Bula do Topiramato produzido pelo laboratorio Medley Indústria Farmacêutica Ltda
para o Paciente com todas as informações sobre este medicamento
topiramato
Medley Indústria Farmacêutica Ltda.
Comprimidos revestidos
25 mg, 50 mg, 100 mg
Medicamento Genérico, Lei nº 9.787, de 1999
APRESENTAÇÃO
Comprimidos revestidos de 25 mg, 50 mg e 100 mg: embalagem com 60 comprimidos.
USO ORAL
USO ADULTO E PEDIÁTRICO
COMPOSIÇÃO
Cada comprimido revestido contém:
topiramato.........................................25 mg
excipientes q.s.p................................1 comprimido
(lactose monoidratada, celulose microcristalina, amido pré-gelatinizado, croscarmelose sódica, estearato
de magnésio, hipromelose, dióxido de titânio, polietilenoglicol).
topiramato.........................................50 mg
excipiente q.s.p..................................1 comprimido
de magnésio, hipromelose, dióxido de titânio, macrogol, óxido de ferro amarelo).
topiramato.........................................100 mg
INFORMAÇÕES AO PACIENTE
O topiramato é indicado em monoterapia tanto em pacientes com epilepsia recentemente diagnosticada
como em pacientes que recebiam terapia adjuvante e serão convertidos à monoterapia.
O topiramato é indicado, para adultos e crianças, como adjuvante no tratamento de crises epilépticas
parciais, com ou sem generalização secundária e crises tônico-clônicas generalizadas primárias.
O topiramato é indicado, também, para adultos e crianças como tratamento adjuvante das crises
associadas à Síndrome de Lennox-Gastaut.
O topiramato é indicado, em adultos, como tratamento profilático da enxaqueca. O uso de topiramato para
o tratamento agudo da enxaqueca não foi estudado.
O topiramato é um medicamento anticonvulsivante, com múltiplos mecanismos de ação, eficaz no
tratamento da epilepsia e na profilaxia da enxaqueca. O topiramato influencia vários processos químicos
no cérebro, reduzindo a hiperexcitabilidade de células nervosas, que pode causar crises epilépticas e
crises de enxaqueca.
Para o tratamento em pacientes recém diagnosticados com epilepsia que só tomam topiramato ou que
passarão a tomar somente o topiramato, o efeito terapêutico foi observado dentro de 2 semanas de
tratamento.
Na terapia associada a outros medicamentos em adultos e crianças com convulsões parciais ou
generalizadas tônico-clônicas, o efeito terapêutico foi observado nas primeiras quatro semanas de
Para a prevenção de enxaqueca em adultos, o efeito terapêutico foi observado dentro do primeiro mês
após início do tratamento.
Você não deve tomar este medicamento se for alérgico ao topiramato ou a qualquer ingrediente do
produto. Não deve ser administrado durante a gravidez.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe
imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.
Avise seu médico sobre problemas de saúde ou alergias que você tem ou teve no passado.
Informe ao seu médico se você tem ou teve pedras nos rins. Ele deverá recomendar que você ingira muito
líquido enquanto estiver se tratando com topiramato. Informe seu médico se você apresentar problemas de
visão e/ou dor nos olhos.
Interrupção do tratamento com topiramato
Nos pacientes com ou sem histórico de crises epilépticas ou epilepsia, as drogas antiepilépticas incluindo
o topiramato devem ser gradativamente descontinuadas, para minimizar a possibilidade de crises
epilépticas ou aumento da frequência de crises epilépticas.
Não interromper o tratamento sem o conhecimento do seu médico. Verifique sempre se você tem a
quantidade necessária de comprimidos e nunca deixe que faltem.
Nas situações onde a retirada rápida de topiramato é por solicitação médica, seu médico deverá realizar
monitoração apropriada.
Insuficiência renal
A principal via de eliminação do topiramato e seus metabólitos é através dos rins. A eliminação pelos rins
é dependente da função renal e independe da idade. Pacientes com insuficiência renal moderada ou grave
podem levar de 10 a 15 dias para atingir as concentrações plasmáticas no estado de equilíbrio, em
comparação com o período de 4 a 8 dias, observado em pacientes com função renal normal.
Em todos os pacientes, a titulação da dose deverá ser orientada pelo resultado clínico (isto é, controle das
crises, evitando efeitos colaterais), considerando-se que indivíduos sabidamente portadores de
insuficiência renal poderão precisar de um tempo mais longo para alcançar o estado de equilíbrio, a cada
dose.
Informe ao seu médico se você tem ou teve problemas renais.
Hidratação
Diminuição e ausência da transpiração foram reportadas em associação com o uso de topiramato. A
diminuição da transpiração e o aumento da temperatura corpórea podem ocorrer especialmente em
crianças jovens expostas ao calor.
A hidratação adequada durante o uso de topiramato é muito importante. A hidratação pode reduzir o risco
de pedras nos rins. Ingerir líquidos antes e durante atividades como exercícios físicos ou exposição a
temperaturas elevadas pode reduzir o risco de eventos adversos relacionados ao calor.
Transtornos do humor/Depressão
Um aumento na incidência de transtornos do humor e depressão tem sido observado durante o tratamento
com topiramato. Informe ao seu médico se você apresentar alterações de humor ou depressão.
Ideação suicida
O uso de medicamentos para tratar a epilepsia, inclusive topiramato, aumenta o risco de pensamentos ou
comportamentos suicidas em pacientes que utilizam estes medicamentos para qualquer indicação. O
mecanismo para este risco não é conhecido.
Se em algum momento você tiver pensamentos ou comportamentos suicidas, entre em contato com
seu médico imediatamente.
Cálculos renais (nefrolitíase)
Alguns pacientes, especialmente aqueles com predisposição à formação de cálculos renais, podem ter
risco aumentado de formação de cálculo renal e sinais e sintomas associados, tais como cólica renal, dor
renal e dor em flanco (dor na lateral do abdômen).
Fatores de risco de cálculos renais incluem antecedentes de cálculo renal, histórico familiar de nefrolitíase
e hipercalciúria (nível elevado de cálcio na urina). Nenhum desses fatores de risco pode antecipar com
certeza a formação de cálculo durante tratamento com topiramato. Além disso, pacientes utilizando outros
medicamentos associados à possibilidade de ocorrência de nefrolitíase podem ter um risco aumentado.
