Bula do Vacina Recombinante Contra Hepatite b produzido pelo laboratorio Instituto Butantan
para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento
SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE
INSTITUTO BUTANTAN
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DIZERES DE TEXTO DE BULA - PROFISSIONAL DE SAÚDE
vacina adsorvida hepatite B (recombinante)
proteína de superfície do vírus da hepatite B (recombinante): 25 µg/mL
APRESENTAÇÃO:
Suspensão Injetável.
Cada cartucho da vacina adsorvida hepatite B (recombinante) contém 20 frascos-ampola
com 5 mL (10 doses de 0,5 mL ou 5 doses de 1 mL).
A vacina adsorvida hepatite B (recombinante) é apresentada em frasco-ampola contendo 5
mL (multidose) de suspensão injetável de antígeno de superfície do vírus da hepatite B
(HBsAg), produzido através da expressão do antígeno em uma cepa de levedura modificada
geneticamente. O antígeno recombinante de superfície (rHBsAg) é purificado por vários
métodos físico-químicos, adsorvido por hidróxido de alumínio e adicionado de timerosal
como conservante.
VIA DE ADMINISTRAÇÃO: INTRAMUSCULAR
A vacina adsorvida hepatite B (recombinante) deve ser administrada por via intramuscular
profunda, na região do músculo deltóide (região superior externa do braço) ou no vasto
lateral da coxa em crianças. Excepcionalmente, a vacina pode ser administrada por via
subcutânea em pacientes com tendência para sangramento grave (Ex.: hemofílicos).
Não deve ser aplicada por via intravenosa, intradérmica ou na região glútea.
USO ADULTO E PEDIÁTRICO.
COMPOSIÇÃO:
Cada 1,0 mL contém:
- proteína de superfície do vírus da hepatite B (recombinante) 25,00 µg
- hidróxido de alumínio .................................... ............ até 1,25 mg (em Al3+
)
- timerosal ............................................................................. até 0,10 mg
- solução fisiológica tamponada pH 7,0 q.s.p. ............ 1,00 mL
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INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
A vacina adsorvida hepatite B (recombinante) é indicada para a imunização ativa contra a
infecção por vírus da hepatite B. Ao conferir proteção contra o vírus da hepatite B, o
indivíduo fica protegido contra a infecção pelo vírus da hepatite D. A vacina não protege
contra infecções por outros vírus causadores da hepatite (vírus A, C e E). A vacina
adsorvida hepatite B (recombinante) é recomendada para imunização generalizada de
populações, especialmente para recém-nascidos e grupos submetidos a maiores riscos de
contaminação pelo vírus, como médicos, enfermeiros, agentes de saúde, manipuladores de
vírus e outros. Este produto pode ser administrado em recém-nascidos, adolescentes,
adultos, gestantes e idosos nas doses recomendadas. A vacinação evita não só a infecção
pelo vírus como também complicações crônicas posteriores causadas pelo vírus como
cirrose e câncer primário de fígado (carcinoma hepatocelular).
A hepatite B pode ser adquirida ao se entrar em contato com o sangue, sêmen, secreções
vaginais ou outros fluídos corporais de pessoas contaminadas.
Outras circunstâncias em que podem resultar em infecção:
Recém-nascidos de mães portadoras do vírus da hepatite B;
Morar no mesmo domicílio de algum portador do vírus da hepatite B;
Contato íntimo/sexual com alguma pessoa infectada;
Trabalhar em ambientes que envolvam exposição a sangue humano ou fluídos corporais;
Acidentes puncionais durante procedimentos realizados por profissionais de saúde;
Compartilhar seringas e agulhas no uso de drogas injetáveis;
Viajar para regiões com alta frequência de doença pelo vírus da hepatite B.
