Bula do Tartarato de Brimonidina produzido pelo laboratorio Geolab Indústria Farmacêutica S/a
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
V.01_04/2014
TARTARATO DE BRIMONIDINA
Geolab Indústria Farmacêutica S/A
Solução Oftálmica
2mg/mL (0,2%)
_________________________________________________________________________
MODELO DE BULA PARA O PROFISSIONAL DE SAÚDE
Esta bula é continuamente atualizada. Favor proceder a sua leitura antes de utilizar o medicamento.
tartarato de brimonidina
Medicamento genérico, Lei n° 9.787 de 1999.
FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÃO:
Solução Oftálmica Estéril 2mg/mL (0,2%): Embalagem contendo 1 frasco gotejador com 5mL.
USO OFTÁLMICO
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO
Cada mL da solução oftálmica contém:
tartarato de brimonidina.........................................................................................................................................................2mg
Excipientes: álcool polivinílico, citrato de sódio, hidróxido de sódio, cloreto de benzalcônio, cloreto de sódio e água
purificada.
O tartarato de brimonidina é indicado no tratamento de pacientes com glaucoma de ângulo aberto ou hipertensão ocular.
A pressão intraocular (PIO) elevada é o principal fator de risco para a perda do campo visual no glaucoma. Quanto maior a
pressão intraocular, maior a probabilidade de ocorrência de danos ao nervo óptico e de perda de campo visual. O tartarato
de brimonidina diminui a pressão intraocular com efeitos mínimos sobre os parâmetros pulmonares e cardiovasculares. Em
um estudo de dose-resposta de um mês em pacientes glaucomatosos ou com hipertensão ocular tartarato de brimonidina foi
avaliado nas concentrações 0.08%, 0.25% e 0.5% e veículo para a redução da PIO. A média de redução da PIO a partir do
valor basal a 12 horas pós-instilação no grupo de 0.2% foi de 4.0 a 5.8 mmHG (15.5% a 22.4%)1
.
Os efeitos cardiovasculares e pulmonares de tartarato de brimonidina 0,2% foram comparados ao timolol 0,5%, betaxolol
0,25% e ao veículo de tartarato de brimonidina 0,2% em um estudo cross-over duplo-mascarado em 24 voluntários homens
saudáveis2
Nesse estudo de uma dose, não foram observados efeitos sobre a função pulmonar com tartarato de brimonidina 0,2%,
suspensão de betaxolol 0,25%, timolol 0,5% ou veículo. A brimonidina, o betaxolol e o veículo não apresentaram efeitos
sobre taquicardia por exercício, enquanto o timolol foi associado a uma supressão estatisticamente significativa de
frequência cardíaca de recuperação e exercício. Os efeitos cardiovasculares de brimonidina sobre exercício foram limitados
a uma ligeira redução da pressão arterial sistólica durante o período de recuperação2
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Quando aferida 12 horas após a dosagem em estudos controlados nucleares, a frequência cardíaca média permaneceu
relativamente inalterada no valor basal com o tratamento de brimonidina. Foram observadas pequenas reduções
clinicamente significativas na frequência cardíaca média em alguns dos exames diurnos3,4,5
. Da mesma forma, foram
observadas reduções desprezíveis nas pressões arteriais sistólica e diastólica médias quando aferidas 12 horas após a
dosagem. Essas alterações não foram associadas a sintomas clínicos3,4,5
Dois estudos clínicos, de 3 meses (com extensão de 1 ano), duplo-cegos (N=1,147), foram conduzidos para avaliar a
segurança, eficácia e aceitabilidade de tartarato de brimonidina 0,15% comparado com o tartarato de brimonidina 0,2%
administrados 3 vezes ao dia em pacientes com glaucoma ou hipertensão ocular. A análise de 3 meses indicou que o
tartarato de brimonidina 0,15% efetivamente diminui a PIO em pacientes com glaucoma ou com hipertensão ocular
(3.1mmHG a 4.7mmHG). Adicionalmente, dados dos estudos completos, 12 meses, indicaram que o tartarato de
brimonidina 0,15% continuou a ser comparável ao tartarato de brimonidina 0,2% e efetivamente baixou a PIO. O tartarato
de brimonidina 0,15% foi bem tolerado, foi escolhido como mais confortável pela maioria dos pacientes e demonstrou um
perfil de segurança superior quando comparado com tartarato de brimonidina 0,2%6
1
Data on file, Allergan, Inc. Derick RJ, Robin AL, et al. Brimonidine tartrate, a one-month dose response study. 1997
Ophthalmology Jan; 104(1):131-136 (Final Clinical Report A342- 110-7831.
2
Nordlund JR, Pasquale LR, Robin AL, et al. The cardiovascular, pulmonary, and ocular hypotensive effects of 0.2%
brimonidine. 1995 Arch Ophthalmol Jan;113(1):77-83. (Final Clinical Report A342-115-8042).