Informe ao seu médico se você tem ou teve pedras nos rins, ou se há histórico familiar de cálculo renal.
Função hepática diminuída
Este medicamento deve ser administrado com cuidado em pacientes com insuficiência hepática, uma vez
que a depuração do topiramato pode estar reduzida neste grupo de pacientes.
Miopia aguda e glaucoma agudo de ângulo fechado secundário
Uma síndrome consistindo de miopia aguda e glaucoma agudo de ângulo fechado secundário tem sido
relatada em pacientes em uso de topiramato. Os sintomas incluem início agudo de redução da acuidade
visual e/ou dor ocular.
Achados oftalmológicos podem incluir miopia, redução da câmara anterior, hiperemia ocular
(vermelhidão) e aumento da pressão intraocular. Midríase (dilatação da pupila) pode ou não estar
presente. Os sintomas ocorrem, caracteristicamente, no primeiro mês após o início do tratamento com
topiramato. Ao contrário do glaucoma de ângulo fechado primário, que é raro em pessoas com menos de
40 anos, o glaucoma agudo de ângulo fechado secundário associado com topiramato tem sido relatado
tanto em pacientes pediátricos como adultos. O tratamento inclui a interrupção do topiramato, o mais
rápido possível de acordo com a avaliação do médico, e medidas apropriadas para reduzir a pressão
intraocular. Estas medidas geralmente resultam na redução da pressão intraocular. Elevada pressão
intraocular de qualquer natureza, se não for tratada, pode acarretar em graves sequelas, incluindo perda
permanente da visão.
Informe seu médico se você apresentar problemas de visão, redução da acuidade visual, miopia,
vermelhidão e/ou dor nos olhos.
Acidose metabólica
Hipercloremia (aumento de cloro no sangue), hiato não aniônico, acidose metabólica (isto é, redução do
bicarbonato sérico abaixo do intervalo de referência normal na ausência de alcalose respiratória) estão
associados ao tratamento com topiramato. A redução no bicarbonato ocorre geralmente no início do
tratamento, mas pode ocorrer ao longo da duração do tratamento. Dependendo das condições de base,
recomenda-se avaliação adequada, incluindo níveis de bicarbonato sérico, durante o tratamento com
topiramato. Se a acidose metabólica (acidez do sangue) ocorrer e persistir, deve-se considerar redução da
dose ou interrupção do topiramato (usando redução gradual da dose).
Suplementação nutricional
Informe seu médico se você perder peso durante o tratamento com este medicamento, para que ele possa
considerar a suplementação da dieta ou o aumento da ingestão de alimentos.
Efeito sobre a capacidade de dirigir veículos e operar máquinas
O topiramato age sobre o sistema nervoso central, podendo produzir sonolência, tontura ou outros
sintomas relacionados. Isto pode causar distúrbios visuais e/ou visão turva. Tais reações podem ser
potencialmente perigosas para pacientes dirigindo veículos ou operando máquinas.
Certifique-se de que o medicamento não altera seu estado de alerta antes de você dirigir, operar máquinas
ou executar tarefas que podem ser perigosas, caso você não esteja atento.
Gravidez e Amamentação
Informe ao seu médico a ocorrência de gravidez na vigência do tratamento ou após o seu término. Seu
médico decidirá se você poderá tomar topiramato. Como qualquer outro anticonvulsivante, há um risco
para o feto se você estiver usando este medicamento durante a gravidez. Informar ao médico se está
amamentando.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe
imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.
Atenção: este medicamento contém açúcar, portanto, deve ser usado com cautela em portadores de
diabetes.
Interações medicamentosas
Avise seu médico a respeito de outros medicamentos que você esteja tomando, inclusive aqueles que você
comprou sem receita médica e quaisquer outros remédios ou suplementos dietéticos que você esteja
usando. É muito importante que seu médico saiba se você está tomando digoxina, anticoncepcionais orais,
metformina ou quaisquer outras drogas antiepilépticas, como fenitoína, carbamazepina, ácido valproico,
fenobarbital e primidona. Você também deve informá-lo caso ingira bebidas alcoólicas ou esteja tomando
drogas que diminuem a atividade do sistema nervoso (depressores do sistema nervoso central), por
exemplo, anti-histamínicos, remédios contra insônia, antidepressivos, calmantes, narcóticos, barbitúricos
ou analgésicos.
- Efeitos do topiramato sobre outras drogas antiepilépticas
A associação de topiramato a outras drogas antiepilépticas (fenitoína, carbamazepina, ácido valproico,
fenobarbital, primidona) não afeta suas concentrações plasmáticas no estado de equilíbrio, exceto,
ocasionalmente, em alguns pacientes, em que a adição de topiramato à fenitoína poderá resultar em
aumento das concentrações plasmáticas de fenitoína. Isto se deve possivelmente à inibição de uma enzima
(CYP2C19) que elimina a fenitoína do sangue. Consequentemente deverá ser realizada dosagem do nível
plasmático de fenitoína em qualquer paciente em tratamento com fenitoína que apresente sinais ou
sintomas de toxicidade.
- Efeitos de outras drogas antiepilépticas sobre topiramato
A fenitoína e a carbamazepina diminuem as concentrações plasmáticas do topiramato. A adição ou
descontinuação da fenitoína ou da carbamazepina ao tratamento com este medicamento poderá requerer
um ajuste de dose deste último. A titulação da dose deverá ser realizada de acordo com o efeito clínico.
Tanto a adição quanto a retirada do ácido valproico não produzem mudanças clinicamente significativas
nas concentrações plasmáticas de topiramato e, portanto, não exigem ajuste da dose deste medicamento.
Os resultados destas interações estão resumidos na tabela a seguir.
DAE coadministrada Concentração da DAE Concentração de topiramato
fenitoína ↔** ↓ (48%)
carbamazepina ↔ ↓ (40%)
ácido valproico ↔ ↔
lamotrigina ↔ ↔
fenobarbital ↔ NE
primidona ↔ NE
↔ = sem efeito sobre as concentrações plasmáticas (alteração ≤ 15%)
** = concentrações plasmáticas aumentadas em alguns pacientes
↓ = diminuição das concentrações plasmáticas
NE = não estudado
DAE = droga antiepiléptica
- Outras interações medicamentosas
Digoxina: quando o topiramato for associado ou descontinuado em pacientes submetidos a tratamento
com a digoxina, recomenda-se atenção à monitoração rotineira e cuidadosa das concentrações no soro de
digoxina.