Pessoas portadoras do vírus da hepatite B podem não apresentar sintomas específicos. Na
realidade, uma pessoa ao adquirir o vírus da hepatite B pode ficar de seis semanas a seis
meses sem o surgimento de sintomas. Os primeiros sintomas que aparecem geralmente, são
leves, sendo semelhantes aos de uma gripe. Alguns pacientes, entretanto desenvolvem
sintomatologia mais intensa, com o aparecimento de icterícia.
Os resultados de estudos realizados por diversos autores pela aplicação da vacina adsorvida
hepatite B (recombinante) em recém-nascidos demonstram que a eficácia foi superior a
90%(1)
. A Coordenação Geral do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da
Saúde realizou estudos com a vacina adsorvida hepatite B (recombinante) produzida pelo
Instituto Butantan e emitiu o "Relatório Geral do Estudo Multicêntrico de Imunogenicidade
e Reatogenicidade de Vacinas Recombinantes Contra Hepatite B" (2003), o qual
demonstrou taxas de soroproteção satisfatórias para a vacina do Instituto Butantan aplicada
em recém-nascidos, crianças, adolescentes e em adultos jovens(2)
. Em 2006, outro estudo
para a avaliação de imunogenicidade e segurança em adultos de 31 a 40 anos de idade foi
realizado pelo Departamento de Medicina da Santa Casa de São Paulo(3)
. Esses novos
estudos indicaram que vacina adsorvida hepatite B (recombinante) do Instituto Butantan é
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segura e apresenta boa imunogenicidade para adultos na faixa etária de 31 a 40 anos. Os
dados obtidos nestes dois estudos estão de acordo aos obtidos com vacinas similares.
(1
) Advances in Biotechnology Process (1990), vol. 14 - Viral Vaccines. Ed. Avshalom
Mizrahi. Willey-Liss. NY. Chichester. Brisbane. Toronto. Singapore.
(2)
Relatório Geral do Estudo Multicêntrico de Imunogenicidade e Reatogenicidade de
Vacinas Recombinantes Contra Hepatite B – Coordenação Geral do Programa Nacional de
Imunizações – Fundação Nacional de Saúde – Ministério da Saúde.
(3)
Avaliação de imunogenicidade e segurança da vacina recombinante contra hepatite B do
Instituto Butantan (Buta-NG) em adultos de 31 a 40 anos de idade – Centro de Estudos
Augusto Leopoldo Ayrosa Galvão (CEALAG), Departamento de Medicina Social /
Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. Março de 2006.
A infecção pelo vírus da hepatite B constitui um sério problema de Saúde Pública, que pode
resultar em hepatite aguda (benigna ou grave) e hepatite crônica, com potencial evolutivo
para cirrose e carcinoma hepatocelular primário do fígado. O meio viável de se prevenir a
disseminação e as consequências da infecção crônica pelo vírus da hepatite B é através da
imunização ativa. O antígeno HBsAg, constituinte da vacina, atua pela sensibilização de
células do sistema imune geradoras de anticorpos específicos (anticorpos humorais
neutralizantes), tais como plasmócitos e linfócitos B. As tentativas de replicação do vírus
da hepatite B em cultivos celulares não tiveram sucesso, assim, as primeiras vacinas contra
a hepatite B derivavam de sangue humano que continha o antígeno. O custo destas vacinas
era alto e a produção limitada. Com a possibilidade de expressão do antígeno de superfície
da partícula viral (HBsAg) em células procarióticas (levedura em nosso caso) a vacina
contra a hepatite B pode ser produzida em quantidades ilimitadas e a custo baixo com
100% de segurança. Entre as células testadas, resultados favoráveis e constantes são obtidos
com o Hansenula polimorpha (levedura) como vetor do HBsAg na produção da vacina. O
antígeno, que se encontra no interior das células de levedura, é extraído e purificado
separando-o de substâncias constituintes da levedura e, finalmente concentrado. O processo
de purificação assegura uma pureza protéica (antígeno) igual ou superior a 98%.
- Anafilaxia prévia a qualquer componente da vacina contraindica o seu uso.
