Bula do Vacina Hepatite b (Recombinante) produzido pelo laboratorio Merck Sharp e Dohme Farmaceutica Ltda
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
vacina hepatipe B (recombinante)
Merck Sharp & Dohme Farmacêutica Ltda.
Suspensão Injetável
5 e 10 mcg
IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
vacina hepatite B (recombinante)
APRESENTAÇÕES
A vacina hepatite B (recombinante) é uma suspensão injetável estéril apresentada nas seguintes formulações:
5 mcg de antígeno de superfície da hepatite B: 1 frasco-ampola de dose única com 0,5 mL.
10 mcg de antígeno de superfície da hepatite B: 1 frasco-ampola de dose única com 1,0 mL.
USO INTRAMUSCULAR
USO ADULTO E PEDIÁTRICO
COMPOSIÇÃO
Ingredientes ativos: cada dose de 0,5 mL contém 5 mcg de antígeno de superfície da hepatite B e cada dose de 1,0 mL contém 10 mcg
de antígeno de superfície da hepatite B.
Excipientes: sulfato de hidroxifosfato de alumínio amorfo, cloreto de sódio, borato de sódio e água para injetáveis. A vacina pode
conter traços de formaldeído.
INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Todas as formulações da vacina hepatite B (recombinante) são indicadas para a imunização contra a infecção causada por todos os
subtipos conhecidos do vírus da hepatite B.
A vacina hepatite B (recombinante) deve também prevenir a hepatite D (causada pelo vírus delta), visto que a hepatite D não ocorre na
ausência da infecção por hepatite B.
Numerosos estudos epidemiológicos demonstraram que as pessoas que desenvolvem anti-HBs após infecção ativa pelo vírus da
hepatite B estão protegidos contra a doença na reexposição ao vírus.
Os estudos clínicos estabeleceram que, quando injetada no músculo deltoide, a vacina hepatite B (recombinante) induziu níveis de
anticorpos em 96% dos 1.213 adultos sadios que receberam a dose recomendada no esquema de três doses. A resposta de anticorpos
variou de acordo com a idade; um nível protetor de anticorpos foi induzido em 98% dos 787 adultos jovens entre 20-29 anos de idade,
em 94% dos 249 adultos entre 30-39 anos de idade e em 89% dos 177 adultos com idade 40 anos. Estudos com a vacina de hepatite
B derivada do plasma mostraram que uma taxa de resposta à vacina inferior (81%) pode ser obtida se a vacina é administrada com uma
injeção na nádega. As taxas de soroconversão e a média geométrica dos títulos de anticorpos foram medidas 1 a 2 meses depois da
terceira dose. Um nível protetor de anticorpos (anti-HBs) foi definido como 10 ou mais unidades de radioimunoensaio (SRU – Sample
Ratio Unit) determinadas por radioimunoensaio ou positivo por imunensaio enzimático. Obs.: 10 SRU são comparáveis a 10 mIU/mL
de anticorpos.
A vacina hepatite B (recombinante) é altamente imunogênica em indivíduos jovens. Em estudos clínicos, 99% das 94 crianças abaixo
de 1 ano de idade nascidas de mães não portadoras, 96% das 46 crianças de 1 a 10 anos de idade e 99% dos 112 adolescentes de 11 a
19 anos de idade desenvolveram nível protetor de anticorpos após o esquema de três doses da vacina.
A eficácia protetora de três doses de 5 mcg da vacina hepatite B (recombinante) foi demonstrada em recém-nascidos de mães
soropositivas para HBsAg e HBeAg (um complexo antigênico núcleo-associado que está correlacionado com alta infectividade). Em
um estudo clínico de recém-nascidos que receberam uma dose de imunoglobulina humana anti-hepatite B ao nascerem seguido do
esquema recomendado de três doses da vacina hepatite B (recombinante), não ocorreu infecção crônica em 96% dos 130 recém-
nascidos após nove meses de acompanhamento. A eficácia estimada na prevenção da infecção crônica pelo vírus da hepatite B foi de
95% em comparação com a taxa de infecção em controles históricos não tratados. Um número significativamente menor de recém-
nascidos tornou-se cronicamente infectado quando foi administrada uma dose de imunoglobulina humana anti-hepatite B logo após o
nascimento, seguido do esquema recomendado de três doses da vacina hepatite B (recombinante), em comparação com controles
históricos que receberam apenas uma única dose de imunoglobulina da hepatite B. O teste para HBsAg e anti-HBs é recomendado aos
12-15 meses de idade. Se o HBsAg não for detectável e o anti-HBs estiver presente, a criança estará protegida.
