Bula do Tissucol produzido pelo laboratorio Baxter Hospitalar Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
Tissucol/Tisseel Duo
Baxter Hospitalar Ltda.
Solução tópica
2mL/4mL/10mL
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
fibrinogênio, aprotinina e trombina
APRESENTAÇÕES
A solução de proteína selante e a solução de trombina são acondicionadas em seringa plástica para uso único.
Tisseel Duo é fornecido no recipiente final, conforme segue abaixo:
Seringa AST (“Seringa de Tecnologia Avançada”), uma seringa de plástico de duas câmaras para uso individual, fechada com uma
tampa na ponta.
Conteúdo da embalagem:
Seringa AST
• 1 seringa pré-enchida de duas câmaras pronta para uso com solução de proteína selante congelada de 1mL, 2mL ou 5mL em
uma câmara e solução de trombina de 1mL, 2mL ou 5mL na outra câmara. Cada câmara é fechada com uma tampa de
borracha de silicone
• 1 conjunto de dispositivo de aplicação (= conjunto DUO), constituído por duas peças de junção e 4 cânulas de aplicação (sem
corte) e um êmbolo de duplo pistão.
Apresentações:
Tissucol/Tisseel Duo está disponível nas seguintes apresentações: 1 x 2mL (1mL + 1mL), 1 x 4mL (2mL + 2mL) e 1 x 10mL
(5mL + 5mL)
VIA TÓPICA
USO ADULTO E PEDIÁTRICO
COMPOSIÇÃO
Cada mL de solução de fibrinogênio contém:
fibrinogênio 70 – 110mg1
aprotinina 3.000 UIC/mL2
Excipientes: fator XIII de coagulação, albumina humana, histidina, nicotinamida, polissorbato 80, citrato de sódio di-hidratado e água
para injetáveis.
Cada mL de solução de trombina contém:
trombina 500 UI³
Excipientes: proteína, cloreto de sódio, cloreto de cálcio e água para injetáveis
1
Contida em proteína total de 96 - 125 mg/mL.
2
1800 UIC (Unidades de Inativador de Calicreína) corresponde a 1 EPU (Unidade da Farmacopéia Européia)
³A atividade da trombina é calculada utilizando o atual Padrão Internacional da OMS para trombina
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Tissucol é utilizado para promover a hemostasia, vedar ou aderir tecidos e promover a cicatrização das feridas. Em determinadas
aplicações, material biocompatível como a esponja de colágeno é utilizado como substância carreadora ou para reforço. Tissucol é usado
como tratamento adjuvante para melhoria da hemostasia quando as técnicas cirúrgicas padrão não são suficientes. Suas indicações
compreendem, mas não se limitam, a:
Hemostasia
A hemostasia em sangramentos difusos, após cirurgia articular e óssea, adenoidectomia e tonsilectomia, bem como após cirurgia
maxilodental em pacientes portadores de distúrbios hemorrágicos, vedação do leito prostático após prostatectomia, hemostasia de leito
cirúrgico após neurocirurgia, etc.
Vedação
Recobrimento e adesão de próteses vasculares, timpanoplastia, tratamento de fístulas do líquido céfalo-raquidiano e lesões na dura-máter,
tratamento da ruptura prematura das membranas na gravidez pela fixação da região amniótica inferior, vedação hermética de suturas no
parênquima pulmonar e na pleura, de suturas na traqueia, brônquio e esôfago, tratamento de derrame pleural maligno, vedação da córnea
após lesões por perfurações, vedação das linhas de sutura para prevenir deiscências de anastomoses intestinais, etc.
Adesão tecidual
Adesão do parênquima em cirurgias renal, hepática, esplênica e pancreática, enxerto de esponjosa no preenchimento de cavidades e
lesões ósseas, pleurodese em pneumotórax espontâneo, fixação de enxertos e retalhos de pele, fixação de fragmentos e implantes
osteocondrais, adesão de nervos periféricos, cirurgia plástica após abertura do seio maxilar, etc.
Reforço para a Cicatrização
Enxerto de pele em locais receptores desvascularizados ou infeccionados, tratamento de necrose da pele e úlceras de mucosa,
incorporação de enxertos ósseos homólogos, etc.