- Púrpura trombocitopênica idiopática (PTI) após a dose anterior.
A vacina adsorvida hepatite B (recombinante) deve ser guardada fora do alcance das
crianças.
Conservar a vacina adsorvida hepatite B (recombinante) à temperatura entre +2ºC e
+ 8ºC. NÃO CONGELAR.
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Não deve ser aplicada por via intravenosa, intradérmica ou na região glútea.
Este medicamento pode ser utilizado por mulheres grávidas, sempre com orientação
médica.
Não utilizar a vacina após o vencimento do prazo de validade.
Doenças agudas febris, moderadas ou graves, recomendam adiar a vacinação até a
resolução do quadro, com o intuito de não se atribuir à vacina as manifestações da
doença.
Uso na Gravidez ou Lactação:
O efeito do antígeno no desenvolvimento fetal é ainda desconhecido, porém a gestação e/ou
a lactação não contraindicam a imunização para a Hepatite B em situações de risco. As
gestantes imunizadas para hepatite B, com esquema vacinal completo de três doses, não
necessitam de reforço vacinal. Aquelas não imunizadas ou com esquema vacinal
incompleto devem receber três doses da vacina nos intervalos 0, 1 e 6 meses ou completar o
esquema já iniciado. A vacina adsorvida hepatite B (recombinante) só deve ser usada
Nenhuma medicação concomitante constitui contraindicação para uso da vacina. Todavia,
qualquer medicamento que esteja sendo aplicado no indivíduo deve ser considerado e
avaliado pelo médico assistente. A vacina adsorvida hepatite B (recombinante) pode ser
aplicada simultaneamente com as outras vacinas que constam do Calendário Nacional de
Vacinação do Programa Nacional de Imunizações, tais como: poliomielite, vacina
adsorvida difteria, tétano e pertussis (DTP), vacina tetravalente (DTP + Hib), sarampo e
BCG (esta última deve ser administrada em local de aplicação diferente).
A vacina adsorvida hepatite B (recombinante) deve ser conservada à temperatura entre
+2ºC e +8°C. Não deve ser colocada no congelador ou “freezer”; o congelamento é
estritamente contraindicado. Respeitadas essas condições a vacina adsorvida hepatite B
(recombinante) possui validade de 24 meses a partir da sua data de fabricação. Esta
informação se encontra no rótulo da vacina e em seu cartucho, sendo o produto válido até o
último dia do mês indicado.
Depois de aberto o frasco-ampola de múltiplas doses, a vacina pode ser utilizada no prazo
máximo de até 15 dias, se mantida em condições assépticas e sob temperatura entre +2ºC e
+8°C.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido.
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Para sua segurança, mantenha o medicamento na embalagem original.
ASPECTO FÍSICO:
Observar o aspecto depois de agitar fortemente o frasco-ampola, que deve ser de um
líquido leitoso, sem partículas visíveis a olho nu.
CARACTERÍSTICAS ORGANOLÉPTICAS:
Vide “Aspecto Físico”.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance de crianças.
Dosagem
A vacina adsorvida hepatite B (recombinante) é indicada para crianças, adolescentes e
adultos até 40 anos de idade.
De 0 a 19 anos de idade: uma dose de 0,5 mL de suspensão injetável.
De 20 a 40 anos de idade: uma dose de 1,0 mL de suspensão injetável.
Esquema de Vacinação
Há dois esquemas de vacinação recomendados que consistem de 3 doses a 4 doses
intramusculares da vacina.
1) É recomendado para indivíduos expostos a risco moderado ou baixo de infecção:
- primeira dose: na data de eleição;
- segunda dose: um mês depois;
- terceira dose: 6 meses a partir da primeira dose.
ou
2) É recomendado para recém-nascidos e indivíduos que necessitam de proteção mais
rápida ou estão mais frequentemente expostos à infecção:
- terceira dose: 2 meses a partir da primeira dose;
- quarta dose: 12 meses após a primeira dose.
