Bula do Topiramato (Port 344/98 - Lista C1) produzido pelo laboratorio Sandoz do Brasil Indústria Farmacêutica Ltda
para o Paciente com todas as informações sobre este medicamento
topiramato
Sandoz do Brasil Ind. Farm. Ltda.
comprimidos revestidos
25 mg, 50 mg e 100 mg
Topiramato VP04
I) IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
Medicamento Genérico, Lei nº 9.787, de 1999
APRESENTAÇÕES
topiramato comprimidos revestidos 25 mg. Embalagem contendo 60 comprimidos revestidos.
topiramato comprimidos revestidos 50 mg. Embalagem contendo 60 comprimidos revestidos.
topiramato comprimidos revestidos 100 mg. Embalagem contendo 60 comprimidos revestidos.
USO ORAL
USO ADULTO E PEDIÁTRICO
COMPOSIÇÃO
Cada comprimido revestido de topiramato 25 mg contém:
topiramato .................................................................................................................................................. 25 mg
excipientes q.s.p. .......................................................................................................... 1 comprimido revestidos
(lactose monoidratada, celulose microcristalina, amido, amidoglicolato de sódio, estearato de magnésio,
hipromelose, dióxido de titânio, macrogol, polissorbato 80 e água purificada).
Cada comprimido revestido de topiramato 50 mg contém:
topiramato .................................................................................................................................................. 50 mg
hipromelose, dióxido de titânio, macrogol, polissorbato 80, óxido férrico amarelo e água purificada).
Cada comprimido revestido de topiramato 100 mg contém:
topiramato ................................................................................................................................................ 100 mg
II) INFORMAÇÕES AO PACIENTE
O topiramato é indicado em monoterapia tanto em pacientes com epilepsia recentemente
diagnosticada como em pacientes que recebiam terapia adjuvante e serão convertidos à
monoterapia.
O topiramato é indicado, para adultos e crianças, como adjuvante no tratamento de crises
epilépticas parciais, com ou sem generalização secundária e crises tônico-clônicas generalizadas
primárias.
O topiramato é indicado, também, para adultos e crianças como tratamento adjuvante das crises
associadas à Síndrome de Lennox-Gastaut.
O topiramato é indicado, em adultos, como tratamento profilático da enxaqueca. O uso de
topiramato para o tratamento agudo da enxaqueca não foi estudado.
Topiramato VP04
O topiramato é um medicamento anticonvulsivante, com múltiplos mecanismos de ação, eficaz no
tratamento da epilepsia e na profilaxia da enxaqueca. O topiramato influencia vários processos
químicos no cérebro, reduzindo a hiperexcitabilidade de células nervosas, que pode causar crises
epilépticas e crises de enxaqueca.
Para o tratamento em pacientes recém-diagnosticados com epilepsia que só tomam topiramato ou
que passarão a tomar somente topiramato, o efeito terapêutico foi observado dentro de 2 semanas
de tratamento.
Na terapia associada a outros medicamentos em adultos e crianças com convulsões parciais ou
generalizadas tônico-clônicas, o efeito terapêutico foi observado nas primeiras quatro semanas de
tratamento.
Para a prevenção de enxaqueca em adultos, o efeito terapêutico foi observado dentro do primeiro
mês após início do tratamento.
Você não deve tomar topiramato se você for alérgico ao topiramato ou a qualquer ingrediente do
produto. Não deve ser administrado durante a gravidez.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica.
Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.
Avise seu médico sobre problemas de saúde ou alergias que você tem ou teve no passado.
Informe ao seu médico se você tem ou teve pedras nos rins. Ele deverá recomendar que você ingira
muito líquido enquanto estiver se tratando com topiramato. Informe seu médico se você apresentar
problemas de visão e/ou dor nos olhos.
Interrupção do tratamento com topiramato
Nos pacientes com ou sem histórico de crises epilépticas ou epilepsia, as drogas antiepilépticas
incluindo o topiramato devem ser gradativamente descontinuadas, para minimizar a possibilidade
de crises epilépticas ou aumento da frequência de crises epilépticas.
Não interromper o tratamento sem o conhecimento do seu médico. Verifique sempre se você tem a
quantidade necessária de comprimidos e nunca deixe que faltem.
Nas situações onde a retirada rápida de topiramato é por solicitação médica, seu médico deverá
realizar monitoração apropriada.
Insuficiência renal
A principal via de eliminação do topiramato e seus metabólitos é através dos rins. A eliminação
pelos rins é dependente da função renal e independe da idade. Pacientes com insuficiência renal
moderada ou severa podem levar de 10 a 15 dias para atingir as concentrações plasmáticas no
estado de equilíbrio, em comparação com o período de 4 a 8 dias, observado em pacientes com
função renal normal.
Em todos os pacientes, a titulação da dose deverá ser orientada pelo resultado clínico (isto é,
controle das crises, evitando efeitos colaterais), considerando-se que indivíduos sabidamente
portadores de insuficiência renal poderão precisar de um tempo mais longo para alcançar o estado
de equilíbrio, a cada dose.
Informe ao seu médico se você tem ou teve problemas renais.
Hidratação
Diminuição e ausência da transpiração foram reportadas em associação com o uso de topiramato.
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A diminuição da transpiração e o aumento da temperatura corpórea podem ocorrer especialmente
em crianças jovens expostas ao calor.
A hidratação adequada durante o uso de topiramato é muito importante. A hidratação pode reduzir
o risco de pedras nos rins. Ingerir líquidos antes e durante atividades como exercícios físicos ou
exposição a temperaturas elevadas pode reduzir o risco de eventos adversos relacionados ao calor.
Transtornos do humor / Depressão
Um aumento na incidência de transtornos do humor e depressão tem sido observado durante o
tratamento com topiramato. Informe ao seu médico se você apresentar alterações de humor ou
depressão.
Ideação suicida
O uso de medicamentos para tratar a epilepsia, inclusive topiramato, aumenta o risco de
pensamentos ou comportamentos suicidas em pacientes que utilizam estes medicamentos para
qualquer indicação. O mecanismo para este risco não é conhecido.
Se em algum momento você tiver pensamentos ou comportamentos suicidas, entre em contato
com seu médico imediatamente.