Anticoncepcionais orais: a possibilidade de redução da eficácia do contraceptivo e aumento no
sangramento de escape deve ser considerada em pacientes em uso de contraceptivos orais combinados e
topiramato. Informe seu médico se você faz uso de contraceptivos orais contendo estrogênios e apresentar
qualquer alteração em seus padrões menstruais. A eficácia contraceptiva pode ser reduzida, mesmo na
ausência de sangramento de escape.
Lítio: em voluntários saudáveis, foi observada uma redução (18% para ASC) na exposição sistêmica para
o lítio durante a administração concomitante com topiramato 200 mg/dia. Nos pacientes com transtorno
bipolar, a farmacocinética do lítio não foi afetada durante o tratamento com topiramato em doses de 200
mg/dia; entretanto, foi observado aumento na exposição sistêmica (26% para ASC) depois de doses do
topiramato de até 600 mg/dia. Os níveis do lítio devem ser monitorados quando coadministrados com
topiramato.
Risperidona: os estudos de interação droga-droga conduzidos sob condições de dose única e múltipla em
voluntários saudáveis e em pacientes com transtorno bipolar atingiram resultados similares. Quando
administrado concomitantemente com topiramato em doses escalonadas de 100, 250 e 400 mg/dia houve
uma redução na exposição sistêmica (16% e 33% para ASC no estado de equilíbrio nas doses de 250 e
400 mg/dia, respectivamente) da risperidona (administrada em doses que variando de 1 a 6 mg/dia) .
Alterações mínimas na farmacocinética do total de partes ativas (risperidona mais 9-hidroxirisperidona) e
nenhuma alteração para 9-hidroxirisperidona foram observadas. Não houve mudança clinicamente
significativa na exposição sistêmica do total de partes ativas da risperidona ou do topiramato; portanto,
não é provável que esta interação tenha significância clínica.
Hidroclorotiazida: um estudo de interação medicamentosa conduzido em voluntários sadios avaliou a
farmacocinética no estado estacionário da hidroclorotiazida (25 mg a cada 24 horas) e do topiramato (96
mg a cada 12 horas) quando administrados isolados ou concomitantemente. Os resultados deste estudo
indicaram que a Cmáx do topiramato aumentou 27% e a ASC aumentou 29% quando a hidroclorotiazida
foi associada ao topiramato. A significância clínica desta alteração é desconhecida. A associação de
hidroclorotiazida ao tratamento com topiramato pode precisar de um ajuste da dose do topiramato. A
farmacocinética da hidroclorotiazida no estado estacionário não foi influenciada significativamente pela
administração concomitante do topiramato. Os resultados laboratoriais clínicos indicaram redução no
potássio sérico após administração do topiramato ou da hidroclorotiazida, sendo maior quando a
hidroclorotiazida e o topiramato foram administrados em combinação.
Metformina: quando topiramato é administrado ou retirado em pacientes tratados com metformina, deve-
se dar atenção especial à monitorização rotineira para um controle adequado do diabetes.
Pioglitazona: quando topiramato é associado ao tratamento com pioglitazona ou pioglitazona é associada
ao tratamento com topiramato , deve-se dar atenção especial à monitorização rotineira dos pacientes para
um controle adequado do diabetes.
Gliburida: quando o topiramato é adicionado à terapia da gliburida ou a gliburida é adicionada a terapia
do topiramato, deve dar atenção especial à monitorização rotineira dos pacientes para um controle
adequado do diabetes.
- Outras Formas de Interação:
Agentes que predispõem ao cálculo renal (nefrolitíase)
Este medicamento pode aumentar o risco de nefrolitíase em pacientes em uso concomitante de outros
agentes que predispõem à nefrolitíase. Durante o tratamento com o topiramato, tais agentes deverão ser
evitados, uma vez que eles criam um ambiente fisiológico que aumenta o risco de formação de cálculo
renal.
Ácido valproico
A administração concomitante do topiramato e do ácido valproico foi associada com hiperamonemia
(aumento da amônia no sangue) com ou sem encefalopatia nos pacientes que toleraram uma ou outra
droga isolada. Na maioria dos casos, os sintomas e os sinais cessaram com a descontinuação de uma ou
outra droga. Este evento adverso não é devido a uma interação farmacocinética. Uma associação de
hiperamonemia com monoterapia do topiramato ou do tratamento concomitante com outros
antiepilépticos não foi estabelecida.
Hipotermia, definida como queda não intencional da temperatura corpórea para < 35º C, foi relatada em
associação com o uso concomitante de topiramato e ácido valproico, ambos em conjunto com
hiperamonemia e na ausência de hiperamonemia. Esse evento adverso em pacientes usando
concomitantemente topiramato e ácido valproico pode ocorrer após o início do tratamento com
topiramato ou após o aumento da dose diária de topiramato.
Estudos adicionais de interação medicamentosa farmacocinética: estudos clínicos foram conduzidos
para avaliar a interação medicamentosa farmacocinética potencial entre o topiramato e outros agentes. As
alterações na Cmáx ou na ASC, como resultado das interações, estão descritas a seguir. A segunda coluna
(concentração do fármaco concomitante) descreve o que acontece com a concentração do fármaco
concomitante listado na primeira coluna quando topiramato é associado. A terceira coluna (concentração
do topiramato) menciona como a coadministração do fármaco listado na primeira coluna modifica a
concentração do topiramato.
