Bula do Tenoftal produzido pelo laboratorio Laboratório Teuto Brasileiro S/a
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
Tenoftal®
Solução oftálmica estéril 0,5%
MODELO DE BULA COM INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS
PROFISSIONAIS DE SAÚDE
maleato de timolol
APRESENTAÇÃO
Embalagem contendo 01 frasco com 5mL.
USO OFTÁLMICO
USO ADULTO E PEDIÁTRICO ACIMA DE 02 ANOS
COMPOSIÇÃO
Cada mL (30 gotas) da solução oftálmica contém:
maleato de timolol (equivalente a 5mg de timolol)..................................................6,8341mg
Veículo q.s.p......................................................................................................................1mL
Excipientes: fosfato de sódio dibásico, fosfato de sódio monobásico monoidratado, cloreto
de sódio, cloreto de benzalcônio e água para injetáveis.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Tenoftal® é indicado para a redução da pressão intraocular elevada. Em estudos clínicos,
reduziu a pressão intraocular de:
-pacientes com hipertensão ocular;
-pacientes com glaucoma crônico de ângulo aberto;
-pacientes afácicos com glaucoma;
-alguns pacientes com glaucoma secundário;
-pacientes com ângulos estreitos e histórico de fechamento de ângulo estreito espontâneo
ou induzido iatrogenicamente no olho contralateral, no qual é necessária a redução da
pressão intraocular (veja 5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES).
Tenoftal® também é indicado como terapia concomitante para pacientes com glaucoma
pediátrico inadequadamente controlado com outra terapia antiglaucomatosa.
Em estudos clínicos, maleato de timolol geralmente foi eficaz em mais pacientes e produziu
efeitos adversos menos graves e em menor quantidade que a pilocarpina ou a epinefrina.
A exemplo do que ocorre com o uso de outros medicamentos antiglaucomatosos, foi
relatada diminuição da resposta a maleato de timolol por alguns pacientes após tratamento
prolongado. Contudo, em estudos clínicos, nos quais 164 pacientes foram observados
durante pelo menos três anos, não foi registrada diferença significativa na pressão
intraocular média após a estabilização inicial. Este medicamento também foi administrado a
pacientes com glaucoma que usavam lentes de contato duras convencionais e foi,
geralmente, bem tolerado.
Maleato de timolol não foi estudado em pacientes que utilizam lentes feitas de materiais
diferentes do polimetilmetacrilato.
Em estudos multiclínicos controlados, incluindo pacientes com pressões intraoculares não
tratadas ≥ 22mmHg, maleato de timolol 0,25% ou 0,5%, administrado duas vezes ao dia,
causou maior redução da pressão intraocular do que a administração de solução de
pilocarpina a 1%, 2%, 3% ou 4%, 4 vezes ao dia, ou de solução de cloridrato de epinefrina
a 0,5%, 1% ou 2%, administrada duas vezes ao dia.
Nos estudos multiclínicos que compararam maleato de timolol com a pilocarpina, 61% dos
pacientes tratados com maleato de timolol apresentaram redução da pressão intraocular
para menos de 22mmHg em comparação com 32% dos pacientes tratados com a
pilocarpina.
Para os pacientes que completaram esses estudos, a redução média da pressão no final do
estudo, em relação ao período pré-tratamento, foi de 30,7% para os pacientes tratados com
maleato de timolol e de 21,7% para os pacientes tratados com pilocarpina.
Nos estudos multiclínicos que compararam o maleato de timolol com a epinefrina, 69% dos
para menos de 22mmHg em comparação com 42% dos pacientes tratados com epinefrina.
Para os pacientes que completaram esses estudos, a redução média da pressão ao final do
estudo em relação ao período pré-tratamento, foi de 33,2% para os pacientes tratados com
maleato de timolol e de 28,1% para os pacientes tratados com epinefrina.
Maleato de timolol reduz as pressões intraoculares elevadas e normal, associadas ou não ao
glaucoma. A pressão intraocular elevada é um fator de risco importante na patogênese da
perda do campo visual glaucomatoso. Quanto maior a pressão intraocular, maior a
probabilidade de perda do campo visual glaucomatoso e de lesão ao nervo óptico.
A ação do maleato de timolol geralmente tem início rápido, ocorrendo aproximadamente 20
minutos após a aplicação tópica no olho. A redução máxima da pressão intraocular ocorre
no período de uma a duas horas. Uma redução significativa é mantida por até 24 horas com
maleato de timolol solução oftálmica 0,25% ou 0,5%. A duração prolongada dessa ação
permite o controle da pressão intraocular durante as horas normais de sono. Repetidas
observações, no decorrer do período de três anos, indicam que o efeito redutor da pressão
intraocular do maleato de timolol é bem mantido.
