Bula do Systen Conti produzido pelo laboratorio Janssen-Cilag Farmacêutica Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
SYSTEN®
CONTI
(estradiol e acetato de noretisterona)
Janssen-Cilag Farmacêutica Ltda.
Adesivos
3,2 mg / 11,2 mg
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MODELO DE BULA (CCDS 0611)
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
Adesivos Transdérmicos (Esquema combinado contínuo)
Systen®
Conti
estradiol e acetato de noretisterona
APRESENTAÇÃO
Embalagem contendo 8 adesivos transdérmicos de 3,2 mg de estradiol hemi-hidratado (equivalente a 3,1 mg de
estradiol) e 11,2 mg de acetato de noretisterona, embalados individualmente em sachês de papel hermeticamente
fechados, com revestimento interno de alumínio. Systen®
Conti é um adesivo transdérmico do tipo matricial.
USO TÓPICO
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO
Cada adesivo transdérmico contém 3,2 mg de estradiol hemi-hidratado (equivalente a 3,1 mg de estradiol) e 11,2 mg
de acetato de noretisterona, que correspondem, após aplicação, a uma liberação de 50 mcg de estradiol e de 170 mcg
de acetato de noretisterona por dia.
Excipientes: copolímero de adesivo acrílico, filme de poliéster e goma guar.
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INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
INDICAÇÕES
Conti é indicado nos tratamentos de reposição hormonal para alívio dos sintomas menopáusicos.
RESULTADOS DE EFICÁCIA
O componente estrogênico de um tratamento de reposição hormonal, seja oral ou transdérmico, é o mais efetivo no
tratamento de fogachos. Em mulheres nãohisterectomizadas, o tratamento com estrogênios é combinado com
progestagênios para reduzir os riscos de hiperplasia endometrial e carcinoma associado aos estrogênios.
A eficácia de Syten®
Conti no alívio dos sintomas pós-menopausa foi estabelecida em três estudos com mulheres
saudáveis, pós-menopáusicas (M92-029, CC2607-T-103 e ESNTTS-HRT-107). Os sintomas da menopausa
(fogachos) foram registrados diariamente na ficha do paciente.
O estudo M92-029 foi um estudo Fase II, aberto, realizado em 12 mulheres pós-menopáusicas, randomizadas para o
tratamento com Syten®
Conti durante seis ciclos de 28 dias (aproximadamente 5,5 meses). Para aqueles indivíduos
que possuíam fogachos no início do estudo (n=6), a média diária de número de fogachos reduziu ao longo do tempo,
de 2,9 fogachos por dia para 0,1 fogachos por dia, durante o ciclo 6.
O estudo CC 2607-T-103 foi um estudo Fase III, aberto, em que 154 mulheres pós-menopáusicas com útero intacto
foram randomizadas para o tratamento com Syten®
Conti durante treze ciclos de 28 dias (12 meses). O grupo
referência (n=153) recebeu tratamento contínuo com adesivo transdérmico contendo estradiol (3,2 mg) com
noretisterona via oral (1 mg) ou didrogesterona (20 mg) por ao menos 14 dias de cada ciclo. O número médio de
fogachos por dia diminuiu significativamente ao longo do tempo nos indivíduos tratados com Syten®
Conti, de 3,9
fogachos por dia no início do estudo, para 0,4 fogachos por dia durante o ciclo 13 (p<0,001). A incidência de
indivíduos relatando ausência de fogachos aumentou de 15,8% no primeiro ciclo para 68,0% durante o ciclo 13 nos
indivíduos tratados com Syten®
Conti. Respostas semelhantes foram observadas no grupo referência que recebeu
adesivo transdérmico de estradiol e progestagênio oral. A supressão da proliferação endometrial, avaliada pela
espessura do endométrio e pela histologia do mesmo, foi estatística e significativamente melhor com o uso de
Syten®
Conti do que no regime do grupo referência.
O estudo ESNTTS-HRT-107 foi um estudo Fase III, aberto, de continuação ao estudo CC 2607-T-103 para os
indivíduos que haviam completado os 12 meses de tratamento (excluindo o grupo referência). Setenta e cinco
mulheres pós-menopausa com útero intacto foram inscritas para continuar o tratamento com Syten®
Conti por mais
13 ciclos de 28 dias (12 meses). A diminuição do número médio de fogachos ao dia que foi observado no estudo CC
2607-T-103 após 12 meses de tratamento, foi mantida após 24 meses de tratamento (média de 0,2 fogachos por dia
durante 26 ciclos). O aumento na porcentagem de indivíduos com ausência de fogachos diários também foi mantida
após 24 meses de tratamento (73,4% dos indivíduos durante 26 ciclos). Alterações no status do endométrio, que
podem ser avaliadas pela histologia do endométrio e a espessura deste, após 24 meses de tratamento foram
consistentes com aquelas observadas após 12 meses de tratamento no estudo CC 2607-T-103.
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Referências
1. Nelson HD. Commonly used types of postmenopausal estrogen for treatment of hot flashes: scientific review.
JAMA 2004;291(13):1610-1620.
2. Furness S, Roberts H, Marjoribanks J, Lethaby A, Hickey M, Farquhar C. Hormone therapy in postmenopausal
women and risk of endometrial hyperplasia. Cochrane Database Syst. Rev. 2009 Apr 15;(2):CD000402.
CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS
Conti contém estradiol hemi-hidratado (17-beta-estradiol), que é um estrogênio preparado sinteticamente e
acetato de noretisterona, o éster acetato ou noretisterona, que é uma progestina sintética.
