Bula do Vacina Adsorvida Hepatite a (Inativada) produzido pelo laboratorio Merck Sharp e Dohme Farmaceutica Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
vacina adsorvida hepatite A (inativada)
Merck Sharp & Dohme Farmacêutica Ltda.
Suspensão Injetável
25 U/0,5 mL e 50 U/1,0 mL
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
APRESENTAÇÕES
A vacina adsorvida hepatite A (inativada) é uma suspensão injetável estéril para administração intramuscular. A vacina é apresentada em
cartuchos com 1 frasco-ampola ou 10 frascos-ampolas contendo dose de 25 U/0,5 mL para uso em pacientes pediátricos e
adolescentes, e em cartuchos com 1 frasco-ampola contendo dose de 50 U/1,0 mL para uso em pacientes adultos.
USO INTRAMUSCULAR
USO ADULTO E PEDIÁTRICO ACIMA DE 12 MESES
COMPOSIÇÃO
Ingredientes Ativos:
Formulação para pacientes pediátricos e adolescentes: cada dose de 0,5 mL contém aproximadamente 25 U do antígeno do vírus da
hepatite A.
Formulação para pacientes adultos: cada dose de 1 mL contém aproximadamente 50 U do antígeno do vírus da hepatite A.
Excipientes: sulfato de hidroxifosfato de alumínio amorfo, borato de sódio, cloreto de sódio e água para injetáveis.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
A vacina adsorvida hepatite A (inativada) é indicada para a prevenção da infecção causada pelo vírus da hepatite A. Recomenda-se a
vacinação de crianças acima de 12 meses de idade, adolescentes e adultos que corram risco de contrair, de disseminar a doença ou de
apresentar infecção fatal, se infectados.
Um grau muito elevado de proteção tem sido demonstrado após dose única da vacina adsorvida hepatite A (inativada) em crianças e
adolescentes. A eficácia protetora, a imunogenicidade e a segurança da vacina adsorvida hepatite A (inativada) foram avaliadas em um
estudo duplo-cego, randômico e controlado com placebo que incluiu 1.037 crianças e adolescentes saudáveis suscetíveis, com 2 a 16 anos
de idade, em uma comunidade dos EUA com surtos recorrentes de hepatite A (The Monroe Efficacy Study). Cada criança recebeu uma
dose intramuscular única da vacina adsorvida hepatite A (inativada) (aproximadamente 25 U) ou placebo. Entre os indivíduos inicialmente
soronegativos (medidos por uma modificação do radioimunoensaio [RIA] HAVAB*
), obteve-se soroconversão em >99% dos receptores da
vacina em 4 semanas após a vacinação. Verificou-se que o início da soroconversão após dose única da vacina adsorvida hepatite A
(inativada) ocorre paralelamente ao início da proteção contra a doença clínica da hepatite A.
Em virtude do longo período de incubação da doença (aproximadamente 20 a 50 dias, ou mais, em crianças), a análise da eficácia protetora
baseou-se nos casos**
de hepatite A clinicamente confirmados que ocorreram em um período ≥50 dias após a vacinação a fim de excluir
qualquer criança que estivesse incubando a infecção antes da vacinação. Em indivíduos inicialmente soronegativos, observou-se que a
eficácia protetora de dose única da vacina adsorvida hepatite A (inativada) foi de 100% em 21 casos de hepatite A clinicamente
confirmados que ocorreram no grupo placebo e nenhum no grupo que recebeu a vacina (p< 0,001). Ocorreram vinte e oito casos de
hepatite clinicamente confirmada no grupo placebo e nenhum caso no grupo da vacina ≥30 dias após a vacinação.
Além disso, observou-se nesse estudo que não ocorreu nenhum caso clinicamente confirmado de hepatite A no grupo da vacina após o dia
16.†
Após a demonstração da proteção com dose única e o término do estudo, uma dose de reforço foi administrada 6, 12 ou 18 meses após
a primeira dose à maioria dos indivíduos vacinados.
Persistência
Até o momento, a duração total do efeito protetor da vacina adsorvida hepatite A (inativada) em indivíduos saudáveis vacinados é
desconhecida. No entanto, foi demonstrado que a soropositividade persiste por até 18 meses após dose única de aproximadamente 25 U em
90% de um grupo de crianças e adolescentes (n= 39) que participaram do estudo “The Monroe Efficacy Study”; 95% deste grupo‡
demonstraram resposta de anticorpo anamnéstica após administração de dose de reforço após 18 meses. Até o momento, não ocorreu
nenhum caso clinicamente confirmado de hepatite A em 50 dias ou mais após a vacinação dos indivíduos incluídos no estudo “The
Monroe Efficacy Study”, monitorados por até 9 anos.