Resumo dos resultados dos estudos adicionais de interação medicamentosa farmacocinética
Fármaco
concomitante
Concentração do fármaco
concomitantea Concentração do topiramatoa
amitriptilina
↔
20% de aumento na Cmáx e na ASC
do metabólito nortriptilina NS
di-hidroergotamina
(oral e subcutânea)
↔ ↔
haloperidol
31% de aumento na ASC do
metabólito reduzido
NS
propranolol
17% de aumento na Cmáx para 4-
hidroxipropranolol (50 mg de
topiramato a cada 12 horas)
9% e 16% de aumento na Cmáx, 9% e 17%
de aumento na ASC (40 mg e 80 mg de
propranolol a cada 12 horas,
respectivamente)
sumatriptana (oral e
subcutâneo)
↔ NS
pizotifeno ↔ ↔
diltiazem
25% de diminuição na ASC do
diltiazem e 18% de diminuição na
DEA, e ↔ para DEM*
20% de aumento na ASC
venlafaxina ↔ ↔
flunarizina
16% de aumento na ASC (50 mg
de topiramato a cada 12 horas)b
a
Os valores % são as variações na Média da Cmáx ou ASC do tratamento em relação a monoterapia
↔ = sem efeito sobre a Cmáx e ASC (alteração ≤ 15%) do componente originário
NS = não estudado
*DEA = des acetil diltiazem, DEM = N-demetil diltiazem
b
A ASC da flunarizina aumentou 14% em indivíduos com uso isolado de flunarizina. O aumento na
exposição pode ser atribuído ao acúmulo durante o estado de equilíbrio.
Interação com álcool e depressores do SNC
Não houve avaliação nos estudos clínicos, da administração concomitante de topiramato e álcool ou
outras drogas depressoras do SNC.
Não ingira bebidas alcoólicas durante o tratamento com topiramato, pois a combinação dos dois pode
provocar sonolência e tontura.
Interação com alimentos
O topiramato pode ser tomado com ou sem alimentos.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.
O topiramato deve ser mantido em temperatura ambiente (entre 15 e 30ºC).
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Características do medicamento
Este medicamento se apresenta na forma de:
- topiramato de 25 mg: comprimido revestido branco, redondo, biconvexo, com a gravação “AHI” em
uma das faces e liso na outra.
- topiramato de 50 mg: comprimido revestido amarelo claro, redondo, biconvexo, com a gravação “AHI”
em uma das faces e liso na outra.
- topiramato de 100 mg: comprimido revestido amarelo escuro, redondo, biconvexo, com a gravação
“AHI” em uma das faces e liso na outra.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você
observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Em geral, o topiramato deve ser tomado duas vezes ao dia. Contudo, seu médico poderá recomendar que
você tome o medicamento uma vez ao dia, ou em doses maiores ou menores.
Seu médico começará o tratamento com uma dose baixa, aumentando-a gradativamente, até atingir a dose
adequada ao controle de sua epilepsia. Tome os comprimidos com bastante água, sem parti-los, triturá-los
ou mastigá-los. Se preferir, você pode tomar topiramato junto às refeições. Se, acidentalmente, você
tomar uma dose muito grande de topiramato, procure imediatamente o seu médico.
Em crianças, o tratamento é iniciado com uma dose baixa que é aumentada gradativamente até atingir a
dose ótima para controle das crises epilépticas.
Para o controle ideal, tanto em adultos como em crianças, recomenda-se iniciar o tratamento com uma
dose baixa, seguida de titulação até uma dose eficaz. Recomenda-se não partir os comprimidos.
Não é necessário monitorar as concentrações plasmáticas de topiramato para otimizar o tratamento com
este medicamento
Raramente, o tratamento concomitante com fenitoína poderá exigir o ajuste de dose da fenitoína para que
resultados clínicos ótimos sejam alcançados. A adição ou retirada da fenitoína e da carbamazepina do
tratamento coadjuvante com topiramato poderá exigir o ajuste da dose do topiramato.
Este medicamento pode ser administrado com ou sem alimentos.
• Tratamento adjuvante em epilepsia
Adultos
A dose mínima eficaz é 200 mg ao dia. Em geral, a dose total diária varia de 200 mg a 400 mg, dividida
em duas tomadas. Alguns pacientes eventualmente poderão necessitar de doses de até 1600 mg por dia,
que é a dose máxima. Recomenda-se que o tratamento seja iniciado com uma dose baixa, seguida por
uma titulação da dose até que se chegue à dose adequada.
O tratamento deve ser iniciado com 25-50 mg, administrados à noite, durante uma semana.
Posteriormente, a intervalos de 1 ou 2 semanas, a dose deverá ser aumentada de 25 a 50 mg/dia e dividida
em duas tomadas. A titulação da dose deverá ser orientada pelos resultados clínicos. Alguns pacientes
poderão obter eficácia com uma dose única diária.
Essas recomendações posológicas se aplicam a todos os pacientes adultos, incluindo idosos, desde que
não haja doença renal subjacente. Porém, nos pacientes sob tratamento com hemodiálise, há necessidade
de uma dose suplementar.
Crianças acima de 2 anos de idade
A dose total diária de topiramato recomendada para crianças é de 5 a 9 mg/kg/dia, dividida em duas
tomadas. A titulação deve ser iniciada com 25 mg (ou menos, baseado na faixa de 1 a 3 mg/kg/dia)
administrados à noite, durante a primeira semana. Posteriormente, a dose deve ser aumentada em 1 a 3
mg/kg/dia (dividida em duas tomadas), à intervalos de 1 ou 2 semanas, até alcançar uma resposta clínica
ótima. A titulação de dose deve ser orientada pela resposta clínica.
Doses diárias de até 30 mg/kg/dia foram bem toleradas nos estudos realizados.
• Monoterapia em epilepsia
Quando drogas antiepilépticas concomitantes são retiradas a fim de manter o tratamento com topiramato
em monoterapia, deve-se considerar os efeitos que isto pode ter sobre o controle das crises. Exceto por
razões de segurança que exijam uma retirada abrupta das outras drogas antiepilépticas, recomenda-se a
descontinuação gradual com redução de aproximadamente um terço da dose a cada 2 semanas.
Quando fármacos indutores enzimáticos são retirados, os níveis plasmáticos de topiramato irão aumentar.
Uma diminuição da dose de topiramato pode ser necessária, se for clinicamente indicado.
A titulação da dose deve ser iniciada com 25 mg, administrado à noite, por uma semana. Então, a dose
deve ser aumentada em 25 ou 50 mg ao dia, a intervalos de 1 ou 2 semanas, dividida em duas tomadas. Se
o paciente for incapaz de tolerar o esquema de titulação, aumentos menores ou intervalos mais longos
entre os aumentos da dose podem ser usados. A dose e a velocidade de titulação devem ser orientadas
pelo resultado clínico.
