Bula do Triquilar produzido pelo laboratorio Schering do Brasil Química e Farmacêutica Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
Triquilar®
Schering do Brasil, Química e Farmacêutica Ltda.
drágeas
levonorgestrel + etinilestradiol
levonorgestrel
etinilestradiol
APRESENTAÇÃO:
Cartucho contendo 1 blíster-calendário com 21 drágeas.
USO ORAL
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO:
6 drágeas contendo 0,05 mg de levonorgestrel e 0,03 mg de etinilestradiol cada uma; 5
drágeas contendo 0,075 mg de levonorgestrel e 0,04 mg de etinilestradiol cada uma; e 10
drágeas contendo 0,125 mg de levonorgestrel e 0,03 mg de etinilestradiol cada uma.
Excipientes: lactose, amido, povidona, talco, estearato de magnésio, sacarose, macrogol,
carbonato de cálcio, glicerol, dióxido de titânio, pigmento de óxido de ferro vermelho,
pigmento de óxido de ferro amarelo e cera montanglicol.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE:
1. INDICAÇÃO
TriquiIar®
é indicado para contracepção oral.
Os contraceptivos orais combinados (COCs) são utilizados para prevenir a gravidez.
Quando usados corretamente, o índice de falha é de aproximadamente 1% ao ano. O
índice de falha pode aumentar quando há esquecimento de tomada das drágeas ou quando
estas são tomadas incorretamente, ou ainda em casos de vômitos dentro de 3 a 4 horas
após a ingestão de uma drágea ou diarreia intensa, bem como interações medicamentosas.
Farmacodinâmica
O efeito anticoncepcional dos contraceptivos orais combinados (COCs) baseia-se na
interação de diversos fatores, sendo que os mais importantes são inibição da ovulação e
alterações na secreção cervical.
Estudos de segurança pós-comercialização demonstraram que a frequência de diagnóstico
de TEV (Tromboembolismo Venoso) varia entre 7 e 10 por 10.000 mulheres por ano que
utilizam COC com baixa dose de estrogênio (< 0,05 mg de etinilestradiol). Dados mais
recentes sugerem que a frequência de diagnóstico de TEV é de aproximadamente 4 por
10.000 mulheres por ano não usuárias de COCs e não grávidas. Essa faixa está entre 20 a
30 por 10.000 mulheres grávidas ou no pós-parto.
Além da ação contraceptiva, os COCs apresentam diversas propriedades positivas. O
ciclo menstrual torna-se mais regular, a menstruação apresenta-se frequentemente menos
dolorosa e o sangramento menos intenso, o que, neste último caso, pode reduzir a
possibilidade de ocorrência de deficiência de ferro.
Além disso, há evidência da redução do risco de ocorrência de câncer de endométrio e de
ovário. Os COCs de dose mais elevada (0,05 mg de etinilestradiol) também diminuem a
incidência de tumores fibrocísticos de mama, cistos ovarianos, doença inflamatória
pélvica e gravidez ectópica. Ainda não existe confirmação de que isto também se aplique
aos contraceptivos orais de dose mais baixa.
Farmacocinética
- levonorgestrel
Absorção:
O levonorgestrel é rápida e completamente absorvido quando administrado por via oral.
As concentrações séricas máximas de levonorgestrel, de 2,3 ng/mL, são atingidas
aproximadamente uma hora após o início do uso de Triquilar®
. Após ingestão de dose
única de 0,125 mg de levonorgestrel associado a 0,03 mg de etinilestradiol (que
representa a combinação com o maior teor de levonorgestrel da formulação trifásica),
foram alcançadas concentrações séricas máximas de 4,3 ng/mL em aproximadamente uma
hora após a ingestão de dose única. O levonorgestrel é quase que completamente
biodisponível após administração oral.
Distribuição:
O levonorgestrel liga-se à albumina sérica e à globulina de ligação aos hormônios sexuais
(SHBG). Apenas 1,4% da concentração sérica total do fármaco estão presentes como
esteroide livre, 55% estão ligadas especificamente à SHBG e aproximadamente 44%
estão ligadas de forma inespecífica à albumina. O aumento da SHBG induzido pelo
etinilestradiol influencia a proporção de levonorgestrel ligado às proteínas séricas,
promovendo um aumento da fração ligada à SHBG e uma diminuição da fração ligada à
albumina. O volume aparente de distribuição de levonorgestrel é de aproximadamente
128 L após administração única por via oral da dose mais elevada de levonorgestrel do
Triquilar®
.
Metabolismo:
O levonorgestrel é extensivamente metabolizado. Os principais metabólitos no plasma são
as formas conjugadas e não conjugadas de 3α,5β-tetrahidrolevonorgestrel. Baseado em
estudos “in vitro” e “in vivo”, a CYP3A4 é a principal enzima envolvida no metabolismo
do levonorgestrel.
A taxa de depuração sérica do levonorgestrel é de aproximadamente 1,3 a 1,6 mL/min/kg.
