Bula do Toxina Botulínica Tipo a produzido pelo laboratorio Laboratório Farmacêutico do Estado de Pernambuco - Lafepe
para o Paciente com todas as informações sobre este medicamento
toxina botulínica A
Laboratório Farmacêutico do Estado de Pernambuco S/A – LAFEPE
Pó liófilo injetável 50U e 100U
MODELO DE BULA PARA O
PACIENTE
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
APRESENTAÇÕES
Pó liófilo injetável – 50 e 100 U
Embalagens contendo 1 frasco-ampola.
USO INTRAMUSCULAR E INTRADÉRMICO
USO ADULTO E PEDIÁTRICO ACIMA DE 2 ANOS DE IDADE
COMPOSIÇÃO
Cada frasco-ampola contém: 50 U 100 U
toxina botulínica A 50 U 100 U
excipiente qsp 1 frasco-ampola 1 frasco-ampola
(excipientes: gelatina, dextrana 20 e sacarose)
O produto é uma forma liofilizada estéril da toxina botulínica A purificada, produzida a partir da toxina bruta da cultura
de cepas Hall de Clostridium botulinum, cultivada em um meio contendo tripsina, caseína e extrato de levedura. Uma
série de procedimentos de purificação foi realizada para obter um complexo cristalino consistindo de proteína toxina
ativa de alto peso molecular e uma hematoglutinina associada. Após a redissolução e diálise, uma quantidade precisa da
toxina estéril filtrada (0,2 micron) é adicionada a uma solução contendo gelatina, dextrana e sacarose, e liofilizada.
Cada frasco de toxina botulínica A contém 50U ou 100 U de toxina de Clostridium botulinum A, 5mg de gelatina, 25
mg de dextrana e 25 mg de sacarose. Diluir com solução salina normal antes do uso. O produto branco liofilizado torna-
se uma solução incolor ou amarela transparente após a reconstituição.
Uma unidade (U) corresponde a 1 DL50 da toxina botulínica A quando injetada intraperitonealmente (interior da
cavidade abdominal) no camundongo.
INFORMAÇÕES AO PACIENTE
Este medicamento é indicado no tratamento da sintomatologia de doenças tais como: estrabismo (defeito no
alinhamento dos olhos), blefaroespasmo (fechamento repetitivo e involuntário da pálpebra provocado por contrações
dos músculos orbiculares dos olhos), espasmo hemifacial (contração involuntária e repetitiva de metade da face),
torcicolo espasmódico (contração involuntária e repetitiva dos músculos do pescoço), distonia cervical (contração
involuntária dos músculos do pescoço), espasticidade (rigidez muscular que dificulta ou impossibilita o movimento),
paralisia cerebral, reabilitação muscular, linhas faciais hipercinéticas (rugas de expressão da testa, glabela, ao redor dos
olhos, boca e platisma) e hiperidrose em adultos (produção excessiva de suor).
Toxina botulínica A promove a paralisação temporária dos músculos, evitando a repetição dos movimentos causadores
das rugas e linhas de expressão. Essa paralisação temporária impede que o músculo se contraia. A toxina botulínica
também é usada para o tratamento de determinadas condições do músculo ocular causada por distúrbios nervosos.
Início da ação:
No tratamento do blefaroespasmo (fechamento repetitivo e involuntário da pálpebra provocado por contrações dos
músculos orbiculares dos olhos), o efeito inicial das injeções é notado em 3 dias, alcançando um pico entre 1 a 2
semanas após o tratamento.
No tratamento do estrabismo, as doses iniciais caracteristicamente produzem paralisia dos músculos injetados
começando 1 ou 2 dias após a injeção, e aumentando a intensidade durante a primeira semana.
Duração da ação:
No tratamento de blefaroespasmo, cada tratamento dura aproximadamente 3 meses.
No tratamento do estrabismo, a paralisia dura de 2 a 6 semanas e diminui gradualmente em 2 a 6 semanas adicionais.
No tratamento das linhas hipercinéticas (rugas de expressão), o início de ação começa nas primeiras 24-72 horas com
duração média aproximada entre 3-6 meses dependendo de cada paciente.
Toxina botulínica A é contraindicada em indivíduos com histórico de reações anafiláticas, distúrbios do sangramento,
hipersensibilidade conhecida a esta formulação e na presença de infecção no local da injeção.