Conforme demonstrado no estudo acima, a imunoglobulina humana anti-hepatite B, quando administrada simultaneamente com a
vacina hepatite B (recombinante) em locais diferentes do corpo, não interferiu na indução de anticorpos protetores contra o vírus da
hepatite B estimulada pelo esquema de três doses da vacina.
Para adolescentes (11 a 15 anos de idade), a imunogenicidade de um esquema de duas doses (10 mcg nos meses 0 e 4- 6) foi
comparada à do esquema-padrão de três doses (5 mcg nos meses 0, 1 e 6) em um estudo multicêntrico, aberto e randomizado. A
proporção de adolescentes tratados com o esquema de duas doses que desenvolveram nível protetor de anticorpos um mês após a
última dose (99% de 255 indivíduos) parece ser semelhante à obtida entre adolescentes que receberam o esquema de três doses (98%
de 121 indivíduos). Após os adolescentes (11 a 15 anos de idade) terem recebido a primeira dose de 10 mcg do esquema de duas doses,
a proporção que desenvolveu nível protetor de anticorpos foi de aproximadamente 72%.
Até o momento, a duração do efeito protetor da vacina hepatite B (recombinante) em indivíduos saudáveis vacinados é desconhecida e
a necessidade de doses de reforço ainda não foi definida. No entanto o acompanhamento de longo prazo (5 a 9 anos) de
aproximadamente 3.000 vacinados de alto risco (recém-nascidos de mães portadoras, homossexuais do sexo masculino, nativos do
Alasca) que desenvolveram título de anticorpos anti-HBs > 10 mUI/mL após receberem uma vacina semelhante derivada de plasma em
intervalos de 0, 1 e 6 meses demonstrou que nenhum indivíduo desenvolveu infecção clinicamente aparente pelo vírus da hepatite B e
que 5 indivíduos desenvolveram antigenemia, muito embora até metade dos indivíduos não tenha conseguido manter o título nesse
nível. A persistência da memória imunológica induzida pela vacina entre os indivíduos saudáveis vacinados que responderam a um
curso primário de vacina de hepatite B, recombinante ou derivada de plasma, foi demonstrada pela resposta anamnésica de anticorpo a
uma dose de reforço da vacina hepatite B (recombinante) administrada após 5 a 12 anos. Os dados de um estudo de acompanhamento
mostraram que um grupo de adolescentes e adultos imunizados 13 anos antes com uma série primária da vacina hepatite B
(recombinante), incluindo vários indivíduos cujo nível de anticorpos havia caído subsequentemente abaixo de 10 mUI/mL, retiveram a
memória imunológica e foram capazes de apresentar resposta secundária de anticorpo vigorosa a uma dose de reforço da vacina
hepatite B (recombinante).
Os relatos de literatura descreveram uma forma mais virulenta de hepatite B associada à superinfecções ou coinfecções pelo vírus delta,
um vírus de RNA incompleto. O vírus delta pode infectar e causar doença apenas em pessoas infectadas pelo vírus da hepatite B, uma
vez que este vírus requer uma capa de HBsAg para se tornar infeccioso. Portanto as pessoas imunes à infecção pelo vírus da hepatite B
também devem ser imunes à infecção pelo vírus delta.
Intercambialidade entre as vacinas de hepatite B derivadas do plasma e recombinantes
Um estudo clínico demonstrou que, em recém-nascidos saudáveis, um esquema de vacina de hepatite B pode ser iniciado com outra
vacina de hepatite B atualmente aprovada e completado com a vacina hepatite B (recombinante).