O mecanismo exato da ação redutora da pressão intraocular do maleato de timolol ainda
não está claramente estabelecido, embora um estudo com fluoresceína e estudos
tonográficos indiquem que sua ação predominante possa estar relacionada à redução na
formação do humor aquoso.
Entretanto, em alguns estudos, foi também observado ligeiro aumento na facilidade de
escoamento.
Ao contrário dos mióticos, maleato de timolol reduz a pressão intraocular com pouco ou
nenhum efeito na acomodação ou no tamanho pupilar.
Portanto, as alterações da acuidade visual em decorrência de acomodação aumentada são
incomuns; visão turva ou embaçada e cegueira noturna produzidas pelos mióticos não são
evidentes. Além disso, em pacientes com catarata, a incapacidade de ver ao redor das
opacidades lenticulares quando a pupila está contraída por mióticos é evitada. Quando o
tratamento com mióticos for trocado por maleato de timolol, pode ser necessário avaliar a
acuidade visual assim que os efeitos dos mióticos tiverem desaparecido.
Farmacologia Clínica
Mecanismo de ação
O maleato de timolol é um agente bloqueador não seletivo de receptor beta-adrenérgico,
que não apresenta atividades simpatomimética intrínseca, depressora miocárdica direta ou
anestésica local (estabilizadora da membrana) significativas. O maleato de timolol
combina-se de forma reversível com uma parte da membrana celular, o receptor beta-
adrenérgico, inibindo assim a resposta biológica usual que ocorreria com o estímulo desse
receptor. Esse antagonismo competitivo específico bloqueia o estímulo dos receptores beta-
adrenérgicos pelas catecolaminas, apresentando atividade de estímulo beta-adrenérgico
(agonista), quer se originem de uma fonte endógena ou exógena. A reversão desse bloqueio
pode ser conseguida pelo aumento da concentração do agonista, que irá restaurar a resposta
biológica usual.
Farmacocinética
Em um estudo de concentração plasmática do fármaco realizado em seis indivíduos,
determinou-se a exposição sistêmica ao timolol após administração de maleato de timolol
0,5% duas vezes ao dia. A média de concentração plasmática máxima após a administração
matinal foi de 0,46ng/mL e após administração vespertina foi de 0,35ng/mL.
Farmacodinâmica
O bloqueio do receptor beta-adrenérgico reduz o débito cardíaco tanto em indivíduos
saudáveis como em pacientes com doença cardíaca. Em pacientes com comprometimento
grave da função miocárdica, o bloqueio do receptor beta-adrenérgico pode inibir o efeito
estimulatório do sistema nervoso simpático, necessário para manter a função cardíaca
adequada.
O bloqueio do receptor beta-adrenérgico dos brônquios e bronquíolos resulta em aumento
da resistência das vias aéreas, decorrente da não reação da atividade parassimpática. Esse
efeito em pacientes com asma ou outras condições broncoespásmicas é potencialmente
perigoso.
Este medicamento é contraindicado para pacientes com:
-doença reativa das vias aéreas, asma brônquica (ou histórico de asma brônquica) ou
doença pulmonar obstrutiva crônica grave;
-bradicardia sinusal, bloqueio sinoatrial, bloqueio atrioventricular de segundo e terceiro
graus, insuficiência cardíaca manifesta, choque cardiogênico;
-hipersensibilidade a qualquer componente do produto.
Assim como ocorre com outros medicamentos de uso tópico oftálmico, Tenoftal® pode ser
absorvido sistemicamente. As mesmas reações adversas que podem ocorrer após a
administração sistêmica de bloqueadores beta-adrenérgicos podem ocorrer após
administração tópica.
Reações cardiorrespiratórias
A insuficiência cardíaca deve ser adequadamente controlada antes do início do tratamento
com Tenoftal®. Pacientes com histórico de doença cardiovascular, incluindo insuficiência
cardíaca, devem ser observados para sinais de deterioração destas doenças, e a frequência
do pulso deve ser verificada.
Devido ao efeito negativo no tempo de condução, os betabloqueadores devem ser prescritos
com cautela para pacientes com bloqueio cardíaco de 1º grau.
Reações respiratórias e cardíacas, inclusive morte por broncoespasmo de pacientes com
asma, e raramente morte em associação com insuficiência cardíaca foram relatadas após a
administração de Tenoftal®.
Em pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), Tenoftal® deve ser usado
com cautela, e apenas se o benefício potencial superar o risco potencial.
