Bula do Tylaflex para o Profissional

Bula do Tylaflex produzido pelo laboratorio Medquimica Indústria Farmacêutica S.a
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento

O conteúdo abaixo foi extraído automaticamente da bula original disponibilizada no portal da ANVISA.

Bula do Tylaflex
Medquimica Indústria Farmacêutica S.a - Profissional

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BULA COMPLETA DO TYLAFLEX PARA O PROFISSIONAL

TYLAFLEX®

paracetamol

MEDQUÍMICA INDÚSTRIA FARMACÊUTICA S.A.

Solução Oral (Gotas) 200 mg/mL

Tylaflex®

solução oral (gotas)

I - IDENTIFICAÇÃO DO PRODUTO

Nome genérico:

Forma Farmacêutica e Apresentações:

- Solução oral gotas 200 mg/mL em frasco plástico com 15 mL.

- Solução oral gotas 200 mg/mL em embalagem hospitalar contendo 100 frascos com 15 mL.

VIA ORAL

USO ADULTO E PEDIÁTRICO

Composição:

Cada mL (14 a 16 gotas) contém 200 mg de paracetamol (13,3 mg/gota).

Veículos: ácido cítrico; aroma natural de laranja; benzoato de sódio; ciclamato de sódio; corante amarelo

crepúsculo; metabissulfito de sódio; macrogol; sacarina sódica di-hidratada; água purificada.

II - INFORMAÇÕES AO PROFISSIONAL DE SAÚDE

1. INDICAÇÕES

Este medicamento é indicado, em adultos, para a redução da febre e o alívio temporário de dores leves a

moderadas, tais como: dores associadas a resfriados comuns, dor de cabeça, dor no corpo, dor de dente,

dor nas costas, dores musculares, dores leves associadas a artrites e dismenorreia.

2. RESULTADOS DE EFICÁCIA

Foi realizado um estudo duplo-cego, controlado com placebo, a fim de avaliar a atividade antipirética do

paracetamol em um comparativo em 30 pacientes do sexo masculino. Os pacientes receberam 4 mg/kg de

endotoxinas por via intravenosa, após pré-medicação por via oral de 1000 mg de ambas as drogas. Os

picos de temperatura corporal foram de 38,5 °C ± 0,2 °C no grupo tratado com placebo, 37,6 °C ± 0,2 °C

no grupo do paracetamol (p = 0,001 versus placebo), e 38,6 °C ± 0,2 °C no grupo tratado com o fármaco

comparativo (p = 0,001 versus paracetamol; p = 0,570 versus placebo) 4 horas após a infusão de

lipopolissacarídeos. Concluiu-se que o paracetamol apresentou atividade antipirética superior.1

Um estudo duplo-cego, randomizado, controlado com placebo avaliou a eficácia do efeito analgésico do

paracetamol (1000 mg) em um comparativo em 162 pacientes sofrendo de dor moderada a muito intensa,

devido a uma cirurgia dentária. A intensidade e o alívio da dor foram avaliados em 30 minutos, uma hora

e a cada hora subseqüente durante 6 horas após a administração. O paracetamol foi significativamente

melhor que o comparativo na diferença máxima de intensidade da dor (p < 0,05), no máximo alívio da dor

obtida (p < 0,03) e de acordo com uma avaliação global (p < 0,02).2

Referências Bibliográficas

1. Pernerstorfer T., et al. Acetaminophen has Greater Antipyretic Efficacy than Aspirin in Endotoxemia:

A Randomized, Double-Bind, Placebo-Controlled Trial. Cli. Pharmacol. Ther. 1999; 66 (1): 51-7.

2. Mehlisch D.R., Frakes L.A. A Controlled Comparative Evaluation of Acetaminophen and Aspirin in

the Treatment of Postoperative Pain. Clin. Ther. 1984; 7 (1): 89-97.

3. CARACTERÍSTICAS FARMACOLÓGICAS

Propriedades Farmacodinâmicas

O paracetamol, substância ativa do Tylaflex®

, é um analgésico e antitérmico não pertencente aos grupos

dos opiáceos e salicilatos, clinicamente comprovado, que promove analgesia pela elevação do limiar da

dor e antipirese através de ação no centro hipotalâmico que regula a temperatura. Seu efeito tem início 15

a 30 minutos após a administração oral e permanece por um período de 4 a 6 horas.

