Bula do Tantin produzido pelo laboratorio Biolab Sanus Farmacêutica Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
TANTIN®
Biolab Sanus Farmacêutica Ltda.
Comprimido Revestido
gestodeno 0,060 mg
etinilestradiol 0,015 mg
Biolab Sanus Tantin (Profissional de Saúde) – 08/2014 – 1
TANTIN
gestodeno
etinilestradiol
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÕES:
Comprimido revestido. Caixa com 1 blíster com 28 comprimidos.
Comprimido revestido. Caixa com 3 blísteres com 84 comprimidos.
USO ORAL. USO ADULTO.
COMPOSIÇÃO:
Cada comprimido rosa contém:
gestodeno ......................................................................... 0,060 mg
etinilestradiol ................................................................... 0,015 mg
Excipientes: lactose, celulose microcristalina, croscarmelose sódica, laurilsulfato de sódio, silicato de
magnésio, estearato de magnésio, copolímeros do ácido metacrílico, dióxido de titânio, macrogol, corante
vermelho FD&C 40.
Cada comprimido branco contém:
Excipientes q.s.p. ................................ 1 comprimido
magnésio, estearato de magnésio, copolímeros do ácido metacrílico, dióxido de titânio, macrogol.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Tantin está indicado como contraceptivo oral. Embora tendo eficácia bem estabelecida, há casos de
gravidez em mulheres utilizando contraceptivos orais.
Os seguintes benefícios à saúde relacionados ao uso de contraceptivos orais combinados são confirmados
pelos estudos epidemiológicos com formulações de contraceptivos orais combinados utilizando
amplamente doses maiores que 35 µg de etinilestradiol ou 50 µg de mestranol:
Efeitos sobre a menstruação: melhora da regularidade do ciclo menstrual; diminuição da perda de
sangue e da incidência de anemia ferropriva; diminuição da incidência de dismenorreia.
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Efeitos relacionados à inibição da ovulação: diminuição da incidência de cistos ovarianos funcionais;
diminuição da incidência de gravidez ectópica.
Outros benefícios não-contraceptivos: diminuição da incidência de fibroadenomas e de doença
fibrocística da mama; diminuição da incidência de doença inflamatória pélvica aguda; diminuição da
incidência de câncer endometrial; diminuição da incidência de câncer de ovário; diminuição da gravidade
de acne.
3. CARACTERÌSTICAS FARMACOLÓGICAS
Tantin é um contraceptivo oral que combina o componente estrogênico etinilestradiol e o componente
progestogênico gestodeno.
Farmacologia Clínica
Os contraceptivos orais combinados agem por supressão das gonadotrofinas. Embora o resultado primário
dessa ação seja a inibição da ovulação, outras alterações incluem mudanças no muco cervical (que
aumenta a dificuldade de entrada do esperma no útero) e no endométrio (que reduz a probabilidade de
implantação).
Quando corretamente e constantemente ingeridos, a taxa provável de falha dos contraceptivos orais
combinados é de 0,1% por ano, entretanto, a taxa de falha durante uso típico é de 5% por ano para todos
os tipos de contraceptivos orais. A eficácia da maioria dos métodos de contracepção depende da precisão
com que eles são usados. A falha do método é mais comum se ocorrer esquecimento da tomada de um ou
mais comprimidos do contraceptivo.
Farmacocinética
O gestodeno é rápida e completamente absorvido pelo trato gastrintestinal. Não sofre metabolização de
primeira passagem e está quase que completamente biodisponível após administração oral. No plasma,
gestodeno liga-se amplamente às globulinas fixadoras dos hormônios sexuais (SHBG). Durante
administrações repetidas, um acúmulo de gestodeno pode ser visto no plasma, com a fase de equilíbrio
observada durante a segunda metade de um ciclo de tratamento. Entretanto, somente uma pequena fração
(< 1%) do gestodeno total está presente na forma livre.
O gestodeno é completamente metabolizado por redução do grupo 3-ceto e da dupla ligação delta-4, e por
inúmeras hidroxilações. Nenhum metabólito farmacologicamente ativo do gestodeno é conhecido. Os
metabólitos do gestodeno são excretados na urina (50%) e nas fezes (33%) com uma meia-vida de
eliminação de aproximadamente um dia.
