Bula do Tobramicina + Dexametasona para o Profissional

Bula do Tobramicina + Dexametasona produzido pelo laboratorio Novartis Biociencias S.a
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

O conteúdo abaixo foi extraído automaticamente da bula original disponibilizada no portal da ANVISA.

Bula do Tobramicina + Dexametasona
Novartis Biociencias S.a - Profissional

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BULA COMPLETA DO TOBRAMICINA + DEXAMETASONA PARA O PROFISSIONAL

Bula Profissional da Saúde _ Tobramicina 0,3% + dexametasona 0,1%

a Novartis company

Tobramicina 0,3% + dexametasona 0,1%

Medicamento Genérico – Lei nº 9.787 de 1999

APRESENTAÇÃO:

Suspensão Oftálmica Estéril.

Frasco plástico gotejador contendo 5 ml de suspensão oftálmica.

VIA DE ADMINISTRAÇÃO TÓPICA OCULAR

USO ADULTO E PEDIÁTRICO ACIMA DE 2 ANOS

COMPOSIÇÃO:

Cada ml (30 gotas) contém:

3 mg de tobramicina e 1 mg de dexametasona, ou seja, 0,1 mg de tobramicina e 0,03 mg de dexametasona por

gota.

Veículo constituído de: hietelose, cloreto de sódio, edetato de sódio diidratado, sulfato de sódio anidro, tiloxapol,

ácido sulfúrico e/ou hidróxido de sódio, cloreto de benzalcônio como conservante e água purificada q.s.p. 1,0

ml.

INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE

1. INDICAÇÕES

Tobramicina 0,3% + dexametasona 0,1% Suspensão Oftálmica está indicado nas condições inflamatórias

oculares sensíveis a esteróide e onde exista infecção ocular bacteriana superficial ou o risco de infecção ocular

bacteriana. Os esteróides oculares são indicados nas condições inflamatórias da conjuntiva palpebral e bulbar,

córnea e segmento anterior do globo ocular, onde se aceita o risco inerente ao uso de esteróides em certas

conjuntivites infecciosas para se obter diminuição do edema e da inflamação. Tobramicina 0,3% + dexametasona

0,1% Suspensão Oftálmica é indicado também na uveíte anterior crônica e traumas corneanos causados por

queimaduras químicas, térmicas ou por radiação, e em casos de corpos estranhos. O uso de uma droga associada

a um componente anti-infeccioso é indicado onde o risco de infecção superficial ocular é alto ou onde se supõe

que um número de bactérias potencialmente perigoso estará presente no olho. A droga anti-infecciosa deste

produto é ativa contra os seguintes patógenos oculares comuns.

Estafilococos, inclusive S. aureus e S. epidermidis (coagulase-positivos e coagulase-negativos), inclusive cepas

resistentes à penicilina. Estreptococos, inclusive algumas espécies do Grupo A beta-hemolíticos, algumas

espécies não hemolíticas e algumas cepas de Streptococcus pneumoniae.

Pseudomonas aeruginosa, Escherichia coli, Klebsiella pneumoniae, Enterobacter aerogenes, Proteus mirabilis,

Morganella morganii e a maioria das cepas de Proteus vulgaris, Haemophilus influenzae e H. aegyptius,

Moraxella lacunata e Acinetobacter calcoaceticus e algumas espécies de Neisseria.

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

Estudo prospectivo randomizado com 284 olhos (142 pacientes) foi realizado para comparar a eficácia da

combinação de cloranfenicol / betametasona gel administrada 3 vezes ao dia e a combinação de tobramicina /

dexametasona colírio administrado 4 vezes ao dia em pacientes submetidos a cirurgia de catarata.

Os autores observaram eficácia semelhante das duas formulações com relação ao controle da pressão intraocular

pós-operatória, redução do edema corneano ou palpebral, redução da hiperemia da conjutiva no pós-operatório.

A sensação subjetiva de dor local e sensação de olho seco foram mínimas e comparáveis nos dois grupos

avaliados.

