Bula do Triaxin produzido pelo laboratorio Eurofarma Laboratórios S.a.
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
Triaxin
(ceftriaxona sódica)
Bula para profissional da saúde
Pó para solução injetável
500 mg e 1g
Triaxin_pó sol inj IM_V4_VPS VERSÃO 02 da RDC 47 - Esta versão altera VERSÃO 01
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FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÕES:
APRESENTAÇÕES:
Triaxin (ceftriaxona sódica) IM 500 mg:
Pó para solução injetável para administração intramuscular. Embalagens com 1 frasco-ampola contendo o
equivalente a 500 mg de ceftriaxona e 1 ampola de solução diluente (lidocaína 1%) com 2 mL.
Triaxin (ceftriaxona sódica) IM 1 g:
equivalente a 1 g de ceftriaxona e 1 ampola de solução diluente (lidocaína 1%) com 3,5 mL.
USO INTRAMUSCULAR
USO ADULTO E PEDIÁTRICO
COMPOSIÇÃO:
Triaxin (ceftriaxona sódica) – 500 mg
Cada frasco-ampola contém:
ceftriaxona sódica hemieptaidratada*................. 596,66 mg
*Cada 596,66 mg de ceftriaxona sódica hemieptaidratada equivalem à 500 mg de ceftriaxona base.
Triaxin (ceftriaxona sódica) – 1 g
ceftriaxona sódica hemieptaidratada*.................. 1,193 g
*Cada 1,193 g de ceftriaxona sódica hemieptaidratada equivalem a 1 g de ceftriaxona base.
A cada 1 grama de ceftriaxona sódica contém aproximadamente 83 mg (3,6 mEq) de sódio
Cada 1 ml de solução diluente (lidocaína 1%) contém:
cloridrato de lidocaína .............................................. 10 mg
excipientes* .............................................................. q.s.p. 1 ml
*Excipientes: cloreto de sódio, metilparabeno, ácido clorídrico, hidróxido de sódio e água para injetáveis.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Este medicamento é indicado para o tratamento de infecções causadas por microrganismos sensíveis à
ceftriaxona, como:
- Sepse;
- Meningite;
- Borreliose de Lyme disseminada (estágios iniciais e tardios da doença) (Doença de Lyme);
- Infecções intra-abdominais (peritonites, infecções do trato gastrintestinal e biliar);
- Infecções ósseas, articulares, tecidos moles, pele e feridas;
- Infecções em pacientes imunocomprometidos;
- Infecções renais e do trato urinário;
- Infecções do trato respiratório, particularmente pneumonia e infecções otorrinolaringológicas;
- Infecções genitais, inclusive gonorreia;
- Profilaxia peri-operatória de infecções.
O tratamento com ceftriaxona é eficaz em infecções de gravidade variável, incluindo a sepse neonatal e em
adulto, causadas por microrganismos sensíveis (Stone et al, 1984; Ghosen et al, 1981; Wiese,1988).
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É indicado no tratamento empírico da meningite em crianças acima de 1 ano associado à ampicilina (Feigin et al,
1992). Sua eficácia em adultos é comparável à da associação ampicilina e cloranfenicol (Girgis et al, 1988) e, em
crianças, aos seguintes antibióticos: cloranfenicol, ampicilina (isolados ou em associação), cefepima e
cefotaxima, com a vantagem de posologia apenas 1 vez ao dia (Girgis et al, 1988; Saez-Llorens & O’Ryan,
2001; Peltola et al, 1989).
No tratamento das infecções respiratórias agudas ou crônicas agudizadas sua eficácia é observada em crianças,
adultos e idosos, na pneumonia comunitária e hospitalar, de gravidade variável, e em casos graves (Rascio et
al,1985; Grossman et al, 1999; Garber et al, 1992; Keller & Humair, 1981; Brogden & Ward,1988; Mangi et al,
1992).
Seu uso em dose única no tratamento da otite média aguda em crianças tem eficácia similar à do tratamento com
amoxicilina durante 7 a 10 dias, associação amoxicilina e ácido clavulânico e sulfametoxazol e trimetoprima e
tem sua indicação como alternativa quando a aderência ao tratamento for questionável (Varsano et al, 1988;
Cohen et al,1999, Barnett et al,1997).
A ceftriaxona mostrou-se eficaz no tratamento das infecções renais e do trato urinário, não-complicadas e
complicadas (Brogden & Ward, 1988; Iravani & Richard, 1985). Sua eficácia e segurança também foram
demonstradas em mulheres grávidas (Wing et al,1998), crianças e adolescentes (Komoroski et al, 1999).
No tratamento da peritonite bacteriana espontânea em pacientes cirróticos, ocorre cura bacteriológica de até
100% em 48 horas (Gomez-Jimenez et al, 1993). Na febre tifóide seu uso é seguro e eficaz, em adultos e
crianças, comparável ao cloranfenicol (Moosa & Rubidge, 1989). Nas diarreias causadas por Shigella,
Salmonella, E. coli e Campylobacter, em crianças, tem eficácia similar quando comparado ao ciprofloxacino
(Leibovitz et al, 2000).
Sua eficácia também é observada no tratamento empírico de infecções bacterianas em crianças e adultos
imunocomprometidos com neutropenia febril e câncer (Hoepelman et al, 1988; Menichetti et al, 1990; Ariffin et
al, 2001). Nesses pacientes, o uso de ceftriaxona diário, uma vez ao dia, é mais custo-efetivo do que a
ceftazidima, três doses ao dia, ambos em associação à amicacina (Rossini et al, 1998; Ariffin et al, 2001).