A eficácia da vacina adsorvida hepatite A (inativada) para controlar o aparecimento de surtos na comunidade foi comprovada, uma vez
que, embora tenham ocorrido casos de infecção importada, a comunidade do estudo ficou livre dos surtos. Em contrapartida, três
comunidades vizinhas da cidade de Monroe continuaram apresentando surtos da doença.
Em adultos, demonstrou-se que a soropositividade persiste por até 18 meses após dose única de aproximadamente 50 U. A persistência da
memória imunológica foi demonstrada com considerável resposta anamnéstica de anticorpos à dose de reforço de aproximadamente 25 U,
administrada 6 a 18 meses após a primeira dose em crianças e adolescentes, e à dose de reforço de aproximadamente 50 U, administrada 6
a 18 meses após a primeira dose em adultos.
*
Marca Registrada do Abbott Laboratories.
**
A definição de caso clínico incluiu todos os seguintes sintomas que ocorreram ao mesmo tempo: 1) um ou mais sinais ou sintomas
clínicos de hepatite A (ex.: icterícia, mal-estar, febre ≥38,3ºC); 2) elevação do anticorpo IgM de hepatite A (HAVAB-M); 3) elevação da
alanina transferase (ALT) ≥ 2 vezes o limite superior de normalidade.
†
Um indivíduo vacinado não atendeu aos critérios pré-definidos para hepatite A clinicamente confirmada, porém apresentou IgM positiva
para hepatite A e elevações dos limites de enzimas hepáticas (ALT) nos dias 34, 50, e 58 após a vacinação, apresentando sintomas clínicos
leves nos dias 49 e 50.
‡
Duas crianças apresentaram títulos pós-dose de reforço de 6.724 mlU/mL e 105.281 mlU/mL (os títulos pré-dose de reforço eram de
4.959 mlU/mL e 43.029 mlU/mL, respectivamente). Esses títulos não atenderam aos critérios de uma resposta anamnéstica de anticorpos,
conforme definido pelo protocolo do estudo (10 vezes a elevação do título pós-dose de reforço em relação ao título pré-dose de reforço e
título pós-dose de reforço 100 mlU/mL). Esses números sugerem uma resposta anamnéstica após a exposição ao vírus selvagem em
algum momento após a primeira dose, porém antes da dose de reforço.
Em estudos com crianças (≥2 anos de idade) e adolescentes saudáveis que receberam duas doses (aproximadamente 25 U) da vacina
adsorvida hepatite A (inativada) em 0 e 6 a 18 meses, tem se verificado que a resposta de anticorpos da hepatite A até o momento persiste
por pelo menos 10 anos. Os GMTs declinaram durante os primeiros 5 a 6 anos, porém pareceram atingir um platô até 10 anos.
Nos estudos com indivíduos saudáveis que receberam duas doses (aproximadamente 50 U) da vacina adsorvida hepatite A (inativada) em 0
e 6 meses, tem se verificado que a resposta de anticorpos da hepatite persiste por pelo menos 6 anos. Após um declínio inicial em 2 anos,
os GMTs estabilizaram-se durante o período de 2 a 6 anos.
Dados disponíveis de estudos de persistência de longa duração de anticorpos HAV (vírus da hepatite A) após 2 doses da vacina adsorvida
hepatite A (inativada) em indivíduos saudáveis e imunocompetentes até 41 anos de idade permitem prever que pelo menos 99% dos
indivíduos permanecerão soropositivos (> 10 mlU anti- HAV/mL) pelo menos 25 anos após a vacinação.
Imunogenicidade
- Crianças de 12 a 23 meses de idade
No Protocolo 057, um estudo clínico multicêntrico, aberto, crianças de aproximadamente 12 meses de idade foram randomizadas para
receber a primeira e a segunda dose da vacina adsorvida hepatite A (inativada) com ou sem outras vacinas. 96% de 471 crianças eram
soropositivas (definida como tendo um título de ≥ 10 mlU/mL) dentro de 6 semanas após uma dose primária intramuscular de
aproximadamente 25 U da vacina adsorvida hepatite A (inativada). A taxa de resposta sérica observada da hepatite A, 4 semanas após a
administração da segunda dose, quando a vacina adsorvida hepatite A (inativada) foi administrada com ou sem outras vacinas, foi de
100%. Após cada dose da vacina adsorvida hepatite A (inativada), os títulos de anticorpos da hepatite A foram comparáveis entre crianças
que eram inicialmente soropositivas para a hepatite A e crianças que eram inicialmente soronegativas para a hepatite A. Estes dados
sugerem que anticorpos maternos para hepatite A em crianças de 12 meses de idade não afetam a resposta imunológica para a vacina
adsorvida hepatite A (inativada).