Em adultos, a dose alvo inicial recomendada para o topiramato em monoterapia é de 100 mg/dia e a dose
diária máxima recomendada é 500 mg. Alguns pacientes com formas refratárias de epilepsia toleraram
doses de 1000 mg/dia de topiramato em monoterapia. Estas recomendações aplicam-se a todos os adultos,
incluindo idosos sem doença renal subjacente.
Crianças
Em crianças acima de 2 anos de idade a dose inicial varia de 0,5 a 1 mg/kg, à noite, durante uma semana.
A seguir a dose deve ser aumentada em 0,5 a 1 mg/kg/dia à intervalos de 1 a 2 semanas, dividida em duas
tomadas. Se a criança for incapaz de tolerar o esquema de titulação da dose, aumentos menores ou
intervalos maiores entre os aumentos da dose podem ser usados. A dose e a velocidade da titulação
devem ser orientadas pelo resultado clínico. A dose-alvo inicial recomendada para o topiramato em
monoterapia em crianças é de 3 a 6 mg/kg/dia. Crianças com crises de início parcial de diagnóstico
recente receberam doses de até 500 mg/dia.
• Enxaqueca
O tratamento deve ser iniciado com 25 mg à noite durante 1 semana. A dose deve então ser aumentada
em 25 mg/dia, uma vez por semana. Se o paciente for incapaz de tolerar o esquema de gradação,
intervalos maiores entre os ajustes de dose podem ser usados.
A dose total diária de topiramato recomendada na profilaxia de enxaqueca é 100 mg/dia, dividida em duas
tomadas. Alguns pacientes podem se beneficiar de uma dose diária total de 50 mg. Pacientes receberam
dose diária total de até 200 mg/dia. A dose e a velocidade de gradação devem ser orientadas pelo
resultado clínico.
• Populações especiais
Insuficiência renal
Pacientes com insuficiência renal moderada e grave podem necessitar de uma redução de dose. É
recomendada a administração de metade da dose usual de início e de manutenção.
Hemodiálise
O topiramato é removido do plasma por hemodiálise, uma dose suplementar deste medicamento igual à
aproximadamente metade da dose diária deverá ser administrada nos dias de hemodiálise. Esta dose
suplementar deverá ser dividida em duas tomadas, ao início e ao término da hemodiálise. A dose
suplementar poderá ser ajustada dependendo das características do equipamento de diálise que estiver
sendo utilizado.
Insuficiência hepática
O topiramato deve ser administrado com cautela em pacientes com insuficiência hepática.
Pacientes idosos: as doses recomendadas são válidas também para pacientes idosos. Não há necessidade
de ajuste das doses, desde que esses pacientes não tenham doença nos rins.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do
tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.
Se você se esquecer de tomar uma dose, tome-a assim que se lembrar. Porém, se estiver perto da hora de
tomar a próxima dose, não tome a dose que você esqueceu e continue o tratamento normalmente.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.
Dados de estudos clínicos
Dados de estudos duplo-cegos, controlados por placebo, de terapia adjuvante para epilepsia –
Pacientes adultos.
As Reações Adversas a Medicamentos (RAMs) relatadas em ≥ 1% dos pacientes adultos tratados com o
topiramato em estudos duplo-cegos, controlados por placebo de terapia adjuvante para epilepsia são
apresentadas na Tabela 1. As RAMs com incidência > 5% no intervalo de dose recomendado (200 a 400
mg/dia) em adultos em estudos duplo-cegos, controlados por placebo de terapia adjuvante para epilepsia
em ordem decrescente de frequência incluíram sonolência, tontura, fadiga, irritabilidade, perda de peso,
bradipsiquismo (lentificação do pensamento), parestesia (formigamento), diplopia (visão dupla),
coordenação anormal, náusea, nistagmo, letargia, anorexia, disartria (dificuldade para falar), visão turva,
diminuição do apetite, comprometimento de memória e diarreia.
Tabela 1: Reações adversas a medicamentos relatadas por ≥ 1% dos pacientes adultos tratados
com topiramato em estudos duplo-cegos, controlados por placebo de terapia adjuvante
para epilepsia
Classe de Sistema/Órgão
Reação Adversa
topiramato
200-400
mg/dia
(N=354)
%
600-1.000
(N=437)
Placebo
(N=382)
Distúrbios do Metabolismo e da Nutrição
Anorexia 5,4 6,2 1,8
Diminuição do apetite 5,1 8,7 3,7
Transtornos Psiquiátricos
Bradipsiquismo 8,2 19,5 3,1
Transtorno de linguagem expressiva 4,5 9,4 1,6
Estado confusional 3,1 5,0 0,8
Depressão 3,1 11,7 3,4
Insônia 3,1 6,4 4,5
Agressão 2,8 3,2 1,8
Agitação 1,7 2,3 1,3
Raiva 1,7 2,1 0,5
Ansiedade 1,7 6,6 2,9
Desorientação 1,7 3,2 1,0
Humor alterado 1,7 4,6 1,0
Transtornos do Sistema Nervoso
Sonolência 17,8 17,4 8,4
Tontura 16,4 34,1 13,6
Parestesia 8,2 17,2 3,7
Coordenação anormal 7,1 11,4 4,2
Nistagmo 6,2 11,7 6,8
Letargia 5,6 8,0 2,1
Disartria 5,4 6,2 1,0
Comprometimento da memória 5,1 10,8 1,8
Distúrbio de atenção 4,5 11,9 1,8
Tremor 4,0 9,4 5,0
Amnésia 3,4 5,3 1,0
Distúrbio do equilíbrio 3,4 3,9 2,4
Hipoestesia 3,1 5,9 1,0
Tremor intencional 3,1 4,8 2,9
Disgeusia (alteração do paladar) 1,4 4,3 0,8
Comprometimento mental 1,4 5,0 1,3
Distúrbio da fala 1,1 2,7 0,5
Distúrbios Oftalmológicos
Diplopia (visão dupla) 7,3 12,1 5,0
Visão turva 5,4 8,9 2,4
Distúrbio visual 2,0 1,4 0,3
Distúrbios Gastrintestinais
Náusea 6,8 15,1 8,4
Diarreia 5,1 14,0 5,2
Dor abdominal superior 3,7 3,9 2,1
Constipação 3,7 3,2 1,8
Desconforto estomacal 3,1 3,2 1,3
Dispepsia 2,3 3,0 2,1
Boca seca 1,7 3,7 0,3
Dor abdominal 1,1 2,7 0,8
Distúrbios do Tecido Musculoesquelético e do Tecido
Conjuntivo
Mialgia 2,0 2,5 1,3
Espasmos musculares 1,7 2,1 0,8
Dor torácica musculoesquelética 1,1 1,8 0,3
Distúrbios Gerais e Condições no
Local da Administração
Fadiga 13,0 30,7 11,8
Irritabilidade 9,3 14,6 3,7
Astenia 3,4 3,0 1,8
Distúrbio da marcha 1,4 2,5 1,3
Investigações
Perda de peso 9,0 11,9 4,2
A dose recomendada para a terapia adjuvante de epilepsia em adultos é de 200-400 mg/dia.