Na profilaxia peri-operatória de infecções, sua administração em dose única no pré-operatório tem eficácia
superior ou igual a outros antibióticos administrados em múltiplas doses. É superior à associação de gentamicina
e metronidazol em cirurgias intestinais (Morris, 1993) e a cefoxitina, em cirurgias abdominais (Morris,1994).
Em relação ao cefepime (este também em dose única), a eficácia nas cirurgias colorretais é semelhante (Zanella
et al, 2000). Nas cirurgias ginecológicas, biliares e cardiovasculares, a eficácia de sua administração em dose
única é similar a cefazolina em múltiplas doses (Hemsell et al, 1984; Kellum et al, 1984; Soteriu et al, 1989).
Nas cirurgias mamárias, observou-se menor incidência de infecção pós-operatória quando comparado a
ceftazidima (Thomas et al, 1999). Nas cirurgias ortopédicas sua eficácia é semelhante à da cefuroxima
(Meyer,1984).
Na profilaxia de infecção após trauma penetrante, a administração precoce (dentro de 2 horas) de ceftriaxona 2 g
em dose única tem eficácia semelhante ao uso da cefoxitina na dose de 2 g, 3 vezes ao dia por 3 dias associado a
um menor custo de tratamento (Schmidt-Matthiesen et al, 1999).
A ceftriaxona em uma única dose é eficaz para o tratamento da gonorréia com resultados de erradicação da
bactéria que variam de 98 a 100% (Handsfield et al, 1994; Jones et al,1991). Sua eficácia em dose única no
tratamento do cancróide é similar à azitromicina (Martin et al, 1994). Sua associação com doxicilina é tão eficaz
quanto a associação clindamicina e ciprofloxacino no tratamento da doença inflamatória pélvica (Arrendondo et
al, 1997).
No tratamento da Doença de Lyme mostra-se superior à penicilina e pode ser considerada droga de escolha
(Dattwyler et al, 1987, 1988 e 1997).
No tratamento das celulites, sua eficácia é comparável a cefazolina (Goldstein et al, 1984).
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Farmacodinâmica
Microbiologia
A atividade bactericida da ceftriaxona se deve à inibição da síntese da parede celular. A ceftriaxona, in vitro, é
ativa contra um amplo espectro de microrganismos Gram-positivos e Gram-negativos, sendo altamente estável à
maioria das beta-lactamases, tanto cefalosporinases quanto penicilinases desses microrganismos. A ceftriaxona é
normalmente ativa in vitro contra os seguintes microrganismos e suas respectivas infecções:
Aeróbios Gram-positivos:
Staphylococcus aureus (meticilina-sensíveis),
Staphylococci coagulase-negativo,
Streptococcus pyogenes (Beta hemolítico grupo A),
Streptococcus agalactiae (Beta hemolítico grupo B),
Streptococci beta hemolítico (grupo não-A ou B),
Streptococcus viridans.
Streptococcus pneumoniae
Obs: Os estafilococos meticilina-resistentes são resistentes às cefalosporinas, inclusive à ceftriaxona. Em geral,
Enterococos faecalis, Enterococos faecium e Listeria monocytogenes são também resistentes.
Aeróbios Gram-negativos:
Acinetobacter lwoffi,
Acinetobacter anitratus (principalmente Acinetobacter baumanii)*,
Aeromonas hydrophila,
Alcaligenes faecalis,
Alcaligenes odorans,
Bactéria Alcaligenes-like,
Borrelia burgdorferi,
Capnocytophaga spp.,
Citrobacter diversus (incluindo C. amalonaticus),
Citrobacter freundii*,
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Escherichia coli,
Enterobacter aerogenes*,
Enterobacter cloacae*,
Enterobacter spp. (outros)*,
Haemophilus ducreyi,
Haemophilus influenzae,
Haemophilus parainfluenzae,
Hafnia alvei,
Klebsiella oxytoca,
Klebsiella pneumoniae**,
Moraxella catarrhalis (antiga Branhamella catarrhalis)
Moraxella osloensis,
Moraxella spp. (outras),
Morganella morganii,
Neisseria gonorrhoeae,
Neisseria meningitidis,
Pasteurella multocida,
Plesiomonas shigelloides,
Proteus mirabilis,
Proteus penneri*,
Proteus vulgaris*,
Pseudomonas fluorescens*,
Pseudomonas spp. (outras)*,
Providentia rettgeri*,
Providentia spp. (outras),
Salmonella typhi,
Salmonella spp (não-tifóide),
Serratia marcescens*,
Serratia spp. (outras)*,
Shigella spp.,
Vibrio spp.,
Yersinia enterocolitica,
Yersinia spp. (outras).
*Alguns isolados destas espécies são resistentes à ceftriaxona, principalmente devido à produção de beta
lactamase codificada cromossomicamente.
** Alguns isolados destas espécies são resistentes devido à produção de beta-lactamase de espectro ampliado
mediada por plasmídio.
Obs: Muitas cepas de microrganismos anteriormente mencionados que apresentam resistência a outros
antibióticos, como por exemplo, amino e ureido-penicilina, cefalosporinas mais antigas e aminoglicosídeos, são
sensíveis à ceftriaxona. Treponema pallidum é sensível à ceftriaxona in vitro e em experimentação animal.