No Protocolo 067, um estudo clínico aberto, 653 crianças de 12 a 23 meses de idade foram randomizadas para receber 2 (duas) doses
intramuscular de aproximadamente 25 U da vacina adsorvida hepatite A (inativada) 6 meses com ou sem outras vacinas, 100% (n= 182;
95% IC: 98,0%, 100%) eram soropositivas dentro de 4 semanas após a administração da segunda dose da vacina adsorvida hepatite A
(inativada) administrada com outras vacinas para ambas as doses, e 99,4% (n= 159,95% IC: 96,5%, 100%) eram soropositivas dentro de 4
semanas somente após uma segunda dose da vacina adsorvida hepatite A (inativada).
No Protocolo 068, um estudo aberto, multicêntrico, comparativo, 617 crianças de 15 meses de idade foram randomizadas para receber a
vacina adsorvida hepatite A (inativada) com ou sem outras vacinas. A taxa de resposta sérica observada da hepatite A (porcentagem com
título ≥ 10mlU/mL), tomadas 4 semanas após a administração da segunda dose, foi de 100% (n= 208, 95% IC: 98,2%, 100,0%) naquelas
que receberam a vacina adsorvida hepatite A (inativada) concomitantemente, e 100% (n= 183, 95% IC: 98,0%, 100,0%) naquelas crianças
que receberam a vacina adsorvida hepatite A (inativada) isoladamente.
Em 3 estudos clínicos combinados (Protocolos 057, 067 e 068), 1.022 crianças inicialmente soronegativas receberam 2 (duas) doses da
vacina adsorvida hepatite A (inativada) isoladas ou concomitantemente com outras vacinas. Das crianças soronegativas, 99,9% atingiram
um título ≥ 10mlU/mL (95% IC: 99,5%, 100%).
- Crianças/Adolescentes – 2 a 17 anos de idade
Em estudos clínicos combinados, 97% de 1214 crianças e adolescentes de 2 a 17 anos de idade soroconverteram dentro de 4 semanas após
dose única intramuscular de aproximadamente 25 U da vacina adsorvida hepatite A (inativada). Da mesma forma, 95% dos 1428 adultos
com idade igual ou maior de 18 anos soroconverteram dentro de 4 semanas após dose única intramuscular de aproximadamente 50 U da
vacina adsorvida hepatite A (inativada). A memória imunológica foi demonstrada mais tarde pela resposta anamnéstica de anticorpos em
indivíduos que receberam uma dose de reforço (veja 2. RESULTADOS DE EFICÁCIA/Persistência).
Embora não tenho sido conduzido um estudo de avaliação da vacina adsorvida hepatite A (inativada) administrada isoladamente em um
cenário de pós-exposição, o uso concomitante da vacina adsorvida hepatite A (inativada) (aproximadamente 50 U) com imunoglobulina
(IG, 0,06 mL/kg) foi avaliada em um estudo clínico envolvendo adultos saudáveis de 18 a 39 anos de idade. A tabela a seguir fornece taxas
de soroconversão a 4 e 24 semanas após a primeira dose em cada grupo de tratamento e após 1 mês após uma dose de reforço da vacina
adsorvida hepatite A (inativada) (administrada nas 24 semanas).
Taxas de soroconversão após vacinação com a vacina adsorvida hepatite A (inativada) + IG, vacina adsorvida hepatite A (inativada)
administrada isolada e IG administrada isolada
vacina adsorvida hepatite A
(inativada) + IG
(inativada)
IG
Semanas Taxa de soroconversão
4 100% (n= 129) 96% (n= 135) 87% (n= 30)
24 92% (n= 125) *97% (n= 132) 0% (n= 28)
28 100% (n= 114) 100% (n= 128) N/A
* Taxa de soroconversão no grupo que receberam a vacina administrada isolada foi significantemente maior do que no grupo que
receberam a vacina + IG (p=0,05).