Eliminação:
Os níveis séricos de levonorgestrel diminuem em duas fases. A fase de disposição
terminal é caracterizada por uma meia-vida de aproximadamente 22 horas. O
levonorgestrel não é excretado na forma inalterada. Seus metabólitos são excretados pelas
vias urinária e biliar em uma proporção de aproximadamente 1:1. A meia-vida de
excreção de metabólitos é de aproximadamente um dia.
Condições no estado de equilíbrio:
A farmacocinética do levonorgestrel é influenciada pelos níveis de SHBG, os quais são
aumentados em cerca de duas vezes durante os 21 dias do período de uso de Triquilar®
Após ingestão diária, os níveis séricos do fármaco aumentam aproximadamente 4 vezes,
alcançando as condições de estado de equilíbrio durante a segunda metade de um ciclo de
utilização. No estado de equilíbrio, o volume de distribuição e a taxa de depuração são
reduzidas para 52 L e 0,5 mL/min/kg, respectivamente.
- etinilestradiol
O etinilestradiol administrado por via oral é rápida e completamente absorvido. Os níveis
séricos máximos, de aproximadamente 116 pg/mL, são alcançados em 1,3 horas. Durante
absorção e metabolismo de primeira passagem, o etinilestradiol é metabolizado
extensivamente, resultando em biodisponibilidade oral média de aproximadamente 45%,
com ampla variação interindividual de cerca de 20 - 65%.
O etinilestradiol liga-se alta e inespecificamente à albumina sérica (aproximadamente
98%) e induz aumento das concentrações séricas de SHBG. Foi determinado o volume
aparente de distribuição de aproximadamente 2,8 - 8,6 L/kg.
O etinilestradiol está sujeito à conjugação pré-sistêmica tanto na mucosa do intestino
delgado quanto no fígado. É metabolizado primariamente por hidroxilação aromática, mas
é formada uma extensa variedade de metabólitos hidroxilados e metilados e estes estão
presentes nas formas livre e conjugada com glicuronídios e sulfato. A taxa de depuração
do etinilestradiol é de cerca de 2,3 - 7 mL/min/kg.
Os níveis séricos de etinilestradiol diminuem em duas fases de disposição, caracterizadas
por meias-vidas de aproximadamente 1 hora e 10 - 20 horas, respectivamente. Não se
observa excreção da droga na forma inalterada, sendo que os metabólitos são excretados
em uma proporção de 4:6 na urina e na bile. A meia-vida de excreção de metabólitos é de
aproximadamente um dia.
Considerando a variação da meia-vida da fase de disposição terminal do soro e a ingestão
diária, os níveis séricos de etinilestradiol no estado de equilíbrio são alcançados após
cerca de uma semana. No final do ciclo de ingestão, a concentração máxima de
etinilestradiol, de aproximadamente 132 pg/mL, é alcançada após cerca de 1,3 horas.
Dados de segurança pré-clínica
Os dados pré-clínicos obtidos através de estudos convencionais de toxicidade de dose
repetida, genotoxicidade, potencial carcinogênico e toxicidade para a reprodução
mostraram que não há risco especialmente relevante para humanos.
No entanto, deve-se ter em mente que esteroides sexuais podem estimular o crescimento
de determinados tecidos e tumores dependentes de hormônio.
Contraceptivos orais combinados (COCs) não devem ser utilizados na presença das
seguintes condições:
- presença ou história de processos trombóticos/tromboembólicos (arteriais ou
venosos) como, por exemplo, trombose venosa profunda, embolia pulmonar, infarto
do miocárdio; ou de acidente vascular cerebral;
- presença ou história de sintomas e/ou sinais prodrômicos de trombose (por
exemplo, episódio isquêmico transitório, angina pectoris);
- um alto risco de trombose arterial ou venosa (veja item “Advertências e
Precauções”);
- história de enxaqueca com sintomas neurológicos focais;
- diabetes mellitus com alterações vasculares;
- doença hepática grave, enquanto os valores da função hepática não retornarem
ao normal;
- presença ou história de tumores hepáticos (benignos ou malignos);
- diagnóstico ou suspeita de neoplasias dependentes de esteroides sexuais (por
exemplo, dos órgãos genitais ou das mamas);
- sangramento vaginal não-diagnosticado;
- suspeita ou diagnóstico de gravidez;
- hipersensibilidade às substâncias ativas ou a qualquer um dos componentes do
produto.
Se qualquer uma das condições citadas anteriormente ocorrer pela primeira vez
durante o uso de COCs, a sua utilização deve ser descontinuada imediatamente.
Em caso de ocorrência de qualquer uma das condições ou fatores de risco
mencionados a seguir, os benefícios da utilização de COCs devem ser avaliados
frente aos possíveis riscos para cada paciente individualmente e discutidos com a
mesma antes de optar pelo início de sua utilização. Em casos de agravamento,
exacerbação ou aparecimento pela primeira vez de qualquer uma dessas condições
ou fatores de risco, a paciente deve entrar em contato com seu médico. Nesses casos,
a continuação do uso do produto deve ficar a critério médico.