Trabalhos clínicos indicam que tanto a sífilis primária como a secundária respondem bem ao tratamento com
ceftriaxona. Com poucas exceções clínicas, isolados de P. aeruginosa são resistentes à ceftriaxona.
Microrganismos anaeróbicos:
Bacteroides spp. (bile sensíveis)*,
Clostridium spp.(exceto C. difficile),
Fusobacterium nucleatum,
Fusobacterium spp (outros),
Gaffkia anaerobica (anteriormente Peptococcus),
Peptostreptococcus spp.
* Alguns isolados desta espécie são resistentes devido a produção de beta-lactamase.
Obs: Muitas cepas de Bacteroides spp. produtoras de beta-lactamases (especialmente B. fragillis) são resistentes.
Clostridium difficile é resistente.
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A sensibilidade à ceftriaxona pode ser determinada por meio do teste de difusão com disco ou do teste de
diluição com ágar ou caldo que utiliza técnicas padronizadas para testes de sensibilidade como as recomendadas
pelo National Committee for Clinical Laboratory Standards (NCCLS).
O NCCLS fornece os seguintes parâmetros para a ceftriaxona:
Teste de sensibilidade por diluição (concentrações inibitórias em mg/L): sensível = 8 mg/L; moderadamente
sensível 16 - 32 mg/L; resistentes = 64 mg/L.
Teste de sensibilidade por difusão usando disco com 30 mcg de ceftriaxona (diâmetro da zona de inibição em
mm): sensível = 21 mm, moderadamente sensível = 20 - 14 mm, resistentes = 13 mm.
Os microrganismos devem ser testados com os discos de ceftriaxona uma vez que ficou demonstrado in vitro,
que a ceftriaxona é ativa contra certas cepas que se mostraram resistentes em discos da classe cefalosporina.
Quando as normas recomendadas pelo NCCLS não estão disponíveis, pode-se utilizar outras normas bem
padronizadas de sensibilidade e interpretação dos testes.
Farmacocinética
A farmacocinética da ceftriaxona não é linear e todos os parâmetros farmacocinéticos básicos, exceto a meia
vida de eliminação, são dependentes da dose se baseados nas concentrações totais da droga.
Absorção
A concentração plasmática máxima depois de dose única de 1 g IM é de cerca de 81 mg/L e é alcançada em 2 - 3
horas após administração. As áreas sob as curvas de concentração plasmática x tempo, após administração IM e
IV, são equivalentes. Isto significa que a biodisponibilidade da ceftriaxona após administração IM é de 100%.
Distribuição
O volume de distribuição da ceftriaxona é de 7 a 12 litros. A ceftriaxona mostrou excelente penetração tissular e
nos líquidos orgânicos após dose de 1 – 2 g. Alcança concentrações bem acima da concentração inibitória
mínima contra a maioria dos patógenos responsáveis pela infecção e é detectável por mais de 24 horas em mais
de 60 tecidos ou líquidos orgânicos, incluindo pulmões, coração, fígado e vias biliares, amígdalas, ouvido médio,
mucosa nasal, ossos e fluidos cérebro-espinhal, pleural, prostático e sinovial.
Na administração intravenosa, a ceftriaxona difunde-se rapidamente para o líquido intersticial, onde a
concentração bactericida contra organismos sensíveis é mantida por 24 horas.
Ligação protéica
A ceftriaxona liga-se de modo reversível à albumina, diminuindo a ligação com o aumento da concentração.
Assim, para uma concentração plasmática <100 mcg/mL, a ligação protéica é de 95%, enquanto para uma
concentração de 300 mcg/mL, a ligação é de 85%. Devido ao conteúdo mais baixo de albumina, a proporção de
ceftriaxona livre no líquido intersticial é proporcionalmente mais alta do que no plasma.
Passagem para o líquido cefalorraquidiano
A ceftriaxona atravessa as meninges inflamadas de recém-nascidos, lactentes e crianças maiores. Concentrações
da ceftriaxona >1,4 mg/L têm sido encontradas no LCR, 24 horas após administração de 50 - 100 mg/kg de
ceftriaxona por via intravenosa (recém-nascido e lactentes, respectivamente). A concentração de pico no líquor é
atingida cerca de 4 horas após injeção IV e resulta em um valor médio de 18 mg/L. O grau de difusão médio no
líquido cefalorraquidiano (LCR) corresponde a 17% da concentração plasmática nos pacientes com meningite
bacteriana e 4% em pacientes com meningite asséptica.
Em pacientes adultos com meningite, a administração de 50 mg/kg produz, em 2 a 24 horas, concentrações no
LCR muitas vezes superiores às concentrações inibitórias mínimas necessárias para a grande maioria dos
microrganismos causadores de meningite.
Passagem placentária e excreção pelo leite
A ceftriaxona atravessa a placenta e é excretada pelo leite em baixas concentrações.
Metabolização
A ceftriaxona não é metabolizada sistemicamente, mas convertida a metabólitos microbiologicamente inativos
pela flora intestinal.
Eliminação
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A depuração total do plasma é 10 - 22 mL/min. A depuração renal é 5 - 12 mL/min.
Em adultos, cerca de 50 - 60% de ceftriaxona é excretada sob a forma inalterada na urina, enquanto 40 – 50%
são excretados sob a forma inalterada na bile. A meia-vida de eliminação em adultos sadios é de
aproximadamente 8 horas.