N/A = não aplicável
O vírus da hepatite A é um dos vários vírus da hepatite que causam infecção sistêmica com patologia no fígado. O período de incubação
varia de aproximadamente 20 a 50 dias. Embora o curso da doença seja geralmente benigno e não resulte em hepatite crônica, a infecção
pelo vírus da hepatite A continua sendo uma importante causa de morbidade e ocasional hepatite fulminante e morte.
A hepatite A é transmitida mais frequentemente pela via fecal-oral, ocorrendo infecção em domicílios, centros ambulatoriais, unidades
neonatais de tratamento intensivo e hospitais. Surtos de fonte comum causados por alimentos contaminados e suprimentos de água
ocorreram após o consumo de certos alimentos, como mariscos crus e alimentos não cozidos, preparados por pessoas contaminadas ou que
foram contaminados de outra forma antes de serem ingeridos (saladas, sanduíches, framboesas congeladas, etc.). A transmissão pelo
sangue, embora rara, é possível por meio de transfusão sanguínea, hemoderivados contaminados, ou por agulhas compartilhadas com
indivíduo contaminado. Transmissão sexual também foi relatada.
Estima-se que ocorram aproximadamente 32.000 infecções por hepatite A ao ano a partir de 2006 nos EUA, das quais 3.579 resultam em
manifestação clínica da hepatite A, 549 em hospitalizações, e 5 em mortes por hepatite fulminante. Estima-se que, em todo o mundo,
ocorra 1,4 milhão de casos por ano. As manifestações clínicas da infecção por hepatite A frequentemente não são reconhecidas em crianças
com idade <6 anos ao passo que a hepatite manifesta se desenvolve na maioria das crianças com mais idade e adultos. Os sinais e sintomas
da infecção por hepatite A são semelhantes aos associados a outros tipos de hepatite viral e incluem anorexia, náuseas, febre/calafrios,
icterícia, urina escura, fezes claras, dor abdominal, mal-estar e fadiga.
A vacina adsorvida hepatite A (inativada) é uma vacina de vírus inativado que demonstrou induzir a produção de anticorpos contra a
proteína do vírus da hepatite A.
Hipersensibilidade a qualquer componente da vacina.
Este medicamento é contraindicado para menores de 12 meses.
Indivíduos que desenvolvem sintomas sugestivos de hipersensibilidade após a administração da vacina adsorvida hepatite A (inativada)
não devem receber outras doses da vacina (veja 4. CONTRAINDICAÇÕES).
Deve-se ter cuidado ao vacinar indivíduos sensíveis ao látex, uma vez que a tampa do frasco contém borracha de látex natural seco que
pode causar reações alérgicas.
A resposta imunológica esperada pode não ser obtida se a vacina adsorvida hepatite A (inativada) for administrada a indivíduos com
neoplasias, indivíduos sob tratamento imunossupressor ou com alguma forma de imunocomprometimento.
A vacina adsorvida hepatite A (inativada) não previne a hepatite causada por outros agentes infecciosos que não sejam o vírus da hepatite
A. Em decorrência do longo período de incubação da hepatite A (aproximadamente 20 a 50 dias), é possível que exista uma infecção
subclínica pelo vírus da hepatite A no momento da vacinação. Nesses indivíduos, a vacina pode não prevenir a hepatite A.
Como com qualquer vacina, os recursos adequados devem estar disponíveis para uso imediato, incluindo adrenalina, caso ocorra reação
anafilática ou anafilactoide.
A vacina adsorvida hepatite A (inativada) pode ser administrada por via subcutânea quando clinicamente apropriado (por exemplo, pessoas
com distúrbios da coagulação, que correm risco de hemorragia), apesar da cinética de soroconversão ser mais lenta para a primeira dose
subcutânea da vacina adsorvida hepatite A (inativada) em comparação com os dados históricos para a administração intramuscular.
Como com qualquer vacina, a administração com a vacina adsorvida hepatite A (inativada) pode não proteger todos os indivíduos
suscetíveis vacinados.
Qualquer infecção aguda ou doença febril pode ser motivo para postergar o uso da vacina adsorvida hepatite A (inativada), exceto quando,
na opinião do médico, essa atitude implicar maior risco.
