Bula do Transamin produzido pelo laboratorio Zydus Nikkho Farmacêutica Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
Transamin
Ácido Tranexâmico
250 mg
Zydus Nikkho Farmacêutica Ltda
Comprimidos
Bula do Profissional de Saúde
Transamin comprimido- Versão 01 – 10/2013- profissional de saúde Página 1
I- IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
TRANSAMIN®
ácido tranexâmico
APRESENTAÇÕES
Comprimidos de 250 mg.
Embalagem contendo 12 comprimidos.
VIA ORAL
USO ADULTO E PEDIÁTRICO
COMPOSIÇÃO
Cada comprimido contém:
ácido tranexâmico ...................................................................... 250 mg.
excipiente(*) q.s.p. .........................................................................1 comprimido.
(*) excipientes: fosfato de cálcio, amido, álcool polivinílico e estearato de magnésio.
II- INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SÁUDE:
Transamin® é destinado ao controle e profilaxia de hemorragias provocadas por hiperfibrinólise e ligadas a
várias áreas, como cirurgias cardíacas, ortopédicas, ginecológicas, obstétricas, otorrinolaringológicas,
odontológicas, urológicas e neurológicas; em pacientes hemofílicos e nas hemorragias digestivas e das vias
aéreas.
Hemorragia digestiva: Metanálise de estudos com o ácido tranexâmico em pacientes com hemorragia
digestiva alta demonstrou que ele está associado, quando comparado a placebo, a reduções de 20 a 30% da
taxa de recidiva do sangramento; 30 a 40% da necessidade de cirurgias e 40% da taxa de mortalidade.
Cirurgia ortopédica: Em estudo controlado com placebo, pacientes submetidos à artroplastia total do joelho
receberam ácido tranexâmico, na dose de 15 mg/kg, por infusão endovenosa, antes da retirada do torniquete e,
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posteriormente, 10 mg/kg, pela via endovenosa, 3-4 h e 6-7 h após o término da cirurgia. Foi observada uma
redução de 65,9% do sangramento pós-operatório, em relação ao observado com placebo.
Ginecologia/obstetrícia: Setenta e três pacientes apresentando descolamento prematuro da placenta foram
tratadas com ácido tranexâmico antes da cesariana. Destas, 67 receberam 1 g, pela via endovenosa,
imediatamente antes do parto e 6, em fases mais precoces da gestação e com sintomas menos intensos,
receberam tratamento oral, com 4 g/dia, até o parto. A taxa de mortalidade perinatal foi de 8% e não foi
observado nenhum caso de fibrinólise severa, trombose ou óbito materno.
Urologia: Em estudo placebo-controlado, com 63 pacientes submetidos à prostatectomia, a administração
endovenosa de 2 g/dia de ácido tranexâmico reduziu o sangramento pós-operatório em 45%, quando
comparado ao placebo.
Transplante hepático: Estudo duplo-cego randomizado foi realizado com 45 pacientes submetidos a
transplante hepático primário e ao uso de dipiridamol e heparina nas primeiras 24 h do pós-operatório. A
infusão venosa de 40 mg/kg/h de ácido tranexâmico, até a dose máxima 20 g, durante a cirurgia reduziu
significativamente a perda sanguínea pós-operatória média e a média de unidades de hemoderivados
transfundidas, em relação ao placebo: 800 mL vs 1200 mL e 20,5 vs 43,5, respectivamente.
Cirurgia cardíaca: Duzentos e dez pacientes submetidos à cirurgia cardíaca com circulação extra-corpórea
foram randomizados, em estudo duplo-cego, para receberem infusão de 10 g de ácido tranexâmico, por 20
minutos, após a indução anestésica, ou placebo. A perda sanguínea pós-operatória média foi de 474 ± 24 mL,
no grupo tratado (n=104), e 906 ± 51 mL, no grupo placebo (n=106).