Gravidez:
CATEGORIA C
Não há estudos adequados bem controlados sobre a administração da toxina botulínica em mulheres durante a gravidez.
Considerando que nem sempre são preditivos de resposta humana, a toxina botulínica somente deve ser administrada
durante a gravidez se os potenciais benefícios justificarem o risco potencial para o feto. Se este medicamento for
utilizado durante a gestação ou se a mulher engravidar durante o tratamento, a paciente deve ser advertida quanto aos
potenciais riscos, incluindo abortamento ou malformações fetais.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Informe seu médico sobre a ocorrência de gravidez na vigência do tratamento ou após seu término.
Informar ao médico se está amamentando.
Este medicamento é contraindicado para menores de 2 anos de idade.
Atenção diabéticos: contém açúcar.
As dosagens recomendadas e a frequência de administração não devem ser ultrapassadas. Não foram relatados casos de
toxicidade sistêmica resultante de injeção ou ingestão oral acidentais. Se algum desses eventos ocorrer, o paciente deve
ser acompanhado por um médico por vários dias, em ambulatório ou consultório, para a observação de sinais ou
sintomas de debilidade sistemática ou paralisia muscular. O conteúdo total de uma ampola é inferior à dose estimada de
toxidade sistêmica em seres humanos que pesam 6 quilos ou mais.
Injeções de toxina botulínica devem ser feitas somente por profissionais médicos treinados, mesmo quando usado
para fins cosméticos.
Gravidez:
CATEGORIA C
Não há estudos adequados bem controlados sobre a administração da toxina botulínica em mulheres durante a gravidez.
Considerando que nem sempre são preditivos de resposta humana, a toxina botulínica somente deve ser administrada
durante a gravidez se os potenciais benefícios justificarem o risco potencial para o feto. Se este medicamento for
utilizado durante a gestação ou se a mulher engravidar durante o tratamento, a paciente deve ser advertida quanto aos
potenciais riscos, incluindo abortamento ou malformações fetais.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Carcinogenicidade:
Não foram realizados estudos em longo prazo para avaliação do potencial de carcinogenicidade da toxina botulínica A.
Lactação:
Não existem dados disponíveis sobre a excreção da toxina botulínica no leite humano. Como muitas drogas são
excretadas pelo leite humano, devem ser tomadas as devidas precauções quando a toxina botulínica for administrada a
mulheres durante a lactação.
Uso Pediátrico:
Ficou comprovado a segurança e eficácia em crianças com menos de 12 anos de idade que utilizaram toxina botulínica
A em diversas patologias (espasticidade, paralisia cerebral e reabilitação muscular) atráves de ensaios clínicos
controlados, multicêntricos internacionais e estudos clínicos (fases I, II e III).
Pacientes idosos:
Estudos apropriados relacionando a idade aos efeitos da toxina botulínica A não foram realizados na população
geriátrica. Contudo, não foram documentados problemas geriátricos específicos.
Efeitos na habilidade de dirigir veículos ou operar máquinas:
Desconhecem-se, até o momento, os efeitos sobre o ato de dirigir ou operar máquinas.
O efeito da toxina botulínica pode ser potencializado por antibióticos aminoglicosídicos (amicacina, gentamicina,
estreptomicina); ciclosporina; cloroquina; hidroxicloroquina; D-penicilamina ou quaisquer outras substâncias que
interfiram com a transmissão neuromuscular. Os pacientes que fazem uso desses fármacos devem ser cuidadosamente
observados quando utilizarem a toxina botulínica. Também devem ser tomadas precauções quando a toxina botulínica
for utilizada no tratamento de pacientes com miastenia gravis, síndrome de Eaton Lambert, esclerose amiotrófica ou
distúrbios que produzam disfunção neuromuscular periférica.
Pacientes que utilizam anticoagulantes orais; derivados do ácido acetilsalicílico; derivados de vitamina E ou ginkgo
biloba podem apresentar risco de formação de hematomas e equimoses no local de aplicação.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.
Atenção diabéticos: contém açúcar.
Conservar o produto refrigerado em geladeira, em temperatura entre 2 e 8ºC, protegido da luz. A solução reconstituída
deve ser armazenada sob refrigeração, entre 2 e 8ºC, e deve ser utilizada em até quatro horas após a reconstituição.
