Bula do Tenoxicam produzido pelo laboratorio Ems S/a
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
Tenoxicam
EMS S/A
Comprimido revestido
20 mg
tenoxicam
“medicamento genérico Lei n° 9.787, de 1999”
I) IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
APRESENTAÇÃO:
Comprimido revestido de 20 mg em embalagem contendo 10, 30 e 60 comprimidos.
VIA ORAL
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO:
Cada comprimido revestido contém:
tenoxicam............................................................................................................................................. 20 mg
excipiente q.s.p* .............................................................................................................................. 1com rev
* óxido de ferro amarelo, hipromelose + macrogol, croscarmelose sódica, cloreto de metileno, celulose microcristalina, amido pré-
gelatinizado, estearato de magnésio, dióxido de titânio, fosfato de cálcio dibásico di-hidratado, álcool etílico, etilcelulose, talco,
lactose monoidratada.
II) INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
O tenoxicam é indicado para o tratamento inicial das seguintes doenças inflamatórias e degenerativas, dolorosas do sistema
musculoesquelético:
− artrite reumatoide;
− osteoartrite;
− artrose;
− espondilite anquilosante;
− afecções extra-articulares, como tendinite, bursite, periartrite dos ombros (síndrome ombro-mão) ou dos quadris, distensões
ligamentares e entorses;
− gota aguda;
− dor pós-operatória;
− dismenorreia primária.
A eficácia clínica de tenoxicam foi considerada excelente ou boa em 82% dos pacientes com osteoartrite de joelhos e articulações do
quadril tratados com esse fármaco, quando comparado ao piroxican (76%).1
Referência bibliográfica:
1) Adelowo OO,Chukwani OM et al. Comparative double blind study of the efficacy and safety of tenoxicam vs. piroxicam is
osteoarthritis of knee and hip joints. West Afr.J.Med 1998-Jul-Sep;17(3)194.
Propriedades farmacodinâmicas
Mecanismo de ação: a substância ativa tenoxicam é um anti-inflamatório não esteroide (AINE) com propriedades anti-
inflamatórias, analgésicas, antipiréticas e também inibidoras da agregação plaquetária. O tenoxicam inibe a biossíntese das
prostaglandinas tanto in vitro (vesículas seminais de carneiro) como in vivo (proteção da toxicidade induzida pelo ácido
araquidônico em camundongos). Testes realizados in vitro com isoenzima cicloxigenase preparada a partir de células humanas
COS-7 mostraram que tenoxicam inibe as isoenzimas COX-1 e COX-2 aproximadamente na mesma extensão: a proporção COX-
2/COX-1 é igual a 1,34. Testes in vitro com peroxidase de leucócitos sugerem que tenoxicam pode atuar como neutralizador do
oxigênio ativo no local da inflamação. O tenoxicam é um potente inibidor in vitro das metaloproteinases humanas (estromelisina e
colagenase), que induzem o catabolismo da cartilagem.
Esses efeitos farmacológicos explicam, pelo menos em parte, o benefício terapêutico de tenoxicam no tratamento das doenças
inflamatórias dolorosas e degenerativas do sistema musculoesquelético.
Propriedades farmacocinéticas
Absorção: a absorção oral de tenoxicam é rápida e completa (biodisponibilidade total de 100%). Em jejum, concentrações
plasmáticas máximas são atingidas dentro de duas horas após administração oral.
Administrado com alimentos, a absorção de tenoxicam é equivalente, mas o tempo necessário para atingir o pico de concentração é
maior. Com o esquema de administração recomendado, de 20 mg, uma vez ao dia, o estado de equilíbrio dinâmico é alcançado em
10 a 15 dias, sem acúmulo inesperado. A concentração média no estado de equilíbrio dinâmico é 11 mg/L, quando tenoxicam é
administrado na dose oral de 20 mg, uma vez ao dia. Isso não se altera mesmo em tratamentos com duração de até quatro anos.
Como previsto por meio da cinética da dose única, a concentração plasmática no estado de equilíbrio dinâmico é 6 vezes maior
do que a atingida após dose única.
Distribuição: após administração intravenosa de tenoxicam os níveis plasmáticos da droga diminuem rapidamente durante as
primeiras duas horas. Após este curto período, não se observa diferença nas concentrações plasmáticas entre a administração
intravenosa e oral. O volume médio de distribuição no estado de equilíbrio dinâmico é de 10 - 12 L. No sangue, mais de 99% do
fármaco se liga à albumina.
