Leia a bula do Valsartana produzido pelo laboratorio Biosintética Farmacêutica Ltda para o Profissional com todas as informações sobre este medicamento.
valsartana
Biosintética Farmacêutica Ltda.
comprimidos revestidos
80 mg, 160 mg e 320 mg
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BULA PARA PROFISSIONAL DE SAÚDE
Bula de acordo com a Resolução-RDC nº 47/2009
I- IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO
Medicamento genérico Lei nº 9.787, de 1999
Comprimidos revestidos
APRESENTAÇÕES
Comprimidos revestidos 80 mg, 160 mg e 320 mg: embalagens com 10 e 30 comprimidos.
USO ORAL
USO ADULTO
COMPOSIÇÃO
Cada comprimido revestido de valsartana 80 mg contém:
valsartana................................................................................................................80 mg
Excipientes: crospovidona, dióxido de silício, celulose microcristalina, estearato de magnésio, álcool polivinílico,
macrogol, talco, dióxido de titânio e corante óxido de ferro vermelho.
Cada comprimido revestido de valsartana 160 mg contém:
valsartana..............................................................................................................160 mg
macrogol, talco, dióxido de titânio e corante óxido de ferro amarelo.
Cada comprimido revestido de valsartana 320 mg contém:
valsartana..............................................................................................................320 mg
macrogol, talco, dióxido de titânio, corante óxido de ferro marrom e corante óxido de ferro preto.
II- INFORMAÇÕES TÉCNICAS AOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
•Tratamento da hipertensão arterial.
• Tratamento de insuficiência cardíaca (classes II a IV da NYHA) em pacientes recebendo tratamento padrão
tais como diuréticos, digitálicos e também inibidores da enzima de conversão da angiotensina ou
betabloqueadores, mas não ambos; a presença de todas estas terapêuticas padronizadas não é obrigatória.
melhora a morbidade nesses pacientes, principalmente através da redução da hospitalização por
insuficiência cardíaca. A valsartana retarda também a progressão da insuficiência cardíaca, melhora a classe
funcional da NYHA, a fração de ejeção, os sinais e sintomas da insuficiência cardíaca e melhora a qualidade de
vida versus o placebo (vide “Resultados de eficácia”).
• A valsartana é indicada para melhorar a sobrevida após infarto do miocárdio em pacientes clinicamente estáveis
com sinais, sintomas ou evidência radiológica de insuficiência ventricular esquerda e/ou com disfunção sistólica
ventricular esquerda (vide “Resultados de eficácia”).
Hipertensão
A administração de valsartana em pacientes com hipertensão ocasiona redução da pressão arterial sem alterar
a frequência cardíaca.
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Na maioria dos pacientes, após a administração de uma dose oral única, o início da atividade anti-hipertensiva
ocorre dentro de duas horas e o pico de redução da pressão arterial é atingido em 4 – 6 horas. O efeito anti-
hipertensivo persiste por 24 horas após a administração. Durante administrações repetidas, a redução máxima da
pressão arterial com qualquer dose é geralmente atingida em 2 – 4 semanas e se mantém durante a terapêutica a
longo prazo. Em associação com hidroclorotiazida, obtém-se uma redução adicional significativa na pressão arterial.
A retirada abrupta de valsartana não foi associada com hipertensão de rebote ou outro efeito clínico adverso.
Em estudos de doses múltiplas em pacientes hipertensos, valsartana não demonstrou efeitos significativos sobre
as dosagens do colesterol total, dos triglicérides em jejum, da glicemia de jejum ou do ácido úrico.
Insuficiência cardíaca
Hemodinâmica e neuro-hormônios
A hemodinâmica e os neuro-hormônios plasmáticos foram medidos em pacientes com Insuficiência Cardíaca classe
II – IV da NYHA (New York Heart Association) com pressão capilar pulmonar ≥ 15 mmHg em 2 estudos de
tratamento crônico de curta duração. Em um estudo, que incluiu pacientes cronicamente tratados com inibidores da
ECA, doses únicas e múltiplas de valsartana administradas em combinação com inibidores da ECA melhoraram a
hemodinâmica, incluindo a pressão capilar pulmonar (PCP), a pressão diastólica da artéria pulmonar (PDAP) e
a pressão arterial sistólica (PAS). Foi observada uma redução nos níveis da aldosterona plasmática (AP) e da
noradrenalina plasmática (NP) após 28 dias de tratamento. No segundo estudo, que incluiu somente pacientes não
tratados com inibidores da ECA por pelo menos 6 meses antes da inclusão, a valsartana melhorou
significativamente a PCP, a resistência vascular sistêmica (RVS), o débito cardíaco (DC) e a PAS após 28 dias de
tratamento. No estudo a longo prazo Val-HeFT, a noradrenalina plasmática e o peptídeo cerebral natriurético
(PCN) foram significativamente reduzidos em relação a fase inicial no grupo valsartana quando comparado ao
placebo.