Propriedades Farmacocinéticas

Absorção: o paracetamol, administrado oralmente, é rapidamente e quase completamente absorvido no

trato gastrintestinal, principalmente no intestino delgado. A absorção ocorre por transporte passivo. A

biodisponibilidade relativa varia de 85% a 98%. Em indivíduos adultos as concentrações plasmáticas

máximas ocorrem dentro de uma hora após a ingestão e variam de 7,7 a 17,6 mcg/mL para uma dose

única de 1000 mg. As concentrações plasmáticas máximas no estado de equilíbrio após administração de

doses de 1000 mg a cada 6 horas, variam de 7,9 a 27,0 mcg/mL. Através de informações agrupadas de

farmacocinética provenientes de 5 estudos patrocinados pela companhia, com 59 crianças, idades entre 6

meses e 11 anos, foi encontrada a média para concentração plasmática máxima de 12.08 ±3.92 ug/ml,

sendo obtida com o tempo de 51 ± 39 min (média 35min) através de uma dose de 12.5 mg/kg.

Efeito dos alimentos: A absorção de Tylaflex®

é mais rápida se você estiver em jejum. Embora as

concentrações máximas sejam atrasadas quando o paracetamol é administrado com alimentos, a extensão

da absorção não é afetada. O paracetamol pode ser administrado independentemente das refeições.

Distribuição: o paracetamol parece ser amplamente distribuído aos tecidos orgânicos, exceto ao tecido

gorduroso. Seu volume de distribuição aparente é de 0,7 a 1 litro/kg em crianças e adultos. Uma

proporção relativamente pequena (10% a 25%) do paracetamol se liga às proteínas plasmáticas.

Metabolismo: o paracetamol é metabolizado principalmente no fígado e envolve três principais vias:

conjugação com glucoronídeo, conjugação com sulfato e oxidação através da via enzimática do sistema

citocromo P450. A via oxidativa forma um intermediário reativo que é detoxificado por conjugação com

glutationa para formar cisteína inerte e metabólitos mercaptopúricos. A principal isoenzima do sistema

citocromo P450 envolvida in vivo parece ser a CYP2E1, embora a CYP1A2 e CYP3A4 tenham sido

consideradas vias menos importantes com base nos dados microssomais in vitro. Subsequentemente

verificou-se que tanto a via CYP1A2 quanto a CYP3A4 apresentam contribuição desprezível in vivo. Em

adultos, a maior parte do paracetamol é conjugada com ácido glucorônico e em menor extensão com

sulfato. Os metabólitos derivados do glucoronídeo, sulfato e glutationa são desprovidos de atividade

biológica. Em recém-nascidos prematuros e a termo, e, em crianças de baixa idade, predomina o

conjugado sulfato. Em adultos com disfunção hepática de diferentes graus de intensidade e etiologia,

vários estudos sobre metabolismo demonstraram que a biotransformação do paracetamol é semelhante

àquela de adultos sadios, mas um pouco mais lenta. A administração diária consecutiva de doses de 4g

por dia induz glucoronidação (uma via não tóxica) em adultos sadios e com disfunção hepática,

resultando essencialmente em depuração total aumentada do paracetamol no decorrer do tempo e acúmulo

plasmático limitado.

Eliminação: em adultos a meia vida de eliminação do paracetamol é cerca de 2 a 3 horas e em crianças é

cerca de 1,5 a 3 horas. Ela é aproximadamente uma hora mais longa em recém-nascidos e em pacientes

cirróticos. O paracetamol é eliminado do organismo sob a forma de conjugado glucoronídeo (45% a 60%)

e conjugado sulfato (25% a 35%), tióis (5% a 10%), como metabólitos de cisteína e mercaptopurato e

catecois (3% a 6%), que são excretados na urina. A depuração renal do paracetamol inalterado é cerca de

3,5% da dose.

4. CONTRAINDICAÇÕES

Tylaflex®

não deve ser administrado a pacientes com hipersensibilidade ao paracetamol ou a qualquer

outro componente de sua fórmula.

Este medicamento é contraindicado para menores de 12 anos.

5. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES

A dose recomendada de paracetamol não deve ser ultrapassada.

Muito raramente, foram relatadas sérias reações cutâneas, tais como pustulose generalizada exantemática

aguda, síndrome de Stevens Johnson e necrólise epidérmica tóxica em pacientes que receberam

tratamento com paracetamol. Os pacientes devem ser informados sobre os sinais de reações cutâneas

sérias e o uso do medicamento deve ser descontinuado no primeiro aparecimento de erupção cutânea ou

qualquer outro sinal de hipersensitividade.