O tenoxicam apresenta boa penetração no líquido sinovial. A concentração máxima é alcançada mais tardiamente do que no plasma.
Os dados obtidos com dose única indicam que quantidade muito pequena (valor médio menor que 0,3% da dose) de tenoxicam
passa para o leite materno (vide “Gestação e lactação” no item “Advertências e precauções”).
Metabolismo e eliminação: tenoxicam é excretado após biotransformação virtualmente completa em metabólitos
farmacologicamente inativos. Até dois terços da dose oral são excretados na urina (principalmente sob forma inativa 5’-hidroxi-
tenoxicam) e o restante pela bile (quantidade importante sob forma de compostos glicuronoconjugados). Menos que 1% da dose
administrada é recuperada na urina como a substância original. A meia-vida de eliminação de tenoxicam é de 72 horas (variando
entre 59 a 74 horas). O clearance plasmático total é 2 mL/min. A farmacocinética de tenoxicam é linear na dose estudada, variando
entre 10 - 100 mg.
Farmacocinética em populações especiais
Estudos com idosos e com pacientes com insuficiência renal ou cirrose sugerem que não é necessário ajuste de dose para atingir
concentrações plasmáticas semelhantes às observadas em indivíduos saudáveis.
Pacientes idosos e portadores de doenças reumáticas apresentam o mesmo perfil cinético que voluntários sadios.
Por causa da elevada taxa de ligação proteica do tenoxicam, é necessária precaução quando os níveis de albuminas plasmáticas
estiverem muito reduzidos (vide item “Advertências e precauções”).
Segurança pré-clínica
O tenoxicam não provocou efeitos mutagênicos, carcinogênicos ou teratogênicos em animais.
O tenoxicam é contraindicado para pacientes:
- com reconhecida hipersensibilidade a tenoxicam, a qualquer componente do produto ou a outros anti-inflamatórios não esteroides;
- nos quais os salicilatos ou outros anti-inflamatórios não esteroides tenham induzido sintomas de asma, rinite ou urticária;
- com perfuração ou sangramento gastrintestinal, ativo ou pregresso, relacionado à terapia prévia com anti-inflamatórios não
esteroides (AINEs);
- com úlcera / hemorragia péptica recorrente ativa ou pregressa (dois ou mais episódios distintos comprovados de sangramento ou
ulceração);
- com insuficiência cardíaca grave, como ocorre com os outros AINEs.
Este medicamento é contraindicado para menores de 18 anos de idade.
O uso concomitante de tenoxicam com medicamentos anti-inflamatórios não esteroides (AINEs), incluindo inibidores seletivos da
cicloxigenase-2, deve ser evitado.
Os efeitos adversos podem ser minimizados por meio do uso da menor dose eficaz, durante o menor período, suficientes para
controlar os sintomas (vide “Perfuração, ulceração e sangramento gastrintestinal” e “Efeitos cardiovasculares e cerebrovasculares” a
seguir e item “Posologia e modo de usar”).
Pacientes com problemas hereditários raros de intolerância à galactose, como deficiência de Lapp lactase ou má absorção de
glucose-galactose, não deverão tomar este medicamento.
Perfuração, ulceração e sangramento gastrintestinal
Perfuração, ulceração e sangramentos gastrintestinais podem ser fatais e têm sido relatados com todos os AINEs, incluindo
tenoxicam, em qualquer período do tratamento, com ou sem sinais de alerta ou antecedentes de eventos gastrintestinais graves. Os
estudos realizados até o momento não identificaram nenhum subgrupo de pacientes sem risco para desenvolvimento de sangramento
e úlcera péptica. Os idosos têm frequência aumentada de reações adversas aos AINEs, especialmente perfuração e sangramento
gastrintestinal, que podem ser fatais. Pacientes debilitados parecem ter menor tolerância a sangramento ou ulceração do que outros
pacientes. A maioria dos eventos gastrintestinais fatais associados a AINEs ocorreu em pacientes idosos e / ou debilitados. O risco
de sangramento, ulceração ou perfuração gastrintestinaisl é maior com doses maiores de AINEs, em pacientes com histórico de
úlcera (particularmente se associada a hemorragia ou perfuração) e em idosos. Esses pacientes devem iniciar o tratamento com a
menor dose possível. Deve-se considerar uma terapia combinada com agentes protetores (por exemplo: misoprostol ou inibidores de
bomba de prótons) para esses pacientes e para os que necessitem concomitantemente de ácido acetilsalicílico em dose baixa ou de
outros medicamentos com possibilidade de aumentar o risco gastrintestinal (vide item “Interações medicamentosas”).
