Bula do Sulfato de Terbutalina + Guaifenesina produzido pelo laboratorio Ems S/a
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
SULFATO DE TERBUTALINA + GUAIFENESINA
EMS S/A
Xarope
0,3 mg/mL + 13,3 mg/mL
sulfato de terbutalina + guaifenesina
“Medicamento genérico Lei n° 9.787, de 1999”
I - IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
APRESENTAÇÃO
Embalagem com frasco contendo 80, 100 ou 120 mL de xarope + 1 copo medida. Cada mL do xarope
contém 0,3 mg do sulfato de terbutalina e 13,3 mg de guaifenesina.
VIA ORAL
USO ADULTO E PEDIÁTRICO A PARTIR DE 2 ANOS
COMPOSIÇÃO
Cada mL do sulfato de terbutalina + guaifenesina contém:
sulfato de terbutalina.............................................................................................................0,3 mg
guaifenesina.........................................................................................................................13,3 mg
excipiente* q.s.p........................................................................................................................1 ml
*hietelose, benzoato de sódio, edetato dissódico di-hidratado, propilenoglicol, mentol, essência de cereja,
essência de morango, glicerol, sorbitol, sacarina sódica, ciclamato de sódio, ácido cítrico, sucralose, água
purificada.
II) INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Asma brônquica, bronquite crônica, enfisema e outras pneumopatias que apresentam broncoespasmo e
secreção.
O sulfato de terbutalina + guaifenesina foi estudado em crianças asmáticas nas doses de 0,075 e 0,0375
mg/kg de peso corpóreo.
A dose de 0,075 mg/kg promoveu melhora significativa sobre a obstrução das vias aéreas em um período
de observação de 5 horas. Não houve alterações significativas sobre a frequência cardíaca (Leegaard J
and Fjulsrud S. Arch Dis Child 1973; 48: 229-32).
Propriedades Farmacodinâmicas
A terbutalina é um agonista adrenérgico que estimula predominantemente os receptores beta-2,
produzindo relaxamento da musculatura lisa dos brônquios, inibição da liberação de espasmógenos
endógenos, inibição do edema causado por mediadores endógenos, aumento da depuração mucociliar e
relaxamento do músculo uterino.
A guaifenesina é utilizada para que seja produzido um muco menos viscoso nas vias aéreas, para facilitar
a expectoração e aliviar a tosse.
Em estudos clínicos, o efeito broncodilatador de terbutalina demonstrou ter uma duração de até 8 horas.
Propriedades Farmacocinéticas
Há considerável metabolismo na primeira passagem na parede intestinal como também no fígado. A
biodisponibilidade é de aproximadamente 10% e aumenta para aproximadamente 15% se a terbutalina é
ingerida com estômago vazio.
A concentração plasmática máxima da terbutalina é alcançada dentro de 3 horas e sua metabolização
ocorre principalmente por conjugação com ácido sulfúrico, sendo excretada como conjugado sulfato. Não
são formados metabólitos ativos.
A guaifenesina é bem absorvida pelo trato gastrintestinal e sua meia-vida plasmática é de
aproximadamente 1 hora. A guaifenesina é metabolizada e é excretada na urina com ácido beta(2-
metóxifenoxi)-lático como seu metabólito principal.
O início da ação terapêutica ocorre dentro de 30 minutos.
Dados de segurança pré-clínica
O principal efeito tóxico da terbutalina observado em estudos toxicológicos é a necrose miocárdica focal.
Este tipo de cardiotoxicidade é um efeito bem conhecido da classe sendo que o efeito da terbutalina é
igual ou menos acentuado do que aqueles de outros agonistas beta-receptores.
Hipersensibilidade à terbutalina, à guaifenesina ou aos outros componentes da fórmula.
A dose recomendada não deve ser excedida, pois a guaifenesina em altas doses pode causar cálculos
urinários e efeitos no Sistema Nervoso Central (vide 10. SUPERDOSE).
Assim como para todos os agonistas beta-2, deve-se ter cuidado em pacientes com tireotoxicose.
Efeitos cardiovasculares podem ser observados com o uso de medicamentos simpatomiméticos, incluindo
o sulfato de terbutalina + guaifenesina. Há evidências de raras ocorrências de isquemia miocárdica
associada a agonistas beta, provenientes de dados de pós-comercialização e de literatura publicada.
Pacientes com doenças cardíacas graves subjacentes (ex. doença cardíaca isquêmica, arritmia,
insuficiência cardíaca grave) que estão recebendo o sulfato de terbutalina + guaifenesina, devem ser
aconselhados a procurar o médico caso sintam dor no peito ou outros sintomas de agravamento da doença
cardíaca. Deve-se ter cautela na avaliação de sintomas como dispneia e dor no peito, uma vez que ambas
podem ser de origem respiratória ou cardíaca.
Em pacientes diabéticos, recomendam-se inicialmente controles adicionais da glicemia, devido aos efeitos
hiperglicêmicos dos agonistas beta-2.
Hipocalemia potencialmente séria pode resultar da terapia com agonista beta-2. Cuidados especiais
devem ser tomados em asma aguda grave, pois o risco associado pode ser aumentado pela hipóxia. O
efeito hipocalêmico pode ser potencializado por tratamentos concomitantes (ver item 6. Interações
Medicamentosas). Recomenda-se que os níveis séricos de potássio sejam monitorados nestas situações.
Pacientes com asma persistente que requerem terapia de manutenção com agonistas β2 devem também
receber terapia anti-inflamatória apropriada, por exemplo, corticosteroides inalatórios ou antagonistas dos
receptores de leucotrienos. Estes pacientes devem ser aconselhados a continuar o tratamento com anti-
inflamatórios após a introdução de sulfato de terbutalina + guaifenesina, mesmo quando os sintomas
diminuírem. Se os sintomas persistirem, ou o tratamento com agonistas β2 precisar ser aumentado, isto
indica uma piora nas condições basais e justifica a reavaliação da terapia.
