária e podem, portanto, interferir no
metabolismo do ácido fólico, sulfametoxazol+trimetoprima somente deverá ser utilizado durante a gravidez se
os possíveis riscos para o feto justificarem os benefícios terapêuticos esperados. Recomenda-se que toda gestante
em tratamento com sulfametoxazol+trimetoprima receba concomitantemente 5 a 10 mg de ácido fólico
diariamente. Deve-se evitar o uso de sulfametoxazol+trimetoprima durante o último estágio da gravidez, tanto
quanto possível, devido ao risco de kernicterus no neonato.
Tanto TMP como SMZ são excretados no leite materno. Embora a quantidade ingerida pelo lactente seja
pequena, possíveis riscos para o lactente (kernicterus, hipersensibilidade) devem ser ponderados frente aos
benefícios terapêuticos esperados para a mãe.
Diuréticos: aumento da incidência de trombocitopenia com púrpura foi observado em pacientes idosos
recebendo concomitantemente certos diuréticos, principalmente tiazídicos. Nestes pacientes, as plaquetas devem
ser monitoradas regularmente.
digoxina: níveis sanguíneos elevados de digoxina podem ocorrer com terapia concomitante com
sulfametoxazol+trimetoprima, especialmente em pacientes idosos. Níveis séricos de digoxina devem ser
monitorados.
A exposição sistêmica a medicamentos metabolizados pelo CYP2C9 pode aumentar quando administrados em
conjunto com TMP-SMZ. Exemplos incluem:
Cumarinas: varfarina, acenocoumarol, fenprocoumona, fenitoína Os parâmetros de coagulação devem ser
monitorados em pacientes que recebem cumarinas.
Derivados de sulfonilureia: glibenclamida, gliclazida, glipizida, clorpropamida e tolbutamida. Pacientes que
recebem derivados de sulfonilureia devem ser monitorados regularmente devido ao risco de hipoglicemia.
Fenitoína: Um aumento de 39% na meia-vida e uma diminuição de 27% na taxa de clearance da fenitoína
foram observados, após a administração da dose padrão de TMP-SMZ. Os pacientes que recebem fenitoína
devem ser monitorados em relação à toxicidade da fenitoína
Ciclosporina: deterioração reversível da função renal, foi observada em pacientes tratados com TMP-SMZ e
ciclosporina após transplante renal.
Antidepressivos: a eficácia dos antidepressivos tricíclicos podem diminuir quando coadministrado com TMO-
SMZ.
Metotrexato: as sulfonamidas, incluindo SMZ, podem competir com a ligação proteica e também com o
transporte renal de metotrexato, aumentando, portanto, a fração do metotrexato livre e sua exposição sistêmica.
Foram relatados casos de pancitopenia em pacientes tratados com a combinação de trimetoprima com
metotrexato (vide item Advertências e precauções). A trimetoprima apresenta baixa afinidade para a
deidrofolato-redutase humana, mas pode aumentar a toxicidade do metotrexato, especialmente na presença de
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Bula do Profissional de Saúde
Bula_ sulfametoxazol+trimetoprima Vitapan 2014 - XXXXXX - 07/14A
fatores de risco, tais como idade avançada, hipoalbuminemia, insuficiência renal e reserva da medula óssea
diminuída, e em pacientes que receberam altas doses de metotrexato. Pacientes de risco devem ser tratados
com ácido fólico ou folinato de cálcio, para contrabalançar os efeitos do metotrexato sobre a hematopoiese.
Pirimetamina: relatos ocasionais sugerem que os pacientes recebendo pirimetamina, como na profilaxia da
malária, em doses excedendo 25 mg semanalmente podem desenvolver anemia megaloblástica, se TMP-SMZ
for prescrito concomitantemente.
Hipoglicemiantes orais: sulfametoxazol+trimetoprima, assim como outras sulfonamidas, potencializa o efeito
dos hipoglicemiantes orais.
Amantadina: delírio tóxico tem sido relatado após ingestão concomitante de SMZ-TMP e amantadina.
Os pacientes que receberam a amantadina ou memantina pode ter um risco aumentado de efeitos adversos
neurológicos, como delírios e mioclonia.