Parenti et al (1986) desenvolveu uma técnica combinada de selante e sutura para anastomoses microvasculares, o qual permitiu uma
redução no número de suturas e melhorou a circulação sanguínea cerebral. Os dados obtidos de 47 pacientes com anastomoses
microvasculares mostraram 98% de potência, a qual foi medida por angiografia e ultrassonografia-Doppler.
Em um estudo randomizado, controlado e prospectivo, Salm et al (1996) investigou a eficácia e tolerância de Tissucol (fibrinogênio,
aprotinina e trombina) administrado localmente em úlcera gastroduodenal hemorrágica aguda quando comparado com Polidocanol. A
eficácia foi avaliada pela observação clínica de hemorragias recorrentes relevantes, enquanto a tolerância foi avaliada de acordo com as
reações de tecido locais observadas endoscopicamente, análises laboratoriais químicas do sistema de coagulação e laudos clínicos. A
avaliação intermediária de 56 pacientes mostrou uma superioridade verificável estatisticamente do tratamento com Tissucol -
fibrinogênio, aprotinina e trombina quando comparado ao tratamento com Polidocanol estabelecido clinicamente nas hemorragias de
úlcera gastroduodenal.
Salm, R. et al. Endoscopic hemostasis in bleeding gastroduodenal ulcer--a contribution to the cost aspect. Zentralbl Chir, 1996,
21(10):847-850.
Propriedades farmacodinâmicas
O sistema de adesão da fibrina imita a última fase da coagulação sanguínea fisiológica. A conversão de fibrinogênio em fibrina ocorre
através da divisão de fibrinogênio em monômeros de fibrina e fibrinopeptídeos. Os monômeros de fibrina agregam-se e formam um
coágulo de fibrina. O fator XIIIa, o qual é gerado a partir do fator XIII pela ação combinada de trombina e íons de cálcio, estabiliza o
coágulo através de ligações cruzadas das fibras de fibrina.
Conforme a cicatrização da ferida progride, o aumento da atividade fibrinolítica é induzido pela plasmina, e a decomposição de fibrina
em produtos de degradação da fibrina é iniciada. A degradação proteolítica da fibrina é inibida por anti-fibrinolítico. A aprotinina está
presente no Tissucol como um anti-fibrinolítico para evitar a degradação prematura do coágulo.
Para comprovar a eficácia, foram realizados estudos in vivo com quatro modelos animais, no qual imitam as condições do paciente, tanto
quanto possível. Tissucol foi eficaz no que diz respeito à hemostasia primária e secundária, assim como para cicatrização de feridas.
Tissucol foi avaliado em um estudo clínico prospectivo, desenho paralelo, randomizado, duplo-cego, multicêntrico contra a forma
anterior do produto (inativação viral única), em 317 pacientes submetidos à cirurgia cardíaca, com bypass cardiopulmonar e esternotomia
mediana. Se a hemostasia não foi alcançada com os métodos cirúrgicos convencionais, os pacientes foram tratados com Tissucol ou um
produto de controle. O objetivo era atingir a hemostasia dentro de 5 minutos após a administração, e mantê-la até o fechamento cirúrgico
da ferida.
O resultado, com base em um intervalo de confiança unilateral de 97,5%, demonstra que Tissucol (inativação viral dupla) não foi inferior
à formulação anterior (inativação viral única) nos pacientes tratados com sucesso.
Hemostasia dentro de 5 minutos e mantido até fechamento cirúrgico
Tissucol
(inativação viral dupla)
Selante de fibrina
(inativação viral única)
No começo do tratamento 127/144 (88,2%) 129/144 (89,6%)
Após análise do protocolo 108/123 (87,8%) 122/135 (90,4%)
Propriedades farmacocinéticas
Tissucol é indicado apenas para uso epilesional. A administração intravascular é contraindicada. Como consequência, não foram
realizados estudos farmacocinéticos intravenosos em humanos.
Não foram realizados estudos farmacocinéticos em diferentes espécies de animais de laboratório.
Os selantes de fibrina/hemostáticos são metabolizados da mesma maneira que a fibrina endógena por fibrinólise e fagocitose.