Cálculos renais (nefrolitíase)
Alguns pacientes, especialmente aqueles com predisposição à formação de cálculos renais, podem
ter risco aumentado de formação de cálculo renal e sinais e sintomas associados, tais como cólica
renal, dor renal e dor em flanco (dor na lateral do abdômen).
Fatores de risco de cálculos renais incluem antecedentes de cálculo renal, histórico familiar de
nefrolitíase e hipercalciúria (nível elevado de cálcio na urina). Nenhum desses fatores de risco pode
antecipar com certeza a formação de cálculo durante tratamento com topiramato. Além disso,
pacientes utilizando outros medicamentos associados à possibilidade de ocorrência de nefrolitíase
podem ter um risco aumentado.
Informe ao seu médico se você tem ou teve pedras nos rins, ou se há histórico familiar de cálculo
renal.
Insuficiência hepática
O topiramato deve ser administrado com cuidado em pacientes com insuficiência hepática, uma
vez que a depuração do topiramato pode estar reduzida neste grupo de pacientes.
Miopia aguda e glaucoma agudo de ângulo fechado secundário
Uma síndrome consistindo de miopia aguda e glaucoma agudo de ângulo fechado secundário tem
sido relatada em pacientes em uso de topiramato. Os sintomas incluem início agudo de redução da
acuidade visual e/ou dor ocular. Achados oftalmológicos podem incluir miopia, redução da câmara
anterior, hiperemia ocular (vermelhidão) e aumento da pressão intraocular. Midríase (dilatação da
pupila) pode ou não estar presente. Os sintomas ocorrem, caracteristicamente, no primeiro mês após
do início do tratamento com topiramato. Ao contrário do glaucoma de ângulo fechado primário,
que é raro em pessoas com menos de 40 anos, o glaucoma agudo de ângulo fechado secundário
associado com topiramato tem sido relatado tanto em pacientes pediátricos como adultos. O
tratamento inclui a interrupção do topiramato, o mais rápido possível de acordo com a avaliação do
médico, e medidas apropriadas para reduzir a pressão intraocular. Estas medidas geralmente
resultam na redução da pressão intraocular.
Elevada pressão intraocular de qualquer natureza, se não for tratada, pode acarretar em graves
sequelas, incluindo perda permanente da visão.
Informe seu médico se você apresentar problemas de visão, redução da acuidade visual, miopia,
vermelhidão e/ou dor nos olhos.
Alterações no campo visual
Alterações no campo visual têm sido relatadas em pacientes que receberam topiramato,
independente da pressão intraocular elevada. Em estudos clínicos, a maioria destas alterações foram
reversíveis após a interrupção do tratamento com topiramato. Se ocorrerem problemas visuais
durante qualquer momento do tratamento com topiramato, você deve entrar em contato com seu
médico, pois ele decidirá se é necessário interromper o tratamento.
Acidose metabólica
Hipercloremia (aumento de cloro no sangue), hiato não aniônico, acidose metabólica (isto é,
redução do bicarbonato sérico abaixo do intervalo de referência normal na ausência de alcalose
respiratória) estão associados ao tratamento com topiramato. A redução no bicarbonato ocorre
geralmente no início do tratamento, mas pode ocorrer ao longo da duração do tratamento.
Dependendo das condições de base, recomenda-se avaliação adequada, incluindo níveis de
bicarbonato sérico, durante o tratamento com topiramato. Se a acidose metabólica (acidez do
sangue) ocorrer e persistir, deve-se considerar redução da dose ou interrupção do topiramato
(usando redução gradual da dose).
Suplementação nutricional
Informe seu médico se você perder peso durante o tratamento com topiramato, para que ele possa
considerar a suplementação da dieta ou o aumento da ingestão de alimentos.
Efeito sobre a capacidade de dirigir veículos e operar máquinas
O topiramato age sobre o sistema nervoso central, podendo produzir sonolência, tontura ou outros
sintomas relacionados. Isto pode causar distúrbios visuais e/ou visão turva. Tais reações podem ser
potencialmente perigosas para pacientes dirigindo veículos ou operando máquinas.
Certifique-se de que o medicamento não altera seu estado de alerta antes de você dirigir, operar
máquinas ou executar tarefas que podem ser perigosas, caso você não esteja atento.
Gravidez e Amamentação
Informe ao seu médico a ocorrência de gravidez na vigência do tratamento ou após o seu término.
Seu médico decidirá se você poderá tomar topiramato. Como qualquer outro anticonvulsivante, há
um risco para o feto se você estiver usando topiramato durante a gravidez. Informar ao médico se
está amamentando.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica.
Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.
Interações medicamentosas
Avise seu médico a respeito de outros medicamentos que você esteja tomando, inclusive aqueles
que você comprou sem receita médica e quaisquer outros remédios ou suplementos dietéticos que
você esteja usando. É muito importante que seu médico saiba se você está tomando digoxina,
anticoncepcionais orais, metformina ou quaisquer outras drogas antiepilépticas, como fenitoína,
carbamazepina, ácido valproico, fenobarbital e primidona. Você também deve informá-lo caso
ingira bebidas alcoólicas ou esteja tomando drogas que diminuem a atividade do sistema nervoso
(depressores do sistema nervoso central), por exemplo, anti-histamínicos, remédios contra insônia,
antidepressivos, calmantes, narcóticos, barbitúricos ou analgésicos.
- Efeitos do topiramato sobre outras drogas antiepilépticas
A associação de topiramato a outras drogas antiepilépticas (fenitoína, carbamazepina, ácido
valproico, fenobarbital, primidona) não afeta suas concentrações plasmáticas no estado de
equilíbrio, exceto, ocasionalmente, em alguns pacientes, em que a adição de topiramato à fenitoína
poderá resultar em aumento das concentrações plasmáticas de fenitoína. Isto se deve possivelmente
à inibição de uma enzima (CYP2C19) que elimina a fenitoína do sangue. Consequentemente deverá
ser realizada dosagem do nível plasmático de fenitoína em qualquer paciente em tratamento com
fenitoína que apresente sinais ou sintomas de toxicidade.