O etinilestradiol é rápida e completamente absorvido pelo trato gastrintestinal. Sofre intensa
metabolização de primeira passagem hepática. A biodisponibilidade média está em torno de 45% com
significante variação individual. O etinilestradiol liga-se fortemente a albumina e induz um aumento na
concentração plasmática de SHBG. Após repetidas administrações por via oral, a concentração sanguínea
de etinilestradiol aumenta em torno de 30-50%, atingindo a fase de equilíbrio durante a segunda metade
de cada ciclo de tratamento.
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Após administração oral única, os níveis plasmáticos máximos de etinilestradiol são alcançados dentro de
1-2 horas. A curva de disposição mostra duas fases com meias-vidas de 1-3 horas e 10-14 horas
aproximadamente.
O etinilestradiol é primariamente metabolizado por hidroxilação aromática, mas uma grande variedade de
metabólitos hidroxilados e metilados são formados, estando presentes como metabólitos livres ou
conjugados com glicuronídeos e sulfatos. Os metabólitos de etinilestradiol não são farmacologicamente
ativos. O etinilestradiol conjugado é excretado pela bile e sujeito a recirculação êntero-hepática. A meia-
vida de eliminação de etinilestradiol é de aproximadamente 10 horas. Cerca de 40% da droga é excretada
na urina e 60% eliminada nas fezes.
Os contraceptivos orais combinados não devem ser utilizados por mulheres que apresentem qualquer uma
das seguintes condições: trombose venosa profunda (história anterior ou atual), tromboembolismo
(história anterior ou atual), doença vascular cerebral ou coronariana arterial, valvulopatias trombogênicas,
distúrbios trombogênicos, trombofilias hereditárias ou adquiridas, cefaleia com sintomas neurológicos
focais tais como aura, diabetes com envolvimento vascular, hipertensão não-controlada, carcinoma da
mama conhecido ou suspeito ou outra neoplasia estrogênio-dependente conhecida ou suspeita, adenomas
ou carcinomas hepáticos, ou doença hepática ativa, desde que a função hepática não tenha retornado ao
normal, sangramento vaginal de etiologia a esclarecer, pancreatite associada a hipertrigliceridemia severa
(historia anterior ou atual) gravidez confirmada ou suspeita, hipersensibilidade a qualquer um dos
componentes de Tantin.
Gravidez - categoria de risco X
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas ou que possam ficar grávidas
durante o tratamento.
PRECAUÇÕES
1. Exame físico e acompanhamento
Antes do início do uso de contraceptivos orais combinados, deve ser realizado minucioso histórico
individual, histórico familiar e exame físico incluindo determinação da pressão arterial. Exames das
mamas, fígado, extremidades e órgãos pélvicos também devem ser conduzidos. O Papanicolau deve ser
realizado se a paciente for sexualmente ativa ou se for indicado de alguma outra maneira.
Esses exames clínicos devem ser repetidos pelo menos anualmente durante o uso de contraceptivos orais
combinados.
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O primeiro retorno deve ocorrer 3 meses após o contraceptivo oral combinado ser prescrito. A cada
consulta anual, os exames devem incluir os procedimentos realizados na consulta inicial, como descrito
anteriormente.
2. Efeitos sobre os carboidratos e lipídios
Relatou-se intolerância à glicose em usuárias de contraceptivos orais combinados. Por isso, pacientes com
intolerância à glicose ou diabetes mellitus devem ser acompanhadas criteriosamente enquanto estiverem
recebendo contraceptivos orais combinados. (veja Contraindicações).
Uma pequena parcela das usuárias de contraceptivos orais combinados pode apresentar alterações
lipídicas adversas. Métodos de controle da natalidade não-hormonais devem ser considerados em
mulheres com dislipidemias não-controladas. Hipertrigliceridemia persistente pode ocorrer em uma
pequena parcela das usuárias de contraceptivos orais combinados. Elevações de triglicérides plasmáticos
em usuárias de contraceptivos orais combinados podem resultar em pancreatite e outras complicações.
Relatou-se aumento dos níveis séricos de lipoproteínas de alta densidade (HDL-colesterol) com o uso de
estrogênios, enquanto que com progestogênios relatou-se diminuição dos níveis. Alguns progestogênios
podem aumentar os níveis de lipoproteínas de baixa densidade (LDL) e tornar o controle das
hiperlipidemias mais difícil. O efeito resultante de um contraceptivo oral combinado depende do
equilíbrio atingido entre as doses de estrogênio e progestogênio e da natureza e quantidade absoluta dos
progestogênios utilizados no contraceptivo. A dose dos dois hormônios deve ser levada em consideração
na escolha de um contraceptivo oral combinado.