Propriedades Farmacodinâmicas
O hormônio ativo de Systen®
Conti - 17 beta-estradiol - é o estrogênio biologicamente mais potente produzido pelo
ovário. Sua síntese pelos folículos ovarianos é regulada pelos hormônios hipofisários. Como todos os hormônios
esteroides, o estradiol se difunde livremente para o interior das células-alvo, onde se liga a macromoléculas
específicas (receptores). O complexo estradiol-receptor interage, então, com o DNA genômico, alterando a atividade
de transcrição do código genético, o que resulta em aumento ou diminuição da síntese proteica e das funções
celulares.
Diferentes taxas do estradiol são secretadas durante as diversas fases do ciclo menstrual. O endométrio é
particularmente sensível ao estradiol, que regula a sua proliferação durante a fase folicular do ciclo e, junto com a
progesterona, induz as alterações de secreção durante a fase lútea. Por ocasião da menopausa, a secreção do estradiol
torna-se irregular, podendo cessar. A falta do estradiol está associada com os sintomas menopáusicos tais como
instabilidade vasomotora, distúrbios do sono, humor depressivo, sinais de atrofia vulvovaginal e urogenital e
aumento da perda de massa óssea. Além disso, na ausência de estrogênio, há uma crescente evidência de aumento na
incidência de doença cardiovascular.
Em contraste com a administração oral de estrogênio, a estimulação da síntese de proteína hepática é amplamente
evitada com a administração de estrogênio transdérmico. Consequentemente, não há efeito sobre os níveis
circulantes do substrato da renina, globulina ligadora da tireoide, globulina ligadora de hormônio sexual, e globulina
ligadora do cortisol. Igualmente, os fatores de coagulação também parecem não ser afetados.
O tratamento de reposição estrogênica tem sido eficaz na maioria das mulheres pós- menopáusicas por compensar a
depleção do estradiol endógeno. Demonstrou-se que a administração transdérmica de 50 mcg/dia é eficaz no
tratamento dos sintomas menopáusicos.
Em mulheres pós-menopáusicas, Systen®
Conti aumenta o estradiol a níveis foliculares iniciais, com uma
conseqüente diminuição dos fogachos, uma melhora do índice de Kupperman e alterações benéficas na citologia
vaginal.
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Entretanto, há uma substancial evidência de que o tratamento de reposição hormonal está associada com um
aumento de câncer endometrial. Há, também, evidências de que o tratamento adjuvante com progestagênios protege
contra o câncer endometrial determinado pelos estrogênios. Portanto, as mulheres com útero intacto devem receber
um tratamento de reposição hormonal combinando estrogênios com progestagênios.
O acetato de noretisterona, contido no Systen®
Conti, é rapidamente hidrolisado à noretisterona, um derivado do
grupo 13-metilgonano, com potente atividade progestacional. O acetato de noretisterona transdérmico evita a
proliferação endometrial devida ao estrogênio. O tratamento combinando 17 beta-estradiol e acetato de noretisterona
é eficaz nos déficits hormonais associados à menopausa.
Informações de estudos clínicos
Alívio dos sintomas de deficiência de estrogênio:
Em mulheres saudáveis pós-menopáusicas com idade entre 40 e 65 anos, a redução de sintomas vasomotores após 3
meses de tratamento foi melhor que 80% e, após um ano, melhor que 90%.
Padrões de sangramento:
Ao iniciar o tratamento com Systen®
Conti, episódios de sangramento podem ocorrer, na maioria das vezes, durante
o primeiro mês de tratamento, com uma rápida melhora do perfil de sangramento. Em usuárias de primeira vez ou
após um período sem hormônios de, pelo menos, 2 semanas, foi observado ausência de sangramento em 33% das
mulheres durante os 3 primeiros meses de tratamento e 54% não tiveram sangramento durante os meses 2 e 3.
Quando o tratamento com Systen®
Conti foi iniciado diretamente após um ciclo de hormônio para tratamento de
reposição sequencial, apenas 7,5% das mulheres não apresentaram sangramento durante os primeiros três meses,
com 47% reportando ausência de sangramento nos meses 2 e 3. Ao longo do tempo, o sangramento cessou na
maioria das mulheres de modo que 63% das mulheres de ambos os grupos não apresentaram sangramento durante os
últimos 3 meses, de um período de tratamento de 12 meses com Systen®
Conti. Em mulheres com menopausa
estabilizada (média de 7 anos desde o último período de menstruação natural), 56% não apresentaram sangramento
durante os três primeiros meses de tratamento e 92% não apresentaram sangramento durante os meses 10 a 12.
O sangramento durou cinco dias ou menos, e não mais do que 2 episódios por trimestre em > 95% das pacientes.
Propriedades Farmacocinéticas
O estradiol é rapidamente absorvido a partir do trato gastrintestinal e extensivamente metabolizado pela mucosa
intestinal e pelo fígado durante a primeira passagem hepática. A liberação transdérmica do estradiol é suficiente para
causar seu efeito sistêmico.
O estradiol distribui-se largamente nos tecidos corporais e liga-se à albumina (60-65%) e à globulina ligada ao
hormônio sexual (35-45%), no soro. As frações ligadas às proteínas séricas permanecem inalteradas na liberação
transdérmica do estradiol.
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O estradiol é rapidamente metabolizado em estrona, farmacologicamente menos ativa, e seus conjugados. O
estradiol, a estrona e o sulfato de estrona são interconversíveis uns nos outros, sendo excretados na urina como
glicuronídeos e sulfatos. A pele metaboliza o estradiol somente em pequena extensão.