- Efeitos de outras drogas antiepilépticas sobre topiramato
A fenitoína e a carbamazepina diminuem as concentrações plasmáticas do topiramato. A adição ou
descontinuação da fenitoína ou da carbamazepina ao tratamento com topiramato poderá requerer
um ajuste de dose deste último. A titulação da dose deverá ser realizada de acordo com o efeito
clínico. Tanto a adição quanto a retirada do ácido valproico não produzem mudanças clinicamente
significativas nas concentrações plasmáticas de topiramato e, portanto, não exigem ajuste da dose
do topiramato. Os resultados destas interações estão resumidos na tabela a seguir.
DAE coadministrada Concentração da DAE Concentração de
topiramato
fenitoína ↔**
↓ (48%)
carbamazepina ↔ ↓ (40%)
ácido valproico ↔ ↔
lamotrigina ↔ ↔
fenobarbital ↔ NE
primidona ↔ NE
↔ = sem efeito sobre as concentrações plasmáticas (alteração ≤15%)
**
= concentrações plasmáticas aumentadas em alguns pacientes
↓ = diminuição das concentrações plasmáticas
NE = não estudado
DAE = droga antiepiléptica
- Outras interações medicamentosas
digoxina: Quando o topiramato for associado ou descontinuado em pacientes submetidos a
tratamento com a digoxina, recomenda-se atenção à monitoração rotineira e cuidadosa das
concentrações no soro de digoxina.
anticoncepcionais orais: A possibilidade de redução da eficácia do contraceptivo e aumento no
sangramento de escape deve ser considerada em pacientes em uso de contraceptivos orais
combinados e topiramato. Informe seu médico se você faz uso de contraceptivos orais contendo
estrogênios e apresentar qualquer alteração em seus padrões menstruais. A eficácia contraceptiva
pode ser reduzida, mesmo na ausência de sangramento de escape.
lítio: Em voluntários saudáveis, foi observada uma redução (18% para ASC) na exposição sistêmica
para o lítio durante a administração concomitante com topiramato 200 mg/dia. Nos pacientes com
transtorno bipolar, a farmacocinética do lítio não foi afetada durante o tratamento com topiramato
em doses de 200 mg/dia; entretanto, foi observado aumento na exposição sistêmica (26% para
ASC) depois de doses do topiramato de até 600 mg/dia. Os níveis do lítio devem ser monitorados
quando coadministrados com topiramato.
risperidona: os estudos de interação droga-droga conduzidos sob condições de dose única e
múltipla em voluntários saudáveis e em pacientes com transtorno bipolar atingiram resultados
similares. Quando administrado concomitantemente com topiramato em doses escalonadas de 100,
250 e 400 mg/dia houve uma redução na exposição sistêmica (16% e 33% para ASC no estado de
equilíbrio nas doses de 250 e 400 mg/dia, respectivamente) da risperidona (administrada em doses
que variando de 1 a 6 mg/dia) .
Alterações mínimas na farmacocinética do total de partes ativas (risperidona mais 9-
hidróxirisperidona) e nenhuma alteração para 9-hidróxirisperidona foram observadas. Não houve
mudança clinicamente significativa na exposição sistêmica do total de partes ativas da risperidona
ou do topiramato; portanto, não é provável que esta interação tenha significância clínica.
hidroclorotiazida: Um estudo de interação medicamentosa conduzido em voluntários sadios
avaliou a farmacocinética no estado estacionário da hidroclorotiazida (25 mg a cada 24 horas) e do
topiramato (96 mg a cada 12 horas) quando administrados isolados ou concomitantemente. Os
resultados deste estudo indicaram que a Cmáx do topiramato aumentou 27% e a ASC aumentou 29%
quando a hidroclorotiazida foi associada ao topiramato. A significância clínica desta alteração é
desconhecida. A associação de hidroclorotiazida ao tratamento com topiramato pode precisar de um
ajuste da dose do topiramato. A farmacocinética da hidroclorotiazida no estado estacionário não foi
influenciada significativamente pela administração concomitante do topiramato. Os resultados
laboratoriais clínicos indicaram redução no potássio sérico após administração do topiramato ou da
hidroclorotiazida, sendo maior quando a hidroclorotiazida e o topiramato foram administrados em
combinação.
metformina: Quando topiramato é administrado ou retirado em pacientes tratados com
metformina, deve-se dar atenção especial à monitorização rotineira para um controle adequado do
diabetes.
pioglitazona: Quando topiramato é associado ao tratamento com pioglitazona ou pioglitazona é
associada ao tratamento com topiramato, deve-se dar atenção especial à monitorização rotineira
dos pacientes para um controle adequado do diabetes.
gliburida: Quando o topiramato é adicionado à terapia da gliburida ou a gliburida é adicionada a
terapia do topiramato, deve dar atenção especial à monitorização rotineira dos pacientes para um
controle adequado do diabetes.
- Outras Formas de Interação:
Agentes que predispõem ao cálculo renal (nefrolitíase)
O topiramato pode aumentar o risco de nefrolitíase em pacientes em uso concomitante de outros
agentes que predispõem à nefrolitíase. Durante o tratamento com topiramato, tais agentes deverão
ser evitados, uma vez que eles criam um ambiente fisiológico que aumenta o risco de formação de
cálculo renal.
Ácido valproico
A administração concomitante do topiramato e do ácido valproico foi associada com
hiperamonemia (aumento da amônia no sangue) com ou sem encefalopatia nos pacientes que
toleraram uma ou outra droga isolada. Na maioria dos casos, os sintomas e os sinais cessaram com a
descontinuação de uma ou outra droga. Este evento adverso não é devido a uma interação
farmacocinética. Uma associação de hiperamonemia com monoterapia do topiramato ou do
tratamento concomitante com outros antiepilépticos não foi estabelecida.
Hipotermia, definida como queda não intencional da temperatura corpórea para <35º C, foi relatada
em associação com o uso concomitante de topiramato e ácido valproico, ambos em conjunto com
hiperamonemia e na ausência de hiperamonemia. Esse evento adverso em pacientes usando
concomitantemente topiramato e ácido valproico pode ocorrer após o início do tratamento com
topiramato ou após o aumento da dose diária de topiramato.