Mulheres em tratamento para hiperlipidemias devem ser rigorosamente monitoradas se optarem pelo uso
de contraceptivos orais combinados.
3. Função hepática
Pode haver necessidade de descontinuação do uso de contraceptivos orais combinados na presença de
disfunção hepática aguda ou crônica até que a função hepática volte ao normal. Os hormônios esteroidais
podem ser pouco metabolizados em pacientes com comprometimento da função hepática.
4. Sangramento genital
Algumas mulheres podem não apresentar hemorragia por supressão durante o intervalo sem comprimidos.
Se o contraceptivo oral combinado não foi utilizado de acordo com as orientações antes da ausência da
primeira hemorragia por supressão ou se não ocorrerem duas hemorragias por supressão consecutivas,
deve-se interromper o uso e utilizar um método não-hormonal de controle da natalidade até que a
possibilidade de gravidez seja excluída.
Pode ocorrer sangramento de escape e spotting em mulheres em tratamento com contraceptivos orais
combinados, sobretudo nos primeiros três meses de uso. O tipo e a dose do progestogênio podem ser
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importantes. Se esse tipo de sangramento persistir ou recorrer, as causas não-hormonais devem ser
consideradas e podem ser indicadas condutas diagnósticas adequadas para excluir a possibilidade de
gravidez, infecção, malignidades ou outras condições. Se essas condições forem excluídas, o uso contínuo
de contraceptivo oral combinado ou a mudança para outra formulação podem resolver o problema.
Algumas mulheres podem apresentar amenorreia pós-pílula (possivelmente com anovulação) ou
oligomenorreia, particularmente quando essas condições são preexistentes.
5. Depressão
Mulheres utilizando contraceptivos orais combinados com história de depressão devem ser observadas
criteriosamente e o medicamento deve ser suspenso se a depressão reaparecer em grau severo. As
pacientes que ficarem significantemente deprimidas durante o tratamento com contraceptivos orais
combinados devem interromper o uso do medicamento e utilizar um método contraceptivo alternativo, na
tentativa de determinar se o sintoma está relacionado ao medicamento.
6. Outras
As pacientes devem ser informadas que este produto não protege contra infecção por HIV (AIDS) ou
outras doenças sexualmente transmissíveis.
Diarréia e/ou vômitos podem reduzir a absorção do hormônio, resultando na diminuição das
concentrações séricas (ver Orientação em caso de vômitos e/ ou diarréia e Interações
Medicamentosas).
Gravidez
Se ocorrer gravidez durante o tratamento com contraceptivo oral combinado, as próximas administrações
devem ser interrompidas. Não há evidências conclusivas de que o estrogênio e o progestogênio contidos
no contraceptivo oral combinado prejudicarão o desenvolvimento do bebê se houver concepção acidental
durante seu uso. (ver Contraindicações).
Lactação
Pequenas quantidades de contraceptivos esteroidais e/ou metabólitos foram identificados no leite materno
e poucos efeitos adversos foram relatados em lactentes, incluindo icterícia e aumento das mamas. A
lactação pode ser afetada pelos contraceptivos orais combinados, pois contraceptivos orais combinados
podem reduzir a quantidade e alterar a composição do leite materno. Em geral, não deve ser recomendado
o uso de contraceptivos orais combinados até que a lactante tenha deixado totalmente de amamentar a
criança (ver Advertências).
ADVERTÊNCIAS
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Fumar aumenta o risco de efeitos colaterais cardiovasculares sérios decorrentes do uso de
contraceptivos orais combinados. Este risco aumenta com a idade e com o consumo intenso (em
estudos epidemiológicos, fumar 15 ou mais cigarros por dia foi associado a risco significantemente
maior) e é bastante acentuado em mulheres com mais de 35 anos de idade. Mulheres que tomam
contraceptivos orais combinados devem ser firmemente aconselhadas a não fumar.
As informações contidas nesta bula baseiam-se, principalmente, em estudos realizados em mulheres que
utilizaram contraceptivos orais combinados com doses de estrogênios e progestogênios maiores do que as
dos contraceptivos orais combinados comumente utilizados hoje em dia.
1. Tromboembolismo e trombose venosa e arterial
O uso de contraceptivos orais combinados está associado a aumento do risco de eventos tromboembólicos
e trombóticos venosos e arteriais.