Não utilizar Tissucol nas seguintes situações:
• Em caso de alergia (hipersensibilidade) a qualquer uma das substâncias ativas, proteína bovina ou qualquer outro componente
do Tissucol;
• Em caso de hemorragia arterial ou venosa grave. A administração apenas do Tissucol não é indicada nesta situação;
• Tissucol não deve ser injetado dentro de vasos sanguíneos (artérias ou veias). Como o Tissucol forma coágulo no local de
administração, a injeção em vasos sanguíneos pode resultar na formação de coágulos no local. Se estes coágulos forem
levados para a circulação sanguínea, pode ocasionar complicações com risco de vida.
• Tissucol não é indicado para substituir suturas para o fechamento cirúrgico da ferida.
Antes de aplicar o Tissucol, deve-se tomar o cuidado de cobrir todas as partes do corpo fora da área a ser tratada, para evitar a aderência
dos tecidos em locais indesejáveis.
A fim de garantir a mistura completa do componente de selante de proteína e do componente de trombina, exprimir as primeiras gotas do
produto com a cânula de aplicação imediatamente antes da utilização e eliminá-las.
Para evitar a aderência de Tissucol às luvas e instrumentos cirúrgicos, molhá-las com solução de cloreto de sódio antes do contato.
A orientação para a vedação de superfícies é: uma embalagem de Tissucol de 2ml (ou seja, 1mL de solução de proteína selante e 1mL de
solução de trombina) é suficiente para uma superfície de pelo menos 10cm².
A dose depende do tamanho da superfície a ser vedada.
Aplicação sequencial dos dois componentes do Tissucol separados deve ser evitada.
Cuidados especiais com a utilização de Tissucol:
• Reações alérgicas de hipersensibilidade podem ocorrer. Os primeiros sinais da reação alérgica incluem: vermelhidão
transitória da pele, prurido, urticária, náuseas, vômito, mal-estar geral, calafrio, opressão torácica, inchaço dos lábios e da
língua, dificuldade para respirar/dispnéia, queda da pressão arterial, aumento ou queda da frequência cardíaca.
Quando qualquer destes sintomas ocorrer, a aplicação deve ser suspensa imediatamente. Sintomas graves requerem imediato tratamento
de emergência.
• Tissucol contém uma proteína conhecida como aprotinina. Mesmo que esta proteína é aplicada apenas em pequenas
quantidades e só na superfície da ferida, há risco de reação alérgica grave. O risco parece aumentar em pacientes que tenham
recebido anteriormente Tissucol ou aprotinina, mesmo que tenha sido bem tolerado durante a aplicação anterior. Portanto,
qualquer utilização de aprotinina ou produtos contendo aprotinina devem ser registrados no histórico médico do paciente. O
uso de Tissucol em pacientes com alergia a proteínas de origem bovina deve ser avaliado com cuidado.
• Complicações com risco de vida devido a coágulos de sangue que foram levados para a circulação sanguínea podem resultar
de uma injeção inadvertida dentro de um vaso sanguíneo.
• Injeção intravascular pode aumentar a probabilidade e a gravidade de reações de hipersensibilidade aguda em pacientes
suscetíveis.
Em particular, durante cirurgia coronária, o médico deve tomar cuidado especial para não injetar Tissucol dentro de um vaso
sanguíneo. É igualmente importante que a injeção na mucosa nasal seja evitada, uma vez que pode resultar na formação de
coágulos sanguíneos na região da artéria oftálmica.
• Existe o risco de danos teciduais, no caso de injeção no tecido.
• Evitar a selagem de tecidos em locais não desejados. Portanto, antes da administração, deve-se tomar cuidado para cobrir
todas as partes do corpo fora da área a ser tratada.
• A espessura excessiva do coágulo de fibrina pode prejudicar a eficácia do produto e a cicatrização da ferida. Portanto, Tissucol
só deve ser aplicado como uma camada fina.
• Deve-se tomar cuidado ao aplicar o selante de fibrina com gás pressurizado.