Estudos adicionais de interação medicamentosa farmacocinética: Estudos clínicos foram
conduzidos para avaliar a interação medicamentosa farmacocinética potencial entre o topiramato e
outros agentes. As alterações na Cmáx ou na ASC, como resultado das interações, estão descritas a
seguir. A segunda coluna (concentração do fármaco concomitante) descreve o que acontece com a
concentração do fármaco concomitante listado na primeira coluna quando topiramato é associado.
A terceira coluna (concentração do topiramato) menciona como a coadministração do fármaco
listado na primeira coluna modifica a concentração do topiramato.
Resumo dos resultados dos estudos adicionais de interação medicamentosa farmacocinética
Fármaco concomitante
Concentração do fármaco
concomitantea
Concentração do topiramatoa
amitriptilina
↔
20% de aumento na Cmáx e na ASC
do metabólito nortriptilina
NS
di-hidroergotamina (oral e
subcutânea)
↔ ↔
haloperidol
31% de aumento na ASC do
metabólito reduzido
propranolol
17% de aumento na Cmáx para 4-
hidroxipropranolol (50 mg de
topiramato a cada 12 horas)
9% e 16% de aumento na Cmáx,
9% e 17% de aumento na ASC
(40 mg e 80 mg de propranolol a
cada 12 horas, respectivamente)
sumatriptana (oral e
subcutâneo)
↔ NS
pizotifeno ↔ ↔
diltiazem
25% de diminuição na ASC do
diltiazem e 18% de diminuição na
DEA, e ↔ para DEM*
20% de aumento na ASC
venlafaxina ↔ ↔
flunarizina
16% de aumento na ASC (50 mg de
topiramato a cada 12 horas)b
a
Os valores % são as variações na média da Cmáx ou ASC do tratamento em relação à monoterapia
↔ = sem efeito sobre a Cmáx e ASC (alteração ≤ 15%) do componente originário
NS = não estudado
*
DEA = des acetil diltiazem, DEM = N-demetil diltiazem
b
A ASC da flunarizina aumentou 14% em indivíduos com uso isolado de flunarizina. O aumento na
exposição pode ser atribuído ao acúmulo durante o estado de equilíbrio.
Interação com álcool e depressores do SNC
Não houve avaliação nos estudos clínicos, da administração concomitante de topiramato e álcool
ou outras drogas depressoras do SNC.
Não ingira bebidas alcoólicas durante o tratamento com topiramato pois a combinação dos dois
pode provocar sonolência e tontura.
Interação com alimentos
O topiramato pode ser tomado com ou sem alimentos.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro
medicamento. Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso
para a sua saúde.
O topiramato deve ser armazenado na embalagem original e em temperatura ambiente (entre 15-30ºC).
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o na embalagem original.
Aspecto físico
topiramato 25mg: comprimido revestido branco, circular e com ambas as faces planas.
topiramato 50mg: comprimido revestido amarelo, circular e com ambas as faces planas.
topiramato 100mg: comprimido revestido branco, circular e com ambas as faces planas.
Topiramato VP04
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe
alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Em geral, topiramato deve ser tomado duas vezes ao dia. Contudo, seu médico poderá recomendar
que você tome o medicamento uma vez ao dia, ou em doses maiores ou menores.
Seu médico começará o tratamento com uma dose baixa, aumentando-a gradativamente, até atingir
a dose adequada ao controle de sua epilepsia. Tome os comprimidos com bastante água, sem partí-
los, triturá-los ou mastigá-los. Se preferir, você pode tomar topiramato junto às refeições. Se,
acidentalmente, você tomar uma dose muito grande de topiramato, procure imediatamente o seu
médico.
Em crianças, o tratamento é iniciado com uma dose baixa que é aumentada gradativamente até
atingir a dose ótima para controle das crises epilépticas.
Para o controle ideal, tanto em adultos como em crianças, recomenda-se iniciar o tratamento com
uma dose baixa, seguida de titulação até uma dose eficaz.
Recomenda-se não partir os comprimidos.
Não é necessário monitorar as concentrações plasmáticas de topiramato para otimizar o tratamento
com topiramato. Raramente, o tratamento concomitante com fenitoína poderá exigir o ajuste de
dose da fenitoína para que resultados clínicos ótimos sejam alcançados. A adição ou retirada da
fenitoína e da carbamazepina do tratamento coadjuvante com topiramato poderá exigir o ajuste da
dose do topiramato.
O topiramato pode ser administrado com ou sem alimentos.
Tratamento adjuvante em epilepsia
Adultos
A dose mínima eficaz é 200 mg ao dia. Em geral, a dose total diária varia de 200 mg a 400 mg,
dividida em duas tomadas. Alguns pacientes eventualmente poderão necessitar de doses de até 1600
mg por dia, que é a dose máxima. Recomenda-se que o tratamento seja iniciado com uma dose
baixa, seguida por uma titulação da dose até que se chegue à dose adequada.
O tratamento deve ser iniciado com 25 a 50 mg, administrados à noite, durante uma semana.
Posteriormente, a intervalos de 1 ou 2 semanas, a dose deverá ser aumentada de 25 a 50 mg/dia e
dividida em duas tomadas. A titulação da dose deverá ser orientada pelos resultados clínicos.
Alguns pacientes poderão obter eficácia com uma dose única diária.
Essas recomendações posológicas se aplicam a todos os pacientes adultos, incluindo idosos, desde
que não haja doença renal subjacente. Porém, nos pacientes sob tratamento com hemodiálise, há
necessidade de uma dose suplementar.
Crianças acima de 2 anos de idade
A dose total diária de topiramato recomendada para crianças é de 5 a 9 mg/kg/dia, dividida em duas
tomadas. A titulação deve ser iniciada com 25 mg (ou menos, baseado na faixa de 1 a 3 mg/kg/dia)
administrados à noite, durante a primeira semana. Posteriormente, a dose deve ser aumentada em 1
a 3 mg/kg/dia (dividida em duas tomadas), à intervalos de 1 ou 2 semanas, até alcançar uma
resposta clínica ótima. A titulação de dose deve ser orientada pela resposta clínica.
Doses diárias de até 30 mg/kg/dia foram bem toleradas nos estudos realizados.