Farmacocinética em situações clínicas especiais
Nos recém-nascidos, a eliminação urinária representa cerca de 70% da dose administrada. Em crianças com
menos de 8 dias de vida e em indivíduos idosos, com mais de 75 anos, a média da meia-vida de eliminação é
cerca de 2 a 3 vezes mais longa.
Em pacientes com insuficiência renal ou hepática, a farmacocinética da ceftriaxona é minimamente alterada,
sendo a meia-vida de eliminação apenas discretamente aumentada. Se apenas a função renal está prejudicada, há
um aumento da eliminação biliar da ceftriaxona; se apenas a função hepática está prejudicada, há um aumento da
eliminação renal desta substância.
Hipersensibilidade: Triaxin (ceftriaxona sódica) é contraindicado a pacientes com conhecida hipersensibilidade
à ceftriaxona, a qualquer um dos excipientes da formulação ou a qualquer outro cefalosporínico. Pacientes com
histórico de reações de hipersensibilidade à penicilina e outros agentes betalactâmicos podem apresentar maior
risco de hipersensibilidade à ceftriaxona (vide item “Advertências e Precauções – Hipersensibilidade”).
Lidocaína: contraindicações à lidocaína devem ser excluídas antes da administração de injeções intramusculares
de ceftriaxona, nas quais a solução de lidocaína deve ser utilizada como solvente. Favor consultar as
contraindicações descritas na bula da lidocaína. Soluções de ceftriaxona que contém lidocaína nunca devem ser
administradas por via intravenosa.
Neonatos prematuros: Triaxin (ceftriaxona sódica) é contraindicado a neonatos prematuros com idade pós-
menstrual (idade corrigida) de até 41 semanas (idade gestacional + idade cronológica).
Recém-nascidos com hiperbilirrubinemia: Recém-nascidos com hiperbilirrubinemia não devem ser tratados
com ceftriaxona. Estudos in vitro mostraram que a ceftriaxona pode deslocar a bilirrubina de sua ligação com a
albumina sérica, levando a um possível risco de encefalopatia bilirrubínica nesses pacientes.
Neonatos e soluções intravenosas que contém cálcio: Triaxin (ceftriaxona sódica) é contraindicado a neonatos
(≤ 28 dias) caso eles requeiram (ou possam requerer) tratamento com soluções IV que contêm cálcio, incluindo
infusão contínua de cálcio como a nutrição parenteral, por causa do risco de precipitação de ceftriaxona cálcica
(vide itens “Posologia e Modo de Usar”, “Interações Medicamentosas” e “Reações Adversas – Interação com
cálcio”).
Hipersensibilidade: assim como para todos os agentes antibacterianos betalactâmicos, reações de
hipersensibilidade sérias e, ocasionalmente, fatais foram reportadas em pacientes tratados com Triaxin
(ceftriaxona sódica) (vide item “Reações Adversas”). No caso de reações de hipersensibilidade graves, o
tratamento com Triaxin (ceftriaxona sódica) deve ser descontinuado imediatamente e medidas de emergência
adequadas devem ser iniciadas. Antes do início do tratamento, deve-se concluir se o paciente apresenta histórico
de reações de hipersensibilidade à ceftriaxona, outros cefalosporínicos ou qualquer outro tipo de agente
betalactâmico. Deve-se tomar precauções, caso Triaxin (ceftriaxona sódica) seja administrado em pacientes com
histórico de hipersensibilidade a outros agentes betalactâmicos.
Anemia hemolítica: anemia hemolítica imune mediada foi observada em pacientes que receberam
antibacterianos da classe das cefalosporinas, incluindo Triaxin (ceftriaxona sódica). Casos graves de anemia
hemolítica, incluindo óbitos, foram relatados durante o tratamento em adultos e crianças. Caso um paciente
desenvolva anemia durante o uso de ceftriaxona, o diagnóstico de uma anemia associada à cefalosporina deve ser
considerado e o uso da ceftriaxona interrompido até que a etiologia seja determinada.
Diarreia associada ao Clostridium difficile (CDAD): CDAD foi relatada com o uso de quase todos os agentes
antibacterianos, incluindo Triaxin (ceftriaxona sódica), e pode variar na gravidade, de diarreia leve à colite fatal.
O tratamento com agentes antibacterianos altera a flora normal do cólon, levando a um crescimento exacerbado
do C. difficile. C. difficile produz toxinas A e B, as quais contribuem para o desenvolvimento de CDAD. Cepas
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de C. difficile hiperprodutoras de toxina causam aumento da morbidade e mortalidade, pois estas infecções
podem ser refratárias à terapia antimicrobiana, podendo requerer colectomia. CDAD deve ser considerada em
todos os pacientes que apresentarem diarreia após uso de antibióticos. É necessário histórico médico cuidadoso
porque já foi relatada a ocorrência de CDAD mais de dois meses após a administração de agentes
antibacterianos.
Caso haja suspeita de CDAD ou o diagnóstico seja confirmado, o antibiótico em uso não específico contra C.
difficile talvez necessite ser descontinuado. O manejo adequado de líquidos e eletrólitos, suplementação protéica,
tratamento antibiótico para C. difficile e a avaliação cirúrgica devem ser instituídos.