Os autores Comesasca e Bianchi concluíram que ambas medicações apresentaram eficácia, tolerabilidade e

aceitabilidade semelhantes em pacientes submetidos a cirurgia de catarata1

.

Em outro estudo duplo cego, randomizado e comparativo realizado por Notivol e Bertin foram avaliados 271

pacientes submetidos a cirurgia de catarata. Estes pacientes foram divididos em 3 grupos que receberam de

forma aleatória colírio de Tobramicina/Dexametasona ou Neomicina-Polimixina B e Dexametasona ou Sulfato

de Neomicina2

O principal critério de eficácia foi a ocorrência de inflamação intraocular através da contagem de células no

humor aquoso e flare. Todos os pacientes foram examinados no pós-operatório, 3, 8, 14 e 21 dias de pós-

operatório. Os autores concluíram que não houve diferença significativa na eficácia e tolerabilidade das

formulações avaliadas.

1

Control of inflammation and prophylaxis of endophthalmitis after cataract surgery: a multicenter

study.Department of Ophthalmology, Istituto Clinico Humanitas, Rozzano, Milano, Italy. Eur J Ophthalmol.

2007 Sep-Oct;17(5):733-42.

Bula Profissional da Saúde _ Tobramicina 0,3% + dexametasona 0,1%

a Novartis company

2

Control of inflammation and prophylaxis of endophthalmitis after cataract surgery: a multicenter study. PMID:

17932848 [PubMed - indexed for MEDLINE].

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

Os corticóides atuam suprimindo a resposta inflamatória a uma variedade de agentes e provavelmente retardam o

processo de cicatrização. Como os corticóides podem inibir o mecanismo de defesa orgânica contra infecção,

pode ser aconselhável o uso concomitante de um antimicrobiano se esta inibição for considerada clinicamente

significante. A dexametasona é um potente corticóide.

O componente antibiótico da associação (tobramicina) é incluído para agir contra organismos sensíveis. Os

estudos in vitro têm demonstrado que a tobramicina é ativa contra cepas sensíveis dos seguintes microrganismos:

 Estafilococos, inclusive S. aureus e S. epidermidis (coagulase-positivos e coagulase-negativos), inclusive

cepas resistentes à penicilina.

 Estreptococos, inclusive algumas espécies do Grupo A beta-hemolíticos, algumas espécies não hemolíticas e

algumas cepas de Streptococcus pneumoniae.

 Pseudomonas aeruginosa, Escherichia coli, Klebsiella pneumoniae, Enterobacter aerogenes, Proteus

mirabilis, Morganella morganii e a maioria das cepas de Proteus vulgaris, Haemophilus influenzae e H.

aegyptius, Moraxella lacunata e Acinetobacter calcoaceticus e algumas espécies de Neisseria.

Os estudos de sensibilidade bacteriana demonstram que, em alguns casos, os microrganismos resistentes à

gentamicina permanecem susceptíveis à tobramicina.

Nenhum dado sobre a extensão da absorção sistêmica de Tobramicina 0,3% + dexametasona 0,1% Suspensão

Oftálmica está disponível; porém sabe-se que alguma absorção sistêmica pode ocorrer com drogas de aplicação

ocular.

Se a dose máxima de Tobramicina 0,3% + dexametasona 0,1% Suspensão Oftálmica for administrada nas

primeiras 48 horas (duas gotas em cada olho a cada 2 horas) e ocorrer absorção sistêmica completa, o que é

muito improvável, a dose diária de dexametasona seria de 2,4 mg. A dose fisiológica de reposição normal é de

0,75 mg por dia. Se Tobramicina 0,3% + dexametasona 0,1%Suspensão Oftálmica for administrado após as

primeiras 48 horas, duas gotas em cada olho a cada 4 horas, a dose administrada de dexametasona seria de 1,2

mg por dia.