O prazo de validade do produto é de 24 meses a partir da data de fabricação, impressa na embalagem. Não utilize
medicamento vencido.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido.
Guarde-o em sua embalagem original.
Após o preparo, manter este medicamento sob refrigeração, em temperatura entre 2º e 8ºC, por até quatro
horas. Após esse período ele não deve ser mais utilizado.
Anteriormente à reconstituição, o produto apresenta-se como um grânulo branco liofilizado, isento de partículas
estranhas. A solução reconstituída em solução salina é incolor ou amarelo transparente.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma
mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
A posologia e método de administração dependem do paciente, da localização e da extensão do comprometimento dos
grupos musculares envolvidos. A injeção deve ser intramuscular ou intradérmica. O uso em pacientes idosos não requer
adaptação da posologia, recomendando-se as mesmas doses do adulto. Em crianças a posologia deve ser calculada em
função do peso corporal.
Espasticidade:
Espasticidade associada ao acidente vascular cerebral: a dose exata e o número dos locais de injeção devem ser titulados
individualmente pelo seu médico. As doses não devem exceder a 360 U divididas entre os músculos selecionados.
Para tratamento da espasticidade relacionada à paralisia cerebral (pediátrica): toxina botulínica A é injetada por via
intramuscular para o tratamento da marcha normal devida ao tônus muscular aumentado. As doses de 4 a 8 U/kg podem
ser administradas em duas injeções em intervalos de quatro semanas. A repetição da dose deve ser feita quando o efeito
clínico da injeção anterior diminui, mas a frequência não deve ser inferior a dois meses. A dose máxima recomendada
em uma única sessão de tratamento é de 200 U.
Distonias:
Para tratamento das distonias: as doses variam conforme o caso e a extensão do processo.
Espasmo hemifacial:
Pacientes com espasmo hemifacial devem ser tratados do mesmo modo descrito para o blefaroespasmo unilateral.
Injeções adicionais podem ser necessárias a critério do médico.
Para o tratamento da distonia cervical:
A dose deve ser titulada individualmente baseando-se na posição da cabeça e do pescoço do indivíduo, da localização
da dor, da hipertrofia muscular, do peso do paciente, e da resposta do paciente em caso de repetição do procedimento.
As doses de toxina botulínica A reconstituída variaram entre 95U e 360 U (com média aproximada de 240 U). Não se
recomenda o uso de injeções de reforço. O intervalo entre as doses não deve ser menor do que dois meses.
O número ideal de injeções depende do tamanho do músculo a ser desnervado quimicamente.
Hiperidrose:
Hiperidrose axilar
A área a ser injetada deve ser definida utilizando técnicas padrão de coloração.
A toxina botulínica A reconstituída é injetada por via intradérmica, em cada axila, na dose de 50 U distribuídas
uniformemente em vários locais de aproximadamente 1 a 2 cm cada um.
A repetição das injeções para hiperidrose axilar deve ser feita quando os efeitos das injeções prévias diminuírem, mas
usualmente não deve ser feita com frequência maior que a cada dois meses.
Hiperidrose palmar:
A toxina botulínica A reconstituída é injetada por via intradérmica nas palmas das mãos.
As doses podem variar de 50 a 150 unidades por palma, distribuídas uniformemente em vários locais de
aproximadamente 1 a 2 cm cada um, na área hiperidrótica. A dose total por palma pode ser modificada com base no
tamanho da mão.
A repetição das injeções para a hiperidrose palmar deve ser feita quando os efeitos clínicos das injeções prévias
diminuírem, mas usualmente não são mais frequentes do que a cada dois meses.
Linhas hipercinéticas de expressão:
A toxina botulínica A reconstituída é administrada em cada um dos 5 locais: 2 em cada músculo corrugador e 1 no
músculo piramidal, com dose total de 20 U.
Para reduzir a incidência de ptose (queda das pálpebras superiores) como complicação, evitar a injeção próxima do
músculo elevador da pálpebra superior. A resposta clínica subótima ou a curta duração da ação podem ser resultados de
subdose, aplicação em locais indevidos ou uso da toxina botulínica diluída por tempo prolongado. Além disso, é
fundamental uma boa avaliação clínica das rugas hipercinéticas, excluindo-se outros fatores envolvidos com a formação
das rugas e considerando as variações anatômicas individuais. Como em qualquer outro tratamento de rejuvenescimento
facial, devem ser consideradas as expectativas irreais por parte do paciente.