A redução da exposição a estrogênios e progestogênios está em conformidade com os bons princípios da
terapêutica. Para qualquer combinação específica de estrogênio/progestogênio, a posologia prescrita deve
ser a que contenha a menor quantidade de estrogênio e progestogênio compatível com um baixo índice de
falhas e com as necessidades individuais de cada paciente.
A introdução do tratamento com contraceptivos orais combinados em novas usuárias deve ser feita com
formulações com menos de 50 µg de estrogênio.
• Tromboembolismo e trombose venosa
O uso de contraceptivos orais combinados aumenta o risco de eventos tromboembólicos e trombóticos
venosos. Entre os eventos relatados estão trombose venosa profunda e embolia pulmonar.
O uso de qualquer contraceptivo oral combinado apresenta risco aumentado de eventos tromboembólicos
e trombóticos venosos em comparação a não-usuárias. O aumento do risco é maior durante o primeiro ano
em que uma mulher usa um contraceptivo oral combinado. Esse risco aumentado é menor do que o risco
de eventos tromboembólicos e trombóticos venosos associado à gravidez, estimado em 60 casos por
100.000 mulheres-anos. O tromboembolismo venoso é fatal em 1 a 2% dos casos.
Estudos epidemiológicos têm demonstrado que a incidência de tromboembolismo venoso em usuárias de
contraceptivos orais de estrogênio de baixa concentração (<50mcg etinilestradiol) varia cerca de 20 a 40
casos por 100.000 mulheres/ano; esta estimativa de risco varia de acordo com o progestogênio. Isso se
compara com 5 a 10 casos por 100,000 mulheres/ano não usuárias.
Vários estudos epidemiológicos têm demonstrado que mulheres que usam contraceptivos orais
combinados que contém etinilestradiol (particularmente 30µg) e progestogenio como gestodeno, estão
sob risco aumentado de eventos tromboembólicos e trombóticos venosos em comparação às mulheres que
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usam contraceptivos orais combinados contendo menos de 50 µg de etinilestradiol e o progestogênio
levonorgestrel. Entretanto, dados de outros estudos não demonstraram este risco aumentado.
Para contraceptivos orais combinados contendo gestodeno e 15 µg de etinilestradiol, como Tantin não há
dados sobre o risco comparativo de eventos tromboembólicos e trombóticos venosos.
Para contraceptivos orais combinados contendo 30 µg de etinilestradiol combinado a desogestrel ou
gestodeno em comparação aos que contêm menos de 50 µg de etinilestradiol e levonorgestrel, estimou-se
que o risco relativo global de eventos tromboembólicos e trombóticos venosos varia entre 1,5 e 2,0. A
incidência de eventos tromboembólicos e trombóticos venosos para contraceptivos orais combinados
contendo gestodeno com menos de 50 µg de etinilestradiol é de aproximadamente 20 casos por 100.000
mulheres-ano. Para contraceptivos orais combinados contendo 30 µg de etinilestradiol combinado a
desogestrel ou gestodeno, a incidência é de aproximadamente 30-40 casos por 100.000 mulheres-ano, ou
seja, 10-20 casos adicionais por 100.000 mulheres-ano.
Todas essas informações devem ser levadas em consideração ao prescrever este contraceptivo oral
combinado e ao aconselhar uma paciente na escolha do(s) método(s) contraceptivo(s).
O risco de eventos tromboembólicos e trombóticos venosos é ainda maior em mulheres com condições
predisponentes para tromboembolismo e trombose venosos. Deve-se ter cuidado ao prescrever
contraceptivos orais combinados nesses casos.
A seguir, exemplos de condições predisponentes para tromboembolismo e trombose venosos:
- obesidade
- cirurgia ou trauma com maior risco de trombose
- parto recente ou aborto no segundo trimestre
- imobilização prolongada
- idade avançada
Outros fatores de risco, que representam contraindicações para o uso de contraceptivos orais combinados
estão apresentados no item Contraindicações.
Relatou-se aumento de 2 a 4 vezes do risco relativo de complicações tromboembólicas pós-operatórias
com o uso de contraceptivos orais combinados. O risco relativo de trombose venosa em mulheres
predispostas é 2 vezes maior do que nas que não apresentam essas condições. Se possível, os
contraceptivos orais combinados devem ser descontinuados:
- nas 4 semanas anteriores e nas 2 semanas posteriores a cirurgia eletiva associada a aumento do risco de
trombose e
- durante imobilização prolongada.