A vacina hepatite B (recombinante) é uma vacina não infecciosa de subunidade viral, que consiste no antígeno de superfície (AgHBs)
do vírus da hepatite B produzido em células de levedura. Uma fração do gene do vírus da hepatite B, que codifica o AgHBs, é clonada
no interior da levedura e a vacina hepatite B é produzida a partir de culturas dessa cepa de levedura recombinante, de acordo com os
métodos desenvolvidos nos laboratórios MRL (Merck Research Laboratories).
O antígeno é extraído e purificado a partir de culturas de fermentação de uma cepa recombinante da levedura Saccharomyces
cerevisiae, que contém o gene para o subtipo adw do AgHBs. A proteína AgHBs é liberada pela ruptura das células da levedura e é
purificada por uma série de métodos físicos e químicos.
Cada dose contém menos de 1% de proteína de levedura. A proteína purificada é tratada com tampão de fosfato com formaldeído e
então coprecipitada com alumínio (sulfato de alumínio potássico) para formar uma quantidade de vacina com o adjuvante sulfato de
hidroxifosfato de alumínio amorfo. Foi demonstrado que a vacina produzida pelo método da MSD é comparável à vacina derivada de
plasma em termos de eficácia protetora (chimpanzés e humanos).
A vacina hepatite B, preparada a partir de culturas de levedura recombinante, é isenta de associação com sangue humano ou
hemoderivados.
Cada lote da vacina hepatite B é testado quanto à esterilidade.
Hipersensibilidade à levedura ou a qualquer componente da vacina.
Pessoas com imunodeficiência ou sob terapia imunossupressora requerem doses mais altas da vacina e sua resposta imunológica é
inferior à dos indivíduos saudáveis.
Em razão do longo período de incubação da hepatite B, é possível que infecção pelo vírus da hepatite B, não diagnosticada, já esteja
presente na ocasião da administração da vacina hepatite B (recombinante). Nesses indivíduos, a vacina pode não prevenir a hepatite B.
Pacientes que desenvolvem sintomas sugestivos de hipersensibilidade após uma injeção não devem receber outras injeções da vacina
hepatite B (recombinante) (veja 4. CONTRAINDICAÇÕES).
Tenha cuidado ao vacinar indivíduos sensíveis ao látex uma vez que a tampa do frasco contém borracha de látex natural seco que pode
causar reações alérgicas.
Assim como com qualquer vacina parenteral, deve-se ter epinefrina disponível para uso imediato, para a eventualidade de ocorrer uma
reação anafilática.
Qualquer infecção ativa grave é razão para postergar o uso da vacina hepatite B (recombinante), exceto quando, na opinião do médico,
a não utilização da vacina implicar maior risco.
Deve-se ter cautela e recursos apropriados ao administrar a vacina hepatite B (recombinante) a indivíduos com comprometimento
grave do sistema cardiopulmonar ou a indivíduos nos quais uma reação febril ou sistêmica pode impor risco significativo.
Gravidez e lactação: categoria de risco C. Não foram conduzidos estudos bem controlados em mulheres grávidas. A vacina deve ser
administrada a mulheres grávidas apenas se o potencial benefício justificar o potencial de risco para o feto. Não foram realizados
estudos de reprodução animal com a vacina hepatite B (recombinante).
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.
Ainda não se sabe se a vacina hepatite B (recombinante) é excretada no leite materno. Muitos medicamentos são excretados no leite
materno, portanto deve-se administrar com cautela a vacina a nutrizes. No entanto estudos com a vacina hepatite B (recombinante) em
12 nutrizes não revelaram evidências de que o antígeno vacinal seja excretado.
Uso pediátrico: demonstrou-se que a vacina hepatite B (recombinante) é geralmente bem tolerada e altamente imunogênica em recém-
nascidos e crianças de todas as idades; em recém-nascidos, os anticorpos transferidos pela mãe não interferem na resposta imunológica
[veja 8. POSOLOGIA E MODO DE USAR (posologia pediátrica recomendada e posologia recomendada para recém-nascidos de
mães AgHBs positivas)].
