Bula do Sutriptan produzido pelo laboratorio Actavis Farmaceutica Ltda.
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
Sutriptan
Actavis Farmacêutica Ltda.
Comprimidos revestidos
50 mg e 100 mg
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I) IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
SUTRIPTAN®
succinato de sumatriptana
APRESENTAÇÕES
Embalagens com 2 comprimidos revestidos de 50 ou 100 mg.
USO ORAL
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO
Cada comprimido revestido com 50 mg contém:
succinato de sumatriptana (equivalente a 50 mg de sumatriptana)* .............................................................................................. 70 mg
*Excipientes: celulose microcristalina, croscarmelose sódica, estearato de magnésio, lactose.
Cada comprimido revestido com 100 mg contém:
succinato de sumatriptana (equivalente a 100 mg de sumatriptana)* ..........................................................................................140 mg
*Excipientes: celulose microcristalina, croscarmelose sódica, estearato de magnésio, lactose, óxido de ferro vermelho 30.
II ) INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
SUTRIPTAN®
é indicado para o tratamento e alívio imediato das crises de enxaqueca, com ou sem aura.
Succinato de sumatriptana promoveu cessação da cefaleia em 50 e 57% dos pacientes que usaram 50 e 100 mg, respectivamente,
após duas horas (29% para o grupo placebo), e em 61 e 68%, após quatro horas (30% para o grupo placebo) (p < 0,001).
Winner, P. et al. Pain-free results with sumatriptan taken at the first sign of migraine pain: 2 randomized, double-blind, placebo-
controlled studies. Mayo Clin Proc., 78(10): 1214-1222, 2003.
Propriedades farmacodinâmicas
Demonstrou-se que a sumatriptana é um agonista seletivo vascular do receptor 5-hidroxitriptamina-1- (5-HT1D), sem efeito em
outros subtipos de receptores 5-HT (5-HT2-7). O receptor vascular 5 HT1D é encontrado predominantemente nos vasos sanguíneos
cranianos e regulam a vasoconstrição.
Em animais, a sumatriptana provoca constrição seletiva da circulação arterial da carótida, mas não altera o fluxo sanguíneo cerebral.
A circulação arterial da carótida fornece sangue para os tecidos extracranianos e intracranianos, como as meninges. Presume-se que
a dilatação e/ou a formação de edema nesses vasos esteja relacionada ao mecanismo subjacente de enxaqueca no ser humano.
Além disto, evidências experimentais sugerem que a sumatriptana inibe a atividade do nervo trigêmeo. Essas ações podem
contribuir para a ação antienxaqueca da sumatriptana em humanos.
A resposta clínica tem início 10-15 minutos após uma injeção subcutânea com 6 mg, 15 minutos após uma dose de 20 mg fornecida
por administração intranasal e aproximadamente 30 minutos após uma dose de 100 mg por via oral ou uma dose de 25 mg por via
retal.
Embora a dose por via oral recomendada de SUTRIPTAN®
seja de 50 mg, as crises de enxaqueca variam em termos de gravidade
num mesmo indivíduo como também entre indivíduos diferentes. As doses de 25 -100 mg mostraram uma eficácia maior do que o
placebo em estudos clínicos, mas 25 mg foi menos eficaz em termos estatísticos do que 50 e 100 mg.
Propriedades farmacocinéticas
A farmacocinética da sumatriptana não parece ser influenciada por crises de enxaqueca.
Absorção
Após administração por via oral, a sumatriptana é rapidamente absorvida: 70% da concentração máxima é alcançada em 45 minutos.
Após uma dose de 100 mg, a concentração plasmática média máxima é de 54 ng/mL.
A biodisponibilidade absoluta média por via oral é de 14%, devido, em parte, ao metabolismo pré-sistêmico e, em parte, a uma
absorção incompleta.
Distribuição
A ligação às proteínas plasmáticas é baixa (14-21%). O volume total médio de distribuição é de 170 litros.
Metabolismo
O principal metabólito, o ácido indol acético, um análogo da sumatriptana, é principalmente eliminado na urina, onde está presente
como ácido livre e como um conjugado glicurônico. Não possui atividade conhecida 5HT1 ou 5HT2. Não foram identificados
metabólitos secundários.