Morbidade e mortalidade
O Val-HeFT foi um estudo multinacional, randomizado e controlado onde se comparou valsartana ao placebo na
morbidade e mortalidade de pacientes com insuficiência cardíaca classe II (62%), III (36%) e IV (2%) da NYHA
recebendo terapêutica usual e com fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE) < 40% e diâmetro diastólico
interno do ventrículo esquerdo (DDIVE) > 2.9 cm/m2. Foram incluídos 5.010 pacientes no estudo em 16 países,
que foram randomizados para receber valsartana ou placebo em adição à todas as outras terapêuticas
apropriadas incluindo os inibidores da ECA (93%), os diuréticos (86%), a digoxina (67%) e os betabloqueadores
(36%). A duração média do acompanhamento foi de aproximadamente dois anos. A dose média diária de valsartana
no estudo Val-HeFT foi de 254 mg. O estudo teve 2 desfechos primários: mortalidade por todas as causas (tempo
até o óbito) e a morbidade da insuficiência cardíaca (tempo até o primeiro evento mórbido) definido como morte,
morte súbita com ressuscitação, hospitalização por insuficiência cardíaca, ou administração intravenosa de drogas
inotrópicas ou vasodilatadoras por quatro horas ou mais sem hospitalização. Mortalidade por todas as causas foi
similar nos grupos tratados com valsartana e com placebo. A morbidade foi significativamente reduzida em 13,2%
com a valsartana comparado ao placebo. O principal benefício foi uma redução de 27,5% no risco para o tempo
até a primeira hospitalização por insuficiência cardíaca. Os maiores benefícios foram nos pacientes que não
estavam recebendo um inibidor da ECA ou um betabloqueador. Entretanto, reduções de risco favorecendo o
placebo foram observadas para aqueles pacientes tratados com a tripla combinação de um betabloqueador, um
inibidor da ECA e um bloqueador do receptor de angiotensina II, valsartana. Estudos adicionais como o VALIANT
(vide “Pós-infarto do miocárdio”), nos quais a mortalidade não foi aumentada nesses pacientes, reduziram as
preocupações em relação à tripla combinação.
Capacidade e tolerância ao exercício
Os efeitos da valsartana em adição à terapêutica usual da insuficiência cardíaca na tolerância ao exercício
usando o Protocolo Modificado de Naughton foram medidos em pacientes com insuficiência cardíaca da classe II –
IV da NYHA com disfunção ventricular esquerda (FEVE < 40% ). O aumento do tempo de exercício em relação à
fase inicial foi observado para todos os grupos do tratamento. Aumentos médios maiores em relação à fase inicial
no tempo de exercício foram observados para o grupo valsartana comparado ao grupo placebo, embora não tenha
atingido significância estatística. As melhoras mais importantes foram observadas no subgrupo dos pacientes que
não estavam recebendo terapêutica com inibidor da ECA, nos quais as variações médias no tempo de exercício
foram 2 vezes maiores para o grupo valsartana comparado ao grupo placebo. Os efeitos da valsartana comparados
aos do enalapril na capacidade ao exercício utilizando o teste da caminhada de seis minutos foram determinados
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nos pacientes com insuficiência cardíaca classe II e III da NYHA e com fração de ejeção do ventrículo
esquerdo < 45% que estavam recebendo terapêutica com inibidor da ECA por pelo menos 3 meses antes do início
do estudo. A valsartana 80 mg a 160 mg uma vez ao dia foi tão eficaz quanto enalapril 5 mg a 10 mg duas vezes ao
dia, com referência à capacidade ao exercício, conforme avaliado pelo teste da caminhada dos seis minutos nos
pacientes estabilizados previamente com inibidores da ECA e diretamente substituídos para valsartana ou enalapril.
Classe da NYHA, sinais e sintomas, qualidade de vida fração de ejeção
No estudo clínico Val-HeFT, os pacientes tratados com valsartana demonstraram uma melhora significativa na classe
da NYHA e nos sinais e sintomas de insuficiência cardíaca, incluindo dispneia, fadiga, edema e estertores
(percebidos na ausculta do tórax) em comparação ao placebo. Os pacientes tratados com valsartana tiveram uma
melhor qualidade de vida como demonstrado pelas mudanças na pontuação do questionário “Minnesota Living with
Heart Failure Quality of Life” em relação ao placebo. A fração de ejeção em pacientes tratados com valsartana
aumentou significativamente e o DDIVE foi reduzido significativamente no desfecho em relação à fase inicial
quando comparado ao placebo.