Os AINEs devem ser administrados com cautela a pacientes com histórico de doença inflamatória intestinal (colite ulcerativa,
doença de Crohn), uma vez que sua condição pode ser exacerbada. Pacientes com histórico de toxicidade gastrintestinal,
particularmente idosos, devem informar sobre sintomas abdominais anormais (principalmente sangramento gastrintestinal),
particularmente nos estágios iniciais do tratamento.
Caso ocorra ulceração péptica ou sangramento gastrintestinal, tenoxicam deve ser imediatamente descontinuado.
Pacientes que estejam recebendo, concomitantemente, medicação que possa aumentar o risco de ulceração ou sangramento, tais
como corticosteroides orais, anticoagulantes (como varfarina), inibidores seletivos da recaptação da serotonina ou agentes
antiplaquetários (como aspirina), devem ser orientados.
Reações cutâneas
Reações cutâneas graves, que podem até ser potencialmente fatais (síndrome de Stevens Johnson (SSJ), necrólise epidérmica tóxica
(NET) e dermatite esfoliativa) já foram descritas com a utilização de tenoxicam.
Os pacientes devem ser orientados sobre os sinais e sintomas e monitorados cuidadosamente quanto a reações na pele. O maior risco
para ocorrência de SSJ ou NET ocorre dentro das primeiras semanas de tratamento.
Se os sintomas ou sinais da SSJ ou NET (por exemplo, erupção cutânea progressiva, muitas vezes com bolhas nas lesões das
mucosas) estiverem presentes, o tratamento com tenoxicam deve ser descontinuado.
Os melhores resultados no manejo da SSJ e NET se devem ao diagnóstico precoce e à suspensão imediata de qualquer medicamento
suspeito. A retirada precoce está associada com um melhor prognóstico.
Em caso de SSJ com o uso de tenoxicam, o tratamento com o mesmo não deve ser reiniciado.
Efeitos hematológicos
Os anti-inflamatórios não esteroides inibem a síntese renal das prostaglandinas e podem, portanto, determinar reações indesejáveis
sobre a hemodinâmica renal e sobre o equilíbrio hidroeletrolítico. Por esse motivo, é importante controlar adequadamente a função
cardíaca e renal (ureia, creatinina, aparecimento de edemas, aumento de peso, etc.), quando da administração de tenoxicam a
pacientes com potencial de risco para desenvolver insuficiência renal, tais como doença renal preexistente, insuficiência renal em
diabéticos, cirrose hepática, insuficiência cardíaca congestiva, hipovolemia, uso concomitante de medicamentos com conhecido
potencial nefrotóxico, diuréticos e corticosteroides. Esse grupo de pacientes é considerado de alto risco no pré e pós-operatório de
grandes cirurgias, por causa da possibilidade de grande sangramento. Por essa razão, esses pacientes necessitam de
acompanhamento especial durante o período pós-operatório e de convalescença. O tenoxicam inibe a agregação plaquetária e pode
ocasionar perturbação na hemostasia.
O tenoxicam não apresenta influência significativa sobre os fatores de coagulação sanguínea, tempo de coagulação, tempo de
protrombina ou tempo de tromboplastina ativado. Portanto, pacientes com distúrbios da coagulação ou que estejam recebendo
medicamentos que possam interferir com a hemostasia devem ser cuidadosamente observados quando tenoxicam for usado.
Efeitos cardiovasculares e cerebrovasculares
Pacientes com histórico de hipertensão e / ou insuficiência cardíaca congestiva leve ou moderada devem ser monitorados e
orientados adequadamente, porque foram descritos retenção de fluido e edema em associação com AINEs.
Dados de estudos clínicos e epidemiológicos sugerem que o uso de inibidores seletivos da cicloxigenase-2 (inibidores da COX-2) e
alguns AINEs (particularmente em altas doses e em tratamentos prolongados) pode estar associado a pequeno aumento no risco de
eventos trombóticos arteriais (por exemplo, infarto do miocárdio ou acidente vascular cerebral).