O estradiol é prontamente eliminado da circulação sistêmica. A meia-vida de eliminação é de aproximadamente uma
hora, após administração endovenosa.
Em estudo realizado com mulheres pós-menopáusicas, após aplicação única e múltipla de Systen®
Conti, verificou-
se que as concentrações séricas do estradiol elevaram-se rapidamente em relação aos valores basais (5 pg/mL).
Quatro horas após a aplicação, a concentração sérica média de estradiol era de 19 pg/mL. Uma concentração média
de pico sérico de estradiol de 41 pg/mL, acima do nível basal, foi observada durante aproximadamente 23 horas
após a aplicação. As concentrações séricas do estradiol permaneceram elevadas durante o período de aplicação de
3,5 dias. As concentrações rapidamente retornaram aos valores basais nas primeiras 24 horas após a remoção do
adesivo. Meia-vida sérica de 6,6 horas foi determinada após remoção do adesivo transdérmico, indicando o efeito
de depósito cutâneo do produto. A aplicação múltipla do Systen®
Conti resultou em pouco ou nenhum acúmulo do
estradiol na circulação sistêmica.
Antes do tratamento, a razão da concentração sérica média do estradiol/ estrona (E2/E1) era menor que 0,3 nas
mulheres pós-menopáusicas estudadas. Durante o uso de Systen®
Conti, a mencionada proporção aumentou
rapidamente sendo mantida em níveis fisiológicos de aproximadamente 1. As razões E2/E1 retornaram aos níveis
basais 24 horas após a remoção do adesivo transdérmico.
O acetato de noretisterona é rapidamente hidrolisado em progestagênio ativo, noretisterona. Após administração
oral, a noretisterona está sujeita a pronunciado metabolismo de primeira passagem, que reduz sua
biodisponibilidade. A liberação transdérmica do acetato de noretisterona produz um nível eficaz e prolongado de
noretisterona na circulação sistêmica.
A noretisterona distribui-se largamente nos tecidos corporais e liga-se à albumina (61%) e à globulina ligada ao
hormônio sexual (36%), no soro. Após administração oral, a meia-vida de eliminação da noretisterona é de
aproximadamente 6-12 horas, não se alterando após tratamento prolongado. A noretisterona é primariamente
metabolizada no fígado por redução da cetona insaturada alfa, beta, do anel A da molécula. Entre os quatro possíveis
tetra-hidroesteroides estereoisômeros, o derivado 5-beta-,3-alfa-hidroxi parece ser o principal metabólito. Estes
compostos são primariamente excretados através da urina e das fezes, como sulfatos e glicuronídeos conjugados.
Em estudo realizado em mulheres pós-menopáusicas, após aplicação única e múltipla de Systen®
se que as concentrações de noretisterona, 1 dia após a aplicação, elevaram-se para um nível de estado de equilíbrio
de 199 pg/mL. Após aplicação múltipla, concentrações séricas médias de estado de equilíbrio de noretisterona,
variando entre 141-224 pg/mL, foram mantidas durante o período de aplicação de 3,5 dias. As concentrações
médias declinaram rapidamente até o limite mais baixo do ensaio quantitativo, 24 horas após remoção do adesivo. A
meia-vida sérica de 15 horas foi determinada após remoção do adesivo transdérmico, indicando o efeito de
depósito cutâneo do produto. Como era esperado a partir da liberação transdérmica de muitos produtos, apenas um
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aumento transitório e limitado das concentrações séricas médias da noretisterona foi observado após aplicação
múltipla do adesivo transdérmico.
Dados pré-clínicos de segurança
O estradiol e o acetato de noretisterona, usados na prática clínica mundialmente há muitos anos, com monografia em
várias farmacopeias; tem uso médico bem estabelecido, eficácia reconhecida e nível de segurança aceitável. O
estradiol é o estrogênio natural em seres humanos e animais. O etinilestradiol (EE), um estrogênio sintético
amplamente usado, é muito semelhante ao estradiol em termos de ação estrogênica, mas de maior potência e,
portanto, potencialmente mais tóxico que o estradiol. Estudos de toxicidade aguda de EE foram realizados em
camundongos, ratos e cães. A DL50 em ratos foi calculada como 5,3 g/kg para machos e 3,2 g/kg para fêmeas. No
cão, após dose única de até 5,0 g/kg não foi observada mortalidade. Estas doses representam aproximadamente
50.000 a 78.000 vezes a dose clínica projetada. Em estudos crônicos e de carcinogenicidade de estrogênios em
roedores, é observada uma exacerbação dos efeitos farmacológicos. Em estudos de toxicidade de administração
crônica, as diferenças entre as espécies referentes à regulação hormonal e o metabolismo são cruciais. Portanto, a
extrapolação de estudos em animais para a situação em humanos requer cuidadosa consideração das diferenças entre
as espécies. O estradiol não induziu aberrações cromossômicas em células da medula óssea de camundongos
tratados in vivo. Nucleotídeos incomuns foram encontrados em DNA de rim de hamsters tratados. Ele induziu
micronúcleos, mas não estado de aneuploide, aberrações cromossômicas ou trocas de cromátides irmãs em células
humanas in vitro. Em células de roedores, induziu aneuploidia e síntese não programada de DNA, mas não foi
mutagênico e não induziu quebras de bandas de DNA ou trocas de cromátide irmã. Ele não foi mutagênico para
bactérias. Há vários estudos que mostram os efeitos embriotóxicos da estrona em ratos e camundongos e redução da
fertilidade dose-dependente em ratos. Estes efeitos estão conectados, evidentemente, com a ação hormonal. O
acetato de noretisterona é rapidamente hidrolisado para o ativo progestagênio, noretisterona (NETA). Estudos
agudos de NETA não mostraram toxicidade evidente. Após administração de doses repetidas subcrônica e crônica
em camundongos (1,5 anos), cães (7 anos) e macacos (10 anos), os resultados mostraram efeitos hormonais típicos.