Há um risco de vida ou de embolia gasosa (ar penetrando a circulação sanguínea, podendo ser grave ou apresentar risco de vida) muito
raro com o uso de dispositivos de pulverização empregando reguladores de pressão para administrar selantes de fibrina. Isto parece estar
relacionado com a utilização do dispositivo de pulverização a uma pressão maior do que as pressões recomendadas e/ou em estreita
proximidade com a superfície do tecido. O risco parece ser maior quando os selantes de fibrina são pulverizadas com o ar, em relação ao
CO2 e, portanto, o risco não pode ser excluído quando o Tissucol é pulverizado em cirurgia com ferida aberta.
Os dispositivos de pulverização e os acessórios possuem instruções de uso com recomendações para faixas de pressão e com a distância
de pulverização da superfície do tecido.
O Tissucol deve ser administrado estritamente de acordo com as instruções e apenas com dispositivos recomendados para este produto.
Ao pulverizar Tissucol, deve-se monitorar as alterações na pressão arterial, pulso, saturação de oxigênio e concentração de CO2, para
possível ocorrência de embolia gasosa.
Quando os medicamentos são feitos a partir do sangue ou plasma humano, algumas etapas são realizadas para evitar a transmissão de
agentes infecciosos. Estas medidas incluem a seleção cuidadosa dos doadores de sangue e plasma – para garantir que as pessoas com
risco de transmitir infecções sejam excluídas – e a análise de cada doação individual e dos pools de plasma para sinais de vírus ou
infecção.
Os fabricantes desses produtos também realizam etapas no processamento do sangue ou plasma para inativar ou remover vírus. No
entanto, quando os medicamentos preparados a partir de sangue humano ou plasma são administrados, o risco de doenças infecciosas
através da transmissão de agentes infecciosos, mesmo de natureza desconhecida, não pode ser totalmente excluído.
As medidas acima mencionadas são consideradas eficazes para vírus envelopados tais como o HIV (vírus causador da AIDS), o vírus da
hepatite B e vírus da hepatite C, e o vírus não-envelopado da hepatite A. Estas medidas podem ser de eficácia limitada contra alguns vírus
não-envelopados, tais como o parvovírus B19 (vírus que causa eritema infeccioso). A infecção pelo parvovírus B19 pode ter
consequências graves para mulheres grávidas (infecção do feto) e para indivíduos com sistema imunitário enfraquecido ou com alguma
forma de anemia (por exemplo, anemia falciforme ou anemia hemolítica).
• Recomenda-se que cada vez que Tissucol for administrado, o nome e o número do lote do produto sejam documentados no
histórico médico do paciente com a etiqueta autoadesiva que acompanha o produto.
Capacidade de dirigir veículos e operar máquinas
Tissucol não afeta a habilidade de dirigir veículos ou operar máquinas.
Informação importante sobre componentes do Tissucol
Polissorbato 80 pode provocar irritações de pele limitadas, tais como a dermatite de contato.
Gravidez e lactação
A segurança dos selantes de fibrina/hemostáticos para uso em gestantes ou lactantes não foram estabelecidos em estudos clínicos
controlados. Estudos experimentais em animais são insuficientes para avaliar a segurança a respeito da reprodução, desenvolvimento do
embrião ou feto, curso da gestação e desenvolvimento perinatal e pós-natal.
Portanto, o produto deve ser administrado em pacientes grávidas ou lactantes apenas se realmente necessário.
Categoria “C” de risco na gravidez.
Não há interações conhecidas com outros medicamentos.
Assim como em produtos comparáveis ou soluções de trombina, o produto pode desnaturar-se pelo contato com soluções contendo
álcool, iodo ou metais pesados (por exemplo, as soluções antissépticas). Deve-se tomar cuidado para remover essas substâncias, tanto
quanto possível, antes de aplicar o produto.
Armazenar entre 2°C e 8°C. Não congelar.
Manter os frascos dentro da embalagem secundária para proteger da luz.
Prazo de validade: 24 meses a partir da data de fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Se as soluções reconstituídas não forem utilizadas imediatamente, elas podem ser armazenadas a 37°C ou a temperatura ambiente (no
máximo 25°C) durante um período máximo de até quatro horas, sem agitação. Tissucol não deve ser exposto a temperaturas acima de
37°C e não deve ir ao micro-ondas. Não refrigerar ou congelar as soluções após a reconstituição.