Dofetilida: trimetoprima e sulfametoxazol não deve ser administrado em combinação com dofetilida (vide
item Contraindicações)
Há evidências de que trimetoprima inibe a excreção renal de dofetilida. Trimetoprima 160 mg em combinação
com sulfametoxazol 800 mg, duas vezes ao dia, coadministrado com dofetilida 500 µg, duas vezes ao dia,
durante quatro dias, resultou em 103% de aumento na área sob a curva concentração-tempo (ASC) de
dofetilida e 93% de aumento na concentração plasmática máxima (Cmax). Dofetilida pode causar arritmias
ventriculares sérias associadas com prolongamento do intervalo QT, incluindo torsades de pointes, que são
diretamente relacionadas com a concentração plasmática de dofetilida.
A exposição sistémica a medicamentos metabolizados pelo CYP2C8 pode aumentar quando administrado com
TMP e SMZ. Exemplos incluem paclitaxel, amiodarona, dapsona, repaglinida, rosiglitazona e pioglitazona.
Paclitaxel e amiodarona apresentam um estreito índice terapêutico. Um medicamento antibiótico alternativo é
recomendado em pacientes que recebem terapias com paclitaxel ou amiodarona.
Tanto dapsona como TMP-SMZ podem causar meta-hemoglobinemia, e portanto há potencial para interações
farmacocinéticas e farmacodinâmicas. Os pacientes que recebem tanto dapsona e TMP-SMZ devem ser
monitorados quanto à ocorrência de meta-hemoglobinemia. Outras opções terapêuticas devem ser
consideradas, se possível.
Os pacientes que receberam repaglinida, rosiglitazona ou pioglitazona devem ser monitorados regularmente em
relação à ocorrência de hipoglicemia.
Interações farmacocinéticas
Trimetoprima é um inibidor do transportador de cátions orgânicos 2 (OCT2), e um inibidor fraco do CYP2C8.
Sulfametoxazol é um inibidor fraco do CYP2C9.
A exposição sistêmica aos medicamentos transportados por OCT2 pode aumentar quando administrados com
TMP-SMZ. Exemplos incluem a dofetilida, amantadina e memantina.
Interações farmacodinâmicas e interações de mecanismo indefinido
A administração em conjunto com a clozapina, uma substância conhecida por ter um grande potencial para
causar agranulocitose, deve ser evitada.
Zidovudina, e menos comumente TMP-SMZ, é conhecida por induzir alterações hematológicas.
Por conseguinte, há potencial para um efeito farmacodinâmico aditivo. Os pacientes que recebem TMP e SMZ
e zidovudina devem ser monitorados quanto à toxicidade hematológica, e pode ser necessário ajuste de dose.
A administração em conjunto com azatioprina ou mercaptopurina pode aumentar o risco de eventos adversos
hematológicos, particularmente em pacientes que recebem TMP-SMZ por um período prolongado, ou que
estão com risco aumentado de deficiência de ácido fólico. Portanto, alternativas para TMP-SMZ devem ser
consideradas para pacientes recebendo azatioprina ou mercaptopurina. Se TMP-SMZ é usado em combinação
com azatioprina ou mercaptopurina, os pacientes devem ser monitorados quanto à toxicidade hematológica.
Devido aos efeitos poupadores de potássio de TMP-SMZ, cuidado deve ser tomado quando TMP-SMZ é
coadministrado com outros agentes que aumentam o potássio sérico, tais como inibidores da enzima
conversora da angiotensina e bloqueadores dos receptores da angiotensina. Recomenda-se monitoramento
frequente do potássio sérico, especialmente em pacientes com distúrbios de potássio subjacentes, insuficiência
renal, ou pacientes que receberam uma alta dose de TMP-SMZ.
Influência em métodos diagnósticos
TMP-SMZ, especialmente o componente trimetoprima, pode interferir na determinação sérica do metotrexato,
utilizando a técnica de ligação proteica competitiva, quando a diidrofolato redutase bacteriana for utilizada
como proteína de ligação. Não ocorre nenhuma interferência, entretanto, se o metotrexato for dosado por
radioimunoensaio. A presença de TMP e SMZ também pode interferir na reação de picrato alacalino de Jaffé,
usada na determinação de creatinina, resultando em aumento dos valores normais em cerca de 10%.
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7. CUIDADOS DE ARMAZENAGEM
Sulfametoxazol+trimetoprima deve ser conservado em temperatura ambiente (entre 15 e 30 ºC), protegido da
luz e umidade.