Uso em idosos: estudos clínicos iniciais com a vacina hepatite B (recombinante) não incluíram número suficiente de pacientes com
idade igual ou superior a 65 anos para determinar se eles respondem de maneira diferente dos pacientes mais jovens. Entretanto, em
estudos posteriores da vacina hepatite B (recombinante) foi demonstrado que uma resposta imunológica e níveis de seroproteção
Pessoas com imunodeficiência ou sob terapia imunossupressora requerem doses mais altas da vacina e sua resposta imunológica é
inferior a dos indivíduos saudáveis.
Uso com outras vacinas: resultados de estudos clínicos indicam que a vacina hepatite B (recombinante) pode ser administrada
concomitantemente com a vacina adsorvida difteria, tétano e pertussis; a vacina poliomielite (oral); a vacina sarampo, caxumba,
rubéola; a vacina Haemophilus influenzae B (conjugada) ou a dose de reforço de DTPa (difteria, tétano e pertussis acelular), utilizando-
se locais do corpo e seringas diferentes. Não se demonstrou comprometimento da resposta imunológica a esses antígenos quando
testados individualmente. Devem-se utilizar locais e seringas diferentes para administração simultânea de vacinas injetáveis.
Conservar sob refrigeração (temperatura entre 2 e 8o
C). Não congelar, pois o congelamento destrói a potência da vacina. O
armazenamento abaixo ou acima da temperatura recomendada pode reduzir a potência.
Prazo de validade: 36 meses após a data de fabricação impressa na embalagem.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
O frasco-ampola de dose única da vacina, uma vez perfurado, deve ter seu conteúdo utilizado prontamente e depois ser descartado.
Aparência: após homogeneização completa, a vacina apresenta-se como uma suspensão branca, ligeiramente opaca.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
NÃO ADMINISTRAR POR VIA INTRAVENOSA OU INTRADÉRMICA
A vacina hepatite B (recombinante) 5 mcg/0,5 mL e 10 mcg/1,0 mL NÃO É INDICADA PARA PACIENTES EM PRÉ-
DIÁLISE/DIÁLISE.
A vacina hepatite B (recombinante) deve ser administrada por via intramuscular.
Para adultos e adolescentes o músculo deltoide é o local preferencial para injeção intramuscular.
Para recém-nascidos e crianças, a área anterolateral da coxa é o local recomendado para injeção intramuscular.
Há dados sugerindo que aplicações feitas nas nádegas frequentemente atingem apenas o tecido adiposo, não alcançando o tecido
muscular. As injeções aplicadas dessa maneira têm resultado em taxas de soroconversão mais baixas do que o esperado.
A vacina hepatite B (recombinante) pode ser administrada por via subcutânea em pessoas com risco de hemorragia após
administrações intramusculares. Entretanto, quando outras vacinas adsorvidas em hidróxido de alumínio foram administradas por via
subcutânea, observou-se maior incidência de reações locais, incluindo a formação de nódulos subcutâneos. Portanto deve-se utilizar
essa via apenas em pessoas com risco de hemorragia após administrações intramusculares (por exemplo, hemofílicos).
AGITE BEM ANTES DE USAR. É NECESSÁRIO AGITAÇÃO CUIDADOSA DO FRASCO IMEDIATAMENTE ANTES DA
ADMINISTRAÇÃO PARA MANTER A VACINA EM SUSPENSÃO.
A vacina deve ser administrada como fornecida; não é necessário diluir ou reconstituir. Deve-se utilizar a dose total recomendada.
NOTA: uma vez que o frasco-ampola de dose única tiver sido perfurado, a vacina nele contida deve ser utilizada prontamente e o
frasco-ampola deve ser descartado.
É importante utilizar, para cada paciente, seringas e agulhas estéreis e descartáveis para evitar a transmissão da hepatite e de outros
agentes infecciosos.