Este medicamento não deve ser descartado na água ou no lixo doméstico. Esta medida contribui para proteger o meio ambiente.
Os componentes liofilizados são brancos ou ligeiramente amarelados e tem consistência de pó ou granulado, os componentes líquidos são
incolores ou ligeiramente amarelados.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Tissucol é aplicado apenas por médicos experientes durante a cirurgia.
Tissucol é aplicado à superfície da ferida. Antes da aplicação, a superfície da ferida deve estar o mais seco possível.
A dose a ser administrada é de acordo com as necessidades individuais.
Ao aplicar Tissucol utilizando um dispositivo de pulverização, certifique-se de aplicar uma pressão e distância do tecido dentro da
variação recomendada pelo fabricante, como se segue:
Pressão, distância e dispositivo recomendados para aplicação do Tissucol/Tisseel Duo
Cirurgia
Conjunto spray a
ser utilizado
Aplicador de ponta a
Regulador de pressão a ser
utilizado
Distância
recomendada do
tecido alvo
Pressão de
pulverização
recomendada
Ferida aberta
Tisseel/Artiss Spray
Set N.A. EasySpray 10 - 15cm
1,5 - 2,0bar
(21,5 - 28,5psi)
Set (pacote com 10) N.A. EasySpray
Laparoscopia /
Procedimentos
minimamente
invasivos
Aplicador Tisseel
Duplospray Cirurgia
Minimamente Invasiva
20cm Duplospray
2 - 5cm
1,2 - 1,5bar
(18 - 22psi)N.A.
30cm Duplospray
40cm Duplospray
Ponta Substituta
Tisseel Duplospray Duplospray
Quando pulverizar o Tissucol, deve-se monitorar mudanças na pressão sanguínea, pulso, saturação de oxigênio e concentração de CO2
para possível ocorrência de embolia gasosa.
Para uso pediátrico:
A segurança e eficácia do produto em crianças não foram estabelecidos.
A dose depende de uma série de fatores, incluindo o tipo de intervenção cirúrgica, o tamanho da área afetada, o modo de aplicação
pretendida, e o número de aplicações. O médico irá decidir o quanto será necessário e irá administrar o suficiente para formar uma
camada fina sobre a lesão. Se a quantidade aplicada não parecer ser suficiente, a aplicação poderá ser repetida.
Ao aplicar o Tissucol, a coagulação ocorre rapidamente. Deve ser evitada a aplicação de uma nova camada a uma camada pré-existente
de Tissucol, já que essa nova camada não vai aderir à camada já existente.
Evitar a aplicação separada do componente de proteína selante do componente de trombina.
Em ensaios clínicos, foram administradas doses individuais de 4 a 20mL. Em alguns procedimentos (por exemplo, lesões no fígado, ou
vedação de grandes superfícies queimadas), volumes maiores podem ser necessários.
A orientação para a vedação de superfícies é: uma embalagem de Tissucol de 2ml (ou seja, 1mL de solução de proteína selante e 1mL de
solução de trombina) é suficiente para uma superfície de pelo menos 10cm².
Quando o Tissucol é pulverizado, a mesma quantidade é suficiente para revestir áreas consideravelmente maiores.
Recomenda-se que, para evitar o excesso de formação de tecido de granulação e para garantir a degradação gradual do selante de fibrina,
deve ser aplicada uma camada a mais fina possível.
A fim de garantir a mistura completa do componente de selante de proteína e do componente de trombina, exprimir as primeiras gotas do
produto com a cânula de aplicação imediatamente antes da utilização e eliminá-las.
Modo de usar
Preparação e reconstituição
Antes da reconstituição dos componentes do selante de fibrina, desinfetar as tampas de borracha de todos os frascos a serem utilizados. É
importante que seja evitado o contato direto entre o desinfetante e o produto.
I. Preparação da solução de proteína selante (primeiro componente):
O pó liofilizado é dissolvido na solução de aprotinina para formar uma solução de proteína selante.