Pós-infarto do miocárdio
O estudo de valsartana no Infarto Agudo do Miocárdio (VALIANT) foi randomizado, controlado, multinacional e
duplo- cego em 14.703 pacientes com infarto do miocárdio agudo e sinais, sintomas ou evidência radiológica de
insuficiência cardíaca congestiva e/ou evidência de disfunção sistólica do ventrículo esquerdo (manifestado como
uma fração de ejeção ≤ 40% por ventriculografia por radionuclídeos ou ≤ 35% por ecocardiografia ou angiografia
ventricular de contraste). Os pacientes foram randomizados dentro de 12 horas a 10 dias após o início dos
sintomas de infarto do miocárdio em um dos três grupos de tratamento: valsartana (titulada a partir de 20 mg duas
vezes ao dia para a maior dose tolerada até um máximo de 160 mg duas vezes ao dia), o inibidor de ECA captopril
(titulado a partir de 6,25 mg três vezes ao dia para a maior dose tolerada até um máximo de 50 mg três vezes ao dia)
ou a combinação de valsartana mais captopril. No grupo de combinação, a dose de valsartana foi titulada a partir
de 20 mg duas vezes ao dia para a maior dose tolerada até um máximo de 80 mg duas vezes ao dia; a dose de
captopril foi a mesma para monoterapia. A duração média do tratamento foi de dois anos. A dose diária média de
valsartana no grupo de monoterapia foi de 217 mg. A terapêutica basal incluiu ácido acetilsalicílico (91%),
betabloqueadores (70%), inibidores da ECA (40%), trombolíticos (35%) e estatinas (34%). A população estudada
foi de 69% de homens, 94% de caucasianos e 53% com 65 anos de idade ou mais velhos. O desfecho primário foi o
tempo para a mortalidade por todas as causas.
A valsartana foi pelo menos tão efetiva quanto o captopril na redução da mortalidade por todas as causas pós-infarto
do miocárdio. A mortalidade por todas as causas foi similar nos grupos de valsartana (19,9 %), captopril (19,5%) e
valsartana + captopril (19,3%). A valsartana foi também efetiva na prolongação do tempo para redução da
mortalidade cardiovascular, hospitalização por insuficiência cardíaca, infarto do miocárdio recorrente, parada
cardíaca ressuscitada e em acidente vascular cerebral não-fatal (desfecho composto secundário).
Uma vez que este foi um estudo com um controle ativo (captopril), uma análise adicional da mortalidade por todas
as causas foi realizada para estimar o quanto a valsartana desempenhou versus placebo. Usando os resultados das
referências prévias dos estudos do infarto do miocárdio – SAVE, AIRE e TRACE – o efeito estimado da valsartana
preservou 99,6% do efeito do captopril (97,5 % CI = 60 – 139%). Combinar valsartana com captopril não
adicionou mais benefícios sobre o captopril isolado. Não houve diferença na mortalidade por todas as causas com
base na idade, sexo, raça, terapêuticas basais ou doença de base.
Não houve diferença na mortalidade por todas as causas ou mortalidade cardiovascular ou morbidade quando
betabloqueadores foram administrados juntos com a combinação de valsartana + captopril, valsartana isolada ou
captopril isolado. Independentemente do tratamento da droga estudada, a mortalidade foi maior no grupo de
pacientes não tratados com um betabloqueador, sugerindo que o conhecido benefício do betabloqueador nesta
população foi mantido neste estudo. Além disto, os benefícios do tratamento da combinação de valsartana +
captopril, monoterapia de valsartana e monoterapia de captopril foram mantidos em pacientes tratados com
betabloqueadores.
Referências Bibliográficas
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Hanover, New Jersey, USA; 17-Oct-03. [84]
18. A multicenter, randomized, double-blind, placebo-controlled, parallel trial to assess the effect of valsartan on
exercise capacity, quality of life, and signs and symptoms, in patients with stable, chronic, congestive heart
failure (NYHA Class II-IV). Study Report Protocol 106, Novartis Pharmaceuticals Corporation, East Hanover, New
Jersey, USA; 12-Mar-01. [81]
19. A twelve week, multicenter, randomized, double-blind, active-controlled study to assess the efficacy and safety
of valsartan compared to enalapril on exercise capacity in patients with stable, moderate, chronic heart failure
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on the clinical documentation, Novartis Pharma AG, Basel, Switzerland. 20-Apr-01. [78]
Farmacodinâmica
Grupo farmacoterapêutico: bloqueadores do receptor da angiotensina II simples.
Código ATC: C09C A03.
O hormônio ativo do SRAA é a angiotensina II, formada a partir da angiotensina I pela ECA. A angiotensina II se
liga a receptores específicos localizados na membrana das células de vários tecidos, exercendo diversos efeitos
fisiológicos, inclusive em particular no envolvimento direto e indireto na regulação da pressão arterial. Como um
potente vasoconstritor, a angiotensina II exerce uma resposta pressora direta. Além disso, promove retenção de
sódio e estimulação da secreção de aldosterona.