Produtos de uso parenteral devem ser inspecionados antes da administração, visando à detecção de material particulado e de alterações
da coloração.
A vacina hepatite B (recombinante), após homogeneização completa, apresenta-se como uma suspensão branca, ligeiramente opaca.
Esquema de três doses
A vacinação consiste em três doses administradas de acordo com o seguinte esquema:
1ª aplicação: na data escolhida;
2ª aplicação: 1 mês após a primeira dose;
3ª aplicação: 6 meses após a primeira dose.
Dentro de limites, o momento das aplicações sucessivas pode ser ajustado para acomodar uma variedade de necessidades, como a
coadministração com outras vacinas.
Para recém-nascidos de mães AgHBs positivas ou com situação sorológica para AgHBs desconhecida, as recomendações quanto ao
tratamento estão descritas nos itens: Posologia para recém-nascidos de mães AgHBs positivas e Posologia para recém-nascidos de
mães cuja sorologia para o AgHBs é desconhecida.
Um intervalo de no mínimo um mês deve separar as aplicações sucessivas da vacina. Esquemas acelerados de três doses (por exemplo,
0, 1, 2 meses; 0, 2, 4 meses) podem induzir à proteção por anticorpos mais cedo numa proporção ligeiramente maior de vacinados. No
entanto esquemas que estendem o intervalo de tempo entre a segunda e terceira aplicações (por exemplo, 0, 1, 6 meses; 0, 1, 12 meses)
irão finalmente soroconverter proporção similar de vacinados, enquanto induzem substancialmente a concentrações mais elevadas de
anticorpos do que os esquemas acelerados.
Esquema de duas doses – Adolescentes (11 a 15 anos de idade)
Um esquema alternativo de duas doses de 10 mcg está à disposição para a vacinação de rotina de adolescentes (11 a 15 anos de idade),
de acordo com o seguinte esquema:
1ª aplicação: na data escolhida.
2ª aplicação: 4 a 6 meses mais tarde.
Os esquemas posológicos da vacina hepatite B (recombinante) para populações específicas, independentemente do risco de infecção
pelo vírus da hepatite B, encontram-se resumidos na tabela 1.
Tabela 1
Grupo Dose/Esquema++
Recém-nascidos+
, crianças, adolescentes††
0 a 19 anos de idade
5 mcg (0,5 mL)
3 doses de 5 mcg
Adultos
≥ 20 anos de idade
10 mcg (1,0 mL)
3 doses de 10 mcg
+
Recém-nascidos de mães AgHBs negativas.
++
Se a formulação sugerida não estiver disponível, a dose adequada pode ser obtida de outra formulação, desde que o volume total
administrado da vacina não exceda 1,0.
††
Adolescentes (11 a 15 anos de idade) podem receber um dos seguintes esquemas: 3 doses de 5 mcg ou 2 doses de 10 mcg.
Posologia para recém-nascidos de mães AgHBs positivas
Recém-nascidos de mães AgHBs positivas têm alto risco de tornarem-se portadores crônicos do vírus da hepatite B e de
desenvolverem sequelas crônicas da infecção por tal vírus. Estudos bem controlados mostraram que a administração de três doses de
0,5 mL de imunoglobulina humana anti-hepatite B desde o nascimento é 75% eficaz na prevenção do estado de portador crônico nesses
recém-nascidos durante o primeiro ano de vida. A proteção é transitória nessas circunstâncias e a eficácia da imunoglobulina humana
anti-hepatite B administrada passivamente diminui em seguida. Os resultados de estudos clínicos indicam que a administração de uma
dose de 0,5 mL de imunoglobulina humana anti-hepatite B ao nascer e três doses de 5 mcg (0,5 mL) da vacina hepatite B
(recombinante), sendo a primeira aplicada na primeira semana após o nascimento, foi 96% eficaz na prevenção do estado de portador
crônico nos recém-nascidos de mães AgHBs e AgHBe positivas. Testes para AgHBs e anti-HBs são recomendados aos 12-15 meses
para monitorar se a terapia teve sucesso. Se o AgHBs não é detectável e o anti-HBs está presente, a criança foi protegida.