3
Schuman, JS, Horowitz B, et al. A 1-year study of brimonidine twice daily in glaucoma and ocular hypertension. Arch
Ophthalmol 1997;115:847-852 (Final Clinical Report A342-103-7831)
4
Data on file, Allergan, Inc. Final report of study A342-104-7831: The long-term safety and ocular-hypotensive efficacy of
brimonidine tartrate 0.2% in subjects with open-angle glaucoma or ocular hypertension. Dated March 1996.
5
Data on file, Allergan Inc. Final Report of Study A342-119-7831. A comparison of the safety and efficacy of twice-daily
vs. three-times daily administration of brimonidine 0.2% in subjects with open-angle glaucoma or ocular hypertension.
6
Data on file, Allergan, Inc. Final report of studies 190342-007 and 190342-008: A multicenter, double-masked,
randomized, parallel, 3-month study (with an extension to 1 year) of the safety, efficacy, and acceptability of 0.15% and
0.2% Brimonidine-Purite® compared with 0.2% Brimonidine administered 3-times-daily in subjects with glaucoma or
ocular hypertension.
Princípio ativo
O tartarato de brimonidina é um potente agonista adrenérgico seletivo alfa-2. O nome químico do tartarato de brimonidina é
L-tartarato de 5-bromo-6-(2-imidazolidinilideneamino) quinoxalina. É um pó de coloração amarelo-pálido. Em solução,
apresenta tonalidade amarelo esverdeada. O peso molecular é 442,24, sendo solúvel tanto em água (1,5mg/mL) quanto no
veículo (3,0mg/mL). A fórmula molecular é C11H10BrN5.C4 H6 O6.
Farmacodinâmica
Mecanismo de ação: A brimonidina é um agonista alfa-adrenérgico. O pico do efeito hipotensivo ocular é observado duas
horas após seu uso. Estudos fluorofotométricos em animais e humanos indicam que a brimonidina tem duplo mecanismo de
ação, agindo através da redução da produção do humor aquoso e do aumento da drenagem pela via do fluxo uveoscleral.
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Farmacocinética
A concentração plasmática máxima é atingida num período de 0,5 a 2,5 horas após a administração ocular e declina com
uma meia-vida sistêmica de aproximadamente 2 horas. Em humanos, o metabolismo sistêmico da brimonidina é amplo,
ocorrendo fundamentalmente a nível hepático. A excreção urinária é a principal via de eliminação deste fármaco e seus
metabólitos. Aproximadamente 87% de uma dose oral radioativa foi eliminada no espaço de 120 horas após sua
administração, sendo que 74% desta dose foi encontrada na urina.
Estudos clínicos
A pressão intraocular elevada é o principal fator de risco para a perda do campo visual em quadros de glaucoma. Quanto
maior a pressão intraocular, maior a probabilidade de ocorrência de danos ao nervo óptico e de perda de campo visual. O
tartarato de brimonidina diminui a pressão intraocular com efeitos mínimos sobre os parâmetros pulmonares e
cardiovasculares. Foram realizados dois estudos clínicos para avaliar a segurança, eficácia e aceitação do tartarato de
brimonidina 0,15% solução oftálmica, em comparação com o tartarato de brimonidina 0,2% administrado três vezes ao dia
em pacientes com glaucoma de ângulo aberto ou hipertensão ocular. Os resultados mostraram que o tartarato de
brimonidina 0,15% é comparável ao tartarato de brimonidina 0,2% em relação ao efeito redutor sobre a pressão intraocular,
e, realmente reduz a PIO em pacientes com glaucoma de ângulo aberto ou hipertensão ocular em aproximadamente 2 - 5
mmHg.
O tartarato de brimonidina é contraindicado para pacientes com hipersensibilidade anteriormente demonstrada a qualquer
um dos componentes da formulação. É contraindicado também para pacientes que estejam tomando medicamentos
inibidores da monoaminoxidase (IMAO) como, por exemplo, certos antidepressivos (iproniazida, asocarboxazida,
nialamida, fenelzina, tranilcipromina e seleginina).
Embora tartarato de brimonidina 0,2% tenha apresentado efeito mínimo sobre a pressão sanguínea e frequência cardíaca em
estudos clínicos, o tartarato de brimonidina deve ser usado com cautela em pessoas com doenças cardiovasculares graves.
O tartarato de brimonidina também deve ser usado com cautela em pessoas com depressão, insuficiência cerebral ou
coronária, fenômeno de Raynaud´s, hipotensão ortostática ou tromboangeíte obliterante, entre outras.
Gravidez e Lactação
Categoria de risco na gravidez: B
Não há estudos adequados e bem controlados em mulheres grávidas. Considerando que não foram realizados estudos
controlados em mulheres durante a gestação, o tartarato de brimonidina deve ser utilizado durante a gravidez apenas se os
potenciais benefícios para a mãe justificarem os potenciais riscos para o feto.