Notas:
No recém-nascido recomenda-se a imunização nas primeiras 12 a 24 horas após o
nascimento para evitar a transmissão vertical da mãe infectada pelo vírus da hepatite
B.
A interrupção da vacinação somente deverá ser efetuada com orientação médica.
Intervalos maiores do que os recomendados proporcionam resultados equivalentes,
não havendo necessidade de reiniciar o esquema.
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Por não haver estudos conclusivos sobre a necessidade de doses de reforço em
indivíduos com esquema de vacinação completa, a aplicação de reforço não é
indicada.
Reação muito comum (ocorre em mais de 10% dos pacientes que utilizam este
medicamento):
No local de Aplicação: dor (3–29%) e enduração/rubor (0,2–17%); eventualmente podem
ocorrer abscessos locais, decorrentes da contaminação bacteriana secundária por falha
técnica de aplicação vacinal.
Reações Gerais: desconforto gastrointestinal leve (1–20%).
Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este
Reações Gerais: febre (1- 6%) nas primeiras 24 horas após a vacinação. Sintomas
semelhantes a resfriado comum tais como fadiga, tontura, cefaléia e irritabilidade podem
estar presentes.
Obs.: Segundo a literatura, até o momento não há evidências de relação de casualidade
entre a vacina adsorvida hepatite B (recombinante) e o surgimento de casos de Síndrome
Guillain Barré, esclerose múltipla, síndrome de morte súbita infantil e artrite.
Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este
Não descrita em literatura.
Reação rara (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizam este
A púrpura trombocitopênica idiopática após a aplicação da vacina adsorvida hepatite B
(recombinante) é um evento raro cuja relação causal é difícil de ser comprovada. O tempo
de latência entre a vacinação e o aparecimento dos sintomas que, geralmente, é de alguns
dias até dois meses, sugere esta relação.
Reação muito rara (ocorre em menos de 0,01% dos pacientes que utilizam este
As reações de hipersensibilidade podem ocorrer excepcionalmente a algum componente da
vacina, incluindo o timerosal e o levedo (risco teórico). Ocorre em um caso para 600.000
vacinados e é muito raro em crianças e adolescentes. A anafilaxia imediata (reação de
hipersensibilidade do tipo I de Gell & Coombs) ocorre habitualmente na primeira hora após
a exposição ao alérgeno. Apresenta-se com uma ou mais das seguintes manifestações:
urticárias, sibilos, laringoespasmos, edema dos lábios, hipotensão e choque.
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Eventos adversos pós-vacina adsorvida hepatite B (recombinante)
Eventos Adversos Descrição
Tempo decorrente
Aplicação / Evento
Freqüência
Locais
Dor, enduração e
rubor
1º dia
1/3,5 a
1/50 doses
Manifestações
Gerais
Febre,
irritabilidade,
fadiga, tontura,
cefaléia,
desconforto
gastrointestinal leve
1/10 a
1/100 doses
Púrpura
Trombocitopênica
Petéquias e
equimoses
disseminadas
Alguns dias a 2
meses Raro
Reação anafilática
Urticárias, sibilos,
laringoespasmos,
edema dos lábios,
hipotensão e
choque
Nos primeiros 30
minutos e até 2
horas
1/600.000
*Fonte: Manual de Vigilância Epidemiológica de Eventos Adversos Pós-Vacinação
Série A. Manual e Normas Técnicas em Saúde - 2ª Edição / Brasília – DF 2008
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância
Sanitária - NOTIVISA, disponível em http://www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou
para a Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal." (incluindo no espaço o endereço
eletrônico atualizado do NOTIVISA)
Em casos de superdose as reações adversas poderão ser observadas, no local de aplicação,
em maior intensidade com possível formação de abscesso, reações febris e mal estar.
Procurar socorro médico.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais
informações orientações sobre como proceder.
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