Monoterapia em epilepsia
Quando drogas antiepilépticas concomitantes são retiradas a fim de manter o tratamento com
topiramato em monoterapia, deve-se considerar os efeitos que isto pode ter sobre o controle das
Topiramato VP04
crises. Exceto por razões de segurança que exijam uma retirada abrupta das outras drogas
antiepilépticas, recomenda-se a descontinuação gradual com redução de aproximadamente um terço
da dose a cada 2 semanas.
Quando fármacos indutores enzimáticos são retirados, os níveis plasmáticos de topiramato irão
aumentar.
Uma diminuição da dose de topiramato pode ser necessária, se for clinicamente indicado.
A titulação da dose deve ser iniciada com 25 mg, administrado à noite, por uma semana. Então, a
dose deve ser aumentada em 25 ou 50 mg ao dia, a intervalos de 1 ou 2 semanas, dividida em duas
tomadas. Se o paciente for incapaz de tolerar o esquema de titulação, aumentos menores ou
intervalos mais longos entre os aumentos da dose podem ser usados. A dose e a velocidade de
titulação devem ser orientadas pelo resultado clínico.
Em adultos, a dose alvo inicial recomendada para o topiramato em monoterapia é de 100 mg/dia e a
dose diária máxima recomendada é 500 mg. Alguns pacientes com formas refratárias de epilepsia
toleraram doses de 1000 mg/dia de topiramato em monoterapia. Estas recomendações aplicam-se a
todos os adultos, incluindo idosos sem doença renal subjacente.
Em crianças acima de 2 anos de idade a dose inicial varia de 0,5 a 1 mg/kg, à noite, durante uma
semana. A seguir a dose deve ser aumentada em 0,5 a 1 mg/kg/dia à intervalos de 1 a 2 semanas,
dividida em duas tomadas. Se a criança for incapaz de tolerar o esquema de titulação da dose,
aumentos menores ou intervalos maiores entre os aumentos da dose podem ser usados. A dose e a
velocidade da titulação devem ser orientadas pelo resultado clínico.
A dose-alvo inicial recomendada para o topiramato em monoterapia em crianças é de 3 a 6
mg/kg/dia.
Crianças com crises de início parcial de diagnóstico recente receberam doses de até 500 mg/dia.
Enxaqueca
O tratamento deve ser iniciado com 25 mg à noite durante 1 semana. A dose deve então ser
aumentada em 25 mg/dia, uma vez por semana. Se o paciente for incapaz de tolerar o esquema de
gradação, intervalos maiores entre os ajustes de dose podem ser usados.
A dose total diária de topiramato recomendada na profilaxia de enxaqueca é 100 mg/dia, divididos
em duas tomadas. Alguns pacientes podem se beneficiar de uma dose diária total de 50 mg.
Pacientes receberam dose diária total de até 200 mg/dia. A dose e a velocidade de gradação devem
ser orientadas pelo resultado clínico.
Populações especiais
Insuficiência renal
Pacientes com insuficiência renal moderada e severa (CLCR <70 mL/min) podem necessitar de uma
redução de dose. É recomendada a administração de metade da dose usual de início e de
manutenção.
O topiramato é removido do plasma por hemodiálise, uma dose suplementar de topiramato igual a
aproximadamente metade da dose diária deverá ser administrada nos dias de hemodiálise. Esta dose
suplementar deverá ser dividida em duas tomadas, ao início e ao término da hemodiálise. A dose
suplementar poderá ser ajustada dependendo das características do equipamento de diálise que
estiver sendo utilizado.
Insuficiência hepática
O topiramato deve ser administrado com cautela em pacientes com insuficiência hepática.
Pacientes idosos: as doses recomendadas são válidas também para pacientes idosos. Não há
necessidade de ajuste das doses, desde que esses pacientes não tenham doença nos rins.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do
tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.
Se você se esquecer de tomar uma dose, tome-a assim que você se lembrar. Porém, se você estiver
perto da hora de tomar a próxima dose, não tome a dose que você esqueceu e continue o tratamento
normalmente.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-
dentista.
As reações adversas são apresentadas nesta seção. Reações adversas são eventos adversos que
foram considerados razoavelmente associados ao uso de topiramato, com base na avaliação
abrangente das informações de eventos adversos disponíveis. Em casos individuais, uma relação
causal com o topiramato não pode ser estabelecida com confiança. Portanto, pelo fato de que os
estudos clínicos são conduzidos em condições amplamente variadas, as taxas de reações adversas
observadas nos estudos clínicos de um medicamento não podem ser diretamente comparadas com
as taxas nos estudos clínicos de outros medicamentos e podem não refletir as taxas observadas na
prática clínica.
Dados de estudos clínicos
Dados de estudos duplo-cegos, controlados por placebo, de terapia adjuvante para epilepsia –
Pacientes adultos.
As reações adversas relatadas em ≥1% dos pacientes adultos tratados com o topiramato em estudos
duplo-cegos, controlados por placebo de terapia adjuvante para epilepsia são apresentadas na
Tabela 1. As reações adversas com incidência > 5% no intervalo de dose recomendado (200 a 400
mg/dia) em adultos em estudos duplo-cegos, controlados por placebo de terapia adjuvante para
epilepsia em ordem decrescente de frequência incluíram sonolência, tontura, fadiga, irritabilidade,
perda de peso, bradipsiquismo (lentificação do pensamento), parestesia (formigamento), diplopia
(visão dupla), coordenação anormal, náusea, nistagmo, letargia, anorexia, disartria (dificuldade para
falar), visão turva, diminuição do apetite, comprometimento de memória e diarreia.