Superinfecções: superinfecções com os microrganismos sensíveis podem ocorrer como com outros agentes
Precipitados de ceftriaxona cálcica: precipitados de ceftriaxona cálcica na vesícula biliar foram observados
durante exames ultrassonográficos em pacientes que, particularmente, estavam recebendo doses de ceftriaxona
iguais ou superiores a 1 g/dia. A probabilidade de surgimento desses precipitados, aparentemente, é maior em
pacientes pediátricos. Os precipitados desaparecem após descontinuação do tratamento com Triaxin (ceftriaxona
sódica) e são raramente sintomáticos. Em casos sintomáticos, o gerenciamento não cirúrgico conservador é
recomendado e a descontinuação do tratamento com Triaxin (ceftriaxona sódica) deve ser considerada pelo
médico com base na avaliação individual do risco-benefício.
À luz da evidência científica atual, não foram observados casos de precipitações intravasculares em pacientes,
exceto em recém-nascidos tratados com ceftriaxona e soluções ou produtos que contenham cálcio. No entanto,
Triaxin (ceftriaxona sódica) não deve ser misturado ou administrado simultaneamente com soluções ou produtos
que contenham cálcio, a qualquer paciente, mesmo por diferentes cateteres ou acessos venosos para infusão (vide
itens “Interações medicamentosas” e “Reações adversas”).
Pancreatite: casos de pancreatite, possivelmente de etiologia biliar obstrutiva, foram raramente relatados em
pacientes tratados com Triaxin (ceftriaxona sódica). A maior parte desses pacientes apresentava fatores de risco
para estase/aglutinação biliar, como tratamento prévio intenso, doença grave e nutrição parenteral total. O papel
de fator desencadeante ou de cofator de Triaxin (ceftriaxona sódica) relacionado à precipitação biliar não pode
ser descartado,
Monitoramento hematológico: durante tratamentos prolongados, hemograma completo deve ser feito
regularmente.
O diluente de Triaxin (ceftriaxona sódica) IM, composto de uma solução de lidocaína, nunca deve ser
administrado na veia. Desta forma, sempre utilize Triaxin (ceftriaxona sódica) IM somente por via
intramuscular, nunca por via intravenosa.
Gravidez e lactação
Categoria de risco na gravidez: B. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem
orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se ocorrer gravidez ou iniciar amamentação durante o uso
deste medicamento.
Apesar dos estudos não demonstrarem defeitos físicos no feto ou indução de mutação genética é necessário
cautela nos três primeiros meses de gestação, a não ser em casos absolutamente necessários.
Ceftriaxona atravessa a barreira placentária. A segurança durante a gravidez não foi estabelecida em seres
humanos.
Estudos de reprodução em animais não evidenciaram embrio ou fetotoxicidade nem teratogenicidade, ou eventos
adversos sobre a fertilidade (tanto masculina quanto feminina), o nascimento ou o desenvolvimento peri ou pós-
natal. Em primatas, não foi observada embriotoxicidade ou teratogenicidade.
Como Triaxin (ceftriaxona sódica) é excretado no leite humano em baixas concentrações, é recomendada cautela
em mulheres que amamentam.
Uso em idosos
As doses para adultos não precisam ser alteradas para pacientes geriátricos.
Uso em pacientes pediátricos
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A segurança e a eficácia de Triaxin (ceftriaxona sódica) em recém-nascidos, lactentes e crianças foram
estabelecidas para as doses descritas no item “Posologia”. Estudos mostraram que a ceftriaxona, assim como
outras cefalosporinas, pode deslocar a bilirrubina da albumina sérica. Triaxin (ceftriaxona sódica) não é
recomendado para neonatos, especialmente prematuros, que apresentem risco de desenvolver encefalopatia por
causa da hiperbilirrubinemia (vide item “Contraindicações”).
Insuficiência hepática e renal
Vide item “Posologia e Modo de Usar”.
Efeitos sobre a capacidade de dirigir e operar máquinas
Durante o tratamento com Triaxin (ceftriaxona sódica), efeitos indesejados podem ocorrer (por exemplo,
tontura), os quais podem influenciar a habilidade de dirigir e operar máquinas (vide item “Reações adversas”).
Pacientes devem ser cautelosos ao dirigir ou operar máquinas.
Até o momento, não se observaram quaisquer alterações da função renal após administração simultânea de doses
elevadas de Triaxin (ceftriaxona sódica) e potentes diuréticos, como a furosemida.
Há evidências conflitantes sobre o potencial aumento na toxicidade renal dos aminoglicosídeos, quando
administrados com cefalosporinas. O monitoramento dos níveis de aminoglicosídeos e da função renal descritos
na prática clínica devem ser rigorosamente cumpridos, quando houver administração em combinação com
Triaxin (ceftriaxona sódica).
Triaxin (ceftriaxona sódica) não apresentou efeito similar ao provocado pelo dissulfiram após administração de
álcool.
A ceftriaxona não contém o radical N-metiltiotetrazol, que está associado a uma possível intolerância ao álcool e
a sangramentos observados com outras cefalosporinas.
A probenicida não tem influência sobre a eliminação de Triaxin (ceftriaxona sódica).
Em estudos in vitro, efeitos antagônicos foram observados com o uso combinado de cloranfenicol e ceftriaxona.
Diluentes que contêm cálcio, como as soluções de Ringer ou Hartmann, não devem ser utilizados para a
reconstituição de Triaxin (ceftriaxona sódica) ou para diluições posteriores de soluções reconstituídas para
administração IV, pois pode ocorrer a formação de precipitado. A precipitação de ceftriaxona cálcica também é
possível quando Triaxin (ceftriaxona sódica) é misturado com soluções que contêm cálcio no mesmo acesso de
administração IV. Triaxin (ceftriaxona sódica) não deve ser administrado simultaneamente com soluções IV que
contêm cálcio, inclusive infusões contínuas que contêm cálcio tais como as de nutrição parenteral, através de
equipo em Y.