Distúrbios circulatórios
Estudos epidemiológicos sugerem associação entre a utilização de COCs e um
aumento do risco de distúrbios tromboembólicos e trombóticos arteriais e venosos,
como infarto do miocárdio, trombose venosa profunda, embolia pulmonar e
acidentes vasculares cerebrais. A ocorrência destes eventos é rara.
O risco de ocorrência de tromboembolismo venoso (TEV) é mais elevado durante o
primeiro ano de uso do contraceptivo hormonal. Este risco aumentado está presente
após iniciar pela primeira vez o uso de COC ou ao reiniciar o uso (após um intervalo
de 4 semanas ou mais sem uso de pílula) do mesmo COC ou de outro COC. Dados de
um grande estudo coorte prospectivo, de 3 braços, sugerem que este risco
aumentado está presente principalmente durante os 3 primeiros meses. O risco geral
de TEV em usuárias de contraceptivos orais contendo estrogênio em baixa dose (<
0,05 mg de etinilestradiol) é duas a três vezes maior que em não usuárias de COCs
que não estejam grávidas e continua a ser menor do que o risco associado à gravidez
e ao parto.
O TEV pode provocar risco para a vida da paciente ou pode ser fatal (em 1 a 2%
dos casos).
O tromboembolismo venoso (TEV) se manifesta como trombose venosa profunda
e/ou embolia pulmonar, e pode ocorrer durante o uso de qualquer COC.
Em casos extremamente raros, tem sido observada a ocorrência de trombose em
outros vasos sanguíneos como, por exemplo, em veias e artérias hepáticas,
mesentéricas, renais, cerebrais ou retinianas em usuárias de COCs.
Sintomas de trombose venosa profunda (TVP) podem incluir: inchaço unilateral em
membro inferior ou ao longo da veia da perna; dor ou sensibilidade na perna que
pode ser sentida apenas quando se está em pé ou andando, calor aumentado na
perna afetada; descoloração ou hiperemia da pele da perna.
Sintomas de embolia pulmonar (EP) podem incluir: início súbito e inexplicável de
dispneia ou taquipneia; tosse de início abrupto que pode levar a hemoptise; angina
aguda que pode aumentar com a respiração profunda; ansiedade; tontura severa ou
vertigem; taquicardia ou arritmia cardíaca. Alguns destes sintomas (por exemplo,
dispneia, tosse) não são específicos e podem ser erroneamente interpretados como
eventos mais comuns ou menos graves (por exemplo, infecções do trato respiratório).
Um evento tromboembólico arterial pode incluir acidente vascular cerebral, oclusão
vascular ou infarto do miocárdio (IM). Sintomas de um acidente vascular cerebral
podem incluir: diminuição da sensibilidade ou da força motora afetando, de forma
súbita, a face, braço ou perna, especialmente em um lado do corpo; confusão súbita,
dificuldade para falar ou compreender; dificuldade repentina para enxergar com
um ou ambos os olhos; súbita dificuldade para caminhar, tontura, perda de
equilíbrio ou de coordenação; cefaleia repentina, intensa ou prolongada, sem causa
conhecida; perda de consciência ou desmaio, com ou sem convulsão. Outros sinais de
oclusão vascular podem incluir: dor súbita, inchaço e cianose de uma extremidade;
abdome agudo.
Sintomas de infarto do miocárdio (IM) podem incluir: dor, desconforto, pressão,
peso, sensação de aperto ou estufamento no peito, braço ou abaixo do esterno;
desconforto que se irradia para as costas, mandíbula, garganta, braços, estômago;
saciedade, indigestão ou sensação de asfixia; sudorese, náuseas, vômitos ou tontura;
fraqueza extrema, ansiedade ou falta de ar; taquicardia ou arritmia cardíaca.
Eventos tromboembólicos arteriais podem provocar risco para a vida da paciente ou
podem ser fatais.
O potencial para um risco sinérgico aumentado de trombose deve ser considerado
em mulheres que possuem uma combinação de fatores de risco ou apresentem um
fator de risco individual mais grave. Este risco aumentado pode ser maior que um
simples risco cumulativo de fatores. Um COC não deve ser prescrito em caso de uma
avaliação risco-benefício negativa (veja item “Contraindicações”).
O risco de processos trombóticos/tromboembólicos arteriais ou venosos, ou de
acidente vascular cerebral, aumenta com:
- idade;
- obesidade (índice de massa corpórea superior a 30 kg/m2
);
- história familiar positiva (isto é, tromboembolismo venoso ou arterial detectado em
um(a) irmão(ã) ou em um dos progenitores em idade relativamente jovem). Se há
suspeita ou conhecimento de predisposição hereditária, a usuária deve ser
encaminhada a um especialista antes de decidir pelo uso de qualquer COC;
- imobilização prolongada, cirurgia de grande porte, qualquer intervenção cirúrgica
em membros inferiores ou trauma extenso. Nestes casos, é aconselhável descontinuar
o uso do COC (em casos de cirurgia programada com, pelo menos, 4 semanas de
antecedência) e não reiniciá-lo até duas semanas após o total restabelecimento;
- tabagismo (com consumo elevado de cigarros e aumento da idade, o risco torna-se
ainda maior, especialmente em mulheres com idade superior a 35 anos);
- dislipoproteinemia;
- hipertensão;
- enxaqueca;
- valvopatia;
- fibrilação atrial.