Reconstituir o pó liofilizado de Tissucol utilizando o aparelho de aquecimento e agitação FIBRINOTHERM (método recomendado).
Alternativamente, usar recipiente com água estéril aquecida à temperatura de 33-37°C.
Reconstituição utilizando FIBRINOTHERM
O FIBRINOTHERM mantém uma temperatura constante de 37°C. Permite também encurtar o tempo de dissolução do pó liofilizado de
Tissucol, por meio de uma barra metálica agitada magneticamente, contida em cada frasco do Tissucol.
• Colocar os frascos contendo o pó de Tissucol e a solução de aprotinina nas aberturas apropriadas do FIBRINOTHERM e pré-
aquecer os frascos durante aproximadamente 3 minutos.
• Transferir a solução de aprotinina para o frasco contendo o pó liofilizado de Tissucol utilizando uma cânula e a seringa com
graduação em azul contidas no kit estéril de reconstituição. Colocar o frasco contendo o pó de Tissucol na abertura de agitação
do dispositivo FIBRINOTHERM (se necessário usar um adaptador apropriado) e agitar até que o pó se dissolva
completamente. A reconstituição está completa quando não há partículas visíveis ao segurar o frasco contra a luz. Se há
partículas presentes, manter a agitação da solução a 37°C durante alguns minutos até que o pó se dissolva completamente.
Desligar o agitador magnético quando completar a dissolução.
Nota: não agitar excessivamente – a agitação excessiva pode comprometer a qualidade do produto.
• Manter a solução de proteína selante à 37°C, sem agitar, se a mesma não for utilizada imediatamente. Para assegurar a
homogeneidade, agitar brandamente ou girar a solução de proteína selante antes de aspirar a solução para dentro da seringa com
graduação em azul.
• Extrair a solução de proteína selante reconstituída do frasco em condições estéreis.
Para obter mais instruções, consulte as instruções de uso do aparelho FIBRINOTHERM.
Reconstituição utilizando recipiente com água estéril aquecida
• Pré-aquecer os frascos contendo o pó liofilizado de Tissucol e a solução de aprotinina por aproximadamente 3 minutos, em
recipiente com água estéril aquecida a uma temperatura de 33-37°C. (Nunca se deve aquecer acima de 37°C.)
graduação em azul contidas no kit estéril de reconstituição.
• Retornar o frasco contendo o pó de Tissucol no recipiente com água estéril aquecida, a 33-37°C, durante um minuto.
• Agitar rapidamente, mas evitar a formação de espuma, tanto quanto possível. Em seguida, retornar o frasco para o recipiente com água
estéril aquecida e verificar periodicamente a completa dissolução. A reconstituição está completa quando não há partículas visíveis
ao segurar o frasco contra a luz. Se há partículas presentes, manter o frasco a temperatura de 33-37°C durante alguns minutos
e agitar até que o pó se dissolva completamente.
• Após a dissolução completa, manter a solução de proteína selante a temperatura de 33-37°C, se não for utilizada
imediatamente. Para assegurar a homogeneidade, agitar brandamente ou girar a solução de proteína selante antes de aspirar a
solução para dentro da seringa com graduação em azul.
Nota: quando usar recipiente com água estéril aquecida para reconstituição no lugar do aparelho FIBRINOTHERM, cuidado
para não submergir o frasco, principalmente a abertura, a fim de evitar contaminação
II. Preparação da solução de trombina (segundo componente)
Dissolver a trombina liofilizada na solução de cloreto de cálcio para formar a solução de trombina. Transferir o conteúdo frasco de
solução de cloreto de cálcio para o frasco de trombina. Utilizar a segunda cânula e a seringa graduada em preto, contidas no kit estéril de
reconstituição.
Agitar brandamente para dissolver a substância liofilizada. Para aquecer a solução de trombina, usar o aparelho FIBRINOTHERM ou
recipiente com água estéril aquecida. Manter a solução de trombina a temperatura de 33-37°C até o momento de ser usada. Antes do uso,
aspirar a solução de trombina usando a segunda cânula e a seringa graduada em preto.
Nota: nunca reutilizar as seringas e cânulas usadas na reconstituição de um componente para a reconstituição de outro componente, pois
isto levaria a solidificação prematura do componente no frasco ou na seringa.