No entanto, em outros pacientes, exceto em recém-nascidos, Triaxin (ceftriaxona sódica) e soluções que
contenham cálcio podem ser administrados sequencialmente, se as linhas de infusão forem bem lavadas com um
líquido compatível. Em estudos in vitro que utilizaram plasma adulto e neonatal do sangue do cordão umbilical,
foi demonstrado que recém-nascidos apresentam um risco aumentado de precipitação de ceftriaxona cálcica
(vide itens “Posologia” e “Contraindicações”).
O uso concomitante de Triaxin (ceftriaxona sódica) com antagonistas da vitamina K pode aumentar o risco de
sangramentos. Os parâmetros de coagulação devem ser monitorados frequentemente e a dose do anticoagulante
deve ser ajustada adequadamente durante e após o tratamento com Triaxin (ceftriaxona sódica) (vide item
“Reações adversas”).
Interações com exames laboratoriais
Em pacientes tratados com Triaxin (ceftriaxona sódica), o teste de Coombs pode se tornar falso positivo. Assim
como com outros antibióticos, pode ocorrer resultado falso positivo para galactosemia.
Os métodos não enzimáticos para a determinação de glicose na urina podem fornecer resultados falso positivos.
Por esse motivo, a determinação de glicose na urina durante o tratamento com Triaxin (ceftriaxona sódica) deve
ser feita por métodos enzimáticos. A presença da ceftriaxona pode falsamente reduzir os valores estimados de
glicose no sangue, quando obtidos a partir de alguns sistemas de monitoramento da glicose sanguínea. Favor
consultar as informações de uso para cada sistema utilizado. Métodos de análise alternativos devem ser
utilizados, se necessário.
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Conservar em temperatura ambiente (entre 15 e 30ºC).
O prazo de validade deste medicamento é de 24 meses.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
As soluções reconstituídas permanecem estáveis física e quimicamente por 6 horas em temperatura ambiente
(entre 15ºC e 30ºC) ou durante até 24 horas sob refrigeração (entre 2º e 8ºC). Entretanto, como regra geral, as
soluções devem ser utilizadas imediatamente após a preparação e qualquer porção não utilizada dentro dos
prazos e condições descritos deve ser desprezada. A coloração da solução reconstituída é levemente amarelada e
límpida, dependendo da concentração e do tempo de estocagem. Isto não tem qualquer significado quanto à
tolerabilidade ou eficácia do medicamento.
Após preparo, manter no refrigerador, entre 2º e 8ºC, por até 24 horas ou manter em temperatura
ambiente por até 6 horas.
Características do produto:
Triaxin (ceftriaxona sódica) IM é constituído de pó cristalino branco a amarelo alaranjado contido em frasco
ampola incolor. O medicamento acompanha ampola de diluente contendo cloridrato de lidocaína, sendo uma
solução límpida, incolor, isento de partículas estranhas. Após a reconstituição a solução contendo ceftriaxona é
uma solução levemente amarelada, límpida isenta de partículas ou fibras.
Triaxin (ceftriaxona sódica) IM não possui características organolépticas marcantes que permitam sua
diferenciação em relação a outros pós e soluções.
Descarte de seringas / materiais perfuro-cortantes
Os seguintes pontos devem ser rigorosamente respeitados quanto ao uso e descarte de seringas e outros materiais
perfurocortantes:
· As agulhas e seringas nunca devem ser reaproveitadas.
· Todas as agulhas e seringas utilizadas devem ser colocadas em um recipiente de descarte apropriado, à prova de
perfurações.
· Manter o recipiente de descarte fora do alcance das crianças.
· A colocação do recipiente de descarte no lixo doméstico deve ser evitada.
· O descarte do recipiente deve ser realizado de acordo com as exigências locais ou conforme indicado pelo
prestador de cuidados de saúde.
Descarte de medicamentos não utilizados e/ou com data de validade vencida
O descarte de medicamentos no meio ambiente deve ser minimizado. Os medicamentos não devem ser
descartados no esgoto e o descarte em lixo doméstico deve ser evitado. Utilize o sistema de coleta local
estabelecido, se disponível.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
Adultos e crianças acima de 12 anos: A dose usual é de 1 - 2 g de Triaxin (ceftriaxona sódica) em dose única
diária (cada 24 horas). Em casos graves ou em infecções causadas por patógenos moderadamente sensíveis, a
dose pode ser elevada para 4 g, uma vez ao dia.
Recém-nascidos (abaixo de 14 dias): Dose única diária de 20 - 50 mg/kg. Não ultrapassar 50 mg/kg. Triaxin
(ceftriaxona sódica) é contraindicado a neonatos prematuros com idade pós-menstrual (idade gestacional + idade
cronológica) de até 41 semanas (vide item “Contraindicações”).
Triaxin (ceftriaxona sódica) também é contraindicado a recém-nascidos (≤ 28 dias) caso eles requeiram (ou
possam requerer) tratamento com soluções IV que contêm cálcio, incluindo infusão de cálcio contínua como a
nutrição parenteral, devido ao risco de precipitação de ceftriaxona cálcica (vide item “Contraindicações”).
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Recém-nascidos, lactentes e crianças (15 dias até 12 anos): Dose única diária de 20 - 80 mg/kg.