Não há consenso quanto a possível influência de veias varicosas e de tromboflebite
superficial na gênese do tromboembolismo venoso.
Deve-se considerar o aumento do risco de tromboembolismo no puerpério (para
informações sobre gravidez e lactação veja item “Gravidez e lactação”).
Outras condições clínicas que também têm sido associadas aos eventos adversos
circulatórios são: diabetes mellitus, lúpus eritematoso sistêmico, síndrome
hemolítico-urêmica, patologia intestinal inflamatória crônica (doença de Crohn ou
colite ulcerativa) e anemia falciforme.
O aumento da frequência ou da intensidade de enxaquecas durante o uso de COCs
pode ser motivo para a suspensão imediata do mesmo, dada a possibilidade deste
quadro representar o início de um evento vascular cerebral.
Os fatores bioquímicos que podem indicar predisposição hereditária ou adquirida
para trombose arterial ou venosa incluem: resistência à proteína C ativada (PCA),
hiper-homocisteinemia, deficiências de antitrombina III, de proteína C e de proteína
S, anticorpos antifosfolipídios (anticorpos anticardiolipina, anticoagulante lúpico).
Na avaliação da relação risco-benefício, o médico deve considerar que o tratamento
adequado de uma condição clínica pode reduzir o risco associado de trombose e que
o risco associado à gestação é mais elevado do que aquele associado ao uso de COCs
de baixa dose (< 0,05 mg de etinilestradiol).
Tumores
O fator de risco mais importante para o câncer cervical é a infecção persistente por
HPV (papilomavírus humano). Alguns estudos epidemiológicos indicaram que o uso
prolongado de contraceptivos orais pode contribuir para este risco aumentado, mas
continua existindo controvérsia sobre a extensão em que esta ocorrência possa ser
atribuída aos efeitos concorrentes, por exemplo, da realização de exame cervical e do
comportamento sexual, incluindo a utilização de contraceptivos de barreira.
Uma metanálise de 54 estudos epidemiológicos demonstrou que existe pequeno
aumento do risco relativo (RR = 1,24) para câncer de mama diagnosticado em
mulheres que estejam usando COCs. Este aumento desaparece gradualmente nos 10
anos subsequentes à suspensão do uso do COC. Uma vez que o câncer de mama é
raro em mulheres com idade inferior a 40 anos, o aumento no número de
diagnósticos de câncer de mama em usuárias atuais e recentes de COCs é pequeno,
se comparado ao risco total de câncer de mama. Estes estudos não fornecem
evidências de causalidade. O padrão observado de aumento do risco pode ser devido
ao diagnóstico precoce de câncer de mama em usuárias de COCs, aos efeitos
biológicos dos COCs ou à combinação de ambos. Os casos de câncer de mama
diagnosticados em usuárias de primeira vez de COCs tendem a ser clinicamente
menos avançados do que os diagnosticados em mulheres que nunca utilizaram
COCs.
Foram observados, em casos raros, tumores hepáticos benignos e, mais raramente,
malignos em usuárias de COCs. Em casos isolados, esses tumores provocaram
hemorragias intra-abdominais com risco para a vida da usuária. A possibilidade de
tumor hepático deve ser considerada no diagnóstico diferencial de usuárias de COCs
que apresentarem dor intensa em abdome superior, aumento do tamanho do fígado
ou sinais de hemorragia intra-abdominal.
Tumores malignos podem provocar risco para a vida da paciente ou podem ser
fatais.
Outras condições
Mulheres com hipertrigliceridemia, ou com história familiar da mesma, podem
apresentar risco aumentado de desenvolver pancreatite durante o uso de COC.
Embora tenham sido relatados discretos aumentos da pressão arterial em muitas
usuárias de COCs, os casos de relevância clínica são raros. Entretanto, no caso de
desenvolvimento e manutenção de hipertensão clinicamente significativa, é prudente
que o médico descontinue o uso do produto e trate a hipertensão. Se for considerado
apropriado, o uso do COC pode ser reiniciado, caso os níveis pressóricos se
normalizem com o uso de terapia anti-hipertensiva.
Foi descrita a ocorrência ou agravamento das seguintes condições, tanto durante a
gestação quanto durante o uso de COC, no entanto, a evidência de uma associação
com o uso de COC é inconclusiva: icterícia e/ou prurido relacionados à colestase;
formação de cálculos biliares; porfiria; lúpus eritematoso sistêmico; síndrome
hemolítico-urêmica; coreia de Sydenham; herpes gestacional; perda da audição
relacionada com a otosclerose. Em mulheres com angioedema hereditário,
estrogênios exógenos podem induzir ou intensificar os sintomas de angioedema. Os
distúrbios agudos ou crônicos da função hepática podem requerer a descontinuação
do uso do COC, até que os marcadores da função hepática retornem aos valores
normais. A recorrência de icterícia colestática que tenha ocorrido pela primeira vez
durante a gestação, ou durante o uso anterior de esteroides sexuais, requer a
descontinuação do uso de COCs.