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Como o pós-parto imediato está associado a aumento do risco de tromboembolismo, o tratamento com
contraceptivos orais combinados não deve começar antes do 28º dia após o parto ou aborto no segundo
trimestre.
• Tromboembolismo e trombose arterial
arteriais. Entre os eventos relatados estão infarto do miocárdio e acidentes vasculares cerebrais (AVC
isquêmicos e hemorrágicos, ataque isquêmico transitório). Para informações sobre trombose vascular
retiniana ver item 2. Lesões oculares.
O risco de eventos tromboembólicos e trombóticos arteriais é ainda maior em mulheres com fatores de
risco subjacentes.
Deve-se ter cuidado ao prescrever contraceptivos orais combinados para mulheres com fatores de risco
para eventos tromboembólicos e trombóticos arteriais. A seguir, exemplos de fatores de risco para
eventos tromboembólicos e trombóticos arteriais: fumo, hipertensão, hiperlipidemias, obesidade, idade
avançada. O risco de acidente vascular cerebral pode ser maior em usuárias de contraceptivo oral
combinado que sofrem de enxaqueca (particularmente enxaqueca com aura). Outros fatores de risco, que
representam contraindicações para o uso de contraceptivos orais combinados estão apresentados no item
Contraindicações.
2. Lesões oculares
Houve relatos de casos de trombose vascular retiniana com o uso de contraceptivos orais combinados,
que podem resultar em perda total ou parcial da visão. Se houver sinais ou sintomas de alterações visuais,
início de proptose ou diplopia, papiledema ou lesões vasculares retinianas, deve-se interromper o uso dos
contraceptivos orais combinados e avaliar imediatamente a causa.
3. Pressão arterial
Relatou-se aumento da pressão arterial em mulheres em tratamento com contraceptivos orais combinados.
Em mulheres com hipertensão, histórico de hipertensão ou doenças relacionadas à hipertensão (incluindo
algumas doenças renais), pode ser preferível utilizar outro método de controle da natalidade. Se pacientes
hipertensas escolherem o tratamento com contraceptivos orais combinados, devem ser monitoradas
rigorosamente, se ocorrer aumento significativo da pressão arterial, deve-se interromper o uso do
contraceptivo oral combinado.
Na maioria das pacientes, a pressão arterial volta ao valor basal com a interrupção da administração do
contraceptivo oral combinado e, aparentemente, não há diferença na ocorrência de hipertensão entre
mulheres que já usaram e as que nunca tomaram contraceptivos orais combinados.
O uso de contraceptivo oral combinado é contraindicado em mulheres com hipertensão não-controlada
(ver Contraindicações).
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4. Carcinoma dos órgãos reprodutores
Carcinoma Cervical
O fator de risco mais importante para o câncer cervical é a persistente infecção por papiloma vírus
humano. Alguns estudos sugerem que o uso de contraceptivo oral combinado pode estar associado a
aumento do risco de neoplasia cervical intra-epitelial ou câncer cervical invasivo em algumas populações
de mulheres. No entanto, ainda há controvérsia sobre o grau em que essas descobertas podem estar
relacionadas a diferenças de comportamento sexual e outros fatores. Nos casos de sangramento genital
anormal não-diagnosticado, estão indicadas medidas diagnósticas adequadas.
Câncer de mama
Os fatores de risco estabelecidos para o desenvolvimento do câncer de mama incluem aumento da idade,
histórico familiar, obesidade, nuliparidade e idade tardia para a primeira gravidez.
Uma metanálise de 54 estudos epidemiológicos relatou que o risco relativo (RR = 1,24) de diagnóstico de
câncer de mama foi ligeiramente maior em mulheres que utilizaram contraceptivos orais combinados do
que nas que nunca utilizaram. O aumento do risco desaparece gradualmente no transcorrer de 10 anos
após a interrupção do uso de contraceptivos orais combinados. Esses estudos não forneceram evidências
de relação causal. O padrão observado de aumento do risco de diagnóstico de câncer de mama pode ser
consequência da detecção mais precoce desse câncer em usuárias de contraceptivos orais combinados
(devido à monitorização clínica mais regular), dos efeitos biológicos dos contraceptivos orais combinados
ou da combinação de ambos. Como o câncer de mama é raro em mulheres com menos de 40 anos, o
número excedente de diagnósticos de câncer de mama em usuárias de contraceptivos orais combinados
atuais e recentes foi pequeno em relação ao risco de câncer de mama ao longo da vida. O câncer de mama
diagnosticado em mulheres que já utilizaram contraceptivos orais combinados tende a ser menos
avançado clinicamente que o diagnosticado em mulheres que nunca os utilizaram.