Prazo de validade
Os comprimidos de sulfametoxazol+trimetoprima possuem prazo de validade de 24 meses a partir da data de
fabricação.
As suspensões de sulfametoxazol+trimetoprima possuem prazo de validade de 24 meses a partir da data de
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Para sua segurança, mantenha o medicamento na embalagem original.
Comprimido de sulfametoxazol+trimetoprima é circular de coloração branca, isento de material estanho.
Suspenção de sulfametoxazol+trimetoprima é viscosa rosa, com aroma de tutti-frutti.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
sulfametoxazol+trimetoprima comprimidos e suspensões:
As doses de sulfametoxazol+trimetoprima comprimidos e suspensões devem ser administradas por via oral,
pela manhã e à noite, de preferência após uma refeição, e com quantidade suficiente de líquido.
Os frascos das suspensões de sulfametoxazol+trimetoprima devem ser agitados antes da administração.
Posologia
sulfametoxazol+trimetoprima comprimidos e suspensões
Posologia padrão
Crianças abaixo de 12 anos:
Os esquemas abaixo para crianças são aproximadamente equivalentes à dose diária de 6 mg de trimetoprima e 30
mg sulfametoxazol por kg de peso.
Para infecções graves, a dose apresentada para crianças pode aumentar em até 50%.
Tabela 2. Dose normal para crianças abaixo de 12 anos de idade
Idade Dose da suspensão a
cada 12 horas
6 semanas a
5 meses
2,5 mL
6 meses a 5 anos 5 mL
6 anos a 12 anos 10mL
Duração do tratamento
Em infecções agudas, sulfametoxazol+trimetoprima deve ser administrado por pelo menos cinco dias, ou até
que o paciente esteja assintomático por pelo menos dois dias. Se a melhora clínica não for evidente após sete
dias de tratamento, o paciente deve ser reavaliado.
Adultos e crianças a partir de 12 anos:
Dose habitual: 2 comprimidos de sulfametoxazol+trimetoprima ou 20 mL de sulfametoxazol+trimetoprima
suspensão a cada 12 horas.
Dose mínima e dose para tratamento prolongado (mais de 14 dias): 1 comprimido de
sulfametoxazol+trimetoprima ou 10 mL de sulfametoxazol+trimetoprima suspensão a cada 12 horas.
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Bula_ sulfametoxazol+trimetoprima Vitapan 2014 - XXXXXX - 07/14A
Dose máxima (casos especialmente graves): 3 comprimidos de sulfametoxazol+trimetoprima ou 30 mL de
sulfametoxazol+trimetoprima suspensão a cada 12 horas.
Posologias especiais
a. Cancroide: 2 comprimidos de sulfametoxazol+trimetoprima, duas vezes ao dia. Se não ocorrer cicatrização
aparente após sete dias, um curso adicional de sete dias de tratamento deve ser considerado. Entretanto, o médico
deve estar ciente de que a falha na resposta pode indicar que a doença é causada por um microrganismo
resistente.
b. Gonorreia – Adultos: 5 comprimidos de sulfametoxazol+trimetoprima, duas vezes ao dia, pela manhã e à
noite, em um único dia de tratamento.
c. Pacientes em hemodiálise: após administração da dosagem normal, doses de 1/2 ou 1/3 da dosagem original
devem ser administradas a cada 24 – 48 horas.
d. Pneumonia por Pneumocystis carinii: Recomenda-se até 20 mg/kg de trimetoprima e 100 mg/kg de
sulfametoxazol nas 24 horas (doses iguais, fracionadas a cada seis horas), durante 14 dias.
A tabela seguinte fornece a orientação relativa ao limite superior de dosagem, por peso corpóreo, para pacientes
com pneumonia causada pelo Pneumocystis carinii.
Tabela 3. Orientação relativa ao limite superior de dose para pacientes com pneumonia causada pelo
Pneumocystis carinii
Peso corporal Dose – a cada 6 horas
kg Suspensão
medidas (mL)
Comprimidos
8 1 (5mL) –
16 2 (10 mL) 1
24 3 (15 mL) 1 1/2
32 4 (20 mL) 2
40 5 (25 mL) 2 1/2
48 6 (30 mL) 3
64 8 (40 mL) 4
80 10 (50 mL) 5
Para a profilaxia da pneumonia por Pneumocistis carinii, a dose recomendada para adolescentes e adultos é de 1
comprimido de sulfametoxazol+trimetoprima ao dia. A dose ótima para profilaxia não foi estabelecida.