Tabela 1: Reações adversas a medicamentos relatadas por ≥1% dos pacientes adultos tratados com
topiramato em estudos duplo-cegos, controlados por placebo de terapia adjuvante para epilepsia
Classe de Sistema/Órgão
Reação Adversa
Topiramato
200-400 mg/dia
(N=354)
%
600-1.000 mg/dia
(N=437)
Placebo
(N=382)
Distúrbios do Metabolismo e da Nutrição
Anorexia
Diminuição do apetite
5,4
5,1
6,2
8,7
1,8
3,7
Transtornos Psiquiátricos
Bradipsiquismo
Transtorno de linguagem expressiva
Estado confusional
Depressão
Insônia
8,2
4,5
3,1
19,5
9,4
5,0
11,7
6,4
1,6
0,8
3,4
Topiramato VP04
Agressão
Agitação
Raiva
Ansiedade
Desorientação
Humor alterado
2,8
1,7
3,2
2,3
2,1
6,6
4,6
1,3
0,5
2,9
1,0
Transtornos do Sistema Nervoso
Sonolência
Tontura
Parestesia
Coordenação anormal
Nistagmo
Letargia
Disartria
Comprometimento da memória
Distúrbio de atenção
Tremor
Amnésia
Distúrbio do equilíbrio
Hipoestesia
Tremor intencional
Disgeusia (alteração do paladar)
Comprometimento mental
Distúrbio da fala
17,8
16,4
7,1
5,6
4,0
1,4
1,1
17,4
34,1
17,2
11,4
8,0
10,8
11,9
5,3
3,9
5,9
4,8
4,3
2,7
8,4
13,6
4,2
6,8
2,4
Distúrbios Oftalmológicos
Diplopia (visão dupla)
Visão turva
Distúrbio visual
7,3
2,0
12,1
8,9
0,3
Distúrbios Gastrintestinais
Náusea
Diarreia
Dor abdominal superior
Constipação
Desconforto estomacal
Dispepsia
Boca seca
Dor abdominal
15,1
14,0
3,0
5,2
Distúrbios do Tecido Musculoesquelético e
do Tecido Conjuntivo
Mialgia
Espasmos musculares
Dor torácica musculoesquelética
2,5
Distúrbios Gerais e Condições no Local da
Administração
Fadiga
Irritabilidade
Astenia
Distúrbio da marcha
13,0
9,3
30,7
14,6
11,8
Investigações
Perda de peso 9,0 11,9 4,2
A dose recomendada para a terapia adjuvante de epilepsia em adultos é de 200-400 mg/dia.
Dados de estudos duplo-cegos, controlados por placebo, de terapia adjuvante para epilepsia – Pacientes
pediátricos
As reações adversas relatadas em >2% dos pacientes pediátricos tratados com o topiramato (2 a 16 anos de
idade) em estudos duplo-cegos, controlados por placebo de terapia adjuvante para epilepsia são apresentadas
na Tabela 2. As reações adversas com incidência >5% no intervalo de dose recomendado (5 a 9 mg/kg/dia)
em ordem decrescente de frequência incluíram diminuição do apetite, fadiga, sonolência, letargia,
irritabilidade, distúrbio de atenção, perda de peso, agressão, erupção cutânea, comportamento anormal,
anorexia, distúrbio do equilíbrio e constipação.
Tabela 2: Reações adversas a medicamentos relatadas por ≥2% dos pacientes pediátricos tratados
com o topiramato em estudos duplo-cegos, controlados por placebo de terapia adjuvante para
epilepsia
(N=104)
(N=102)
19,2
5,8
12,7
Comportamento anormal
6,9
15,4
13,5
10,6
3,8
8,8
Distúrbios Respiratórios, Torácicos e Mediastinais
Epistaxe 4,8 1,0
Constipação 5,8 4,9
Distúrbios do Tecido Cutâneo e Subcutâneo
Erupção cutânea 6,7 5,9
16,3
11,5
4,9
Perda de peso 9,6 1,0
A dose recomendada para a terapia adjuvante de epilepsia em crianças (2-16 anos de idade) é de 5 a 9
mg/kg/dia.
Dados dos estudos duplo-cegos, controlados e de monoterapia para epilepsia – Pacientes adultos
As reações adversas relatadas em ≥1% dos pacientes adultos tratados com o topiramato em estudos duplo-
cegos, controlados e de monoterapia para epilepsia são apresentadas na Tabela 3. As reações adversas que
apresentaram incidência > 5% na dose recomendada (400 mg/dia) em ordem decrescente de frequência
incluíram parestesia, perda de peso, fadiga, anorexia, depressão, comprometimento da memória, ansiedade,
diarreia, astenia, disgeusia e hipoestesia.
Tabela 3: Reações adversas a medicamentos relatadas por ≥1% dos pacientes adultos tratados com o
topiramato em estudos duplo-cegos, controlados de monoterapia para epilepsia
50mg/dia
(N=257)
400mg/dia
(N=153)
Distúrbios do Sangue e do Sistema Linfático
Anemia 0,8 2,0
3,5
12,4
2,6
Humor depressivo
Alterações de humor
0,4
8,5
6,5
Disgeusia
Distúrbio cognitivo
Comprometimento das habilidades psicomotoras
Sedação
Alteração de campo visual
18,7
1,2
0
40,5
7,2
3,3
Olho seco 0 1,3
Distúrbios do Ouvido e do Labirinto
Dor de ouvido
Zumbido
Dispneia
Rinorreia
Parestesia oral
Gastrite
Doença do refluxo gastroesofágico
Sangramento gengival
Erupção cutânea
Alopecia
Prurido
Hipoestesia facial
Prurido generalizado
Distúrbios do Tecido Musculoesquelético e do Tecido
Conjuntivo
Artralgia
Espasmos musculares involuntários
1,9
Distúrbios Renais e Urinários
Nefrolitíase
Disúria
Polaciúria 0,8 2,0
Distúrbios do Sistema Reprodutivo e das Mamas
Disfunção erétil 0,8 1,3
Distúrbios Gerais e Condições no Local da Administração
15,2
14,4
Perda de peso 7,0 17,0
A dose recomendada para monoterapia em adultos é de 400 mg/dia.
Dados de estudos duplo-cegos, controlados e de monoterapia para epilepsia – Pacientes pediátricos
As reações adversas relatadas em ≥2% dos pacientes pediátricos tratados com o topiramato (10 a 16 anos de
idade) em estudos duplo-cegos, controlados e de monoterapia para epilepsia são apresentadas na Tabela 4. As
reações adversas com incidência >5% na dose recomendada (400 mg/dia) em ordem decrescente de
frequência incluíram perda de peso, parestesia, diarreia, distúrbio de atenção, pirexia, e alopecia.