Gravidez e amamentação: categoria de risco C. Não foram conduzidos estudos de reprodução animal com a vacina adsorvida hepatite A
(inativada), assim como também não se sabe se essa vacina pode afetar a capacidade de reprodução ou causar danos ao feto quando
administrada a gestantes. A vacina adsorvida hepatite A (inativada) só deve ser administrada a gestantes se estritamente necessário.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Não se sabe se a vacina adsorvida hepatite A (inativada) é excretada no leite materno. Como muitos medicamentos são excretados no leite
materno, deve-se ter cuidado ao se administrar a vacina adsorvida hepatite A (inativada) a nutrizes.
Crianças: demonstrou-se que a vacina adsorvida hepatite A (inativada), em geral, é bem tolerada e altamente imunogênica em indivíduos
de 12 meses a 17 anos de idade (veja 8. POSOLOGIA E MODO DE USAR para o esquema de dose recomendado).
A segurança e eficácia em bebês com menos de 12 meses de idade não foram estabelecidas.
Dirigir e operar máquinas: não existem informações específicas sobre este assunto; no entanto, houve relatos de fraqueza/cansaço e dor
Uso com outras vacinas: a vacina adsorvida hepatite A (inativada) pode ser administrada concomitantemente com as vacinas febre
amarela; febre tifoide; pneumocócica 7-valente (conjugada); sarampo, caxumba, rubéola e varicela (atenuada); poliomielite (oral ou
inativada); adsorvida difteria, tétano e pertussis (acelular) e Haemophilus influenzae B. Dados sobre o uso concomitante com outras
vacinas são limitados (veja 8. POSOLOGIA E MODO DE USAR/Uso com outras vacinas).
Devem ser utilizados locais de injeção e seringas diferentes para administração concomitante de vacinas injetáveis.
O ACIP (Advisory Committee on Immunization Practices – Comitê Consultor sobre Práticas de Imunização dos EUA) estabeleceu que
informações limitadas provenientes de estudos conduzidos em adultos indicam que a administração simultânea da vacina hepatite A com
vacinas difteria; poliomelite (oral e inativada); tétano; febre tifoide oral; cólera; encefalite japonesa; raiva ou febre amarela não diminui a
resposta imunológica a nenhuma das vacinas nem aumenta a frequência de relato de eventos adversos. Estudos indicam que a vacina
hepatite B pode ser administrada com a vacina adsorvida hepatite A (inativada), sem afetar a imunogenicidade ou aumentar a frequência de
eventos adversos.
Uso com Imunoglobulina (IG): a vacina adsorvida hepatite A (inativada) pode ser administrada concomitantemente com IG, desde que
sejam utilizados locais e seringas diferentes, a indivíduos que necessitem de profilaxia pós-exposição ou proteção imediata e de longo
prazo combinadas (por exemplo, viagens curtas para áreas endêmicas).
Conservar a vacina entre 2° e 8°C. NÃO CONGELAR, pois o congelamento destrói a potência da vacina.
Prazo de validade: 36 meses após a data de fabricação impressa na embalagem.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Aparência: após completa homogeneização, a vacina adsorvida hepatite A (inativada) apresenta-se como uma suspensão branca,
ligeiramente opaca.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
NÃO APLIQUE POR VIA INTRAVASCULAR, INTRADÉRMICA OU SUBCUTÂNEA
A vacina adsorvida hepatite A (inativada) deve ser administrada somente por via intramuscular.
Para adultos, adolescentes e crianças com mais de 2 anos de idade, o músculo deltoide é o local preferencial para injeção intramuscular.
Para crianças com idade entre 12 e 23 meses, a área anterolateral da coxa é o local preferencial para injeção intramuscular.
A vacinação consiste na administração de uma primeira dose e de uma dose de reforço, administradas de acordo com o seguinte esquema:
Crianças/Adolescentes – 12 meses a 17 anos de idade: indivíduos de 12 meses a 17 anos de idade devem receber primeiramente a dose
única de 0,5 mL (aproximadamente 25 U) da vacina e, 6 a 18 meses depois, dose de reforço de 0,5 mL (aproximadamente 25 U).
Adultos: indivíduos com idade maior ou igual a 18 anos devem receber primeiramente a dose única de 1,0 mL (aproximadamente 50 U)
da vacina e, 6 a 18 meses depois, dose de reforço de 1,0 mL (aproximadamente 50 U).
Adultos com o Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV): adultos HIV-positivos devem receber a dose única de 1,0 mL
(aproximadamente 50 U) da vacina e a dose de reforço de 1,0 mL (aproximadamente 50 U) 6 meses depois.