Eliminação
A meia-vida de eliminação é de aproximadamente duas horas.
O clearance plasmático médio total é de aproximadamente 1.160 mL/min, e o clearance plasmático renal médio é de
aproximadamente 260 mL/min. O clearance não-renal é responsável por, aproximadamente, 80% do clearance total. A
sumatriptana é eliminada principalmente através do metabolismo oxidativo mediado pela monoaminoxidase A.
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Pacientes com insuficiência hepática
Após administração oral, em pacientes com insuficiência hepática, o clearance pré-sistêmico é reduzido, resultando em aumento das
concentrações plasmáticas da sumatriptana.
SUTRIPTAN®
é contraindicado em indivíduos com conhecida hipersensibilidade à sumatriptana ou a qualquer componente da
fórmula.
A sumatriptana não deve ser utilizada em pacientes que tiveram infarto do miocárdio, doença cardíaca isquêmica (DCI), angina de
Prinzmetal/vasoespasmo coronariano, doença vascular periférica ou em pacientes que apresentem sinais ou sintomas compatíveis
com DCI.
A sumatriptana não deve ser administrada a pacientes com história de acidente vascular cerebral (AVC) ou de ataque isquêmico
transitório (AIT).
A utilização de sumatriptana em pacientes com hipertensão descompensada é contraindicada.
A sumatriptana não deve ser administrada em pacientes com insuficiência hepática grave.
O uso concomitante de ergotamina ou de derivados da ergotamina (incluindo a metisergida) é contraindicado (ver “Interações
Medicamentosas”).
A administração simultânea de inibidores da monoaminoxidase (IMAO) com a sumatriptana é contraindicada. SUTRIPTAN®
não
deve ser usado por até duas semanas após a suspensão desses medicamentos.
Este medicamento é contraindicado para uso por pacientes que tiveram infarto do miocárdio, doença cardíaca isquêmica
(DCI), angina de Prinzmetal/vasoespasmo coronariano, doença vascular periférica ou que apresentem sinais ou sintomas
compatíveis com DCI.
Este medicamento é contraindicado para uso por pacientes com história de acidente vascular cerebral (AVC) ou de ataque
isquêmico transitório (AIT).
Este medicamento é contraindicado para uso por pacientes com hipertensão descompensada.
Este medicamento é contraindicado para uso por pacientes com insuficiência hepática grave.
SUTRIPTAN®
comprimidos revestidos só deve ser utilizado quando houver um diagnóstico claro de enxaqueca.
A sumatriptana não é indicada no manejo da enxaqueca hemiplégica, basilar ou oftalmoplégica.
Antes do tratamento com SUTRIPTAN®
deve-se excluir condições neurológicas potencialmente graves (como AVC ou AIT), se o
paciente apresentar sintomas atípicos ou se eles não receberam um diagnóstico apropriado para o uso de sumatriptana. Após a
administração, a sumatriptana pode estar associada a sintomas transitórios, incluindo dor e tensão torácica, que podem ser intensas, e
comprometer a garganta (ver “Reações Adversas”). Nas situações em que tais sintomas possam indicar doença cardíaca isquêmica,
uma avaliação apropriada deverá ser realizada.
A sumatriptana não deve ser administrada a pacientes nos quais é provável a ocorrência de uma doença cardíaca não reconhecida,
sem uma avaliação anterior para doença cardiovascular subjacente. Tais pacientes incluem mulheres após a menopausa, indivíduos
do sexo masculino com mais de 40 anos de idade e pacientes com fatores de risco para doença da artéria coronária. Entretanto, essas
avaliações podem não identificar todos os pacientes que têm doença cardíaca e, em casos muito raros, eventos cardíacos graves
acontecem em pacientes sem doença cardiovascular subjacente.
A sumatriptana deve ser administrada com precaução a pacientes com hipertensão controlada, pois foram observados, em uma
proporção pequena de pacientes, aumentos transitórios na pressão sanguínea e na resistência vascular periférica.
Houve raros relatos pós-comercialização descrevendo pacientes com síndrome serotoninérgica (incluindo estado mental alterado,
instabilidade autonômica e anormalidades neuromusculares) após a utilização de um inibidor seletivo de recaptação de serotonina
(ISRS) e da sumatriptana. Se o tratamento concomitante com sumatriptana e um ISRS estiver clinicamente indicado, recomenda-se
observação apropriada do paciente (ver “Interações Medicamentosas”).