Pacientes com hipertensão não controlada, insuficiência cardíaca congestiva, doença cardíaca isquêmica estabelecida, doença
arterial periférica e / ou doença cerebrovascular somente devem ser tratados com tenoxicam após cuidadosa avaliação. Também é
necessária avaliação cuidadosa antes de se iniciar um tratamento prolongado em pacientes com fatores de risco para doenças
cardiovasculares (por exemplo: hipertensão, hiperlipidemia, diabetes mellitus, tabagismo).
Efeitos oculares
Recomenda-se exame oftalmológico em pacientes que desenvolverem distúrbios da visão, porque foram relatados efeitos adversos
oftalmológicos com o uso de anti-inflamatórios não esteroides, incluindo tenoxicam.
Efeitos antipiréticos
Como ocorre com os demais anti-inflamatórios não esteroides, tenoxicam pode mascarar os sintomas habituais de infecção.
Exames laboratoriais prévios
Por causa da acentuada ligação de tenoxicam às proteínas plasmáticas, recomenda-se cautela quando os níveis de albumina
plasmática estiverem muito abaixo do normal.
Idosos
Os idosos têm frequência aumentada de reações adversas aos AINEs, especialmente sangramento e perfuração gastrintestinal, que
podem ser fatais (vide “Farmacocinética em populações especiais” no item “Características farmacológicas”).
Efeitos sobre a capacidade de dirigir veículo e operar máquinas
Pacientes que apresentem reações adversas como vertigens, tontura ou distúrbios visuais devem evitar dirigir veículos ou manuseio
de máquinas que requeiram atenção.
Gestação e lactação
Categoria de risco na gravidez: C.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
O uso de tenoxicam, assim como com qualquer medicamento utilizado para inibir a síntese de prostaglandina / cicloxigenase, pode
prejudicar a fertilidade e não é recomendado em mulheres que tentam engravidar. A descontinuação de tenoxicam deve ser
considerada em mulheres que têm dificuldade em engravidar ou estão em investigação de infertilidade.
A segurança de tenoxicam na gravidez não foi estabelecida.
O tenoxicam só deve ser administrado na gravidez se o benefício para a mãe superar o risco possível ao feto.
Os anti-inflamatórios não esteroides apresentam efeito inibidor sobre a síntese da prostaglandina e, quando administrados durante os
últimos meses de gestação, podem ocasionar obliteração do canal arterial no feto, trabalho de parto prolongado e atraso no parto. O
tratamento durante o último trimestre da gravidez deve ser evitado. Achados após administração de dose única mostram que
quantidade muito pequena (valor médio menor que 0,3% da dose) de tenoxicam passa para o leite materno (vide “Propriedades
farmacocinéticas - Distribuição” no item “Características Farmacológicas”).
Não existe evidência de reação adversa em lactentes de mulheres em uso de tenoxicam. Contudo, deve-se suspender o aleitamento
ou descontinuar o tratamento.
Acetilsalicilato e salicilatos: salicilatos aumentam o clearance e o volume de distribuição dos antiinflamatórios não esteroides,
incluindo tenoxicam, e diminuem a média das concentrações plasmáticas mínimas no estado de equilíbrio de tenoxicam,
competindo pelos locais de ligação das proteínas plasmáticas. O tratamento concomitante com salicilato ou outros anti-inflamatórios
não esteroides não é recomendado, por causa do risco aumentado de reações adversas.
Agentes antiplaquetários e inibidores seletivos da recaptação de serotonina: há risco aumentado de sangramento gastrintestinal
(vide item “Advertências e precauções”) quando agentes antiplaquetários (tais como a aspirina) e inibidores seletivos da recaptação
da serotonina são administrados em combinação com AINEs.
Metotrexato: a administração concomitante de alguns anti-inflamatórios não esteroides e metotrexato tem sido associada à redução
da secreção tubular renal do metotrexato, ao aumento das concentrações plasmáticas do metotrexato e à toxicidade severa dessa
mesma substância. Portanto, recomenda-se cautela quando tenoxicam for administrado concomitantemente com metotrexato.
Lítio: uma vez que tenoxicam pode diminuir o clearance renal do lítio, a administração concomitante dessas duas substâncias pode
ocasionar aumento das concentrações plasmáticas e da toxicidade do lítio. As concentrações plasmáticas de lítio devem ser
cuidadosamente monitoradas.