A valsartana é um potente e específico antagonista dos receptores de angiotensina II (Ang II) ativo por via oral.
Ele atua seletivamente no receptor subtipo AT1, responsável pelas conhecidas ações da angiotensina II. Os níveis
plasmáticos aumentados de Ang II seguindo-se ao bloqueio do receptor AT1 com valsartana pode estimular o
receptor AT2 não-bloqueado, o que parece contrabalançar o efeito do receptor AT1. A valsartana não
apresenta atividade agonista parcial sobre os receptores AT1 e tem afinidade muito maior (cerca de 20.000 vezes)
para com receptores AT1 do que para com receptores AT2.
A valsartana não inibe a ECA, também conhecida como cininase II, que converte Ang I em Ang II e
degrada a bradicinina. Uma vez que não existe efeito sobre a ECA e nenhuma potencialização da bradicinina ou
substância P, é improvável que os antagonistas de angiotensina II estejam associados à tosse. Em estudos clínicos
em que a valsartana foi comparada aos inibidores da ECA, a incidência de tosse seca foi significativamente menor
(P < 0,05) em pacientes tratados com valsartana do que naqueles tratados com inibidores da ECA (2,6% versus
7,9%, respectivamente). Em um estudo clínico em pacientes com história de tosse seca durante terapêutica com
inibidores da ECA, 19,5% dos pacientes que recebiam valsartana e 19,0% desses que recebiam um diurético
tiazídico apresentaram episódios de tosse, comparados a 68,5% daqueles tratados com inibidores da ECA (P <
0,05). A valsartana não se liga ou bloqueia outros receptores hormonais ou canais de íons, importantes na regulação
cardiovascular.
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Farmacocinética
A absorção de valsartana após administração oral é rápida, embora a quantidade absorvida varie amplamente. A
biodisponibilidade absoluta média para valsartana é de 23%. Valsartana apresenta um decaimento cinético
multiexponencial (t1/2 alfa < 1h e t1/2 beta cerca de 9 h).
A farmacocinética de valsartana é linear no intervalo de dose testada. Não ocorrem alterações na cinética de
valsartana em administrações repetidas e há pouco acúmulo quando administrado uma vez ao dia. As
concentrações plasmáticas observadas foram similares em homens e mulheres.
A valsartana tem alta taxa de ligação às proteínas séricas (94 – 97%), principalmente a albumina sérica. O volume
de distribuição no steady-state (estado de equilíbrio) é baixo (cerca de 17 litros). O clearance (depuração)
plasmático é relativamente lento (cerca de 2 L/h) quando comparado a circulação sanguínea hepática (cerca de 30
L/h). Do total da dose absorvida, 70% são excretados nas fezes e 30% na urina, principalmente como composto
inalterado.
Quando a valsartana é administrada com alimentos, a área sob a curva de concentração plasmática (AUC) de
valsartana sofre redução de 48%, embora cerca de 8 horas após a administração, as concentrações plasmáticas de
valsartana sejam similares em pacientes que ingeriram o produto em jejum ou com alimentos. Entretanto, esta
redução da AUC, não se acompanha de redução clinicamente significativa nos efeitos terapêuticos, podendo o
VALSARTANA ser administrado com ou sem alimentos.
O tempo médio para o pico de concentração e a meia-vida de eliminação da valsartana em pacientes com
insuficiência cardíaca é similar ao observado em pacientes sadios. Os valores AUC e Cmax da valsartana aumentam
linearmente e são praticamente proporcionais com o aumento da dose dentro da faixa clínica (40 a 160 mg duas
vezes ao dia). O fator de acumulação médio é aproximadamente 1,7. A depuração aparente da valsartana após uma
administração oral é aproximadamente 4,5 L/h. A idade não afeta a depuração aparente em pacientes com
insuficiência cardíaca.
Populações especiais de pacientes
Pacientes idosos
Maior exposição sistêmica à valsartana foi observada em indivíduos idosos comparados com indivíduos
jovens; entretanto, isso não apresentou nenhum significado clínico.
Pacientes com insuficiência renal
Como esperado para um composto no qual o clearance (depuração) renal contribui com apenas 30% do
clearance (depuração) plasmático total, não existe correlação entre a função renal e a exposição sistêmica à
valsartana. Portanto, não é necessário ajuste de dose em pacientes com insuficiência renal. Nenhum estudo foi
realizado em pacientes sob diálise. No entanto, valsartana possui alta taxa de ligação às proteínas plasmáticas,
sendo improvável sua remoção por diálise.