Uso com álcool: Usuários crônicos de bebidas alcoólicas podem apresentar um risco aumentado de

doenças hepáticas caso seja ingerida uma dose maior que a dose recomendada (superdose) de Tylaflex®

,

embora relatos deste evento sejam raros. Os relatos geralmente envolvem casos de usuários crônicos

graves de álcool e as doses de paracetamol frequentemente foram maiores do que as doses recomendadas,

envolvendo superdose substancial. Os profissionais de saúde devem alertar todos os seus pacientes,

inclusive aqueles que regularmente consomem grandes quantidades de álcool a não excederem as doses

recomendadas de paracetamol. O álcool (etanol) tanto induz quanto inibe competitivamente a CYP2E1,

resultando em indução e inibição simultânea quando o álcool está presente. Atividade catalítica mais

elevada apenas é observada uma vez que o etanol é eliminado do organismo, de modo que a ativação do

paracetamol em seu intermediário tóxico geralmente é limitada pelo álcool. A partir de estudos

duplocegos, randomizados, controlados com placebo, nos quais consumidores assíduos de bebidas

alcoólicas, que descontinuaram o consumo no início do estudo e que foram tratados com a dose diária

máxima recomendada de paracetamol (4000 mg por dia) durante 2 a 5 dias, foi demonstrado que não

houve evidência de efeitos hepáticos. Um estudo recente, duplo-cego, randomizado, controlado com

placebo em consumidores assíduos de bebidas alcoólicas que ingeriam entre uma e três bebidas alcoólicas

por dia, demonstrou que a administração de paracetamol na dose de 4000 mg por dia durante 10 dias não

resultou em hepatotoxicidade, em disfunção hepática, nem em insuficiência hepática.

Gravidez (Categoria B) e Lactação

Em casos de uso por mulheres grávidas ou amamentando, a administração deve ser feita por períodos

curtos.

Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do

cirurgião-dentista.

Não foram realizados estudos clínicos bem controlados em mulheres durante a gestação ou lactação. Os

resultados de estudos epidemiológicos indicam que o paracetamol, quando administrado conforme

recomendações de prescrição, não afeta adversamente a gestante ou o feto. Quando administrado à mãe

em doses terapêuticas, o paracetamol atravessa a placenta passando para a circulação fetal em 30 minutos

após a ingestão. No feto, o paracetamol é efetivamente metabolizado por conjugação com sulfato. Quando

administrado conforme recomendado, o paracetamol não representa risco para a mãe ou feto.

O paracetamol é excretado no leite materno em baixas concentrações (0,1% a 1,85% da dose materna

ingerida). A ingestão materna de paracetamol nas doses analgésicas recomendadas não representa risco

para o lactente.

Uso em pacientes com hepatopatias: O paracetamol pode ser empregado em pacientes com doenças

hepáticas. Estudos prospectivos de segurança em adultos com hepatopatias demonstraram que doses

terapêuticas múltiplas de paracetamol durante vários dias são bem toleradas. A administração repetida de

paracetamol na dose de 4g por dia foi estudada durante quatro, cinco e 13 dias em adultos com

hepatopatias crônicas. Doses repetidas de 4 g durante cinco dias também foram avaliadas em estudo

controlado com placebo em indivíduos que faziam uso crônico abusivo de álcool e que apresentavam

reação positiva de anticorpos para o vírus da hepatite C. Além disso, dois estudos clínicos avaliaram a

dose de 3g por dia, durante 5 dias, em adultos portadores de cirrose, e, durante 7 dias, em adultos com

infecção crônica por vírus da hepatite C. As doses cumulativas variaram entre os estudos, de 15 g a

56 g de paracetamol. Não houve aumentos nos valores dos testes de função hepática, incluindo a alanina

transaminase (ALT), o coeficiente internacional normalizado (INR), e bilirrubinas, não houve alteração

na carga viral em adultos com hepatite e não foram detectados eventos adversos clinicamente

relacionados ao fígado. Após administração de dose única oral de paracetamol (10 mg/kg) em pacientes

pediátricos com hepatopatias leves, moderadas ou graves, o perfil farmacocinético não foi

significativamente diferente daquele de crianças sadias. Um outro estudo comparou a eliminação do

paracetamol após a administração de 30mg/kg por via oral em crianças com cirrose, com a eliminação do

paracetamol em crianças sadias. Os pesquisadores concluíram que a glucoronidação e outras vias de

conjugação, provavelmente, não são alteradas em crianças com cirrose. Um estudo de controle pareado do

paracetamol em pacientes com cirrose hepatocelular secundária à hepatite C e/ou abuso de álcool,

demonstrou que a biotransformação do paracetamol pelo fígado lesado não é diferente daquela do fígado

normal, mas apenas mais lenta. A quantidade de metabólitos tióis derivados da glutationa é semelhante

em adultos com e sem hepatopatia, após administração de dose única ou múltipla (4 g por dia). A

administração diária consecutiva, essencialmente induz glucoronidação (uma via não tóxica), resultando

em depuração total aumentada de paracetamol no decorrer do tempo e em acúmulo plasmático limitado.