Pacientes pediátricos
As RAMs relatadas em > 2% dos pacientes pediátricos tratados com o topiramato (2 a 16 anos de idade)
em estudos duplo-cegos, controlados por placebo de terapia adjuvante para epilepsia são apresentadas na
Tabela 2. As RAMs com incidência > 5% no intervalo de dose recomendado (5 a 9 mg/kg/dia) em ordem
decrescente de frequência incluíram diminuição do apetite, fadiga, sonolência, letargia, irritabilidade,
distúrbio de atenção, perda de peso, agressão, erupção cutânea, comportamento anormal, anorexia,
distúrbio do equilíbrio e constipação.
Tabela 2: Reações adversas a medicamentos relatadas por ≥ 2% dos pacientes
pediátricos tratados com o topiramato em estudos duplo-cegos, controlados por
placebo de terapia adjuvante para epilepsia
(N=104)
(N=102)
Diminuição do apetite 19,2 12,7
Anorexia 5,8 1,0
Agressão 8,7 6,9
Comportamento anormal 5,8 3,9
Estado confusional 2,9 2,0
Humor alterado 2,9 2,0
Sonolência 15,4 6,9
Letargia 13,5 8,8
Distúrbio de atenção 10,6 2,0
Distúrbio do equilíbrio 5,8 2,0
Tontura 4,8 2,9
Comprometimento da memória 3,8 1,0
Distúrbios Respiratórios, Torácicos e
Mediastinais
Epistaxe 4,8 1,0
Constipação 5,8 4,9
Distúrbios do Tecido Cutâneo e Subcutâneo
Erupção cutânea 6,7 5,9
Distúrbios Gerais e Condições no Local da
Administração
Fadiga 16,3 4,9
Irritabilidade 11,5 8,8
Distúrbio da marcha 4,8 2,0
Perda de peso 9,6 1,0
A dose recomendada para a terapia adjuvante de epilepsia em crianças (2-16 anos de idade) é de 5 a 9
mg/kg/dia.
Dados dos estudos duplo-cegos, controlados e de monoterapia para epilepsia – Pacientes adultos
As RAMs relatadas em ≥ 1% dos pacientes adultos tratados com o topiramato em estudos duplo-cegos,
controlados e de monoterapia para epilepsia são apresentadas na Tabela 3. As RAMs que apresentaram
incidência > 5% na dose recomendada (400 mg/dia) em ordem decrescente de frequência incluíram
parestesia, perda de peso, fadiga, anorexia, depressão, comprometimento da memória, ansiedade, diarreia,
astenia, disgeusia e hipoestesia.
Tabela 3: Reações adversas a medicamentos relatadas por ≥ 1% dos pacientes adultos
tratados com o topiramato em estudos duplo-cegos, controlados de monoterapia
50 mg/dia
(N=257)
400 mg/dia
(N=153)
Distúrbios do Sangue e do Sistema Linfático
Anemia 0,8 2,0
Anorexia 3,5 12,4
Diminuição do apetite 2,3 2,6
Depressão 4,3 8,5
Ansiedade 3,9 6,5
Bradipsiquismo 2,3 4,6
Transtorno de linguagem expressiva 3,5 4,6
Humor depressivo 0,8 2,6
Humor alterado 0,4 2,0
Alterações de humor 1,6 2,0
Parestesia 18,7 40,5
Comprometimento da memória 1,2 7,2
Disgeusia 2,3 5,9
Hipoestesia 4,3 5,2
Distúrbio do equilíbrio 1,6 3,3
Disartria 1,6 2,6
Distúrbio cognitivo 0,4 2,0
Letargia 1,2 2,0
Comprometimento mental 0,8 2,0
Comprometimento das habilidades psicomotoras 0 2,0
Sedação 0 1,3
Alteração de campo visual 0,4 1,3
Olho seco 0 1,3
Distúrbios do Ouvido e do Labirinto
Dor de ouvido 0 1,3
Zumbido 1,6 1,3
Distúrbios Respiratórios, Torácicos e Mediastinais
Dispneia 1,2 2,0
Rinorreia 0 1,3
Diarreia 5,4 6,5
Parestesia oral 1,2 3,3
Boca seca 0,4 2,6
Gastrite 0,8 2,6
Dor abdominal 1,2 2,0
Doença do refluxo gastroesofágico 0,4 2,0
Sangramento gengival 0 1,3
Erupção cutânea 0,4 3,9
Alopecia 1,6 3,3
Prurido 0,4 3,3
Hipoestesia facial 0,4 2,0
Prurido generalizado 0 1,3
Distúrbios do Tecido Musculoesquelético e do
Tecido Conjuntivo
Espasmos musculares 2,7 3,3
Artralgia 1,9 2,0
Espasmos musculares involuntários 0,4 1,3
Distúrbios Renais e Urinários
Nefrolitíase 0 2,6
Disúria 0,8 2,0
Polaciúria 0,8 2,0
Distúrbios do Sistema Reprodutivo e das Mamas
Disfunção erétil 0,8 1,3
Fadiga 15,2 14,4
Astenia 3,5 5,9
Irritabilidade 3,1 3,3
Perda de peso 7,0 17,0
A dose recomendada para monoterapia em adultos é de 400 mg/dia
Dados de estudos duplo-cegos, controlados e de monoterapia para epilepsia – Pacientes pediátricos
As RAMs relatadas em ≥ 2% dos pacientes pediátricos tratados com o topiramato (10 a 16 anos de idade)
em estudos duplo-cegos, controlados e de monoterapia para epilepsia são apresentadas na Tabela 4. As
RAMs com incidência > 5% na dose recomendada (400 mg/dia) em ordem decrescente de frequência
incluíram perda de peso, parestesia, diarreia, distúrbio de atenção, pirexia, e alopecia.