Duração do tratamento: de 3 a 6 meses.
Espasmos musculares, Síndromes de compressão nervosa, Desordem do VII Par e TCE (trauma crânio encefálico):
Utilizar 10 U – 100 U divididos entre os principais pontos gatilhos musculares comprometidos. Sendo em média 10 U
por ponto gatilho do músculo comprometido. É importante ressaltar que as doses podem sofrer variações dependendo
do paciente, da intensidade dos sintomas e da experiência do médico respectivamente.
Duração do tratamento: 3 meses.
Doses:
As doses variam de acordo com a avaliação individual de cada paciente e, portanto, sugere-se:
1) Para blefaroespasmo e espasmo hemifacial: A dose inicial de cada ponto é 2,5 U/0,05 mL ou 2,5 U/0,1 mL. Se o
tratamento inicial for considerado insuficiente uma semana após, uma injeção suplementar pode ser administrada.
Dose dupla de 5 U/0,5 mL pode ser dada para pacientes recrudescentes. Porém, a limitação da dose total em 55 U para
uma injeção e 200 U para um mês não deve ser excedida.
2) Para estrabismo: para estrabismo muscular vertical horizontal e vertical de menos de 20 dioptrias, a dose inicial em
cada músculo é de 1,25 a 2,5 U; para estrabismo horizontal de 20 a 40 dioptrias, a dose inicial em cada músculo é de 2,5
U; para estrabismo horizontal de 40 a 50 dioptrias, a dose inicial em cada músculo é de 2,5 U e pode ser aumentada (em
5,0 U cada vez) dependendo da resposta: para paralisia persistente do 6º nervo cranial durando mais de um mês, dose de
1,25 a 2,5 U pode ser injetada no músculo reto medial.
O volume de injeção em cada músculo não deve exceder 0,1 mL.
Podem ser administradas injeções complementares para pacientes tendo resposta insuficiente.
Para pacientes recrudescentes, a dose pode ser repetida ou aumentada irregularmente, porém para cada músculo a dose
máxima deve ser menor que 5 U por injeção.
3) Em crianças a posologia deve ser calculada em função do peso corporal. Cada unidade U corresponde à dose
intraperitonial letal média (DL-50) de toxina botulínica A, reconstituída, conforme cálculo em camundongos.
4) Nas linhas hipercinéticas (rugas de expressão) as doses por músculo sugeridas são: orbicular dos olhos (pés-de-
galinha) – 2 U em cada ponto assinalado; ventre do músculo frontal – 4 U em cada ponto assinalado; corrugador – 5 U
em cada ponto assinalado; prócero –5 U no ponto assinalado.
Diluição da toxina botulínica A
A diluição da toxina botulínica A com solução salina estéril normal deve ser feita cuidadosamente com base nas
necessidades reais. A seguir, uma tabela de referência é apresentada com as diluições recomendadas:
Agitar o frasco suavemente após a adição da solução salina estéril normal para completar a dissolução.
A solução reconstituída deve ser usada imediatamente ou armazenada em refrigerador entre 2 e 8ºC e usada dentro de 4
horas. O frasco e a seringa usados com o medicamento, assim como a solução residual de toxina botulínica A devem ser
descartados após utilização.
Siga a orientação do seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não
interrompa e o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
A toxina botulínica A possui efeito temporário, sendo administrada em intervalos espaçados de tempo.
Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de se médico, ou cirurgião-dentista.
Reações adversas que podem ocorrer em pacientes recebendo terapia com toxina botulínica A para blefaroespasmo,
espasmo hemifacial e no tratamento das rugas de expressão:
Comum (> 1% e ≤ 10%): fraqueza dos músculos faciais, ardência nos olhos, dor local, lacrimejamento, Ptose palpebral
leve.
Rara (> 0,01% e ≤ 0,1%): astenia, diplopia, ptose temporária da pálpebra, redução da pálpebra inferior, redução dos
movimentos de piscar os olhos, fechamento incompleto da pálpebra.
Contudo, todos os sintomas desaparecem sem qualquer terapia depois de 3 a 8 semanas.
