Bula do Telebrix Coronar produzido pelo laboratorio Guerbet Produtos Radiológicos Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
TELEBRIX®
CORONAR
Guerbet Produtos Radiológicos Ltda.
Solução Injetável
350 mg I/mL
TX 35_SPC_18-01-2013_FR_V_ES
ioxitalamato de meglumina e de sódio
Meio de contraste uroangiográfico
APRESENTAÇÕES:
Solução injetável.
Cartucho com 1 frasco-ampola de 50 mL ou 100 mL com suporte equipo espec.
Caixa hospitalar com 25 frascos-ampola de 50mL.
Caixa hospitalar com 10 frascos-ampola de 100 mL com suporte equipo espec.
Concentração de iodo: 350 mg/mL
Relação meglumina/sódio: 6,7:1,0
USO INJETÁVEL
USO ADULTO E PEDIÁTRICO
COMPOSIÇÃO:
ácido ioxitalâmico ........................................................................................ 59,2850 g
meglumina.................................................................................................... 15,1400 g
hidróxido de sódio.......................................................................................... 0,5800 g
fosfato de sódio monobásico di-hidratado...................................................... 0,0500 g
edetato dissódico de cálcio di-hidratado......................................................... 0,0086 g
água para injetáveis (qsp).................................................................................100 mL
Informações técnicas:
Concentração da solução: 74,7%
Teor de sódio: 147 mEq/L
Osmolaridade: 2982 mOsm/L
Osmolalidade: 2160 mOsm/L
Este medicamento é destinado ao uso em diagnóstico e indicado para exames de:
- angiografia cardíaca;
- aortografia.
Indicações complementares são para os exames de:
- urografia intravenosa;
- tomografia computadorizada;
- histerossalpingografia.
Um total de sete estudos clínicos (220 pacientes adultos, entre 18 e 85 anos) foi realizado para avaliar a
eficácia clínica de Telebrix®
Coronar. Quatro estudos na ventriculografia e angiografia coronária foram
realizados seguindo a mesma metodologia, ou seja, estudo comparativo versus amidotrizoato de
meglumina e sódio (referido como Amido 37). Cada paciente atuou como seu próprio controle e recebeu
uma injeção de cada agente de contraste de forma randomizada.
Três outros estudos avaliando o potencial diagnóstico de Telebrix®
Coronar por via intravenosa (IV),
urografia, angiografia por subtração digital e tomografia computadorizada (TC) foram realizados por um
único estudo não comparativo.
A avaliação de eficácia foi baseada na avaliação global da qualidade da imagem das radiografias e na
capacidade de fazer um diagnóstico.
Na ventriculografia e angiografia coronária, os estudos clínicos não mostraram qualquer diferença
significativa na qualidade da imagem entre Telebrix®
Coronar.
Na urografia IV, Telebrix®
Coronar teve boa qualidade de imagem de ambas as partes, superior e inferior,
no trato urinário.
Telebrix®
Coronar utilizado em angiografia por subtração digital proporcionou satisfatório diagnóstico
em todos os casos.
Na Tomografia Computadorizada, a qualidade da imagem foi boa e o diagnóstico foi possível em todos os
casos com um grau satisfatório de certeza.
Boschat – Relatório N° TC-3-41-A de Angiografia Coronária de 1984.
Muntlak – Relatório N° TC-3-91-A de Extensão das Indicações para Aplicação de Tomografia
Computadorizada de 1986.
Propriedades farmacodinâmicas
Quando injetado por via vascular, o ácido ioxitalâmico difunde no compartimento intravascular e no
espaço intersticial. A meia-vida de eliminação é 1,1 horas, o volume de distribuição é 194 mL/Kg e o
clearance total é de 120mL/min em média. É eliminado principalmente via renal (filtração glomerular
com reabsorção ou secreção tubular) na forma não modificada. O efeito da diurese osmótica induzida
pelo Telebrix®
Coronar é relacionada à osmolalidade e ao volume de injeção.
Em caso de insuficiência renal, eliminação heterotrópica ocorre pela via biliar, salivar e digestiva e
através das glândulas sudoríparas. A substância é dialisável.
Este produto está contra-indicado para os seguintes casos:
- Hipersensibilidade ao ácido ioxitalâmico ou a algum dos seus excipientes.
- Histórico de reações na pele imediatas ou tardias ao Telebrix®
Coronar.
- Insuficiência cardíaca descompensada em caso de injeção sistêmica.
- Tireotoxicose evidente.
- Mielografia.
• Existe risco de alergia, seja qual for a via de administração ou dosagem.