Para crianças de 50 kg ou mais deve ser utilizada a posologia de adultos. Doses intravenosas maiores ou iguais a
50 mg/kg de peso corpóreo devem ser administradas por períodos de infusão superiores a 30 minutos.
Pacientes idosos: As doses para adultos não precisam ser alteradas para pacientes idosos, desde que o paciente
não apresente insuficiência renal e hepática graves.
Duração do tratamento: O tempo de tratamento varia de acordo com a evolução da doença. Como se
recomenda na antibioticoterapia em geral, a administração de Triaxin (ceftriaxona sódica) deve ser mantida
durante um período mínimo de 48 a 72 horas após o desaparecimento da febre ou após obterem-se evidências de
erradicação da bactéria.
Terapêutica associada: Tem sido demonstrado, em condições experimentais, um sinergismo entre Triaxin
(ceftriaxona sódica) e aminoglicosídeos, para muitos bacilos Gram-negativos. Embora não se possa prever
sempre um aumento de atividade com essa associação, este sinergismo deve ser considerado nas infecções
graves com risco de morte causadas por microrganimos, como Pseudomonas aeruginosa. Por causa da
incompatibilidade química entre Triaxin (ceftriaxona sódica)
Neisseria meningitides
e aminoglicosídeos, esses medicamentos devem ser
administrados separadamente, nas doses recomendadas. A incompatibilidade química também foi observada na
administração intravenosa da ansacrina, vancomicina e fluconazol com Triaxin (ceftriaxona sódica).
Instruções posológicas especiais
Meningite: na meningite bacteriana de lactentes e crianças deve-se iniciar o tratamento com 100 mg/kg em dose
única diária (dose máxima de 4 g). Logo que o germe responsável tenha sido identificado e sua sensibilidade
determinada, pode-se reduzir a posologia. Os melhores resultados foram obtidos com os seguintes tempos de
tratamento:
4 dias
Haemophilus influenzae 6 dias
Streptococcus pneumoniae 7 dias
Borreliose de Lyme (doença de Lyme): a dose preconizada é de 50 mg/kg até o total de 2 g em crianças e
adultos, durante 14 dias, em dose única diária.
Gonorreia: para o tratamento da gonorreia causada por cepas produtoras e não produtoras de penicilinase,
recomenda-se uma dose única intramuscular de 250 mg.
Profilaxia no perioperatório: para prevenir infecção pós-operatória em cirurgia contaminada ou potencialmente
contaminada, recomenda-se dose única de 1 a 2 g de Triaxin (ceftriaxona sódica) 30 a 90 minutos antes da
cirurgia. Em cirurgia colorretal, a administração de Triaxin (ceftriaxona sódica) com ou sem um derivado 5-
nitroimidazólico (por exemplo, ornidazol) mostrou-se eficaz.
Insuficiência hepática e renal: não é necessário diminuir a dose de Triaxin (ceftriaxona sódica) em pacientes
com insuficiência hepática, desde que a função renal não esteja prejudicada. Somente nos casos de insuficiência
renal pré-terminal (depuração de creatinina < 10 mL/min), a dose de Triaxin (ceftriaxona sódica) não deve ser
superior a 2 g/dia.
Não é necessário diminuir a dose nos pacientes com insuficiência renal desde que a função hepática não esteja
prejudicada.
No caso de insuficiências hepática e renal graves e concomitantes, deve-se determinar a concentração plasmática
de Triaxin (ceftriaxona sódica) a intervalos regulares e, se necessário, fazer o ajuste da dose.
Em pacientes sob diálise não há necessidade de doses suplementares após a diálise. Entretanto, as concentrações
séricas devem ser acompanhadas, a fim de avaliar a necessidade de ajustes na posologia, pois a taxa de
eliminação nesses pacientes pode ser alterada.
Modo de usar
Administração intramuscular: dissolver Triaxin (ceftriaxona sódica) IM 500 mg em 2 mL e Triaxin
(ceftriaxona sódica) IM 1g em 3,5 mL de uma solução de lidocaína a 1% e injetar profundamente na região
glútea ou em outro músculo relativamente grande. Recomenda-se não injetar mais do que 1 g em um sítio de
administração.
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O diluente de Triaxin (ceftriaxona sódica) IM, composto de uma solução de lidocaína, nunca deve ser
administrado por via intravenosa (vide item “Contraindicações”). Desta forma, sempre utilize Triaxin
(ceftriaxona sódica) IM somente por via intramuscular, nunca por via intravenosa.
Incompatibilidades
Diluentes que contêm cálcio, como as soluções de Ringer ou Hartmann, não devem ser utilizados para a
reconstituição de Triaxin (ceftriaxona sódica) ou para diluições posteriores de soluções reconstituídas para
administração IV, pois pode ocorrer formação de precipitado. A precipitação de ceftriaxona cálcica também
pode ocorrer quando Triaxin (ceftriaxona sódica) é misturado com soluções que contêm cálcio no mesmo equipo
de administração IV. Triaxin (ceftriaxona sódica) não deve ser administrado simultaneamente com soluções IV
que contêm cálcio, inclusive infusões contínuas que contêm cálcio tais como as de nutrição parenteral, através de
equipo em Y. No entanto, em outros pacientes, exceto em recém-nascidos, Triaxin (ceftriaxona sódica)
Triaxin (ceftriaxona sódica) IM
e
soluções que contenham cálcio podem ser administrados sequencialmente, entre as infusões, se as linhas de
infusão forem bem lavadas com um líquido compatível.