Tabela 4: Reações adversas a medicamentos relatadas por ≥ 2% dos pacientes pediátricos
(N=77)
(N=63)
Diminuição do apetite 1,3 4,8
Bradipsiquismo 0 4,8
Humor alterado 1,3 4,8
Depressão 0 3,2
Parestesia 3,9 15,9
Distúrbio de atenção 3,9 7,9
Vertigem 0 3,2
DistúrbiosRespiratórios,Torácicos e Mediastinais
Epistaxe 0 3,2
Diarreia 3,9 9,5
Vômitos 3,9 4,8
Alopecia 0 6,3
Pirexia 0 6,3
Astenia 0 4,8
Perda de peso 7,8 20,6
Circunstâncias Sociais
Dificuldade de aprendizado 0 3,2
A dose recomendada para monoterapia em crianças de 10 anos ou mais é de 400 mg/dia.
Dados de estudos duplo-cegos, controlados por placebo, de profilaxia de enxaqueca – Pacientes
adultos
controlados por placebo de profilaxia de enxaqueca são apresentadas na Tabela 5. As RAMs com
incidência > 5% na dose recomendada (100 mg/dia) em ordem decrescente de frequência incluíram
parestesia, fadiga, náusea, diarreia, perda de peso, disgeusia, anorexia, diminuição do apetite, insônia,
hipoestesia, distúrbio de atenção, ansiedade, sonolência, e transtorno de linguagem expressiva.
Tabela 5: Reações adversas a medicamentos relatadas por ≥ 1% dos pacientes adultos
tratados com o topiramato em estudos duplo-cegos, controlados por placebo de
profilaxia de enxaqueca
(N=227)
100 mg/dia
(N=374)
200 mg/dia
(N=501)
(N=436)
Distúrbios do Metabolismo e da
Nutrição
Anorexia 3,5 7,5 7,2 3,0
Diminuição do apetite 5,7 7,0 6,8 3,0
Insônia 4,8 7,0 5,6 3,9
Ansiedade 4,0 5,3 5,0 1,8
Distúrbio de linguagem expressiva 6,6 5,1 5,2 1,4
Depressão 3,5 4,8 7,4 4,1
Humor depressivo 0,4 2,9 2,0 0,9
Estado confusional 0,4 1,6 2,0 1,1
Alterações de humor 1,8 1,3 1,0 0,2
Labilidade de afeto 0,4 1,1 0,2 0,2
Bradipsiquismo 1,8 1,1 3,4 1,4
Parestesia 35,7 50,0 48,5 5,0
Disgeusia 15,4 8,0 12,6 0,9
Hipoestesia 5,3 6,7 7,4 1,4
Distúrbio de atenção 2,6 6,4 9,2 2,3
Sonolência 6,2 5,1 6,8 3,0
Comprometimento da memória 4,0 4,5 6,2 1,6
Amnésia 3,5 2,9 5,2 0,5
Tremor 1,3 1,9 2,4 1,4
Distúrbio do equilíbrio 0,4 1,3 0,4 0
Comprometimento mental 0,4 1,1 1,8 0,9
Visão turva 4,0 2,4 4,4 2,5
Zumbido 0,4 1,3 1,6 0,7
Dispneia 1,3 2,7 1,6 1,4
Epistaxe 0,4 1,1 0,6 0,5
Náusea 9,3 13,6 14,6 8,3
Diarreia 9,3 11,2 10,0 4,4
Boca seca 1,8 3,2 5,0 2,5
Parestesia oral 1,3 2,9 1,6 0,5
Constipação 1,8 2,1 1,8 1,4
Distensão abdominal 0 1,3 0,2 0,2
Desconforto estomacal 2,2 1,3 1,0 0,2
Doença do refluxo gastroesofágico 0,4 1,1 1,2 0,5
Distúrbios do Tecido
Musculoesquelético e do Tecido
Espasmos musculares involuntários 1,8 1,3 1,8 0,7
Distúrbios Gerais e Condições no Local
da Administração
Fadiga 15,0 15,2 19,2 11,2
Astenia 0,9 2,1 2,6 0,5
Irritabilidade 3,1 1,9 2,4 0,9
Sede 1,3 1,6 1,0 0,5
Perda de peso 5,3 9,1 10,8 1,4
A dose recomendada para profilaxia de enxaqueca é de 100 mg/dia.
Outros Dados de Estudos Clínicos
As RAMs relatadas em estudos clínicos duplo-cegos controlados em < 1% dos pacientes adultos tratados
com o topiramato ou em qualquer taxa em estudos clínicos abertos em pacientes adultos tratados com o
topiramato são apresentadas na Tabela 6.