Intercambialidade da Dose de Reforço
Pode-se administrar uma dose de reforço da vacina adsorvida hepatite A (inativada), 6 a 12 meses após a primeira dose de outras vacinas
hepatite A (inativada).
Um estudo clínico que envolveu 537 adultos saudáveis, com idade entre 18 e 83 anos, avaliou a resposta imune a uma dose de reforço da
vacina adsorvida hepatite A (inativada) da MSD em comparação com a vacina adsorvida hepatite A (inativada) da GlaxoSmithKline,
administradas 6 ou 12 meses após a dose inicial desta última. Quando a vacina adsorvida hepatite A (inativada) da MSD foi administrada
como dose de reforço após a vacina adsorvida hepatite A (inativada) da GlaxoSmithKline, a vacina proporcionou resposta imune adequada
(veja tabela abaixo) e foi, em geral, bem tolerada.
Taxa de soropositividade com a vacina adsorvida hepatite A (inativada) da MSD e com a vacina adsorvida hepatite A (inativada) da
GlaxoSmithKline, taxa de resposta após dose de reforço†
e média geométrica dos títulos de anticorpos 4 semanas após a dose de reforço:
Primeira dose Dose de reforço
Taxa de
soropositividade
Taxa da resposta da
dose de reforço†
Média
geométrica dos
títulos
vacina adsorvida hepatite A,
(inativada) (GlaxoSmithKline)
1.440 EL.U.
vacina adsorvida hepatite A
(inativada) (MSD)
50 U
99,7%
(n= 313)
86,1 %
(n= 310)
3.272
(inativada)
(GlaxoSmithKline)
99,3 %
(n= 151)
80,1%
2.423
†
A taxa de resposta da dose de reforço é definida como aumento dos títulos maior ou igual a 10 vezes após a dose de reforço em relação
aos títulos antes da dose de reforço e títulos ≥ a 100 mlU/mL após a dose de reforço.
Uso com outras vacinas: a vacina adsorvida hepatite A (inativada) pode ser administrada concomitantemente com vacinas febre amarela;
febre tifoide; sarampo, caxumba, rubéola e varicela (atenuada); pneumocócica 7-valente (conjugada); poliomielite (oral ou inativada);
adsorvida difteria, tétano e pertussis (acelular) e Haemophilus influenzae B. As informações sobre o uso concomitante com outras vacinas
são limitadas (veja 6. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS/Uso com outras vacinas).
Devem ser utilizados locais de injeção e seringas diferentes para administração concomitante de vacinas injetáveis.
Exposição Conhecida ou Presumida ao VHA/Viagem para Áreas Endêmicas
Em indivíduos suscetíveis que viajam para áreas com taxas de endemicidade intermediária e alta de hepatite A, a primeira dose da vacina
adsorvida hepatite A (inativada) deve ser administrada com no mínimo duas semanas de antecedência.
Uso com Imunoglobulina (IG): a vacina adsorvida hepatite A (inativada) pode ser administrada concomitantemente com IG, desde que
utilizados locais e seringas diferentes e obedecido o esquema de vacinação para a vacina adsorvida hepatite A (inativada) descrito
anteriormente. Consulte a bula emitida pelo(s) fabricante(s) para certificar-se da posologia adequada de IG. Na época apropriada, deve-se
administrar a dose de reforço da vacina adsorvida hepatite A (inativada), conforme descrito anteriormente (veja 6. INTERAÇÕES
MEDICAMENTOSAS).
A vacina deve ser utilizada como fornecida; não há necessidade de reconstituição.
Agite bem antes de usar para manter a vacina em suspensão.
Produtos de uso parenteral devem ser inspecionados antes da administração, para detectar material particulado e alterações de coloração,
sempre que a solução e o frasco permitirem. Após completa homogeneização, a vacina adsorvida hepatite A (inativada) apresenta-se como
uma suspensão branca, ligeiramente opaca.
É importante utilizar seringas e agulhas estéreis e descartáveis para cada paciente, a fim de evitar a transmissão de agentes infecciosos.
Estudos Clínicos
- Crianças/Adolescentes – 12 a 23 meses de idade
Em 5 (cinco) estudos clínicos combinados (Protocolos 043, 057, 066, 067 e 068), 4.374 crianças com idade entre 12 e 23 meses receberam
uma ou duas doses de aproximadamente 25 U de vacina adsorvida hepatite A (inativada). Das 4.374 crianças que receberam a vacina
adsorvida hepatite A (inativada), 3.885 (88,8%) crianças receberam duas doses da vacina, e 1.250 (32,2%) destas crianças receberam
concomitantemente com outras vacinas. As crianças tiveram temperatura elevada e reações adversas no local da injeção durante um
período de cinco dias após a vacinação e eventos adversos sistêmicos durante um período de 14 dias após a vacinação.