4. CONTRAINDICAÇÕES

Este medicamento é contraindicado para pessoas que tenham sensibilidade conhecida a qualquer componente da

fórmula. Ceratite epitelial por herpes simples (ceratite dendrítica), vaccínia, varicela e muitas outras doenças

virais da córnea e conjuntiva. Infecções oculares por micobactérias. Doenças micóticas oculares. Não utilizar

lentes de contato durante a aplicação deste produto.

Gravidez: Categoria C: Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação

médica ou do cirurgião-dentista.

Este medicamento é contraindicado para menores de 2 anos de idade.

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

ADVERTÊNCIAS: EXCLUSIVAMENTE PARA USO TÓPICO OCULAR. NÃO DEVE SER INJETADO.

Alguns pacientes podem apresentar sensibilidade aos aminoglicosídeos quando aplicados topicamente. Se

ocorrer qualquer reação de sensibilidade, o uso do medicamento deve ser suspenso. O uso prolongado de

esteróides pode resultar em glaucoma, com dano ao nervo óptico, alteração na acuidade visual e campo visual e

formação de catarata subcapsular posterior. A pressão intraocular deve ser rotineiramente avaliada mesmo que

isso seja difícil em crianças e em pacientes que não colaboram. O uso prolongado pode suprimir a resposta do

hospedeiro e, portanto, aumentar o risco de infecções oculares secundárias. Nas doenças que causam o

afinamento da córnea ou da esclera são conhecidos casos de perfuração com o uso de esteróides tópicos. Em

condições purulentas agudas do olho, os esteróides podem mascarar a infecção ou exacerbar as existentes. O

conservante presente no medicamento, cloreto de benzalcônio, pode ser absorvido pelas lentes de contato

gelatinosas. Não utilizar este medicamento com lentes de contato nos olhos.

PRECAUÇÕES: Deve-se considerar a possibilidade de infecções micóticas da córnea após administração

prolongada de esteróides. O uso prolongado de quaisquer antibióticos pode resultar no desenvolvimento de

microrganismos resistentes, inclusive fungos. No caso de superinfecção deve-se instituir a terapia adequada. O

paciente deve ser examinado com a ajuda de magnificação, tal como biomicroscopia por lâmpada de fenda e, se

necessário, por coloração com fluoresceína quando prescrições múltiplas forem necessárias, ou quando houver

indicação médica.

Pode ocorrer sensibilidade cruzada a outros antibióticos aminoglicosídeos; caso ocorra hipersensibilidade a este

produto, interromper o uso e instituir terapia apropriada.

Bula Profissional da Saúde _ Tobramicina 0,3% + dexametasona 0,1%

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CARCINOGÊNESE, MUTAGÊNESE E DIMINUIÇÃO DA FERTILIDADE: Não foram realizados

estudos para avaliar o potencial carcinogênico ou mutagênico. Nenhuma diminuição da fertilidade foi observada

em estudos com ratos administrados com tobramicina em doses de 50 e 100 mg/kg/dia por via subcutânea.

GRAVIDEZ: CATEGORIA C: Em estudos com animais descobriu-se que os corticosteróides são

teratogênicos. A administração ocular de dexametasona 0,1% resultou em 15,6% e 32,3% de incidência de

anormalidades fetais em dois grupos de coelhas prenhes. Foram observados atraso no crescimento fetal e

aumento nas taxas de mortalidade na terapia crônica com dexametasona em ratos. Estudos de reprodução foram

realizados em ratos e coelhos com doses de tobramicina de até 100mg/kg/dia por via parenteral e não houve

evidências de diminuição da fertilidade ou dano ao feto. Não existem estudos adequados e bem controlados em

mulheres grávidas. Tobramicina 0,3% + dexametasona 0,1% Suspensão Oftálmica não deve ser usado por

mulheres grávidas, a menos que seu uso seja indispensável e os benefícios superem os riscos potenciais para o

feto. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do

cirurgião-dentista.