Tabela 4: Reações adversas a medicamentos relatadas por ≥2% dos pacientes pediátricos tratados
com o topiramato em estudos duplo-cegos, controlados de monoterapia para epilepsia
(N=77)
(N=63)
Diminuição do apetite 1,3 4,8
15,9
7,9
Vertigem 0 3,2
Epistaxe 0 3,2
Vômitos
9,5
Alopecia 0 6,3
Pirexia
6,3
Perda de peso 7,8 20,6
Circunstâncias Sociais
Dificuldade de aprendizado 0 3,2
A dose recomendada para monoterapia em crianças de 10 anos ou mais é de 400 mg/dia.
Dados de estudos duplo-cegos, controlados por placebo, de profilaxia de enxaqueca – Pacientes adultos
cegos, controlados por placebo de profilaxia de enxaqueca são apresentadas na Tabela 5. As reações adversas
com incidência >5% na dose recomendada (100 mg/dia) em ordem decrescente de frequência incluíram
parestesia, fadiga, náusea, diarreia, perda de peso, disgeusia, anorexia, diminuição do apetite, insônia,
hipoestesia, distúrbio de atenção, ansiedade, sonolência, e transtorno de linguagem expressiva.
Tabela 5: Reações adversas a medicamentos relatadas por ≥1% dos pacientes adultos tratados com o
topiramato em estudos duplo-cegos, controlados por placebo de profilaxia de enxaqueca
(N=227)
100mg/dia
(N=374)
200mg/dia
(N=501)
(N=436)
5,7
7,5
7,0
Distúrbio de linguagem expressiva
Labilidade de afeto
7,4
0,2
4,1
0,9
35,7
50,0
6,7
48,5
12,6
9,2
Visão turva 4,0 2,4 4,4 2,5
Zumbido 0,4 1,3 1,6 0,7
Distúrbios Respiratórios, Torácicos e
Mediastinais
Epistaxe
0,6
Distensão abdominal
2,2
11,2
10,0
8,3
4,4
Espasmos musculares involuntários 1,8 1,3 1,8 0,7
Fadiga 15,0 15,2 19,2 11,2
Sede
Perda de peso 5,3 9,1 10,8 1,4
A dose recomendada para profilaxia de enxaqueca é de 100 mg/dia.
Outros Dados de Estudos Clínicos - pacientes adultos
As reações adversas relatadas em estudos clínicos duplo-cegos controlados em < 1% dos pacientes
adultos tratados com o topiramato ou em qualquer taxa em estudos clínicos abertos em pacientes
adultos tratados com o topiramato são apresentadas a seguir.
- Distúrbios do Sangue e do Sistema Linfático: leucopenia, linfadenopatia, trombocitopenia;
- Distúrbios do Sistema Imunológico: hipersensibilidade;
- Distúrbios do Metabolismo e da Nutrição: acidose hiperclorêmica, hipocalemia, aumento do
apetite, acidose metabólica, polidipsia;
- Transtornos Psiquiátricos: comportamento anormal, anorgasmia, apatia, choro, distração, distúrbio
no desejo sexual, disfemia (“gagueira”), despertar precoce, humor elevado, humor eufórico, afeto
embotado, alucinação, alucinação auditiva, alucinação visual, hipomania, insônia inicial, ausência
de fala espontânea, diminuição da libido, apatia, perda de libido, mania, insônia de manutenção,
sensação orgásmica diminuída, ataque de pânico, distúrbio do pânico, reação de pânico, paranoia,
perseveração, distúrbio de leitura, inquietação, distúrbio do sono, ideação suicida, tentativa de
suicídio, choro excessivo, pensamento anormal;
- Transtornos do Sistema Nervoso: ageusia, acinesia, anosmia, afasia, apraxia, aura, sensação de
queimação, síndrome cerebelar, distúrbio do ritmo circadiano do sono, falta de coordenação motora,
crises parciais complexas, convulsões, nível de consciência diminuída, tontura postural,
hipersecreção salivar, disestesia, disgrafia, discinesia, disfasia, distonia, tremor essencial,
formigamento, convulsão do tipo grande mal, hiperestesia, hipersônia, hipogeusia, hipocinesia,
hiposmia, neuropatia periférica, parosmia, sono de baixa qualidade, pré-síncope, fala repetitiva,
distúrbio sensorial, perda sensorial, estupor (diminuição da reação aos estímulos do ambiente),
síncope, não-responsividade a estímulo;
- Distúrbios Oftalmológicos: distúrbio de acomodação, percepção de profundidade visual alterada,
ambliopia, blefarospasmo, cegueira transitória, cegueira unilateral, glaucoma, lacrimação
aumentada, midríase, cegueira noturna, fotopsia, presbiopia, escotoma cintilante, escotoma,
acuidade visual reduzida;
- Distúrbios do Ouvido e do Labirinto: surdez, surdez neurossensorial, surdez unilateral,
desconforto no ouvido, audição comprometida;
- Distúrbios Cardíacos: bradicardia, bradicardia sinusal, palpitações;
- Distúrbios Vasculares: rubor, ondas de calor, hipotensão ortostática (pressão baixa), fenômeno de
Raynauds;
- Distúrbios Respiratórios, Torácicos e Mediastinais: disfonia, dispneia de exercício, congestão
nasal, hipersecreção sinusal paranasal;
- Distúrbios Gastrintestinais: desconforto abdominal, dor abdominal inferior, sensibilidade
abdominal, hálito com odor, desconforto epigástrico, flatulência, glossodinia, hipoestesia oral, dor
oral, pancreatite, hipersecreção salivar;
- Distúrbios do Tecido Cutâneo e Subcutâneo: anidrose, dermatite alérgica, eritema, erupção
cutânea macular, descoloração da pele, odor anormal da pele, rosto inchado, urticária, urticária
localizada.
- Distúrbios do Tecido Musculoesquelético e do Tecido Conjuntivo: dor no flanco, fadiga muscular,
fraqueza muscular, rigidez musculoesquelética;
- Distúrbios Renais e Urinários: cálculo uretérico, cálculo urinário, hematúria, incontinência,
urgência urinária, cólica renal, dor renal, incontinência urinária;
- Distúrbios do Sistema Reprodutivo e das Mamas: disfunção sexual;
- Distúrbios Gerais: calcinose, edema facial, sensação anormal, sensação de estar bêbado, sensação
de nervosismo, mal-estar, frio periférico, lentidão;
- Investigações: bicarbonato sanguíneo diminuído, cristais presentes na urina, teste de marcha em
tandem anormal, contagem de leucócitos diminuída.