A reação adversa no local da injeção mais frequentemente relatada após qualquer dose da vacina adsorvida hepatite A (inativada) foi
dor/sensibilidade/dolorimento. Os dados de três dos cinco Protocolos (066, 067 e 068) foram combinados, uma vez que esses três estudos
induziram especificamente eritema, dor/sensibilidade/dolorimento e edema no local da injeção do dia 1 ao dia 5 após a vacinação,
enquanto os Protocolos 043 e 057 não o fizeram.
Os eventos adversos sistêmicos mais comuns entre aqueles que receberam a vacina adsorvida hepatite A (inativada) administrada isolada
ou concomitantemente com outras vacinas foram pirexia (febre >37ºC ou maior) e irritabilidade. A incidência de todos os outros eventos
adversos sistêmicos entre aqueles que receberam a vacina adsorvida hepatite A (inativada) administrada isolada ou concomitantemente
com outras vacinas foi comparável. Os dados dos cinco protocolos foram combinados, uma vez que foram usados métodos semelhantes
para a coleta de eventos adversos sistêmicos.
Os eventos adversos observados entre aqueles que receberam a vacina adsorvida hepatite A (inativada) administrada isolada ou
concomitantemente com as vacinas sarampo, caxumba, rubéola, varicela (atenuada); pneumocócica 7-valente (conjugada); poliomielite
(oral ou inativada); adsorvida difteria, tétano e pertussis (acelular) e Haemophilus influenzae B em uma frequência de pelo menos 1,0% e
independentemente da causalidade, estão listados em ordem decrescente de frequência na classificação por sistema de órgãos.
A classificação da frequência é a seguinte: muito comum (≥1/10); comum (≥1/100, <1/10).
Eventos adversos em crianças com idade entre 12 e 23 meses que receberam a vacina adsorvida hepatite A (inativada) isolada (em
ambas as doses)
Infecções e infestações
Reação comum: infecção do trato respiratório superior; otite média; nasofaringite; rinite; infecção viral; tosse grave; gastroenterite.
Distúrbios oculares
Reação comum: conjuntivite.
Distúrbios respiratórios, torácicos e mediastinais
Reação comum: rinorreia; tosse; congestão nasal.
Distúrbios gastrointestinais.
Reação comum: diarreia; vômito; dentição.
Distúrbios de pele e tecido subcutâneo
Reação comum: dermatite de fralda; erupção cutânea.
Distúrbios gerais e condições no local da administração
Reação muito comum: dor/sensibilidade/dolorimento no local da injeção; eritema no local da injeção; pirexia (febre >37ºC ou maior, nos
dias 1-14); edema no local da injeção; irritabilidade.
Reação comum: febre >39ºC, oral (dias 1-5); contusão no local da injeção; hematoma no local da injeção.
Eventos adversos em crianças com idade entre 12 e 23 meses que receberam a vacina adsorvida hepatite A (inativada)
concomitantemente com as vacinas sarampo, caxumba, rubéola, varicela (atenuada); pneumocócica 7-valente (conjugada);
poliomielite (oral ou inativada); adsorvida difteria, tétano e pertussis (acelular) e Haemophilus influenzae B (em pelo menos uma
dose)
Reação comum: infecção do trato respiratório superior; otite média; nasofaringite; infecção viral; otite; rinite; laringotraqueobronquite.
Distúrbios do metabolismo e nutrição
Reação comum: perda do apetite.
Distúrbios do sistema nervoso
Reação comum: choro.
Reação comum: rinorreia; tosse; congestão nasal; congestão respiratória.
Distúrbios gastrointestinais
Reação comum: diarreia; vômito.
Reação comum: erupção cutânea; dermatite de fralda; erupção cutânea semelhante ao sarampo/rubéola.
Distúrbios gerais e condições no local de administração
Reação muito comum: dor/sensibilidade/dolorimento no local da injeção; pirexia (febre >37ºC ou maior, nos dias 1-14); eritema no local
da injeção; edema no local da injeção; irritabilidade.
Reação comum: febre >39ºC, oral (dias 1-5); contusão no local da injeção.