LACTANTES: Corticosteróides administrados por via sistêmica aparecem no leite humano e podem suprimir o

crescimento, interferir na produção endógena de corticosteróides ou causar outros efeitos adversos. Não se sabe

se a administração tópica de corticosteróides pode resultar em absorção sistêmica suficiente para produzir

quantidades detectáveis no leite humano. Como muitas drogas são excretadas no leite humano, recomenda-se ter

cuidado quando Tobramicina 0,3% + dexametasona 0,1% Suspensão Oftálmica for administrado a uma mulher

lactante.

CRIANÇAS: Não foram determinadas a segurança e a eficácia do uso em crianças com menos de 2 anos de

idade. O risco de aumento da pressão intraocular induzida por corticosteróide pode ser maior em crianças e pode

ocorrer mais cedo do que em adultos.

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

Não há interações conhecidas quando a tobramicina é aplicada topicamente no olho. Os corticóides podem

potencializar a atividade dos barbituratos e antidepressivos tricíclicos e diminuir a atividade de

anticolinesterásicos, salicilatos e anticoagulantes. A relevância específica destas observações em relação à

administração oftálmica não foi estudada.

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

Armazene o frasco de Tobramicina 0,3% + dexametasona 0,1% Suspensão Oftálmica em temperatura ambiente

entre 15º e 30ºC. A validade do produto é de 24 meses.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem. Não use medicamento com o prazo de

validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original. Após aberto, válido por 28 dias. Tobramicina

0,3% + dexametasona 0,1% Suspensão Oftálmica é uma suspensão de aparência branca a amarelo clara. Antes

de usar, observe o aspecto do medicamento. Todo o medicamento deve ser mantido fora do alcance das

crianças.

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

AGITAR BEM ANTES DE USAR. Instilar 1 ou 2 gotas no saco conjuntival a cada 4 a 6 horas. Durante as 24 a

48 horas iniciais, a dose pode ser aumentada para uma ou duas gotas a cada 2 horas. A frequência deve ser

gradativamente diminuída com a melhoria dos sintomas. Deve-se ter o cuidado de não interromper o tratamento

prematuramente. Não mais que 20 ml devem ser prescritos inicialmente e a prescrição não deve ser repetida sem

que o paciente seja novamente examinado pelo médico. Para evitar possível contaminação do frasco, mantenha a

ponta do frasco longe do contato com qualquer superfície.

9. REAÇÕES ADVERSAS

Assim como qualquer medicamento, podem ocorrer reações indesejáveis com a aplicação de Tobramicina 0,3%

+ dexametasona 0,1% Suspensão oftálmica. As seguintes reações adversas são classificadas de acordo com a

seguinte convenção: muito comum (ocorre em 10% dos pacientes que utilizam este medicamento), comum

(ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento), incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos

pacientes que utilizam este medicamento), rara (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizam este

medicamento), ou muito rara (ocorre em menos de 0,01% dos pacientes que utilizam este medicamento). Dentro

de cada um-grupo de frequência, as reações adversas são apresentadas por ordem decrescente de gravidade.

Distúrbios oculares Incomum: aumento da pressão intraocular, dor nos

olhos, coceira nos olhos, desconforto nos olhos,

irritação nos olhos

Raro: inflamação da córnea, alergia nos olhos, visão

Bula Profissional da Saúde _ Tobramicina 0,3% + dexametasona 0,1%

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borrada, olho seco, vermelhidão nos olhos

Distúrbios gastrointestinais Raro: diminuição do senso do paladar

Outras reações adversas identificadas a partir da vigilância pós-comercialização, incluem o seguinte (as

frequências não puderam ser estimadas a partir dos dados disponíveis):

Distúrbios oculares Inchaço e vermelhidão na pálpebra, dilatação da pupila,

aumento do lacrimejamento

Distúrbio do sistema imune Hipersensibilidade (alergia)

Distúrbios gastrointestinais Náusea, desconforto abdominal

Distúrbios do sistema nervoso Tontura e dor de cabeça

Doenças de pele e tecidos subcutâneos Inflamação da pele, inchaço na face e coceira

Em caso de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária - NOTIVISA,

disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm , ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou

Municipal.

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.