Uso em pacientes com nefropatias: Não há evidências de que pacientes com nefropatias apresentam

metabolismo hepático alterado. Embora haja aumento das concentrações plasmáticas de metabólitos

excretados pelos rins devido à depuração renal mais baixa, todos esses metabólitos são inativos e não

tóxicos. Portanto esses aumentos não são Tylaflex®

clinicamente elevantes. O intermediário tóxico, a

imina N-acetil-p-benzo-quinona, formado pela oxidação hepática, não pode sair do fígado, pois ele é

imediatamente desintoxicado com glutationa ou se liga às proteínas locais. Dados prospectivos, bem

controlados, indicam que o paracetamol pode ser utilizado em pacientes com insuficiência renal

moderada a grave sem ajuste de doses. Os dados clínicos também sugerem que o paracetamol pode ser

utilizado em pacientes com nefropatias crônicas sem ajuste de doses.

Uso em idosos: Até o momento não são conhecidas restrições específicas ao uso de Tylaflex®

por

pacientes idosos. Não existe necessidade de ajuste da dose neste grupo etário.

6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

Para muitos pacientes, o uso ocasional de paracetamol geralmente tem pouco ou nenhum efeito em

pacientes sob o tratamento crônico com varfarina. Porém, há controvérsias em relação à possibilidade do

paracetamol potencializar a ação anticoagulante da varfarina e de outros derivados cumarínicos.

A interferência do paracetamol na metabolização de outros medicamentos e a influência destes

medicamentos na ação e na toxicidade do paracetamol, em geral, não é relevante.

7. CUIDADOS DE ARMAZENAMENTO DO MEDICAMENTO

Conservar em temperatura ambiente (entre 15°C e 30°C). Proteger da luz e umidade.

Prazo de validade: 24 meses a partir da data de fabricação.

Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.

Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.

Aspecto Físico:

Tylaflex®

500 mg comprimido circular, plano, chanfrado, não sulcado, de cor branca, isento de material

estranho.

750 mg : comprimido oblongo, de cor branca, não sulcado, isento de material estranho.

Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.

TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.

8. POSOLOGIA E MODO DE USAR

Uso oral. Os comprimidos devem ser administrados por via oral, com líquido. O paracetamol pode ser

administrado independentemente das refeições.

Adultos e crianças acima de 12 anos: Tylaflex®

500 mg: 1 a 2 comprimidos, 3 a 4 vezes ao dia.

Tylaflex®

750 mg: 1 comprimido, 3 a 5 vezes ao dia.

A dose diária total recomendada de paracetamol é de 4000 mg (8 comprimidos de Tylaflex®

500mg ou 5

comprimidos de Tylaflex®

750 mg) administrados em doses fracionadas, não excedendo 1000 mg/dose (2

500 mg ou 1 comprimido de Tylaflex®

750 mg), em intervalos de 4 a 6 horas,

em um período de 24 horas.

Duração do tratamento: depende da remissão dos sintomas.

Este medicamento não pode ser partido, aberto ou mastigado.

9. REAÇÕES ADVERSAS

Podem ocorrer algumas reações adversas inesperadas. Caso ocorra uma rara reação de sensibilidade, o

medicamento deve ser descontinuado.

As reações adversas identificadas após o início da comercialização de Tylaflex®

, com doses terapêuticas

de paracetamol são:

Reação muito rara (< 1/10.000): distúrbios do sistema imunológico: reação anafilática e

hipersensibilidade; e distúrbios da pele e tecidos subcutâneos: urticária, erupção cutânea pruriginosa,

exantema. Podem ocorrer pequenos aumentos nos níveis de transaminase em pacientes que estejam

tomando doses terapêuticas de paracetamol. Esses aumentos não são acompanhados de falência hepática e

geralmente são resolvidos com terapia continuada ou descontinuação do uso de paracetamol.

Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária -

NOTIVISA, disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária

Estadual ou Municipal.

Cuidado! Todas as informações contidas neste site têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.