Embora os COCs possam exercer efeito sobre a resistência periférica à insulina e
sobre a tolerância à glicose, não há qualquer evidência da necessidade de alteração
do regime terapêutico em usuárias de COCs de baixa dose (< 0,05 mg de
etinilestradiol) que sejam diabéticas. Entretanto, deve-se manter cuidadosa
vigilância enquanto estas pacientes estiverem utilizando COCs.
O uso de COCs tem sido associado à doença de Crohn e a colite ulcerativa.
Ocasionalmente, pode ocorrer cloasma, sobretudo em usuárias com história de
cloasma gravídico. Mulheres predispostas ao desenvolvimento de cloasma devem
evitar exposição ao sol ou à radiação ultravioleta enquanto estiverem usando COCs.
Consultas/exames médicos
Antes de iniciar ou retomar o uso do COC, é necessário obter história clínica
detalhada e realizar exame clínico completo, considerando os itens descritos em
“Contraindicações” e “Advertências e Precauções”; estes acompanhamentos devem
ser repetidos periodicamente durante o uso de COCs. A avaliação médica periódica
é igualmente importante porque as contraindicações (por exemplo, episódio
isquêmico transitório, etc.) ou fatores de risco (por exemplo, história familiar de
trombose arterial ou venosa) podem aparecer pela primeira vez durante a utilização
do COC. A frequência e a natureza destas avaliações devem ser baseadas nas
condutas médicas estabelecidas e adaptadas a cada usuária, mas devem, em geral,
incluir atenção especial à pressão arterial, mamas, abdome e órgãos pélvicos,
incluindo citologia cervical.
As usuárias devem ser informadas de que os contraceptivos orais não protegem
contra infecções causadas pelo HIV (AIDS) e outras doenças sexualmente
transmissíveis.
Redução da eficácia
A eficácia dos COCs pode ser reduzida nos casos de esquecimento de tomada das
drágeas (veja subitem “Drágeas esquecidas”), distúrbios gastrintestinais ou
tratamento concomitante com outros medicamentos (veja itens “Posologia e modo de
usar” e “Interações medicamentosas”).
Redução do controle do ciclo
Como ocorre com todos os COCs, pode surgir sangramento irregular (gotejamento
ou sangramento de escape), especialmente durante os primeiros meses de uso.
Portanto, a avaliação de qualquer sangramento irregular somente será significativa
após um intervalo de adaptação de cerca de três ciclos.
Se o sangramento irregular persistir ou ocorrer após ciclos anteriormente regulares,
devem ser consideradas causas não-hormonais e, nestes casos, são indicados
procedimentos diagnósticos apropriados para exclusão de neoplasia ou gestação.
Estas medidas podem incluir a realização de curetagem.
É possível que em algumas usuárias não ocorra o sangramento por privação durante
o intervalo de pausa. Se a usuária ingeriu as drágeas segundo as instruções descritas
no item “Posologia e modo de usar”, é pouco provável que esteja grávida. Porém, se
o COC não tiver sido ingerido corretamente no ciclo em que houve ausência de
sangramento por privação ou se não ocorrer sangramento por privação em dois
ciclos consecutivos, deve-se excluir a possibilidade de gestação antes de continuar a
utilização do COC.
Gravidez e lactação
Triquilar®
é contraindicado durante a gravidez. Caso a paciente engravide durante
o uso de Triquilar®
, deve-se descontinuar o seu uso. Entretanto, estudos
epidemiológicos abrangentes não revelaram risco aumentado de malformações
congênitas em crianças nascidas de mulheres que tenham utilizado COC antes da
gestação. Também não foram verificados efeitos teratogênicos decorrentes da
ingestão acidental de COCs no início da gestação.
“Categoria X (Em estudos em animais e mulheres grávidas, o fármaco provocou
anomalias fetais, havendo clara evidência de risco para o feto que é maior do que
qualquer benefício possível para a paciente) – Este medicamento não deve ser
utilizado por mulheres grávidas ou que possam ficar grávidas durante o
tratamento.”
Os COCs podem afetar a lactação, uma vez que podem reduzir a quantidade e
alterar a composição do leite materno. Portanto, não é recomendável, em geral, o uso
de COCs até que a lactante tenha suspendido completamente a amamentação do seu
filho. Pequenas quantidades dos esteroides contraceptivos e/ou de seus metabólitos
podem ser excretadas com leite.
Alterações em exames laboratoriais
O uso de esteroides presentes nos contraceptivos pode influenciar os resultados de
certos exames laboratoriais, incluindo parâmetros bioquímicos das funções hepática,
tiroidiana, adrenal e renal; níveis plasmáticos de proteínas (transportadoras), por
exemplo, globulina de ligação a corticosteroides e frações lipídicas/lipoproteicas;
parâmetros do metabolismo de carboidratos e parâmetros da coagulação e
fibrinólise. As alterações geralmente permanecem dentro do intervalo laboratorial
considerado normal.