Em um estudo perinatal e pós-natal em ratos, retardo de crescimento foi evidente na geração F1. Embriotoxicidade,
mas sem teratogenicidade significante foi observada em coelhos ou ratos que receberam doses de 1,4 a 3,5 mg/kg.
Estudos agudos e subcrônicos da associação, em várias proporções de NETA: EE foram conduzidos em
camundongos, ratos e cães. As DL50 calculadas foram muito altas (faixa de g/kg), indicando toxicidade muito
baixa. Em estudos subcrônicos em ratos (14 dias), em doses até 250 vezes a dose proposta em humanos, nenhuma
lesão foi atribuída ao composto em teste, exceto por hiperplasia endometrial muito leve na maior dose testada.
Outros estudos subcrônicos em ratos (30 dias) e cães (8 dias) não mostraram sintomas indicativos de toxicidade
induzida pelo fármaco. Estudos crônicos em várias espécies (2 anos em ratos, 1,5 anos em camundongo, 7 anos em
cadelas, 10 anos em macacas) mostraram efeitos farmacológicos típicos exagerados de esteroides hormonais. Estes
efeitos foram: maior incidência de hepatomas dose-relacionados em ratos, aumento de tumores hipofisários em
camundongos, maior incidência de neoplasia mamária, alopecia, alteração da fisiologia genital e alguns valores
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sanguíneos alterados em cães e em macacos não foi observado nenhum sinal de toxicidade específica do fármaco ou
mortalidade. Um carcinoma de célula de transição da bexiga em camundongo que recebeu doses altas, e tumores
urinários não-metastáticos em dois cães tratados com doses altas de NETA:EE são considerados como específicos
da espécie, uma vez que não há indicação, pela experiência a longo prazo em humanos, que potencial semelhante
exista em seres humanos.
Estudos adicionais de toxicidade que incluem estudos de tolerância local em coelhos e estudos de sensibilização
dérmica em porquinho-da-índia foram conduzidos para suportar o registro de Systen®
Conti. Estes estudos indicam
que Systen®
Conti causou irritação cutânea local leve. É reconhecido que estudos de teste em coelhos são mais que
preditivos de irritação cutânea do que em humanos. Systen®
Conti mostrou-se um sensibilizante fraco para o
modelo em porquinho-da-índia. A experiência de estudos clínicos com duração de administração transdérmica por
mais de um ano não revelou evidência de potencial sensibilizante clinicamente relevante em seres humanos.
CONTRAINDICAÇÕES
Hipersensibilidade conhecida às substâncias ativas ou a qualquer excipiente do produto.
Diagnóstico atual ou passado ou suspeita de câncer de mama.
Diagnóstico ou suspeita de tumores malignos estrógeno-dependentes (por exemplo, câncer endometrial) ou tumores
pré-malignos (por exemplo, hiperplasia endometrial atípica não tratada).
Sangramento genital não diagnosticado.
Doença aguda do fígado, ou uma história de doença hepática enquanto os testes de função hepática não retornarem
ao normal.
Histórico ou diagnóstico de tromboembolismo venoso (trombose venosa profunda, embolia pulmonar).
Condições trombofílicas conhecidas.
Doença arterial tromboembólica ativa ou em um passado recente (por exemplo, acidente vascular cerebral, infarto
do miocárdio).
Gravidez e lactação
Conti é contraindicado durante a gravidez e a lactação.
Conti deve ser suspenso imediatamente na ocorrência de gravidez durante o tratamento.
ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES
Este medicamento pode interromper a menstruação por período prolongado e/ou causar sangramentos
intermenstruais graves.
Antes de iniciar e periodicamente durante o tratamento de reposição hormonal com estrogênios, recomenda-se
submeter a paciente a exame físico e ginecológico completo. Deve-se obter história médica e familiar completa da
paciente. Sangramento de escape repetido, sangramento vaginal sem causa aparente e alterações observadas durante
o exame da mama exigem avaliação adicional.
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Uma avaliação cuidadosa do risco/benefício deve ser realizada antes de iniciar o tratamento a longo prazo.
Evidências relacionadas ao risco associado com a terapia de reposição hormonal (TRH) no tratamento de menopausa
prematura são limitadas. No entanto, devido ao baixo nível de risco absoluto em mulheres jovens, o balanço dos
benefícios e riscos para estas mulheres pode ser mais favorável do que em mulheres mais velhas.
Condições que necessitam de acompanhamento:
Se qualquer uma das seguintes condições estiver presente, já ocorreram anteriormente, e/ou tenham sido agravadas
durante a gravidez ou tratamento hormonal anterior, a paciente deve ser supervisionada de perto. Deve-se levar em
consideração que estas condições podem ocorrer ou serem agravadas durante o tratamento com Systen®
Conti,
particularmente:
- Leiomioma (mioma uterino) ou endometriose;
- Fatores de risco para transtornos tromboembólicos;
- Fatores de risco para tumores dependentes de estrogênio, por exemplo, parente de primeiro grau com câncer de
mama;
- Hipertensão;
- Transtornos hepáticos (por exemplo, adenoma de fígado);
- Diabetes mellitus;
- Colelitíase;
- Enxaqueca ou cefaleia intensa;
- Lúpus eritematoso sistêmico;
- História de hiperplasia endometrial;
- Epilepsia;
- Mastopatia.