A administração concomitante de qualquer triptano/agonista do receptor 5-HT1 com sumatriptana não é recomendada.
A sumatriptana deve ser administrada com precaução em pacientes com condições que possam influenciar significativamente a
absorção, o metabolismo ou a eliminação do medicamento, como, por exemplo, insuficiência da função hepática (Chil Pugh A ou B)
ou renal (ver “Farmacocinética).
A sumatriptana deve ser utilizada com precaução em pacientes com história de atividade epilética ou outros fatores de risco que
reduzam seu limiar convulsivo.
Os pacientes com reconhecida hipersensibilidade às sulfonamidas podem desenvolver uma reação alérgica após a administração de
sumatriptana. As reações podem variar de hipersensibilidade cutânea até anafilaxia. A evidência de sensibilidade cruzada é limitada.
Contudo, deve-se tomar todas as precauções antes de se utilizar sumatriptana nesses pacientes.
O uso excessivo de tratamentos para enxaqueca aguda foi associado à exacerbação da dor de cabeça em pacientes suscetíveis. A
interrupção do tratamento pode ser necessária.
Uso em idosos, crianças e outros grupos de risco
Crianças e Adolescentes (abaixo de 18 anos): A eficácia de sumatriptana não foi demonstrada nesta população.
Idosos (acima de 65 anos): A experiência com a utilização da sumatriptana em pacientes maiores de 65 anos é limitada. A
farmacocinética não difere, significativamente, daquela de uma população mais jovem, mas até que dados clínicos adicionais
estejam disponíveis, o uso de sumatriptana em pacientes maiores de 65 anos não é recomendado.
Pacientes com insuficiência hepática: Após administração oral, em pacientes com insuficiência hepática, o clearance pré-
sistêmico é reduzido, resultando em aumento das concentrações plasmáticas de sumatriptana. A sumatriptana não deve ser
administrada em pacientes com insuficiência hepática grave.
Efeitos na capacidade de dirigir veículos e operar máquinas
Pode ocorrer o desenvolvimento de sonolência como resultado da enxaqueca ou de seu tratamento com a sumatriptana. Recomenda-
se precaução aos pacientes que realizam tarefas que exijam atenção, como dirigir veículos ou operar máquinas.
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Gravidez e lactação
deve ser usado com cautela na gravidez, considerando o benefício esperado para a mãe comparado à possibilidade
de risco para o feto.
Dados pós-comercialização de registros de gravidez têm documentado que a gravidez ocorreu em 1.000 mulheres expostas à
sumatriptana. Embora as informações sejam insuficientes para fornecer uma conclusão definitiva, os achados não detectaram um
aumento na frequência de malformações nos recém-natos, nem um padrão consistente das malformações nos bebês das mulheres
expostas à sumatriptana em comparação com a população em geral.
Foi demonstrado que, após a administração subcutânea, a sumatriptana é eliminada pelo leite materno. A exposição do lactente pode
ser minimizada evitando-se a amamentação por 12 horas depois do tratamento.
Categoria C de risco na gravidez
Este medicamento não deve ser usado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Carcinogênese, mutagênese
Sumatriptana não demonstrou atividades genotóxicas nem cancerígenas em sistemas in vitro e em animais.
Toxicologia reprodutiva
Em um estudo de fertilidade em ratos, doses de sumatriptana que resultaram em níveis plasmáticos aproximadamente 200 vezes
superiores aos observados no homem após uma dose de 100 mg por via oral foram associadas com uma redução no sucesso da
inseminação. Esse efeito não ocorreu durante um estudo de doses subcutâneas, no qual os níveis plasmáticos máximos atingidos
foram cerca de 150 vezes superiores aos do homem por via oral.
Teratogenicidade
Nenhum efeito teratogênico foi observado em ratas e coelhas, e a sumatriptana não teve nenhum efeito sobre o desenvolvimento
pós-natal de ratos. Quando administrada a coelhas grávidas durante o período de organogênese, sumatriptana ocasionalmente causou
embrioletalidade em doses que foram suficientemente elevadas para produzir toxicidade materna.