Efeitos sobre a habilidade de dirigir veículos ou operar máquinas
Não foram conduzidos estudos e não foram observados efeitos sobre a habilidade de
dirigir veículos ou operar máquinas em usuárias de COCs.
“Atenção: este medicamento contém açúcar, portanto, deve ser usado com cautela
Efeitos de outras substâncias medicinais sobre Triquilar®
As interações medicamentosas podem ocorrer com fármacos indutores das enzimas
microssomais o que pode resultar em aumento da depuração dos hormônios sexuais
e pode produzir sangramento de escape e/ou diminuição da eficácia do contraceptivo
oral. Usuárias sob tratamento com qualquer uma destas substâncias devem utilizar
temporária e adicionalmente um método contraceptivo de barreira ou escolher um
outro método contraceptivo. O método de barreira deve ser usado
concomitantemente, assim como nos 28 dias posteriores à sua descontinuação. Se a
necessidade de utilização do método de barreira estender-se além do final da cartela
do COC, a usuária deverá iniciar a cartela seguinte imediatamente após o término
da cartela em uso, sem proceder ao intervalo de pausa habitual.
Substâncias que aumentam a depuração dos COCs (diminuição da eficácia dos
COCs por indução enzimática), por exemplo:
fenitoína, barbitúricos, primidona, carbamazepina, rifampicina e também
possivelmente com oxcarbazepina, topiramato, felbamato, griseofulvina e produtos
contendo Erva de São João.
Substâncias com efeito variável na depuração dos COCs, por exemplo:
Quando coadministrado com COCs, muitos inibidores HIV/HCV protease e
inibidores não nucleosídios da transcriptase reversa podem aumentar ou diminuir as
concentrações plasmáticas de estrogênios ou progestógenos. Estas alterações podem
ser clinicamente relevantes em alguns casos.
Substâncias que reduzem a depuração dos COCs (inibidores enzimáticos):
Inibidores potentes e moderados da CYP3A4, como antifúngicos azólicos (por
exemplo, itraconazol, voriconazol, fluconazol), verapamil, macrolídeos (por exemplo,
claritromicina, eritromicina), diltiazem e suco de toronja podem aumentar a
concentração plasmática de estrogênios ou de progestógenos ou de ambos.
Doses de 60 a 120 mg/dia de etoricoxibe demonstraram aumentar as concentrações
plasmáticas de etinilestradiol 1,4 a 1,6 vezes, respectivamente, quando administradas
concomitantemente com um contraceptivo hormonal combinado contendo 0,035 mg
de etinilestradiol.
Efeitos dos COCs em outras substâncias medicinais:
Contraceptivos orais podem afetar o metabolismo de alguns outros fármacos.
Consequentemente, as concentrações plasmática e tecidual podem aumentar (por
exemplo, ciclosporina) ou diminuir (por exemplo, lamotrigina).
“In vitro”, etinilestradiol é um inibidor reversível da CYP2C19, CYP1A1 e CYP1A2,
assim como inibidor baseado no mecanismo da CYP3A4/5, CYP2C8 e CYP2J2. Em
estudos clínicos, a administração de contraceptivos hormonais contendo
etinilestradiol levou a nenhum ou pequeno aumento nas concentrações plasmáticas
dos substratos da CYP3A4 (por exemplo, midazolam), enquanto as concentrações
plasmáticas dos substratos da CYP1A2 podem aumentar fracamente (por exemplo,
teofilina) ou moderadamente (por exemplo, melatonina e tizanidina).
Deve-se avaliar também as informações contidas na bula do medicamento utilizado
concomitantemente a fim de identificar interações em potencial.
7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO
O medicamento deve ser mantido em temperatura ambiente (entre 15ºC e 30ºC). Proteger
da umidade.
Este medicamento tem prazo de validade de 24 meses a partir da data de fabricação.
“Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.”
“Não use medicamento com prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem
original.”
Características Organolépticas
Drágeas marrons, drágeas brancas e drágeas ocre, sem cheiro (odor) ou gosto
característico.
“Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.”
“Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.”
As drágeas devem ser ingeridas na ordem indicada na cartela, por 21 dias consecutivos,
mantendo-se aproximadamente o mesmo horário e, se necessário, com pequena
quantidade de líquido. Cada nova cartela é iniciada após um intervalo de pausa de 7 dias
sem a ingestão de drágeas, durante o qual deve ocorrer sangramento por privação
hormonal (em 2-3 dias após a ingestão da última drágea). Este sangramento pode não
haver cessado antes do início de uma nova cartela.
Início do uso de Triquilar
- Quando nenhum outro contraceptivo hormonal foi utilizado no mês anterior:
No caso da usuária não ter utilizado contraceptivo hormonal no mês anterior, a ingestão
deve ser iniciada no 1º dia do ciclo (1º dia de sangramento menstrual).
- Mudando de outro contraceptivo oral combinado, anel vaginal ou adesivo
transdérmico (contraceptivo) para Triquilar
:
A usuária deve começar o uso de Triquilar
preferencialmente no dia posterior à ingestão
do último comprimido ativo (último comprimido contendo hormônio) do contraceptivo
usado anteriormente ou, no máximo, no dia seguinte ao último dia de pausa ou de tomada
de comprimidos inativos (sem hormônio). Se estiver mudando de anel vaginal ou adesivo
transdérmico, deve começar preferencialmente no dia da retirada do último anel ou
adesivo do ciclo ou, no máximo, no dia previsto para a próxima aplicação.