Referências Bibliográficas: Dunn, C.J. e Goa, K.L. – Tranexâmic Acid: a review of its use in surgery and
other indications. Drugs; 57(6): 1005-1032, 1999. Wellington, K. e Wagstaff, A.J. – Tranexamic Acid: A
review of its use in the management of menorrhagia. Drugs; 63(13): 1417-1433, 2003. Daiichi Pharmaceutical
Co. Ltd. – Monograph of Tranexemic Acid. Adis International Ltd. Ed., Osaka, 2001.
Farmacodinâmica
O efeito antifibrinolítico do ácido tanexâmico é devido à formação, reversível, do complexo ácido
tranexâmico - plasminogênio. Embora os demais sítios de ligação da lisina, no plasminogênio, tenham baixa
afinidade [constante de dissociação (Kd) = 750 μmol/L], pelo menos um apresenta alta afinidade com o ácido
tranexâmico [Kd = 1,1 μmol/L]. Assim, devido à sua ligação preferencial, o ácido tranexâmico ocupará os
sítios de ligação da lisina, antes que ocorra a interação do plasminogênio e da cadeia pesada de plasmina com
os monômeros de fibrina. Este processo retarda a fibrinólise, já que, embora a plasmina esteja presente,
encontra-se bloqueada pelo ácido tranexâmico e incapaz de promover a lise da fibrina, preservando o
coágulo.
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Pelo exposto, observa-se que o ácido tranexâmico atua em etapa posterior àquelas envolvidas na cascata de
coagulação, não interferindo na mesma ou nos demais parâmetros da coagulação, tais como contagem de
plaquetas, tempo de protrombina e tempo parcial de tromboplastina.
Farmacocinética
Nas concentrações plasmáticas terapêuticas (5 a 10 mg/L), o ácido tranexâmico é amplamente distribuído no
organismo e apenas 3% encontram-se ligados a proteínas, sendo em quase totalidade ao plasminogênio.
A principal via de excreção do ácido tranexâmico é renal. A eliminação, após administração endovenosa, é
triexponencial e mais de 95% de cada dose são excretados in natura na urina: aproximadamente 30% da dose
são excretados durante a primeira hora; a excreção total aumenta para 45%, após 3 horas, e, após 24 horas,
aproximadamente 90% da dose encontram-se já excretados. A meia-vida de eliminação é de,
aproximadamente, 80 minutos. O clearance plasmático é de, aproximadamente, 7 L/h.
O ácido tranexâmico atravessa a barreira hematencefálica e foi localizado, também, no líquido e em
membranas sinoviais.
O ácido tranexâmico atravessa a barreira placentária e foi observado em concentração significativa no sangue
do cordão umbilical. Entretanto, não há relatos da significância clínica deste achado sobre o feto. A excreção
no leite é baixa, representando apenas 1% da concentração plasmática, e sem consequências para o lactente.
Uma concentração de 200 mg/L foi obtida na saliva, 30 minutos após bochechos com uma solução a 5%,
durante 2 minutos, embora, nestas condições, a concentração plasmática tenha sido de, apenas, 2 mg/L.
Transamin®
é contraindicado em portadores de coagulação intravascular ativa, vasculopatia oclusiva aguda e
em pacientes com hipersensibilidade aos componentes da fórmula.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do
cirurgião-dentista
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres que estejam amamentando sem
orientação médica ou do cirurgião-dentista.