Condições que requerem monitoramento enquanto em tratamento com estrogênio:
- Estrogênio pode causar retenção de fluidos. Disfunções renais ou cardíacas devem ser observadas cuidadosamente;
- Distúrbios ou comprometimento leve da função hepática;
- História de icterícia colestática;
- Hipertrigliceridemia pré-existente. Casos raros de grandes aumentos de triglicérides plasmático levando à
pancreatite têm sido reportados com terapia de estrogênio nesta condição.
Razões para suspensão imediata do tratamento:
O tratamento deve ser descontinuado no caso em que uma contraindicação é descoberta e nas seguintes situações:
- Icterícia ou deterioração da função hepática;
- Aumento significativo na pressão arterial;
- Novo início de dor de cabeça do tipo enxaqueca;
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- Gravidez.
Câncer de mama
A evidência global sugere um aumento no risco de câncer de mama em mulheres que administram estrogênio-
progestagênio combinados e também, possivelmente, tratamento de reposição hormonal com estrogênio isolado, que
depende da duração do tratamento de reposição hormonal.
Tratamento combinado de estrogênio-progestagênio
O estudo clínico randomizado e controlado por placebo “Women`s Health Initiative” (WHI), e estudos
epidemiológicos são consistentes ao encontrar um aumento do risco de câncer de mama em mulheres em tratamento
com estrogênio-progestagênio combinados para TRH, que se torna aparente após cerca de 3 anos.
Tratamento com estrogênio isolado
O estudo WHI não encontrou aumento no risco de câncer de mama em mulheres histerectomizadas usando TRH
com estrogênio isolado. Estudos observacionais relataram, principalmente, um pequeno aumento no risco de ter
diagnosticado câncer de mama, que é menor que o encontrado em pacientes que utilizam combinações de
estrogênio-progestagênio.
O excesso de risco se torna aparente dentro de poucos anos de uso, mas retorna à linha de base dentro de poucos
anos (no máximo cinco) após o término do tratamento. TRH, especialmente tratamento com estrogênio-
progestagênio combinados, aumenta a densidade das imagens mamográficas que podem adversamente afetar a
detecção radiológica do câncer de mama.
Tromboembolismo venoso
O tratamento de reposição hormonal está relacionado a um aumento do risco relativo de desenvolvimento de
tromboembolismo venoso, isto é, trombose venosa profunda ou embolia pulmonar. Um estudo randomizado
controlado e estudos epidemiológicos encontraram risco duas a três vezes maiores em usuárias, comparado com as
não usuárias. Para as não usuárias, estima-se que o número de casos de trombose venosa profunda que ocorrerá ao
longo de 5 anos é de cerca de 3 a cada 1.000 mulheres, com idade entre 50 e 59 anos e 8 a cada 1.000 mulheres, com
idade entre 60 e 69 anos. Estima-se que em mulheres saudáveis que usam o tratamento de reposição hormonal por 5
anos, o número adicional de casos de trombose venosa profunda, ao longo de 5 anos, será entre 2 e 6 (melhor
estimativa = 4) a cada 1.000 mulheres com idade entre 50 e 59 anos e entre 5 e 15 (melhor estimativa = 9) a cada
1.000 mulheres com idade entre 60 e 69 anos. A ocorrência de tais eventos é mais provável no primeiro ano do
tratamento de reposição hormonal.
Fatores de risco geralmente reconhecidos para tromboembolismo venoso incluem história pessoal ou familiar,
obesidade grave (IMC > 30 kg/m2
) e lúpus eritematoso sistêmico. Não existe consenso a respeito do possível papel
das veias varicosas no tromboembolismo venoso.
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Pacientes com história de tromboembolismo venoso ou com um estado tromboembogênico conhecido apresentam
um risco aumentado de tromboembolismo venoso. O tratamento de reposição hormonal pode contribuir para este
risco. História pessoal ou familiar importante de tromboembolismo recorrente ou abortos espontâneos recorrentes
devem ser investigadas a fim de excluir predisposição ao tromboembolismo. Até que uma avaliação completa dos
fatores trombogênicos tenha sido realizada ou um tratamento com anticoagulante iniciado, o tratamento de reposição
hormonal nestas pacientes deve ser vista como contraindicada. As mulheres que já estiverem em um tratamento com
anticoagulante requerem uma consideração cuidadosa do risco/benefício do uso do tratamento de reposição
hormonal.
O risco de tromboembolismo venoso pode estar temporariamente aumentado com uma imobilização prolongada,
trauma ou cirurgia de grande porte. Como em todos os pacientes no pós-operatório, atenção especial deve ser
dedicada às medidas profiláticas para prevenir tromboembolismo venoso pós-cirúrgico. Quando uma imobilização
prolongada é provável após uma cirurgia eletiva, particularmente cirurgia abdominal ou ortopédica nos membros
inferiores, deve-se considerar uma interrupção temporária do tratamento de reposição hormonal por quatro a seis
semanas prévias, se possível. O tratamento não deve ser reiniciado até que a mulher possa completamente mobilizar-
se.