Pacientes com insuficiência hepática
Cerca de 70% da dose absorvida são excretados na bile, principalmente como composto inalterado. Valsartana não
sofre biotransformação extensa e, como esperado, a exposição sistêmica à valsartana não se relaciona com o
grau de disfunção hepática. Portanto, nenhum ajuste de dose é necessário em pacientes com insuficiência hepática
de origem não biliar e sem colestase. Observou-se que a AUC da valsartana é aproximadamente o dobro em
pacientes com cirrose biliar ou obstrução biliar. (vide “Advertências e precauções”).
Dados de segurança pré-clínicos
Em diversos estudos pré-clínicos de segurança realizados com várias espécies de animais, não houve evidência
de toxicidade sistêmica ou em órgãos-alvo, excluindo-se toxicidade fetal em coelhos. Proles de ratos descendentes
de ratas que receberam 600 mg/kg durante o último trimestre de gravidez e durante a lactação mostraram
índice de sobrevivência levemente reduzido, bem como leve retardo no desenvolvimento (vide “Gravidez e
lactação”). Os principais achados pré-clínicos de segurança são atribuídos à ação farmacológica do fármaco e não
demonstraram qualquer significado clínico.
Não houve evidência de mutagenicidade, clastogenicidade ou carcinogenicidade em camundongos e ratos.
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Hipersensibilidade conhecida a valsartana ou a qualquer dos excipientes da formulação de valsartana (vide
“Composição”).
Uso concomitante de bloqueadores de receptores de angiotensina – incluindo valsartana – ou inibidores da enzima
conversora de angiotensina (IECAs) com alisquireno em pacientes com diabetes tipo 2.
Este medicamento é contraindicado para uso por lactantes.
Categoria de risco na gravidez: D.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe
imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez.
Pacientes com depleção de sódio e volume
Em pacientes com depleção grave de sódio e/ou hipovolemia, como nos que estejam recebendo altas doses
de diuréticos, pode ocorrer, em casos raros, hipotensão sintomática após o início da terapêutica com valsartana. A
depleção de sódio e/ou a hipovolemia devem ser corrigidas antes do início do tratamento com valsartana, por
exemplo, pela redução da dose do diurético.
Se ocorrer hipotensão, manter o paciente em posição supina e, se necessário, administrar infusão venosa de
solução salina fisiológica. O tratamento com valsartana pode ser continuado, uma vez que a pressão arterial esteja
estabilizada.
Pacientes com estenose arterial renal
A administração de valsartana por curto prazo a doze pacientes com hipertensão renovascular, secundária a estenose
de artéria renal unilateral, não induziu qualquer alteração significativa na hemodinâmica renal, na creatinina sérica
ou na ureia nitrogenada sanguínea (UNS). No entanto, como os medicamentos que afetam o sistema renina-
angiotensina- aldosterona (SRAA) podem aumentar a ureia sanguínea e a creatinina sérica em pacientes com
estenose de artéria renal unilateral ou bilateral, recomenda-se a monitorização de ambos parâmetros desses pacientes
como medida de segurança.
Pacientes com insuficiência renal
Nenhum ajuste de dose é necessário em pacientes com insuficiência renal. No entanto, não existem dados
disponíveis em casos graves [clearance (depuração) de creatinina < 10 mL/min], recomenda-se cautela.
O uso de bloqueadores de receptores de angiotensina – incluindo valsartana – ou inibidores da ECA juntamente com
alisquireno deve ser evitado em pacientes com insuficiência renal grave (TFG <30ml/min).
Pacientes com insuficiência hepática
Não é necessário ajuste de dose em pacientes com insuficiência hepática. A valsartana é eliminada principalmente
como composto inalterado na bile, e pacientes com distúrbios biliares obstrutivos mostraram clearance
(depuração) mais baixo de valsartana (vide “Farmacocinética”). Deve-se tomar cuidado especial ao se administrar
valsartana a pacientes com distúrbios biliares obstrutivos.
Insuficiência cardíaca/Pós-infarto do miocárdio
Pacientes com insuficiência cardíaca ou em tratamento do pós-infarto do miocárdio que utilizam
valsartana normalmente apresentam alguma redução na pressão arterial, mas a descontinuação da terapêutica devida
a uma hipotensão sintomática persistente não é usualmente necessária quando a posologia correta é seguida.
Cuidados devem ser tomados ao iniciar o tratamento em pacientes com insuficiência cardíaca ou pós-infarto do
miocárdio (vide “Posologia”).
Como consequência da inibição do SRAA, alterações na função renal podem ser antecipadas em indivíduos
suscetíveis. Nos pacientes com insuficiência cardíaca grave, cuja função renal pode depender da atividade SRAA, o
tratamento com inibidores ECA ou com antagonistas do receptor da angiotensina foi associado à oligúria e/ou
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azotemia e (raramente) com insuficiência renal aguda e/ou morte. A avaliação dos pacientes com insuficiência
cardíaca ou pós-infarto do miocárdio deve sempre incluir a avaliação da função renal.