• O risco de intolerância não pode ser excluído quando medicamentos são administrados no local para
contrastar as cavidades do corpo.
a) Certas vias de administração (articular, biliar, intra-uterina) resultam em um certo nível de difusão
sistêmica, então efeitos sistêmicos podem ocorrer.
b) O mecanismo imuno-alérgico, entretanto, não é relacionado com a dose e pode ocorrer, qualquer que
seja a via de administração.
Por isso, a freqüência e a intensidade dos efeitos indesejáveis diferem por:
• Medicamentos administrados por via intravascular e por certas vias tópicas.
• Medicamentos administrados por via gastrointestinal e ligeiramente absorvidos apenas em condições
normais.
Advertências gerais para todos os meios de contraste iodados:
Todos os meios de contraste podem causar uma menor ou maior reação que podem ser fatais, essas
reações podem ocorrer imediatamente (em 60 minutos) ou tardias (em 7 dias) e são frequentemente
inesperadas.
Equipamentos de emergência podem ser necessários e devem estar disponíveis se uma reação mais
intensa ocorrer.
Alguns mecanismos foram sugeridos:
● Toxicidade direta no endotélio vascular e proteínas teciduais.
● Atividade farmacológica modificando a concentração de certos fatores endógenos (histamina, frações
do complemento, mediadores inflamatórios), mais frequente em produtos hiperosmolares.
● Mediadores IgE de alergia imediata (anafilático) ao meio de contraste Telebrix®
Coronar.
● Células mediadoras de alergia (reações tardias na pele).
Pacientes que já sofreram uma reação durante uma administração prévia de meio de contraste iodado
apresentam risco maior de sofrer uma mesma reação ou, se outro meio de contraste for administrado, eles
devem ser considerados pacientes de alto risco.
Meio de contraste iodado e tireóide
Antes da administração de meio de contraste iodado, é recomendado ter certeza de que o paciente não vai
submeter-se a cintilografia de tireóide, a testes laboratoriais ou receber alguma terapia de iodo radioativo.
Meios de contraste iodado, seja qual for a via de administração, podem interferir nos estudos hormonais,
na captação de iodo pela glândula tireóide e em metástases do câncer de tireóide até que os níveis de iodo
na urina retornem ao normal.
Precauções para uso
- Intolerância ao meio de contraste iodado
Antes do exame
Identificar pacientes de alto risco através da realização de entrevistas com ênfase na anamnese.
Corticosteróides e antagonistas histamínicos H1 foram propostos como pré-medicação para pacientes de
alto risco de uma reação de intolerância (por exemplo, conhecimento de intolerância a um meio de
contraste iodado). Porém, estes sozinhos não impedem inteiramente reações graves, incluindo choque
anafilático fatal.
Durante o exame, é importante:
- Monitorar o paciente cuidadosamente.
- Manter o acesso venoso.
Depois do exame:
Após o meio de contraste ser administrado, o paciente deve ser monitorado cuidadosamente por pelo
menos 30 minutos, uma vez que os mais sérios efeitos adversos podem ocorrer nesse período.
O paciente deve ser alertado da possibilidade de ocorrer uma reação alérgica tardia (em 7 dias).
- Insuficiência renal
Meio de contraste iodado pode induzir a uma alteração transitória da função renal ou agravar a existência
de insuficiência renal. Métodos preventivos são:
● Identificar pacientes de alto risco: pacientes desidratados e aqueles com insuficiência renal, diabetes,
pacientes com insuficiência cardíaca grave, pacientes com gamopatia monoclonal (mieloma múltiplo,
doença de Waldenstrom), pacientes com histórico de insuficiência renal após administração de meio de
contraste iodado, crianças com idade inferior a 1 ano, pacientes idosos ateromatosos.
● Hidratar com solução salina adequada, quando necessário.
● Evitar medicação nefrotóxica concomitante. (Se a associação for necessária, monitorar a função renal
cuidadosamente. O medicamento em questão pode incluir aminosídeos, organoplatinas, altas doses de
metotrexato, pentamidina, foscarnete e algumas drogas antivirais (aciclovir, ganciclovir, valaciclovir,
adefovir, cidofovir, tenofovir), vancomicina, anfotericina B, imunosupressores como a ciclosporina ou
tacrolimus e ifosfamida).
● Manter um período de, pelo menos, 48 horas entre dois exames radiológicos com administração de
meio de contraste injetável ou adiar qualquer exame adicional até a função renal ser estabilizada.