III. Uso dos componentes do selante de fibrina reconstituídos
Ambos os componentes do selante de fibrina devem ser usados dentro de 4 horas após a reconstituição. Não refrigerar ou congelar as
soluções após reconstituição.
O dispositivo para reconstituição e aplicação (sistema DUPLOJECT) é indicado para uso único. Não reprocessar ou reesterilizar.
Administração
A solução de proteína selante e a solução de trombina devem ser transparentes ou ligeiramente opalescentes. Não utilizar soluções turvas
ou com depósito. Inspecionar visualmente produtos reconstituídos para partículas não dissolvidas e descoloração antes da administração.
Aquecer Tissucol a 33-37°C antes da aplicação. Tissucol não deve ser exposto a temperaturas acima de 37°C e não deve ser levado ao
micro-ondas.
Para a aplicação, colocar as duas seringas de uso único, com a solução de proteína selante reconstituída e solução de trombina, no clipe
de duas seringas DUPLOJECT e conectar esta montagem a peça de junção e a cânula de aplicação. Todos os dispositivos necessários são
fornecidos no kit de aplicação.
O êmbolo comum do clipe de duas seringas DUPLOJECT assegura que volumes iguais dos dois componentes selantes alimentam a peça
de junção para a cânula de aplicação, onde eles serão misturados e depois aplicados.
Instruções operacionais
• Colocar no clipe as duas seringas com a solução de proteína selante e com a solução de trombina. Ambas as seringas devem
estar preenchidas com volumes iguais.
• Conectar os bicos de ambas as seringas à peça de junção garantindo que eles estejam firmemente fixos. Fixar a peça de junção
prendendo a tira de fixação no clipe de duas seringas DUPLOJECT.
• Se a tira de fixação rasgar, usar a peça de junção extra. Se não estiver disponível, o sistema pode ainda ser usado se garantido
que a ligação é segura e à prova de fugas.
• Colocar uma cânula de aplicação para a peça de junção. Não expulsar o ar do interior da peça de junção e da cânula de
aplicação até começar a aplicação real, já que a cânula de aplicação pode entupir.
• Aplicar a mistura de proteína selante/solução de trombina sobre a superfície do recipiente ou sobre as superfícies das partes a
serem coladas.
Se a aplicação dos componentes do selante de fibrina for interrompida, ocorre imediatamente o entupimento da cânula. Neste caso,
substituir a cânula de aplicação por uma nova apenas imediatamente antes da retomada da aplicação. Se as aberturas da peça de junção
estiverem entupidas, utilizar a peça de junção de reposição fornecida no pacote.
Nota: Após a mistura dos componentes do selante, o selante de fibrina começa a assentar dentro de segundos, devido à alta concentração
de trombina (500 UI/mL).
O selante de fibrina também pode ser aplicado com outros acessórios fornecidos pela Baxter, que são particularmente adequados, por
exemplo, para uso endoscópico, para cirurgia minimamente invasiva ou para aplicação em grandes áreas ou áreas de difícil acesso. Ao
usar esses dispositivos de aplicação, seguir as instruções de uso.
Após a aplicação de Tissucol, deixar pelo menos 2 minutos para atingir polimerização suficiente. Em certas aplicações, o material
biocompatível, tal como o colágeno, é usado como uma substância de suporte ou de reforço.
Preparações que contém celulose oxidada não devem ser utilizadas com Tissucol.
Ao aplicar Tissucol usando um dispositivo de spray, deve ser usada apenas pressão dentro da faixa de pressão recomendada pelo
fabricante do dispositivo de pulverização e recomenda-se cautela com a aplicação de spray de Tissucol com dispositivos produzidos por
outros fabricantes e não licenciados para uso com Tissucol. Ao pulverizar o Tissucol, alterações na pressão arterial, pulso, saturação de
oxigênio e CO2, devem ser monitorados devido à possibilidade de ocorrência de ar ou embolia gasosa.
Para a aplicação do Tissucol em espaços torácicos e abdominal, é recomendado o Aplicador DUPLOSRAPY CMI e regulador. Consultar
as instruções de uso do Aplicador DUPLOSRAPY CMI.