Em pacientes com insuficiência cardíaca, cuidados devem ser tomados com a tripla combinação de um inibidor
da ECA, de um betabloqueador e valsartana.
Para pacientes com infarto do miocárdio recente, a combinação de captopril e valsartana não demonstrou nenhum
benefício clínico adicional, porém demonstraram um aumento no risco dos efeitos adversos comparado à
monoterapia. Portanto, esta combinação não é recomendada para pacientes com infarto do miocárdio recente, ao
contrário da monoterapia com valsartana que é indicada para melhorar a sobrevida após infarto do miocárdio em
pacientes clinicamente estáveis (vide “Indicações”).
Angioedema
Em pacientes tratados com valsartana tem sido reportado angioedema, incluindo inchaço de laringe e glote, levando a
obstrução das vias aéreas e/ou inchaço de face, lábios, faringe e/ou língua. Alguns destes pacientes apresentaram
previamente angioedema com outras drogas, incluindo inibidores da ECA. Valsartana deve ser imediatamente
descontinuado em pacientes que desenvolverem angioedema, e não deve ser readministrado.
Duplo bloqueio do Sistema Renina-Angiotensina (SRA)
É necessário precaução na coadministração de bloqueadores de receptores de angiotensina (BRAs), incluindo
valsartana, com outros agentes inibidores do sistema renina-angiotensina como IECAS ou alisquireno.
Gravidez e lactação
Como qualquer droga que atua diretamente sobre SRAA, valsartana não deve ser usada durante a gravidez (veja
“Contraindicações”). Devido ao mecanismo de ação dos antagonistas de angiotensina II, o risco para o feto não
deve ser excluído. Em exposição in útero a inibidores da ECA (uma classe específica de medicamento que agem
no SRAA), durante o segundo e o terceiro trimestres da gestação, houve relatos de lesoes e morte de fetos em
desenvolvimento. Além disso, nos dados retrospectivos, o uso de inibidores da ECA no primeiro trimestre foi
associado a um risco potencial de anomalias congênitas. Houve relatos de aborto espontâneo, oligodrâmnio e
disfunção renal em recém-nascidos quando mulheres grávidas tomaram inadvertidamente a valsartana. Se
gravidez for detectada durante o tratamento, valsartana deve ser descontinuado assim que possível (veja “Dados
de segurança pré-clínicos”).
Não se sabe se a valsartana é excretada no leite humano. A valsartana foi excretada no leite de ratas lactantes.
Portanto, não se recomenda o uso de valsartana em lactantes.
Mulheres em idade fértil
Como qualquer droga que atua diretamente sobre SRAA, valsartana não deve ser usado por mulheres que planejam
engravidar. Os médicos que prescrevem qualquer agente que atue no SRAA devem aconselhar as mulheres com
potencial de engravidar sobre o risco potencial destes agentes durante a gravidez.
Fertilidade
Não há dados dos efeitos de valsartana na fertilidade humana. Estudos em ratos não demonstraram qualquer efeito da
valsartana na fertilidade (veja “Dados de segurança pré-clínicos”).
Efeitos sobre a habilidade de dirigir veículos e/ou operar máquinas
Não foram observadas interações de significância clínica. Entre os fármacos com os quais se realizaram estudos
clínicos incluem-se: cimetidina, varfarina, furosemida, digoxina, atenolol, indometacina, hidroclorotiazida,
amlodipina e glibenclamida.
Como valsartana não sofre extensa metabolização hepática, interações do tipo droga-droga, clinicamente relevantes
em termos de indução metabólica ou inibição do sistema do citocromo P450, não são esperadas com a valsartana.
Embora valsartana possua alta taxa de ligação às proteínas plasmáticas, estudos in vitro não mostraram qualquer
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interação nesse nível com uma série de moléculas que também têm alta taxa de ligação às proteínas plasmáticas,
como diclofenaco, furosemida e varfarina.
Duplo bloqueio do Sistema Renina-Angiotensina (SRA) com BRAs, IECAs ou alisquireno: O uso concomitante de
bloqueadores de receptores de angiotensina (BRAs), incluindo Valsartana, com outros medicamentos que agem no SRA
é associado com o aumento da incidência de hipotensão, hipercalemia e alterações na função renal em comparação com
a monoterapia. É recomendada a monitorização da pressão arterial, função renal e eletrólitos em pacientes em
tratamento com valsartana e outros inibidores do SRA.
O uso concomitante de BRAs, incluindo valsartana, ou IECAs com alisquireno deve ser evitado em pacientes com
insuficiência renal grave (TFG <30 ml/min).
O uso concomitante de BRAs, incluído valsartana, ou IECAs com alisquireno é contraindicado em pacientes com
diabetes tipo 2.