Se ocorrer tromboembolismo venoso após o início do tratamento terapia, Systen®
Conti deve ser descontinuado. As
pacientes devem ser orientadas a contatar seu médico assim que notarem um sintoma tromboembólico potencial (por
exemplo, dor na perna, dor torácica súbita, dispneia).
Doença da artéria coronária (DAC)
Estrogênio isolado: Dados de estudos controlados e randomizados não encontraram aumento no risco de DAC em
mulheres histerectomizadas em tratamento com estrogênio isolado. Há evidência emergente de que a iniciação do
tratamento com estrogênio isolado em menopausa precoce pode reduzir o risco de DAC.
Tratamento com estrogênio-progestagênio combinados: o risco relativo de DAC durante a TRH com estrogênio-
progestagênio combinados é levemente aumentado. O risco absoluto de DAC é fortemente dependente da idade. O
número de casos adicionais de DAC devido ao uso de estrogênio-progestagênio é muito baixo em mulheres
saudáveis perto da menopausa, mas irá aumentar com a idade mais avançada.
Câncer ovariano
Câncer de ovário é muito mais raro que câncer de mama. O uso prolongado (pelo menos 5 a 10 anos) de TRH com
produtos contendo estrogênio isolado em mulheres histerectomizadas tem sido associado ao aumento de risco de
câncer de ovário em alguns estudos epidemiológicos. Alguns estudos, incluindo o WHI, sugerem que o uso
prolongado de regimes de TRH combinados podem conferir um risco similar, ou um pouco menor.
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Acidente vascular cerebral (AVC)
Um grande estudo clínico randomizado “Women´s Health Initiative” (WHI) encontrou, como um resultado
secundário, um aumento no risco de acidente vascular cerebral em mulheres saudáveis durante o tratamento
combinado e contínuo com estrogênio conjugado e acetato de medroxiprogesterona. Para mulheres que não usam
TRH, é estimado que o número de casos de acidente vascular cerebral (AVC) que irão ocorrer após um período de 5
anos é cerca de 3 por 1.000 mulheres com idade, entre 50 e 59 anos e 11 por 1.000 em mulheres, com idade entre 60
e 69 anos. É estimado que para mulheres que usam estrogênios conjugados e medroxiprogesterona por 5 anos, o
número de casos adicionais estará entre 0 e 3 (melhor estimativa = 1) por 1000 usuárias, com idade entre 60 e 69
anos e entre 1 e 9 (melhor estimativa = 4) por 1000 usuárias, com idade entre 60 e 69 anos. Não se sabe se o
aumento do risco também se estende aos outros produtos de tratamento de reposição hormonal.
O tratamento com estrogênio-progestagênio combinados e com estrogênio isolado estão associados a um aumento
de até 1,5 vezes no risco de AVC isquêmico. O risco relativo não se altera com a idade ou tempo desde a
menopausa. Entretanto, como o risco de AVC na linha de base é fortemente dependente da idade, o risco global de
AVC em mulheres que usam TRH irá aumentar com a idade.
Demência
O uso de TRH não melhora a função cognitiva. Há algumas evidências de risco aumentado de possível demência em
mulheres que iniciaram o uso contínuo de TRH com estrogênio combinado ou isolado após os 65 anos de idade.
A administração isolada de estrogênios em pacientes com útero tem sido associada a um aumento do risco de
carcinoma endometrial e hiperplasia endometrial em algumas pacientes. Por esta razão, o estrogênio em combinação
com o progestagênio - como em Systen®
Conti - é recomendado em mulheres com útero para redução desse risco.
Conti não deve ser usado como anticoncepcional.
Mantenha Systen®
Conti fora do alcance das crianças e animais de estimação.
Se ocorrer gravidez durante a medicação com Systen
Conti, o tratamento deve ser suspendido imediatamente.
Efeitos sobre a capacidade de dirigir ou operar máquinas
Não existem dados conhecidos sobre os efeitos de Systen®
Conti sobre a capacidade de dirigir ou operar máquinas.
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS
Medicamentos dotados da propriedade de induzir a atividade das enzimas microssomais hepáticas podem alterar o
metabolismo dos estrogênios e dos progestagênios. Exemplos destes fármacos são: barbitúricos, hidantoínas,
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carbamazepina, meprobamato, rifampicina, rifabutina e certos inibidores não-nucleosídeos da transcriptase reversa
(por exemplo, nevirapina e efavirenz).
Ritonavir e nelfinavir, embora conhecidos como potentes inibidores das isoenzimas do citocromo P450, por
contraste apresentam propriedades indutoras quando utilizados concomitantemente com hormônios esteroides. O
metabolismo do fármaco pode ser afetado por preparações à base de erva de São João (Hypericum perforatum) que
induz certas isoenzimas do citocromo P450 no fígado (por exemplo, CYP 3A4), assim como a glicoproteína-P. A
indução das isoenzimas do citocromo P450 pode reduzir as concentrações plasmáticas do componente estrogênico
de Systen®
Conti resultando, possivelmente, na redução dos efeitos terapêuticos e sangramento não programado.
Com a administração transdérmica, o efeito de primeira passagem no fígado é evitado e, assim, estrogênios
aplicados por via trandérmica podem ser menos afetados pelos indutores de enzimas do que hormônios orais.É
possível que a indução destas mesmas isoenzimas possa também reduzir as concentrações do componente
progestagênico do Systen®
Conti na circulação, o que pode resultar na diminuição do efeito de proteção contra
hiperplasia endometrial estrogênio-induzida.