Até o momento não houve relatos de interação entre ceftriaxona e produtos orais que contêm cálcio ou interação
entre ceftriaxona intramuscular e produtos que contêm cálcio (IV ou oral).
Baseado em artigos da literatura, ceftriaxona não deve ser diluída em frasco com outros antimicrobianos tais
como, amsacrina, vancomicina, fluconazol e aminoglicosídeos.
O volume final do medicamento preparado, segue abaixo:
Volume máximo final
após reconstituição
500 mg 2,4 mL
1 g 4,1 mL
A dose de substância ativa por Kg de peso corpóreo, segue abaixo:
Concentrações de Triaxin
(ceftriaxona sódica) IM
Quantidade nominal de
substância ativa
Dose max. teórica de substância
ativa por kg*
500 mg 614,4 mg 8,8 mg/kg
1 g 1228,8 mg 17,5 mg/kg
* Para esse cálculo foi considerado o peso médio corpóreo de 70 Kg.
Estudos clínicos
As reações adversas mais frequentemente reportadas para ceftriaxona são eosinofilia, leucopenia,
trombocitopenia, diarreia, erupção cutânea e aumento das enzimas hepáticas. Os dados para determinar a
frequência das reações adversas de ceftriaxona foram obtidos de estudos clínicos.
Reação comum (> 1/100 e < 1/10): eosinofilia, leucopenia, trombocitopenia, diarreia, fezes amolecidas,
aumento das enzimas hepáticas e erupção cutânea.
Reação incomum (> 1/1.000 e < 1/100): infecção fúngica no trato genital, granulocitopenia, anemia,
coagulopatia, cefaleia, tontura, náusea, vômito, prurido, flebite, dor no local da administração, febre e aumento
da creatinina sérica.
Reação rara (> 1/10.000 e < 1/1.000): colite pseudomembranosa, broncoespasmo, urticária, hematúria,
glicosúria, edema e calafrios.
Pós-comercialização
As reações adversas a seguir foram identificadas durante o período de pós-comercialização de ceftriaxona. Essas
reações foram reportadas por uma população de tamanho incerto, portanto, não é possível estimar com segurança
sua frequência e/ou estabelecer uma relação causal com a exposição ao fármaco.
Problemas gastrintestinais: pancreatite, estomatite e glossite.
Alterações hematológicas: casos isolados de agranulocitose (< 500/mm3) foram relatados, a maior parte deles
após 10 dias de tratamento e doses totais de 20 g ou mais.
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Reações cutâneas: pustulose exantemática generalizada aguda (PEGA) e casos isolados de graves reações
cutâneas, como eritema multiforme, síndrome de Stevens Johnson ou síndrome de Lyell / necrólise epidérmica
tóxica.
Alterações no sistema nervoso: convulsão.
Infecções e infestações: superinfecção.
Outros efeitos colaterais raros: sedimento sintomático de ceftriaxona cálcica na vesícula biliar (litíase biliar),
icterícia, kernicterus,
oligúria, reações anafiláticas e anafilactoides.
Interação com cálcio: dois estudos in vitro, um utilizando plasma de adultos e outro plasma neonatal do sangue
do cordão umbilical, foram realizados para avaliar a interação de ceftriaxona e cálcio. Concentrações de
ceftriaxona de até 1 mM (em excesso de concentrações obtidas in vivo, após administração de 2 g de ceftriaxona
em perfusão durante 30 minutos) foram usadas em combinação com concentrações de cálcio de até 12 mM (48
mg/dL). A recuperação de ceftriaxona do plasma foi reduzida com concentrações de cálcio de 6 mM (24 mg/dL)
ou superior no plasma de adultos ou 4 mM (16 mg/dL) ou superior no plasma neonatal. Isso pode ser reflexo da
precipitação de ceftriaxona cálcica.
Em recém-nascidos que receberam ceftriaxona e soluções que continham cálcio, foi relatado um pequeno
número de casos fatais, nos quais um material cristalino foi observado nos pulmões e rins durante a autópsia. Em
alguns desses casos, a mesma linha de infusão intravenosa foi usada para ceftriaxona e para as soluções contendo
cálcio, e em algumas destas vias de infusão, foi observado um precipitado. Pelo menos uma fatalidade foi
relatada com um recém-nascido no qual ceftriaxona
Registrado por:
e soluções que continham cálcio foram administrados em
diferentes momentos, em vias de infusão diferentes; e nenhum material cristalino foi observado na autópsia
desse neonato. Não houve relatos semelhantes em pacientes não neonatos.
Foram relatados casos de precipitação de ceftriaxona no trato urinário, principalmente em crianças que foram
tratadas com altas doses (por exemplo, doses maiores ou iguais a 80 mg/kg/dia ou com dose total excedendo 10
g) e que apresentavam outros fatores de risco (por exemplo, desidratação, confinamento a cama). Esse evento
pode ser assintomático ou sintomático, e pode levar à obstrução da uretra e insuficiência renal aguda, mas é
geralmente reversível com a descontinuação de ceftriaxona.
Efeitos colaterais locais: em raros casos, reações de flebite ocorrem após administração intravenosa. Essas
podem ser minimizadas pela prática de injeção lenta do produto (2 – 4 min).
Investigações: resultados falso positivos para os testes de Coombs, galactosemia e métodos não enzimáticos para
determinação da glicose.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária - NOTIVISA,
disponível em http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária
Estadual ou Municipal.