Uso em idosos: não há recomendações especiais relacionadas com a idade do paciente adulto.
Efeitos sobre a capacidade de dirigir veículos e operar máquinas: O sulfato de terbutalina +
guaifenesina não afeta a capacidade de dirigir veículos e operar máquinas.
Uso durante a gravidez e lactação
Categoria de risco na gravidez: C.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica.
Não foram observados efeitos teratogênicos em humanos ou em animais. Entretanto, recomenda-se
cuidado durante o primeiro trimestre da gravidez.
Devido ao potencial efeito tocolítico, o tratamento de manutenção com agonistas β2 orais para asma e
outras doenças pulmonares deve ser usado cautela no fim da gestação.
A terbutalina passa para o leite materno, entretanto nas doses terapêuticas, a influência na criança é
improvável.
Hipoglicemia transitória foi relatada em bebês recém-nascidos prematuros, após tratamento da mãe com
agonistas beta-2.
Os betabloqueadores (incluindo colírios), especialmente os não-seletivos, podem inibir parcial ou
totalmente os efeitos dos agonistas beta.
Anestésicos halogenados
Deve ser evitada anestesia com halotano durante o tratamento com agonistas β2, já que a mesma aumenta
o risco de arritmias cardíacas. Outros anestésicos halogenados devem ser utilizados cuidadosamente
concomitantes aos agonistas β2.
Agentes depletores de potássio e hipocalemia
Devido ao efeito hipocalêmico dos agonistas β2, a administração concomitante de sulfato de terbutalina +
guaifenesina com agentes depletores de potássio que conhecidamente exacerbam o risco de hipocalemia,
como diuréticos, metilxantinas e corticosteróides, devem ser administrados cuidadosamente após a
avaliação cuidadosa dos benefícios e riscos, especialmente quanto ao aumento do risco de arritmias
cardíacas decorrentes de hipocalemia (vide 5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES). Hipocalemia
também predispõe à toxicidade por digoxina.
Hipocalemia pode resultar da terapia agonista beta-2 e pode ser potencializada por tratamento
concomitante com derivados xantínicos, esteroides e diuréticos (ver item 5. Advertências e Precauções).
O sulfato de terbutalina + guaifenesina deve ser conservado em temperatura ambiente (15°C a 30°C).
Proteger da luz e manter em lugar seco.
O sulfato de terbutalina + guaifenesina tem validade de 24 meses a partir da data de fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
O sulfato de terbutalina + guaifenesina é apresentado na forma de líquido pouco viscoso, incolor, com
sabor e odor de frutas mentoladas, isento de partículas e impurezas.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Modo de Usar
O sulfato de terbutalina + guaifenesina deve ser usado como tratamento de manutenção da asma e de
outras pneumopatias que apresentam broncoespasmo e secreção. Quando usado como terapia de
manutenção, o paciente também deve receber terapia anti-inflamatória apropriada, por exemplo,
corticosteroides inalatórios ou antagonistas dos receptores de leucotrienos (vide 5. ADVERTÊNCIAS E
PRECAUÇÕES).
O sulfato de terbutalina + guaifenesina deve ser administrado por via oral de preferência sempre no
mesmo horário. A dose deve ser individualizada.
Posologia
A dose recomendada do sulfato de terbutalina + guaifenesina é:
Adultos: 10 a 15 mL, 3 vezes ao dia.
Crianças: 0,25 mL/kg de peso corporal, 3 vezes ao dia. Não mais que 15 mL, 3 vezes ao dia.
Se o paciente se esquecer de tomar uma dose do sulfato de terbutalina + guaifenesina, deverá tomá-lo
assim que lembrar, mas se estiver próximo ao horário da próxima dose, não é necessário tomar a dose
esquecida, deverá apenas tomar a próxima dose, no horário habitual.
A intensidade das reações adversas depende da dose. A maior parte das reações adversas são
características das aminas simpatomiméticas. A maioria desses efeitos se reverte espontaneamente dentro
das primeiras 1 - 2 semanas de tratamento.
As seguintes reações adversas podem ocorrer com uso do sulfato de terbutalina + guaifenesina:
Reação muito comum (≥ 1/10):
Distúrbios do Sistema Nervoso Central: tremor, cefaleia.
Reação comum (≥ 1/100 e < 1/10):
Distúrbios Cardíacos: taquicardia e palpitações.
Distúrbios Músculo-esqueléticos e do Tecido Conjuntivo: cãibras musculares.
Distúrbios de Metabolismo e Nutricionais: hipocalemia.
Frequência desconhecida*:
Distúrbios Cardíacos: arritmias cardíacas, por exemplo, fibrilação atrial, taquicardia supraventricular e
extrassístoles, isquemia do miocárdio.
Distúrbios Gastrointestinais: náusea.
Distúrbios Psiquiátricos: distúrbios do sono e de comportamento como agitação, hiperatividade e
inquietação.
Distúrbios de Pele e do Tecido Subcutâneo: urticária e exantema.
*Relatadas espontaneamente em dados de pós-comercialização e, portanto, de frequência considerada
como desconhecida.
A guaifenesina está associada com eventos adversos como náusea, vômitos e desconforto gastrintestinal,
exantema, sonolência, tontura e cefaleia, hipersensibilidade incluindo anafilaxia, cujas frequências são
desconhecidas.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária -
NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância
Sanitária Estadual ou Municipal.