- Crianças/Adolescentes – 2 a 17 anos de idade
Em estudos clínicos combinados que envolveram 2.595 crianças (≥2 anos de idade) e adolescentes saudáveis (inclusive no estudo The
Monroe Efficacy Study, controlado com placebo com 1.037 participantes) que receberam uma ou mais doses de aproximadamente 25 U da
vacina hepatite A, indivíduos foram acompanhados quanto a febre e queixas no local da injeção por um período de 5 dias após a vacinação
e queixas sistêmicas, por um período de 14 dias após a vacinação. Reações no local da injeção, geralmente leves e transitórias foram as
queixas mais frequentemente relatadas.
As queixas relatadas com incidência ≥1%, independentemente da causalidade, em ordem decrescente de frequência, por cada sistema
corpóreo, estão relacionadas a seguir:
Reações no local da injeção (em geral, leves e transitórias): dor (18,7%), sensibilidade (16,8%), calor (8,6%), eritema (7,5%), edema
(7,3%) e equimose (1,3%).
Organismo em geral: febre (≥38,8o
C, oral) (3,1%), dor abdominal (1,6%).
Sistema digestivo: diarreia (1,0%) e vômitos (1,0%).
Sistema nervoso/psiquiátrico: cefaleia (2,3%).
Sistema respiratório: faringite (1,5%), infecção do trato respiratório superior (1,1%) e tosse (1,0%).
Achados laboratoriais: foram relatadas poucas anormalidades laboratoriais e incluíram relatos isolados de aumentos de enzimas
hepáticas, eosinofilia e proteinúria.
- Adultos com idade igual ou maior a 18 anos
Em estudos clínicos combinados, 1.529 adultos saudáveis que receberam uma ou mais doses de aproximadamente 50 U da vacina hepatite
A, os indivíduos foram acompanhados quanto a febre e queixas no local da injeção por um período de 5 dias após a vacinação e queixas
sistêmicas por um período de 14 dias após a vacinação. As queixas relatadas mais frequentemente relacionaram-se ao local da aplicação da
vacina e, em geral, foram leves e transitórias. As queixas relatadas com incidência maior ou igual a 1%, independentemente da
causalidade, em ordem decrescente de frequência em cada sistema corpóreo, são relacionadas a seguir:
Reações no local da injeção (em geral, leves e transitórias): aumento da sensibilidade (52,6%), dor (51,1%), calor (17,3%), edema
(13,6%), eritema (12,9%), equimose (1,5%) e dor/dolorimento (1,2%).
Organismo em geral: astenia/fadiga (3,9%), febre (>38,3o
C, oral) (2,6%) e dor abdominal (1,3%).
Sistema digestivo: diarreia (2,4%) e náuseas (2,3%).
Sistema musculoesquelético: mialgia (2,0%), dor no braço (1,3%), dor nas costas (1,1%) e rigidez (1,0%).
Sistema nervoso/psiquiátrico: cefaleia (16,1%).
Sistema respiratório: faringite (2,7%), infecção do trato respiratório superior (2,8%) e congestão nasal (1,1%).
Sistema geniturinário: distúrbio menstrual (1,1%).
Nos estudos clínicos, reações locais e/ou de hipersensibilidade sistêmica ocorreram em menos de 1% das crianças, adolescentes ou adultos
e incluíram as seguintes reações, independentemente da causalidade: prurido, urticária e erupção cutânea.
A exemplo de qualquer vacina, é possível que a utilização da vacina adsorvida hepatite A (inativada) em populações muito grandes revele
reações adversas não observadas em estudos clínicos.
Estudos de segurança após a comercialização: em um estudo de segurança realizado após o início da comercialização da vacina, um
total de 42.110 indivíduos com idade maior ou igual a 2 anos recebeu 1 ou 2 doses da vacina adsorvida hepatite A (inativada), e não foi
identificado nenhum evento adverso grave relacionado à vacina. Também não ocorreram eventos adversos não graves, relacionados à
vacina, que tenham resultado em consulta ambulatorial, com exceção de diarreia/gastroenterite em adultos, com incidência de 0,5%.
Experiência pós-comercialização: as seguintes reações adversas foram relatadas com o uso da vacina comercializada:
Sistema nervoso: muito raramente, síndrome de Guillain–Barré, ataxia cerebelar.
Sistema hêmico e linfático: muito raramente, trombocitopenia.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária - NOTIVISA, disponível em
www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
Não há dados disponíveis sobre superdose.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.