Tabela 6 . Reações adversas a medicamentos relatadas em estudos clínicos duplo-cegos
controlados em < 1% dos pacientes adultos tratados com o topiramato ou em
qualquer taxa em estudos clínicos abertos dos pacientes adultos tratados com o
Leucopenia, linfadenopatia, trombocitopenia
Distúrbios do Sistema Imunológico
Hipersensibilidade
Acidose hiperclorêmica, hipocalemia, aumento do apetite, acidose metabólica, polidipsia
Comportamento anormal, anorgasmia, apatia, choro, distração, distúrbio no desejo sexual,
disfemia, despertar precoce, humor elevado, humor eufórico, afeto embotado, alucinação,
alucinação auditiva, alucinação visual, hipomania, insônia inicial, ausência de fala espontânea,
diminuição da libido, apatia, perda de libido, mania, insônia de manutenção, sensação orgásmica
diminuída, ataque de pânico, distúrbio do pânico, reação de pânico, paranóia, perseveração,
distúrbio de leitura, inquietação, distúrbio do sono, ideação suicida, tentativa de suicídio,
lamento, pensamento anormal
Ageusia, acinesia, anosmia, afasia, apraxia, aura, sensação de queimação, síndrome cerebelar,
distúrbio do ritmo circadiano do sono, falta de coordenação motora, crises parciais complexas,
convulsões, nível de consciência diminuído, tontura postural, babar, disestesia, disgrafia,
discinesia, disfasia, distonia, tremor essencial, formigamento, convulsão do tipo grande mal,
hiperestesia, hipersônia, hipogeusia, hipocinesia, hiposmia, neuropatia periférica, parosmia, sono
de baixa qualidade, pré-síncope, fala repetitiva, distúrbio sensorial, perda sensorial, estupor
(diminuição da reação aos estímulos do ambiente), síncope, não responsivo a estímulo
Distúrbio de acomodação, percepção de profundidade visual alterada, ambliopia, blefarospasmo,
cegueira transitória, cegueira unilateral, glaucoma, lacrimação aumentada, midríase, cegueira
noturna, fotopsia, presbiopia, escotoma cintilante, escotoma, acuidade visual reduzida
Surdez, surdez neurosensorial, surdez unilateral, desconforto no ouvido, audição comprometida
Distúrbios Cardíacos
Bradicardia, bradicardia sinusal, palpitações
Distúrbios Vasculares
Rubor, ondas de calor, hipotensão ortostática (pressão baixa), fenômeno de Raynaud
Disfonia, dispneia exercional, congestão nasal, hipersecreção sinusal paranasal
Desconforto abdominal, dor abdominal inferior, sensibilidade abdominal, hálito com odor,
desconforto epigástrico, flatulência, glossodinia, hipoestesia oral, dor oral, pancreatite,
hipersecreção salivar
Anidrose, dermatite alérgica, eritema, erupção cutânea macular, descoloração da pele, odor
anormal da pele, rosto inchado, urticária, urticária localizada
Distúrbios do Tecido Musculoesquelético e do Tecido Conjuntivo
Dor no flanco, fadiga muscular, fraqueza muscular, rigidez musculoesquelética
Cálculo uretérico, cálculo urinário, hematúria, incontinência, urgência urinária, cólica renal, dor
renal, incontinência urinária
Disfunção sexual
Distúrbios Gerais
Calcinose, edema facial, sensação anormal, sensação de estar bêbado, sensação de nervosismo,
mal-estar, frio periférico, lentidão
Bicarbonato sanguíneo diminuído, cristais presentes na urina, teste de marcha em tandem
anormal, contagem de leucócitos diminuída
As RAMs relatadas em estudos clínicos duplo-cegos controlados em < 2% dos pacientes pediátricos
tratados com o topiramato ou em qualquer taxa em estudos clínicos abertos em pacientes pediátricos
tratados com este medicamento são apresentadas na Tabela 7.
Tabela 7 . Reações adversas a medicamentos relatadas em estudos clínicos duplo-cegos
controlados em < 2% dos pacientes pediátricos tratados com o topiramato ou em
qualquer taxa em estudos clínicos abertos em pacientes pediátricos tratados com o
Eosinofilia, leucopenia, linfadenopatia, trombocitopenia
Distúrbios Metabólicos e Nutricionais
Acidose hiperclorêmica, hipocalemia, aumento do apetite
Raiva, apatia, choro, distração, transtorno de linguagem importante, insônia inicial, insônia,
insônia de manutenção, alterações de humor, perseveração, distúrbio do sono, ideação suicida,
tentativa de suicídio
Distúrbio no ritmo circadiano do sono, convulsão, disartria, disgeusia, convulsão do tipo grande
mal, hipoestesia, comprometimento mental, nistagmo, parosmia, sono de baixa qualidade,
hiperatividade psicomotora, habilidades psicomotoras comprometidas, síncope, tremores
Diplopia (visão dupla), lacrimação aumentada, visão turva
Dor de ouvido
Palpitações, bradicardia sinusal
Hipotensão ortostática (pressão baixa)
Congestão nasal, hipersecreção sinusal paranasal, rinorreia
Desconforto abdominal, dor abdominal, boca seca, flatulência, gastrite, doença do refluxo
gastroesofágico, sangramento gengival, glossodinia, pancreatite, parestesia oral, desconforto
estomacal
Artralgia, rigidez musculoesquelética, mialgia
Incontinência, urgência urinária, polaciúria
Sensação anormal, hipertermia, mal-estar, lentidão
Dados Pós-Comercialização
Os eventos adversos primeiramente identificados como RAMs durante a experiência pós-comercialização
com o topiramato estão a seguir por categoria de frequência com base nas taxas de relatos espontâneos.
Reação muito rara (< 1/10.000):
- Infecções e infestações: nasofaringite;
- Distúrbios do sangue e do sistema linfático: neutropenia;
- Distúrbios do sistema imunológico: edema alérgico, edema conjuntival;
- Transtornos psiquiátricos: sensação de desespero;
- Distúrbios oculares: sensação anormal nos olhos, glaucoma de ângulo fechado, distúrbio do movimento
ocular, edema na pálpebra, maculopatia, miopia;
- Distúrbios respiratórios, torácicos e mediastinais: tosse;
- Distúrbios do tecido cutâneo e subcutâneo: eritema multiforme, edema periorbital, síndrome de Stevens-
Johnson, necrólise epidérmica tóxica;
- Distúrbios do tecido musculoesquelético e conjuntivo: inchaço articular, desconforto em membro;
- Distúrbios renais e urinários: acidose tubular renal;
- Distúrbios gerais e reações no local da administração: edema generalizado, doença do tipo gripe;
- Investigações: aumento de peso.
Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis
pelo uso do medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.
DESTE MEDICAMENTO?
Se, acidentalmente, você tomar uma dose muito grande de topiramato, procure imediatamente o seu
médico. Os sinais e sintomas de uma dose excessiva de topiramato são: convulsão, sonolência, distúrbio
da fala, visão borrada, diplopia (visão dupla), atividade mental prejudicada, letargia, coordenação
anormal, estupor (diminuição da reação aos estímulos do ambiente), hipotensão (pressão baixa), dor
abdominal, agitação, tontura e depressão. Acidose metabólica grave também pode ocorrer.
Se a ingestão da dose excessiva for recente, o estômago deve ser esvaziado imediatamente por lavagem
ou por indução do vômito. O carvão ativado adsorveu o topiramato “in vitro”. O tratamento deve ser de
suporte. A hemodiálise é um método eficaz para a retirada do topiramato do organismo. É importante
manter a pessoa bem hidratada.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e
leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar
de mais orientações.