Não existe nenhuma evidência de interações com propranolol, flunarizina, pizotifeno ou com álcool. Reações prolongadas
vasoespásticas foram relatadas com a ergotamina. Como esses efeitos podem ser aditivos, deve-se esperar 24 horas antes que a
sumatriptana possa ser utilizada após o uso de qualquer preparação contendo ergotamina.
Da mesma forma, preparações contendo ergotamina não devem ser utilizadas até seis horas após a administração da sumatriptana.
Pode ocorrer o desenvolvimento de uma interação entre a sumatriptana e os IMAO. Assim, a administração concomitante é
contraindicada (ver “Contraindicações”).
No período pós-comercialização, foram raramente relatados casos de pacientes com síndrome serotoninérgica (incluindo estado
mental alterado, instabilidade autonômica e anormalidades neuromusculares) após o uso de ISRSs concomitantemente com
sumatriptana. A síndrome serotoninérgica foi também reportada após o tratamento concomitante com triptanos e IRSNs (ver
“Advertências e Precauções”).
Cuidados de armazenamento
Manter o produto em sua embalagem original, em temperatura entre 15° e 30º C. Proteger da umidade.
O prazo de validade de SUTRIPTAN®
é de 24 meses a partir da data de fabricação, impressa na embalagem externa do produto.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Aspectos físicos / Características organolépticas
SUTRIPTAN®
50 mg: comprimidos revestidos de cor branco.
100 mg: comprimidos revestidos de cor rosa.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Modo de uso
Uso oral.
Os comprimidos devem ser engolidos inteiros com água.
SUTRIPTAN®
comprimidos revestidos não deve ser utilizado para a profilaxia das crises de enxaqueca.
As doses recomendadas de SUTRIPTAN®
não devem ser excedidas.
Posologia
É aconselhável que SUTRIPTAN®
seja administrado, após o início de uma cefaleia tipo enxaqueca, tão logo seja possível. É
igualmente efetivo quando administrado em qualquer fase das crises. A dose de SUTRIPTAN®
recomendada para adultos é de um
único comprimido revestido de 50 mg administrado por via oral. Alguns pacientes podem necessitar de 100 mg.
Se um paciente não responde à primeira dose de SUTRIPTAN®
, não se deve considerar a utilização de uma segunda dose para a
mesma crise. SUTRIPTAN®
pode ser tomado para as crises subsequentes.
Se o paciente respondeu à primeira dose, mas os sintomas retornaram, uma segunda dose pode ser administrada nas próximas 24
horas, desde que não exceda 300 mg em 24 horas.
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Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.
Os eventos adversos estão listados abaixo, pela classificação de frequência. Os dados de estudos clínicos são estimados. Deve-se
notar que a taxa de eventos anteriores no grupo comparação não foi levada em consideração.
Dados pós-comercialização referem-se à frequência de notificação, em vez da frequência real.
Dados de estudos clínicos
Reações comuns (>1/100 e <1/10): vertigem, sonolência, distúrbios sensoriais, incluindo parestesia e hipoestesia; aumentos
transitórios da pressão sanguínea, rubor; dispneia; náuseas e vômitos; sensação de pressão*; dor*, sensações de calor ou frio*,
pressão* e aperto*; sensação de fraqueza** e fadiga**.
*Esses sintomas são normalmente transitórios, e podem ser intensos, podendo ainda afetar qualquer parte do corpo, incluindo o
tórax e a garganta.
**Esses sintomas são normalmente transitórios, e podem ser de intensidade leve a moderada.
Reações muito raras (<1/10.000): pequenas alterações nos testes de função hepática.
Dados pós-comercialização
Reações muito raras (<1/10.000): reações de hipersensibilidade, variando de hipersensibilidade cutânea à anafilaxia; convulsões;
nistagmo, escotoma, tremor, distonia; oscilação, diplopia, visão reduzida, perda transitória da visão (distúrbios visuais podem
também ocorrer durante uma crise de enxaqueca por si só); bradicardia, taquicardia, palpitações, arritmias cardíacas, alterações
isquêmicas transitórias no ECG, vasoespasmo arterial coronariano, angina, infarto do miocárdio; hipotensão, síndrome de Raynauld;
colite isquêmica.
Em casos de eventos adversos, notifique-os ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA, disponível em
www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou à Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.