- Mudando de um método contraceptivo contendo somente progestógeno
(minipílula, injeção, implante) ou Sistema Intrauterino (SIU) com liberação de
progestógeno para Triquilar
A usuária poderá iniciar o uso de Triquilar
em qualquer dia no caso da minipílula ou no
dia da retirada do implante ou do SIU ou no dia previsto para a próxima injeção. Em
todos esses casos (uso anterior de minipílula, injeção, implante ou Sistema Intrauterino
com liberação de progestógeno), recomenda-se usar adicionalmente um método de
barreira nos 7 primeiros dias de ingestão de Triquilar
.
- Após abortamento de primeiro trimestre:
Pode-se iniciar o uso de Triquilar
imediatamente, sem necessidade de adotar medidas
contraceptivas adicionais.
- Após parto ou abortamento no segundo trimestre:
Para amamentação, veja o item “Gravidez e lactação”.
Após parto ou abortamento no segundo trimestre, a usuária deve ser aconselhada a iniciar
o COC no período entre o 21º e 28º dia após o procedimento. Se começar em período
posterior, deve-se aconselhar o uso adicional de um método de barreira nos 7 dias iniciais
de ingestão. Se já tiver ocorrido relação sexual, deve-se certificar de que a mulher não
esteja grávida antes de iniciar o uso do COC ou, então, aguardar a primeira menstruação.
Drágeas esquecidas
Se houver transcorrido menos de 12 horas do horário habitual de ingestão, a proteção
contraceptiva não será reduzida. A usuária deve tomar imediatamente a drágea esquecida
e continuar o restante da cartela no horário habitual.
Se houver transcorrido mais de 12 horas, a proteção contraceptiva pode estar reduzida
neste ciclo. Nesse caso, deve-se ter em mente duas regras básicas: 1) a ingestão das
drágeas nunca deve ser interrompida por mais de 7 dias; 2) são necessários 7 dias de
ingestão contínua das drágeas para conseguir supressão adequada do eixo hipotálamo-
hipófise-ovário. Consequentemente, na prática diária, pode-se usar a seguinte orientação:
- Esquecimento na 1ª semana:
A usuária deve ingerir imediatamente a última drágea esquecida, mesmo que isto
signifique a ingestão simultânea de duas drágeas. As drágeas restantes devem ser tomadas
no horário habitual. Adicionalmente, deve-se adotar um método de barreira (por exemplo,
preservativo) durante os 7 dias subsequentes. Se tiver ocorrido relação sexual nos 7 dias
anteriores, deve-se considerar a possibilidade de gravidez. Quanto mais drágeas forem
esquecidas e mais perto estiverem do intervalo normal sem tomada de drágeas (pausa),
maior será o risco de gravidez.
- Esquecimento na 2ª semana:
signifique a ingestão simultânea de duas drágeas e deve continuar tomando o restante da
cartela no horário habitual. Se nos 7 dias precedentes à primeira drágea esquecida, todas
as drágeas tiverem sido tomadas conforme as instruções, não é necessária qualquer
medida contraceptiva adicional. Porém, se isto não tiver ocorrido, ou se mais do que uma
drágea tiver sido esquecida, deve-se aconselhar a adoção de precauções adicionais (por
exemplo, uso de preservativo) por 7 dias.
- Esquecimento na 3ª semana:
O risco de redução da eficácia é iminente pela proximidade do intervalo sem ingestão de
drágeas (pausa). No entanto, ainda se pode minimizar a redução da proteção contraceptiva
ajustando o esquema de ingestão das drágeas. Se nos 7 dias anteriores à primeira drágea
esquecida a ingestão foi feita corretamente, a usuária poderá seguir qualquer uma das duas
opções abaixo, sem precisar usar métodos contraceptivos adicionais. Se não for este o
caso, ela deve seguir a primeira opção e usar medidas contraceptivas adicionais (por
exemplo, uso de preservativo) durante os 7 dias seguintes.
1) Tomar a última drágea esquecida imediatamente, mesmo que isto signifique a
ingestão simultânea de duas drágeas e continuar tomando as drágeas seguintes no
horário habitual. A nova cartela deve ser iniciada assim que acabar a cartela atual, isto
é, sem o intervalo de pausa habitual entre elas. É pouco provável que ocorra
sangramento por privação até o final da segunda cartela, mas pode ocorrer gotejamento
ou sangramento de escape durante os dias de ingestão das drágeas.
2) Suspender a ingestão das drágeas da cartela atual, fazer um intervalo de pausa de
até 7 dias sem ingestão de drágeas (incluindo os dias em que se esqueceu de tomá-las)
e, a seguir, iniciar uma nova cartela.
Se não ocorrer sangramento por privação no primeiro intervalo normal sem ingestão de
drágea (pausa), deve-se considerar a possibilidade de gravidez.