Potássio: O uso concomitante com diuréticos poupadores de potássio (por exemplo, espironolactona, triantereno,
amilorida), suplementos à base de potássio ou substitutos do sal que contenham potássio pode acarretar aumento do
potássio sérico e , em pacientes com insuficiência cardíaca, aumento de creatinina sérica. Se o uso simultâneo desses
compostos for considerado necessário, recomenda-se monitoramento do potássio sérico.
Agentes anti-inflamatorios não esteroidais (AINES) incluindo inibidor seletivo da ciclooxigenase 2 (inibidor da
COX 2): Quando os antagonistas de angiotensina II são administrados simultaneamente com o AINEs, pode ocorrer
atenuação do efeito antihipertensivo. Além disso, em pacientes que são mais velhos, o volume depletado (incluindo
aqueles sobre terapia diurética) ou tiver comprometimento da função renal, o uso concomitante de agonistas da
angiotensina II e AINEs podem levar ao aumento de risco da piora da função renal. Portanto, recomenda-se o
monitoramento da função renal quando se inicia ou modifica o tratamento em pacientes sobre tratamento com
valsartana e que estão tomando AINEs simultaneamente.
Transportadores: O resultado de um estudo humano in vitro com tecido de fígado indicou que a valsartana é um
substrato para o transportador hepático de captação OATP1B1 e para o transportador – hepático de efluxo MRP2. A
coadminstração de inibidores do transportador por captação (rifampicina e ciclosporina) ou do transportador de efluxo
(ritonavir) pode aumentar a exposição sistemática da valsartana.
O uso concomitante de valsartana com:
- Lítio: pode levar a uma intoxicação por lítio
- anti-inflamatorios não-esteroidais (AINEs): pode reduzir a eficácia anti-hipertensiva
- ritonavir: aumento da exposição da valsartana
- agentes que bloqueiam o SRAA: pode levar à hipercalemia
Conservar em temperatura ambiente (entre 15 e 30°C). Proteger da luz e umidade.
Características físicas e organolépticas do produto
O comprimido revestido de valsartana 80 mg é oblongo e rosa claro.
O comprimido revestido de valsartana 160 mg é oblongo e amarelo.
O comprimido revestido de valsartana 320 mg é oblongo e marrom acinzentado
Desde que respeitados os cuidados de armazenamento, o medicamento apresenta uma validade de 24 meses a contar da
data de sua fabricação.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
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Hipertensão
A dose inicial recomendada de valsartana é de 80 mg ou 160 mg uma vez ao dia, independente da raça, idade ou
sexo. O efeito anti-hipertensivo manifesta-se efetivamente dentro de 2 semanas e o efeito máximo após 4
semanas. Nos pacientes que não apresentarem controle adequado da pressão arterial, a dose diária pode ser
aumentada para 320 mg, ou um diurético pode ser associado.
A valsartana pode ser administrada concomitantemente com outros agentes anti-hipertensivos.
Insuficiência cardíaca
A dose diária recomendada para o início de tratamento é de 40 mg de valsartana duas vezes ao dia. A titulação para
80 mg e 160 mg duas vezes ao dia deve ser feita para a maior dose conforme tolerado pelo paciente. Deve-se
considerar a redução da dose dos diuréticos concomitantes. A dose máxima diária administrada nos estudos clínicos
é de 320 mg em doses fracionadas.
A avaliação dos pacientes com insuficiência cardíaca deve sempre incluir a avaliação da função renal.
Pós-infarto do miocárdio
A terapêutica pode ser iniciada 12 horas após um infarto do miocárdio. Após uma dose inicial de 20 mg duas vezes
ao dia, a terapêutica com valsartana deve ser titulada para 40 mg, 80 mg e 160 mg duas vezes ao dia durante as
próximas semanas. A dose inicial é oferecida por comprimidos de 40 mg divisíveis.
A dose-alvo máxima é 160 mg duas vezes ao dia. Em geral, é recomendado que os pacientes atinjam um nível de
dose de 80 mg duas vezes ao dia por duas semanas após o início do tratamento e que o atingimento da dose-alvo
máxima ocorra em três meses com base na tolerabilidade do paciente à valsartana durante a titulação. Se hipotensão
sintomática ou disfunção renal ocorrer, a dose deve ser reduzida.
A valsartana pode ser usada em pacientes tratados com outras terapêuticas do pós-infarto do miocárdio, por
exemplo, trombolíticos, ácido acetilsalicílico, betabloqueadores ou estatinas.
A avaliação em pacientes com pós-infarto do miocárdio deve sempre incluir uma avaliação da função renal.
Insuficiência hepática
Pacientes com insuficiência hepática de leve a moderada somente devem tomar doses acima de 80 mg duas vezes ao
dia se o benefício clínico for superior ao risco associado com a exposição aumentada a valsartana.