Diuréticos e anti-hipertensivos: como ocorre com outros agentes anti-inflamatórios não esteroides em geral, tenoxicam não deve
ser administrado concomitantemente com diuréticos poupadores de potássio. Sabe se que existe interação entre essas duas classes de
compostos que pode causar hipercalemia e insuficiência renal. Não foi observada interação clinicamente significativa entre
tenoxicam e furosemida. Porém, tenoxicam diminui o efeito da hidroclorotiazida na redução da pressão sanguínea. Como ocorre
com outros agentes anti-inflamatórios não esteroides, tenoxicam pode reduzir o efeito anti-hipertensivo dos bloqueadores alfa-
adrenérgicos e dos inibidores da enzima conversora da angiotensina (ECA). Não foram relatadas interações entre tenoxicam e alfa-
agonistas de ação central ou bloqueadores do canal de cálcio. Não foram observadas interações clinicamente relevantes quando
tenoxicam foi administrado concomitantemente com atenolol. Durante os estudos clínicos, não foram relatados casos de interação
em pacientes tratados concomitantemente com digitálicos. Portanto, a administração simultânea de tenoxicam e de digoxina parece
não implicar maiores riscos.
Antiácidos e antagonistas de receptores-H2: nenhuma interação clinicamente significativa tem sido encontrada durante
administração concomitante de antiácidos e cimetidina nas doses recomendadas.
Probenecida: coadministração de probenecida com tenoxicam pode aumentar a concentração plasmática de tenoxicam. O
significado clínico dessa observação ainda não foi estabelecido.
Anticoagulantes: nenhuma interação clinicamente significativa tem sido encontrada com administração concomitante de varfarina e
femprocumona e heparina de baixo peso molecular nas doses recomendadas.
Contudo, assim como para outros anti-inflamatórios não esteroides, é recomendado monitoramento cuidadoso, quando o paciente
estiver recebendo anticoagulante concomitantemente
Antidiabéticos orais: o efeito clínico dos hipoglicemiantes orais glibornurida, glibenclamida e tolbutamida não foi modificado por
tenoxicam. Contudo, assim como para outros anti-inflamatórios não esteroides, é recomendado monitoramento cuidadoso quando o
paciente estiver recebendo hipoglicemiantes orais concomitantemente.
Colestiramina: colestiramina pode aumentar a depuração e reduzir a meia-vida de tenoxicam.
Dextrometorfano: a administração concomitante de tenoxicam e dextrometorfano pode aumentar o efeito analgésico em
comparação com a monoterapia.
Álcool: não há interação farmacodinâmica significativa entre tenoxicam e álcool.
Alimento: a extensão da absorção de tenoxicam não é influenciada pelo alimento, mas o tempo necessário para atingir o pico de
concentração plasmática (Cmáx) pode ser mais prolongado do que no estado de jejum.
O tenoxicam deve ser armazenado em temperatura ambiente (entre 15 e 30 °C). Proteger da luz e manter em lugar seco. Este
medicamento possui prazo de validade de 24 meses a partir da data de fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Características físicas e organolépticas: Comprimido revestido na cor ocre, circular, biconvexo e monossectado.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Os comprimidos de tenoxicam devem ser ingeridos por via oral, com um pouco de água. Recomenda-se o uso de tenoxicam durante
ou imediatamente após uma refeição.
Posologia habitual: os efeitos adversos podem ser minimizados por meio do uso da menor dose eficaz durante o menor período
necessário para controlar os sintomas (vide item “Advertências e precauções”).
Para todas as indicações, exceto para dismenorreia primária, dor pós-operatória e gota aguda, recomenda-se uma dose diária de 20
mg. A dose recomendada para dismenorreia primária é de 20 mg/dia para dor leve a moderada e 40 mg/dia para dor mais intensa.
Para dor pós-operatória, a dose recomendada é de 40 mg, uma vez ao dia, durante 5 dias. Em crises agudas de gota a dose
recomendada é de 40 mg, uma vez ao dia, durante 2 dias e, em seguida, 20 mg diários durante os próximos 5 dias.
Em casos de doenças crônicas, o efeito terapêutico de tenoxicam manifesta-se logo após o início do tratamento, e a resposta aumenta
progressivamente no decorrer do tratamento. Em casos de doenças crônicas, nos quais é necessário o tratamento por longo prazo,
doses superiores a 20 mg não são recomendadas, pois isso aumentaria a incidência e a intensidade das reações adversas sem
aumento significativo da eficácia.