Outros Dados de Estudos Clínicos – pacientes pediátricos
As reações adversas relatadas em estudos clínicos duplo-cegos controlados em < 2% dos pacientes
pediátricos tratados com o topiramato ou em qualquer taxa em estudos clínicos abertos em
pacientes pediátricos tratados com o topiramato são apresentadas a seguir.
- Distúrbios do Sangue e do Sistema Linfático: eosinofilia, leucopenia, linfadenopatia,
trombocitopenia;
- Distúrbios Metabólicos e Nutricionais: acidose hiperclorêmica, hipocalemia, aumento do apetite;
- Transtornos Psiquiátricos: raiva, apatia, choro, distração, transtorno de linguagem importante,
insônia inicial, insônia, insônia de manutenção, alterações de humor, perseveração, distúrbio do
sono, ideação suicida, tentativa de suicídio;
- Transtornos do Sistema Nervoso: distúrbio no ritmo circadiano do sono, convulsão, disartria,
disgeusia, convulsão do tipo grande mal, hipoestesia, comprometimento mental, nistagmo,
parosmia, sono de baixa qualidade, hiperatividade psicomotora, habilidades psicomotoras
comprometidas, síncope, tremores;
- Distúrbios Oftalmológicos: diplopia(visão dupla), lacrimação aumentada, visão turva;
- Distúrbios do Ouvido e do Labirinto: dor de ouvido;
- Distúrbios Cardíacos: palpitações, bradicardia sinusal;
- Distúrbios Vasculares: hipotensão ortostática (pressão baixa);
- Distúrbios Respiratórios, Torácicos e Mediastinais: congestão nasal, hipersecreção sinusal
paranasal, rinorreia;
- Distúrbios Gastrintestinais: desconforto abdominal, dor abdominal, boca seca, flatulência, gastrite,
doença do refluxo gastroesofágico, sangramento gengival, glossodinia, pancreatite, parestesia oral,
desconforto estomacal;
- Distúrbios do Tecido Musculoesquelético e do Tecido Conjuntivo: artralgia, rigidez
musculoesquelética, mialgia;
- Distúrbios Renais e Urinários: incontinência, urgência urinária, polaciúria;
- Distúrbios Gerais: sensação anormal, hipertermia, mal-estar, lentidão.
Dados Pós-Comercialização
Os eventos adversos primeiramente identificados como reações adversas durante a experiência pós
comercialização com o topiramato estão a seguir por categoria de frequência com base nas taxas de
relatos espontâneos.
Reação muito rara (ocorre em menos de 0,01% dos pacientes que utilizam este medicamento):
- Infecções e infestações: nasofaringite;
- Distúrbios do sangue e do sistema linfático: neutropenia;
- Distúrbios do sistema imunológico: edema alérgico;
- Transtornos psiquiátricos: sensação de desespero;
- Distúrbios oculares: sensação anormal nos olhos, glaucoma de ângulo fechado, edema conjuntival,
distúrbio do movimento ocular, edema na pálpebra, maculopatia, miopia;
- Distúrbios respiratórios, torácicos e mediastinais: tosse;
- Distúrbios do tecido cutâneo e subcutâneo: eritema multiforme, edema periorbital, síndrome de
Stevens-Johnson, necrólise epidérmica tóxica;
- Distúrbios do tecido musculoesquelético e conjuntivo: inchaço articular, desconforto em membro;
- Distúrbios renais e urinários: acidose tubular renal;
- Distúrbios gerais e reações no local da administração: edema generalizado, doença do tipo gripe;
- Investigações: aumento de peso.
Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações
indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de
atendimento.
MEDICAMENTO?
Se, acidentalmente, você tomar uma dose muito grande de topiramato, procure imediatamente o
seu médico.
Os sinais e sintomas de uma dose excessiva de topiramato são: convulsão, sonolência, distúrbio da
fala, visão borrada, diplopia (visão dupla), atividade mental prejudicada, letargia, coordenação
anormal, estupor (diminuição da reação aos estímulos do ambiente), hipotensão (pressão baixa), dor
abdominal, agitação, tontura e depressão. Acidose metabólica severa também pode ocorrer.
Se a ingestão da dose excessiva for recente, o estômago deve ser esvaziado imediatamente por
lavagem ou por indução do vômito. O carvão ativado adsorveu o topiramato “in vitro”. O
tratamento deve ser de suporte. A hemodiálise é um método eficaz para a retirada do topiramato do
organismo. É importante manter a pessoa bem hidratada.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve
a embalagem ou a bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001 se você precisar de mais
orientações.
III) DIZERES LEGAIS
VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
SÓ PODE SER VENDIDO COM RETENÇÃO DA RECEITA
Reg. M.S.: 1.0047.0405
Farm. Resp.: Claudia Larissa S. Montanher
CRF-PR nº 17.379
Esta bula foi atualizada conforme Bula Padrão aprovada pela Anvisa em 19/11/2014.
Fabricado por:
Sandoz Private Ltd.
Navi Mumbai - Índia
Registrado, Importado e Embalado por:
Sandoz do Brasil Indústria Farmacêutica Ltda.
Rod. Celso Garcia Cid (PR-445), Km 87, Cambé-PR
CNPJ: 61.286.647/0001-16
Indústria Brasileira
Logo SAC 0800 4009192
Histórico de Alteração da Bula - Paciente
Dados da submissão eletrônica Dados da petição/notificação que altera bula Dados das alterações de bulas
Data do
expediente
No.
Assunto
N° do
Data de
aprovação
Itens de bula
Versões
(VP/VPS)
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Inclusão inicial de
texto de bula – RDC
60/12
01/07/2013 Versão Inicial VP 01
25 mg, 50 mg e
100 mg –
comprimidos
revestidos
11/03/2014
0174116/14-
Notificação de
Alteração de Texto
de Bula – RDC 60/12
- ADVERTÊNCIAS E
PRECAUÇÕES” /“O
QUE DEVO SABER
ANTES DE
USAR ESTE
MEDICAMENTO?”.
VP 02
02/07/2014
0520263/14-
9