5. PRECAUÇÕES E ADVERTÊNCIAS
Específicas ao produto: Transamin®
injetável deve ser administrado estritamente pela via endovenosa (vide
item Reações Adversas). A administração endovenosa deverá ser o mais lenta possível, devendo sempre ser
respeitada a velocidade máxima de infusão de 50 mg/min (vide item Reações Adversas). Transamin®
injetável pode ser administrado em infusão venosa ou, dependendo da gravidade, injetado diretamente na
veia, sem qualquer diluição, na velocidade máxima de infusão de 50 mg/min. Entretanto, para todos os casos,
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recomenda-se que a administração seja feita isoladamente. Não associar nenhum outro medicamento a
injetável, nem administrá-lo no mesmo equipo em que já esteja sendo administrado outro
medicamento (vide item Interações Medicamentosas). Para o preparo de soluções para infusão venosa,
injetável deve ser diluído em soro fisiológico isotônico, glicose isotônica, frutose a 20%,
Dextran 40, Dextran 70 ou solução de Ringer. O volume para diluição dependerá da necessidade de
reposição/restrição hídrica do paciente, sendo, então, a critério médico. Entretanto, deverá sempre ser
respeitada a velocidade máxima de infusão de 50 mg/min. O ácido tranexâmico é uma molécula estável e,
quando mantidas as condições de esterilidade, a solução preparada poderá ser utilizada pelo tempo necessário
à infusão.
Gerais: Pacientes com histórico de tromboembolismo, ou com fatores predisponentes para tal, devem ser
cuidadosamente acompanhados. Não se recomenda a utilização deste medicamento em hemorragias
secundárias à coagulação intravascular disseminada, a menos que, confirmadamente, sejam por distúrbios do
sistema fibrinolítico. Nestes casos e sob estrita supervisão, pode ser necessário o uso concomitante de
anticoagulantes. O ácido tranexâmico inibe a lise de coágulos, inclusive daqueles intravasculares. Portanto,
pacientes apresentando hematúria devem ser cuidadosamente acompanhados, devido ao risco de obstrução
renal e das vias urinárias pelos coágulos. Pacientes que necessitem utilizar o ácido tranexâmico por longos
períodos devem ser periodicamente avaliados e em caso de dificuldade para identificação das cores, o
medicamento deve ser descontinuado (vide item Reações Adversas).
Insuficiência Renal: A excreção do ácido tranexâmico é renal. Portanto, na insuficiência renal, as doses
devem ser ajustadas (vide item Posologia) e o tratamento deve ser sob estrita supervisão.
Idosos: Não há advertências ou recomendações especiais, sobre a utilização deste medicamento em idosos.
Gestantes: Estudos experimentais não demonstraram efeitos teratogênicos, mutagênicos ou sobre a
fertilidade, com a utilização do ácido tranexâmico. Entretanto, o ácido tranexâmico atravessa a barreira
placentária e a experiência clínica com sua utilização em gestantes é limitada. Portanto, este medicamento
deve ser utilizado na gestação com cautela e sob estrita supervisão. Não se recomenda sua utilização no
primeiro trimestre da gestação. Categoria de risco na gravidez: B
Lactantes: Apenas 1% da concentração plasmática do ácido tranexâmico é excretada no leite materno e, em
doses terapêuticas, são improváveis efeitos sobre o lactente. Mesmo assim, durante a lactação, este
medicamento deve ser utilizado sob orientação.
Foram observadas turvação e precipitação de soluções de ácido tranexâmico, quando associadas a alguns
medicamentos. Como não há relatos sobre a interação com todos aqueles utilizados na prática médica,
recomenda-se, então, não associar nenhum outro medicamento a Transamin®
injetável, nem administrá-lo no
mesmo equipo em que já esteja sendo administrado outro medicamento.
O ácido tranexâmico pode ser utilizado durante a heparinoterpia.
Não foram observadas alterações nos resultados de exames laboratoriais com a utilização do ácido
tranexâmico.
A farmacocinética do ácido tranexâmico não se modifica na presença de alimentos.
Transamin®
deve ser guardado na sua embalagem original, ao abrigo do calor excessivo (temperatura entre
15° e 30°C), umidade e luz solar direta. Nestas condições, este medicamento possui prazo de validade de 24
(vinte e quatro) meses, a partir da data de fabricação.
Número do lote, data de fabricação e prazo de validade: vide embalagem externa.
Não use medicamento com prazo de validade vencido.
Para sua segurança, mantenha o medicamento na embalagem original.
Depois da embalagem aberta, as ampolas restantes podem ser utilizadas durante seu prazo de validade,
desde que mantidos todos os cuidados de conservação e não apresente alteração de seu aspecto.