O estrogênio contido nos contraceptivos orais demonstrou diminuir significativamente a concentração plasmática da
lamotrigina quando coadministrados, devido a indução da glicuronidação da lamotrigina, o que pode reduzir o
controle de convulsões. Apesar da potencial interação entre o tratamento de reposição hormonal contendo estrogênio
e a lamotrigina não ter sido estudada, é esperado que exista uma interação semelhante, o que pode ocasionar redução
no controle de convulsões em mulheres que tomam os dois medicamentos juntos. Por essa razão, o ajuste da dose da
lamotrigina pode ser necessário.
CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO
Conservar Systen®
Conti em temperatura ambiente (temperatura entre 15 e 30ºC). Não refrigerar.
Este medicamento tem validade de 24 meses a partir de sua fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Aspecto físico
Conti é um adesivo transdérmico plano, com área superficial de 16 cm2
, espessura de 0,1 mm, formado por
duas camadas laminadas, para aplicação sobre a pele. A primeira camada é um filme flexível, transparente e
praticamente incolor. A segunda camada é um filme adesivo (matriz) composto de adesivo acrílico e goma guar e
contém os hormônios. Este adesivo é protegido por uma película de poliéster fixada à matriz adesiva e que deve ser
removida antes da aplicação do adesivo à pele. A película de poliéster é revestida com silicone em ambos os lados.
Esta película protetora tem uma incisão em S que facilita a sua remoção do adesivo .
A face externa da matriz adesiva é protegida do contacto com as roupas pela primeira lâmina transparente. Cada
adesivo tem marcado no centro de sua margem inferior, em sua face externa: CEN1.
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Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
POSOLOGIA E MODO DE USAR
Modo de usar
Conti deve ser aplicado em uma área limpa e seca de pele íntegra e saudável, no tronco do corpo abaixo da
cintura. Cremes, loções ou talcos podem interferir nas propriedades aderentes do adesivo. O adesivo nunca deve ser
aplicado nas mamas ou em regiões próximas. A área de aplicação deve ser alterada com um intervalo de pelo menos
uma semana entre as aplicações em um local específico. A área de aplicação selecionada não deve estar danificada
ou irritada. A área da cintura não deve ser utilizada, pois pode ocorrer pressão e atrito excessivos do adesivo.
O adesivo deve ser utilizado imediatamente após a abertura do sachê. Remova uma parte da película protetora.
Aplique a parte do adesivo que ficou exposta no local escolhido do corpo da extremidade para o centro; evite dobrar
o adesivo. Em seguida, a segunda parte da película protetora deve ser removida e a parte adesiva aplicada. Deve-se
novamente evitar dobrar o adesivo. Deve-se utilizar a palma da mão para pressionar o adesivo na pele e para
adequar a temperatura do adesivo a da pele, na qual seu efeito é otimizado.
A paciente deve evitar o contato entre os dedos e a parte aderente do adesivo durante a aplicação.
Se um adesivo se desprender um novo adesivo deve ser aplicado imediatamente. Entretanto, o dia de troca deve ser
mantido. Não é necessário remover o adesivo durante o banho. Contudo, recomenda-se que o adesivo seja removido
antes de uma sessão de sauna e um novo adesivo aplicado imediatamente após.
Se a paciente se esquecer de trocar por um novo adesivo, o adesivo esquecido deve ser aplicado assim que lembrado.
Entretanto, o dia usual para a troca dos adesivos deve ser mantido. O esquecimento de uma dose pode aumentar a
probabilidade de sangramentos de escape.
Para retirar um adesivo, levante uma extremidade do mesmo e puxe suavemente da pele(veja “Como fazer para usar
”).
Qualquer cola remanescente na pele após a remoção do adesivo pode ser retirada por lavagem com água e sabão ou
esfregando a pele com os dedos.
Posologia
Conti deve ser aplicado individualmente, sem interrupção, nas regiões do tronco abaixo da cintura e ser
trocado 2 vezes por semana, a cada 3 a 4 dias.
Não existem dados suficientes para orientar os ajustes da dose em pacientes com lesão hepática ou renal grave.
Para o tratamento dos sintomas pós-menopausa, a menor dose efetiva deve ser utilizada. O tratamento de reposição
hormonal deve prosseguir enquanto os benefícios em aliviar os sintomas superarem os riscos do tratamento de
reposição hormonal.
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mantido.
Conti tem uma área de superfície de 16 cm2
e contém 3,2 mg de estradiol hemi-hidratado, correspondendo
a uma liberação nominal de 50 mcg de estradiol por 24 horas e 11,2 mg de acetato de noretisterona, que corresponde
a liberação nominal de 170 mcg de acetato de noretisterona por 24 horas.
Cada adesivo libera aproximadamente 6% da quantidade total de estradiol (aproximadamente 200 mcg) e acetato de
noretisterona (aproximadamente 680 mcg) durante um período de 4 dias de uso. Mais de 90% da quantidade
estradiol e acetato de noretisterona permanecem no adesivo no momento da remoção (após 3 ou 4 dias). O excesso
na quantidade dos ativos é necessária para facilitar a liberação controlada durante os 3 ou 4 dias em que o adesivo é
utilizado. Não se espera que a taxa de liberação permaneça constante além dos 3 a 4 dias ou até a carga do adesivo
ser completamente liberada. O tempo de liberação total do adesivo não foi estudado.
Uso em crianças
Conti não está indicado para crianças.
Uso em pacientes idosas
Não existem dados suficientes sobre o uso de Systen®
Conti em pacientes com idade acima de 65 anos.