5. Neoplasia hepática/doença hepática
Os adenomas hepáticos, em casos muito raros, e os carcinomas hepatocelulares, em casos extremamente
raros, podem estar associados ao uso de contraceptivo oral combinado. Aparentemente, o risco aumenta
com o tempo de uso do contraceptivo oral combinado. A ruptura dos adenomas hepáticos pode causar
morte por hemorragia intra-abdominal. Mulheres com história de colestase relacionada ao contraceptivo
oral combinado e as que desenvolveram colestase durante a gravidez são mais propensas a apresentar
colestase com o uso de contraceptivo oral combinado. Essas pacientes que usam contraceptivo oral
combinado devem ser rigorosamente monitoradas, e o uso de contraceptivo oral combinado deve ser
interrompido se colestase recorrer.
Foi relatada lesão hepatocelular com o uso de contraceptivos orais combinados. A identificação precoce
da lesão hepatocelular associada ao uso de contraceptivo oral combinado pode reduzir a gravidade da
hepatotoxicidade quando o contraceptivo oral combinado é descontinuado. Se a lesão hepatocelular for
diagnosticada, a paciente deve interromper o uso do contraceptivo oral combinado, utilizar um método de
controle da natalidade não-hormonal e consultar seu médico.
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Distúrbios agudos ou crônicos da função hepática podem necessitar de descontinuação do uso de
contraceptivos orais combinados até que a função hepática retorne ao normal.
6. Enxaqueca/Cefaleia
Início ou exacerbação de enxaqueca ou desenvolvimento de cefaléia com padrão novo que seja
recorrente, persistente ou grave exige a descontinuação do contraceptivo oral combinado e a avaliação da
causa.
O risco de acidente vascular cerebral pode ser maior em usuárias de contraceptivo oral combinado que
sofrem de enxaqueca (particularmente enxaqueca com aura).
7. Imune
Angioedema
Os estrogênios exógenos podem induzir ou exacerbar os sintomas de angioedema, particularmente em
mulheres com angioedema hereditário.
Atenção: Este medicamento contém açúcar, portanto, deve ser usado com cautela em portadores de
Diabetes.
Este medicamento causa malformação ao bebê durante a gravidez.
INTERAÇÃO COM EXAMES LABORATORIAIS
O uso de contraceptivos orais combinados pode causar algumas alterações fisiológicas que podem refletir
nos resultados de alguns exames laboratoriais, incluindo:
- parâmetros bioquímicos da função hepática (incluindo a diminuição da bilirrubina e da fosfatase
alcalina), função tireoidiana (aumento dos níveis totais de T3 e T4 devido ao aumento da TBG [globulina
de ligação à tiroxina], diminuição da captação de T3 livre), função adrenal (aumento do cortisol
plasmático, aumento da globulina de ligação a cortisol, diminuição do sulfato de deidroepiandrosterona
[DHEAS]) e função renal (aumento da creatinina plasmática e depuração de creatinina)
- níveis plasmáticos de proteínas (carreadoras), como globulina de ligação a corticosteróide e frações
lipídicas/lipoprotéicas
- parâmetros do metabolismo de carboidratos
- parâmetros de coagulação e fibrinólise
- diminuição dos níveis séricos de folato
USO GERIÁTICO
Tantin não é indicado para mulheres na pós-menopausa.
Interações entre etinilestradiol e outras substâncias podem diminuir ou aumentar as concentrações séricas
de etinilestradiol.
Concentrações séricas mais baixas de etinilestradiol podem causar maior incidência de sangramento de
escape e irregularidades menstruais e, possivelmente, podem reduzir a eficácia do contraceptivo oral
combinado.
Durante o uso concomitante de produtos com etinilestradiol e substâncias que podem diminuir as
concentrações séricas de etinilestradiol, recomenda-se que um método anticoncepcional não-hormonal
(como preservativos e espermicida) seja utilizado além da ingestão regular de Tantin. No caso de uso
prolongado dessas substâncias, os contraceptivos orais combinados não devem ser considerados os
contraceptivos primários.