Instruções posológicas especiais: em princípio, a posologia anteriormente recomendada aplica-se também aos idosos e a pacientes
com doença renal ou hepática. Por causa da falta de experimentação clínica, ainda não foi estabelecida a posologia para crianças e
adolescentes.
O tenoxicam comprimido revestido não deve ser partido, aberto ou mastigado.
Experiência com estudos clínicos
Com base em estudos clínicos que incluíram grande número de pacientes, tenoxicam foi geralmente bem tolerado na dose
recomendada. Em geral, as reações adversas relatadas foram brandas e transitórias.
Somente em pequena proporção de pacientes foi necessário interromper o tratamento por causa das reações adversas.
As reações adversas relatadas para tenoxicam estão listadas a seguir, por classe de sistemas de órgãos e frequência:
Reação muito comum (≥ 1/10)
Reação comum (≥ 1/100 e < 1/10)
Reação incomum (≥ 1/1.000 e < 1/100)
Reação rara (≥ 1/10.000 e < 1/1.000)
Reação muito rara (< 1/10.000)
Reação com frequência desconhecida (não pode ser estimado a partir dos dados disponíveis)
Distúrbios do sangue e sistema linfático
Reações com frequência desconhecida: anemia, agranulocitose, leucopenia, trombocitopenia.
Distúrbios do sistema imunológico
Reações com frequência desconhecida: reações de hipersensibilidade, tais como dispneia, asma, reações anafiláticas, angioedema.
Distúrbios do metabolismo e nutrição
Reação comum: anorexia.
Distúrbios psiquiátricos
Reação rara: distúrbio do sono.
Distúrbios do sistema nervoso
Reação comum: tontura, dor de cabeça.
Distúrbios oculares
Reações com frequência desconhecida: distúrbios visuais.
Distúrbios da orelha e do labirinto
Reação rara: vertigem.
Distúrbios cardíacos
Reação rara: palpitações.
Reação com frequência desconhecida: insuficiência cardíaca.
Distúrbios vasculares
Reação com frequência desconhecida: hipertensão, vasculites.
Dados de estudos clínicos e epidemiológicos sugerem que o uso de inibidores seletivos da cicloxigenase-2 (inibidores COX-2) e
alguns AINEs (particularmente em altas doses e em tratamentos de longa duração) pode estar associado a pequeno aumento no risco
de eventos trombóticos arteriais (por exemplo, infarto do miocárdio ou acidente vascular cerebral).
Embora não tenha sido mostrado aumento de eventos trombóticos, tais como infarto do miocárdio, com tenoxicam, os dados são
insuficientes para excluir tais riscos.
Distúrbios gastrintestinais
Reação muito comum: desconforto gástrico, epigástrico e abdominal, dispepsia, pirose, náusea, vômito, flatulência.
Reação comum: hemorragia gastrintestinal, perfuração gastrintestinal, úlceras gastrintestinais, úlcera péptica, às vezes fatal,
particularmente em idosos, hematêmese, melena, obstipação, diarreia, ulceração da boca, gastrite, boca seca, exacerbação de doença
de Crohn e colite.
Reação incomum: estomatite.
Distúrbios hepatobiliares
Reação incomum: aumento das enzimas hepáticas.
Reação com frequência desconhecida: hepatite.
Distúrbios de pele e tecido subcutâneo
Reação incomum: prurido, erupção cutânea, eritema, exantema, urticária.
Reação muito rara: reação adversa cutânea grave (RACG): síndrome de Stevens-Johnson e necrólise epidérmica tóxica foram
reportados. Reação de fotossensibilidade.
Distúrbios do sistema renal e urinário
Reação incomum: aumento de ureia, creatinina no sangue.
Distúrbios do sistema reprodutivo e da mama
Casos isolados de infertilidade feminina foram relatados com drogas que inibem a síntese de cicloxigenase / prostaglandina,
incluindo tenoxicam.
Distúrbios gerais e alterações no local de administração
Reação incomum: fadiga, edema.
Experiência pós-comercialização
O perfil de segurança dado pela experiência pós-comercialização é compatível com a experiência dos estudos clínicos.
Em caso de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA, disponível em
www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.