Este medicamento não deve ser cortado.
REAÇÕES ADVERSAS
Dados de estudos clínicos
A segurança de Systen®
Conti foi avaliada em 196 indivíduos em 3 estudos clínicos (incluindo dois estudos
controlados por ativo e 1 estudo de braço único). Reações adversas a medicamentos (RAMs) relatadas por ≥ 1% dos
indivíduos tratados com Systen®
Conti são apresentados na Tabela 1.
Tabela 1. Reações adversas a medicamentos relatadas por ≥ 1% dos indivíduos tratados com Systen®
Conti em 3
estudos clínicos de Systen®
Conti.
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Classe de Sistema/Órgão
Reação Adversa
%
(n = 196)
Distúrbios do Sistema Imune
Hipersensibilidade 1,0
Distúrbios Psiquiátricos
Depressão 2,6
Nervosismo 2,6
Ansiedade 1,0
Insônia 1,0
Distúrbios do Sistema Nervoso
Cefaleia 8,2
Parestesia 1,0
Distúrbios Cardíacos
Palpitações 2,6
Distúrbios Vasculares
Hipertensão 3,6
Vasodilatação 2,6
Varizes 1,0
Distúrbios Gastrintestinais
Dor abdominal 4,1
Náusea 2,6
Distúrbios dos Tecidos Cutâneo e Subcutâneo
Erupção cutânea eritematosa 1,0
Distúrbios dos Tecidos Musculoesquelético e Conectivo
Artralgia 3,1
Dor nas costas 2,6
Distúrbios do Sistema Reprodutivo e das Mamas
Distúrbios menstruais 7,1
Dor nas mamas 5,1
Metrorragia 3,6
Corrimento genital 1,5
Pólipo cervical 1,0
Dismenorreia 1,0
Hiperplasia endometrial 1,0
Menorragia 1,0
Distúrbios Gerais e Condições no Local de Administração
Reação no local de aplicação 11,7
Edema 4,1
Fadiga 3,1
Dor 1,0
Investigações
Aumento de peso 2,0
Reações adversas a medicamentos relatadas por < 1% dos indivíduos tratados com Systen®
Conti (n = 196) nos
dados dos estudos clínicos anteriores são apresentados na Tabela 2.
Tabela 2. Reações adversas a medicamentos relatadas por < 1% dos indivíduos tratados com Systen®
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Diminuição da libido
Distúrbios dos Tecidos Cutâneos e Subcutâneos
Prurido
Edema generalizado
Reações adversas a medicamentos adicionais relatadas em estudos clínicos com Systen®
(estradiol isolado) em
mulheres pós-menopausa são apresentadas na Tabela 3.
Tabela 3. Reações adversas a medicamentos relatadas por indivíduos tratados com Systen®
em 15 estudos clínicos
(n = 2.584) de Systen®
.
Reação adversa
Infecções e Infestações
Candidíase genital
Neoplasias Benignas, Malignas e Não Especificadas (incluindo cistos e pólipos)
Tontura
Epilepsia
Trombose
Diarreia
Flatulência
Erupção cutânea
Mialgia
Erupção cutânea no local de aplicação*
Prurido no local de aplicação*
Eritema no local de aplicação*
Edema no local de aplicação*
Edema periférico
* Sinais/sintomas solicitados (registrados como sim/não) em 8 estudos clínicos de Systen®
(n = 1.739).
Dados de pós-comercialização
As primeiras reações adversas identificadas durante a experiência de pós-comercialização com estradiol estão
apresentadas a seguir. As frequências são fornecidas de acordo com a seguinte convenção:
Muito comum ≥ 1/10
Comum ≥ 1/100 e < 1/10
Incomum ≥ 1/1000 e < 1/100
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Rara ≥ 1/10000 e < 1/1000
Muito rara < 1/10000, incluindo relatos isolados
Desconhecida (não pode ser estimada a partir dos dados disponíveis)
As seguintes reações adversas a medicamentos foram identificadas durante a experiência de pós-comercialização
com estradiol e noretisterona, por categoria de frequência estimada a partir de taxas de relatos espontâneos:
Reação muito rara ( <1.0000, incluindo relatos isolados):
Infecções e Infestações: candidíase;
Neoplasias Benignas, Malignas e Não Especificadas (incluindo cistos e pólipos): neoplasias de mamas, câncer
endometrial;
Distúrbios Psiquiátricos: oscilações de humor;
Distúrbios do Sistema Nervoso: acidente vascular cerebral, tontura, enxaqueca.
Distúrbios Vasculares: trombose venosa profunda;
Distúrbios Respiratórios, Torácicos e do Mediastino: embolia pulmonar;
Distúrbios Gastrintestinais: distensão abdominal;
Distúrbios Hepatobiliares: colelitíase;
Distúrbios dos Tecidos Cutâneo e Subcutâneo: síndrome de Stevens-Johnson;
Distúrbios do Sistema Reprodutivo e das Mamas: aumento das mamas;
Distúrbios Gerais e Condições no Local de Administração: eritema no local de aplicação, prurido no local de
aplicação, erupção cutânea no local de aplicação.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária - NOTIVISA,
disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou
Municipal.
SUPERDOSE
Os sintomas de superdose com estrogênios e progestagênios incluem náusea, sangramento de escape,
hipersensibilidade das mamas, dores abdominais e/ou distensão abdominal. Tais sintomas desaparecem com a
interrupção do tratamento.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações sobre como proceder.