● Prevenir acidose láctica em diabéticos usuários de metformina, monitorando níveis séricos de
creatinina. Quando a função renal estiver normal e o agente de contraste for administrado, a metformina
pode ser suspensa por pelo menos 48 horas ou até que a função renal alterada retorne ao normal. Com a
função renal anormal, metformina é contra-indicada. Em uma emergência que o exame seja
absolutamente necessário, certas precauções devem ser tomadas: metformina deve ser descontinuada e
o paciente hidratado. A função renal deve ser monitorada e qualquer sinal de acidose láctica checado.
Meios de contraste são dialisáveis e podem ser administrados aos pacientes por hemodiálise. Entretanto,
aconselha-se questionar a um centro de hemodiálise antes da administração.
- Insuficiência hepática
Cuidados especiais devem ser tomados com pacientes com insuficiência renal e hepática, devido ao alto
risco de reter o meio de contraste.
-Asma
É preferível um controle da asma antes da injeção do meio de contraste.
Cuidados especiais são necessários quando o paciente sofreu um ataque de asma nos oitos dias que
antecedem o exame por exacerbar o risco de broncoespasmo.
- Distireoidismo
Uma injeção de meio de contraste iodado pode causar episódios de hipertireoidismo ou podem induzir ao
hipotireoidismo, particularmente em pacientes que apresentam bócio ou com histórico de distireoidismo.
Hipotireoidismo pode também ocorrer em neonatos que receberam, ou cujas mães receberam, meio de
contraste iodado.
- Doenças cardiovasculares severas
Em casos de insuficiência cardíaca (inicial ou estabelecida), doenças coronárias, hipertensão pulmonar
arterial ou valvulopatia, os riscos de edema pulmonar, isquemia miocárdica, desordens rítmicas e
desordens hemodinâmicas severas são exacerbados pelo meio de contraste iodado.
- Desordens no Sistema Nervoso Central
O risco-benefício deve ser visto caso a caso:
● Devido ao risco de agravamento dos sintomas neurológicos em pacientes que sofreram um ataque
isquêmico transitório, infarto cerebral agudo, hemorragia recente intracraniana, edema cerebral,
epilepsia idiopática ou secundária (tumores e cicatrizes),
● Quando a via intra-arterial é utilizada em um paciente alcoólatra (agudo ou crônico) ou que abuse de
outra substância.
- Feocromocitoma
Pacientes com feocromocitoma podem sofrer um ataque de hipertensão depois da administração intra-
vascular de meio de contraste e uma supervisão adequada deve ser implementada antes do exame.
- Miastenia
A administração de meio de contraste pode exacerbar os sintomas.
- Exacerbação de efeitos indesejáveis
Os efeitos indesejáveis dos meios de contraste iodados podem ser exacerbados por excitação, ansiedade
ou dor. Uma supervisão adequada, incluindo sedação, pode ser requerida.
Gravidez e lactação
Embriotoxicidade
Estudos em animais não revelaram nenhum efeito teratogênico.
Na ausência de efeitos teratogênicos em animais, não se espera efeitos de má formação em humanos. Até
hoje, substâncias responsáveis pela má formação em humanos têm sempre provado serem teratogênicas
em animais durante estudos conduzidos em ambas as espécies.
Fetotoxicidade
Uma pequena sobrecarga de iodo após a administração de meio de contraste em grávidas pode causar
distireoidismo fetal, o exame deve ser realizado depois da décima quarta semana de amenorréia.
No entanto, a reversibilidade do efeito e o benefício esperado para a mãe, justificam uma única
administração do meio de contraste iodado a uma grávida onde o exame radiológico é necessário.
Fertilidade
Estudos toxicológicos de reprodutividade não revelaram efeito na fertilidade ou fetal e no
desenvolvimento pós-natal.
Lactação
Somente pequenas quantidades de meio de contraste iodado são secretadas no leite materno. Entretanto
existe o risco de em única administração às mães causar efeitos adversos nos lactentes. É preferível
interromper a amamentação por 24 horas depois da administração do meio de contraste iodado.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do
Betabloqueadores, substâncias vasoativas, inibidores da ECA, antagonistas dos receptores de
angiotensina. Em caso de choque ou hipotensão devido aos meios de contraste iodados, os
betabloqueadores reduzem as reações cardiovasculares de compensação. O tratamento por
betabloqueadores deve ser interrompido, se possível, antes das explorações radiológicas. Essas
substâncias reduzem a eficácia de mecanismos cardiovasculares de compensação dos transtornos da
pressão sanguínea: o médico deve ser informado antes da injeção de um meio de contraste e devem ter
equipamentos disponíveis para reanimação.