A posologia recomendada aos recém-nascidos de mães AgHBs positivas está descrita na tabela 2.
Tabela 2
TRATAMENTO Nascimento 1 Mês 6 Meses
vacina hepatite B (recombinante) 5 mcg††† 5 mcg 5 mcg
Imunoglobulina humana anti-hepatite B 0,5 mL -- --
††† A primeira dose da vacina hepatite B (recombinante) deve ser administrada ao nascer e ao mesmo tempo que a imunoglobulina
humana anti-hepatite B, mas deve ser aplicada na região ântero-lateral da coxa oposta.
Posologia para recém-nascidos de mães cuja sorologia para o AgHBs é desconhecida
Quando o AgHBs da mãe for desconhecido, a vacinação deve ser iniciada assim que possível com uma dose de 5 mcg da vacina. Se em
7 dias após o parto a mãe for determinada AgHBs positivo, a criança deverá receber, imediatamente, uma dose de imunoglobulina
humana anti-hepatite B; a série de vacinação deverá ser completada com doses de 5 mcg. Se o teste de antígeno do AgHBs for negativo
para a mãe, a série de vacinação deverá ser completada com doses de 5 mcg.
Revacinação para os indivíduos que não respondem ao tratamento
Quando as pessoas que não respondem (anti-HBs < 10 IU/l) à primeira série de vacinação são revacinadas, 15-25% têm resposta
adequada de anticorpos depois de uma dose adicional e 30-50%, depois de três doses adicionais. No entanto, em razão da insuficiência
das informações referentes ao perfil de segurança da vacina hepatite B quando doses adicionais em excesso das séries de duas ou três
doses são administradas, a revacinação até a conclusão da série primária não é recomendada rotineiramente. A revacinação deve ser
considerada para indivíduos sob alto risco, depois de avaliados os benefícios da vacinação contra o potencial risco de reações adversas
locais ou sistêmicas.
Exposição provável ou conhecida ao antígeno da hepatite B
Não há estudos prospectivos atestando a eficácia da combinação da imunoglobulina humana anti-hepatite B com a vacina hepatite B
(recombinante) para prevenir a hepatite B clínica após exposição de membranas mucosas ou a exposição percutânea ou ocular ao vírus
da hepatite B. No entanto, como a maioria das pessoas assim expostas (por exemplo, profissionais da área de saúde) é candidata à
vacinação com a vacina hepatite B (recombinante) e sendo a combinação da imunoglobulina humana anti-hepatite B com a vacina mais
eficaz que a imunoglobulina isoladamente em exposições perinatais, são recomendadas as seguintes diretrizes para pessoas que foram
expostas ao vírus da hepatite B nessas situações: (1) exposição de membrana mucosa, percutânea (picada de agulha) ou ocular a sangue
presumível ou sabidamente contaminado pelo antígeno da hepatite B, (2) mordidas de indivíduos presumível ou sabidamente AgHBs
positivos, que penetram a pele ou (3) contato sexual íntimo com indivíduos presumível ou sabidamente AgHBs positivos.
A imunoglobulina humana anti-hepatite B (0,06 mL/kg) deve ser administrada imediatamente após a exposição e no período de 24
horas, se possível. A vacina hepatite B (recombinante), na dose apropriada para a idade (veja 8. POSOLOGIA E MODO DE USAR),
deve ser administrada por via intramuscular no período de sete dias após a exposição; a segunda e a terceira doses devem ser
administradas um e seis meses após a primeira dose, respectivamente.
Revacinação
A duração do efeito protetor da vacina hepatite B (recombinante) em vacinados saudáveis é desconhecida até o momento e a
necessidade de doses de reforço não está definida.
A vacina hepatite B (recombinante) é geralmente bem tolerada. Não foram relatadas reações adversas que pudessem estar relacionadas
às alterações nos títulos de anticorpos contra levedura durante os estudos clínicos. Assim como com qualquer vacina, existe a
possibilidade de que o uso em larga escala revele reações adversas não observadas em estudos clínicos.