Procedimento em caso de distúrbios gastrintestinais
No caso de distúrbios gastrintestinais graves, a absorção pode não ser completa e medidas
contraceptivas adicionais devem ser tomadas.
Se ocorrer vômito dentro de 3 a 4 horas após a ingestão de uma drágea, deve-se seguir o
mesmo procedimento usado no item “Drágeas Esquecidas”. Se a usuária não quiser alterar
seu esquema habitual de ingestão, deve retirar a(s) drágea(s) adicional(is) de outra cartela.
Informações adicionais para populações especiais
- Crianças e adolescentes
Triquilar®
é indicado apenas para uso após a menarca.
- Pacientes idosas
Não aplicável. Triquilar®
não é indicado para uso após a menopausa.
- Pacientes com insuficiência hepática
é contraindicado em mulheres com doença hepática grave. Veja item
“Contraindicações”.
- Pacientes com insuficiência renal
não foi estudado especificamente em pacientes com insuficiência renal. Dados
disponíveis não sugerem alteração no tratamento desta população de pacientes.
“Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.”
As reações adversas mais comumente reportadas com o uso de Triquilar®
são
náusea, dor abdominal, aumento de peso, cefaleia, humor deprimido, alteração de
humor, dor nas mamas e hipersensibilidade dolorosa nas mamas. Essas reações
ocorrem em 1% ou mais das usuárias.
Reações adversas graves são tromboembolismo arterial e venoso.
As frequências são definidas como comum (≥ 1/100), incomum (≥ 1/1.000 a < 1/100) e
rara (≥ 1/10.000 a < 1/1.000).
Foram observadas as seguintes reações adversas em usuárias de COCs, sem que a
exata relação de causalidade tenha sido estabelecida*:
Classificação por
sistema corpóreo
(MedDRA)
Comum Incomum Rara
Distúrbios nos olhos intolerância a lentes
de contato
Distúrbios
gastrintestinais
náuseas, dor
abdominal
vômitos, diarreia
Distúrbios no sistema
imunológico
hipersensibilidade
Investigações aumento de peso
corporal
diminuição de peso
Distúrbios metabólicos
e nutricionais
retenção de
líquido
nervoso
cefaleia enxaqueca
psiquiátricos
estados depressivos,
alterações de humor
diminuição da
libido
aumento da libido
reprodutivo e nas
mamas
dor e
dolorosa nas mamas
hipertrofia
mamária
secreção vaginal,
secreção das mamas
Distúrbios cutâneos e
nos tecidos subcutâneos
erupção cutânea,
urticária
eritema nodoso,
eritema multiforme
Distúrbios vasculares eventos
tromboembólicos
venosos e arteriais**
*Foi utilizado o termo MedDRA (versão 12.0) mais apropriado para descrever uma
determinada reação. Sinônimos ou condições relacionadas não foram listados, mas
também devem ser considerados.
** - Frequência estimada de estudos epidemiológicos compreendendo um grupo de
contraceptivos orais combinados.
- “Eventos tromboembólicos venosos e arteriais” resume as seguintes entidades
médicas: oclusão de veia profunda periférica, trombose e embolia/oclusão vascular
pulmonar, trombose, embolia e infarto/infarto do miocárdio/infarto cerebral e AVC
não especificado como hemorrágico.
Descrição das reações adversas selecionadas:
As reações adversas com frequência muito baixa ou com início tardio dos sintomas
relatadas no grupo de usuárias de contraceptivo oral combinado estão listadas
abaixo (veja também itens “Contraindicações” e “Advertências e Precauções”).
Tumores:
- A frequência de diagnóstico de câncer de mama está ligeiramente aumentada em
usuárias de CO. Como o câncer de mama é raro em mulheres abaixo de 40 anos, o
aumento do risco é pequeno em relação ao risco geral de câncer de mama. A
causalidade com uso de COC é desconhecida.
- Tumores hepáticos (benignos e malignos).
Outras condições:
- mulheres com hipertrigliceridemia (risco aumentado de pancreatite em usuárias de
COCs);
- hipertensão;
- ocorrência ou piora de condições para as quais a associação com o uso de COC não
é conclusiva: icterícia e/ou prurido relacionado à colestase; formação de cálculos
biliares, porfiria, lúpus eritematoso sistêmico, síndrome hemolítico-urêmica, Coreia
de Sydenham, herpes gestacional, perda de audição relacionada à otosclerose;
- em mulheres com angioedema hereditário, estrogênios exógenos podem induzir ou
intensificar sintomas de angioedema;
- distúrbios das funções hepáticas;
- alterações na tolerância à glicose ou efeitos sobre a resistência periférica à insulina;
- doença de Crohn, colite ulcerativa;
- cloasma.
Interações:
Sangramento de escape e/ou diminuição da eficácia contraceptiva podem ser
resultado de interações medicamentosas entre contraceptivos orais e outros
fármacos (indutores enzimáticos), veja item “Interações medicamentosas”.
“Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância
Sanitária – NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br, ou para a Vigilância
Sanitária Estadual ou Municipal.”