Após a descontinuação das substâncias que podem diminuir as concentrações séricas de etinilestradiol,
recomenda-se o uso de um método anticoncepcional não-hormonal por, no mínimo, 7 dias. Aconselha-se
o uso prolongado do método alternativo após a descontinuação das substâncias que resultaram na indução
das enzimas microssomais hepáticas, levando a uma diminuição das concentrações séricas de
etinilestradiol. Às vezes, pode levar várias semanas até a indução enzimática desaparecer completamente,
dependendo da dose, duração do uso e taxa de eliminação da substância indutora.
A seguir, alguns exemplos das substâncias que podem diminuir as concentrações séricas de
etinilestradiol:
- Qualquer substância que reduza o tempo do trânsito gastrintestinal e, portanto, a absorção do
etinilestradiol.
- Substâncias indutoras das enzimas microssomais hepáticas, como rifampicina, rifabutina, barbitúricos,
primidona, fenilbutazona, fenitoína, dexametasona, griseofulvina, topiramato, alguns inibidores de
protease, modafinil.
- Hypericum perforatum, também conhecido como erva de São João, e ritonavir* (possivelmente por
indução das enzimas microssomais hepáticas).
- Alguns antibióticos (por exemplo, ampicilina e outras penicilinas, tetraciclinas), por diminuição da
circulação êntero-hepática de estrogênios.
A seguir, alguns exemplos de substâncias que podem aumentar as concentrações séricas de etinilestradiol:
- atorvastatina.
- Inibidores competitivos de sulfatações na parede gastrintestinal, como o ácido ascórbico (vitamina C) e
o paracetamol (acetaminofeno).
- Substâncias que inibem as isoenzimas 3A4 do citocromo P450, como indinavir, fluconazol e
troleandomicina.
A troleandomicina pode aumentar o risco de colestase intra-hepática durante a administração
concomitante com contraceptivos orais combinados.
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*Embora o ritonavir seja um inibidor do citocromo P450 3A4, demonstrou-se que esse tratamento
diminui as concentrações séricas de etinilestradiol (vide acima).
O etinilestradiol pode interferir no metabolismo de outros fármacos por inibição das enzimas
microssomais hepáticas ou indução da conjugação hepática do fármaco, sobretudo a glicuronização.
Conseqüentemente, as concentrações plasmáticas e teciduais podem aumentar (p. ex., ciclosporina,
teofilina, corticosteróides) ou diminuir (p. ex., lamotrigina).
Em pacientes tratados com a flunarizina, relatou-se que o uso de contraceptivos orais aumenta o risco de
galactorreia.
As bulas dos medicamentos concomitantes devem ser consultadas para identificar possíveis interações.
Tantin comprimidos deve ser conservado em temperatura ambiente (entre 15 e 30°C) e protegido da
umidade.
Este medicamento possui prazo de validade de 24 meses a partir da sua data de fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Tantin comprimido rosa se apresenta como comprimidos revestidos redondos, de cor rosa, com as faces
convexas e lisas
Tantin comprimido branco se apresenta como comprimidos revestidos redondos, de cor branca, com as
faces convexas e lisas.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
O blister de Tantin contém 28 comprimidos, sendo 24 comprimidos cor-de-rosa com hormônios e 4
comprimidos inertes de cor branca. Iniciar tomando um comprimido cor-de-rosa no primeiro dia do ciclo
(primeiro dia de sangramento). Assim, diariamente, durante 24 dias consecutivos, deve-se continuar
tomando 1 comprimido branco de Tantin por mais 4 dias consecutivos, seguindo a ordem indicada no
blíster. O fluxo menstrual deve ocorrer nestes dias, após o término dos comprimidos cor-de-rosa. A
embalagem seguinte deve ser iniciada no dia seguinte ao término dos comprimidos brancos, sem
intervalo, mesmo que a hemorragia por supressão esteja em curso.
Como começar a tomar Tantin
Sem uso anterior de contraceptivo hormonal no mês anterior: o primeiro comprimido de Tantin deve ser
tomado no 1º dia do ciclo natural (ou seja, o primeiro dia de sangramento menstrual). Pode-se iniciar o
Biolab Sanus Tantin (Profissional de Saúde) – 08/2014 – 13
tratamento com Tantin entre o 2º e o 7º dia do ciclo menstrual, mas recomenda-se a utilização de método
contraceptivo não-hormonal (como preservativo e espermicida) nos primeiros 7 dias de administração de
Tantin.
Quando se passa a usar Tantin no lugar de outro contraceptivo oral: preferencialmente, deve-se começar
a tomar Tantin no dia seguinte ao último comprimido ativo do contraceptivo oral combinado anterior ter
sido ingerido mas não mais tarde do que no dia após o intervalo sem comprimidos ou após a ingestão do
último comprimido inativo do contraceptivo oral combinado anterior.