Observação para todas as indicações: nenhum ajuste de dose é requerido para pacientes com a disfunção renal ou
para pacientes com insuficiência hepática de origem não biliar e sem colestase.
A segurança e a eficácia de valsartana não foi estabelecida em crianças adolescentes (menores que 18 anos).
A dose máxima de valsartana é de 320 mg.
Este medicamento não deve ser partido, aberto ou mastigado.
Em estudos clínicos controlados com pacientes com hipertensão, a incidência geral de reações adversas foi
comparável ao placebo e é consistente com a farmacologia da valsartana. A incidência de reações adversas não está
relacionada com a dose ou duração do tratamento e também pareceu não estar associada ao sexo, idade ou etnia.
Os relatos de reações adversas dos estudos clínicos, da experiência pós-comercialização e dos achados
laboratoriais estão listados abaixo de acordo com a classificação dos sistemas de orgânicos.
As reações adversas estão classificadas por frequência, sendo as mais frequentes listadas no início, utilizando-
se o seguinte critério: muito comum (≥ 1/10); comum (≥ 1/100 a <1/10); incomum (≥ 1/1.000 a <1/100); rara (≥
1/10.000 a <1/1.000); muito rara (<1/10.000), incluindo relatos isolados. Dentro de cada grupo de frequência, as
reações adversas estão classificadas em ordem decrescente de gravidade.
Todas as reações adversas relatadas em experiência pós-comercialização e em achados laboratoriais
possuem a frequência descrita como “desconhecida” uma vez que não é possível aplicar a frequência de reações
adversas.
Reações adversas em hipertensão
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Distúrbios dos sistemas linfático e sanguíneo
Desconhecido Diminuição de hemoglobina, diminuição de hematócrito, neutropenia,
trombocitopenia
Distúrbios do sistema imunológico
Desconhecido Hipersensibilidade incluindo doença do soro
Distúrbios nutricionais e metabólicos
Desconhecido Aumento do potássio sérico
Distúrbios do labirinto e ouvido
Incomum Vertigem
Distúrbios vasculares
Desconhecido Vasculite
Distúrbios do mediastino, torácicos e respiratórios
Incomum Tosse
Distúrbios gastrointestinais
Incomum Dor abdominal
Distúrbios hepatobiliares
Desconhecido Alteração dos valores de função hepática incluindo aumento da
bilirrubina sérica
Distúrbios do tecido subcutâneo e pele
Desconhecido Angioedema, erupção cutânea e prurido
Distúrbios do tecido conectivo e músculo-esquelético
Desconhecido Mialgia
Distúrbios urinários e renais
Desconhecido Insuficiência e disfunção renal, elevação da creatinina sérica
Distúrbios gerais e condições do local de administração
Incomum Fadiga
Os seguintes eventos também foram observados durante os estudos clínicos com pacientes hipertensos,
desconsiderando sua associação causal com o medicamento em estudo: artralgia, astenia, dor nas costas, diarreia,
tontura, dor de cabeça, insônia, diminuição da libido, náusea, edema, faringite, rinite, sinusite, infecção do trato
respiratório superior, infecções virais.
Pós infarto do miocárdio e/ou insuficiência cardíaca
O perfil de segurança observado em estudos clínicos controlados com paciente com pós-infarto do miocárdio e/ou
insuficiência cardíaca varia com relação ao perfil de segurança observado em pacientes hipertensos. Este fato pode
estar relacionado à doenças subjacentes. As reações adversas que ocorreram em pacientes com pós infarto do miocárdio
e ou insuficiência cardíaca estão listadas abaixo:
Reações adversas em pós infarto do miocárdio e/ou insuficiência cardíaca
Desconhecido Trombocitopenia
Incomum Hipercalemia
Distúrbios do sistema nervoso
Comum Tontura, tontura postural
Incomun Síncope, dor de cabeça
Distúrbios cardíacos
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Incomum Insuficiência cardíaca
Comum Hipotensão, hipotensão ortostática
Incomum Náusea diarréia
Desconhecido Elevação dos valores de função hepática
Incomum Angioedema
Desconhecido Dermatite bolhosa, erupção cutânea, prurido
Comum Disfunção e insuficiência renal
Incomum Insuficiência renal aguda, elevação da creatinina sérica
Desconhecido Aumento da uréia nitrogenada sanguínea
Incomum Astenia, fadiga
Os seguintes eventos também foram observados durante os estudos clínicos com pacientes com pós-infarto do
miocárdio e/ou insuficiência cardíaca desconsiderando sua associação causal com o medicamento em estudo: artralgia,
dor abdominal, dor nas costas, insônia, diminuição da libido, neutropenia, edema, faringite, rinite, sinusite, infecção do
trato respiratório superior, infecções virais.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA,
disponível em www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária Estadual ou
Municipal.