Pacientes recebendo terapia com toxina botulínica A para estrabismo, podem apresentar:
Rara (> 0,01% e ≤ 0,1%): ptose palpebral temporária e de graus diferentes, desvios verticais, midríase relacionada com
a difusão da toxina para os músculos adjacentes.
Os sintomas desaparecem sem qualquer terapia dentro de algumas semanas.
Foram relatados casos de erupção difusa na pele e casos de edema local na pálpebra logo após a aplicação e que se
prolongaram durante vários dias.
Não foi encontrado nenhum efeito clínico adverso da toxina botulínica A em pacientes que receberam doses baixas da
toxina botulínica, como < 20 U.
A análise por eletromiografia de fibra isolada mostrou que a injeção de quantidades relativamente altas de toxina
botulínica (140 a 165 U) conduz a difusão da toxina, fraqueza de músculos distantes e efeitos subclínicos não
caracterizados. Porém, isso pode ser resolvido com melhora na técnica de injeção e padronização consistente da
atividade biológica do produto final.
Em indivíduos tratados com toxina botulínica A para o torcicolo espasmódico, podem ocorrer:
Comum (> 1% e ≤ 10%): dispneia, disfagia leve e transitória.
Vários pacientes apresentaram obstrução das vias aéreas superiores após tratamento com doses relativamente altas de
toxina botulínica (> 150 U).
Desde a introdução da toxina botulínica A em uso clínico, a possibilidade de desenvolvimento de anticorpos
neutralizantes é uma das mais temidas consequências de injeções repetidas. Isto parece ocorrer quando doses
relativamente altas são empregadas, especificamente no tratamento de torcicolo e distonia de extremidade, e não foi
encontrado no tratamento de blefaroespasmo e espasmo hemifacial. Portanto, é recomendável que os médicos
empreguem as menores doses possíveis ao tratar dessas condições.
Reações gerais:
Conforme esperado para qualquer injeção intramuscular, podem ocorrer as reações:
Comum (> 1% e ≤ 10%): hematomas, astenia, edema no local da injeção, equimoses, sensibilidade anormal à
compressão e/ou ferimento no local.
Rara (> 0,01% e ≤ 0,1%): dor no local da injeção.
A flacidez local representa a ação farmacológica esperada da toxina botulínica.
Em < 0,01% foram relatados os seguintes eventos adversos desde que a droga foi introduzida no mercado e a relação
causal com a toxina botulínica é desconhecida: erupção cutânea (incluindo eritema multiforme, urticária e erupção
psoriásica), prurido e reação alérgica. Foram também relatados casos raros e eventos adversos envolvendo o sistema
cardiovascular, incluindo arritmia e infarto do miocárdio, em alguns casos fatais. Alguns destes pacientes apresentavam
fatores de risco, incluindo doença cardiovascular. A relação causal com a toxina botulínica é desconhecida.
Informe ao seu médico, cirurgião-centista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do
medicamento. Informe também à empresa através do seu Serviço de Atendimento.
Os pacientes sedentários devem ser advertidos no sentido de reassumirem suas atividades lenta e cuidadosamente após a
administração da toxina botulínica.
Em caso de qualquer dificuldade para engolir, falar ou respirar, o médico deve ser contatado imediatamente.
MEDICAMENTO?
Na rara possibilidade de superdosagem ou aplicação no músculo errado, pode ser considerada a administração de
antitoxina botulínica, no mesmo local, assim que possível, e no máximo dentro de 21 horas, para reduzir ou bloquear o
local afetado pela toxina botulínica. A antitoxina (antitoxina botulínica trivalente, equina, tipos A, B e E) é uma
proteína estranha, com risco significativo de efeitos colaterais sistêmicos e capacidade imunizante. Os riscos de seu uso
devem ser considerados em relação aos resultados adversos da toxina botulínica.
Os sinais ou sintomas de superdosagem não são evidentes imediatamente após a injeção. Se ocorrer a injeção ou
ingestão oral acidental, o paciente deve ter supervisão médica por vários dias para sinais ou sintomas de fraqueza
sistêmica ou paralisia muscular.
Pode ser necessário suporte respiratório se houver aplicação de doses excessivas que provoquem paralisia dos músculos
respiratórios.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a
embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001 se você precisar de mais orientações.