Quando se passa a usar Tantin no lugar de outro método contraceptivo com apenas progestogênio,
minipílulas, implante, dispositivos intrauterinos [DIU], injetáveis): pode-se interromper o uso da mini-
pílula em qualquer dia e deve-se começar a tomar Tantin no dia seguinte. Deve-se iniciar o uso de Tantin
no mesmo dia da remoção do implante de progestogênio ou remoção do DIU. O uso de Tantin deve ser
iniciado na data em que a próxima injeção está programada.
Em cada uma dessas situações, a paciente deve ser orientada a utilizar outro método não-hormonal de
contracepção durante os 7 primeiros dias de administração de Tantin.
Após aborto no primeiro trimestre: pode-se começar a tomar Tantin imediatamente. Não são necessários
outros métodos contraceptivos.
Pós parto: como o pós-parto imediato está associado a aumento do risco de tromboembolismo, o
tratamento com Tantin não deve começar antes do 28º dia após o parto em mulheres não-lactantes ou
após aborto no segundo trimestre. Deve-se orientar a paciente a utilizar outro método não-hormonal de
contracepção durante os 7 primeiros dias de administração de Tantin. Entretanto, se já tiver ocorrido
relação sexual, a possibilidade de gravidez antes do início da utilização Tantin deve ser descartada ou
deve-se esperar pelo primeiro período menstrual espontâneo (ver Precauções e Advertências).
Conduta para quando a paciente esquecer de tomar Tantin
A proteção contraceptiva pode ser reduzida se a paciente esquecer de tomar algum comprimido cor-de-
rosa de Tantin e, particularmente, se o esquecimento atrasar o início da próxima cartela. Se for esquecido
algum comprimido cor-de-rosa, e tiver ocorrido relação sexual na semana anterior ao esquecimento, deve-
se considerar a possibilidade de gravidez. Recomenda-se consultar seu médico.
• Se a paciente esquecer de tomar um comprimido de Tantin e lembrar dentro de até 12 horas da dose
usual, deve-se ingeri-lo tão logo se lembre. Os comprimidos seguintes devem ser tomados no
horário habitual.
• Se a paciente esquecer de tomar um comprimido de Tantin e lembrar mais de 12 horas após a dose
usual ou se tiverem sido esquecidos dois ou mais comprimidos, a proteção contraceptiva pode estar
reduzida. O último comprimido esquecido deve ser tomado tão logo se lembre, o que pode resultar
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na tomada de dois comprimidos de uma única vez. Os comprimidos seguintes devem ser ingeridos
no horário habitual. Um método contraceptivo não-hormonal deve ser usado nos próximos 7 dias.
• Se a paciente tomar o último comprimido ativo antes do fim do intervalo de 7 dias durante o qual o
uso de um método contraceptivo não-hormonal é necessário, a próxima embalagem deve ser iniciada
imediatamente; não deve haver intervalo sem comprimidos entre as embalagens. Isto previne um
intervalo prolongado entre os comprimidos, reduzindo, portanto, o risco de uma ovulação de escape.
É improvável que ocorra hemorragia por supressão até que todos os comprimidos da nova
embalagem sejam tomados, embora a paciente possa apresentar spotting ou sangramento de escape
nos dias em que estiver ingerindo os comprimidos. Se a paciente não tiver hemorragia por supressão
após a ingestão de todos os comprimidos da nova embalagem, a possibilidade de gravidez deve ser
descartada antes de se retomar a ingestão dos comprimidos.
Orientação em caso de vômitos e/ou diarreia
No caso de vômito ou diarreia no período de 4 horas após a ingestão do comprimido, a absorção dos
comprimidos pode ser incompleta. Neste caso, as informações contidas no item Conduta para quando a
paciente esquecer de tomar Tantin são aplicáveis. A paciente deve tomar um comprimido ativo adicional
obtida de uma nova embalagem.
Proteção Contraceptiva Adicional:
Quando for necessária a utilização de proteção contraceptiva adicional, utilize métodos contraceptivos de
barreira (por exemplo: diafragma ou preservativo masculino). Não utilize os métodos da tabelinha ou da
temperatura como proteção contraceptiva adicional, pois os contraceptivos orais modificam as alterações
menstruais cíclicas, tais como as variações de temperatura e do muco cervical.
Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.