Problemas vasculares
Pacientes com distúrbios/doenças circulatórias periféricas graves (ex. formas graves da
doença de Raynaud ou síndrome de Raynaud) devem ser tratados com cautela.
Mascaramento de sintomas de hipoglicemia em pacientes com diabetes mellitus
Agentes bloqueadores beta-adrenérgicos devem ser administrados com cautela em
pacientes sujeitos a hipoglicemia espontânea ou pacientes diabéticos (especialmente
àqueles com diabetes instável) que estão recebendo insulina ou agentes hipoglicemiantes
orais. Agentes bloqueadores beta-adrenérgicos podem mascarar os sinais e sintomas de
hipoglicemia aguda.
Mascaramento da tireotoxicose
Agentes bloqueadores beta-adrenérgicos podem mascarar determinados sinais clínicos do
hipertireoidismo (ex. taquicardia). Pacientes com suspeita de desenvolvimento de
tireotoxicose devem ser gerenciados com cuidado para evitar a retirada abrupta do agente
beta-adrenérgico, o que pode precipitar uma crise de tiroide.
Anestesia cirúrgica
A necessidade ou conveniência da retirada de agentes bloqueadores beta-adrenérgicos antes
de grandes cirurgias é controversa. Se necessário durante a cirurgia, os efeitos dos agentes
bloqueadores beta-adrenérgicos podem ser revertidos por doses suficientes de agonistas
adrenérgicos (veja 10. SUPERDOSE).
Outros
Pacientes em tratamento com bloqueadores beta-adrenérgicos por via sistêmica e que
estejam em tratamento com Tenoftal® devem ser observados quanto ao potencial efeito
aditivo, seja na pressão intraocular ou nos conhecidos efeitos sistêmicos do bloqueio beta-
adrenérgico. Não se recomenda o uso tópico de dois bloqueadores beta-adrenérgicos.
Em pacientes com glaucoma de ângulo fechado, o objetivo imediato do tratamento é reabrir
o ângulo. Isso requer a constrição da pupila com um miótico. Tenoftal® tem pouco ou
nenhum efeito sobre a pupila. Quando Tenoftal®
for utilizado para reduzir a pressão
intraocular elevada de pacientes com glaucoma de ângulo fechado, deverá ser administrado
em associação com um miótico e não isoladamente.
Houve relato de descolamento da coroide com a administração de terapia supressora do
humor aquoso (por exemplo, timolol, acetazolamida) após procedimentos de filtração.
Tenoftal® contém cloreto de benzalcônio como conservante, que pode ser absorvido por
lentes de contato gelatinosas. Portanto, Tenoftal® não deve ser aplicado quando essas lentes
estiverem sendo utilizadas. As lentes devem ser retiradas antes da aplicação das gotas e
devem ser recolocadas somente quinze minutos após a aplicação.
Risco de reação anafilática
Enquanto estiverem tomando betabloqueadores, pacientes com histórico de atopia ou de
reação anafilática grave a uma variedade de alérgenos podem ser mais responsivos às
estimulações repetidas com tais alérgenos, tanto por estimulações acidentais, como para
fins diagnósticos ou terapêuticos. Esses pacientes podem não responder a doses usuais de
epinefrina utilizadas para tratar reações anafilactoides.
Gravidez e amamentação: categoria de risco C
Este medicamento não foi estudado na gravidez humana. O uso de Tenoftal® exige que os
benefícios previstos sejam confrontados com os possíveis riscos.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação
médica ou do cirurgião-dentista.
O timolol é detectável no leite humano. Em razão do potencial para causar reações adversas
graves em bebês, deve-se decidir entre interromper a amamentação ou descontinuar o uso
do medicamento, considerando-se a importância do medicamento para a mãe.
Pacientes pediátricos
O uso de Tenoftal® não é recomendado em crianças abaixo de 2 anos de idade. Deve ser
usado com cuidado no tratamento de crianças acima de 2 anos de idade.
A dose usual inicial é de uma gota de Tenoftal® no(s) olho(s) afetado(s) a cada 12 horas.
Pacientes idosos
Não é necessário ajuste posológico para pacientes idosos (a partir de 65 anos de idade).
Este medicamento pode causar doping.
Dirigir e operar máquinas: Existem efeitos adversos associados ao uso deste produto que
podem afetar a capacidade de conduzir veículos ou operar máquinas (veja 9. REAÇÕES
Embora Tenoftal® usado isoladamente tenha pouco ou nenhum efeito sobre o tamanho da
pupila, foi relatada ocasionalmente midríase resultante da terapia concomitante com
maleato de timolol e epinefrina.