Não está esclarecido se o tartarato de brimonidina é excretado no leite humano, porém estudos realizados em animais
demonstram que o tartarato de brimonidina é excretado no leite. A decisão de descontinuar a amamentação ou de
descontinuar a administração do medicamento deverá considerar a importância do medicamento para a mãe.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Pacientes pediátricos
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A segurança e eficácia em crianças não foram estabelecidas. Durante vigilância pós-comercialização, apneia, bradicardia,
coma, hipotensão, hipotermia, hipotonia, letargia, palidez, depressão respiratória e sonolência foram reportados em neonatos
e crianças que receberam brimonidina 0,2% devido à glaucoma congênito ou por ingestão acidental.
Pacientes idosos
Não foram observadas diferenças de eficácia e segurança entre pacientes idosos e de outras faixas etárias. A Cmáx e meia-
vida da brimonidina em adultos foi similar em pacientes idosos (65 anos ou mais) e de outras faixas etárias, indicando que a
absorção sistêmica e eliminação não foi significantemente afetada pela idade.
Pacientes com insuficiência renal ou hepática
O tartarato de brimonidina não foi estudado em pacientes com insuficiência renal ou hepática. Deve-se ter cautela no
tratamento destes pacientes.
Carcinogênese, mutagênese, alterações da fertilidade
Não foi demonstrado qualquer efeito carcinogênico em estudos realizados com camundongos e ratos, durante 21 meses e 24
meses respectivamente, empregando-se doses orais de 2,5mg/kg/dia (como base livre) em camundongos e 1,0 mg/kg/dia em
ratos respectivamente, [168 e 230 vezes ou 106 e 145 vezes respectivamente, a concentração plasmática da droga estimada
em humanos tratados com uma gota tartarato de brimonidina em ambos os olhos 3 vezes ao dia].
O tartarato de brimonidina não apresentou efeitos mutagênicos ou citogênicos em uma série de estudos in vivo e in vitro,
incluindo-se Teste de Ames, ensaio mediador-hospedeiro, ensaio de aberração cromossômica em células ovarianas de
hamster chineses, estudos citogenéticos em camundongos e ensaio letal-dominante.
Não foi demonstrado qualquer efeito adverso em estudos de reprodução e fertilidade realizados com ratos machos e fêmeas
empregando-se doses orais de aproximadamente 477 vezes a dose máxima recomendada em humanos tratados com o
tartarato de brimonidina.
Pacientes que fazem uso de mais de um medicamento oftálmico
Se mais de um medicamento oftálmico for utilizado, deve-se instilar os medicamentos com pelo menos um intervalo de 5
minutos entre uma instilação e outra.
Interferência na capacidade de dirigir veículos e operar máquinas
Recomenda-se cautela na operação de máquinas e ao dirigir veículos, pois o medicamento pode causar cansaço e/ou
Embora estudos específicos sobre interações medicamentosas ainda não tenham sido conduzidos com tartarato de
brimonidina, a possibilidade de um efeito aditivo ou potencializador com fármacos depressores do Sistema Nervoso Central
(álcool, barbitúricos, opiáceos, sedativos ou anestésicos) deve ser considerada.
Os alfa-agonistas, como classe, podem reduzir a frequência cardíaca e a pressão arterial. Recomenda-se cautela no seu
emprego concomitante com betabloqueadores (oftálmicos e sistêmicos), anti-hipertensivos e/ou glicosídeos cardíacos.
Os antidepressivos tricíclicos podem moderar o efeito hipotensivo da clonidina sistêmica. Não está esclarecido se o uso
simultâneo deste tipo de fármaco com o tartarato de brimonidina pode apresentar alguma interferência sobre o efeito redutor
da pressão intraocular.
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Não há dados disponíveis sobre a ação de tartarato de brimonidina, sobre o nível de catecolaminas circulantes. Entretanto,
recomenda-se cautela na sua utilização em pacientes que estejam recebendo antidepressivos tricíclicos que possam afetar o
metabolismo e a absorção das aminas circulantes.
O tartarato de brimonidina deve ser mantido em temperatura ambiente (15°C a 30°C), protegido da luz e umidade.
O prazo de validade é de 24 meses.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características físicas e organolépticas:
O tartarato de brimonidina apresenta-se como uma solução estéril límpida e de coloração amarela.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
A dose usual é de 1 gota aplicada no(s) olho(s) afetado(s), duas ou três vezes ao dia, com intervalos de aproximadamente 8
ou 12 horas.
Reação muito comum (> 1/10): hiperemia conjuntival.
Reação comum (> 1/100 e < 1/10): dor de cabeça, rinite, secura da boca, astenia, sensação de ardor nos olhos, sensação de
pontada nos olhos, sensação de corpo estranho nos olhos, folículos conjuntivais, prurido nos olhos, conjuntivite alérgica,
fotofobia, eritema nas pálpebras, dor nos olhos, olhos secos, edema das pálpebras, edema conjuntival, blefarite, irritação nos
olhos, secreção nos olhos, distúrbios visuais, epífora, piora na acuidade visual, conjuntivite folicular, ceratite puntacta
superficial.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária - NOTIVISA, disponível
em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.