Num grupo de estudos, 1.636 doses da vacina hepatite B (recombinante) foram administradas a 653 recém-nascidos e crianças (de até
10 anos de idade) saudáveis, que foram monitoradas por cinco dias depois de cada dose. Foram relatadas reações adversas no local da
aplicação (incluindo eritema e edema) e queixas sistêmicas após 8% e 17% das aplicações, respectivamente.
As reações adversas sistêmicas mais frequentemente relatadas (> 1% das aplicações), em ordem decrescente de frequência, foram
irritabilidade, cansaço, febre (> 38o
C oral equivalente), choro, diarreia, vômito, diminuição do apetite e insônia.
Em um estudo que comparou o esquema de três doses (5 mcg) com o de duas doses (10 mcg) da vacina hepatite B (recombinante) em
adolescentes, a frequência global de reações adversas e queixas sistêmicas, em geral, foi semelhante.
Em um grupo de estudos no qual 3.258 doses de 10 mcg da vacina hepatite B (recombinante) foram administradas a 1.252 adultos
saudáveis monitorados por cinco dias depois de cada dose, foram relatadas as seguintes reações adversas:
- Incidência > 1% das aplicações
Reações locais: reações no local da injeção, consistindo principalmente em irritação local, incluindo dor, aumento da sensibilidade,
prurido, eritema, equimose, edema, calor e enduração.
Corpo como um todo: as reclamações mais frequentes incluem fadiga/astenia, mal-estar, febre (> 38°C).
Sistema Nervoso: cefaleia.
Sistema Digestivo: náuseas, diarreia.
Sistema Respiratório: faringite, infecção das vias aéreas superiores.
- Incidência < 1% das aplicações
Corpo como um todo: sudorese, calafrios, rubor facial, sensação de dor e de calor.
Pele: prurido, erupções cutâneas, urticária, angioedema.
Sistema Digestivo: vômitos, dores/cólicas abdominais, dispepsia, diminuição do apetite.
Sistema Musculoesquelético: mialgia, artralgia, dor lombar, dor cervical, dor nos ombros, rigidez da nuca.
Sistema Nervoso: delírio, vertigem/tontura, parestesia.
Sistema Respiratório: rinite, tosse, resfriado.
Órgãos dos sentidos: dor de ouvido.
Sistema Sanguíneo/Linfático: linfadenopatia.
Psiquiátricos/Comportamental: insônia/distúrbio do sono.
Sistema Urogenital: disúria.
Sistema Cardiovascular: hipotensão.
- Outras reações adversas
As seguintes reações adversas foram relatadas após a comercialização; entretanto, em muitos casos, a relação de causalidade não foi
estabelecida.
Hipersensibilidade: anafilaxia e sintomas de hipersensibilidade imediata, incluindo edema, dispneia, desconforto torácico,
broncoespasmo ou palpitação foram relatados nas primeiras horas após a vacinação. Relatou-se síndrome aparente de
hipersensibilidade (semelhante à doença do soro) de início tardio (dias ou semanas após a vacinação), que incluía artrite (geralmente
transitória) e reações dermatológicas, como eritemamultiforme, equimose e eritema nodoso (veja 5. ADVERTÊNCIAS E
PRECAUÇÕES).
Sistema Imunológico: vasculite e poliarterite nodosa.
Pele: alopecia, eczema.
Sistema Musculoesquelético: artrite e dor nas extremidades.
Sistema Nervoso: neuropatia periférica, incluindo paralisia de Bell, síndrome de Guillain-Barré, exacerbação da esclerose múltipla,
esclerose múltipla, neurite óptica, convulsão, convulsão febril, encefalite, síncope vasovagal.
Órgãos dos sentidos: zumbido, uveíte.
Sistema Hematológico: aumento da velocidade de hemossedimentação, trombocitopenia.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA, disponível em
www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal.
Não há dados disponíveis sobre superdose.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.