Diuréticos: Devido ao risco do diurético induzir a desidratação, é necessário priorizar a hidratação
hidroeletrolítica para limitar o risco de insuficiência renal aguda;
Metformina: a exploração radiológica em diabéticos induz a insuficiência renal funcional produzindo
acidose lática. O tratamento com metformina deve ser suspenso 48 horas antes do exame e não deve ser
reiniciado nas 48 horas seguintes;
Interleucina II: um tratamento com Interleucina II (via intravenosa) pode exacerbar qualquer reação aos
meios de contraste, erupção cutânea ou mais raramente hipotensão, oligúria e insuficiência renal.
Radiofármacos: meios de contraste iodados influenciam a captação de iodo radioativo pelos tecidos da
tireóide por diversas semanas, que podem resultar em ligações pobres durante cintilografia tireoidiana e
podem reduzir a eficácia do tratamento com o iodo-131.
Se o paciente vai se submeter a uma cintilografia renal com a injeção de um produto radiofármaco
secretado pelo túbulo renal, é preferível realizar esse exame antes da injeção do meio de contraste.
Outras formas de interação: altas concentrações de meio de contraste iodado no plasma e urina podem
interferir com a dosagem in vitro de bilirrubina, proteínas e substâncias inorgânicas (ferro, cobre, cálcio e
fosfato). Por isso, é recomendado evitar tais dosagens nas 24 horas seguintes ao exame.
7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO
Solução incolor a amarelo pálido que deve ser conservada em temperatura ambiente (temp. entre 15 e
30ºC) e protegida da luz.
Este medicamento tem validade de 36 (trinta e seis) meses, a partir da sua data de fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Indicações
Dose Média
VolumeTotal (mín – máx)
(mL)Expresso por volume
de produto
Expressa por
quantidade de iodo (g
I/Kg)
Urografia
intravenosa
1.0 mL/Kg 0.35g I/Kg 50 – 100 mL
Tomografia
computadorizada
- crânio
- corpo todo
1.0mL/Kg
1.8mL/Kg
0.35g I/Kg
0.63g I/Kg
40 – 100 mL
90 – 180 mL
Angiocardiografia
-Ventriculografia
-Coronariografia
40 mL
4 a 8 mL por injeção
14 g I/Kg
1.4 a 2.8 g I/Kg
30 – 60 mL
Telebrix®
Coronar não pode ser administrado por injeção subaracnóidea (ou intratecal). Pois, pode
provocar convulsões e levar a morte.
● Reação muito rara (< 1/10000)
Anafilactóides e reações de hipersensibilidade:
Reações de hipersensibilidade, incluindo reações anafiláticas ou anafilactóides podem ser fatais e são
classificadas como a seguir:
I) Pele e tecido sub-cutâneo
Reações imediatas: prurido, eritema, urticária localizada e generalizada, edema facial, edema de Quincke.
Reações tardias: exantema macular e papular, e excepcionalmente: síndrome de Stevens-Johnson ou
Lyell.
II) Respiratório
Tosse, sensação de garganta apertada, dispnéia, broncoespasmo, edema laringeal, espasmo laringeal,
parada respiratória e espirro.
III) Cardiovascular
Hipotensão, tonturas, mal-estar, taquicardia, parada cardíaca.
IV) Outros Sinais:
Naúsea, vômito e dor abdominal.
Outros efeitos indesejáveis:
I) Cardiovascular
Síncope, arritmias, angina, infarto do miocárdio, mais frequente depois de injeção intra-coronária.
Colapso cardiovascular de gravidade variável pode ocorrer imediatamente sem aviso, ou complicar os
sinais cardiovasculares descritos acima.
II) Neurosensoriais
Administração sistêmica: sensação de calor, dor de cabeça.
Exames que induzem uma alta concentração de meio de contraste iodado no sangue arterial cerebral: agitação,
confusão, tremor, parestesia/ paralisia, convulsão, coma.
III) Gastrointestinal
Náusea, vômito, dor abdominal e diarréia ligada especialmente à administração por via superior ou
inferior do trato gastrointestinal.
IV) Respiratório
Edema pulmonar.
V) Renal
Aumento transitório da creatinina sérica pode ser observado, mas insuficiência renal aguda é
extremamente rara.
VI) Tireóide
Distúrbios da Tireóide.
Efeitos locais
• Inicial e transitória dor local e edema podem ocorrer quando houver extravasamento no local da
injeção. Durante administração intra-arterial, a sensação de dor no local da injeção depende da
osmolalidade do produto. Se ocorrer extravasamento (< 0.01%), reação inflamatória local ou mesmo
necrose de tecidos podem ocorrer.
• Tromboflebite.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária –
NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária
Estadual ou Municipal.