Houve relato de bloqueio beta-adrenérgico sistêmico potencializado (por exemplo,
diminuição da frequência cardíaca, depressão) durante tratamento combinado com
inibidores do CYP2D6 (como quinidina, SSRIs) e timolol.
É possível que ocorram efeitos aditivos e desenvolvimento de hipotensão e/ou bradicardia
acentuada quando maleato de timolol for administrado juntamente com um bloqueador dos
canais de cálcio oral, medicamentos depletores de catecolaminas, antiarrítmicos,
parassimpatomiméticos ou agentes betabloqueadores.
Os betabloqueadores orais podem exacerbar a hipertensão de rebote, que pode ser
provocada pela retirada da clonidina.
DURANTE O CONSUMO ESTE PRODUTO DEVE SER MANTIDO NO CARTUCHO
DE CARTOLINA, CONSERVADO EM TEMPERATURA AMBIENTE (15 A 30ºC).
PROTEGER DA LUZ E UMIDADE.
Este medicamento tem prazo de validade de 24 meses a partir da data de sua fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem
original.
Após aberto, válido por 28 dias.
Características físicas e organolépticas: Solução oftálmica límpida, incolor e inodora.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças
Instruções de uso:
Não deixe que a ponta do frasco toque o(s) olho(s) ou as áreas ao redor do(s) olho(s). Ela
pode ficar contaminada com bactérias que podem causar infecções oculares levando a
lesões graves dos olhos, até mesmo perda da visão. A fim de evitar uma possível
contaminação, mantenha a ponta do frasco longe do contato com qualquer superfície.
Modo de uso:
Cuidados de utilização:
1. Retire a tampa do frasco.
2. Incline o frasco a 90° (posição vertical), conforme a ilustração abaixo.
3. Goteje a quantidade recomendada e feche o frasco após o uso.
NÃO TOQUE A PONTA DO FRASCO NOS OLHOS OU NAS PÁLPEBRAS.
Se manuseados inadequadamente, os medicamentos oftálmicos podem ser contaminados
por bactérias comuns, conhecidas por causar infecções oculares. O uso de medicamentos
oftálmicos contaminados pode causar lesões oculares graves e perda da visão. Se você
suspeitar que seu medicamento possa estar contaminado ou se você desenvolver uma
infecção ocular, contate seu médico imediatamente.
4. Após o uso de Tenoftal®, pressione com o dedo o canto do seu olho próximo ao nariz
(conforme demonstrado na figura abaixo) por 2 minutos. Isso ajuda a manter o produto no
seu olho.
NÃO AGITAR ANTES DE USAR.
5. Repita os passos 2, 3 e 4 para aplicar o medicamento no outro olho, se esta tiver sido a
recomendação do seu médico.
A ponta gotejadora foi projetada para liberar uma única gota; portanto, NÃO alargue o furo
da ponta gotejadora.
6. Após o uso de todas as doses, ainda restará um pouco de Tenoftal® no frasco. Não se
preocupe, pois foi adicionada uma quantidade extra do medicamento para que não faltasse
nenhuma dose prescrita; portanto, não tente remover esse excesso do frasco.
POSOLOGIA E ADMINISTRAÇÃO
A dose inicial usual é uma gota de Tenoftal®
no(s) olho(s) afetado(s), 2 vezes ao dia.
Se necessário, pode ser instituída terapia concomitante com outros agentes redutores da
pressão intraocular e Tenoftal®. O uso de dois agentes bloqueadores beta-adrenérgicos não
é recomendado (veja 5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES).
Em alguns pacientes, a redução da pressão intraocular provocada pelo Tenoftal® pode
requerer algumas semanas para se estabilizar; portanto, a avaliação da resposta deverá
incluir a determinação da pressão intraocular após aproximadamente 4 semanas de
tratamento com Tenoftal®. Se a pressão intraocular se mantiver em níveis satisfatórios,
muitos pacientes podem ser colocados em um esquema terapêutico de dose única diária.
Quando se utiliza a oclusão nasolacrimal ou se fecha as pálpebras, durante 2 minutos, a
absorção sistêmica é reduzida. Isto pode resultar num aumento da atividade local.
Como transferir pacientes de outras terapias
Quando um paciente é transferido de uma terapia com outro agente betabloqueador
oftálmico tópico, esse agente deve ser interrompido após a dose diária e a terapia com
Tenoftal® deve ser iniciada no dia seguinte, com uma gota de Tenoftal® no(s) olho(s)
afetado(s) duas vezes ao dia.