Crianças – profilaxia de pneumonia causada por Pneumocystis carinii.
Para crianças a dose recomendada é de 150 mg/m2
/dia TMP com 750 mg/m2
/dia SMZ administrados por via oral
em doses iguais divididas em duas vezes, durante 3 dias consecutivos por semana. A dose diária total não deve
exceder 320 mgdia TMP e 1600 mg SMZ.
A tabela seguinte fornece orientação relativa à dosagem recomendada de acordo com a superfície corpórea, em
crianças, para a profilaxia da pneumonia causada por Pneumocystis carinii:
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Tabela 4. Orientação relativa à dose recomendada para crianças para a profilaxia da pneumonia causada
por Pneumocystis carinii
Superfície
corporal
Dose- a cada 12 horas
m
2
Medidas da
suspensão
0,26 1/2 (2,5 mL) –
0,53 1 (5 mL) 1/2
1,06 2 (10 mL) 1
e. Pacientes com insuficiência renal
A tabela a seguir apresenta o esquema de dose recomendada para pacientes com insuficiência renal.
Tabela 5. Dose recomendada para pacientes com insuficiência renal
Clearance de creatinina Esquema posológico recomendado
acima de 30 mL/min dose padrão
15 – 30 mL/min metade da dose padrão
menos de 15 mL/min não é recomendável o uso de sulfametoxazol+trimetoprima
f. Pacientes idosos: pacientes idosos com função renal normal devem receber as mesmas doses que um adulto
mais jovem.
Nas doses recomendadas, sulfametoxazol+trimetoprima é geralmente bem tolerado. Os efeitos colaterais mais
comuns são os rashes cutâneos e os distúrbios gastrointestinais.
As categorias utilizadas como padrões de frequência são as seguintes:
Muito comum ≥ 1/10; comum ≥ 1/100 e ‹ 1/10; incomum ≥ 1/1.000 e ‹ 1/100; raro ≥ 1/10.000 e
‹ 1/1.000 e muito raro ‹ 1/10.000.
Efeitos adversos relatados nos pacientes tratados com trimetoprima + sulfametoxazol
– Infecções e infestações
Muito raro: infecções fúngicas, como candidíase, têm sido relatadas.
– Desordens hematológicas e do sistema linfático
Raro: a maioria das alterações hematológicas observadas tem sido discreta, assintomática e reversível com a
suspensão da medicação. As alterações mais comumente observadas foram leucopenia, neutropenia e
trombocitopenia.
Muito raro: agranulocitose, anemia (megaloblástica, hemolítica/autoimune, aplástica), meta-hemoglobinemia,
pancitopenia ou púrpura.
– Desordens do sistema imune
Muito raro: assim como qualquer outra droga, reações alérgicas podem ocorrer em pacientes que são
hipersensíveis aos componentes da medicação: por exemplo, febre, edema angioneurótico, reações
anafilactoides, reações de hipersensibilidade e doença do soro. Infiltrados pulmonares, tais como ocorrem em
alveolite alérgica ou eosinofílica, tem sido relatados. Elas podem se manifestar por meio de sintomas, como tosse
ou respiração ofegante. Se tais sintomas aparecerem ou, inexplicavelmente, piorarem, o paciente deve ser
reavaliado e a descontinuação da terapia com sulfametoxazol+trimetoprima ser considerada.
Casos de periarterite nodosa e miocardite alérgica tem sido relatados.
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Bula_ sulfametoxazol+trimetoprima Vitapan 2014 - XXXXXX - 07/14A
– Desordens metabólicas e nutricionais
Muito raro: altas doses de TMP, como as usadas em pacientes com pneumonia por Pneumocystis carinii,
induzem um progressivo, mas reversível, aumento de concentração de potássio sérico em um número substancial
de pacientes. Mesmo doses recomendadas de TMP podem causar hipercalemia quando administradas a pacientes
com doenças subjacentes de metabolismo do potássio, insuficiência renal ou que estejam recebendo drogas que
induzem à hipercalemia. É necessário monitoramento rigoroso do potássio sérico nesses pacientes. Casos de
hiponatremia foram relatados. Casos de hipoglicemia em pacientes não diabéticos tratados com SMZ-TMP têm
sido relatados, geralmente, após poucos dias de tratamento. Pacientes com redução da função renal, doença
hepática, desnutrição ou recebendo altas doses de SMZ-TMP estão especialmente sob risco.