Como todos os medicamentos, Tissucol pode apresentar efeitos colaterais, embora não são todos indivíduos que apresentem. Se qualquer
efeito colateral se agravar ou se o paciente notar qualquer efeito colateral não descrito nesta bula, informar ao médico ou farmacêutico.
Em pacientes que são tratados com selante de fibrina, podem ocorrer reações de hipersensibilidade ou reações alérgicas. Apesar de serem
raras, podem ser severas.
Os primeiros sinais da reação alérgica incluem: vermelhidão transitória da pele, prurido, urticária, náuseas, vômito, cefaléia, sonolência,
inquietação, queimação e ardor no local de aplicação, formigamento, calafrio, opressão torácica, inchaço dos lábios, língua e garganta
(que pode resultar em dificuldade de respirar/engolir), dificuldade para respirar/dispnéia, queda da pressão arterial, aumento ou queda da
freqüência cardíaca, perda de consciência devido à queda de pressão arterial.
Em casos isolados, estas reações podem evoluir para reações alérgicas graves (anafilaxia). Tais reações podem ser vistas especialmente se
a preparação é aplicada repetidamente ou administrada a pacientes que tenham demonstrado anteriormente hipersensibilidade a aprotinina
ou a qualquer outro componente do produto.
Mesmo que o tratamento repetido com Tissucol foi bem tolerado, uma administração subsequente de Tissucol ou uma infusão de
aprotinina pode resultar em reações alérgicas graves (anafiláticas).
A equipe cirúrgica participando deve estar ciente do risco deste tipo de reações e deve interromper imediatamente a aplicação de Tissucol
em caso de ocorrência dos primeiros sinais de hipersensibilidade. No caso de sintomas graves podem ser necessárias medidas de
emergência.
A injeção de Tissucol dentro de tecidos moles pode levar a danos no local do tecido.
A injeção de Tissucol dentro de vasos sanguíneos (veias ou artérias) pode levar à formação de coágulos (trombose).
Como Tissucol é derivado de plasma a partir de doações de sangue, o risco de uma infecção não pode ser completamente excluído. No
entanto, os fabricantes praticam várias medidas para reduzir esse risco.
Em casos raros, pode ocorrer formação de anticorpos contra componentes do selante de fibrina.
As reações adversas a seguir foram observadas no tratamento com Tissucol:
Efeitos colaterais foram avaliados de acordo com as seguintes categorias de frequência:
Muito comum: >1/10
Comum: >1/100 e ≤1/10
Incomum: >1/1000 e ≤1/100
Rara: >1/10 000 e ≤1/1000
Muito rara: ≤1/10 000
Desconhecido: a frequência não pode ser estimada com os dados disponíveis.
Áreas Reação Adversa Frequência
Distúrbios do sistema sanguíneo ou linfático Aumento dos produtos de degradação da fibrina Incomum
Distúrbios do sistema imune
Reações de hipersensibilidade Incomum
Reações alérgicas (anafiláticas) Incomum
Choque anafilático Incomum
Sensação de formigamento, ardor ou
adormecimento da pele
Incomum
Opressão torácica Incomum
Dificuldade em respirar Incomum
Prurido Incomum
Vermelhidão na pele Incomum
Distúrbios cardíacos Aumento ou queda da frequência cardíaca Incomum
Distúrbios vasculares
Queda na pressão arterial Raro
Hematomas Incomum
Coágulo em vasos sanguíneos Incomum
Obstrução de artéria no cérebro Incomum
Distúrbios respiratórios e torácicos Dispnéia Incomum
Distúrbios gastrointestinais Náusea Incomum
Distúrbios de pele e tecido subcutâneo
Urticária Incomum
Cicatrização de ferida debilitada Incomum
Distúrbios gerais e condições do local de Dor causada pelo procedimento Incomum
administração Vermelhidão na pele Incomum
Injúria, intoxicação e complicações do
procedimento
Inchaço rápido da pele, tecido subcutâneo, mucosa
e submucosa (angioedema)
Em caso de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA, disponível em
www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm , ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.