Características físicas e organolépticas
Transamin injetável é um líquido límpido incolor, livre de partículas estranhas.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
TODO O MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
A dose de Transamin®
deve ser ajustada individualmente por paciente. As doses recomendadas devem ser
interpretadas como uma diretriz inicial.
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Adultos:
Fibrinólise local: 500 a 1000 mg por injeção endovenosa lenta (50 mg/min) sem diluição, três vezes ao dia. Se
o tratamento continuar por mais de 3 dias, recomenda-se o uso da apresentação oral. Alternativamente, após
injeção endovenosa inicial, o tratamento subsequente pode ser continuado por infusão venosa. Após diluído,
pode ser administrado na dose de 25 a 50 mg/kg/dia.
Fibrinólise sistêmica: na coagulação intravascular disseminada, com ativação predominante do sistema
fibrinolítico, usualmente uma dose única de 1000 mg por injeção endovenosa lenta (50 mg/min) é suficiente
para controlar o sangramento.
Neutralização de terapia trombolítica: 10 mg/kg por injeção endovenosa lenta (50 mg/min).
Crianças:
De acordo com o peso corporal: 10 mg/kg/dose, duas a três vezes ao dia.
Insuficiência Renal:
Em pacientes com insuficiência renal, a dose deve ser corrigida de acordo com a seguinte tabela:
creatinina sérica dose EV freqüência
120 a 150 micromol/L 10 mg/kg 2 vezes ao dia
250 a 500 micromol/L 10 mg/kg 1 vez ao dia
> 500 micromol/L 5 mg/kg 1 vez ao dia
Algumas Indicações e Doses Recomendadas para Adultos:
Prostatectomia: em pacientes de alto risco, a profilaxia e o tratamento da hemorragia devem começar durante
o período pré-operatório, com TRANSAMIN® injetável, na dose de 25 a 50 mg/kg/dia, seguido de 2
comprimidos, três a quatro vezes ao dia, até que a hematúria macroscópica desapareça.
Hemofilia: no preparo de extrações dentárias, 25 mg/kg/dia.
A dose máxima diária recomendada*, para todas as indicações, é de 3 g/dia. Entretanto, em alguns casos e sob
supervisão, poderá ser aumentada até 4,5 g/dia.
(*) Em algumas cirurgias, como, por exemplo, nas cirurgias cardíacas com CEC, nos transplantes hepaticos e
cirurgias ortopédicas de grande porte, a dose máxima diária do ácido tranexâmico poderá variar, em acordo
com a necessidade do paciente e a experiência profissional individual, ficando, então, a critério médico.
De modo geral, Transamin® injetável é bem tolerado. Entretanto, deve ser administrado estritamente pela via
endovenosa. A administração pela via intramuscular pode produzir rabdomiólise, com mioglobinúria. A
administração endovenosa deverá ser o mais lenta possível, devendo sempre ser respeitada a velocidade
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máxima de infusão de 50 mg/min. A administração endovenosa rápida pode promover náuseas, vômitos,
hipotensão arterial ou bradicardia.
Outras reações adversas observadas com a utilização do ácido tranexâmico pela via endovenosa, por ordem de
incidência, foram:
Reações comuns (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento): náuseas* e vômitos*.
Reações incomuns (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento): reações cutâneas
de hipersensibilidade.
Reações raras (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizam este medicamento): tonteira*, cefaléia*,
alterações da visão*, hipotensão arterial* e tromboembolismo*. Em tratamentos de longo prazo, foi
observada, também, dificuldade para identificação das cores**.
(*)Estas reações adversas ocorreram com a utilização de doses elevadas do ácido tranexâmico e
desapareceram com a redução das mesmas.
(**) Em caso de dificuldade para identificação das cores, o medicamento deve ser descontinuado.
Em caso de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária –
NOTIVISA –, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância
Sanitária Estadual ou Municipal.