– Desordens psiquiátricas
Muito raro: casos isolados de alucinações têm sido relatados.
– Desordens do sistema nervoso
Muito raro: neuropatia (incluindo neurite periférica e parestesia), uveíte. Meningite asséptica ou sintomas
semelhantes à meningite, ataxia, convulsões, vertigem e tinido foram relatados.
– Efeitos colaterais gastrintestinais
Comum: náusea (com ou sem vômito).
Raro: estomatite, glossite e diarreia.
Muito raro: enterocolite pseudomembranosa.
Casos de pancreatite aguda têm sido relatados, sendo que vários desses pacientes tinham doenças graves,
incluindo pacientes portadores de AIDS (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida).
– Desordens hepatobiliares
Muito raro: necrose hepática, hepatite, coléstase, elevação de bilirrubinas e transaminases e casos isolados de
síndrome de desaparecimento do ducto biliar têm sido relatados.
– Desordens cutâneas e subcutâneas
Comum: múltiplas reações na pele têm sido relatadas, as quais são geralmente leves e rapidamente reversíveis
após suspensão da medicação.
Muito raro: como ocorre com muitas outras drogas que contêm sulfonamidas, o uso de
sulfametoxazol+trimetoprima tem, em raros casos, sido relacionado à fotossensibilidade, eritema multiforme,
síndrome de Stevens-Johnson e necrólise epidérmica tóxica (síndrome de Lyell), erupção cutânea
medicamentosa com eosinofilia e sintomas sistêmicos (DRESS) e púrpura de Henoch-Schöenlein.
– Desordens do sistema musculoesquelético, do tecido conjuntivo e dos ossos
Muito raro: casos de artralgia e mialgia e casos isolados de rabdomiólise foram relatados.
– Desordens do sistema renal e urinário
Muito raro: casos de comprometimento da função renal, nefrite intersticial, elevação da ureia e da creatinina
séricas e cristalúria foram reportados. Sulfonamidas, incluindo sulfametoxazol+trimetoprima, podem induzir o
aumento da diurese, particularmente em pacientes com edema de origem cardíaca.
Segurança de sulfametoxazol + trimetoprima em pacientes infectados pelo HIV.
Os pacientes portadores de HIV têm o espectro de possíveis eventos adversos similar ao espectro dos pacientes
não infectados. Entretanto, alguns eventos adversos podem ocorrer com frequência maior e com quadros clínicos
diferenciados.
Essas diferenças relacionam-se aos seguintes sistemas:
Muito comum: leucopenia, granulocitopenia e trombocitopenia.
Muito comum: hipernatremia.
Incomum: hiponatremia, hipoglicemia.
– Desordens gastrintestinais
Muito comum: anorexia, náusea com ou sem vômito, diarreia.
Elevação de transaminases.
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Muito comum: rash maculopapular, geralmente com prurido.
– Desordens em geral e condições do local de administração
Muito comum: febre, geralmente associada com erupção maculopapular.
Em caso de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA,
disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm , ou para Vigilância Sanitária Estadual ou
Municipal.
Sintomas
Sintomas da superdose aguda podem incluir náusea, vômito, diarreia, cefaleia, vertigens, tontura e distúrbios
mentais e visuais; cristalúria, hematúria e anemia podem ocorrer em casos severos. Em superdose crônica,
depressão da medula óssea, manifestada como trombocitopenia ou leucopenia e outras discrasias sanguíneas,
devida à deficiência de ácido folínico, pode ocorrer.
Tratamento
Dependendo dos sintomas, recomendam-se as seguintes medidas terapêuticas: impedir absorção adicional,
promoção da excreção renal por meio de diurese forçada (alcalinização da urina aumenta a eliminação de SMZ),
hemodiálise (nota: diálise peritoneal não é eficaz), monitoramento hematológico e dos eletrólitos. Se ocorrer
significativa discrasia sanguínea ou icterícia, deve-se instituir tratamento específico para essas condições. A
administração de folinato de cálcio, por via intramuscular, de 3 a 6 mg, durante cinco a sete dias, pode
contrabalançar os efeitos da TMP na hematopoiese.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.