Quando um paciente é transferido de uma monoterapia com agente antiglaucomatoso que
não seja um betabloqueador, deve-se continuar o uso do medicamento e acrescentar uma
gota de Tenoftal® em cada olho(s) afetado(s) duas vezes ao dia. No dia seguinte,
interrompa completamente o agente antiglaucomatoso previamente usado e continue com
Tenoftal®.
Tenoftal® é geralmente bem tolerado. Foram relatadas as seguintes reações adversas com
Tenoftal® ou outras formulações de maleato de timolol, tanto em estudos clínicos como
após a comercialização do medicamento:
Sentidos: sinais e sintomas de irritação ocular, incluindo queimação e pontadas,
conjuntivite, blefarite, ceratite, diminuição da sensibilidade corneana, ressecamento dos
olhos. Distúrbios visuais, incluindo alterações na refração (em alguns casos, decorrente da
retirada da terapia miótica), diplopia, ptose, descolamento da coroide após cirurgia de
filtração e zumbido no ouvido (veja 5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES).
Cardiovasculares: bradicardia, arritmia, hipotensão, síncope, bloqueio cardíaco, acidente
vascular cerebral, isquemia cerebral, insuficiência cardíaca congestiva, palpitação, parada
cardíaca, edema, claudicação, fenômeno de Raynaud e mãos e pés frios.
Respiratório: broncoespasmo (predominantemente em pacientes com doença
broncoespástica preexistente), insuficiência respiratória, dispneia e tosse.
Corpo como um todo: cefaleia, astenia, fadiga e dor torácica.
Pele: alopecia, erupção cutânea psoriasiforme ou exacerbação da psoríase.
Hipersensibilidade: sinais e sintomas de reações alérgicas, incluindo anafilaxia,
angioedema, urticária, erupção cutânea localizada ou generalizada.
Sistema nervoso/psiquiátrico: tontura, depressão, insônia, pesadelos, perda da memória,
agravamento dos sinais e sintomas de Miastenia gravis e parestesia.
Digestivo: náusea, diarreia, dispepsia, boca seca e dor abdominal.
Geniturinário: diminuição da libido, doença de Peyronie e disfunção sexual.
Imunológico: lúpus eritematoso sistêmico.
Musculoesquelético: mialgia.
Efeitos adversos potenciais
Os efeitos adversos relatados na experiência clínica com o maleato de timolol oral
sistêmico podem ser considerados efeitos adversos potenciais do maleato de timolol
oftálmico.
Também foram relatados efeitos adversos cuja relação causal com a terapia com maleato de
timolol não foi estabelecida: edema macular cistoide afácico, congestão nasal, anorexia,
efeitos no SNC (por exemplo, alterações comportamentais, incluindo confusão,
alucinações, ansiedade, desorientação, nervosismo, sonolência e outros distúrbios
psíquicos), hipertensão, fibrose retroperitoneal e pseudopenfigoide.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância
Sanitária – NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm,
ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
Há relatos de superdosagem acidental com este medicamento que resultaram em efeitos
sistêmicos semelhantes aos observados com os betabloqueadores, tais como tontura,
cefaleia, dispneia, bradicardia, broncoespasmo e parada cardíaca (veja 9. REAÇÕES
ADVERSAS).
As seguintes medidas terapêuticas devem ser consideradas:
(1) Lavagem gástrica: caso o medicamento tenha sido ingerido. Estudos demonstraram que
timolol não é rapidamente dialisado.
(2) Bradicardia sintomática: usar sulfato de atropina EV, na dose de 0,25 a 2mg, para
induzir bloqueio vagal. Se a bradicardia persistir, deve-se administrar cautelosamente
cloridrato de isoproterenol endovenoso. Nos casos refratários, deve-se considerar o uso de
marcapasso cardíaco.
(3) Hipotensão: usar agentes simpatomiméticos, tais como dopamina, dobutamina ou
levarterenol. Há relatos de que, nos casos refratários, o uso de cloridrato de glucagon foi
útil.
(4) Broncoespasmo: usar cloridrato de isoproterenol. Pode-se considerar tratamento
adicional com aminofilina.
(5) Insuficiência cardíaca aguda: deve-se instituir imediatamente a terapia convencional
com digitálicos, diuréticos e oxigênio. Nos casos refratários, recomenda-se o uso de
aminofilina intravenosa; há relatos de que, se necessária, a administração subsequente de
cloridrato de glucagon é útil.
(6) Bloqueio cardíaco (segundo ou terceiro grau): usar cloridrato de isoproterenol ou
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.